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Neusa Cristina Feniosse

Fisiocratismo como uma doutrina oposta ao Mercantilismo

História Política e Gestão Pública

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2023
Neusa Cristina Feniosse

Fisiocratismo como uma doutrina oposta ao Mercantilismo

Pesquisa a ser apresentada no Departamento


de Ciências Sociais, Faculdade de Ciências
Sociais e Filosofia, para obtenção do grau
académico de Licenciatura em História
Política e Gestão Pública.

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2023

ÍNDICE

0. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4
0.1. Objectivos....................................................................................................................4
0.1.1. Objectivo geral.....................................................................................................4
0.1.2. Objectivos específicos..........................................................................................4
0.2. Metodologia.................................................................................................................4
1. FISIOCRATISMO COMO UMA DOUTRINA OPOSTA AO MERCANTILISMO..........6
1.1. Mercantilismo...............................................................................................................6
1.1.1. Conceito...............................................................................................................6
1.1.2. Contextualização..................................................................................................6
1.1.3. Características Mercantilismo...............................................................................7
1.2. Fisiocratismo................................................................................................................8
1.2.1. Conceito...............................................................................................................8
1.2.2. Contextualização..................................................................................................8
1.2.3. Características do Fisiocratismo...........................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................12
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0. INTRODUÇÃO

Uma doutrina económica, é um conjunto de ideias e princípios que guiam a


forma como uma sociedade deve organizar sua actividade económica. Essas doutrinas
oferecem uma visão geral do funcionamento da economia e propõem directrizes para a
alocação de recursos, a distribuição de renda, o papel do Estado e outras questões
relacionadas (Lima, 1976). É neste contexto que a presente pesquisa estuda
Fisiocratismo como uma doutrina oposta ao mercantilismo.

O fisiocratismo é uma doutrina económica surgida no século XVIII, como uma


resposta e oposição directa ao mercantilismo, a corrente dominante na época. Enquanto
o mercantilismo se concentra no acúmulo de riquezas através do comércio e da
intervenção estatal, os fisiocratas desenvolveram uma visão radicalmente diferente
sobre a origem da riqueza de uma nação (Lima, 1976; Sousa, 2015; Mendes et al.,
2021). Para melhor estruturação, a presente pesquisa desenvolve primeiro o
mercantilismo e por fim desenvolve o fisiocratismo. Na conclusão, desenvolve de forma
resumida a oposição das duas doutrinas económicas.

0.1. Objectivos

0.1.1. Objectivo geral


 Analisar o fisiocratismo como doutrina económica oposta ao mercantilismo

0.1.2. Objectivos específicos


 Conceituar o mercantilismo e o fisiocratismo;
 Contextualizar o surgimento do mercantilismo e fisiocratismo;
 Explicar a diferença entre o mercantilismo e fisiocratismo olhando para suas
características;

0.2. Metodologia
Para realização deste trabalho, recorreu-se ao método histórico. Partindo do
princípio de que, as actuais formas de vida social, as instituições e os costumes têm
origem no passado, é importante pesquisar suas raízes, para compreender sua natureza e
função. Assim, o método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e
instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje, pois, as
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instituições alcançaram sua forma actual através de alterações de suas partes


componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada
época. Seu estudo, para uma melhor compreensão do papel que actualmente
desempenham na sociedade, deve remontar aos períodos de sua formação e de suas
modificações (Marconi e Lakatos, 2003, p. 109 - 110). O estudo das doutrinas
económicas nesta pesquisa, mostram a transição do período Medieval para Idade
Moderna e a sua repercussão se sente no mundo actual. Portanto, o método histórico
fornece bases de análise para entender certas dinâmicas sociais.

Para se concretizar, recorreu-se a pesquisa bibliográfica. A pesquisa


bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído,
principalmente, de livros e artigos científicos e é importante para o levantamento de
informações básicas sobre os aspectos directa e indirectamente ligados à nossa temática
(Oliveira, 2011, p. 40). Neste contexto, foram consultados artigos relacionados com o
tema em estudo: Fisiocratismo como uma doutrina económica oposta ao mercantilismo.

