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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Resumo da Unidade 1ª até 12ª do Manual Introdução a Filosofia

I Trabalho

Nome do Estudante: Jamaica Seminário Nazaré;


Código: 708200862

Docentes: Gribeti Juliasse Pofo


Kátia de Figueiredo

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática


Disciplina: Introdução a Filosofia
Ano de Frequência: 2021

Tete, Maio, 2021


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máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................ 6

2. Unidade 1 – Introdução a Filosofia ................................................................................. 7

2.1 O que é filosofia? ............................................................................................................. 7


2.2 Universalidade e particularidade da filosofia .................................................................. 7
2.3 Funções da Filosofia ........................................................................................................ 7
3. Unidade 2: Atitude Filosófica ......................................................................................... 8

3.1 Disciplinas da filosofia .................................................................................................... 8


3.2 A filosofia e outras ciências............................................................................................. 9
3.3 Natureza das questões filosóficas ......................................................................................... 9
4. Unidade 3: Breve contextualização histórica da Filosofia ............................................ 10

4.1 Etapas da Filosofia Grega Clássica ............................................................................... 10


5. Unidade 4: A Pessoa Humana ....................................................................................... 11

5.1 Definição de pessoa segundo certos filósofos ............................................................... 11


5.2 Características da Pessoa ............................................................................................... 11
5.3 O trabalho ...................................................................................................................... 11
6. Unidade 5: A Consciência Moral .................................................................................. 12

6.1 Graus da consciência .......................................................................................................... 12


6.2 Ética e moral .................................................................................................................. 12
7. Unidade 6: Aspectos da ética individual ....................................................................... 12

8. Unidade 7: Acção humana............................................................................................. 13

8.1 Condicionamento da acção humana .............................................................................. 13


8.2 O agente criador............................................................................................................. 13
9. Unidade 8: Valores ........................................................................................................ 14

9.1 Características dos valores............................................................................................. 14


9.2 Classificação e hierarquia dos valores ........................................................................... 14
10. Unidade 9: Aspectos da bioética ................................................................................... 15

10.1 Principais temas da bioética .......................................................................................... 15


11. Unidade 10: Teoria do Conhecimento ........................................................................... 15

12. Unidade 11: Possibilidade de conhecimento ................................................................. 16

13. Unidade 12: Origem do conhecimento .......................................................................... 16


14. Conclusão ...................................................................................................................... 17

15. Referência Bibliográfica ................................................................................................ 18


1. Introdução

Segundo as recomendações da Universidade Católica de Moçambique, Instituto de Educação


à Distancia, os docentes de Introdução a Filosofia orientaram um trabalho de resumo da 1ª até
12ª unidade do Manual Introdução a Filosofia.

A realização do trabalho tem como objectivo principal conhecer a filosofia em relação a


outras ciências, com a existência humana e toda realidade.

Especificamente, o trabalho está organizado da seguinte maneira: introdução a filosofia,


atitude filosófica, contextualização histórica da filosofia, pessoa humana, consciência moral,
aspectos da ética individual, acção humana, valores, aspectos da bioética, teoria de
conhecimento, possibilidades de conhecimento, origem de conhecimento, conclusão e
referências bibliográfica.

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2. Unidade 1 – Introdução a Filosofia
2.1 O que é filosofia?
De acordo com Chauí (2000). A palavra filosofia é grega que significa “amizade pela
sabedoria” (Philo sophia). Atribui-se a Pitágoras a invenção do termo filosofia. Ele teria
afirmado que sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem
amá-la, torna-se filosofos (p. 19).

A filosofia teve várias definições, de acordo com o filósofo e o tempo em que se encontrasse.
Para Aristóteles (384-322 a.C) a filosofia estuda “as causas últimas de todas as coisas”;
Cícero (106-46 a.C) a filosofia “é o estudo das causas humanas e divinas das coisas”;
Descartes (1596-1650) a filosofia “ensina a bem raciocinar”; Hegel (1770-1831) a filosofia é
o “saber absoluto”. Whitehead (1861-1947) filosofia tem a função de “fornecer uma
explicação orgânica do universo” (Mondin, 1981, p. 7).

Segundo Mondin (1981). “A filosofia é um conhecimento, uma forma de saber que, como tal,
tem uma esfera de particular competência, a respeito da qual, procura adquirir informações
válidas, precisas e ordenadas” (p. 7).
No que tange ao método, a filosofia usa a explicação racional da totalidade que tem por
objecto. E, o objecto ou fim da filosofia está no puro desejo de conhecer e contemplar a
verdade (Reale, Antiseri, 2000, p. 22).

