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PROFESSOR ANTÔNIO CARLOS

APROFUNDAMENTOS EM HUMANIDADES E
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
MACROTEMA: EIXO:
 “Economia e Trabalho”  “Humanidades”

TEMAS:
 Economia: Uma interpretação da Realidade
Aula 01: Economia e Trabalho: Introdução, Conceitos e Histórico.
Aula 02: Economia e Processos Civilizatórios.
Aula 03: A Economia Subsistência.
Aula 04: A Economia Escravagista.
Aula 05: A Economia Capitalista.
Aula 06: Economia: Conceitos Estruturantes.
Aula 07: Economia e Lucro.
Aula 08: Encomia e Mais-valor.
Aula 09: Economia e Mercadoria.
Aula 10: Economia e Realidade Social Brasileira.

1º BIMESTRE – 2º/3º ANO – ENSINO MÉDIO


ESCOLA: _________________________________________________
NOME: __________________________________________________
TURMA: ______________________ TURNO: ____________________
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APRESENTAÇÃO

Introdução: A proposta central deste componente curricular é propiciar aos


estudantes um aprofundamento na compreensão crítica acerca das relações entre a
economia e a vida cotidiana das juventudes. Os e as estudantes poderão reconhecer
as estruturas sociais, políticas e culturais que atravessam suas vidas, como se inter-
relacionam e são determinadas pela economia, enquanto história e atualidade,
oferecendo-se, assim, um debate econômico em que as juventudes estão no centro
do processo.

Observação: O primeiro bimestre propõe uma discussão sobre a economia


e suas possibilidades de interpretação da realidade e do trabalho, enquanto processo
histórico que permite compreender o desenvolvimento das sociedades, suas culturas e
as relações com a atual realidade social-econômica brasileira. Alguns conceitos
estruturantes da economia serão abordados na perspectiva de compreensão crítica da
história do trabalho nas famílias dos e das estudantes. A proposta central para a
produção deste bimestre é uma árvore genealógica do trabalho das famílias dos e das
estudantes, desta forma, é importante envolver a comunidade escolar no processo,
convide os e as estudantes para sensibilizarem o maior número de familiares
possíveis.

HABILIDADES

Investigação Científica

EMIFCG01
Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade,
atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.

Mediação e Intervenção Sociocultural

EMIFCG07
Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando
e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada
de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

Empreendedorismo

EMIFCG12
Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos
presentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas
ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida
pessoal, profissional e cidadã.

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[ AULA 01 ]
ECONOMIA E TRABALHO:
INTRODUÇÃO, CONCEITOS E HISTÓRICO

1. INTRODUÇÃO

A economia e o trabalho são conceitos fundamentais que têm moldado as


sociedades ao longo da história. Eles estão intrinsecamente ligados, pois o trabalho é
um dos principais motores da economia, produzindo bens e serviços que satisfazem as
necessidades e desejos das pessoas.

2. ECONOMIA

O termo “economia” vem do grego oikos (casa) e nomos (costume ou lei).


Juntos, significam “regras da casa”. Em resumo, é a ciência social que estuda a
produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços. Logo, tudo o que um ser
humano necessita para seu desenvolvimento e comportamento.
Não é à toa que, nos conteúdos distribuídos dentro da economia, existem as
finanças comportamentais. Por isso, digo que ela é muito mais do que apenas
números.
Além disso, estuda os efeitos da desvalorização da moeda, políticas
monetárias e fiscais. Fatores que, por sua vez, regem as estratégias governamentais
para manter o equilíbrio e o crescimento saudável da economia do país.
Todas estas políticas analisadas dentro da economia e que estão ligadas ao
governo são também conhecidas por Políticas Econômicas. Ou seja, tudo sobre
impostos, diminuição ou aumento do Bolsa Família e qualquer coisa que mexa com o
dinheiro do governo é chamado de política econômica. Afinal, são conceitos que
interferem no bolso de todos.
Há um monte de aspectos que devem ser levados em consideração. Por isso
que, para manter o país em equilíbrio, é preciso ter as contas e receitas em equilíbrio,
para visar o bem estar da população.

