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UNIVERSIDADE A BERTA -ISCED

CENTRO DE RECURSOS DE LICHINGA

LICENCIATURA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

ANA CHIRUA

Trabalho académico da cadeira de Trabalho e das Organizações

TEMA:

TRABALHO DE ECONOMIA SOCIAL E COOPERATIVISMO

DOCENTE:

LICHINGA, MARÇO DE 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CENTRO DE RECURSO DE LICHINGA


CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

TEMA:
“TRABALHO DE ECONOMIA SOCIAL E COOPERATIVISMO ”

NOME DO ESTUDANTE: ANA CHIRUA

Trabalho de campo da cadeira de Economia social e Cooperativismo a


ser submetido na coordenação do Curso de licenciatura em Gestão de
Recursos Humanos da UNISCED.
Tutor:

Lichinga, Março de 2023


Índice
Introdução ..................................................................................................................................................... 4

1. Diferenças entre economia e economia social ...................................................................................... 5

2. Onde, quando e porque surgiu a economia social ..................................................................................... 5

3. Relação entre a Economia social e cooperativismo .................................................................................. 6

4. Contributo do cooperativismo para o desenvolvimento económico ......................................................... 7

5. Externalidades ........................................................................................................................................... 7

Conclusão...................................................................................................................................................... 8

Referências bibliográficas ............................................................................................................................. 9


Introdução

A economia social é uma expressão que designa um espaço socioeconómico. Um espaço que é
primordialmente dum conjunto de organizações, mas que abrange também um leque de práticas
que o integram apenas em função da sua própria natureza.

Umas e outras caracterizadas quer por não fazerem parte do Estado nem serem protagonizadas por
ele, quer por não serem nem guiadas, nem dominadas, nem impregnadas pela lógica capitalista do
lucro. A expressão em causa, para exprimir com rigor a realidade a que corresponde e para ser
fecunda, tem que se projetar em dois tipos de abordagem entre si conjugadas. Em primeiro lugar,
o conjunto de organizações que ela envolve deve ser claramente delimitado, de modo a poder
projetar-se sem distorções na ordem jurídica. Em segundo lugar, a esse território juridicamente
definido deve acrescer um espaço aberto percorrido pelas práticas socioeconómicas integráveis na
economia social, uma periferia em interação permanente com o núcleo central.

Mas todo este conjunto só ganha robustez e densidade se for capaz de se assumir como um modo
especial de articulação e imbricação do económico com o social; e se puder dar consistência a uma
maneira própria de ser economia, suscetível de partilhar com outras o espaço ocupado por essa
ciência social.

Este estudo visa conhecer a economia social, sua origem, importância do cooperativismo, dentre
outros conteúdos que merecerão uma especial atenção.

O mesmo tem como objectivos específicos os seguintes:

 Dar o conceito de economia social;


 Diferenciar a economia da economia social;
 Explicar onde, quando e porque surgiu a economia social;
 Explicar a importância do cooperativismo para o desenvolvimento.

A metodologia utilizada nesse trabalho consistiu em pesquisa bibliográfica para extrair o elevado
nível de entendimento sobre o tema proposto, abalizada em livros versados na área, bem como
informações em artigos extraídos da internet.

Neste contexto, aborda uma pesquisa exploratória, pois se tem o fundamento de oferecer e
aprimorar as ideias sobre o assunto abordado, proporcionando variados aspectos alusivos ao tema
estudado.

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1. Diferenças entre economia e economia social

Naturalmente, existem diferenças entre a economia e economia social nos seguintes termos.

Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços.
O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí “regras da
casa (lar).”. Ela estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação entre as
necessidades dos homens e os recursos disponíveis para satisfazê-las.

