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08/06/2023, 12:19 Introdução à Teoria Econômica

Introdução à Teoria Econômica


Prof.º Raphael de Paiva Barbosa

Descrição

Noções elementares das ciências econômicas a partir dos ferramentais da Microeconomia, da


Macroeconomia e do desenvolvimento econômico.

Propósito

Apresentar o funcionamento das firmas, a composição dos mercados e a formação dos grandes agregados
econômicos, além dos reflexos dessas variáveis no cotidiano das organizações.

Objetivos

Módulo 1

Conceitos fundamentais da Economia


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Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia.

Módulo 2

Microeconomia e comportamentos dos mercados

Identificar os ferramentais básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de mercados


distintos.

Módulo 3

Agregados macroeconômicos

Reconhecer os principais agregados macroeconômicos.

meeting_room
Introdução
Certamente em algum momento de sua vida você já se deparou com alguns dos questionamentos da
próxima imagem. Todos esses questionamentos se referem ao campo de estudos da Economia, que estuda
o funcionamento das atividades econômicas da sociedade global. Para compreender essa área de
conhecimento, é necessário conhecer os conceitos fundamentais da Economia, os ferramentais básicos da
Microeconomia e os principais agregados macroeconômicos.

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1 - Conceitos fundamentais da Economia


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os conceitos
fundamentais da Economia.

Conceitos fundamentais
O estudo introdutório da Economia tem o intuito de estimular a busca por respostas para os principais
problemas econômicos, demonstrar as principais teorias e correntes econômicas e sua aplicabilidade em

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questões práticas na vida dos indivíduos e no funcionamento das organizações.

Mas você sabe quando a economia moderna surgiu?

De acordo com Pinho e Vasconcellos (2017), o marco inicial da economia moderna surgiu entre os séculos
XVIII e XIX. Nessa época, foram fundamentados diversos princípios econômicos, desenvolvidos a partir de
três tipos de concepções. Veja a seguir:

Pinho e Vasconcellos
Diva Benevides Pinho é doutora em Economia pela Faculdade de Economia pela FEA-US. Marco Antonio
Sandoval de Vasconcellos doutor em Economia pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo (FEA/USP).

Mecanicista
Os economistas desse grupo explicavam as leis econômicas de maneira similar ao comportamento da
Física, empregando, inclusive, a mesma terminologia (estática, dinâmica, elasticidade, fluidez etc.).

Organicista
Os economistas desse grupo afirmavam que as leis econômicas se comportavam como um órgão vivo e
usavam a mesma terminologia da Biologia (órgãos, funções, circulação, fluxos).

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Humanista
Para os economistas desse grupo, a Economia é uma ciência social e reflete as atitudes do ser humano,
cheias de aspectos psicológicos, e a preocupação em fixar relações de causa e efeito entre os fenômenos
sociais.

Como pudemos ver nas três concepções, a Economia possui uma forte inter-relação com outras ciências —
Matemática, Estatística, Política, História, Geografia e Sociologia —, embora tenha o seu núcleo de estudo
muito bem delimitado. Essa particularidade possibilita ao estudante interagir com vários outros domínios do
conhecimento científico, empregando o seu ferramental teórico visto na Economia para avaliar de forma
sistemática o comportamento humano em sociedade.

Diante de tantas concepções, como podemos definir a Economia?

Segundo Samuelson e Nordhaus (2004): A Economia pode ser definida como a ciência que estuda a forma
como as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem
entre os vários indivíduos. Observe que, nessa definição, estão presentes três conceitos fundamentais:

amuelson e Nordhaus

Paul Anthony Samuelson se formou em Economia, em Chicago e é autor do livro A Teoria Geral do Emprego, do
Juro e da Moeda, por meio do qual revolucionou o pensamento econômico. William D. Nordhaus é professor na
Universidade de Yale e é o criador do modelo de avaliação integrado, modelo quantitativo que descreve a
interação global entre a economia e o clima.

Escassez
Representa o objeto da economia e consiste em uma restrição física, afinal, temos meios de produção e
recursos insuficientes para atender aos desejos e necessidades de todos os seres humanos.

Eficiência
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Está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra) para obter a
máxima produção e ao uso racional dos meios disponíveis para alcançar um objetivo previamente
determinado.

Equidade
É a distribuição justa da prosperidade econômica entre os membros da sociedade. A desigualdade de renda
é consequência de uma baixa equidade.

Atualmente, podemos perceber que a equidade talvez seja o grande desafio de ser colocado em prática de
forma ampla. Alguns economistas, para explicar a situação da desigualdade de renda, afirmam ser preciso
esperar o bolo crescer para depois distribuir, pois não se pode distribuir o que não foi produzido.

Mas o que isso significa?

Vamos utilizar os três conceitos mencionados para fundamentar a explicação. Para muitos economistas, a
relação entre eficiência e equidade no sistema econômico representa um trade-off, situação em que há um
conflito de escolha. Nesse caso, para se ter uma distribuição mais justa da renda entre os agentes
econômicos, é necessário abrir mão de uma parcela da eficiência produtiva. Sobre esse conflito de escolha,
leia o poema Ou isto ou aquilo de Cecília Meireles:

Cecília Meireles

Nasceu no Rio de Janeiro no dia 7 de novembro de 1901. Foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira.
É considerada a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras
publicadas.

Ou se tem chuva e não se tem sol,


ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,


ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,


Quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa


estar ao mesmo tempo em dois lugares!

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Ou guardo dinheiro e não compro o doce,


ou compro o doce e não guardo o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...


e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,


se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda


qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Ou isto ou aquilo
play_arrow

Ou isto ou aquilo
Clique no botão de “play” para ouvir o poema.

Esse poema ilustra bem o conflito de escolha existente na relação entre eficiência e equidade. Para que as
necessidades humanas sejam satisfeitas, é preciso se valer de recursos produtivos disponíveis, que são
escassos. Esse desequilíbrio, inevitavelmente, implica escolhas.

