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04/06/2023, 14:56 Introdução à Teoria Econômica

Introdução à Teoria Econômica


Prof.º Raphael de Paiva Barbosa

Descrição

Noções elementares das ciências econômicas a partir dos ferramentais


da Microeconomia, da Macroeconomia e do desenvolvimento
econômico.

Propósito

Apresentar o funcionamento das firmas, a composição dos mercados e


a formação dos grandes agregados econômicos, além dos reflexos
dessas variáveis no cotidiano das organizações.

Objetivos

Módulo 1

Conceitos fundamentais da
Economia
Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia.

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Módulo 2

Microeconomia e comportamentos
dos mercados
Identificar os ferramentais básicos da Microeconomia na
compreensão do comportamento de mercados distintos.

Módulo 3

Agregados macroeconômicos
Reconhecer os principais agregados macroeconômicos.

meeting_room
Introdução
Certamente em algum momento de sua vida você já se deparou
com alguns dos questionamentos da próxima imagem. Todos
esses questionamentos se referem ao campo de estudos da
Economia, que estuda o funcionamento das atividades
econômicas da sociedade global. Para compreender essa área de
conhecimento, é necessário conhecer os conceitos fundamentais
da Economia, os ferramentais básicos da Microeconomia e os
principais agregados macroeconômicos.

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1 - Conceitos fundamentais da Economia


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os conceitos
fundamentais da Economia.

Conceitos fundamentais
O estudo introdutório da Economia tem o intuito de estimular a busca
por respostas para os principais problemas econômicos, demonstrar as
principais teorias e correntes econômicas e sua aplicabilidade em
questões práticas na vida dos indivíduos e no funcionamento das
organizações.

Mas você sabe quando a economia moderna


surgiu?

De acordo com Pinho e Vasconcellos (2017), o marco inicial da


economia moderna surgiu entre os séculos XVIII e XIX. Nessa época,
foram fundamentados diversos princípios econômicos, desenvolvidos a
partir de três tipos de concepções. Veja a seguir:

Pinho e Vasconcellos
Diva Benevides Pinho é doutora em Economia pela Faculdade de
Economia pela FEA-US. Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos
doutor em Economia pela Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP).

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Mecanicista
Os economistas desse grupo explicavam as leis econômicas de
maneira similar ao comportamento da Física, empregando,
inclusive, a mesma terminologia (estática, dinâmica, elasticidade,
fluidez etc.).

Organicista
Os economistas desse grupo afirmavam que as leis econômicas
se comportavam como um órgão vivo e usavam a mesma
terminologia da Biologia (órgãos, funções, circulação, fluxos).

Humanista
Para os economistas desse grupo, a Economia é uma ciência
social e reflete as atitudes do ser humano, cheias de aspectos
psicológicos, e a preocupação em fixar relações de causa e efeito
entre os fenômenos sociais.

Como pudemos ver nas três concepções, a Economia possui uma forte
inter-relação com outras ciências — Matemática, Estatística, Política,
História, Geografia e Sociologia —, embora tenha o seu núcleo de estudo
muito bem delimitado. Essa particularidade possibilita ao estudante
interagir com vários outros domínios do conhecimento científico,

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empregando o seu ferramental teórico visto na Economia para avaliar de


forma sistemática o comportamento humano em sociedade.

Diante de tantas concepções, como podemos


definir a Economia?

Segundo Samuelson e Nordhaus (2004): A Economia pode ser definida


como a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam os
recursos escassos para produzir bens com valor e de como os
distribuem entre os vários indivíduos. Observe que, nessa definição,
estão presentes três conceitos fundamentais:

Samuelson e Nordhaus
Paul Anthony Samuelson se formou em Economia, em Chicago e é
autor do livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, por
meio do qual revolucionou o pensamento econômico. William D.
Nordhaus é professor na Universidade de Yale e é o criador do
modelo de avaliação integrado, modelo quantitativo que descreve a
interação global entre a economia e o clima.

Escassez
Representa o objeto da economia e consiste em uma restrição física,
afinal, temos meios de produção e recursos insuficientes para atender
aos desejos e necessidades de todos os seres humanos.

Eficiência
Está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho,
capital e terra) para obter a máxima produção e ao uso racional dos
meios disponíveis para alcançar um objetivo previamente determinado.

Equidade
É a distribuição justa da prosperidade econômica entre os membros da
sociedade. A desigualdade de renda é consequência de uma baixa
equidade.

Atualmente, podemos perceber que a equidade talvez seja o grande


desafio de ser colocado em prática de forma ampla. Alguns
economistas, para explicar a situação da desigualdade de renda,
afirmam ser preciso esperar o bolo crescer para depois distribuir, pois
não se pode distribuir o que não foi produzido.

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Mas o que isso significa?

Vamos utilizar os três conceitos mencionados para fundamentar a


explicação. Para muitos economistas, a relação entre eficiência e
equidade no sistema econômico representa um trade-off, situação em
que há um conflito de escolha. Nesse caso, para se ter uma distribuição
mais justa da renda entre os agentes econômicos, é necessário abrir
mão de uma parcela da eficiência produtiva. Sobre esse conflito de
escolha, leia o poema Ou isto ou aquilo de Cecília Meireles:

Cecília Meireles
Nasceu no Rio de Janeiro no dia 7 de novembro de 1901. Foi poetisa,
professora, jornalista e pintora brasileira. É considerada a primeira
voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais
de 50 obras publicadas.

Ou se tem chuva e não se tem sol,


ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,


ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,


Quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa


estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo dinheiro e não compro o doce,


ou compro o doce e não guardo o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...


e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,


se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda


qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Ou isto ou aquilo
play_arrow

Ou isto ou aquilo
Clique no botão de “play” para ouvir o poema.

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Esse poema ilustra bem o conflito de escolha existente na relação entre


eficiência e equidade. Para que as necessidades humanas sejam
satisfeitas, é preciso se valer de recursos produtivos disponíveis, que
são escassos. Esse desequilíbrio, inevitavelmente, implica escolhas.

Como, então, satisfazer necessidades


ilimitadas com recursos limitados?

