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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE DIRETO
CURSO DE LICENCIATURA EM DIRETO

TEMA: MACROECONOMIA: MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA

Rafael Serafim Pode: 91231037

Pemba, Outubro de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
FACULDADE DE DIRETO
CURSO DE LICENCIATURA EM DIRETO

TEMA: MACROECONOMIA: MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Direito da UnISCED
Tutor:

Rafael Serafim Pode: 91231037

Pemba, Outubro de 2023


ÍNDICE
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3

1.1.Objectivos.............................................................................................................................3

1.1.1.Objectivo Geral..................................................................................................................3

1.1.2.Objectivos Específicos.......................................................................................................3

1.2.Metodologias.........................................................................................................................3

2.REVISÃO DE LITERATURA................................................................................................2

2.1.Macroeconomia.....................................................................................................................2

2.2.Económica.............................................................................................................................2

2.3.Actividade Económica..........................................................................................................3

2.3.1.Sector de Actividade Económica.......................................................................................3

3.MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA.....................................................................4

3.1.Principais Agregados da Contabilidade Nacional.................................................................5

3.1.1.Contabilidade Nacional......................................................................................................5

3.1.2.Agentes económicos..........................................................................................................6

3.2.As três ópticas de medir o PIB..............................................................................................6

3.2.1.O modelo simples..............................................................................................................6

3.2.2.O modelo completo............................................................................................................7

4.Indicadores Macroeconómicos..................................................................................................8

4.1.Medição do Produto Interno Bruto.....................................................................................10

4.2.Óptica da Produção.............................................................................................................10

5.Importância do estudo da macroeconomia para o administrador..........................................11

CONCLUSÃO..........................................................................................................................13

Referência bibliográfica............................................................................................................14
INTRODUÇÃO
Este trabalho de pesquisa tem como tema: Macroeconomia: Medição da Actividade
Económica, neste mesmo tema foi abordada alguns itens que complementam o tema, como
Contabilidade Nacional, a medição do Produto Interno Bruto, Inflação e Índice de Preços.

A macroeconomia analisa a economia como um todo, levando em conta factores amplos, como
renda nacional, produção agregada, níveis de emprego, inflação e crescimento económico. Ela
analisa o desempenho e o comportamento geral de toda a economia, inclusive os factores que a
influenciam em larga escala.

A medição da actividade económica e mesmo que dizer a avaliação dos resultados produtivos
das pessoas numa certa região mas certamente de um certo período.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Compreender a Macroeconomia e a Medição da Actividade Económica.
1.1.2. Objectivos Específicos
 Definir a macroeconomia, economia e actividades económicas;
 Identificar os indicadores usados para medir as actividades económicas de uma região;
 Descrever indicadores usados na medição das actividades económicas de uma dada
região;
1.2. Metodologias
No que tanque método e todo percurso ou mesmo atalho para atingir um certo objectivo
pretendido ou mesmo para ser alcançado.
Segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 83) definem o método científico como o conjunto das
actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permitem alcançar
o objectivo conhecimentos válidos e verdadeiros traçando o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.
Portanto, os métodos usados para a recolha de dados nesta pesquisa possibilitaram a obtenção
de informações no campo da análise.
O trabalho teve como principal fonte de realização a pesquisa bibliográfica na qual usou-se
Literaturas com informações da área em que se pretendia explanar, para os conceitos gerais
usou-se algumas informações retiradas nos documentos publicados.
Quanto a organização do trabalho, o mesmo obedece três capítulos introdução,
desenvolvimento e conclusão.
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2. REVISÃO DE LITERATURA

Neste capitulo, trouxe-se o tema em pesquisa apoiando se com alguns dizeres de alguns
autores com mais profundidade, isto e, o tema e desenvolvido na base de alguns autores que
tem mais conhecimentos sobre o conteúdo, Em qualquer actividade científica, aconselhasse
iniciar pólos principais conceitos básicos que norteiam ao trabalho, para tal, os tais são:
Macroeconomia, Económica e Actividade Económica.

