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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

TIPOS DE PESQUISA CIENTÍFICA

Helena Alberto Tila Vilanculos-----708237482

Curso: Ensino de História


Disciplina: Metodologia de Investigação
Científica I
Ano de Frequência: 1o ano

Maputo, Maio, 2023


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 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

0. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................5
0.1 Objectivos.......................................................................................................................................5
0.1.1 Objectivo geral:......................................................................................................................5
0.1.2 Objectivos específicos............................................................................................................5
0.2 Metodologia....................................................................................................................................5
1 TIPOS DE PESQUISA..........................................................................................................................6
1.1 PESQUISA-AÇÃO.........................................................................................................................6
1.2 Estudo de caso................................................................................................................................7
1.3 As técnicas de observação participante e entrevista intensiva ou aberta, no âmbito da pesquisa
etnográfica..................................................................................................................................................7
1.4 Pesquisa bibliográfica e documental..............................................................................................8
1.5 Pesquisa não experimental e experimental.....................................................................................8
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................................12
0. INTRODUÇÃO

A metodologia científica é o estudo dos métodos sendo importante disciplina que


aborda informações, ajuda mostrar os caminhos, os instrumentos quanto aos procedimentos
têm que ser adoptados ao fazer um trabalho científico. No entanto, o presente trabalho tem
como tema: Diferenciação e exemplificação de diversos tipos de pesquisa. Para tanto, pretende-
se:

0.1 Objectivos

0.1.1 Objectivo geral:


 Analisar os tipos de pesquisa.

0.1.2 Objectivos específicos

 Descrever o processo de intervenção da pesquisa-ação;


 Explicar as técnicas de colecta e tratamento de dados no estudo de caso;
 Explicar a actuação da observação participante na pesquisa etnográfica;
 Diferenciar a pesquisa bibliográfica da pesquisa documental tendo em conta a colecta de
dados;
 Diferenciar a pesquisa experimental da não experimental.

0.2 Metodologia

Segundo Gerhardt e Silveira (2009), metodologia é o estudo da organização, dos


caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer
ciência (p.12). Desta forma, para realização desta pesquisa, recorreu-se ao método de pesquisa
bibliográfico, que consistiu na consulta de diversos artigos científicos relacionados com o tema
em estudo Diferenciação e exemplificação de diversos tipos de pesquisa.

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1 TIPOS DE PESQUISA

1.1 PESQUISA-AÇÃO

A pesquisa-ação é utilizada para identificar problemas relevantes dentro da situação


investigada, definir um programa de acção para a resolução e acompanhamento dos resultados
obtidos (Oliveira, 2011, p. 42).

Thiollent (2007 cit. em Oliveira, 2011) define por sua vez a pesquisa-ação como:

“[...] um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em
estreita associação com a acção ou com resolução de um problema colectivo e no qual os
pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo “(p. 42).

A pesquisa-ação além de proporcionar uma associação entre as teorias e as práticas,


possibilita ao pesquisador intervir na situação da organização. Pesquisa-ação necessita atender
dois propósitos básicos: o prático e o do conhecimento. Entende-se o primeiro como a
contribuição da pesquisa na solução do problema em questão e o segundo como o conhecimento
gerado a partir da solução do problema (Oliveira, 2011, p. 42).

Corroborando com os autores acima, Vergara (2000, p. 12), olha a pesquisa-ação como:

“um tipo de pesquisa social concebida e realizada para a resolução de um problema, onde
o pesquisador é envolvido no problema trabalha de modo cooperativo ou participativo. No
entanto, a participação isoladamente não pode ser vista como a característica principal da
pesquisa-ação e sim a solução de um problema não-trivial envolvendo a participação dos
diversos atores do processo” (p. 43).

