Você está na página 1de 41

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS


CURSO DE DIREITO

VIANA-LUANDA
2022
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE DIREITO

DOCENTE: PROF. LIC. ISAAC FAZ TUDO

VIANA-LUANDA
2022
RELAÇÃO NOMINAL DOS INTEGRANTES DO GRUPO

1. MARIA ANGELICA DA COSTA


2. MARIANA ISABEL JUSTU DAMIÃO
3. MATEUS JOSÉ ANTÓNIO
4. MIGUEL NSINGUI FERNANDO NGUDICAMA
5. NELSON FRANCISCO CACOLA
6. NILTON LOURENÇO CRISTÓVÃO
7. PAULO CHAVES CAIANDA
8. PAULO FAUSTINO QUETA HEBO
DEDICATÓRIA

Tendo em conta as dificuldades enfrentadas nos dias actuais e porque não tem sido
fácil o processo de ansino e aprendizagem no nosso país e depois de grandes
desafios, certamente chega um alívio que podemos dizer que ainda não é a meta,
mas sim a visão de um longo percurso cheio de surpresas. Por todo este esforço
dedicamos este trabalho antes;

Ao Criador, Deus Pai todo Poderoso

Aos nossos pais que sempre acreditaram em nós.

Aos nossos esposos (as), pelos dias e noites aturadas sem a nossa presença e
atenção.

Aos nossos queridos irmãos, amigos e familiares.


AGRADECIMENTOS

As nossas palavras de apreço vão em primeira instância para Deus o nosso criador e
a razão da nossa existência, as nossas famílias, que nos têm ajudado a custear as
despesas dos nossos estudos.

Aos nossos colegas que nos forneceram sugestões valiosas durante o processo de
elaboração deste trabalho.

Os nossos agradecimentos especial vai também aos Professores que com os seus
ensinamentos nos ajudam na descoberta de um novo mundo, que por falta de bases,
muitas são as dificuldades de acha-lo, aquando da sua procura.

E finalmente vão também os nossos agradecimentos a Direção do Instituto Superior


Técnico de Angola (ISTA) que com uma grande visão procuram sempre dedicar-se as
causas nobres. Por outra a colaboração dos Professores e em particular nosso
professor da cadeira de Economia Política. Professor Isaac Faz Tudo…..
RESUMO

A microeconomia é o ramo da ciência económica voltada ao estudo do


comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivíduos e firmas
(empresas), representadas pela produção de preços dos diversos bens, serviços e
factores produtivos além dos mercados de actuação de cada empresa. A teoria
compara os agregados da quantidade global demandada pelos compradores e a
quantidade fornecida pelos vendedores, o que determina o preço. Constrói modelos
que descrevem como o mercado pode conseguir o equilíbrio entre o preço e a
quantidade, ou como pode reagir às alterações do mercado ao longo do tempo, que
é o que se denomina de mecanismo da oferta e da procura. As estruturas de
mercado, como sejam a concorrência perfeita e o monopólio, são analisados em
função das suas consequências, em termos de comportamento e da eficiência
económica. A análise de um mercado é feita a partir de hipóteses
simplificadoras: racionalidade dos agentes, equilíbrio parcial (parte-se do pressuposto
de que os outros mercados não são afectados). Uma análise em equilíbrio
geral permite avaliar as consequências sobre os outros mercados, e pode permitir
compreender as interacções e os mecanismos que podem levar a um equilíbrio.

Efectivamente, o foco de interesse da microeconomia é, antes de tudo, o


estudo das escolhas dos agentes económicos, isto é, da forma como estes procedem
dado um conjunto de diferentes opções, comparando os benefícios e inconvenientes
para a prossecução dos seus objectivos ou para a satisfação dos seus interesses - o
postulado utilitarista.

Palavras-chaves: Economia; Empresa; Produção.


ABSTRACT

Microeconomics is the branch of economic science dedicated to the study of


the behavior of consumption units represented by individuals and firms (companies),
represented by the production of prices of different goods, services and productive
factors in addition to the markets in which each company operates. The theory
compares aggregates of the overall quantity demanded by buyers and the quantity
supplied by sellers, which determines the price. It builds models that describe how
the market can achieve equilibrium between price and quantity, or how it can react
to changes in the market over time, which is called the supply and demand
mechanism. Market structures, such as perfect competition and monopoly, are
analyzed in terms of their consequences in terms of behavior and economic
efficiency. The analysis of a market is based on simplifying hypotheses: agents'
rationality, partial equilibrium (it is assumed that other markets are not affected). A
general equilibrium analysis makes it possible to assess the consequences on other
markets, and can help to understand the interactions and mechanisms that can lead
to equilibrium.
In fact, the focus of interest in microeconomics is, above all, the study of
the choices made by economic agents, that is, the way in which they proceed given
a set of different options, comparing the benefits and inconveniences for the pursuit
of their objectives or for the satisfaction of their interests - the utilitarian postulate.

Keywords: Economy; Company; Production.


SUMÁRIO
1.

INTRODUÇÃO…………………………………………………………….…………………………….12
1.1. Problematização ………………………………………………………………………………..…….13
1.2. Objectivo Geral ……….……………………………………………………………………………….13
1.2.1. Objectivos Específicos …………….……………………………………………………………..13
2. CONCEITO………………………………………………………………………………………………….14
3. PRESSUPOSTOS BÁSICOS DA ANÁLISE MICROECONÓMICA…………………………….16

3.1. Papel dos Preços Relativos…................................................................................17


3.2. Objectivos da Empresa …………………………………………………………………………………17
4. TEORIA MICROECONÓMICA TRADICIONAL ……………….………………………………….18
5. MERCADO ………………………………………………………………………………………………….19
6. MICROECONOMIA - ESTRUTURAS DE MERCADO...................................................20
7. CONCORRÊNCIA ……………………………………….…………………………………………………………..20
7.1. Desmembrando as Estruturas ………..…………………………………………………………21
7.2. Concorrência Perfeita...............................................................................................21
7.3. Monopólio...............................................................................................................23
7.4. Oligopólio ………………………………………………………………………………………….......24