2.2 Universalidade e particularidade da filosofia


A universalidade da Filosofia verifica-se nos problemas e não na sua solução, pois a solução
está em consonância com as condições concretas de cada sujeito, daí que o universal alberga
em si a particularidade (Rosa, 2014, p. 14).

2.3 Funções da Filosofia


De acordo com Geque e Biriate (2010). As funções da filosofia resumem-se essencialmente
em dois planos:
 Teórica – quando ajuda o homem a analisar o mundo e a reflectir sobre todas as
coisas.
 Prática – enquanto orienta o homem a uma autonomia no agir e a viver de uma forma
autêntica (p. 16).

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3. Unidade 2: Atitude Filosófica
Os aspectos que caracterizam a atitude filosófica segundo Geque e Biriate (2010), são:
 O espanto: Segundo Aristóteles, a filosofia tem a sua origem no espanto que os
homens sentem diante dos enigmas do universo ou da vida. É com espanto que o
homem formula as perguntas e procura as suas respectivas respostas.
 A dúvida: Os filósofos, exige-se a dúvida para poder problematizar tudo, até aquilo
que nos era natural, a reflexão começa a partir do exame daquilo que pensa ser
verdadeiro.
 O rigor: conhecimento em si, funda-se na crítica e no rigor de modo que não se
admita as ambiguidades, as contradições e os termos imprecisos.
 A insatisfação: Em filosofia, o que existem, são perguntas e problemas, incitamentos
para que não se confie em nenhuma autoridade externa a sua razão, para que duvide
do senso comum e das aparências (pp. 19, 20).

3.1 Disciplinas da filosofia


 A lógica - é a doutrina do pensamento coerente e ordenado, é um instrumento
essencial na filosofia para a distinção dos padrões válidos de argumentação, de
demonstração ou prova.
 A Gnoseologia ou teoria do conhecimento — trata da origem, da essência, do valor e
dos limites do conhecimento
 Epistemologia – estuda o conhecimento científico, sua evolução, importância e
limites.
 A metafísica — do fundamento último das coisas em geral, do ser enquanto ser;
 Ontologia – Estuda o ser.
 A cosmologia ou filosofia da natureza — trata da constituição essencial das coisas
materiais, de sua origem e de seu vir – a - ser, fazendo uma interpretação e dando uma
explicação da natureza como uma totalidade.
 A ética/moral - procura princípios e fundamentos racionais e universalmente válidos,
sem referência a autoridades, convenções exteriores ou circunstâncias.
 A psicologia racional - trata da natureza humana e das suas faculdades;
 A teodiceia – estuda o problema religioso ou da existência e da natureza de Deus e
das relações dos homens com Ele;

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 Antropologia Filosófica - tem como objectivo fundamental da filosofia: conhecer a
natureza do Homem, ou seja, responder à pergunta “O que é o Homem
 A filosofia do Direito — é uma disciplina filosófica que ocupa da questão de
fundamentação do direito, particularmente no que diz respeito à existência de uma
norma superior de onde se pode derivar o direito positivo.
 A filosofia Política — ocupa-se da questão da estrutura, da função e do sentido do
Estado e da sua origem.
 A estética - trata da natureza da arte, da sua relação com o autor, o espectador e com a
realidade em geral.

3.2 A filosofia e outras ciências


A filosofia e a ciência, sendo saberes distintos, têm, contudo, muitas características em
comum: ambas são saberes racionais e, portanto, opõem-se ao senso comum. A filosofia e a
ciência obedecem a critérios diferenciados na colocação dos problemas. Pois, enquanto a
ciência só coloca problemas que possam ser investigados através da experiência (observação
ou experimentação), a interrogação filosófica não conhece limites, daí a profundidade do
saber filosófico (Rosa, 2014, p. 28).
Tanto a filosofia como a ciência são saberes metódicos, na ciência todos os cientistas, dentro
de uma mesma área, seguem o mesmo método, em filosofia cada filósofo tem um método (a
reflexão, a justificação lógico - racional, etc.) adaptado às suas preferências pessoais e à sua
visão do mundo. A filosofia distingue-se tanto da ciência, como da arte e da religião, mais
pelo método do que pelo objecto (Rosa, 2014, p. 29).