2.1. Macroeconomia

Ramo da economia que estuda os grandes agregados da economia como PIB, inflação, renda,
emprego, consumo, crescimento económico, sector externo entre outras variáveis da
actividade económica.

De acordo com Mankiw (2008), a Macroeconomia é o estudo da economia como um todo,


incluindo o crescimento em termos de renda, as variações nos preços e na taxa de
desemprego.

Blanchard (2007) define a Macroeconomia como o estudo de variáveis económicas


agregadas.

Já Krugman e Wells (2007), definem Macroeconomia como o ramo da economia que trata da
expansão e da retracção da economia em geral.

De acordo a definição dos autores a cima citados pode se afirmar que os mesmo não fogem da
mesma noção que diz respeito a economia no sentido geral, a produção, os valores de
produção dentro de uma região. O comportamento de consumidores e produtores e o mercado
no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e as quantidades em mercados
específicos.

2.2. Económica

A palavra economia deriva do grego oikonomia (óikos, casa; nómos, lei), que significa a
administração de uma casa, ou do Estado.

Vasconcellos, (2010) pode ser definida: como ciência social que estuda como o indivíduo e a
sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e
serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de
satisfazer as necessidades humanas.
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Para Troster e Mochon Morcillo, (2002) “economia é uma ciência que estuda as formas de
comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a
satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos” (p. 78).

É o estudo de como as pessoas e a sociedade escolhem o emprego de recursos escassos, que


podem ter usos alternativos, de forma a produzir vários bens e a distribuí-los para consumo,
agora e no futuro, entre as várias pessoas e grupos na sociedade (Samuelson apud O’Sullivan,
Sheffrin & Nishijima, 2004).

De acordo com as definições dos autores acima citados mostram que a economia se manifesta
como um área que se dedica a produção dos bens, isto é, a forma de produção e como são
consumidos esses bens a nível nacional, internacional ou mesmo a nível global.

2.3. Actividade Económica


Falar de actividade e o mesmo que dizer qualquer acto de actuação, Em termos mais estritos,
“actividade” é uma série de actos concatenados, dirigidos a uma finalidade. Essa finalidade
poderá ser económica ou não económica.

A expressão actividade económica, designa o conjunto de tarefas realizadas pelos diferentes


agentes económicos com vista a obtenção de bens e serviços, necessários a satisfação das suas
necessidades através da utilização racional e eficiente dos recursos disponíveis.
Neste conceito de actividade económica estão incluídas actividades como o consumo,
produção, exportação importação, entre outras.

Cujo a nossa vida cotidiana identifica-se com a actividade económica, visto que a maioria das
tarefas e realizações do homem visam a satisfação das necessidades. Essa actividade
económica porque produz bens e serviços utilizando convenientemente os recursos escassos.

Para Cottino (2010), actividade económica compreende qualquer actividade produtora de


riquezas, que se opera por meio de transformação de produtos já existentes para a criação de
produtos novos (à luz das ciências exactas, “nada se cria, tudo se transforma”), ou seja, a
actividade económica é a actividade criadora de riqueza ou de nova vantagem económica (p.
106).