Como, então, satisfazer necessidades ilimitadas com recursos


limitados?

As teorias econômicas ajudam a responder a essa pergunta por meio de três questões fundamentais. Veja
no próximo recurso.

O que e quanto produzir?

A sociedade deve escolher, dentro de um leque de possibilidades, quais bens e serviços serão
produzidos e em que quantidade. Os produtores aumentam ou diminuem a sua produção de
acordo com os preços (rentabilidades) dos produtos.

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Como produzir?

De acordo com o nível tecnológico existente, consideramos que os fatores de produção são
os recursos básicos empregados na oferta de bens e serviços e podem ser divididos em:

Terra ou recursos naturais (N): recursos naturais utilizados no processo produtivo.

Mão de obra ou trabalho (L): trabalho empregado na produção de bens e serviços.

Capital (K): máquinas, equipamentos e imóveis empregados no processo. É importante


destacar que, em Economia, o termo capital refere-se ao capital físico e não ao capital
financeiro.

Para quem produzir?

A sociedade deve decidir quais os setores que serão beneficiados na distribuição do produto:

Trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra?

Mercado interno ou mercado externo?

Mais uma vez nos deparamos com o problema da escassez. Quer ver? Se uma quantidade infinita de bens
pudesse ser produzida e caso as necessidades humanas pudessem ser completamente satisfeitas, não
estaríamos preocupados com a utilização racional dos recursos produtivos, nem em desenvolver novas
tecnologias para aumentar a eficiência de produção. Além disso, também não estaríamos pensando em
questões relacionadas ao meio ambiente.

A relação básica entre escassez e escolha dá origem a um termo muito empregado na Economia: o custo
de oportunidade. Ele representa o valor associado à melhor alternativa não escolhida. Ou seja, ao tomarmos
uma decisão, renunciamos aos benefícios que outras opções poderiam nos proporcionar. Veja um exemplo
no recurso a seguir:

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Imagine que você tenha R$100.000,00 e decida comprar ações.

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O seu custo de oportunidade é abrir mão do rendimento da poupança para arriscar o capital em busca
de uma rentabilidade maior.

A forma como as sociedades respondem a essas três questões fundamentais (O que e quanto produzir?
Como produzir? Para quem produzir?) depende de seus Sistemas de Organização Econômica, que podem
ser divididos em: Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo), Sistema de Economia
Mista e Economia Centralizada (planificada ou de direção central).

video_library
Contextualização histórica e concepções da

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Economia
Para saber mais sobre esse assunto, assista ao vídeo a seguir em que o especialista fala sobre a relação
entre a escassez e o surgimento dos mercados.

Sistema de Concorrência Pura (ou


Perfeitamente Competitivo)
A partir da grande crise dos anos 1930, questionou-se a capacidade de autorregulação do mercado, o qual,
agindo livremente, não consegue garantir que a economia opere sempre com pleno emprego de seus
recursos, evidenciando a necessidade de uma maior atuação do governo na atividade econômica. Veja
aspectos do Sistema de Concorrência Pura no próximo recurso:

Interferência

Neste modelo, não existe a interferência do governo na atividade econômica.

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Livre interação

Predomina a livre interação entre produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes) na


determinação dos preços de bens e serviços.

Mecanismo de preços

Por meio dessa interação, os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e
para quem produzir) são resolvidos mediante o chamado mecanismo de preços, promovendo
o equilíbrio nos vários mercados.

Sistema de Economia Mista


Prevalecem as forças de mercado da demanda (consumidores) e da oferta (produtores), mas com a
intervenção governamental em áreas estratégicas, como infraestrutura, energia, saneamento e

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telecomunicações. De acordo com Vasconcellos (2010), a atuação do governo justifica-se com o objetivo de
eliminar as distorções alocativas (na alocação de recursos) e distributivas e de promover a melhoria do
padrão de vida da população a partir das seguintes formas:

Formação de preços

Atuação sobre a formação de preços, corrigindo externalidades (via impostos e subsídios),


tabelamentos, fixação de salário mínimo, preços mínimos, taxa de câmbio, taxa de juros.

Iniciativa privada

Complemento da iniciativa privada, principalmente de investimentos em infraestrutura básica


(energia, estradas etc.), pois o setor privado não consegue assumir esses gastos, devido ao
custo elevado e à demora no retorno do capital investido.

Serviços públicos

Fornecimento de serviços públicos: iluminação, água, saneamento básico e outros.

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Bens públicos

Fornecimento de bens públicos, gerais, fornecidos pelo Estado, que não são vendidos no
mercado; fundamentalmente, justiça e segurança.

Bens e serviços

Compra de bens e serviços do setor privado: o governo é, isoladamente, o maior agente do


sistema e, portanto, o maior comprador de bens e serviços.

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Sistemas de Organização Econômica
Para saber mais sobre os Sistemas de Organização Econômica, assista à entrevista com o especialista.

Economia Centralizada (planificada ou de


direção central)
O sistema produtivo é controlado por um órgão central de planejamento e não pelas forças de mercado. O
Estado é o detentor dos recursos, dos meios de produção e define o que é necessário ser produzido para a
sociedade. Nessa situação, não há a propriedade privada; todos os bens pertencem ao governo. De acordo
com Vasconcellos (2010), uma economia centralizada apresenta ainda as seguintes características:

Papel dos preços no processo produtivo

Os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das
empresas. Ou seja, os preços são apenas escriturados contabilmente: as empresas têm
quotas físicas de matérias-primas, por exemplo, mas não fazem nenhum desembolso
monetário, apenas registram o valor da aquisição com os custos de produção.

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Papel dos preços na distribuição do produto

Os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo. Normalmente, o governo
subsidia fortemente os bens essenciais e taxa os bens considerados supérfluos.