7.4.1. Oligopólio Concentrado ………………………………………………………………………….25

7.5. Concorrência Monopolista (ou Concorrência imperfeita) ………………………………26

8. EXTERNALIDADES ………………………………………………………………………………….…..27

9. PRODUÇÃO, CUSTO E EFICIÊNCIA …………………………………………………………….…27

10. ESPECIALIZAÇÃO …………………………………………………………………………………..…28

10.1. Aspectos Metodológicos da Oferta e Demanda ………………………………………….30

10.2. Economia Agrícola ………………………………………………………………………………….32

10.3. Economia Financeira ………………………………………………………………………………33

10.4. Economia Industrial ……………………………………………………………………………….33

10.5. Economia da Informação ………………………………………………………………………..33

10.6. Economia do Trabalho ……………………………………………………………………………33

10.7. Economia e Direito …………………………………………………………………………………34

10.8. Economia Gerencial ………………………………………………………………………………..34

10.9. Finanças Públicas …………………………………………………………………………………..34


10.10. Economia do Bem-estar ………………………………………………………………………..35

11. NOVAS TEORIAS: Compreendendo melhor a Concorrência imperfeita ……………35

12. CUSTOS DE TRANSACÇÃO …………………………………………………………………………37

13. PAPEL DO ESTADO ……………………………………………………………………………………37

14. VANTAGENS DA MICROECONOMIA …………………………………………………………….38

15. CONCLUSÃO ………………………………………………….……………………………………….39


16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………………….……………………………………40
LISTA DE ABREVIATURAS

FPP - Fronteira de Possibilidades de Produção 


QD – Quantidade Demandada
QS – Quantidade de Ofertada
EPÍGRAFE

“O que vai gerar a riqueza das nações é o


facto de cada indivíduo procurar o seu
desenvolvimento e crescimento económico
pessoal.”

Adam Smith
1. INTRODUÇÃO

No nosso dia-a-dia deparamo-nos com problemas económicos. Quando


escolhemos apanhar o táxi em vez do comboio tomamos uma decisão económica.
Quando decidimos comprar batas em vez de cereais tomamos uma decisão
económica. Este ciclo amplia-se indefinidamente. Os nossos governantes, as
empresas e comerciantes, todos nós somos agentes económicos, e, por mais que
queiramos teremos sempre que tomar decisões económicas. A economia debruça-se
precisamente sobre o estudo de dois grandes ramos: a Macroeconomia (que estuda
as decisões económicas numa economia nacional como um todo), e a Microeconomia
(que analisa a tomada de decisão dos diferentes agentes económicos). Mas o nosso
trabalho cingir-se-á única e simplesmente sobre a Microeconomia.
A Microeconomia é considerada um dos temas mais importantes e estudados
dentro das ciências económicas. Por ser a base de todas as outras áreas do
conhecimento económico, como a própria Macroeconomia, por exemplo, entender o
que é a microeconomia e como ela funciona é essencial em qualquer estudo sobre a
economia e demais temas relacionados.
A Microeconomia é o estudo do comportamento económico individual e
particular de cada agente dentro de uma economia. Este tema ignora todos os
agentes externos que formam o conjunto geral da economia, focando apenas em
estrutura de mercados, concorrências, papel do governo e custos de transacções.
Estudar os fenómenos microeconómicos é observar o comportamento das
acções de consumidores individuais ou empresas, estudar bens substitutos, entre
outros. O seu objectivo é analisar como se dá o processo de tomada de decisão de
cada indivíduo.

12
1.1. Problematização
A microeconomia é a área que estuda o comportamento económico de cada
grupo ou sector individualmente, como famílias, empresas, consumidores etc. Esse
estudo permite analisar a tomada de decisões desses grupos, bem como a sua
relação com o uso dos recursos, preços, bens e serviços. Logo, como as famílias e
empresas usam seu dinheiro ou fazem economia e como aumentar suas vendas
diminuindo os custos com a mão-de-obra?

1.2. Objectivo geral


Estudar o comportamento individual de grupos, como um consumidor, uma
família ou uma empresa.

1.3. Objectivos específicos


 Analisar os produtos, ofertas, demandas, preços e salários;
 Estudar primeiro os factores pequenos e individuais para depois estudar e
entender o cenário;
 Fazer a análise das variáveis individuais.

13
2. CONCEITO
Paul Anthony Samuelson, um dos pais fundadores da microeconomia, autor de um dos manuais mais marcantes da
história Economics (primeira edição em 1948, escrito com William Nordhaus) juntamente com os Princípios de economia
política de John Stuart Mill (primeira edição de 1848) e os Princípios de economia política de Alfred Marshall (primeira edição de
1890).

A Microeconomia é definida como um problema de alocação de recursos


escassos em relação a uma série possível de fins. Ou seja, a microeconomia é o
ramo que analisa a economia em menor escala e lida com entidades específicas, tais
como empresas, famílias e indivíduos. Os desdobramentos lógicos desses problemas
levam ao estudo do comportamento económico individual
de consumidores e empresas, bem como a distribuição
da produção e rendimento entre eles. A Microeconomia é considerada a base da
moderna teoria económica, estudando suas relações fundamentais. As famílias são
consideradas fornecedores de trabalho e capital, e demandantes de bens de
consumo. As empresas são consideradas demandantes de trabalho e factores de
produção e fornecedoras de produtos.
Os consumidores maximizam a utilidade a partir de um orçamento
determinado. As empresas maximizam lucros a partir de custos e receitas possíveis.
Estes mecanismos apresentam-se nos aspectos metodológicos de oferta e demanda.
A microeconomia procura analisar o mercado e outros tipos de mecanismos
que estabelecem preços relativos entre os produtos e serviços, alocando de modos
alternativos os recursos dos quais dispõe determinados indivíduos organizados numa
sociedade.