As teorias econômicas ajudam a responder a essa pergunta por meio de


três questões fundamentais. Veja no próximo recurso.

O que e quanto produzir?


A sociedade deve escolher, dentro de um leque de
possibilidades, quais bens e serviços serão produzidos e em
que quantidade. Os produtores aumentam ou diminuem a
sua produção de acordo com os preços (rentabilidades) dos
produtos.

Como produzir?
De acordo com o nível tecnológico existente, consideramos
que os fatores de produção são os recursos básicos
empregados na oferta de bens e serviços e podem ser
divididos em:

Terra ou recursos naturais (N): recursos naturais


utilizados no processo produtivo.

Mão de obra ou trabalho (L): trabalho empregado na


produção de bens e serviços.

Capital (K): máquinas, equipamentos e imóveis


empregados no processo. É importante destacar que,
em Economia, o termo capital refere-se ao capital físico
e não ao capital financeiro.

Para quem produzir?

A i d d d d idi i t ã
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A sociedade deve decidir quais os setores que serão
beneficiados na distribuição do produto:

Trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra?

Mercado interno ou mercado externo?

Mais uma vez nos deparamos com o problema da escassez. Quer ver?
Se uma quantidade infinita de bens pudesse ser produzida e caso as
necessidades humanas pudessem ser completamente satisfeitas, não
estaríamos preocupados com a utilização racional dos recursos
produtivos, nem em desenvolver novas tecnologias para aumentar a
eficiência de produção. Além disso, também não estaríamos pensando
em questões relacionadas ao meio ambiente.

A relação básica entre escassez e escolha dá origem a um termo muito


empregado na Economia: o custo de oportunidade. Ele representa o
valor associado à melhor alternativa não escolhida. Ou seja, ao
tomarmos uma decisão, renunciamos aos benefícios que outras opções
poderiam nos proporcionar. Veja um exemplo no recurso a seguir:

Imagine que você tenha R$100.000,00 e decida comprar ações.


arrow_forward

O seu custo de oportunidade é abrir mão do rendimento da


poupança para arriscar o capital em busca de uma rentabilidade

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maior.

A forma como as sociedades respondem a essas três questões


fundamentais (O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem
produzir?) depende de seus Sistemas de Organização Econômica, que
podem ser divididos em: Sistema de Concorrência Pura (ou
Perfeitamente Competitivo), Sistema de Economia Mista e Economia
Centralizada (planificada ou de direção central).

video_library
Contextualização histórica e
concepções da Economia
Para saber mais sobre esse assunto, assista ao vídeo a seguir em que o
especialista fala sobre a relação entre a escassez e o surgimento dos
mercados.

Sistema de Concorrência
Pura (ou Perfeitamente
Competitivo)
A partir da grande crise dos anos 1930, questionou-se a capacidade de
autorregulação do mercado, o qual, agindo livremente, não consegue
garantir que a economia opere sempre com pleno emprego de seus
recursos, evidenciando a necessidade de uma maior atuação do
governo na atividade econômica. Veja aspectos do Sistema de
Concorrência Pura no próximo recurso:

Interferência

N t d l ã i t i t f ê i d
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Neste modelo, não existe a interferência do governo na
atividade econômica.

Livre interação
Predomina a livre interação entre produtores (ofertantes) e
consumidores (demandantes) na determinação dos preços
de bens e serviços.

Mecanismo de preços
Por meio dessa interação, os problemas econômicos
fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir)
são resolvidos mediante o chamado mecanismo de preços,
promovendo o equilíbrio nos vários mercados.

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Sistema de Economia Mista


Prevalecem as forças de mercado da demanda (consumidores) e da
oferta (produtores), mas com a intervenção governamental em áreas
estratégicas, como infraestrutura, energia, saneamento e
telecomunicações. De acordo com Vasconcellos (2010), a atuação do
governo justifica-se com o objetivo de eliminar as distorções alocativas
(na alocação de recursos) e distributivas e de promover a melhoria do
padrão de vida da população a partir das seguintes formas:

Formação de preços
Atuação sobre a formação de preços, corrigindo
externalidades (via impostos e subsídios), tabelamentos,
fixação de salário mínimo, preços mínimos, taxa de câmbio,
taxa de juros.

Iniciativa privada
Complemento da iniciativa privada, principalmente de
investimentos em infraestrutura básica (energia, estradas
etc.), pois o setor privado não consegue assumir esses
gastos, devido ao custo elevado e à demora no retorno do
capital investido.

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Serviços públicos
Fornecimento de serviços públicos: iluminação, água,
saneamento básico e outros.

Bens públicos
Fornecimento de bens públicos, gerais, fornecidos pelo
Estado, que não são vendidos no mercado;
fundamentalmente, justiça e segurança.

Bens e serviços
Compra de bens e serviços do setor privado: o governo é,
isoladamente, o maior agente do sistema e, portanto, o
maior comprador de bens e serviços.

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video_library
Sistemas de Organização
Econômica
Para saber mais sobre os Sistemas de Organização Econômica, assista
à entrevista com o especialista.

Economia Centralizada
(planificada ou de direção
central)
O sistema produtivo é controlado por um órgão central de planejamento
e não pelas forças de mercado. O Estado é o detentor dos recursos, dos
meios de produção e define o que é necessário ser produzido para a
sociedade. Nessa situação, não há a propriedade privada; todos os bens
pertencem ao governo. De acordo com Vasconcellos (2010), uma
economia centralizada apresenta ainda as seguintes características:

Papel dos preços no processo produtivo

O t táb i
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Os preços representam apenas recursos contábeis que
permitem o controle da eficiência das empresas. Ou seja, os
preços são apenas escriturados contabilmente: as empresas
têm quotas físicas de matérias-primas, por exemplo, mas
não fazem nenhum desembolso monetário, apenas
registram o valor da aquisição com os custos de produção.

Papel dos preços na distribuição do


produto
Os preços dos bens de consumo são determinados pelo
governo. Normalmente, o governo subsidia fortemente os
bens essenciais e taxa os bens considerados supérfluos.