Quanto aos objectivos, é uma pesquisa descritiva e explicativa. Para Triviños


(1987) citado por Oliveira (2011, p. 22), o estudo descritivo pretende descrever com
exactidão os factos e fenómenos de determinada realidade. Neste caso, descreve o
mercantilismo e o fisiocratismos como doutrinas económicas que vigoraram na Europa.
A primeira que decorreu da segunda metade do século XV a século XVIII e a segunda
que iniciou na segunda metade do século XVIII. Ademais, é uma pesquisa explicativa
pelo facto de aprofundar o conhecimento dos primeiros ensaios de doutrinas
económicas com cunho científico (fisiocratismo), explicando o contexto do seu
surgimento, suas características e seu impacto na sociedade. Realçar que, o
fisiocratismo semeou as bases da economia liberal que mais tarde foram desenvolvidas
pelo Smith e outros.
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1. FISIOCRATISMO COMO UMA DOUTRINA OPOSTA AO


MERCANTILISMO

1.1. Mercantilismo

1.1.1. Conceito
Mercantilismo é uma doutrina predominante nos séculos XV ao XVIII, que
enfatizava a acumulação de riqueza através do comércio e do controle estatal das
actividades económicas (Sousa, 2021, p. 4). Esta doutrina visava fortalecer o Estado e
enriquecer a burguesia, ampliando a economia para dar mais lucros (Mendes et al.,
2015, p. 40).

1.1.2. Contextualização
Segundo Lima (1976, p. 17), o mercantilismo surge de um dos períodos mais
decisivos da história, marcando um tournant na vida da humanidade. Os factores
principais que caracterizam o seu surgimento são: os descobrimentos marítimos
Colombo, desvendando um continente até então desconhecido; Vasco da Gama,
abrindo novo caminho para as Índias (Sousa, 2021, p. 4). Estes êxitos causaram duas
consequências de transcendental relevo: por um lado, deslocaram-se os principais
negócios internacionais do Mediterrâneo para o Atlântico; por outro, com o ouro e a
prata extraídos principalmente do Peru e do México, a quantidade de metais preciosos
disponível passou a ser oito vezes maior (Lima, 1976; Sousa, 2021). Surge assim, um
novo tipo de homem: o mercador audacioso ou aventureiro (Sousa, 2021, p. 4).

O mercantilismo marcava uma nova era, além das transformações de ordem


económica, política, social, científica e artística, o nascimento dos grandes Estados
modernos é de grande relevo, como Lima (1976) explica:

“Estes Estados nacionais empregaram o monopólio como método importante de


aumentar o comércio e arrecadar tributos fiscais. É o monopólio factor de
domínio do comércio exterior. Formaram-se então as poderosas companhias
comerciais privilegiadas, com exclusividade de transacções entre as várias
regiões do mundo. Como, porém, os esforços dos comerciantes e das
companhias não eram suficientes para assegurar o domínio dos lugares
longínquos, completou-se tal domínio com o poder do Estado, que ocasionou a
concentração da política estatal nos problemas comerciais” (Lima, 1976, p. 18).
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A finalidade principal do Estado, no entender dos mercantilistas, era encontrar


os meios necessários para que o respectivo país adquirisse a maior quantidade possível
de ouro e prata (Mendes, et al., 2015, p. 41).

1.1.3. Características do Mercantilismo


Segundo Sousa (2021, p. 4), o mercantilismo caracteriza-se pelas seguintes
práticas: metalismo, colonialismo, monopólio, proteccionismo, balança comercial e
intervencionismo.

Concordando com Sousa, Lima (1976) sumariza as características do


mercantilismo em duas: metalismo ou bulionismo e Economia Nacional. Metalismo ou
bulionismo, é uma doutrina que considerava a acumulação de metais preciosos (ouro e
prata) como o principal e mais garantido meio de conservar e acumular riqueza.
Consistia também, no proteccionismo monetário directo e defensivo, para impedir a
saída do ouro, na obrigação do repatriamento dos créditos, nos gastos dentro do país e
na supervalorização artificial. A Economia Nacional visava à aquisição da riqueza
através do comércio exterior e da produção interna de manufaturas para exportação, tal
como praticavam os holandeses, ingleses e franceses (Lima, 1976, p. 19-20).