Repartição do lucro

Uma parte do lucro vai para o governo. Outra parte é usada para investimentos na empresa
dentro das metas estabelecidas pelo governo. A terceira parte é dividida entre os
administradores (os burocratas) e os trabalhadores como prêmio pela eficiência. Se o
governo considera que determinada indústria é vital para o país, esse setor será subsidiado,
mesmo que apresente ineficiência na produção ou prejuízos.

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Resumindo
As diferenças entre os sistemas de economia de mercado (Concorrência Pura e Economia Mista) e
Economia Centralizada podem ser resumidas em dois aspectos:

Meio de Produção: Propriedade pública versus Propriedade privada

Problemas econômicos fundamentais são resolvidos ou por um órgão central de planejamento, ou pelo
mercado.

1. O que e quanto produzir?

2. Como produzir?

3. Para quem produzir?

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(Economista - Embratur - 2011) Sobre os problemas econômicos, de escassez e escolha e de livre


mercado, assinale a alternativa correta:

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A A eficiência representa o objeto de estudo da Economia.

As necessidades humanas são ilimitadas e os recursos produtivos existentes na


B
natureza são escassos, ou seja, não são encontrados em grande abundância.

Serviços é a denominação usual de coisas tangíveis, resultantes das atividades


C
primárias e terciárias de produção.

As necessidades humanas são limitadas, e os recursos produtivos existentes na


D natureza são encontrados em grande abundância, não havendo, portanto, o problema de
se tornarem escassos.

E O dinheiro e o mercado financeiro representam os objetos de estudo da Economia.

Parabéns! A alternativa B está correta.

A escassez é o objeto de estudo da economia, não a eficiência. Os problemas econômicos


fundamentais são três: o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir. Os recursos
produtivos são escassos para atender às necessidades humanas ilimitadas.

Questão 2

De acordo com a teoria econômica:

I. O trade-off é o termo que define uma situação de escolha conflitante, ou seja, quando uma ação
econômica, visando à resolução de determinado problema, acarreta, inevitavelmente, outros problemas.

II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para abrir mão de
algum consumo.

III. A visão organicista da economia explica as leis econômicas de maneira similar ao comportamento
da Física.

IV. A eficiência está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra)
com vista à máxima produção.
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Está correto o que se afirma em:

A I e II, apenas.

B II e III, apenas.

C I e IV, apenas.

D III e IV, apenas.

E I, II e IV, apenas.

Parabéns! A alternativa C está correta.

O custo de oportunidade representa o valor associado à melhor alternativa não escolhida. A visão
mecanicista da economia explica as leis econômicas de maneira similar ao comportamento da Física.

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2 - Microeconomia e comportamentos dos


mercados
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os ferramentais
básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de
mercados distintos.

Princípios de Microeconomia
A Microeconomia é o ramo da ciência econômica que se preocupa com a análise do comportamento das
unidades econômicas – os consumidores, as famílias e as empresas – na formação dos preços em
mercados específicos. Esse ramo observa a atuação das diversas unidades econômicas como se fossem
individuais nesses mercados.

Na definição de Microeconomia, falamos de “mercados específicos”.


Mas, afinal, o que é mercado?

Resposta

Grupo de compradores (demandantes) e vendedores (ofertantes) que tem potencial para negociar uns com
os outros.

Essa definição expressa a relação entre a oferta, representada por pessoas ou empresas dispostas a vender
determinados produtos, e a demanda (procura), a qual consiste em um grupo de pessoas ou empresas a fim
de adquirir bens e serviços. Vale lembrar que as empresas também podem ser demandantes, pois precisam
adquirir materiais de consumo, máquinas, equipamentos e mão de obra para o seu processo produtivo.

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Em um conceito mais amplo, mercado pode ser entendido como um espaço de interação e troca, regido por
normas e regras (formais ou informais), onde são emitidos sinais como, por exemplo, os preços, que
influenciam as decisões dos atores envolvidos. Ao estudarmos o funcionamento de um mercado,
procuramos compreender algumas questões:

1. Qual é o objeto de troca, ou seja, os bens e serviços envolvidos?

2. Qual é o grau de similaridade entre bens e serviços? Existe a possibilidade de substituição ou de


complementaridade entre eles?

3. Quem são os compradores e os vendedores?

4. Qual é o local de encontro para as negociações e trocas? Há espaços físicos, como feiras, ou espaços
virtuais, como a internet?

5. Como compradores e vendedores se relacionam trocando informações (sobretudo de preços) e


negociando?

6. Quais são as diferentes formas de organização dos mercados?

Para entendermos a formação de preços em mercados específicos, dividiremos o mercado em lado da


demanda e lado da oferta. Como o funcionamento do mercado e a formação de preços dependem da
interação entre vendedores e consumidores, faremos a junção dessas duas teorias, chegando aos conceitos
de equilíbrio e desequilíbrio de mercado.

Teoria da demanda
De acordo com Sandroni (2016), a demanda, também chamada de procura, pode ser definida da seguinte
forma:

androni

Paulo Sandroni é um economista brasileiro, graduado pela FEA-USP e mestre em Economia pela PUC-SP.
Atualmente é professor da Escola de Administração de Empresas da FGV-SP e da Faculdade de Economia e
Administração da PUC-SP.

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Quantidade de um bem ou serviço que um consumidor deseja e está disposto a


adquirir por um preço específico e em determinado momento.

Os modelos de demanda tentam explicar o que determina a escolha individual dos compradores. Sabemos
que o consumidor visa satisfazer suas necessidades e desejos da melhor maneira possível, levando em
consideração seus gostos e preferências. Entretanto, ele fará isso enfrentando diversas restrições. Observe
o exemplo a seguir:

Suponhamos as seguintes informações de preços (P x) e quantidades demandadas (Qdx), obtidas e


tabeladas com base em uma pesquisa hipotética, no município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020. A
função demanda, calculada para o produto x, pode ser expressa por:

Qdx = −5P x + 30

Sendo:
Qdx : Quantidade demandada do produto x
Px : Preço do produto x

Rotacione a tela. screen_rotation


A partir da equação, pode-se gerar a tabela:

Preços ($) Quantidade demandada (kg)

5,00 5

4,00 10

3,00 15

2,00 20

1,00 25

Tabela 1: Demanda hipotética de um produto (x).