Repartição do lucro
Uma parte do lucro vai para o governo. Outra parte é usada
para investimentos na empresa dentro das metas
estabelecidas pelo governo. A terceira parte é dividida entre
os administradores (os burocratas) e os trabalhadores como
prêmio pela eficiência. Se o governo considera que
determinada indústria é vital para o país, esse setor será
subsidiado, mesmo que apresente ineficiência na produção
ou prejuízos.

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Resumindo
As diferenças entre os sistemas de economia de mercado
(Concorrência Pura e Economia Mista) e Economia Centralizada podem
ser resumidas em dois aspectos:

Meio de Produção: Propriedade pública versus


Propriedade privada

Problemas econômicos fundamentais são resolvidos ou por um órgão


central de planejamento, ou pelo mercado.

1. O que e quanto produzir?

2. Como produzir?

3. Para quem produzir?

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(Economista - Embratur - 2011) Sobre os problemas econômicos, de


escassez e escolha e de livre mercado, assinale a alternativa
correta:

A eficiência representa o objeto de estudo da


A
Economia.

As necessidades humanas são ilimitadas e os


recursos produtivos existentes na natureza são
B
escassos, ou seja, não são encontrados em grande
abundância.

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Serviços é a denominação usual de coisas tangíveis,


C resultantes das atividades primárias e terciárias de
produção.

As necessidades humanas são limitadas, e os


recursos produtivos existentes na natureza são
D
encontrados em grande abundância, não havendo,
portanto, o problema de se tornarem escassos.

O dinheiro e o mercado financeiro representam os


E
objetos de estudo da Economia.

Parabéns! A alternativa B está correta.

A escassez é o objeto de estudo da economia, não a eficiência. Os


problemas econômicos fundamentais são três: o que e quanto
produzir, como produzir e para quem produzir. Os recursos
produtivos são escassos para atender às necessidades humanas
ilimitadas.

Questão 2

De acordo com a teoria econômica:

I. O trade-off é o termo que define uma situação de escolha


conflitante, ou seja, quando uma ação econômica, visando à
resolução de determinado problema, acarreta, inevitavelmente,
outros problemas.

II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve


ter de recompensa para abrir mão de algum consumo.

III. A visão organicista da economia explica as leis econômicas de


maneira similar ao comportamento da Física.

IV. A eficiência está relacionada à combinação ótima dos insumos


produtivos (trabalho, capital e terra) com vista à máxima produção.

Está correto o que se afirma em:

A I e II, apenas.

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B II e III, apenas.

C I e IV, apenas.

D III e IV, apenas.

E I, II e IV, apenas.

Parabéns! A alternativa C está correta.

O custo de oportunidade representa o valor associado à melhor


alternativa não escolhida. A visão mecanicista da economia explica
as leis econômicas de maneira similar ao comportamento da
Física.

2 - Microeconomia e comportamentos dos


mercados
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os ferramentais
básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de
mercados distintos.

Princípios de Microeconomia
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A Microeconomia é o ramo da ciência econômica que se preocupa com


a análise do comportamento das unidades econômicas – os
consumidores, as famílias e as empresas – na formação dos preços em
mercados específicos. Esse ramo observa a atuação das diversas
unidades econômicas como se fossem individuais nesses mercados.

Na definição de Microeconomia, falamos de


“mercados específicos”. Mas, afinal, o que é
mercado?
Resposta
Grupo de compradores (demandantes) e vendedores (ofertantes) que
tem potencial para negociar uns com os outros.

Essa definição expressa a relação entre a oferta, representada por


pessoas ou empresas dispostas a vender determinados produtos, e a
demanda (procura), a qual consiste em um grupo de pessoas ou
empresas a fim de adquirir bens e serviços. Vale lembrar que as
empresas também podem ser demandantes, pois precisam adquirir
materiais de consumo, máquinas, equipamentos e mão de obra para o
seu processo produtivo.

Em um conceito mais amplo, mercado pode ser entendido como um


espaço de interação e troca, regido por normas e regras (formais ou
informais), onde são emitidos sinais como, por exemplo, os preços, que
influenciam as decisões dos atores envolvidos. Ao estudarmos o
funcionamento de um mercado, procuramos compreender algumas
questões:

1. Qual é o objeto de troca, ou seja, os bens e serviços envolvidos?

2. Qual é o grau de similaridade entre bens e serviços? Existe a


possibilidade de substituição ou de complementaridade entre eles?

3. Quem são os compradores e os vendedores?

4. Qual é o local de encontro para as negociações e trocas? Há


espaços físicos, como feiras, ou espaços virtuais, como a internet?

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5. Como compradores e vendedores se relacionam trocando


informações (sobretudo de preços) e negociando?

6. Quais são as diferentes formas de organização dos mercados?

Para entendermos a formação de preços em mercados específicos,


dividiremos o mercado em lado da demanda e lado da oferta. Como o
funcionamento do mercado e a formação de preços dependem da
interação entre vendedores e consumidores, faremos a junção dessas
duas teorias, chegando aos conceitos de equilíbrio e desequilíbrio de
mercado.

Teoria da demanda
De acordo com Sandroni (2016), a demanda, também chamada de
procura, pode ser definida da seguinte forma:

Sandroni
Paulo Sandroni é um economista brasileiro, graduado pela FEA-USP
e mestre em Economia pela PUC-SP. Atualmente é professor da
Escola de Administração de Empresas da FGV-SP e da Faculdade de
Economia e Administração da PUC-SP.

Quantidade de um bem ou serviço que um consumidor


deseja e está disposto a adquirir por um preço
específico e em determinado momento.