Fonte: https://conteudo.imguol.com.br

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a) Quem criou o conceito de economia?

Presente desde a Antiguidade, a economia é um elemento mutável que


acompanha o florescer e o desenvolvimento de diferentes sociedades, as afetando e
sendo afetado por elas. Desse modo, não é possível atribuir sua conceituação a
nenhuma pessoa em específico. A definição da economia é fruto de contribuições de
diferentes filósofos, economistas e pensadores ao longo da história.
Contudo, é possível encontrar vestígios de sua utilização antes e depois da
economia ser compreendida como uma área de estudo à parte.
A etimologia, como já visto, vem da Grécia Antiga, onde a julgar por sua
tradução, era utilizada para descrever a forma como uma família administrava sua
casa, ou seja, como as pessoas organizavam os gastos e rendimentos do lar.
Ainda anterior à concepção de economia como ciência social, durante o
mercantilismo, o termo aparece como “economia política”, uma adaptação do francês
“économie politique“. Nesse cenário, seu sentido era semelhante à ideia de
gerenciamento domiciliar criada pelos gregos, mas estendido para o campo da
administração pública.
Entretanto, o conceito de economia como uma ciência social, utilizado nos dias
de hoje, é fundamentado em teorias e pensamentos mais recentes, desenvolvidos a
partir do século XVIII. Entre os pensadores mais influentes para o estabelecimento da
economia moderna, é possível citar:

 Adam Smith (1723-1790): criador da famosa teoria da “mão invisível do


mercado”, Smith defendeu o liberalismo e a competição como maneiras de
promover o crescimento econômico. Acreditava que a busca individual pelos
interesses próprios resultaria em uma reação em cadeia capaz de impulsionar a
economia, favorecendo toda a sociedade por tabela;

 Karl Marx (1818-1883): é famoso principalmente por suas exposições sobre a


“luta de classes”, a qual enfatiza a exploração dos trabalhadores pelos capitalistas.
Apesar das críticas e revisões, a influência de seus pensamentos ainda se faz
presente em discussões sobre a desigualdade e o papel do Estado na economia.

Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br
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Estes, contudo, são apenas alguns entre os nomes mais conhecidos que
auxiliaram para a concepção da Economia enquanto disciplina de estudo. A ideia de
economia é um organismo vivo que continua a ser moldado por novas correntes de
pensamentos e teorias.

b) Qual é a importância da economia para a sociedade?

A associação direta da economia com os editoriais especiais de jornais e


telejornais faz com que muitas pessoas caiam no erro de considerá-la um tema
distante e complicado, reservado aos investidores e grandes corporações. Contudo,
ela não é chamada de ciência social à toa. As decisões econômicas e o desempenho
da economia refletem diretamente no dia a dia de todos os cidadãos, das famílias, e
da sociedade como um todo.
A Economia se faz presente em exemplos rotineiros, como:

 O preço da cesta básica e da gasolina;


 O preço do transporte público;
 O financiamento de um carro ou casa própria;
 A tributação;
 Prestação de serviços públicos;
 Níveis de inflação;
 Taxas de desemprego;
 Câmbio de moedas estrangeiras;
 Contas de água, luz e gás.

Desse modo, entre os principais papéis desempenhados pela Economia na


sociedade, é possível citar:

Distribuição de renda: os sistemas econômicos e as políticas econômicas podem


afetar a distribuição de renda, incidindo no aumento ou diminuição da desigualdade;

Mercado de trabalho: o desempenho econômico — no sentido macro ou em


determinado segmento — reflete na oferta de empregos. Uma boa condução da
economia é sempre acompanhada pelo aumento do número de postos de trabalho.
Períodos de crise ou recessão econômica, por outro lado, ocasionam o aumento da
taxa de desemprego;

Inflação e deflação: a inflação e a deflação implicam no poder de compra e são


impulsionadas pela demanda e pela oferta. Quando a inflação é alta, o dinheiro perde
valor e os bens e serviços passam a pesar mais no bolso do consumidor;

Políticas econômicas: a soma das políticas econômicas, monetárias e fiscais têm


impacto direto na estabilidade da economia e no desenvolvimento social;

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Políticas públicas: os dados econômicos são essenciais para o desenvolvimento de
programas de bem-estar social e políticas centradas em áreas essenciais para a
sociedade como a educação, saúde e segurança;

Mercados financeiros: o desempenho da economia também afeta diretamente o


mercado de capitais, influenciando a flutuação do preço das ações e dos demais ativos
financeiros.

e) Quais são as divisões da economia?