“Para os países que não exploravam directamente minas de ouro ou prata, não
se punha o problema de conservar os metais preciosos, mas o de os atrair. Por
oposição ao mercantilismo espanhol ou bulionismo, designa-se o mercantilismo
francês por industrialista ou estatista. A finalidade mantinha-se: aumentar os
stocks monetários. Mas o meio era a exportação da produção manufacturada, e a
limitação do consumo interno e do salário dos trabalhadores. É também
conhecida por colbertismo. A política mercantilista de Jean-Baptiste Colbert
(1619-1683) baseia-se na teoria da balança comercial e no pacto colonial. O
pacto colonial obrigava as colónias a ter relações comerciais apenas com a
metrópole. A intervenção do Estado era muito forte, limitando a iniciativa
privada, sendo aqui patente o carácter político da economia” (Sousa, 2021, p. 4-
5).

Em Inglaterra, William Petty (1623-1687) afirma que a procura de ouro não é


um fim em si; o que constitui a verdadeira riqueza é a produção de bens. Os
mercantilistas ingleses, não se opõem às importações desde que as exportações sejam
superiores. Os mercantilistas, desenvolveram a teoria da balança de comércio e
definiram claramente o interesse nacional, distinguindo-o do interesse privado e
reconhecendo que pode haver antagonismo entre os dois (Sousa, 2021, p. 5). A balança
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comercial devia ser sempre favorável, por isso aumentavam impostos para os produtos
importados, tornando-se o Estado o único com poder de ditar e manipular as relações
económicas. Tal situação foi verificada em Mendes et al., (2015) ao afirmar que os
mercantilistas pretendiam disciplinar a indústria e o comércio, de forma a favorecer as
exportações em detrimento das importações, ou seja, procuravam manter a balança
comercial favorável (p. 41).

1.2. Fisiocratismo

1.2.1. Conceito
Segundo Sousa (2021), fisiocracia é o nome dado a primeira Escola de
Economia Científica que surgiu no século XVIII. “Fisiocrata” vem de “fisiocracia”, que
significa “poder da natureza”. Os fisiocratas não acreditavam que uma nação pudesse se
desenvolver mediante, apenas, o acúmulo de metais preciosos e estímulos directos ao
comércio; acreditavam ser necessário também o investimento em produção. Não na
produção industrial (ou comercial), mas na produção agrícola, pois somente nessa eram
possíveis a geração e a ampliação de excedentes (Mendes et al., 2015, p. 41-42).

1.2.2. Contextualização
A Renascença, e sua imensa repercussão em todas as actividades humanas e
científicas, assinala uma ruptura histórica de transcendental importância. O seu fim
marca o período de transição do capitalismo comercial ao industrial e se caracteriza pelo
aparecimento de três correntes: no campo filosófico, pelo evolver do pensamento
político, desde sua origem canónica ao radicalismo; no económico, pelo progresso do
pensamento económico inglês, e pelo aparecimento da economia política francesa, com
o sistema fisiocrático (Lima, 1976, p.21).

“Estas transformações do pensamento filosófico, sobretudo na Inglaterra,


decorriam da mudança do seu poderio económico. Em fins do século XVII já
possuía a Inglaterra uma indústria têxtil que lhe permitia exportação bastante
volumosa. Desenvolvia-se igualmente a produção mineira, com a fabricação de
ferro fundido, mediante emprego da hulha, propiciando novo impulso à
produção de metais, embora não existisse ainda a produção mecanizada. Seu
auge industrial vinha acompanhado de condições favoráveis no comércio
exterior. Enquanto se operava toda esta prosperidade científica e económica na
Inglaterra, provocando alterações da mais alta significação em sua estrutura, na
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França surgia o sistema fisiocrático, destinado à mais profunda repercussão


interna e externa. A França nessa época atravessava uma situação diversa da
Inglaterra; seu oposto mesmo, porque marcada pela decadência económica e
pela extensa miséria social. Era o fim do ancien régime, tão estudado na história
universal. Impostos elevados pesavam sobre os camponeses, com a agricultura
em depressão. O deficit financeiro crónico, o capital desaparecendo, a falta de
trigo até para a semeadura provocaram motins populares devido,
principalmente, à escassez de pão” (Lima, 1976, p.21-23).