2.3.1. Sector de Actividade Económica


Segundo Nunes (2012), um sector de actividade é um grupo de actividades económicas criado
artificialmente de acordo com a essência das tarefas ou actividades exercidas. Assim, farão
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parte de um mesmo sector de actividade todas as instituições que produzam bens ou prestem
serviços de um mesmo tipo, isto é, que apresentem entre si um determinado número de
semelhanças. Tradicionalmente os sectores de actividade económica de cada país, é dividida
em três sectores principais, nomeadamente: sector primário, secundário e terciário.
a) Sector Primário
O sector primário está relacionado com a produção através da exploração de recursos da
natureza. É o sector primário que fornece a matéria-prima para a indústria de transformação.
Este sector da economia é muito vulnerável, pois depende muito dos fenómenos da natureza
como seja, o clima. As actividades económicas do sector primário compreendem: agricultura,
mineração, pesca e pecuária.
b) Sector Secundário
É o sector da economia que transforma a matéria-prima (produzida pelo sector primário) em
produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados). Países
com bom grau de desenvolvimento possuem uma significativa base económica concentrada
no sector secundário.
c) Sector Terciário
É o sector económico relacionado com os serviços. Como actividades económicas deste sector
económico, podemos citar: comércio, educação, saúde, seguros, transportes, serviços de
limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos. Este sector é
marcante nos países de alto grau de desenvolvimento económico. Quanto mais rica é uma
região, maior é a presença de actividades do sector terciário. Com o processo de globalização,
iniciado no século XX, o terciário foi o sector da economia que mais se desenvolveu.
3. MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA
A contabilidade nacional pretende dar resposta a este tipo de questões. Numa economia
moderna existem milhares de empresas produzindo bens e serviços, milhares de preços de
bens e serviços, milhões de consumidores, etc., sendo praticamente impossível medir com
rigor absoluto valores como a produção de bens e serviços, o nível do consumo de bens e
serviços e da poupança pelas famílias, bem como o nível de bem-estar médio.

No entanto, para gerir a economia de forma minimamente aceitável, com o objectivo de


aumentar a riqueza e melhorar o bem-estar dos cidadãos, é indispensável obter uma estimativa
fiável do nível da produção de bens e serviços, bem como das variações que se vão
processando ao longo do tempo neste nível de produção. Estimar em termos trimestrais (ou
anuais) o nível da produção, do consumo, do investimento e da poupança, da inflação, do
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desemprego, das necessidades de financiamento do investimento de forma a manter ou
aumentar a capacidade produtiva de uma economia, são as questões fundamentais sobre as
quais a contabilidade nacional pretende dar resposta.

Por outro lado, os índices de preços servem para transformar variáveis medidas em termos
nominais em variáveis reais. O valor de uma variável medida em termos nominais resulta da
multiplicação da quantidade produzida desta variável pelo seu respectivo preço. Ou seja, o
valor nominal é equivalente ao valor de mercado a preços correntes. No entanto, sempre que
se verifique a existência de subida nos preços (isto é, inflação), o valor de mercado a preços
correntes tenderá a subir artificialmente.

O valor em termos reais da mesma variável pretende corrigir este aumento artificial do valor
nominal e resulta do valor de mercado mas a preços constantes. Ou seja, corresponde a um
valor monetário ao qual a inflação foi expurgada (ou retirada).

Portanto, sempre que se verifique uma subida de preços numa variável, torna-se necessário
retirar a inflação a esta variável no sentido de obter o seu verdadeiro valor real, e este é o
objectivo fundamental da construção de índices de preços.
3.1. Principais Agregados da Contabilidade Nacional
3.1.1. Contabilidade Nacional
É uma técnica que tem por objectivo medir actividade económica de um país nas suas
diversas vertentes. Funciona como um instrumento de análise da situação económica, de
quantificação dos objectivos de política económica e de controlo de modo como as metas
económicas vão sendo cumpridas.
A contabilidade nacional fornece as principais medidas da economia, isto é, os agregados
macroeconómicos: quando foi produzido, consumido, investido e quanto de renda foi gerada e
como foi apropriada.
Aqui e importante levantar alguns aspectos fundamentais que enaltecem o subtema de
Contabilidade Nacional quando se fala da medição da actividade económica.
Um dos aspectos que se alicerça a Contabilidade Nacional são família, empresa, estado e resto
do mundo ou mesmo que dizer exterior.
O princípio básico mais importante para a compreensão das estimativas dos vários agregados
macroeconómicos consiste no fluxo circular do rendimento gerado numa economia através da
aplicação de factores produtivos (trabalho e capital) no processo de produção de bens e