A Microeconomia, também conhecida como a "teoria dos preços", analisa a


formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor
interagem e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço
em mercados específicos.
Assim, enquanto a Macroeconomia enfoca o comportamento da Economia
como um todo, considerando variáveis globais como consumo agregado, renda
nacional e investimentos globais, a análise microeconómica preocupa-se com a

14
formação de preços de bens e serviços (por exemplo, soja, automóveis) e de
factores de produção (salários, aluguéis, lucros) em mercados específicos.
A teoria microeconómica não deve ser confundida com a economia de
empresas pois tem enfoque distinto. A Microeconomia estuda o funcionamento da
oferta e da demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela
interacção do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam
um dado bem ou serviço.
Do ponto de vista da economia de empresas, que estuda uma empresa
específica, prevalece a visão contável-financeira na formação do preço de venda de
seu produto, baseada principalmente nos custos de produção, enquanto na
Microeconomia predomina a visão do mercado.
A abordagem económica se diferencia da contável mesmo quando são
tratados os custos de produção, pois o economista analisa não só os custos
efectivamente incorridos, mas também aqueles decorrentes das oportunidades
sacrificadas, ou seja, dos custos de oportunidade ou implícitos. Os custos de
produção do ponto de vista económico não são apenas os gastos ou desembolsos
financeiros incorridos pela empresa (custos explícitos), mas incluem também quanto
as empresas gastariam se tivessem de alugar ou comprar no mercado os insumos
que são de sua propriedade (custos implícitos).
Os agentes da demanda - os consumidores - são aqueles que se dirigem ao
mercado com o intuito de adquirir um conjunto de bens ou serviços que lhes
maximize sua função utilidade. No Direito utilizou-se a conceituação económica para
se definir consumidor: pessoa natural ou jurídica que no mercado adquire bens ou
contrata serviços como destinatário final, visando atender a uma necessidade
própria.
A conceituação de empresa, entretanto, possui duas visões: a económica e a
jurídica. Do ponto de vista económico, empresa ou estabelecimento comercial é a
combinação realizada pelo empresário dos factores de produção: capital, trabalho,
terra e tecnologia, de tal modo organizados para se obter o maior volume possível de
produção ou de serviços ao menor custo.
Na doutrina jurídica, reconhece-se o estabelecimento como uma
universalidade de direito, incluindo-se na actividade económica um complexo de
15
relações jurídicas entre o empresário e a empresa. O empresário é, assim, o sujeito
da actividade económica, e o objecto é constituído pelo estabelecimento, que é o
complexo de bens corpóreos ( aqueles que têm existência física, material, tangível,
palpável tais como: livro, maçã, carro, casa, avião) e incorpóreos (aqueles possuem
existência abstracta, ideal, intangível como: direitos autorais) utilizados no processo
de produção. A empresa, nesse contexto, é o complexo de relações jurídicas que
unem o sujeito ao objecto da actividade económica.
A Microeconomia esta voltada fundamentalmente para:
1. As unidades individualizáveis da economia, como o consumidor e a
empresa, considerados isoladamente, ou em agrupamentos homogéneos;
2. O comportamento do consumidor, a busca da satisfação máxima (com sua
restrição orçamentaria), e outras motivações;
3. O comportamento da empresa, a busca do lucro máximo (com sua
estrutura de custos e com a actuação da concorrência) e outras motivações;
4. Os mecanismos do funcionamento do mercado. Oferta e procura;
5. Imperfeições e Funções do mercado, na utilização eficaz dos recursos
escassos da sociedade e na geração dos produtos destinado a satisfação e
necessidades ilimitáveis;
6. As remunerações pagas aos agentes que participam do processo produtivo
e sua repartição da renda social;
7. Os preços recebidos pelas unidades que geram cada um dos bens de
serviços que compõem o produto social;
8. Custos e Benefícios privados e o interesse maior do bem-comum.

3. PRESSUPOSTOS BÁSICOS DA ANÁLISE MICROECONÔMICA

A hipótese coeteris paribus (todo resto constante)


Para analisar um mercado específico, a Microeconomia se vale da hipótese de
que tudo o mais permanece constante (em latim, coeteris paribus). O foco de estudo
é dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda

16
nele exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não
interfiram de maneira absoluta.
Adoptando-se essa hipótese, torna-se possível o estudo de determinado
mercado, seleccionando-se apenas as variáveis que influenciam os agentes
económicos - consumidores e produtores - neste particular mercado,
independentemente de outros factores, que estão em outros mercados, poderem
influenciá-los.
Sabemos, por exemplo, que a procura de uma mercadoria é normalmente
mais afectada por seu preço e pela renda dos consumidores. Para analisar o efeito
do preço sobre a procura, supomos que a renda permanece constante (coeteris
paribus); da mesma forma, para avaliar a relação entre a procura e a renda dos
consumidores, supomos que o preço da mercadoria não varia. Temos, assim, o efeito
"puro" ou "líquido" de cada uma dessas variáveis sobre a procura.

3.1. Papel dos preços relativos


Na análise microeconómica, são mais relevantes os preços relativos, isto é, os
preços de um bem em relação aos demais, do que os preços absolutos (isolados) das
mercadorias.
Por exemplo, se o preço da Banana cai 10%, e o da Batata igualmente cai
10%, nada deve acontecer com a demanda (procura) dos dois bens (supondo que as
demais variáveis permaneceram constantes). Agora, tudo o mais permanecendo
constante, se cai apenas o preço da banana, ficando inalterado o preço da batata,
deve-se esperar um aumento na quantidade procurada de guaraná, e uma queda na
soda. Embora não tenha havido alteração no preço absoluto da batata, seu preço
relativo aumentou, quando comparado com o da banana.