3.3 Natureza das questões filosóficas


Segundo Gabriel Marcel, as questões filosóficas são mistérios, enquanto Denis Didirot a
peculiaridade das questões filosóficas obtém-se através da distinção do conteúdo de dois
termos ʺcomoʺ e ʺporqueʺ. Exemplo: A física interessa-se em saber como se dá um fenómeno;
a Filosofia pergunta-se porque razão se dá tal fenómeno (Geque & Biriate, 2010, p. 22).

Portanto, o que faz com que uma pergunta seja considerada filosófica é o conteúdo que
compreende quatro aspectos fundamentais:
 Universalidade – as questões/problemas filosóficos interessam toda a humanidade,
todas as épocas em todas as culturas e todos locais. Ex: o que é o bem? O que é o
homem? O que é a verdade?

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 Radicalidade – As questões filosóficas procuram a raiz e origem do problema.
 Autonomia – As questões filosóficas pressupõe a liberdade de filósofo raciocinar na
busca da verdade.
 Historicidade – As questões filosóficas são colocadas em detrimento de cada época
histórica e que os filósofos contemporâneo dessa época procuram responder.

4. Unidade 3: Breve contextualização histórica da Filosofia


De acordo com Mondin (1981). A humanidade primitiva ficava satisfeita com explicações
através do mito para qualquer problema. Assim á pergunta “porque troveja?”, respondia:
“porque Júpiter está encorelizado”; à pergunta “por que o vento sopra?”, respondia: “porque
Éolo está enfurecido” (p. 9).
A palavra mito vem do grego, (mythos: narrativa, lenda). O mito é a narrativa lendária,
pertencente a tradição cultural de um povo, que explica através do apelo ao sobre-natural, ao
divino e ao misterioso, a origem do universo (Japiassú & Marcondes, 2001, p. 131).
Como afirma, Japiassú e Marconde (2001). O surgimento da filosofia no século VI a. C. na
Grécia antiga, é visto uma ruptura com o pensamento mítico, a realidade passa a ser explicada
racionalmente, podendo essa explicação ser objecto de crítica e reformulação (p. 131).
Contudo, a filosofia surgiu como tentativa de racionalizar a interpretação do homem e do
universo, das relações dos homens entre si e destes com a natureza.

4.1 Etapas da Filosofia Grega Clássica


Chauí (2000). Evidencia quatro grandes períodos da filosofia, nos quais seu conteúdo muda e
se enriquece:
 Período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII ao final do século V a.
C., a ailosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das
transformações na Natureza.
 Período socrático ou antropológico, do final do século V e todo o século IV a. C., a
filosofia investiga as questões humanas (a ética, a política e as técnicas).
 Período sistemático, do final do século IV ao final do século III . C., a filosofia busca
reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia,
interessando-se sobretudo em mostrar que tudo pode ser objecto de conhecimento
filosófico, desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam
firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e da Ciência.
 Período helenístico ou greco-romano, do final do século III a. C. até o século VI d.
C., a filosofia se ocupa sobretudo com as questões da ética, do conhecimento humano
e das relações entre o homem e a Natureza e de ambos com Deus (pp. 39, 40).
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5. Unidade 4: A Pessoa Humana
A palavra “pessoa” deriva do latim “persona” que significa “máscara”, foi introduzida com
esse sentido na linguagem filosófica pelo estoicismo popular, para designar os papéis
representados pelo homem na vida (Abbagnano, 2007, p. 671).

5.1 Definição de pessoa segundo certos filósofos


Segundo o Filosofo Romano Severino Boécio, “pessoa é uma substância individual de
natureza racional”. Para São Tomas de Aquino, “pessoa é um subsistente de natureza
racional”. No pensar de Cícero, “pessoa é um sujeito de direito e deveres”. Para Emmanuel
Kant, “pessoa é um fim em si mesmo e não um meio ao serviço dos outros”.

5.2 Características da Pessoa


De acordo com Geque e Biriate (2010). A pessoa é caracterizada pelos seguintes aspectos:
 Singularidade – cada pessoa é ela mesma, não pode ser substituída, não é igual a
ninguém.
 Unidade – A pessoa é uma totalidade e uma unidade psicológica, onde as suas partes
formam um todo (corpo físico, razão, emoção, acção, etc.);
 Interioridade – Em cada pessoa, há espaço de intimidade, de reserva e inviolável que
é a consciência moral;
 Autonomia – A pessoa é um centro de decisão e acção, tem em si a causa do seu agir.
 Projecto – Ser pessoa é uma das possibilidades humana que cada um deve realizar por
si.
 Valor em si – A pessoa é um valor absoluto, ela é um fim em si e não um meio.
 Abertura: quando o ser humano nasce, percebe a necessidade do outro, ele revela-se
um ser para o outro, torna-se pessoa na sua relação com os outros e com a natureza
(pp. 41, 42).