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serviços. Deste processo resultam as três formas de medir o valor da produção numa
economia em termos agregados:
 Produção de bens e serviços por parte das empresas;
 Rendimento dos factores produtivos distribuídos por trabalho e capital;
 Despesas em bens e serviços adquiridos às empresas.
3.1.2. Agentes económicos
Denomina-se agentes económicos qualquer individuo ou identidades que intervém na
actividade económica exercendo pelo menos uma função económica.
 Família: cuja principal função e consumir, as famílias são as detentoras de todos os
factores produtivos que existem numa economia, os quais assumem a forma de
trabalho e capital;
 Empresa: cuja grande função e a produção de bens e serviços, As empresas alugam
estes serviços às famílias, e em troca pagam um determinado rendimento aos factores
produtivos pela prestação desses serviços. Por outro lado, as empresas utilizam os
factores para produzir bens e serviços, os quais são depois vendidos às famílias que os
podem consumir ou investir;
 Estado: sendo a sua principal função a satisfação das necessidades da colectividade;
 Resto do mundo: engloba o conjunto de operações económicas entre os residentes de
um país e os residentes noutros países.
3.2. As três ópticas de medir o PIB
A Contabilidade Nacional permite transformar fluxos reais em fluxos monetários e pretende
contabilizar estes através de um conjunto de princípios básicos, tendo como objectivo
proceder à medição dos principais agregados macroeconómicos.

O Produto Interno Bruto de um país é o valor das transacções a preços de mercado de todos os
bens e serviços produzidos num determinado ano, transacções essas destinadas à aquisição de
bens para consumo final e para investimento, e produzidos no território deste país.
Para determinar as três formas de obter uma estimativa para o valor do PIB usa-se dois
modelos.
Segundo Mendes e Vale (2001) modelo simples. Neste modelo simples, os únicos agentes que
utilizam os bens e serviços finais para consumo e investimento são as famílias e empresas.
Por outro O modelo completo: o Estado e o Exterior.
3.2.1. O modelo simples

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O modelo simples de uma economia onde existem apenas dois grupos de agentes económicos,
famílias e empresas e tendo em conta os fluxos que se estabelecem entre estes agentes
económicos, podemos medir o valor da produção nacional (o PIB) para um certo período de
tempo. Como já vimos atrás, o PIB pode ser mensurado a partir de três ópticas distintas: a
óptica da despesa, a óptica do rendimento e a óptica da produção.

Pela óptica da despesa, o PIB corresponde ao somatório das transacções de bens e


serviços finais e, no nosso esquema, é medido pelo fluxo monetário estabelecido entre
famílias e empresas como contrapartida dos bens e serviços que as empresas entregam
às famílias, portanto, corresponde ao somatório das despesas em consumo (C) com as
despesas em investimento (I) (Mendes & Vale, 2001).

De acordo com esta óptica, só podemos contabilizar despesas que resultem de trocas de bens e
serviços finais efectuadas entre os agentes, pelo que deixamos de fora o fluxo que se
estabelece entre empresas e que corresponde à troca de produtos intermédios.

Pela óptica do rendimento o PIB corresponderá ao somatório dos rendimentos dos


factores produtivos. Mais uma vez, com base no nosso esquema, vamos somar os
fluxos monetários que resultam das transacções dos factores produtivos, os quais são
os salários (W) enquanto remuneração do factor produtivo trabalho, e os lucros (¦)
como remuneração do factor produtivo capital (Mendes & Vale, 2001).

São os factores produtivos que permitem obter a produção de bens e serviços finais (os
mesmos que contabilizávamos pela óptica da despesa) e, por isso mesmo, existe uma
correspondência entre a remuneração dos factores produtivos e a despesa em bens e serviços
finais.

Pela óptica da produção. Nesta óptica o PIB corresponde ao somatório dos valores
acrescentados pelas diferentes empresas na produção de bens e serviços. A produção
corresponde a tudo aquilo que é produzido no período em questão, mas como há bens que são
produto final para uma empresa e depois são produtos intermédios para outra (por exemplo,
farinha e pastéis de nata), só devemos contabilizar aquilo que cada empresa acrescenta de
facto ao processo produtivo.
3.2.2. O modelo completo
Se as relações económicas que se estabelecem dentro da nossa economia se ampliarem,
passando a existir mais dois agentes económicos no processo Estado e Exterior para
determinar o valor do PIB é necessário considerar também os fluxos reais e monetários que
resultam da participação na actividade económica destes dois grandes agentes.