3.2. Objectivos da empresa


A grande questão na Microeconomia, que inclusive é a origem das diferentes
correntes de abordagem, reside na hipótese adoptada quanto aos objectivos da
empresa produtora de bens e serviços.
A análise tradicional supõe o princípio da racionalidade, segundo o qual o
empresário sempre busca a maximização do lucro total, optimizando a utilização dos
17
recurso de que dispõe. Essa corrente enfatiza conceitos como receita marginal, custo
marginal e produtividade marginal em lugar de conceitos de média (receita média,
custo médio e produtividade média), daí ser chamada de marginalista. A
maximização do lucro da empresa ocorre quando a receita marginal iguala-se ao
custo marginal.
As correntes alternativas consideram que o móvel do empresário não seria a
maximização do lucro, mas factores como aumento da participação nas vendas do
mercado, ou maximização da margem sobre os custos de produção, independente da
demanda de mercado.
Geralmente a abordagem marginalista compõe a teoria microeconómica
propriamente dita, pelo que é chamada de teoria tradicional, enquanto as demais
abordagens são usualmente analisadas nas disciplinas denominadas teoria da
organização industrial ou economia industrial.

4. TEORIA MICROECONÓMICA TRADICIONAL

A teoria microeconómico standard assume que os agentes económicos, as


famílias ou as empresas são "racionais”, isto é, supõe-se terem habilidades
cognitivas e informações suficientes para, por um lado, construir critérios para
escolher entre diferentes opções possíveis e identificar as restrições sobre estas
escolhas, tanto restrições "internas" (a sua capacidade tecnológica, no caso das
empresas, por exemplo), como as "externas" (por exemplo, as resultantes da
conjuntura económica) e, por outro, para maximizar sua satisfação dadas as
restrições. É o paradigma do homo economicus,  que não implica a priori que os
critérios de escolha dos indivíduos sejam puramente egoístas. Podem perfeitamente
ser "racionalmente" altruístas.
A microeconomia preocupa-se em explicar como é gerado o preço dos
produtos finais e dos factores de produção num equilíbrio, geralmente perfeitamente
competitivo. Divide-se em:

18
Teoria do Consumidor: Estuda as preferências do consumidor analisando o
seu comportamento, as suas escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda
de mercado. A partir dessa teoria se determina a curva de demanda;
Teoria da Firma (Empresa): Estuda a estrutura económica de organizações
cujo objectivo é maximizar lucros. Organizações que para isso compram factores de
produção e vendem o produto desses factores de produção para os consumidores.
Estuda estruturas de mercado tanto competitivas quanto monopolistas. A partir
dessa teoria se determina a curva de oferta;
Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação de factores
adquiridos pela empresa em produtos finais para a venda no mercado. Estuda as
relações entre as variações dos factores de produção e suas consequências no
produto final. Determina as curvas de custo, que são utilizadas pelas firmas para
determinar o volume óptimo de oferta.

5. MERCADO

A microeconomia, tal como a macroeconomia, é um método fundamental de


análise à economia enquanto sistema. Examina o comportamento dos agentes (tais
como os agregados familiares e as empresas) e as suas interacções em mercados
específicos, considerando a escassez de recursos e a regulação governamental. Um
determinado mercado pode ser para de um produto, por exemplo milho, ou
de serviços de um factor de produção, por exemplo, os serviços de um pedreiro. A
teoria considera agregados de uma quantidade demandada por compradores
e quantidade ofertada por vendedores para cada preço possível por unidade. A
microeconomia une esses dois aspectos para descrever como o mercado pode atingir
o equilíbrio entre o preço e a quantidade negociada ou explicar as variações
do mercado ao longo do tempo.
Esta análise é geralmente referido como análise de oferta e demanda. As
estruturas do mercado, como concorrência perfeita e monopólio, são também
estudadas para as suas implicações no comportamento e na eficiência económica. A
análise das alterações num mercado geralmente parte do pressuposto simplificador

19
de que o comportamento nos outros mercados permanece inalterado ( ceteris
paribus), ou seja, é uma análise de equilíbrio parcial. A teoria do equilíbrio
geral permite alterações em diferentes mercados e agregados de todos os mercados,
incluindo a sua evolução e interacções em direcção ao ponto de equilíbrio.

6. MICROECONOMIA - ESTRUTURAS DE MERCADO

Primeiramente devemos entender o que é “mercado” no que se refere à


microeconomia, para somente então, poder nos aprofundar neste contexto e
desmembrar suas estruturas. De antemão, sabemos que a microeconomia é a parte
que estuda as relações entre as famílias e as empresas, e as formas em que este
relacionamento acontece.
Voltada à uma análise mais superficial, a microeconomia estuda as formas de
preços baseados nos mercados de bens e serviços, além das formas de serviços e
factores de produção. Este estudo não foca especificamente nas empresas, mas a
forma em que as empresas e consumidores se relacionam entre si, assim, enfoca-se
na amplitude de como as empresas operam.
Sintetizando, podemos dizer então que, mercado pode ser entendido como
uma instituição empírica onde ofertantes (empresas) e demandantes (compradores)
estabelecem uma relação comercial com o objectivo de ser realizar transacções
comerciais. Ou ainda um mercado é o ponto de encontro entre os produtos e os
vendedores de um dado produto, isto é, entre a oferta e a procura desse bem.
Correntemente, o termo é também utilizado para analisar a formação dos preços dos
vários produtos objecto de troca.
Entendendo então o que é mercado, podemos evoluir no estudo para
conhecer suas estruturas, as quais, influenciam directamente nesta relação e em que
ponto estas estruturas podem ser benéficas ou prejudiciais ao consumidor final desta
relação.

20
7. CONCORRÊNCIA

Em microeconomia, concorrência é a competição entre dois ou mais negócios


que disputam a mesma fatia de mercado. A análise da concorrência, portanto, diz
respeito à observação do que esses competidores estão fazendo nos mais diversos
aspectos do negócio para poder criar e melhorar suas próprias estratégias, de modo
a se destacar.
A concorrência perfeita é uma situação de mercado na qual existe uma grande
quantidade de vendedores e uma grande quantidade de compradores. Esse cenário
favoreceria um equilíbrio natural nos preços pela relação entre a oferta e a demanda.