Raphael de Paiva Barbosa.

Percebe-se, claramente, que quando o preço do produto aumenta, sua quantidade demandada diminui.
Quando o preço está em R$1,00, são demandadas 25 unidades do produto, enquanto que, ao preço de

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R$5,00 (maior preço da tabela), somente 5 unidades são demandadas. Veja a representação gráfica dessa
situação:

Curva de demanda.

A curva de demanda (em vermelho) representa a relação entre os preços alternativos e quantidades
demandadas do produto, por unidade de tempo, coeteris paribus. Essa expressão do latim significa: tudo o
mais permanecendo constante, ou seja, se as demais variáveis que influenciam a demanda permanecem
constantes, podemos afirmar que há uma relação inversamente proporcional entre o preço do produto e a
sua quantidade demandada. E isso resume a Lei da Demanda.

Atenção!

Na Microeconomia, expressamos o mesmo conceito a partir das linguagens literal, matemática, tabular e
gráfica. No exemplo anterior, o -5 representa o coeficiente angular da função do primeiro grau. O sinal
negativo informa que a quantidade demandada (Qdx) varia em proporção inversa ao preço (P x)). Pode-se
construir a tabela e o gráfico a partir da equação dada ou, de modo inverso, definir a equação a partir do
gráfico ou tabela.

Em outros termos, segundo a Lei da Demanda:

Preço

Quando o preço de um bem se eleva e todas as demais variáveis se mantêm inalteradas (coeteris

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paribus)...

close
Demandada

(...) a quantidade demandada desse bem diminui.

Preço

Da mesma forma, à medida que o preço de um produto diminui (coeteris paribus)...


close

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Demandada

(...) a quantidade demandada aumenta.

Cabe destacar que, efetivamente, a quantidade demandada Qdx do produto no mercado não é influenciada
somente pelo preço P x; uma série de outras variáveis também afeta a demanda desse produto. Segundo
Vasconcellos (2010), devemos considerar outros fatores que também afetam a demanda dos
consumidores:

Preço dos produtos substitutos ou sucedâneos (ps) expand_more

São aqueles que atendem às mesmas necessidades e funções. Por exemplo, a margarina é um
produto substituto da manteiga. Sabe-se que um aumento de preços da manteiga reduziria sua
quantidade demandada e levaria o consumidor a buscar mais a margarina.

Preços de produtos complementares (pc) expand_more

São aqueles bens que tendem a ser consumidos conjuntamente. Um exemplo de bens
complementares são o pão e a margarina. Se o preço do pão baixar, haverá um aumento da
quantidade consumida e, consequentemente, de margarina, uma vez que os dois são
frequentemente oferecidos em conjunto. Em outros termos, se temos dois bens complementares A e
B, um aumento no consumo de A resulta em uma procura maior de B e vice-versa.

Renda dos consumidores (r) expand_more

Relacionada ao poder de compra dos consumidores. Quanto maior a renda do consumidor, maior é a
sua quantidade demandada de bens normais. Por outro lado, consumidores com rendas mais baixas
demandam uma menor quantidade de produtos, tendo em vista a sua restrição orçamentária.

À medida que a renda dos consumidores aumenta, a sua demanda por bens e serviços também cresce.
Essa máxima é válida para a maioria dos produtos que são conhecidos como bens normais. No entanto, os
produtos conhecidos como bens inferiores apresentam uma relação inversamente proporcional entre renda

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e demanda. Em outros termos, quando o rendimento dos consumidores aumenta, a demanda pelo bem
inferior diminui; e à medida que o rendimento diminui, a demanda aumenta. Vejamos alguns exemplos de
bens e serviços considerados inferiores que apresentam um aumento em sua demanda quando há redução
na renda dos consumidores:

Passagem de ônibus
Os consumidores, durante o deslocamento, substituem o uso de carro pelo uso de transporte público.

Ovo
Os consumidores substituem o consumo de carne pelo consumo de ovo.

Serviços públicos de saúde


Os consumidores substituem o uso de serviços privados de saúde pelo uso de serviços públicos de saúde.

Podemos expressar a função demanda da seguinte forma:

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Qdx = f (P x, P s, P c, R)

Qdx - Quantidade demandada do produto x


f - Função
Px - Preço do produto x
Ps - Preço dos produtos substitutos
Pc - Preço dos produtos complementares
R - Renda dos consumidores

Rotacione a tela. screen_rotation

Teoria da oferta
De acordo com Sandroni (2016), oferta pode ser definida como:

A quantidade de bens ou serviços que se produz e oferece no


mercado por certo preço e em determinado período.

(SANDRONI, 2016, p. 32)

Os modelos de oferta tentam explicar o que determina a escolha individual dos vendedores, dando ênfase à
influência dos preços dos bens e serviços. Para entender a teoria da oferta, observe o exemplo a seguir:

Consideremos as seguintes informações de preços P x e quantidades ofertadas Qox, obtidas e tabeladas


com base em uma pesquisa hipotética, no município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020. A função
oferta, calculada para o produto x, pode ser expressa por:

Qox = 2P x − 4

Rotacione a tela. screen_rotation


A partir da equação, pode-se gerar a tabela:

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Preços ($) Quantidades ofertadas (un.)

8,00 12

7,00 10

6,00 8

5,00 6

4,00 4

3,00 2

Tabela: Oferta hipotética de um produto x.


Raphael de Paiva Barbosa.