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Para óptica da despesa, os dois novos agentes também efectuam despesa em bens e
serviços finais. O Estado faz despesa em bens e serviços finais para consumo público,
os chamados gastos públicos (G) e, por outro lado, o Exterior compra às empresas
implantadas no território nacional bens e serviços finais, despesa essa que corresponde
às exportações de bens e serviços (X). Contudo, a abertura ao exterior tem um reverso
que consiste no facto de, usualmente, os agentes económicos residentes no território
nacional adquirirem bens e serviços finais ao exterior, despesa que corresponde às
importações de bens e serviços (F). (Mendes & Vale, 2001)

Como não sabemos qual o montante das importações que correspondem a despesa associada
ao consumo privado de bens e serviços, ou a investimento em bens e serviços, ou ainda ao
consumo público, não podemos apresentar estas rubricas deduzidas do montante que foi
importado.
A óptica do rendimento também sofre alterações ao acrescentar alguns fluxos de
rendimento que têm origem na existência do Estado e de relações económicas com o
Exterior. Ao estabelecerem-se relações com o Exterior passam a coexistir num mesmo
território geográfico factores produtivos nacionais e do exterior. (Mendes & Vale,
2001).

Isto significa que passa a verificar-se uma situação em que os factores produtivos do Exterior
(trabalho e capital) podem alugar os seus serviços no nosso país, enquanto, por outro lado, os
agentes económicos nacionais passam a poder alugar os seus factores produtivos no Exterior.

4. Indicadores Macroeconómicos
No campo da economia, os indicadores macroeconómicos desempenham um papel fundamental na
avaliação da saúde geral e do desempenho de uma economia. Ao medir vários factores-chave,
esses indicadores proporcionam perspectivas valiosas sobre a política fiscal e monetária,
permitindo que os economistas façam avaliações e previsões embasadas.

Troster e Mochon Morcillo, (2002). Alguns indicadores macroeconómicos cruciais, destacando


sua importância e as implicações que eles têm, para as economias do mundo todo:

 Produto Interno Bruto (PIB): Sem dúvida, o PIB é um dos principais indicadores
macroeconómicos. Ele quantifica o valor total de bens e serviços produzidos dentro das
fronteiras de um país em um período específico. Um PIB em alta geralmente indica uma
economia próspera, e os economistas monitoram de perto sua taxa de crescimento para
avaliar a expansão ou contracção económica.
 Taxa de Inflação: Ela mede o aumento geral dos preços médios de bens e serviços em
uma economia. Os economistas consideram que a inflação moderada é saudável para a
economia, reflectindo a crescente demanda do consumidor e o investimento empresarial.

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Contudo, a inflação excessiva pode corroer o poder de compra e levar à instabilidade
económica, exigindo intervenções adequadas na política monetária.
 Taxa de Desemprego: O aumento do desemprego é motivo de preocupação tanto para os
formuladores de políticas quanto para os economistas. Isso significa que há falta de
oportunidades de emprego e subutilização dos recursos de mão-de-obra disponíveis. A taxa
de desemprego ajuda a avaliar a saúde geral do mercado de trabalho e fornece informações
sobre a eficácia das medidas de política fiscal e monetária que visam promover a criação
de empregos.
 Taxas de Juros: As taxas de juros, definidas pelos bancos centrais, são uma ferramenta
vital para regular a política monetária. Ao influenciar os custos de empréstimos, os bancos
centrais podem estimular ou desacelerar a actividade económica. Os economistas analisam
o impacto das mudanças nas taxas de juros em vários sectores, como habitação,
investimento e consumo, além do ambiente geral de negócios.
 Dívida e Déficit Governamental: A política fiscal, administrada pelos governos,
desempenha um papel fundamental na formação de uma economia. Os economistas
observam atentamente indicadores como a dívida e o déficit do governo. A política fiscal
discricionária, incluindo gastos governamentais e tributação, pode afectar o desempenho
económico geral. Altos níveis de dívida e déficits podem prejudicar a sustentabilidade a
longo prazo de uma economia.
 Índice de Confiança do Consumidor: O índice de confiança do consumidor fornece
informações sobre o sentimento dos consumidores e sua disposição para gastar. Os
economistas acompanham esse indicador para avaliar o comportamento do consumidor e
prever tendências futuras nos padrões de consumo. Um índice de confiança do consumidor
positivo geralmente se correlaciona com o aumento da actividade económica, enquanto
uma queda pode sinalizar incertezas económicas.
 Balança Comercial: A balança comercial reflecte a diferença entre as exportações e as
importações de um país. Ela serve como um indicador macroeconómico vital, pois destaca
a competitividade das indústrias nacionais e sua capacidade de participar do comércio
global. Os economistas usam esse indicador para analisar a saúde geral do sector externo
de uma economia e sua dependência do comércio internacional.
 Crescimento da Produtividade: O crescimento da produtividade mede a eficiência com
que uma economia utiliza seus recursos para produzir bens e serviços. Os economistas
analisam as tendências de produtividade para avaliar o potencial de crescimento de uma