As estruturas que formam o mercado de bens e de consumo são:


 Concorrência Perfeita: número infinito de empresas, produto homogéneo e
não existem barreiras para entrada de novas empresas;
 Monopólio: uma única empresa, produto sem substitutos, com barreiras à
entrada de novas empresas;
 Concorrência Monopolista (ou imperfeita): inúmeras empresas, produto
diferenciado, livre acesso de empresas ao mercado;
 Oligopólio: pequeno número de empresas que dominam o mercado, os
produtos podem ser homogéneos ou diferenciados, com barreiras à entrada
de novas empresas.
Observamos que cada estrutura tem sua particularidade, sendo umas mais
benéficas ao consumidor, e outras, extremamente prejudiciais. Tendo então
conhecimento destas características do mercado, passamos a estudar cada uma
delas em suas principais características.

7.1. Desmembrando as estruturas

Entendemos que cada estrutura tem um estilo próprio de organizar o


mercado, desta forma, resultar em benefícios ao consumidor, como a quantidade de
marcas disponíveis de um produto, tornando seu valor, então, mais baixo, ou então,

21
nos casos de outros sistemas, onde a falta de opções, ou demanda, resultam em
valores extremamente elevados ao consumidor final.

7.2. Concorrência Perfeita


Como o próprio nome diz, trata-se de um sistema considerado perfeito devido
ao fato da existência de inúmeras empresas produzindo determinados produtos, sem
barreiras ou restrições para outras empresas produzirem de forma a beneficiar o
mercado com maior demanda e transparência.
Este sistema possui características que podem ser divididas da seguinte
maneira:
I. Atomicidade: um mercado formado por infinitos vendedores e
compradores, de forma que, isoladamente, nenhuma das partes deste sistema
influenciarão sobre os preços praticados;

II. Homogeneidade: todas as empresas oferecem produtos semelhantes,


não existindo grandes diferenças entre embalagens ou qualidade entre seus
produtos;

III. Mobilidade: não há nenhum tipo de restrição, pelo mercado, para


entrada de novas empresas ou consumidores;

IV. Racionalidade: empresas maximizam lucros, e consumidores, maximizam


satisfação, assim, cada uma das partes buscam elevar suas vantagens sem
detrimento ou prejuízos uns aos outros;

V. Transparência: todas as informações relevantes deste relacionamento


como: preços, qualidade, custos ou lucro são de livre acesso;

VI. Mobilidade de Bens: teoricamente, os preços não mudam conforme as


regiões, ou seja, o morador de uma região paga o mesmo valor que o morador de
outra região, sem considerar custo de transporte, no entanto, podemos facilmente
verificar que, na prática, isso não acontece;
22
VII. Inexistência de externalidades: no sistema de concorrência perfeita,
externalidades não influenciam nos custos das empresas ou na satisfação do
consumidor;

VIII. Divisibilidade: uma hipótese matemática não essencial, objectivando


apenas auxiliar a compreensão deste sistema;

IX. Mercado de factores de produção: os preços dos factores de produção


são fixados, ou seja, as curvas dos custos de produção são iguais para as empresas
do mercado de bens e serviços.

O sistema de concorrência perfeita pode, então, ser visto como um “ideal”, já


que se trata de um sistema sem barreiras, interferências, podendo ser, com isso,
pouco realista. Podemos notar facilmente que, algumas empresas dominam,
notavelmente, determinados mercados, interferindo directamente nos preços
praticados, no entanto, não existe nenhuma restrição à outras empresas em
disponibilizar seus produtos ao consumidor final.

7.3. Monopólio
Este tipo de sistema apresenta três características:
a) Uma única empresa produtora do bem, ou serviço;
b) Não há produtos substitutos
c) Existem barreiras à entrada de empresas concorrentes.
Actualmente, no nosso país, encontramos raros mercados onde o sistema
monopolista predomine, isso se deve ao fato da constante intervenção do estado
regulamentando as relações de mercado. A seguir, veremos algumas características
deste sistema:

I. Monopólio Puro (ou Natural): Devido à elevada escala de produção,


exige altos índices de investimento. Assim, torna-se muito difícil alguma empresa
oferecer um produto com preço equivalente ao da empresa já estabelecida.

23
Geralmente, observamos este sistema aplicado em serviços públicos como: água,
esgoto, energia eléctrica, etc.

II. Protecção de Patentes: a empresa detém a exclusividade na produção


de determinado produto que foi, por ela, desenvolvido. Ex: Xerox, porém, devido às
intervenções do governo, actualmente, o direito de patente se dá por um
determinado período, após este período, a patente se torna domínio público,
permitindo, então, que outras empresas possam produzir este produto;
III. Tradição no mercado: Se dá quando determinada empresa, ou mesmo
região, domina de maneira tácita determinado mercado, à exemplo da suíça na
produção de relógios.

Pode nos parecer que mercado monopolista seja uma realidade apenas no
passado, no entanto, o Brasil tem um péssimo exemplo do que é mercado
monopolista, uma vez que a estatal Petrobrás, é a única empresa com direitos para
explorar as reservas petrolíferas no país, além de ser, basicamente, a única
fornecedora de combustíveis ao povo brasileiro, o resultado disso vemos muito bem
em nosso dia-a-dia, com preços totalmente desproporcionais ao que seria no caso de
um mercado com a devida ampla concorrência.
Além do fato de ser monopolista, a Petrobrás é uma empresa estatal, ou seja,
controlada pelo governo, a grande “vantagem” disso, está na moeda de troca em
que se tornou a administração desta, favorecendo enormemente a corrupção e,
como podemos ver, nos últimos anos tamanho prejuízo e danos que isto vem
acarretando aos cidadãos brasileiros.