Os modelos de demanda tentam explicar o que determina a escolha


individual dos compradores. Sabemos que o consumidor visa satisfazer
suas necessidades e desejos da melhor maneira possível, levando em
consideração seus gostos e preferências. Entretanto, ele fará isso
enfrentando diversas restrições. Observe o exemplo a seguir:

Suponhamos as seguintes informações de preços (P x) e quantidades


demandadas (Qdx) , obtidas e tabeladas com base em uma pesquisa
hipotética, no município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020. A
função demanda, calculada para o produto x , pode ser expressa por:

Qdx = − 5P x + 30

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Sendo:
Qdx : Quantidade demandada do produto x
Px : Preço do produto x

A partir da equação, pode-se gerar a tabela:

Preços ($) Quantidade demandada (kg)

5,00 5

4,00 10

3,00 15

2,00 20

1,00 25

Tabela 1: Demanda hipotética de um produto (x).


Raphael de Paiva Barbosa.

Percebe-se, claramente, que quando o preço do produto aumenta, sua


quantidade demandada diminui. Quando o preço está em R$1,00, são
demandadas 25 unidades do produto, enquanto que, ao preço de R$5,00
(maior preço da tabela), somente 5 unidades são demandadas. Veja a
representação gráfica dessa situação:

Curva de demanda.

A curva de demanda (em vermelho) representa a relação entre os


preços alternativos e quantidades demandadas do produto, por unidade
de tempo, coeteris paribus. Essa expressão do latim significa: tudo o
mais permanecendo constante, ou seja, se as demais variáveis que
influenciam a demanda permanecem constantes, podemos afirmar que
há uma relação inversamente proporcional entre o preço do produto e a
sua quantidade demandada. E isso resume a Lei da Demanda.

Atenção!

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Na Microeconomia, expressamos o mesmo conceito a partir das


linguagens literal, matemática, tabular e gráfica. No exemplo anterior, o
-5 representa o coeficiente angular da função do primeiro grau. O sinal
negativo informa que a quantidade demandada (Qdx) varia em
proporção inversa ao preço (P x) ). Pode-se construir a tabela e o
gráfico a partir da equação dada ou, de modo inverso, definir a equação
a partir do gráfico ou tabela.

Em outros termos, segundo a Lei da Demanda:

Preço

Quando o preço de um bem se eleva e todas as demais variáveis se


mantêm inalteradas (coeteris paribus)...
close

Demandada

(...) a quantidade demandada desse bem diminui.

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Preço

Da mesma forma, à medida que o preço de um produto diminui


(coeteris paribus)...

close
Demandada

(...) a quantidade demandada aumenta.

Cabe destacar que, efetivamente, a quantidade demandada Qdx do


produto no mercado não é influenciada somente pelo preço P x ; uma
série de outras variáveis também afeta a demanda desse produto.
Segundo Vasconcellos (2010), devemos considerar outros fatores que
também afetam a demanda dos consumidores:

Preço dos produtos substitutos ou sucedâneos (ps) expand_more

São aqueles que atendem às mesmas necessidades e funções.


Por exemplo, a margarina é um produto substituto da manteiga.
Sabe-se que um aumento de preços da manteiga reduziria sua
quantidade demandada e levaria o consumidor a buscar mais a
margarina.

Preços de produtos complementares (pc) expand_more

São aqueles bens que tendem a ser consumidos conjuntamente.


Um exemplo de bens complementares são o pão e a margarina.
Se o preço do pão baixar, haverá um aumento da quantidade
consumida e, consequentemente, de margarina, uma vez que os
dois são frequentemente oferecidos em conjunto. Em outros
termos, se temos dois bens complementares A e B, um aumento

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no consumo de A resulta em uma procura maior de B e vice-


versa.

Renda dos consumidores (r) expand_more

Relacionada ao poder de compra dos consumidores. Quanto


maior a renda do consumidor, maior é a sua quantidade
demandada de bens normais. Por outro lado, consumidores com
rendas mais baixas demandam uma menor quantidade de
produtos, tendo em vista a sua restrição orçamentária.

À medida que a renda dos consumidores aumenta, a sua demanda por


bens e serviços também cresce. Essa máxima é válida para a maioria
dos produtos que são conhecidos como bens normais. No entanto, os
produtos conhecidos como bens inferiores apresentam uma relação
inversamente proporcional entre renda e demanda. Em outros termos,
quando o rendimento dos consumidores aumenta, a demanda pelo bem
inferior diminui; e à medida que o rendimento diminui, a demanda
aumenta. Vejamos alguns exemplos de bens e serviços considerados
inferiores que apresentam um aumento em sua demanda quando há
redução na renda dos consumidores:

Passagem de ônibus
Os consumidores, durante o deslocamento, substituem o uso de
carro pelo uso de transporte público.

Ovo

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Os consumidores substituem o consumo de carne pelo consumo


de ovo.

Serviços públicos de saúde


Os consumidores substituem o uso de serviços privados de
saúde pelo uso de serviços públicos de saúde.

Podemos expressar a função demanda da seguinte forma:

Qdx = f (P x, P s, P c, R)

Qdx - Quantidade demandada do produto x


f - Função
Px - Preço do produto x
P s - Preço dos produtos substitutos
P c - Preço dos produtos complementares
R - Renda dos consumidores

Teoria da oferta
De acordo com Sandroni (2016), oferta pode ser definida como:

A quantidade de bens ou serviços que se


produz e oferece no mercado por certo
preço e em determinado período.
(SANDRONI, 2016, p. 32)

Os modelos de oferta tentam explicar o que determina a escolha


individual dos vendedores, dando ênfase à influência dos preços dos

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bens e serviços. Para entender a teoria da oferta, observe o exemplo a


seguir:

Consideremos as seguintes informações de preços P x e quantidades


ofertadas Qox , obtidas e tabeladas com base em uma pesquisa
hipotética, no município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020. A
função oferta, calculada para o produto x , pode ser expressa por:

Qox = 2P x − 4

A partir da equação, pode-se gerar a tabela:

Preços ($) Quantidades ofertadas (un.)

8,00 12

7,00 10

6,00 8

5,00 6

4,00 4

3,00 2

Tabela: Oferta hipotética de um produto x.


Raphael de Paiva Barbosa.

Ao contrário do observado com as quantidades demandadas, as


quantidades ofertadas aumentam à medida que o preço sobe. Em
outros termos, a um preço mais alto (produto valorizado), o produtor
tem mais incentivos para aumentar a produção. Assim, a maior
quantidade ofertada (12 unidades) ocorre quando houver o maior nível
de preço (R$8,00). Veja a representação gráfica dessa situação:

Curva de oferta.