Enquanto de acordo com o relatório The Social Economy in the European Union (2012),
entende-se Economia Social como:

O “conjunto de empresas privadas, organizadas formalmente, com


autonomia de decisão e liberdade de adesão, criadas para satisfazer as
necessidades dos seus membros, produzindo bens e serviços, assegurando
o financiamento e onde o processo de tomada de decisão e a distribuição
de benefícios ou excedentes pelos membros não estão diretamente ligados
ao capital ou quotizações de cada um, correspondendo a cada membro um
voto”
Assim, a Economia Social agrupa, ainda, “as entidades privadas (…) que produzem serviços não
mercantis para as famílias e cujos excedentes, quando existem, não podem ser apropriados pelos
agentes económicos que os criam, controlam ou financiam”

2. Onde, quando e porque surgiu a economia social

O termo economia social tem origem europeia no século XVIII, diante das condições de
pauperização de parcelas da população como resultado da exploração do trabalho, estando
associado diretamente às atividades desenvolvidas pelas associações populares, cooperativas,
mutualidades e, mais recentemente, fundações (França-Filho, 2002; Campos e Ávila, 2012).

Além das experiências do movimento operário inglês da primeira Revolução Industrial, que
resultaram na constituição da conhecida Cooperativa de Rochdale, o mesmo movimento foi
intenso na Alemanha, em meados do século XIX; em Espanha, com o associativismo popular,
mutualismo e cooperativismo, influenciado por grupos de trabalhadores, tais como os tecelões de
Barcelona; em Itália, com sociedades de assistência mútua; e, em França, com a manifestação de
movimentos associativos populares que tiveram um papel central na constituição de cooperativas
e sociedades mútuas durante a primeira metade do século XIX (Campos e Ávila, 2012).

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Campos e Ávila (2012) afirmam que a designação economia social apareceu, provavelmente, na
literatura económica pela primeira vez em 1830, num tratado sobre economia social publicado
pelo economista liberal francês Charles Dunoyer, o qual defendia uma abordagem moral para os
economistas.

No período de 1820 a 1860, desenvolveu-se em França uma escola heterogénea de pensamento


económico, constituída por “economistas sociais”. A maioria deles foi influenciada pelas análises
de T. R Malthus e S. de Sismondi, no que se refere tanto à existência de falhas do mercado que
podem levar a desequilíbrios quanto à delimitação do homem, ao invés da riqueza, como o
verdadeiro sujeito da economia.

3. Relação entre a Economia social e cooperativismo

A ideia originária da doutrina cooperativa contempla a substituição da competição e do lucro pela


cooperação, pelo preço justo e pela distribuição mais igualitária dos resultados. As cooperativas
são, portanto, importantes organizações para implementar estruturas produtivas eficientes, capazes
de gerar renda e emprego e de distribuir de modo mais igualitário essas oportunidades, como
também podem se apresentar como eficientes prestadoras de serviços básicos e essenciais e até
gestoras de recursos públicos.

É importante discutir que, apesar de toda importância social, as cooperativas devem ser igualmente
eficientes sob o ponto de vista econômico, a exemplo de outras empresas, bem como respeitar os
valores do cooperativismo e, entre esses, o de neutralidades político, religiosa e racial. Não se pode
fazer referência às cooperativas como associações beneficentes ou de fins apenas públicos. Essas
organizações têm, e devem ter, objetivos econômicos de produção e de coordenação do fator de
produção trabalho. Portanto, quanto maior for a eficiência econômica da cooperativa, tanto maior
será também seu alcance social e de desenvolvimento.

Desse modo, deve-se estabelecer e incentivar organizações cooperativas para que sejam eficientes
do ponto de vista econômico, bem como capazes de se colocar no mercado, de forma a maximizar
os seus resultados e, por decorrência, aumentar também a renda de cada um dos associados da
organização. Para esse fim, pode-se estabelecer uma agenda que contemple a gestão dessas
organizações, a educação cooperativista e empreendedora, os incentivos contratuais para
minimizar os oportunismos na organização, o monitoramento da gestão, bem como modernos
instrumentos de gestão estratégica, financeira e de sistemas de informação (BIALOSKORSKI
NETO, 1998).