7.4. Oligopólio

O sistema oligopolista pode ser definido de duas formas:


Oligopólio Concentrado: Pequeno grupo de empresas dominando um
determinado sector;

24
Oligopólio Competitivo: um pequeno grupo de empresas que domina um
sector com muitas empresas.
Primeiramente, devemos entender o que é um mercado oligopolista, em que
este sistema, pouco conhecido pela população, afecta o mercado de bens de
consumo e porque, mesmo parecendo diferente do mercado monopolista, prejudica
exponencialmente o consumidor.
Pelo fato de existir empresas dominantes, estas controlam o mercado,
determinando os valores de venda dos produtos conforme seus termos e condições
numa negociação unilateral, no qual, o consumidor tem baixíssimo poder de reacção
sobre as alterações de preços, em suma, as empresas impõem suas condições e o
consumidor não tem nenhum poder de influir acerca disto.
Vejamos, então, quais sectores são controlados e por quais tipos de empresas:

7.4.1. Oligopólio Concentrado

Como mencionado anteriormente, no sistema oligopolista concentrado, temos


apenas um pequeno grupo de empresas que dominam determinados sectores na
produção de bens de consumo, ou também, na prestação de serviços de alto
consumo.
O primeiro exemplo é o sector automobilístico. No Brasil, existem apenas
algumas poucas montadoras que detém a maior fatia do mercado, estas, até poucos
anos atrás, controlavam integralmente o mercado, são elas: Ford, VW, Fiat,
Chevrolet. Estas empresas formavam o que, conforme o estudo da economia, os
chamados cartéis, ou seja, conluio de produtores que determinam a “política” que
deverá ser adoptada por toas as empresas do sector, fixando preços e a cota do
mercado de cada uma delas.
Como podemos observar, na maioria das prestações, o serviço conta com
duas empresas que dispõe de todos os serviços citados e, algumas poucas,
participando de apenas um ou dois serviços. Notamos que, a qualidade destes
serviços está muito longe do ideal e, mais ainda, do preço que pagamos, isso se
deve ao fato de estas empresas manipularem o mercado, controlando os preços e as
condições para o oferecimento dos produtos.
25
Apesar da aparente briga comercial, onde as empresas se mostram como a
que oferecerá maior vantagem e melhor serviço ao consumidor, podemos notar que,
o número de reclamações que estas empresas recebem nos órgãos de protecção e
defesa do consumidor, demonstra que essas empresas realizam acordos para
controlar o mercado e, mesmo com tantas reclamações, permanecem praticamente
isentas de responsabilidades, uma vez que o consumidor, não dispõe de opções para
que possam se resguardar e optar por um serviço realmente com a devida qualidade
e respeito que se deve ao consumidor.
O mesmo acontece nos sectores de chocolate (Nestlé e Garoto), cerveja
(Ambev, Heineken), rede de supermercados (Carrefour, Wal-Mart, Pão de Açúcar),
refrigerantes (Coca-Cola, Antártica), sectores de fabricação de insumos e matéria-
prima (Votorantim, no sector de cimento e papel e celulose, Mineradoras, sendo cada
uma detentora de um determinado minério), ou seja, notamos que na maioria dos
bens de consumo do qual o cidadão mais dispõe, os preços são controlados pelas
empresas, e obviamente, com isso, o cidadão paga um preço mais caro do que
realmente pagaria se o sistema não fosse controlado desta maneira. Neste caso,
temos o sistema: Oligopólio Competitivo.

7.5. Concorrência Monopolista (ou Concorrência Imperfeita)

A concorrência monopolista é o oposto da Concorrência Perfeita, por isso, é


também chamada de Concorrência Imperfeita. Isto se deve ao fato de existir
numerosas empresas no mercado, mas que oferecem serviços, ou produtos, não
homogéneos, ou seja, não totalmente substituíveis. Deste modo, essas empresas
detêm, de alguma forma, o poder de influir directamente no valor de seus produtos
ou serviços.
As características principais características que definem o sistema de
concorrência monopolista são:
Muitas empresas produzindo determinado bem ou serviço;
Cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos
próximos;

26
Cada empresa tem certo poder sobre preços, considerando que, por ser
diferenciado, influirá directamente na preferência do consumidor, que dispõe de
produto diferente caso opte por produto oferecido pela empresa concorrente.
Trata-se de um sistema mais realista, pois reflete o devido livre poder de
escolha do consumidor pelo produto de sua preferência e permiti à empresa
potencializar seus lucros. Este sistema se parece muito com o sistema monopolista,
mas, neste caso, não existe apenas uma empresa produzindo ou oferecendo
determinado serviço, ou produto.

8. EXTERNALIDADES

Esta área da economia estuda se os mercados levam em consideração de


maneira adequada todos os benefícios e custos sociais. Uma externalidade ocorre
quando há custos ou benefícios sociais significativos advindos da produção ou do
consumo que não são reflectidos nos preços de mercado. Por exemplo, a poluição do
ar pode ser considerada uma externalidade negativa e educação pode ser uma
externalidade positiva. Os governos, no papel de um planeador social benevolente,
frequentemente estabelecem impostos ou restringem a venda de bens que geram
externalidades negativas e fornecem subsídios ou de alguma forma promovem a
compra de bens que causam externalidades positivas com o intuito de corrigir
distorções nos preços causadas por essas externalidades.
A economia do meio ambiente estuda os assuntos relativos à degradação,
recuperação ou preservação do meio ambiente. Em particular, externalidades da
produção ou do consumo, como a poluição do ar, podem levar a falhas de mercado.
A disciplina considera como políticas públicas podem ser usadas para corrigir tais
falhas. Opções incluem regulação que reflicta uma análise de custo-benefício ou
soluções de mercado que alterem incentivos como multas por emissão ou redefinição
de direitos de propriedade. A economia do meio ambiente não deve ser confundida
com novas escolas de pensamento económico referidas como Economia ecológica.