5.3 O trabalho
“Trabalho é toda actividade na qual o ser humano utiliza suas energias para satisfazer uma
determinada necessidade ou atingir determinado objectivo, individual ou colectivo. O trabalho
é elemento essencial da relação dialéctica entre o ser humano e a natureza” (Cotrim &
Fernandes, 2016, p. 177).

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6. Unidade 5: A Consciência Moral
Consciência é a possibilidade de dar atenção aos próprios modos de ser e às próprias ações,
bem como de exprimi-los com a linguagem (Abbagnano, 2007, p. 185). A consciência
desempenha um papel na formação da personalidade, a partir de selecção de fenómenos
psíquicos.
Consciência Moral é a função que nos permite distinguir o bem do mal e apreciar
moralmente os nossos actos e os actos dos outros (Japiassú & Marconde, 2001. 41).

6.1 Graus da consciência


De acordo com Rosa (2014). Distinguem-se três graus da consciência:
 Consciência passiva: aquela na qual temos uma vaga e uma confusa percepção de nós
mesmos e do que se passa à nossa volta.
 Consciência vivida, mas não reflexiva: é nossa consciência afectiva, que tem a
peculiaridade de ser egocêntrica, isto é, de perceber os outros e as coisas apenas a
partir de nossos sentimentos com relação às elas.
 Consciência activa e reflexiva: aquela que reconhece a diferença entre interior e o
exterior, entre si e os outros, entre si e as coisas (pp. 41, 42).

6.2 Ética e moral


A ética desconstrói as regras de conduta, desfaz suas estruturas e desmonta sua edificação,
para se esforçar em descer até os fundamentos ocultos da obrigação. Diversamente da moral,
ela se pretende pois desconstrutora e fundadora, enunciadora dos princípios ou fundamentos
últimos (Rosa, 2014, p. 42).

7. Unidade 6: Aspectos da ética individual


 Liberdade: no sentido ético, é o direito de escolha pelo indivíduo de seu modo de
agir, independentemente de qualquer determinação externa (Japiassú & Marconde,
2001. 119). Ademais, "a liberdade consiste unicamente em que, ao afirmar ou negar,
realizar ou enviar o que o entendimento nos prescreve, agimos de modo a sentir que,
em nenhum momento, qualquer força exterior nos constrange" (Descartes).
 Responsabilidade: é a possibilidade de prever os efeitos do próprio comportamento e
de corrigi-lo com base em tal previsão (Abbagnano, 2007, p. 885). É a virtude através
da qual o agente moral deve responder pelos seus actos.

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 Mérito é a aquisição de valores em sequência do bem que pratica, em consequência
do bem que se pratica. O seu oposto é o demérito, que é a perda de valores, em virtude
dos factos cometidos (Rosa, 2014, p.46)
 Virtude “é o hábito que torna o homem bom e lhe permite cumprir bem a sua tarefa”
(Aristóteles, citado em Abbagnano, 2007, p. 1003).
 Sanção é o prémio ou castigo infligido pelo cumprimento ou violação da lei.
Sancionar um acto é sublinhar o seu valor, quer reconhecendo-o como bom, por meio
de elogios e recompensas, quer tomando-o como mau, através de censuras ou castigos
(Geque e Biriate, 2010, p. 1).
 O dever é um imperativo, isto é, uma ordem a que o individuo se terá de submeter e
que assume duas dimensões: subjectiva e objectiva (Rosa, 2014, p. 47).
 Justiça é uma virtude moral que consiste no reconhecimento que devemos dar ao
direito do outro (Japiassú & Marconde, 2001. 30).

8. Unidade 7: Acção humana


Aristóteles (citado em Rosa, 2014). Na ética e na Política, distinguia entre o fazer ou
produzir (poiein) e o agir (praxein). Segundo ele:
 No fazer: a acção tem como finalidade dominar e organizar uma matéria exterior –
produção técnica ou actividade centrada no objecto.
 No agir: a acção não tem como principal finalidade transformar uma matéria exterior,
mas transformar o próprio agente, pois agir remete uma actividade centrada no sujeito
ou no agente da acção (p. 49).
Segundo Rosa (2014). A acção reflecte uma intenção do agente; supõe uma vontade, um
querer e uma possibilidade de optar, isto é, de poder fazer ou poder não fazer algo (p .49).