Ao contrário do observado com as quantidades demandadas, as quantidades ofertadas aumentam à


medida que o preço sobe. Em outros termos, a um preço mais alto (produto valorizado), o produtor tem
mais incentivos para aumentar a produção. Assim, a maior quantidade ofertada (12 unidades) ocorre
quando houver o maior nível de preço (R$8,00). Veja a representação gráfica dessa situação:

Curva de oferta.

A curva de oferta representa a relação entre os preços alternativos e quantidades ofertadas do produto, por
unidade de tempo, coeteris paribus.

Oferta: refere-se à curva toda (em verde);

Quantidade ofertada: refere-se a um ponto sobre a curva de oferta (A,B,C,D,E,F).

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Além do preço do próprio produto, existem outras variáveis que influenciam a oferta de um bem, podendo-se
destacar. Veja no recurso a seguir.

Custo de produção (CP)


Preços dos insumos e fatores de produção, como mão de obra, matérias-primas, terra, entre outros.

Nível tecnológico (NT)


Melhoria na forma de combinar os fatores de produção.

Condições climáticas (CC)


Escassez de precipitações, geadas, altas ou baixas temperaturas e outros.

Podemos expressar a função oferta da seguinte forma:

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Qox = f (P x, CP , N T , CC)

Qox - Quantidade ofertada do produto


f - Função
Px - Preço do próprio produto
CP - Custo de produção
NT - Nível tecnológico
CC - Condições climáticas

Rotacione a tela. screen_rotation

Equilíbrio de mercado
Após o conhecimento das curvas de oferta e de demanda, é possível entender como ocorre a formação de
preços dos bens. Em Microeconomia, o equilíbrio de mercado expressa o resultado da interação entre as
forças de oferta e de demanda, que são determinadas pelo processo de negociação entre produtores
(vendedores) e consumidores.

Em equilíbrio, o preço satisfaz tanto ao consumidor quanto ao produtor, de tal forma que a quantidade
demandada é igual à quantidade ofertada. Podemos expressar a função equilíbrio da seguinte forma:

Equilibrio = Qdx = Qox

Rotacione a tela. screen_rotation


Veja a representação gráfica dessa equação:

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08/06/2023, 12:19 Introdução à Teoria Econômica

Representação do equilíbrio de mercado.

Repare na imagem anterior e veja que:

E - Ponto de intersecção entre demanda e oferta.

Pe - Preço de equilíbrio - Preço de mercado fazendo com que a quantidade demandada seja igual à
quantidade ofertada.

Qe - Quantidade ofertada e demandada do bem, ao preço de equilíbriode mercado, que satisfaz aos
interesses dos produtores e consumidores.

Assim como na análise gráfica, podemos definir o preço e a quantidade de equilíbrio, igualando-se as
funções de demanda e de oferta.

video_library
Teorias da demanda, oferta e equilíbrio de
mercado
Para saber um pouco mais sobre as teorias da demanda, oferta e o conceito de equilíbrio de mercado,
assista ao vídeo a seguir com o professor Paulo Roberto Vieira.

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note_alt_black
Teoria na prática
Dadas as funções de demanda e oferta, determine o preço e a quantidade de equilíbrio:

Qdx = 300 − 8P x

Rotacione a tela. screen_rotation

Qox = 48 + 10P x

Rotacione a tela. screen_rotation

Mostrar solução expand_more

Estruturas de mercado
A forma de atuação da empresa no ambiente econômico, seu planejamento estratégico e suas
possibilidades de sucesso dependem muito da sua forma de organização no ambiente econômico. São três
os elementos básicos que determinam as estruturas mercadológicas nas quais acontecem a atuação das
firmas, veja no próximo recurso.

Número de empresas
Número de empresas que compõem o mercado.

Tipo de produto
Ou seja, se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados.

Barreiras ao acesso
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Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.

E quais são as estruturas de mercado? Veja a seguir.

Concorrência perfeita (pura)


É uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal de uma economia, servindo de
parâmetro para o estudo das outras estruturas de mercado. Trata-se de uma construção teórica em que
todos os participantes têm informação perfeita sobre todas as condições do mercado. Nesse contexto, os
produtores visam sempre maximizar os lucros e os consumidores maximizam a satisfação, ou utilidade,
derivada do consumo de bens. Apesar disso, algumas aproximações dessa situação de mercado poderão
ser encontradas no mundo real, como é o caso dos mercados de vários produtos agrícolas. Destacam-se
como principais características dessa forma de organização econômica:

Número muito grande de empresas e de consumidores (mercado


atomizado)

Neste tipo de estrutura, cada participante representa uma parcela muito pequena do mercado,
um “átomo”, de tal forma que nenhum agente econômico, agindo individualmente, consegue
alterar o preço de mercado.

Produtos homogêneos

As empresas oferecem produto semelhante, homogêneo. O produto oferecido por uma


empresa A é o mesmo produto oferecido pela empresa B. Um exemplo são os produtos

í l
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agrícolas.

Livre entrada e saída de firmas

Não existem barreiras legais e econômicas para a entrada e para a saída de firmas no
mercado (facilidade de entrada e saída de empresas).

Monopólio
Quando falamos de concorrência perfeita, estamos abordando um tipo de estrutura de mercado situada no
extremo da concorrência. Em um ponto diametralmente oposto, temos o monopólio, uma situação de
mercado em que existe um só produtor de um bem ou serviço que não tenha substituto próximo. Com isso,
o monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser cobrado pelo seu produto: ou os
consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixam de consumir o
produto. As principais características do monopólio são:

Determinado produto é ofertado por uma única firma.


U ú i fi f d t
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Uma única firma oferece o produto em um mercado.

Não há substitutos próximos para esse produto.

O monopolista não enfrenta concorrência.

Impossibilidade de entrada de novas firmas.

Para que o monopólio exista, é preciso manter concorrentes em potencial afastados do


segmento.

Exemplo

No Brasil, temos o exemplo da Petrobrás, que exerce monopólio no setor de petróleo por meio de um
controle estatal.