“As condições económicas e financeiras em França no princípio do século


XVIII eram terrivelmente más. A dívida externa era muito elevada e a
população tinha diminuído. Os impostos aumentavam continuamente. A corte e
os nobres mantinham uma vida de esplendor e dissipação. A talha, imposto
directo, recaía sobre as classes populares. A população afluía às cidades. O
contraste entre o luxo e a miséria acentuava-se. A agricultura entrava em
decadência, escasseando até o trigo para semente” (Sousa, 2021, p. 6).

Tal estado calamitoso de coisas era atribuído à política comercial-industrial


anterior, ao chamado colbertismo, durante o qual a indústria francesa, em detrimento da
agricultura, se esmerou na produção de artigos de luxo, convertendo Paris no árbitro da
moda e dos gostos de toda a Europa. Essa situação foi motivo de crítica, primeiro pelo
Pierre Boisguillebert em defesa dos camponeses e da pequena produção mercantil e dos
fisiocratas, figura de Francois Quesnay1 e Anne Robert Jacques Turgot (Lima, 1976, p.
23).

1.2.3. Características do Fisiocratismo


Fisiocracia quer dizer supremacia da natureza em três sentidos: (i) filosofia e
programa político do humanismo renascentista; (ii) protesto contra o mercantilismo, e
(iii) lugar relevante atribuído à agricultura como única fonte de riqueza. Para os
fisiocratas o único ramo de actividade capaz de fornecer indefinidamente bens de
consumo sem alterar sua fonte era a agricultura que representava uma dádiva de Deus à
Terra, obra do Criador” (Lima, 1976, p. 24).

Consideravam, simplesmente, que as sociedades humanas eram regidas por leis


naturais como as que governam o mundo físico e a vida de qualquer organismo. As leis
da ordem natural têm um carácter providencial, supranatural, as mesmas para todos os

1
François Quesnay (1694–1774), médico da corte de Luís XV e de Madame de Pompadour, foi o
fundador da corrente fisiocrata, com a publicação na França, em 1758, do livro Tableau Economique, em
que apresenta a primeira análise sistêmica da formação de uma economia no formato macro (Mendes et
al., 2015, p. 42).
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homens e todos os tempos. Cada indivíduo saberá, natural e livremente, encontrar o


caminho que lhe é mais vantajoso. É desnecessária qualquer coacção social. É da
essência da ordem que o interesse particular de um só não possa separar-se do interesse
comum de todos, e é o que sucede sob o regime da liberdade. É a doutrina do laisser
faire. Ao governo cabia-lhe suprimir os entraves criados à ordem natural, assegurar a
propriedade e a liberdade, descobrir as leis naturais e ensiná-las (Sousa, 2021, p. 6).

“Os fisiocratas consideram que os resultados da livre concorrência não podem


deixar de ser benéficos; refutam a ideia de uma balança de comércio favorável
porque entendem que a acumulação da moeda num país faz subir naturalmente
os preços; afirmam que as tarifas alfandegárias proteccionistas são muitas vezes
prejudiciais ao país que as estabelece” (Sousa, 2021, p. 7).

Parte das reivindicações dos fisiocratas foram atendidas por Turgot quando
ministro, embora isso lhe tivesse custado o lugar, por serem dirigidas contra a nobreza
feudal, ainda predominante na França. Outras foram adoptadas pela grande Revolução
de 1789 (Lima, 1976, p. 25).