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Não há lugar hoje no sistema produtivo para organizações incompetentes, que aplicam mal os
recursos produtivos da sociedade, lesam o meio ambiente e não geram resultados e bem-estar.
Assim, as cooperativas não podem apenas se limitar a uma ação social, desprezando-se a sua planta
produtiva, pois essa apresentará custos sociais elevados para todos, e em particular para o grupo
social que deu origem a essa coalizão de interesses produtivos.

4. Contributo do cooperativismo para o desenvolvimento económico

O Cooperativismo para o Desenvolvimento consiste no esforço levado a cabo conjuntamente por


países desenvolvidos e países em desenvolvimento, com a finalidade de combater as dificuldades
económicas e sociais dos últimos de forma sustentável e duradoura. A cooperação significa
envolver as populações na definição, planificação e criação do seu próprio futuro, capacitando as
pessoas e comunidades para intervirem e liderarem o seu próprio processo de desenvolvimento.

A Cooperação para o Desenvolvimento inclui uma grande diversidade de fluxos: desde fluxos
privados e donativos através de Organizações Não-Governamentais (ONG), até fluxos oficiais que
incluem a Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD).

A Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) é o apoio fornecido por organismos públicos dos
países doadores aos países em desenvolvimento, sob a forma de projetos, programas, fornecimento
de bens e serviços, operações de alívio da dívida e contribuições para ONGD ou organismos
multilaterais. Os critérios para aquilo que constitui ou não APD têm sido definidos no quadro da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

5. Externalidades

Externalidade é acção que impacta benefício ou custo de terceiro não diretamente envolvido na
produção ou no consumo de um bem ou serviço. Se efeito adverso: chama-se externalidade
negativa; Se efeito benéfico: chama-se externalidade positiva.

Como consumidores e produtores não consideram efeitos externos de suas ações, equilíbrio de
mercado não é eficiente (i.e. maximiza benefício total do mercado) quando há externalidade.

Assim, para o caso do Sr. Joseph, que entornou uma grande quantidade de combustível
acidentalmente no rio, trata-se sim de uma externalidade e no caso estamos perante uma
externalidade negativa visto o seu impacto negativo ira trazer problemas a terceiros que não
estiveram directamente envolvidos no incidente.

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Conclusão

Ao longo deste trabalho de pesquisa da cadeira de economia e cooperativismo, tratamos sobre a


economia social onde diferenciamos a econima da economia social, explicamos quando e onde
surgiu, o contributo do cooperativismo para o desenvolvimento dentre vários conteúdos.

Neste contexto, conclui-se que a economia social é o conjunto de empresas privadas, organizadas
formalmente, com autonomia de decisão e liberdade de adesão, criadas para satisfazer as
necessidades dos seus membros, produzindo bens e serviços, assegurando o financiamento e onde
o processo de tomada de decisão e a distribuição de benefícios ou excedentes pelos membros não
estão diretamente ligados ao capital ou quotizações de cada um, correspondendo a cada membro
um voto.

Em suma, a economia social, para além do seu peso quantitativo, tem vindo, nas últimas décadas,
a afirmar a sua capacidade de contribuir eficazmente para a resolução dos novos problemas sociais,
trabalhando em conjunto com os sectores público e privado, assumindo um papel relevante na
combinação dos objetivos de combate à exclusão social, de acesso a bens e serviços e de promoção
de emprego.

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Referências bibliográficas

BIALOSKORSKI NETO, S. (1998). Moderno gerenciamento da empresa cooperativa. Brasília:

OCB. Documento temático do XI Congresso Brasileiro de Cooperativismo (mimeo).

CAMPOS, José Luis Monzón; ÁVILA, Rafael Chaves (2012). The Social Economy in the

European Union, Belgique, European Union.

European Economic and Social Committee, the Social Economy in the European Union, 2012.

FRANÇA-FILHO, Genauto (2002), “Terceiro Setor, Economia Solidária, Economia Social e

Economia Popular: traçando fronteiras conceituais”, Bahia análise & dados, vol. XXII,
pp. 9-19.

Instituto Nacional de Estatística e Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, Conta

Satélite da Economia Social (2019).

Módulo de economia social e cooperativismo da UNISCED.

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