Oligopólio
O oligopólio é uma estrutura de mercado que se situa entre a concorrência perfeita e o monopólio. O setor
produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar inúmeros exemplos, como serviços
de telefonia móvel, serviços bancários, montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de papel,
indústria química, indústria farmacêutica, indústria de bebidas, dentre outras. Os mercados oligopolizados
possuem as seguintes características:

Pequeno número de empresas grandes controla a oferta de um


bem ou serviço

O mercado pode ter muitas empresas, mas poucas dominam a oferta do produto.

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Produtos homogêneos ou diferenciados

Existem exemplos de oligopólios em que os bens são homogêneos, como o caso da indústria
de alumínio e cimento; e de oligopólios em que os produtos são diferenciados, como o setor
de cosméticos no Brasil.

Dificuldade de entrada de novas empresas

O difícil acesso de novos concorrentes pode ser explicado por uma série de barreiras como:
proteção de patentes, controle de insumo produtivo chave e tradição.

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No Brasil, de acordo com o Banco Central (2019), temos o oligopólio de cinco bancos que detinham, em
2018, 84,8% do mercado de crédito e 83,8% dos depósitos totais. São eles:

Logo do banco Itaú.

Logo do banco Bradesco.

Logo do Banco no Brasil.

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Logo do banco Caixa Econômica.

Logo do banco Santander.

Como consequência desse oligopólio, temos:

Altas taxas de juros repassadas ao consumidor final no país

Em contrapartida, os bancos têm mantido altos índices de rentabilidade

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Concorrência monopolística
Estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em situação
intermediária entre as duas formas de organização de mercado. Veja as características dessa estrutura de
mercado:

Existência de grande número de compradores e de vendedores

Da mesma forma que na concorrência perfeita, apresenta grande número de firmas, cada qual
respondendo por uma fração da produção total de mercado.

Cada firma produz e vende um produto diferenciado, embora


substituto próximo

A diferenciação caracteriza a maioria dos mercados existentes. Cada produtor procura


diferenciar seu produto a fim de torná-lo único.

Existência de livre entrada e saída de firmas

Da mesma forma que no mercado de concorrência perfeita, não existem barreiras legais ou
de qualquer outro tipo que impeçam a livre entrada e saída de firmas no mercado.

Grande parte dos empreendimentos dos setores de serviços e varejistas podem ser enquadrados como
concorrência monopolística, destacando-se: bares, restaurantes, escritórios de advocacia, clínicas médicas,
escritórios de contabilidade e de consultorias.

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Estruturas de mercado
Para saber um pouco mais sobre os principais conceitos e exemplos de estruturas de mercado, assista ao
vídeo a seguir.

Resumindo
Preparamos um resumo com as principais características das estruturas de mercado:

Concorrência C
Características Monopólio Oligopólio
perfeita m

Número de Muito grande


Somente uma
ofertantes (mercado Pequeno G
empresa.
(empresas) atomizado).

Homogêneo (não Único (sem


Homogêneo ou
Tipo de produto possui substitutos D
diferenciado.
diferenciação). próximos).

Não existem
Impossibilidade de Dificuldade de F
Barreiras à entrada barreiras (livre
entrada de entrada de e
de concorrentes entrada e saída de
concorrentes. concorrentes. c
empresas).

Tabela: Estruturas de mercado: principais características.


Raphael de Paiva Barbosa.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Dada a curva de demanda abaixo, o deslocamento do ponto A para o ponto B pode significar:

A Um aumento na quantidade demandada do próprio bem.

B Uma diminuição no preço do bem complementar.

C Um aumento no preço do próprio bem.

D Um aumento no preço do bem substituto.

E Uma redução da oferta de bens.

Parabéns! A alternativa C está correta.

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O deslocamento do ponto A para o ponto B causa o aumento do preço do bem em questão e a redução
de sua quantidade demandada.

Questão 2

Ao contrário da concorrência perfeita, na concorrência monopolística, os bens são:

A Homogêneos e substitutos perfeitos.

B Homogêneos e substitutos próximos.

C Únicos e sem substitutos próximos.

D Heterogêneos e substitutos próximos.

E Homogêneos e substitutos perfeitos.

Parabéns! A alternativa D está correta.

Na concorrência monopolística, cada firma produz e vende um produto diferenciado (heterogêneo),


embora substituto próximo. A diferenciação caracteriza a maioria dos mercados existentes. Observe
que não existe um tipo homogêneo de perfumes, de aparelhos de televisão, de restaurantes, de
automóveis ou DVDs. Na realidade, cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de torná-lo
único.

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3 - Agregados macroeconômicos
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os principais
agregados macroeconômicos.

Princípios de Macroeconomia
Segundo Garcia e Vasconcellos (2002), a Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a
determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como:

1. Renda e produtos nacionais.

2. Nível geral de preços.

3. Emprego e desemprego.

4. Estoque de moeda e taxas de juros.

5. Balança de pagamentos e taxa de câmbio.

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Esses fatores mostram que a teoria macroeconômica se preocupa com questões conjunturais de curto
prazo, como desemprego e inflação, e de longo prazo, como distribuição de renda e crescimento
econômico. Isso parece distante da sua realidade? Claro que não! Ao longo dos últimos anos, você deve ter
ouvido algumas das seguintes afirmações:

Essas são algumas variáveis analisadas no estudo da Macroeconomia (PIB, inflação e balança comercial).
Para entender bem a diferença...

Macroeconomia

O tipo de análise é agregada. O foco está no desempenho da economia como um todo.


close

Microeconomia

O tipo de análise é específica. O foco está nas interações entre empresas/consumidores e


produção/preço em setores específicos.