Embora teorias mais modernas sejam divergentes quanto ao número de


divisões da economia, tradicionalmente seus estudos são divididos em dois grandes
grupos: microeconomia e macroeconomia.
São dois conceitos de fácil compreensão, mas que não devem ser confundidos.
Para deixar claro, explico cada um deles na sequência.

 Microeconomia: a microeconomia diz respeito ao comportamento individual ou


de uma empresa. Essa é considerada uma matemática mais exata, pois leva em
conta questões como o produto individual, demanda, oferta, preços de produtos e
de fatores, salários etc.
 Macroeconomia: a macroeconomia, por sua vez, refere-se ao comportamento de
uma nação, bloco econômico ou do mundo. Além disso, abrange questões como
renda nacional, nível geral de preços, distribuição, produção nacional, entre
outros. É aí é que entram as Políticas Econômicas.

Vale citar, contudo, que a expansão dos assuntos e demandas que moldam o
campo das ciências econômicas acabam tornando essa divisão clássica bastante
limitante. Não é complicado, por exemplo, se deparar com pensadores que abordam
ramos bem mais segmentados da Economia. Alguns exemplos mais conhecidos são:

 Economia pública: analisa o fornecimento de bens e serviços coletivos públicos


cujos custos são financiados pelos impostos;
 Economia agrícola: observa os impactos da economia sobre o setor agrícola e
vice-versa;
 Economia Financeira: se concentra no estudo das instituições financeiras e nos
mercados financeiros;
 Economia Internacional: verifica os efeitos das políticas econômicas
internacionais e as vantagens competitivas dos países;
 Economia do Trabalho: foca no levantamento e análise de dados sobre o
mercado de trabalho, como salários e taxa de desemprego;
 Economia gerencial: aplica levantamentos microeconômicos para auxiliar
gestores na tomada de decisões corporativas.

f) Quais são os tipos de economia?

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A Economia pode ser compreendida como uma ideia em aberto e em eterna
mutação. Os tipos econômicos existentes se multiplicam e se ramificam de modo a
acompanhar as mudanças sociais, tornando a tarefa de enumerá-los bastante
complexa.
Contudo, entre as variações mais clássicas dessa ciência social, posso citar:

 Economia de Mercado: nesse modelo, como sugere o nome, os preços e as


decisões sobre como, de que forma e para quem produzir são tomadas, quase em
totalidade, pelo mercado e determinadas pela relação entre a demanda e a oferta.
Os Estados Unidos são o maior exemplo desse modelo econômico;
 Economia de mercado livre: variante teórica da economia de mercado, esse
conceito defende uma economia com pouca ou mesmo nenhuma intervenção do
Estado;
 Economia planejada: também conhecida como economia socialista, esse
sistema se baseia no controle do governo sobre a produção e a distribuição dos
bens e serviços, com o objetivo de promover a igualdade social. Cuba é um bom
exemplo de aplicação desse tipo de política econômica;
 Economia de comando: variação extremada da economia planejada, esse
regime é baseado no controle total do Estado sobre todos os aspectos
econômicos, como a propriedade dos meios de produção, alocação de recursos e
fixação de preços. A Coreia do Norte é o exemplo mais conhecido desse tipo de
economia;
 Economia mista: mescla conceitos da economia planejada e da economia de
mercado, como o direito à propriedade privada e o desenvolvimento de políticas
sociais. É o tipo de economia adotado pela maioria da Europa ocidental;
 Economia de subsistência: cada vez menos comum e restrito a pequenas
comunidades isoladas, trata-se de um modelo onde é produzido somente o
essencialmente necessário para o atendimento das necessidades básicas.