A curva de oferta representa a relação entre os preços alternativos e


quantidades ofertadas do produto, por unidade de tempo, coeteris

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04/06/2023, 14:56 Introdução à Teoria Econômica

paribus.

Oferta: refere-se à curva toda (em verde);

Quantidade ofertada: refere-se a um ponto sobre a curva de oferta


(A,B,C,D,E,F).

Além do preço do próprio produto, existem outras variáveis que


influenciam a oferta de um bem, podendo-se destacar. Veja no recurso a
seguir.

Custo de produção (CP)


Preços dos insumos e fatores de produção, como mão de obra,
matérias-primas, terra, entre outros.

Nível tecnológico (NT)


Melhoria na forma de combinar os fatores de produção.

Condições climáticas (CC)


Escassez de precipitações, geadas, altas ou baixas temperaturas
e outros.

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Podemos expressar a função oferta da seguinte forma:

Qox = f (P x, CP , N T, CC)

Qox - Quantidade ofertada do produto


f - Função
P x - Preço do próprio produto
CP - Custo de produção
N T - Nível tecnológico
CC - Condições climáticas

Equilíbrio de mercado
Após o conhecimento das curvas de oferta e de demanda, é possível
entender como ocorre a formação de preços dos bens. Em
Microeconomia, o equilíbrio de mercado expressa o resultado da
interação entre as forças de oferta e de demanda, que são determinadas
pelo processo de negociação entre produtores (vendedores) e
consumidores.

Em equilíbrio, o preço satisfaz tanto ao consumidor quanto ao produtor,


de tal forma que a quantidade demandada é igual à quantidade
ofertada. Podemos expressar a função equilíbrio da seguinte forma:

Equilibrio = Qdx = Qox

Veja a representação gráfica dessa equação:

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Representação do equilíbrio de mercado.

Repare na imagem anterior e veja que:

E - Ponto de intersecção entre demanda e oferta.

P e - Preço de equilíbrio - Preço de mercado fazendo com que a


quantidade demandada seja igual à quantidade ofertada.

Qe - Quantidade ofertada e demandada do bem, ao preço de


equilíbriode mercado, que satisfaz aos interesses dos produtores e
consumidores.

Assim como na análise gráfica, podemos definir o preço e a quantidade


de equilíbrio, igualando-se as funções de demanda e de oferta.

video_library
Teorias da demanda, oferta e
equilíbrio de mercado
Para saber um pouco mais sobre as teorias da demanda, oferta e o
conceito de equilíbrio de mercado, assista ao vídeo a seguir com o
professor Paulo Roberto Vieira.

note_alt_black
Teoria na prática
Dadas as funções de demanda e oferta, determine o preço e a
quantidade de equilíbrio:

Qdx = 300 − 8P x

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Qox = 48 + 10P x

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Estruturas de mercado
A forma de atuação da empresa no ambiente econômico, seu
planejamento estratégico e suas possibilidades de sucesso dependem
muito da sua forma de organização no ambiente econômico. São três os
elementos básicos que determinam as estruturas mercadológicas nas
quais acontecem a atuação das firmas, veja no próximo recurso.

Número de empresas
Número de empresas que compõem o mercado.

Tipo de produto
Ou seja, se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados.

Barreiras ao acesso
Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse
mercado.

E quais são as estruturas de mercado? Veja a seguir.

Concorrência perfeita (pura)


É uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal
de uma economia, servindo de parâmetro para o estudo das outras
estruturas de mercado. Trata-se de uma construção teórica em que
todos os participantes têm informação perfeita sobre todas as
condições do mercado. Nesse contexto, os produtores visam sempre
maximizar os lucros e os consumidores maximizam a satisfação, ou
utilidade, derivada do consumo de bens. Apesar disso, algumas
aproximações dessa situação de mercado poderão ser encontradas no
mundo real, como é o caso dos mercados de vários produtos agrícolas.

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Destacam-se como principais características dessa forma de


organização econômica:

Número muito grande de empresas e de


consumidores (mercado atomizado)
Neste tipo de estrutura, cada participante representa uma
parcela muito pequena do mercado, um “átomo”, de tal
forma que nenhum agente econômico, agindo
individualmente, consegue alterar o preço de mercado.

Produtos homogêneos
As empresas oferecem produto semelhante, homogêneo. O
produto oferecido por uma empresa A é o mesmo produto
oferecido pela empresa B. Um exemplo são os produtos
agrícolas.

Livre entrada e saída de firmas


Não existem barreiras legais e econômicas para a entrada e
para a saída de firmas no mercado (facilidade de entrada e
saída de empresas).

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Monopólio
Quando falamos de concorrência perfeita, estamos abordando um tipo
de estrutura de mercado situada no extremo da concorrência. Em um
ponto diametralmente oposto, temos o monopólio, uma situação de
mercado em que existe um só produtor de um bem ou serviço que não
tenha substituto próximo. Com isso, o monopolista exerce grande
influência na determinação do preço a ser cobrado pelo seu produto: ou
os consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor,
ou simplesmente deixam de consumir o produto. As principais
características do monopólio são:

Determinado produto é ofertado por


uma única firma.
Uma única firma oferece o produto em um mercado.

Não há substitutos próximos para esse


produto.
O monopolista não enfrenta concorrência.

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Impossibilidade de entrada de novas


firmas.
Para que o monopólio exista, é preciso manter concorrentes
em potencial afastados do segmento.

Exemplo
No Brasil, temos o exemplo da Petrobrás, que exerce monopólio no setor
de petróleo por meio de um controle estatal.

Oligopólio
O oligopólio é uma estrutura de mercado que se situa entre a
concorrência perfeita e o monopólio. O setor produtivo brasileiro é
altamente oligopolizado, sendo possível encontrar inúmeros exemplos,
como serviços de telefonia móvel, serviços bancários, montadoras de
veículos, setor de cosméticos, indústria de papel, indústria química,
indústria farmacêutica, indústria de bebidas, dentre outras. Os mercados
oligopolizados possuem as seguintes características:

Pequeno número de empresas grandes


controla a oferta de um bem ou serviço
O mercado pode ter muitas empresas, mas poucas dominam
a oferta do produto.