Instrumentos de política macroeconômica


O governo possui instrumentos de política macroeconômica para alterar o comportamento da economia e
melhorar a qualidade de vida da população. Esses instrumentos variam de acordo com a política
macroeconômica adotada:

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Política fiscal expand_more

Diz respeito aos instrumentos disponíveis pelo governo para a arrecadação de impostos e
contribuições (política tributária) e o controle de suas despesas (gastos públicos). Ela também é
utilizada para estimular ou inibir os gastos do setor privado. Um exemplo foi a política do governo
federal de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre automóveis e produtos da
linha branca, como eletrodomésticos, que impulsionou o consumo das famílias em 2012.

Política monetária expand_more

Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos, sendo os recursos
disponíveis para sua emissão, compra e venda de títulos, regulamentação sobre crédito e taxas de
juros, entre outros.

Política cambial e comercial expand_more

Trata da atuação governamental no setor externo da economia. A política cambial diz respeito à
ação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo fixa ou permite que a taxa de câmbio seja
flexível por meio do Banco Central. A política comercial refere-se aos instrumentos que estimulam as
exportações – estímulos fiscais e taxas de juros subsidiadas – e ao controle das importações –
tarifas e barreiras maiores.

Política de rendas expand_more

Refere-se à interferência do governo na formação de renda, mediante o controle e congelamento dos


preços. Esse controle sobre os preços e salários é obtido pelo combate ao aumento persistente e
generalizado nos preços, que é a inflação. As políticas anti-inflacionárias brasileiras são o salário
mínimo e o congelamento de preços e salários, por exemplo.

Uma política macroeconômica bem-sucedida tem impacto direto no ritmo da atividade econômica, podendo
melhorar a geração de emprego e renda e até mesmo a distribuição dos recursos entre os habitantes do

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país. Quando o governo emprega as suas políticas econômicas, ele tem o intuito de alcançar os seguintes
objetivos:

Alto nível de emprego expand_more

Considera-se emprego a utilização dos recursos produtivos (trabalho, capital e recursos naturais).
Quanto maior a utilização de recursos produtivos, maior o ritmo da atividade econômica. Na situação
de desemprego, temos ociosidade na utilização de recursos produtivos, dentre os quais a mão de
obra.

Estabilidade de preços expand_more

O governo busca garantir a estabilidade de preços (controle do processo inflacionário). Entende-se


por inflação o aumento contínuo do nível geral de preços. O Brasil experimentou, ao longo das
últimas décadas do século passado, períodos com inflação superior a 1.000% ao ano. Com uma
inflação tão alta assim, a renda das famílias é corroída, pois os preços sobem muito e não é possível
fazer planejamento financeiro. Por isso, a preocupação contínua do governo com o controle da
inflação.

Distribuição de renda expand_more

É possível, a partir de políticas macroeconômicas, diminuir a disparidade de renda entre os


indivíduos e entre as regiões do país. A cada dia, a disparidade de renda aumenta. Garcia e
Vasconcellos (2002) apontam que a renda de todas as classes aumentou e o problema é que,
embora o pobre tenha ficado menos pobre, o rico ficou relativamente mais rico.

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Crescimento econômico expand_more

O governo também tem a função de estimular a atividade produtiva nacional. Quando falamos em
crescimento econômico, estamos pensando no aumento da renda nacional per capita, isto é, que
seja colocada à disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o
crescimento populacional.

video_library
Os princípios da Macroeconomia
Para saber um pouco mais sobre as principais definições da Macroeconomia, assista ao vídeo a seguir.

Crescimento e desenvolvimento econômico


Muitas pessoas confundem os conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico. Embora existam
diversas interpretações, podemos afirmar:

Crescimento econômico

Está relacionado ao aumento de variáveis quantitativas, como a renda ou a renda per capita.

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Desenvolvimento econômico

Considera indicadores qualitativos de melhoria da qualidade de vida da população, como expectativa


média de vida, grau de concentração da renda, mortalidade infantil, escolaridade, dentre outros.

Todos os objetivos da política econômica apresentados buscam levar o país a um grau de desenvolvimento
econômico. Para tal, precisa garantir o crescimento econômico, que é medido principalmente por dois
indicadores:

Produto Interno Bruto (PIB)

Representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa
determinada região durante um período.

PIB per capita

É expresso pela divisão do PIB pelo número de habitantes da região. Esse indicador de renda média é o
mais recomendado para analisar o crescimento econômico, pois demonstra a relação entre o produto
nacional e a população da região. Note que, se o PIB real crescer 10% em um ano, mas a população
crescer 10% ou mais, a renda por habitante estará estagnada ou declinante.

E no Brasil? Como performamos nesses dois indicadores? Veja nas imagens a seguir um comparativo do
PIB do Brasil em relação a outros países.

Colocação País PIB

1 Estados Unidos 20 494 100

2 China 13 608 152

3 Japão 4 970 916

4 Alemanha 3 996 759

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Colocação País PIB

5 Reino Unido 2 825 208

6 França 2 777 535

7 Índia 2 726 323

8 Itália 2 073 902

9 Brasil 1 868 626

10 Canadá 1 712 510

11 Rússia 1 657 554

12 Coreia do Sul 1 619 424

13 Austrália 1 432 195

14 Espanha 1 426 189

15 México 1 223 809

Tabela: Comparativo PIB de 2020 (milhões de dólares).


Banco Mundial.

Veja na imagem a seguir um comparativo do PIB per capita do Brasil em relação a outros países.

Colocação Países PIB per capita

1 Mónaco (2018) 185.741

2 Liechtenstein (2017) 173.356

3 Luxemburgo 114.705

4 Suiça 81.994

5 Irlanda 78.661
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Colocação Países PIB per capita

6 Noruega 75.420

7 Islândia 66.945

8 Estados Unidos 65.281

9 Singapura 65.233

10 Catar 64.782

12 Austrália 54.907

18 Alemanha 46.259

27 Japão 40.247

31 Coreia do Sul 31.762

58 Chile 14.897

61 Costa Rica 12.238

62 Brasil 11.611

63 Rússia 11.585

68 China 10.262

69 Argentina 10.006

70 México 9.863

189 Burundi 261

Tabela: Comparativo PIB per capita de 2020 (milhares de dólares).