Fonte: https://www.sitiopema.com.br

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Amostra de como a evolução da sociedade e da economia ocorrem de maneira
interdependente, transformações e preocupações sociais observadas nos últimos anos
têm, consequentemente, influenciado no estabelecimento de novos tipos de
economia.
Entre alguns dos exemplos mais recentes estão:

 Economia colaborativa: também conhecida como economia compartilhada ou


em rede, esse tipo de economia propõe o compartilhamento de bens e serviços,
em vez da venda. Alguns exemplos bastante populares são o Uber e o Airbnb,
além dos cada vez mais populares espaços de coworking;
 Economia do conhecimento: economia que visa gerar lucro por meio do
processo criativo e da disseminação do conhecimento. Está ligada às áreas de
pesquisa, educação, tecnologia, entre outras;
 Economia verde: uma das vertentes econômicas mais debatidas das últimas
décadas, a economia verde se preocupa em promover o desenvolvimento e a
utilização dos recursos de maneira sustentável, minimizando o impacto ambiental
e as crises climáticas. Esse sistema engloba tópicos como o consumo consciente, a
reciclagem, energias limpas e a redução da emissão de carbono;
 Economia circular: extensão da economia verde, a economia circular estuda
formas de reduzir o desperdício, reaproveitando tudo o que é produzido. Baseado
nos ciclos naturais, esse modelo produtivo utiliza os resíduos como matéria-prima
para a fabricação de novos bens;

Fonte: https://blog.recigases.com/blog/economia-circular-pt1

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3. TRABALHO

Refere-se à atividade humana que tem como objetivo produzir bens e


serviços para atender às necessidades humanas. O trabalho é fundamental na
economia, pois é através dele que os recursos naturais são transformados em
produtos e serviços. As condições, a organização e a remuneração do trabalho
variam significativamente em diferentes períodos históricos e sistemas econômicos.
O conceito de trabalho é formado por elemento teológico que teve influência
no ocidente greco-romano-helenista chegando até os nossos dias. Como mostra o
Livro do Gênesis (3, 17); depois de pecar o homem foi amaldiçoado, ficando
condenado a extrair seu sustento do suor, do cansaço, do labor de seu trabalho:
“comederes maledicta terra in opere tuo in laboribus comedes eam cunctis
diebus vitae tuae”.
A concepção de trabalho sempre esteve predominantemente ligada a uma
visão negativa. Na Bíblia, Adão e Eva vivem felizes até que o pecado provoca sua
expulsão do Paraíso e a condenação ao trabalho com o “suor do seu rosto”. A Eva
coube também o “trabalho” do parto.
O termo trabalho é originário do latim tripalium, que designa instrumento de
tortura. Por extensão, significa aquilo que fatiga ou provoca dor. Na etimologia da
palavra trabalho, ou tripalium, do Latim , um instrumento romano de tortura, espécie
de tripé formado por três estacas cravadas no chão, onde eram supliciados os
escravos. "tri" (três) e " palus" (pau) - literalmente, "três paus". Daí o verbo
tripaliare (ou trepaliare), que significava, inicialmente, torturar alguém no tripalium.

Fonte: https://imageproxyb.ifunny.co

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a) O Trabalho na antiguidade

Dizia Aristóteles, sobre o trabalho: “Todos aqueles que nada tem de melhor
para nos oferecer que o uso de seu corpo e dos seus membros são condenados pela
natureza à escravidão. É melhor para eles servir que serem abandonados a si
próprios. Numa Palavra, é naturalmente escravo quem tem tão pouca alma e tão
poucos meios que deve resolver-se a depender de outrem […] O uso dos escravos e
dos animais é aproximadamente o mesmo.”(RIBEIRO, L. p.196).
Na cultura grega, cabiam aos cidadãos a organização e o comando da polis. As
funções dos escravos eram restritas à atividades inferior de transformação da
natureza em um bem determinado pelas camadas superiores.
Em Roma, permaneceu a divisão entre a arte de governar e o trabalho braçal.
Sendo o império fundado na escravidão, o trabalho braçal era visto como degradante
e destinados aos povos dominados, tidos como seres inferiores.