Produtos homogêneos ou diferenciados


Existem exemplos de oligopólios em que os bens são
homogêneos, como o caso da indústria de alumínio e

i t d li óli d t ã
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cimento; e de oligopólios em que os produtos são
diferenciados, como o setor de cosméticos no Brasil.

Dificuldade de entrada de novas


empresas
O difícil acesso de novos concorrentes pode ser explicado
por uma série de barreiras como: proteção de patentes,
controle de insumo produtivo chave e tradição.

No Brasil, de acordo com o Banco Central (2019), temos o oligopólio de


cinco bancos que detinham, em 2018, 84,8% do mercado de crédito e
83,8% dos depósitos totais. São eles:

Logo do banco Itaú.

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Logo do banco Bradesco.

Logo do Banco no Brasil.

Logo do banco Caixa Econômica.

Logo do banco Santander.

Como consequência desse oligopólio, temos:

Altas taxas de juros repassadas ao consumidor final no país

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Em contrapartida, os bancos têm mantido altos índices de


rentabilidade

Concorrência monopolística
Estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e
do monopólio, ficando em situação intermediária entre as duas formas
de organização de mercado. Veja as características dessa estrutura de
mercado:

Existência de grande número de


compradores e de vendedores
Da mesma forma que na concorrência perfeita, apresenta
grande número de firmas, cada qual respondendo por uma
fração da produção total de mercado.

Cada firma produz e vende um produto


diferenciado, embora substituto próximo
A diferenciação caracteriza a maioria dos mercados
existentes. Cada produtor procura diferenciar seu produto a
fim de torná-lo único.

Existência de livre entrada e saída de


firmas
Da mesma forma que no mercado de concorrência perfeita,
não existem barreiras legais ou de qualquer outro tipo que

i li t d íd d fi d
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04/06/2023, 14:56 Introdução à Teoria Econômica
impeçam a livre entrada e saída de firmas no mercado.

Grande parte dos empreendimentos dos setores de serviços e varejistas


podem ser enquadrados como concorrência monopolística, destacando-
se: bares, restaurantes, escritórios de advocacia, clínicas médicas,
escritórios de contabilidade e de consultorias.

video_library
Estruturas de mercado
Para saber um pouco mais sobre os principais conceitos e exemplos de
estruturas de mercado, assista ao vídeo a seguir.

Resumindo
Preparamos um resumo com as principais características das
estruturas de mercado:

Concorrência
Características Monopólio
perfeita

Número de Muito grande


Somente uma
ofertantes (mercado
empresa.
(empresas) atomizado).

Homogêneo (não Único (sem


Tipo de produto possui substitutos
diferenciação). próximos).

Barreiras à entrada Não existem Impossibilidade


de concorrentes barreiras (livre entrada de
concorrentes.

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Concorrência
Características Monopólio
perfeita

entrada e saída de
empresas).

Tabela: Estruturas de mercado: principais características.


Raphael de Paiva Barbosa.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Dada a curva de demanda abaixo, o deslocamento do ponto A para


o ponto B pode significar:

Um aumento na quantidade demandada do próprio


A
bem.

B Uma diminuição no preço do bem complementar.

C Um aumento no preço do próprio bem.

D Um aumento no preço do bem substituto.

E Uma redução da oferta de bens.

Parabéns! A alternativa C está correta.

O deslocamento do ponto A para o ponto B causa o aumento do


preço do bem em questão e a redução de sua quantidade
demandada.

Questão 2

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Ao contrário da concorrência perfeita, na concorrência


monopolística, os bens são:

A Homogêneos e substitutos perfeitos.

B Homogêneos e substitutos próximos.

C Únicos e sem substitutos próximos.

D Heterogêneos e substitutos próximos.

E Homogêneos e substitutos perfeitos.

Parabéns! A alternativa D está correta.

Na concorrência monopolística, cada firma produz e vende um


produto diferenciado (heterogêneo), embora substituto próximo. A
diferenciação caracteriza a maioria dos mercados existentes.
Observe que não existe um tipo homogêneo de perfumes, de
aparelhos de televisão, de restaurantes, de automóveis ou DVDs. Na
realidade, cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de
torná-lo único.

3 - Agregados macroeconômicos
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Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os principais
agregados macroeconômicos.

Princípios de
Macroeconomia
Segundo Garcia e Vasconcellos (2002), a Macroeconomia estuda a
economia como um todo, analisando a determinação e o
comportamento de grandes agregados, tais como:

1. Renda e produtos nacionais.

2. Nível geral de preços.

3. Emprego e desemprego.

4. Estoque de moeda e taxas de juros.

5. Balança de pagamentos e taxa de câmbio.

Esses fatores mostram que a teoria macroeconômica se preocupa com


questões conjunturais de curto prazo, como desemprego e inflação, e de
longo prazo, como distribuição de renda e crescimento econômico. Isso
parece distante da sua realidade? Claro que não! Ao longo dos últimos
anos, você deve ter ouvido algumas das seguintes afirmações:

Essas são algumas variáveis analisadas no estudo da Macroeconomia


(PIB, inflação e balança comercial).
Para entender bem a diferença...

Macroeconomia

O tipo de análise é agregada. O foco está no desempenho da


economia como um todo.
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Microeconomia

O tipo de análise é específica. O foco está nas interações entre


empresas/consumidores e produção/preço em setores
específicos.

Instrumentos de política
macroeconômica
O governo possui instrumentos de política macroeconômica para alterar
o comportamento da economia e melhorar a qualidade de vida da
população. Esses instrumentos variam de acordo com a política
macroeconômica adotada:

Política fiscal expand_more

Diz respeito aos instrumentos disponíveis pelo governo para a


arrecadação de impostos e contribuições (política tributária) e o
controle de suas despesas (gastos públicos). Ela também é
utilizada para estimular ou inibir os gastos do setor privado. Um
exemplo foi a política do governo federal de redução do IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre automóveis e
produtos da linha branca, como eletrodomésticos, que
impulsionou o consumo das famílias em 2012.