Wikimedia commons.

O desenvolvimento econômico deve ser entendido como um processo que engloba o crescimento de longo
prazo da renda per capita, a melhoria nas condições de vida da população e a criação de um ambiente
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social que minimize a desigualdade na distribuição de renda, poder e oportunidades. Um indicador muito
utilizado para analisar o desenvolvimento econômico é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O IDH
considera três variáveis:

1. Renda per capita;

2. Indicadores de saúde;

3. Qualidade da educação.

Assim, se a renda cresce muito, mas a qualidade de vida não melhora, sendo esta capturada pelos
indicadores de saúde e educação, não haverá desenvolvimento. A partir do IDH é possível classificar os
países em três grupos de desenvolvimento humano:

Desenvolvidos
(desenvolvimento humano muito alto)

Em desenvolvimento
(desenvolvimento humano médio e alto)

Subdesenvolvidos
(desenvolvimento humano baixo)

O mapa a seguir mostra como os países são classificados de acordo com o seu IDH. Observe na próxima
imagem um mapa-mundi representando as quatro categorias do Índice de Desenvolvimento
Humano,baseado no Humam Development Report 2019, publicado pela PNUD em 2020, com dados
referentes a 2019.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

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08/06/2023, 12:19 Introdução à Teoria Econômica

Como o cálculo do IDH baseia-se em três indicadores (educação, saúde e renda), ele pode ser calculado
para qualquer país ou região, tendo em vista que todos os cidadãos, em alguma medida, são alcançados por
uma dessas variáveis.

video_library
Indicadores de crescimento e
desenvolvimento econômico
Para saber um pouco mais sobre os indicadores PIB e IDH, assista ao vídeo a seguir.

Resumindo
As quatro políticas macroeconômicas são:

Políticas macroeconômicas.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

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08/06/2023, 12:19 Introdução à Teoria Econômica

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(Biblioteconomia – BNDES, 2013) A Macroeconomia é o estudo da estrutura de economias nacionais e


das políticas econômicas exercidas pelos seus governos com o objetivo de melhorar o desempenho
econômico doméstico. Não se considera uma questão pertencente ao ramo da Macroeconomia aquela
que:

A Causa desemprego.

B Causa aumento do nível geral de preços.

C Causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos.

D Determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do tempo.

E Causa aumento da taxa de câmbio.

Parabéns! A alternativa C está correta.

A Microeconomia estuda a formação de preços em mercados específicos, analisando situações de


equilíbrio e desequilíbrio de demanda e oferta de produtos. A Macroeconomia estuda a economia como
um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, como o desemprego, o
crescimento econômico e a inflação.

Questão 2

(Adaptado de FCC - Consultor Técnico-Legislativo. Câmara Legislativa, 2018) Em que pesem as


pequenas variações nos indicadores ao longo do tempo, o grau de concentração de renda no Brasil
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08/06/2023, 12:19 Introdução à Teoria Econômica

apresenta-se como um dos mais elevados do mundo, desde meados do século XX, até nossos dias.
Destacam-se, no caso brasileiro, como causas estruturais do baixo desenvolvimento econômico,
exceto:

A Os baixos índices de crescimento econômico.

B O poder e a habilidade política das classes dirigentes em manter situações de privilégio.

C A elevada concentração de riquezas do país.

A ausência histórica de políticas públicas que objetivem mudanças estruturais e


D
objetivas de forma consistente.

E Baixo nível de escolaridade.

Parabéns! A alternativa A está correta.

O Brasil passou por períodos de elevado crescimento econômico, mas não conseguiu distribuir esses
ganhos em prol da melhoria da qualidade de vida da população. Todas as demais alternativas ajudam a
explicar o baixo grau de desenvolvimento econômico do país.

Considerações finais
Discutimos os conceitos fundamentais da Economia, verificamos o que é a Microeconomia e suas teorias e
finalizamos falando a respeito da Macroeconomia e de seus agregados principais. Tudo isso nos ajuda a
entender a composição dos mercados e a formação dos grandes agregados econômicos.

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08/06/2023, 12:19 Introdução à Teoria Econômica

headset
Podcast
Agora, o especialista encerra o tema falando sobre os principais conceitos e princípios que englobam a
Economia.

Explore +
Se quiser uma perspectiva geral da inflação histórica brasileira, leia a página do site inflation.eu e veja os
gráficos.

Aprenda mais sobre os instrumentos de política econômica do governo a partir do Plano Real e sua
importância para estabilidade econômica do Brasil lendo o texto de André Eduardo da Silva Fernandes,
Distribuição de renda e crescimento econômico: uma análise do caso brasileiro.

Diversos tópicos desse tema são aprofundados no livro-texto Introdução à Economia de Mankiw (2013).

Referências
MANKIW, N.G. Introdução à Economia. Tradução da 6ª Edição Norte-Americana. Cengage Learning, 2013. E-
book.

PNUD, Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas - Human Development Report publicado em 2020
com dados referentes a 2019. Disponível em: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2019.pdf

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08/06/2023, 12:19 Introdução à Teoria Econômica

PINHO, D. B.; VASCONCELLOS, M.A.S. Manual de Economia. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

SAMUELSON, P. A. Fundamentos da Análise Econômica. In: Coleção Os Economistas. São Paulo: Nova
Cultural, 1997.

SAMUELSON, P. A.; NORDHAUS, W. D. Economia. 17. ed. Lisboa: McGraw-Hill, 2004.

SANDRONI, P. Dicionário de Economia do Século XII. Record, 2016. E-book.

VASCONCELLOS, M.A.S. Economia: Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 2010.

VASCONCELLOS, M. A. S.; Garcia, H. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2010.

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