8.1 Condicionamento da acção humana


As características biológicas, as condições físicas do ambiente, as representações sociais,
influenciam e condicionam a acção do homem. Ele toma-as como possibilidades e alternativas
para que, a partir delas, construa o seu ser e dê um sentido à própria vida (Rosa, 2014, p. 50).

8.2 O agente criador


Segundo Rosa (2014). O humem é um agente criador: ao nível do fazer, através do trabalho,
fabrica e produz artefactos e transforma a natureza. E, ao nível do agir, constrói a sua própria
natureza a partir de um conjunto de factores (biológicos e sócio-culturais) (p. 51).

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9. Unidade 8: Valores
Os valores são critérios segundo os quais damos ou não importância as coisas. Os valores são
as razões que justificarn ou motivam as nossas acções, tornando-as preferíveis as outras
(Geque & Biriate, 2010, p. 49).

9.1 Características dos valores


 A polaridade: ausência de neutralidade perante os acontecimentos;
 A hierarquização: organização dos valores em termos de mais importantes e menos
importantes;
 A historicidade;
 A relactividade;
 A objectividade subjectividade (Rosa, 2014, p. 53).

9.2 Classificação e hierarquia dos valores


Valores espirituais:
 Valores religiosos - aqueles que dizem respeito a relação do Homem com a
transcendência (o sagrado ou divino, pureza, santidade, perfeição, castidade, etc.);
 Valores estéticos - os valores de expressão (beleza, harmonia, graciosidade,
elegância, feio, sublime, trágico, etc.);
 Valores éticos - aqueles que se referem As normas ou critérios de conduta que
afectam todas as áreas da nossa actividade (lealdade, verdade, solidariedade,
honestidade, bem, bondade, altruísmo, amizade, liberdade, etc.);
 Valores políticos - aqueles que dizem respeito ao Homern na sua qualidade de
cidadão (justiça, igualdade, imparcialidade, cidadania, liberdade de expressão ou de
associação ou de culto, etc.).

Valores materiais ou sensíveis:


 Valores do agradável e do prazer - aqueles que exprimem as sensações de prazer e
de satisfação, assim como as suas fontes (comida, bebida, vestuário, etc,);
 Valores vitais - aqueles que se referem ao estado físico (saúde, força. resistência
física, vigor e robustez, êxito, felicidade, amor, etc.); .
 Valores de utilidade ou económicos - aqueles que se referem a habitação, dinheiro,
meios de comunicação, electrodomésticos, vestuário, alimentos, automóveis,
máquinas, etc (Gejue & Biriate, 2010, p. 50).
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10. Unidade 9: Aspectos da bioética
A bioética é a ciência normativa do comportamento humano aceitável no campo da vida e da
morte (Pierre Deschamps, citado em Rosa, 2014, p. 58).

10.1 Principais temas da bioética


 Eutanásia é um acto médico que visa acabar com a dor e a indignidade na doença
crónica e no morrer eliminando o portador da dor.
 Distanásia é outro procedimento médico contrário a eutanásia, e consiste no uso da
tecnologia médica para prolongar a vida do paciente que se encontra em fase terminal.
 Aborto é a interrupção de gravidez quando o feto ainda não pode subsistir fora do
ventre materno. O aborto é espontâneo quanto ocorre devido a causas naturais, sem
vontade das pessoas ou de qualquer intervenção humana, por isso é livre de qualquer
avaliação moral. O aborto é provocado quando acontece devido as causas económicas
(por exemplo a falta de recursos para sustentar e criar um filho) ou sócio-psiquica se
procura intencionalmente a morte do feto, por isso este constitui objecto de avaliação
moral. Ainda dentro do aborto provocado temos aquele que não constitui objecto de
avaliação moral por resultar como forma de salvar a vida da mãe, seriamente
ameaçada, este tipo de aborto chama-se terapêutico (Gejue & Biriate, 2010, pp. 69,
70).

11. Unidade 10: Teoria do Conhecimento


A teoria do conhecimento é uma explicação ou interpretação filosófica do conhecimento
humano (Hessen, 1980, p. 25).

Rosa (2014). Dentre os pré-socráticos na teoria do conhecimento, destaca os seguintes:


Heráclito de Éfeso e Parmênides de Éleia. (p. 63).