Política monetária expand_more

Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e


títulos públicos, sendo os recursos disponíveis para sua
emissão, compra e venda de títulos, regulamentação sobre
crédito e taxas de juros, entre outros.

Política cambial e comercial expand_more

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Trata da atuação governamental no setor externo da economia.


A política cambial diz respeito à ação do governo sobre a taxa de
câmbio. O governo fixa ou permite que a taxa de câmbio seja
flexível por meio do Banco Central. A política comercial refere-se
aos instrumentos que estimulam as exportações – estímulos
fiscais e taxas de juros subsidiadas – e ao controle das
importações – tarifas e barreiras maiores.

Política de rendas expand_more

Refere-se à interferência do governo na formação de renda,


mediante o controle e congelamento dos preços. Esse controle
sobre os preços e salários é obtido pelo combate ao aumento
persistente e generalizado nos preços, que é a inflação. As
políticas anti-inflacionárias brasileiras são o salário mínimo e o
congelamento de preços e salários, por exemplo.

Uma política macroeconômica bem-sucedida tem impacto direto no


ritmo da atividade econômica, podendo melhorar a geração de emprego
e renda e até mesmo a distribuição dos recursos entre os habitantes do
país. Quando o governo emprega as suas políticas econômicas, ele tem
o intuito de alcançar os seguintes objetivos:

Alto nível de emprego expand_more

Considera-se emprego a utilização dos recursos produtivos


(trabalho, capital e recursos naturais). Quanto maior a utilização
de recursos produtivos, maior o ritmo da atividade econômica.
Na situação de desemprego, temos ociosidade na utilização de
recursos produtivos, dentre os quais a mão de obra.

Estabilidade de preços expand_more

O governo busca garantir a estabilidade de preços (controle do


processo inflacionário). Entende-se por inflação o aumento
contínuo do nível geral de preços. O Brasil experimentou, ao
longo das últimas décadas do século passado, períodos com
inflação superior a 1.000% ao ano. Com uma inflação tão alta
assim, a renda das famílias é corroída, pois os preços sobem

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muito e não é possível fazer planejamento financeiro. Por isso, a


preocupação contínua do governo com o controle da inflação.

Distribuição de renda expand_more

É possível, a partir de políticas macroeconômicas, diminuir a


disparidade de renda entre os indivíduos e entre as regiões do
país. A cada dia, a disparidade de renda aumenta. Garcia e
Vasconcellos (2002) apontam que a renda de todas as classes
aumentou e o problema é que, embora o pobre tenha ficado
menos pobre, o rico ficou relativamente mais rico.

Crescimento econômico expand_more

O governo também tem a função de estimular a atividade


produtiva nacional. Quando falamos em crescimento econômico,
estamos pensando no aumento da renda nacional per capita, isto
é, que seja colocada à disposição da coletividade uma
quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento
populacional.

video_library
Os princípios da
Macroeconomia
Para saber um pouco mais sobre as principais definições da
Macroeconomia, assista ao vídeo a seguir.

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04/06/2023, 14:56 Introdução à Teoria Econômica

Crescimento e
desenvolvimento econômico
Muitas pessoas confundem os conceitos de crescimento e
desenvolvimento econômico. Embora existam diversas interpretações,
podemos afirmar:

Crescimento econômico

Está relacionado ao aumento de variáveis quantitativas, como a


renda ou a renda per capita.

Desenvolvimento econômico

Considera indicadores qualitativos de melhoria da qualidade de


vida da população, como expectativa média de vida, grau de
concentração da renda, mortalidade infantil, escolaridade,
dentre outros.

Todos os objetivos da política econômica apresentados buscam levar o


país a um grau de desenvolvimento econômico. Para tal, precisa garantir
o crescimento econômico, que é medido principalmente por dois
indicadores:

Produto Interno Bruto (PIB)

Representa a soma (em valores monetários) de todos os bens


e serviços finais produzidos numa determinada região durante
um período.

PIB per capita

É expresso pela divisão do PIB pelo número de habitantes da


região. Esse indicador de renda média é o mais recomendado
para analisar o crescimento econômico, pois demonstra a
relação entre o produto nacional e a população da região. Note
que, se o PIB real crescer 10% em um ano, mas a população

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crescer 10% ou mais, a renda por habitante estará estagnada


ou declinante.

E no Brasil? Como performamos nesses dois indicadores? Veja nas


imagens a seguir um comparativo do PIB do Brasil em relação a outros
países.

Colocação País PIB

1 Estados Unidos 20 494 100

2 China 13 608 152

3 Japão 4 970 916

4 Alemanha 3 996 759

5 Reino Unido 2 825 208

6 França 2 777 535

7 Índia 2 726 323

8 Itália 2 073 902

9 Brasil 1 868 626

10 Canadá 1 712 510

11 Rússia 1 657 554

12 Coreia do Sul 1 619 424

13 Austrália 1 432 195

14 Espanha 1 426 189

15 México 1 223 809

Tabela: Comparativo PIB de 2020 (milhões de dólares).


Banco Mundial.

Veja na imagem a seguir um comparativo do PIB per capita do Brasil em


relação a outros países.

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Colocação Países PIB per capita

1 Mónaco (2018) 185.741

Liechtenstein
2 173.356
(2017)

3 Luxemburgo 114.705

4 Suiça 81.994

5 Irlanda 78.661

6 Noruega 75.420

7 Islândia 66.945

8 Estados Unidos 65.281

9 Singapura 65.233

10 Catar 64.782

12 Austrália 54.907

18 Alemanha 46.259

27 Japão 40.247

31 Coreia do Sul 31.762

58 Chile 14.897

61 Costa Rica 12.238

62 Brasil 11.611

63 Rússia 11.585

68 China 10.262

69 Argentina 10.006

70 México 9.863

189 Burundi 261

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Tabela: Comparativo PIB per capita de 2020 (milhares de dólares).
Wikimedia commons.