Gil (1999) vai mais fundo ao falar da pesquisa-ação descrevendo seu objecto como
controverso. Explica que em virtude de existir o envolvimento activo do pesquisador e acção por
parte das pessoas ou grupos envolvidos no problema, a pesquisa-ação tende a ser vista, em certos
meios, como desprovida da objectividade que deve caracterizar os procedimentos científicos.
Porém, a despeito destas críticas, Gil (1999) advoga que este tipo de pesquisa vem sendo
reconhecido como útil, sobretudo por pesquisadores identificados por ideologias “reformistas” e
“participativas”.

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1.2 Estudo de caso

Segundo Oliveira (2011), o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e


exaustivo dos fatos objectos de investigação, permitindo um amplo e pormenorizado
conhecimento da realidade e dos fenómenos pesquisados.

“Um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenómeno


contemporâneo dentro do seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o
fenómeno e o contexto não estão claramente definidos” (Yin, 2001 p. 33).

Yin (2001, p.28) considera o estudo de caso como uma estratégia de pesquisa que possui
uma vantagem específica quando: “faz-se uma questão tipo ‘como’ ou ‘por que’ sobre um
conjunto contemporâneo de acontecimentos sobre o qual o pesquisador tem pouco ou nenhum
controle”.

“A investigação de estudo de caso enfrenta uma situação tecnicamente única em que


haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados, e, como resultado,
baseia-se em várias fontes de evidências, com os dados precisando convergir em um
formato de triângulo, e, como outro resultado, beneficia-se do desenvolvimento prévio de
proposições teóricas para conduzir a colecta e a análise de dados” (Yin, 2001 p. 33-34).

1.3 As técnicas de observação participante e entrevista intensiva ou aberta, no âmbito da


pesquisa etnográfica

Na pesquisa etnográfica, a base empírica que sustenta a análise do investigador é o


contexto cultural e simbólico das pessoas e das comunidades. Neste caso, as notas de campo são
o meio privilegiado para a recolha de dados, sendo que a observação naturalista constitui,
também, a técnica mais usada.

A pesquisa por observação participante implica em uma interacção social entre o


pesquisador e os indivíduos observados. O pesquisador participa da vida da comunidade que ele
está estudando, podendo mesmo viver na comunidade. Ele recolhe os dados de sua observação
através de notas de campo que ele preenche retrospectivamente, ou seja, depois que ele participou
de um evento, e não durante a ocorrência deste evento. Trata-se portanto de dados que são
dificilmente replicáveis, pouco objectivos. Portanto, possui as seguintes características:

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 Interage-se com a comunidade, fazendo-se parte dela, sem se preocupar com a
interferência do pesquisador;
 Observa-se os fenómenos retrospectivamente, ou seja, depois que ocorreram, através de
notas de campo;
 Utiliza-se dados subjectivos;
 Preocupa-se mais com processos subjacentes do que com os dados observáveis.

1.4 Pesquisa bibliográfica e documental.

A pesquisa documental, segundo Gil (1999), é muito semelhante à pesquisa bibliográfica.


A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes: enquanto a bibliográfica se utiliza
fundamentalmente das contribuições de diversos autores, a documental vale-se de materiais que
não receberam, ainda, um tratamento analítico, podendo ser reelaboradas de acordo com os
objectos da pesquisa. Segundo Lakatos e Marconi (2001 cit. em Oliveira, 2011), “a pesquisa
documental é a colecta de dados em fontes primárias, como documentos escritos ou não,
pertencentes a arquivos públicos; arquivos particulares de instituições e domicílios, e fontes
estatísticas” (p. 42).

A pesquisa bibliográfica, considerada uma fonte de colecta de dados secundária, pode ser
definida como: contribuições culturais ou científicas realizadas no passado sobre um determinado
assunto, tema ou problema que possa ser estudado (Cervo e Bervian, 2002 cit. em Oliveira, 2011,
p. 40). Para Lakatos e Marconi (2001 cit. em Oliveira, 2011), a pesquisa bibliográfica:

“[...] abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado,


desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses, materiais cartográficos, etc. [...] e sua finalidade é colocar o
pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre
determinado assunto [...]” (p. 41).