Heráclito (544-484 a.C.), busca compreender a multiplicidade do real e apresenta a realidade


na sua mudança, no seu “devir”. Afirma que “as coisas são como um rio, não há nada
permanente” (Mondin, 1981, p. 26). Em Heráclito emerge uma série de elementos relativos à
verdade e conhecimento. Para ele “a verdade consiste em captar, para além dos sentidos, a
inteligência que governa todas as coisas, e não nas aparências e opiniões dos homens” (Reale
& Antiseri, 1990, p. 38).

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Parmênides (540-470 a.C), afirma que a única realidade é o ser e não o vir-a-ser (o devir)
como queria Heráclito. De facto, ou uma coisa é ou não é. Se é não pode vir-a-ser, porque do
nada não se tira nada (Mondin, 1981, p. 31). De acordo com Mondin (1981). Parménides foi o
primeiro a mostrar a importância do princípio de não contradição, pressuposto básico para a
validade de qualquer raciocínio. Ademais, foi primeiro ainda a insistir a distinção entre razão
e sentidos: afirmando que “os sentidos nos enganam, dando-nos impressão de que as coisas
são sujeitas a vir-a-ser, ao passo que a razão nos revela o absurdo dessa impressão”.

12. Unidade 11: Possibilidade de conhecimento


 Dogmatismo é a posição epistemológica para a qual não existe ainda o problema de
conhecimento (Hessen 1980, p. 37). Portanto, o dogmatismo defende a possibilidade
de conhecermos a verdade. (Cotrim & Fernandes 2016. p. 196).
 Cepticismo é uma concepção filosófica que põe em dúvida a possibilidade do
conhecimento da realidade objectiva. Afirma que, a mente humana é incapaz de
atingir qualquer conhecimento ou verdade absoluta Geque & Biriate, 2010, p. 92).

13. Unidade 12: Origem do conhecimento


 Empirismo é a corrente filosófica que defende o primado da experiencia na aquisição
do conhecimento por meio dos sentidos. Os mais significativos defensores desta
corrente são John Locke e David Hume (Geque & Biriate, 2010, p. 98). Segundo John
Locke, “o homem nasce como uma tábua rasa ou papel em branco, onde nada esta
escrito e que será preenchida ao longo da vida através de um processo de confrontação
com a realidade”.
 O racionalismo - doutrina que privilegia a razão dentre todas as faculdades humanas,
considerando-a como fundamento de todo conhecimento possível Japiassú &
Marcondes, 2001, p. 16). Os principais defensores desta corrente são: René Descartes,
Baruch Spinoza e Leibniz. De acordo com Descartes, “as verdades residem nas
abstracções e em nossa consciência, na qual habitam as ideias inatas”.
 Intelectualismo afirma que o conhecimento procede da experiência mas não se reduz
apenas à experiência. Esta corrente é defendida por Kant. Ele faz a mediação do
antagonismo existente entre o empirismo e o racionalismo, deste modo Kant diz que
só há conhecimento quando a experiencia oferece conteúdos á sensibilidade e ao
entendimento a razão (Chauí, 2000, p. 96).

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14. Conclusão
Contudo, a filosofia é um conhecimento racional, ela oferece ferramentas fundamentais ao
homem para ser, pensar e agir correctamente no ambiente em que vive. Ademais, um
homem com conhecimentos filosóficos é capaz de conhecer a si mesmo, os outros e a
realidade do universo.

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15. Referência Bibliográfica
Abbagnano, N. (2007). Dicionário de Filosofia. São Paulo, Brasil: Martins Fontes.
Recuperado em https://marcosfabionuva.files.wordpress.com/2012/04/nicola-abbagnano-
dicionario-de-filosofia.pdf
Chauí, M. (2000). Convite à Filosofia. São Paulo, Brasil: ed. Ática. Recuperado em
https://home.ufam.edu.br/andersonlfc/Economia_Etica/Convite%20%20Filosofia%20-
%20Marilena%20Chaui.pdf
Cotrim, G. & Fernandes M. (2016), Fundamentos de Filosofia. São Paulo, Brasil: ed. Saraiva.
Recuperado em
http://joinville.ifsc.edu.br/~sergio.sell/FUNDAMENTOS_de_FILOSOFIA_Cotrim.pdf
Geque, E. & Biriate, M. (2010). Pré-universitário Filosofia 11ª. Moçambique: Longman.
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