O desenvolvimento econômico deve ser entendido como um processo


que engloba o crescimento de longo prazo da renda per capita, a
melhoria nas condições de vida da população e a criação de um
ambiente social que minimize a desigualdade na distribuição de renda,
poder e oportunidades. Um indicador muito utilizado para analisar o
desenvolvimento econômico é o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH). O IDH considera três variáveis:

1. Renda per capita;

2. Indicadores de saúde;

3. Qualidade da educação.

Assim, se a renda cresce muito, mas a qualidade de vida não melhora,


sendo esta capturada pelos indicadores de saúde e educação, não
haverá desenvolvimento. A partir do IDH é possível classificar os países
em três grupos de desenvolvimento humano:

Desenvolvidos
(desenvolvimento humano muito alto)

Em desenvolvimento
(desenvolvimento humano médio e alto)

Subdesenvolvidos
(desenvolvimento humano baixo)

O mapa a seguir mostra como os países são classificados de acordo


com o seu IDH. Observe na próxima imagem um mapa-mundi
representando as quatro categorias do Índice de Desenvolvimento
Humano,baseado no Humam Development Report 2019, publicado pela
PNUD em 2020, com dados referentes a 2019.

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04/06/2023, 14:56 Introdução à Teoria Econômica
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Como o cálculo do IDH baseia-se em três indicadores (educação, saúde


e renda), ele pode ser calculado para qualquer país ou região, tendo em
vista que todos os cidadãos, em alguma medida, são alcançados por
uma dessas variáveis.

video_library
Indicadores de crescimento e
desenvolvimento econômico
Para saber um pouco mais sobre os indicadores PIB e IDH, assista ao
vídeo a seguir.

Resumindo
As quatro políticas macroeconômicas são:

Políticas macroeconômicas.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(Biblioteconomia – BNDES, 2013) A Macroeconomia é o estudo da


estrutura de economias nacionais e das políticas econômicas
exercidas pelos seus governos com o objetivo de melhorar o
desempenho econômico doméstico. Não se considera uma
questão pertencente ao ramo da Macroeconomia aquela que:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00158/index.html# 50/54
04/06/2023, 14:56 Introdução à Teoria Econômica
A Causa desemprego.

B Causa aumento do nível geral de preços.

Causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de


C
produtos.

Determina o crescimento econômico de uma nação


D
ao longo do tempo.

E Causa aumento da taxa de câmbio.

Parabéns! A alternativa C está correta.

A Microeconomia estuda a formação de preços em mercados


específicos, analisando situações de equilíbrio e desequilíbrio de
demanda e oferta de produtos. A Macroeconomia estuda a
economia como um todo, analisando a determinação e o
comportamento de grandes agregados, como o desemprego, o
crescimento econômico e a inflação.

Questão 2

(Adaptado de FCC - Consultor Técnico-Legislativo. Câmara


Legislativa, 2018) Em que pesem as pequenas variações nos
indicadores ao longo do tempo, o grau de concentração de renda no
Brasil apresenta-se como um dos mais elevados do mundo, desde
meados do século XX, até nossos dias. Destacam-se, no caso
brasileiro, como causas estruturais do baixo desenvolvimento
econômico, exceto:

A Os baixos índices de crescimento econômico.

O poder e a habilidade política das classes


B
dirigentes em manter situações de privilégio.

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C A elevada concentração de riquezas do país.

A ausência histórica de políticas públicas que


D objetivem mudanças estruturais e objetivas de
forma consistente.

E Baixo nível de escolaridade.

Parabéns! A alternativa A está correta.

O Brasil passou por períodos de elevado crescimento econômico,


mas não conseguiu distribuir esses ganhos em prol da melhoria da
qualidade de vida da população. Todas as demais alternativas
ajudam a explicar o baixo grau de desenvolvimento econômico do
país.

Considerações finais
Discutimos os conceitos fundamentais da Economia, verificamos o que
é a Microeconomia e suas teorias e finalizamos falando a respeito da
Macroeconomia e de seus agregados principais. Tudo isso nos ajuda a
entender a composição dos mercados e a formação dos grandes
agregados econômicos.

headset
Podcast
Agora, o especialista encerra o tema falando sobre os principais
conceitos e princípios que englobam a Economia.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00158/index.html# 52/54
04/06/2023, 14:56 Introdução à Teoria Econômica

Explore +
Se quiser uma perspectiva geral da inflação histórica brasileira, leia a
página do site inflation.eu e veja os gráficos.

Aprenda mais sobre os instrumentos de política econômica do governo


a partir do Plano Real e sua importância para estabilidade econômica do
Brasil lendo o texto de André Eduardo da Silva Fernandes, Distribuição
de renda e crescimento econômico: uma análise do caso brasileiro.

Diversos tópicos desse tema são aprofundados no livro-texto


Introdução à Economia de Mankiw (2013).

Referências
MANKIW, N.G. Introdução à Economia. Tradução da 6ª Edição Norte-
Americana. Cengage Learning, 2013. E-book.

PNUD, Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas - Human


Development Report publicado em 2020 com dados referentes a 2019.
Disponível em: http://hdr.undp.org/sites/default/files/hdr2019.pdf

PINHO, D. B.; VASCONCELLOS, M.A.S. Manual de Economia. 7. ed. São


Paulo: Saraiva, 2017.

SAMUELSON, P. A. Fundamentos da Análise Econômica. In: Coleção Os


Economistas. São Paulo: Nova Cultural, 1997.

SAMUELSON, P. A.; NORDHAUS, W. D. Economia. 17. ed. Lisboa:


McGraw-Hill, 2004.

SANDRONI, P. Dicionário de Economia do Século XII. Record, 2016. E-


book.

VASCONCELLOS, M.A.S. Economia: Micro e Macro. São Paulo: Atlas,


2010.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00158/index.html# 53/54
04/06/2023, 14:56 Introdução à Teoria Econômica

VASCONCELLOS, M. A. S.; Garcia, H. Fundamentos de Economia. São


Paulo: Saraiva, 2010.

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