Só a agricultura é produtiva, por ter possibilidade de produzir uma riqueza


superior à que consome. Os fisiocratas definiam riqueza como a soma dos bens
comerciáveis produzidos anualmente. Quesnay (Quadro económico) distinguia três
classes sociais: a classe produtiva, composta pelos agricultores; a classe proprietária,
que abrangia os proprietários e os que exerciam, a qualquer título, a soberania; e a
classe estéril, que englobava os que se dedicavam à indústria, ao comércio, e às
profissões liberais (Lima, 1976, p. 24 e Sousa, 2021, p. 7).

“A classe agrícola, conservava parte da riqueza que produzia para a sua


manutenção e para manter a sua actividade (adubos, sementes). Outra parte, era
transferida para a classe proprietária. A classe agrícola tinha de comprar bens
industriais ou de pagar serviços à classe estéril. A classe estéril utilizava o
dinheiro obtido pelas suas vendas na subsistência e compras de matérias-primas.
As somas recebidas pela classe estéril eram recuperadas pela agricultura. O
circuito da vida económica que o Quadro Económico se propunha representar
era, portanto, fechado” (Sousa, 2021, p. 7).

Os fisiocratas eram defensores da conhecida máxima laissez-faire, laissez-


passer (deixai fazer e deixai passar (Lima, 1976, p. 25).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O fisiocratismo se apresentou como uma doutrina económica oposta e crítica ao


mercantilismo predominante no século XVIII. Enquanto o mercantilismo enfatizava o
comércio e a intervenção estatal como fontes de riqueza, os fisiocratas defendiam que a
verdadeira fonte de riqueza de uma nação era a agricultura. Eles argumentavam que a
produção agrícola era a única actividade capaz de gerar um excedente económico e
sustentar o crescimento económico a longo prazo.

Ao enfatizar a importância da liberdade económica, do livre comércio e da não


intervenção estatal, os fisiocratas propuseram uma abordagem radicalmente diferente
para o desenvolvimento económico. Eles defendiam a remoção de restrições e
regulamentações que prejudicavam a agricultura, visando incentivar a produção agrícola
e maximizar a riqueza da nação.

Embora as ideias fisiocráticas não tenham alcançado grande influência imediata


na época, elas deixaram um legado significativo na história do pensamento económico.
As contribuições dos fisiocratas ajudaram a pavimentar o caminho para o
desenvolvimento posterior da ciência económica, influenciando correntes de
pensamento que enfatizam a importância da produção agrícola, da liberdade económica
e da eficiência como motores do crescimento económico. Portanto, o fisiocratismo
representou uma visão contrária e desafiadora ao mercantilismo, contribuindo para a
evolução das teorias económicas ao longo do tempo (os países de Terceiro Mundo, caso
de Moçambique, olham a agricultura como fonte de riqueza, porém as políticas
implementadas, não catapultam a agriculta, o que faz o país ser mais importador que
exportador – o que deixa o país mais longe do desenvolvimento).

As limitações principais dos fisiocratas consistiram na não diferenciação entre


empregados e empregadores em suas classes sociais, em ver a mais-valia somente na
renda agrária e no engano da origem da fonte do salário. Seu ideal era a produção
capitalista, racional e avançada, possuindo o mérito científico de terem estabelecido os
fundamentos da doutrina da composição do capital e sua divisão em fixo e circulante
(Lima, 1976, p. 25).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIMA, Heitor Ferreira. História do pensamento económico no Brasil. Companhia


Editora Nacional: São Paulo, Janeiro de 1976.

MARCONI Marina de Andrade e LAKATOS Eva, Maria. Fundamentos de


metodologia científica. 5. ed. São Paulo : Atlas 2003.

MENDES et al., Introdução à economia. 3ª ed. rev. amp. Florianópolis: Departamento


de Ciências da Administração - UFSC; Brasília: CAPES - UAB, 2015.

OLIVEIRA, Maxwell Ferreira de. Metodologia científica: um manual para a realização


de pesquisas em Administração. Catalão: UFG, 2011.

SOUSA, Nali de Jesus. Uma introdução à história do pensamento económico. Brasil.


2021.

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