27
9. PRODUÇÃO, CUSTO E EFICIÊNCIA

Em microeconomia, produção é um processo que usa insumos para criar


produtos, destinados ao comércio ou ao consumo. A produção é um fluxo, logo é
mensurável através de um rácio por unidade de tempo. É comum distinguir entre a
produção de bens de consumo (alimentos, cortes de cabelo, etc.) vs. bens
de investimento (novos tractores, edifícios, estradas, etc.), bens públicos (defesa
nacional, segurança pública, protecção civil, etc.) ou bens privados (computadores
novos, automóveis, etc.).
O custo de oportunidade está relacionado com o custo económico: é o valor
da melhor alternativa dispensada, quando se tem que fazer uma escolha entre duas
acções desejadas, mas mutuamente exclusivas. É descrita como sendo a expressão
da "relação básica entre escassez e escolha". O custo de oportunidade é um factor
que garante a utilização eficiente dos recursos escassos, pois o custo é ponderado
face ao valor gerado, no momento de decidir aumentar ou reduzir uma actividade.
Os custos de oportunidade não se restringem a custos monetários. Podem também
ser medidos em tempo, lazer, ou qualquer outra coisa que corresponda a um
benefício alternativo (utilidade).
As entradas para o processo de produção incluem factores de
produção básicos como o trabalho, capital (bens duradouros usados na produção,
como uma fábrica) e terra (incluindo recursos naturais). Outros factores
incluem bens intermédios usados na produção dos bens finais, como seja o aço num
carro novo.
A eficiência económica descreve o quanto um sistema utiliza bem os recursos
disponíveis, dada a tecnologia disponível. A eficiência pode aumentar se
conseguirmos obter um maior resultado sem aumentar os recursos usados, ou seja,
se conseguirmos reduzir o "desperdício". Dizemos que temos uma eficiência de
Pareto quando estamos num ponto onde nenhuma alteração na forma como usamos
os recursos disponíveis consegue melhorar o resultado para alguém sem piorar a
situação de outro.

28
10. ESPECIALIZAÇÃO

A especialização é considerada um aspecto chave para a eficiência económica,


devido a diferentes agentes (indivíduos ou países) terem diferentes vantagens
comparativas. Mesmo que um país detenha vantagem absoluta em todos os
sectores, tem vantagem em se especializar nas áreas onde tenha as maiores
vantagens comparativas, efectuando depois trocas comerciais com outros países,
Consegue desta forma obter uma maior quantidade dos produtos onde não se
especializou comparado com a opção de produzir tudo por si. Um exemplo disso é a
especialização dos países desenvolvidos em produtos de alta tecnologia, preferindo
adquirir os bens de manufactura aos países em desenvolvimento, onde a mão-de-
obra é barata e abundante.
A teoria defende que desta forma se consegue obter um maior total de
produtos e utilidade, comparando com a situação em que cada país decide pela
produção própria de todos os produtos. A teoria da vantagem comparativa é
responsável pela crença generalizada dos economistas nos benefícios do comércio
livre. O conceito aplica-se a indivíduos, fazendas, fábricas, fornecedores de serviços e
a economias. Em qualquer um destes sistemas produtivos podemos ter:
uma divisão do trabalho onde cada trabalhador é responsável por uma tarefa
distinta e especializada fazendo parte do esforço produtivo, ou
diferentes formas de uso de capital fixo e da terra.
A Riqueza das Nações (1776), de Adam Smith faz uma discussão notável dos
benefícios da divisão do trabalho. A forma como os indivíduos podem aplicar da
melhor forma o seu trabalho, ou qualquer outro recurso, é um tema central do
primeiro livro da obra. Smith afirmava que um indivíduo deveria investir recursos, por
exemplo, terra e trabalho, de forma a obter o maior retorno possível. Desta forma,
as várias aplicações de um mesmo recurso devem ter uma taxa de retorno igual
(ajustada pelo risco relativo associado a cada actividade). Caso contrário, acabaria
por ocorrer uma realocação de recursos melhorando o retorno. Essa ideia,
escreveu George Stigler, é a proposição central da teoria económica. O economista
francês Turgot fez o mesmo raciocínio dez anos antes, em 1766.

29
De forma mais geral, a teoria diz que, incentivos do mercado, como preços da
produção e dos insumos de produção, determinam a alocação dos factores de
produção através da vantagem comparativa. Isto ocorre porque são escolhidos os
insumos mais baratos, mantendo baixo o custo de oportunidade de um tipo de
produto. Com este processo, a produção agregada aumenta como efeito
colateral. Esta especialização da produção cria oportunidades para ganhos com o
comércio em que os detentores dos recursos beneficiam do comércio vendendo um
tipo de produto contra outros bens de maior valor. Uma medida dos ganhos de
comércio é o aumento na produção (formalmente, a soma do acréscimo
do excedente do consumidor e dos lucros do produtor) resultante da especialização
na produção e do consequente comércio.

10.1. Aspectos metodológicos da oferta e demanda

A teoria de oferta e demanda explica os preços e as quantidades dos bens


transaccionados numa economia de mercado e as respectivas variações. Na teoria
microeconómica em particular, refere-se à determinação do preço e quantidade num
mercado de concorrência perfeita (isto é, no qual tampouco produtores ou
consumidores individualmente têm poder para alterar as variáveis de mercado). Tem
tido um papel fundamental na construção de modelos para outras estruturas de
mercado (como monopólio, oligopólio e competição monopolista) e para outras
abordagens teóricas.
Para que se entenda o funcionamento económico (e microeconómico,
principalmente) é preciso que se entenda os mecanismos de mercado, isto é, as
regulações de oferta e demanda. Para isso, em fins didácticos e práticos, divide-se
um mercado competitivo agregado em dois espectros: mercados de
consumidores (representado pela demanda, ou procura) e mercado de
produtores (representado pela oferta).
A Lei da Demanda (ou Procura) dita que quanto maiores os preços, menor
será a quantidade demandada (Qd): os consumidores tendem a minimizar seus
desembolsos. Por isso, a curva de demanda é sempre decrescente.