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economia a longo prazo. O crescimento da produtividade pode levar ao aumento dos
salários, à melhoria dos padrões de vida e ao desenvolvimento económico sustentável.

Esses indicadores macroeconómicos, quando analisados colectivamente, dão aos economistas uma
compreensão abrangente do desempenho e dos possíveis desafios de uma economia. Embora
diferentes escolas de pensamento económico, como os novos modelos keynesianos, possam
interpretar esses indicadores por perspectivas diversas, eles continuam sendo ferramentas cruciais
para formuladores de políticas, empresas e indivíduos. (Gomes, 2012).

Ao monitorar esses indicadores, os formuladores de políticas podem definir a política fiscal e


monetária de forma eficaz, buscando alcançar um crescimento económico estável, baixas taxas de
desemprego e um ambiente de negócios robusto.

4.1. Medição do Produto Interno Bruto


Perceber a envolvente macroeconómica exige, em primeiro lugar, ter um conjunto de medidas
agregadas que reflectem o desempenho da economia.

A medida central para avaliar esta o desempenho da economia corresponde à quantidade de


bens e serviços produzidos no espaço geográfico em causa num determinado período de
tempo (comummente um ano); esta medida vai ser designada, para já, como produto.

O primeiro cuidado a ter ao abordar a contabilização do produto relaciona-se com


aquilo que esta medida efectivamente nos diz e aquilo que ela é incapaz de traduzir.
Ao somar o valor de todos os bens e serviços produzidos numa economia ao longo de
um ano conseguimos ter uma ideia de como a sociedade foi capaz, em maior ou menor
grau, de ir de encontro à satisfação das necessidades dos consumidores; à partida,
quanto maior a quantidade produzida, simultaneamente mais rendimento é gerado e
maiores poderão ser os níveis de despesa (Heineck, 2010).

A medida frequentemente mais utilizada para contabilizar o valor total da produção de um


país é a de Produto Interno Bruto (PIB).
PIB trata-se do valor monetário de toda a actividade produtiva desenvolvida numa
determinada área geográfica (geralmente, um país) durante um determinado período de tempo
(regra geral, um ano ou um trimestre).

Heineck (2010, p. 67) O produto em causa é designado por interno, uma vez que apenas é
contabilizada a produção realizada por unidades residentes (tenham elas ou não origem
nacional, ou seja, sejam ou não empresas cujo capital social é maioritariamente pertencente a
cidadãos do país).
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O fluxo real e o monetário geram diferentes formas de medição da actividade económica e de
cálculo do PIB de uma economia.

4.2. Óptica da Produção


Pela óptica da produção, o valor do PIB é encontrado através da soma do valor acrescentado
bruto (VAB) de cada actividade económica. O VAB mede o valor da produção diminuído dos
consumos intermédios; os consumos intermédios, por seu lado, corresponderão ao valor dos
bens e serviços que são utilizados ou consumidos no processo produtivo (por exemplo, a
farinha será um consumo intermédio da produção de pão). (Mata, 2018).