b) O Trabalho na economia de mercado

No capitalismo o trabalho se transforma em valor de troca onde o homem


vende sua força de trabalho para realizar a reprodução social – consumir e
produzir. É um trabalho alienado onde o trabalhador não se reconhece naquilo que
produz, não domina todo o processo de produção. O trabalhador não é o dono dos
meios de produção e de trabalho, estes pertencem ao capitalista, que baseia-se no
lucro e na mais-valia, ou seja, no excedente do trabalho humano, que não é
repassado ao trabalhador.

c) Consumismo: felicidade maquiada

Através de meios de comunicação como rádio, televisão, jornais, revistas,


outdoors, internet, entre outros, a mídia tem realizado o seu trabalho de convencer as
pessoas a consumir. Para isso utiliza-se de artistas famosos que incitam o público a
comprar os produtos. O homem cresce vivenciando esse mundo manipulado pela
mídia, e acreditando que a felicidade possa ser encontrada quando se adquire
determinada marca de roupa, calçado, carro, jóia, celular, entre outros. Divulga-se a
ideia da felicidade comprada. O papel da propaganda é nos deixar infelizes com que
temos e criar o desejo de possuir o novo para ser feliz.
O indivíduo que cresce nesse ambiente consumista dificilmente aprende
valores subjetivos que o edificam como ser pensante e emotivo. Decorre disso a
dificuldade de se preencher o vazio interior, o que é buscado no consumo de bens
concretos e superficiais. Tais bens são dispensáveis à felicidade? Difícil saber. Eles
trazem a realização pessoal buscada pelo homem?

4. O TRABALHO PRESENTE E FUTURO

As transformações de nossas relações de trabalho não pararam na Revolução


Industrial, pois ainda hoje o caráter de nossas atividades modifica-se. Contudo, as
forças que motivam essas mudanças são outras. A globalização é um dos fenômenos
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mais significativos da história humana e, da mesma forma que modificou nossas
relações sociais mais íntimas, modificou também nossas relações de trabalho. A
possibilidade de estarmos interconectados a todo momento encurtou distâncias e
alongou nosso período de trabalho. O trabalho formal remunerado, que antes estava
recluso entre as paredes das fábricas e escritórios, hoje nos persegue até em casa e
demanda parte de nosso tempo livre, haja vista a crescente competitividade inerente
ao mercado de trabalho.
A grande flexibilidade e a exigência por uma mão de obra cada vez mais
especializada fazem com que o trabalhador dedique cada vez mais tempo de sua vida
para o aperfeiçoamento profissional. Essa é uma das origens das grandes
desigualdades sociais da sociedade contemporânea, uma vez que apenas aqueles que
dispõem de tempo e dinheiro para dedicar-se ao processo de formação profissional,
caro e exigente, conseguem subir na hierarquia social e econômica.
A introdução da automação na produção de bens de consumo tornou, em
grande parte, a mão de obra humana obsoleta, aumentando o tamanho do exército de
trabalhadores e diminuindo o valor da força de trabalho nos países que dispõem de
grande população, mas com baixa especialização. Como resultado, a situação do
trabalho só piora, pois se preocupar com o bem-estar do empregado é algo caro e, na
concepção que prioriza o lucro monetário, não é um investimento que garanta renda
imediata.

Fonte: https://www.michaelpage.com.br

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[ EXERCÍCIO 01 ]
ECONOMIA E TRABALHO:
INTRODUÇÃO, CONCEITOS E HISTÓRICO

QUESTÃO 01 O que é economia?

a) A ciência que estuda como as pessoas escolhem usar recursos para produzir bens e
serviços e distribuí-los.
b) O estudo exclusivo dos mercados financeiros e das instituições bancárias.
c) A análise de dados estatísticos sobre o comportamento humano.
d) O processo de fabricação de bens em larga escala.