1.5 Pesquisa não experimental e experimental

Segundo Cozby (2009) na pesquisa não experimental, as variáveis de interesse do


estudo são observadas ou mensuradas como ocorrem naturalmente. Exemplos são pesquisas de
levantamento, como esta em que os próprios participantes respondem questionários ou escalas

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sobre seus comportamentos, ou pesquisas fundamentadas em observação naturalística, como esta.
É determinado que há uma relação entre variáveis quando estas variam em conjunto, conforme
dito acima.

As limitações desta, basicamente,

[…] na falta de controle sobre outras variáveis que não as postas em questão no estudo.
Mesmo quando uma pesquisa demonstra haver, por exemplo, correlação positiva entre
idade da mãe e desenvolvimento cognitivo dos filhos (como demonstrado aqui) uma
terceira variável pode ser responsável pelo efeito. Por exemplo, pode ser que mães mais
velhas tenham tido acesso a uma maior quantidade de anos de estudo e, por isso, tenham
estimulado mais o desenvolvimento cognitivo dos filhos. Ainda com esses limites,
pesquisas correlacionais não-experimentais deste tipo são muito úteis para avaliar se há
ou não relação entre duas variáveis em populações grandes (Cozby, 2009, p. 23).

Por outro lado, a Pesquisa experimental, ao menos uma variável independente é


introduzida num ambiente controlado, ou seja, há a manipulação directa da Variável
Independentes (VI) e então é observado/medido o efeito na Variável Dependente (VD). O
ambiente é controlado com o objectivo de reduzir ao máximo a interveniência de variáveis
estranhas, sendo estas mantidas constantes. Por exemplo, se quero medir a influência de um
treino de habilidades sociais sobre os comportamentos empáticos de pessoas em estudo, devo
equalizar directamente as variáveis no(s) grupo(s) ou, como frequentemente é feito em
experimentos com humanos, randomizar todas as outras variáveis entre os dois grupos, o
experimental (que terá a interveniência da VI estabelecida no estudo) e o grupo controle (que não
terá a introdução da VI estabelecida), procurando manter características como idade, sexo, nível
socioeconómico, e presença/ausência de psicopatologias distribuídas de forma homogénea entre
os grupos (Cozby, 2009). Com isso, posso concluir de forma mais segura que aquela variável
introduzida no ambiente experimental, e não uma outra, está influenciando o resultado medido.
O método experimental também tem alguns limites. Um dos mais lembrados é a
artificialidade, já que experimentos são realizados num ambiente de laboratório geralmente não
idêntico ao ambiente natural, o que pode influir nos resultados. Para contornar isso, podem ser
feitos, quando possível, experimentos de campo onde a variável é manipulada mesmo no
ambiente natural – o controle diminui, mas a artificialidade é reduzida. Outro limite para
pesquisas é relativo à ética na manipulação de variáveis, tanto em experimentos com animais,

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alvo de intensas críticas, como em experimentos com humanos. Ao manipular um ambiente, o
cientista deve estar sempre atento a esses aspectos (idem.).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A metodologia científica mune o estudante de recursos, ferramentas para a realização de


pesquisas de cunho científico. É a partir do estudo da metodologia científica que se estuda os
tipos de pesquisa, que consistem na aplicação prática de um conjunto de processos metódicos de
investigação utilizados por um pesquisador para o desenvolvimento de um estudo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cozby, P. C. (2009). Métodos de pesquisa e ciências do comportamento. (4ª ed.). São Paulo,
Atlas.

Gerhardt, T, E e Silveira, D, T. (2009). Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. (5.ed.). São Paulo: Atlas, 1999.

Oliveira, Maxwell Ferreira de. (2011). Metodologia científica: um manual para a realização de
pesquisas em Administração. Catalão: UFG.

Vergara, Sylvia C. (2000). Projectos e relatórios de pesquisa em administração. (3.ed.). Rio de


Janeiro: Atlas,

Yin, R. K. (2001). Estudo de caso: planeamento e métodos. (2.ed.) Porto Alegre: Bookman.

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