Os consumos intermédios correspondem àquilo que se extingue com o processo de produção


(são alvo de consumo) e, portanto, não devem ser confundidos com os bens de capital que
correspondem aos utensílios necessários para produzir e que perduram para além da geração
de uma unidade do bem.
Ao somarmos os VABs dos diversos sectores ou ramos de actividade, obtemos um
valor que não corresponde exactamente ao valor a que os bens são transaccionados no
mercado. Já referimos que o PIB é contabilizado a preços de mercado; o valor da
produção surge-nos, no entanto, a custo de factores. A diferença reside nos impostos
indirectos (como o IVA) líquidos de subsídios à produção: o valor acrescentado não
contempla estes impostos enquanto o valor da produção transaccionada no mercado o
faz. (Mendes & Vale, 2001, p. 99).

Assim, pela óptica da produção podemos dizer que o PIB corresponde ao total do valor
acrescentado bruto de cada actividade económica mais impostos indirectos líquidos de
subsídios à produção.

5. Importância do estudo da macroeconomia para o administrador

E fundamental descrever alguns itens que descrevem a importância da macroeconomia. Nessa


mesma perspectiva de Mendes e Vale (2001) enumeram como importância:

 Capacidade de análise do potencial do crescimento da actividade económica (PIB)


identificando o momento ideal para ampliação da produção;
 Identificação dos sectores em alta na economia (Sectores atractivos para o
planeamento de novos investimentos pelos administradores;
 Capacidade de interpretar as medidas económicas adoptadas pelo Governo e como
estas podem interferir nas actividades da empresa;
 Identificar o efeito da inflação sobre os preços praticados pela empresa

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 Capacidade de análise e interpretação dos cenários macroeconómicos com a finalidade
de planeamento do futuro da empresa ou negócio;
 Entender o funcionamento da circulação dos bens, serviços e do crédito possibilitando
ao administrador identificar os momentos de expansão e retracção do consumo e
investimento;
 Aprender como os movimentos do câmbio (moeda estrangeira) afectam a actividade
económica e consequentemente a empresa;
 Interpretar o cenário económico externo identificando oportunidades de novos
negócios;
 Compreender os movimentos das bolsas de valores e os impactos no sector produtivo
e financeiro da empresa.

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CONCLUSÃO
Independentemente do impacto que a interacção com aqueles que nos estão próximos pode
exercer sobre as escolhas individuais, é um facto que grande parte destas escolhas é também
condicionada ou determinada pelo conhecimento acerca das condições materiais gerais sobre
o meio geográfico que nos envolve. Este conhecimento resulta da informação que a
contabilização de medidas económicas agregadas permite gerar; a contabilização é, regra
geral, efectuada a nível nacional ou supra- nacional pelas autoridades estatísticas competentes
para o efeito e disseminada essencialmente através dos meios de comunicação social.
Todos estes exemplos ilustram a importância de conhecer a realidade macroeconómica, ou
seja, de conhecer os valores globais ou agregados dos mais relevantes indicadores da
actividade económica e também como estes indicadores podem estar ligados entre si ou
envolvidos numa qualquer relação causa-efeito.

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Referência bibliográfica

Cottino, G. (2000). Diritto Commerciale. v. 1. Padova: CEDAM, p. 69.

Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. (6ª ed). Atlas.

Gomes, O. (2012). Macroeconomia: Noções Básicas.

Heineck, L. F. (2010). Macroeconomia. Brasília.

Mata, H. T.(2018). Macroeconomia. Salvador.

Mendes, V.; Vale, S. (2001). A Medição da Actividade Económica. Versão Preliminar.


ISCTE.

O’Sullivan, A; Sheffrin, S; Nishijima, M. (2004). Introdução a Economia: Princípios e


Ferramentas. São Paulo: Ed. Pearson.

Troster, R. L; Mochon Morcillo, F. (2002). Introdução à economia. São Paulo: Makron


Books.

Vasconcellos, M. A.; Garcia, M. (2010). Fundamentos da Economia. São Paulo: Ed. Saraiva.

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