QUESTÃO 02 Quem é considerado o pai da economia moderna?

a) John Maynard Keynes b) Milton Friedman


c) Adam Smith d) Karl Marx

QUESTÃO 03 Verdadeiro ou Falso

( ) A macroeconomia estuda o comportamento econômico de indivíduos e empresas


específicas.
( ) A Revolução Industrial iniciou-se no século XVIII e é considerada um divisor de
águas na história do trabalho devido à introdução da maquinaria no processo
produtivo.
( ) Keynes acreditava que, em tempos de crise, o governo deveria reduzir seus
gastos para equilibrar o orçamento.

QUESTÃO 04 Explique a diferença entre microeconomia e macroeconomia e dê um


exemplo de questão que seria estudada por cada uma.
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QUESTÃO 05 Descreva como a globalização afetou o mercado de trabalho nos países


em desenvolvimento.
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QUESTÃO 06 Discuta o impacto potencial da inteligência artificial e da automação no


futuro do trabalho.
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[ EXERCÍCIO 01 ]
SUGESTÃO DE RESPOSTAS

QUESTÃO 01 A alternativa correta é A. A ciência que estuda como as pessoas


escolhem usar recursos para produzir bens e serviços e distribuí-los.** Economia é
uma ciência social que se preocupa com a produção, distribuição e consumo de bens e
serviços, estudando como indivíduos, empresas, governos e nações tomam decisões
sobre a alocação de recursos.

QUESTÃO 02 A alternativa correta é C. Adam Smith é frequentemente citado como


o pai da economia moderna devido às suas contribuições fundamentais para a
compreensão dos princípios básicos do capitalismo, particularmente como exposto em
sua obra "A Riqueza das Nações".

QUESTÃO 03 As respostas seriam:

- Falso para "A macroeconomia estuda o comportamento econômico de indivíduos e


empresas específicas." A macroeconomia, na verdade, estuda o comportamento da
economia como um todo, incluindo temas como inflação, desemprego e crescimento
econômico.
- Verdadeiro para "A Revolução Industrial iniciou-se no século XVIII e é considerada
um divisor de águas na história do trabalho devido à introdução da maquinaria no
processo produtivo." A Revolução Industrial transformou fundamentalmente os
métodos de produção e a organização do trabalho.
- Falso para "Keynes acreditava que, em tempos de crise, o governo deveria reduzir
seus gastos para equilibrar o orçamento." Keynes defendia, na verdade, que em
tempos de crise, o governo deveria aumentar seus gastos para estimular a demanda
econômica e combater o desemprego.

QUESTÃO 04 Microeconomia é o ramo da economia que se concentra no


comportamento de indivíduos e empresas, como a formação de preços, a demanda e
oferta de produtos específicos. Por exemplo, o estudo de como o preço de um bem
afeta a quantidade demandada por consumidores. Macroeconomia, por outro lado,
estuda a economia em uma escala mais ampla, abordando questões como inflação,
desemprego, crescimento econômico e políticas fiscais e monetárias. Um exemplo de
questão macroeconômica é como uma alteração na taxa de juros pelo banco central
afeta o nível geral de investimentos no país.

QUESTÃO 05 A globalização afetou o mercado de trabalho nos países em


desenvolvimento de várias maneiras, incluindo a criação de oportunidades de emprego
através da atração de investimentos estrangeiros. No entanto, também levou à
competição intensificada, podendo pressionar os salários para baixo e promover uma
corrida aos menores padrões de proteção ao trabalho em alguns setores. A globalização
estimulou a especialização econômica, mas também expôs trabalhadores a
volatilidades globais e à concorrência com mão de obra de outros países, o que pode
levar à desindustrialização em setores não competitivos.
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QUESTÃO 06 A inteligência artificial e a automação têm o potencial de transformar
significativamente o mercado de trabalho, automatizando tarefas rotineiras e
repetitivas, o que pode levar à eliminação de alguns empregos. Por outro lado, essas
tecnologias também podem criar novas oportunidades de emprego em áreas como
desenvolvimento de software, manutenção de sistemas automatizados e análise de
dados. O impacto potencial inclui tanto desafios quanto oportunidades, dependendo da
capacidade dos trabalhadores e das economias de se adaptarem às novas demandas de
habilidades. A educação e a formação contínua serão essenciais para preparar a força
de trabalho para as mudanças que estão por vir.

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