30
A Lei da Oferta dita que quanto maiores os preços, maior será a quantidade
ofertada (Qs): os produtores tendem a maximizar seus lucros.  Por isso, a curva de
oferta é sempre crescente.
Alguns determinantes podem afectar as quantidades demandadas e ofertadas
de cada mercado. São diversas variáveis, que se alteram conforme as prioridades
dos mercados, mas pode-se citar algumas, que são geralmente válidas. São estas as
principais:

Determinantes de Oferta e Demanda

Determinantes da
Determinantes da Demanda
Oferta

Preço do próprio bem


(quanto maior o preço, Preço do próprio bem (quanto maior o preço, menor a
maior a quantidade quantidade demandada)
ofertada)

Tecnologias de
Preços de bens relacionados (podendo ser bens substitutos,
produção (que tendem
quando cumprem a mesma função; ou complementares, quando
a baratear o processo
são indissociáveis entre si)
produtivo)

Custos das matérias-
Renda média (ou rendimento médio): quanto maior a renda da
primas (ou custos
população, maior será a disposição em consumir mais
produtivos em geral)

Relacionando-se oferta e demanda, tem-se o que se chama de movimentos de


mercado. Matematicamente, adopta-se Qs (para quantidade ofertada) e Qd (para
quantidade demandada), para que se note as seguintes condições de mercado:
Quando Qs > Qd (quantidade ofertada maior do que quantidade demandada),
tem-se o que, economicamente, chama-se por Excedente económico (graficamente,
acima do ponto de equilíbrio) . Quando Qs < Qd (quantidade ofertada menor do que
quantidade demandada), tem-se o que chama-se por Escassez (graficamente, abaixo
do ponto de equilíbrio). Quando Qs = Qd (quantidade ofertada é igual a quantidade
demandada), tem-se o que chama-se por Equilíbrio de mercado.
31
Segundo o conceito smithiano (Adam Smith) do laissez-faire, a tendência é que o
equilíbrio de mercado (onde Qs = Qd) seja sempre retomado. Isto é, considerando
um cenário de excedente (no qual Qs > Qd), a tendência é que os preços abaixem; o
contrário também é válido. Se o mercado encontra-se em um ciclo de escassez (no
qual Qs < Qd), a tendência é o aumento de preços, para que retome-se o equilíbrio
de mercado. Analisando estes cenários com exemplos numéricos (totalmente
fictícios), tem-se:

Oferta e procura por milho (em bushels)


Quantidade ofertada Quantidade Situação de
Preço (P, em unidades
por milho (Qs, em demandada por milho mercado/Tendência dos
monetárias $)
milhões) (Qd, em milhões) preços
Escassez (Qs < Qd) /
$1 3 18
Preços aumentarão
Escassez (Qs < Qd) /
$2 5 15
Preços aumentarão
Escassez (Qs < Qd) /
$3 7 12
Preços aumentarão
Equilíbrio ( Qs = Qd) /
$4 9 9 Preços se manterão
estáveis
Excedente (Qs > Qd) /
$5 11 6
Preços reduzirão
Excedente (Qs > Qd) /
$6 13 3
Preços reduzirão

(Verifique que, na Tabela, quanto maior o preço, maior a Qs e menor a Qd; o


contrário também manifesta-se. Isso caracteriza as Leis de oferta e procura).
Em cenários de escassez, a tendência de que os preços aumentem é natural,
somente assim, os consumidores estarão menos dispostos a gastar (Qd reduz-se) e
há incentivo a produção (Qs aumenta); por fim, retoma-se o equilíbrio de mercado
(Qs = Qd). O contrário é válido. Em cenários de excedente, a tendência de que os
preços caiam é explicada pela disposição dos consumidores em demandar mais a

32
menores preços (Qd aumenta) e desincentiva a produção (Qs reduz-se); por fim,
retoma-se o equilíbrio de mercado (Qs = Qd).
Nos modelos matemáticos de cálculo económico, pode-se ainda valorizar o
que chama-se por Superávit do Consumidor e Superávit do Produtor (ver Economic
Surplus).

10.2. Economia Agrícola


A economia da agricultura é uma das mais antigas e mais bem estabelecidas
áreas da economia. É o estudo das forças económicas que afectam o sector agrícola
e o impacto do sector agrícola no resto da economia. É uma área da economia que,
graças à necessidade de se aplicar a teoria microeconómica a situações complexas
do mundo real, tem contribuído com avanços importantes de aplicação mais geral; o
papel do risco e da incerteza, o comportamento das famílias e as ligações
entre direito de propriedade e incentivos. Mais recentemente áreas como o comércio
internacional de commodities e meio ambiente tem recebido grande atenção.

10.3. Economia Financeira


A economia financeira, muitas vezes chamada simplesmente de finanças, está
preocupada com a alocação dos recursos financeiros em um ambiente de risco (ou
incerteza). Assim, seu foco está na operação dos mercados financeiros, na avaliação
de preços de activos financeiros, e na estrutura financeira das empresas.

10.4. Economia Industrial


A economia industrial, também conhecida nos Estados Unidos como
organização industrial, estuda o comportamento estratégico das firmas, a estrutura
dos mercados e suas interacções. As estruturas comuns do mercado
incluem competição perfeita, competição monopolista, várias formas
de oligopólio e monopólio.

10.5. Economia da Informação


A economia da informação examina como a informação (ou sua falta) afecta o
processo decisório económico. Um importante foco da disciplina é o conceito
33
de assimetria de informação, onde um participante possui mais ou melhor
informação que a outra. A existência da assimetria de informação abre espaço para o
surgimento de problemas como risco moral e selecção adversa estudada na teoria
dos contratos. A economia da informação tem relevância em muitas áreas
como finanças, seguros, direito, e processo decisório em condições de risco e
incerteza.

10.6. Economia do Trabalho


A economia do trabalho procura entender o funcionamento do mercado e a
sua dinâmica relacionada ao trabalho. Os mercados de trabalho funcionam através
das interacções entre trabalhadores e empregadores. A economia do trabalho
observa os ofertantes de força-de-trabalho (trabalhadores), seus demandantes
(empregadores) e tenta entender os padrões resultantes de salários e outras rendas
do trabalho, de emprego e desemprego. Usos práticos incluem a assistência na
formulação de políticas de pleno emprego.

10.7. Economia e Direito


Economia e direito, ou a análise económica do direito, é uma abordagem da
teoria do direito que aplica métodos da economia ao direito. Inclui o uso de conceito
económicos para explicar os efeitos de normas legais a fim de determinar quais
normas são economicamente eficientes e para prever quais normas o serão. O artigo
seminal de Ronald Coase "The Problem of Social Cost", publicado em 1961, sugeriu
que direitos de propriedade bem definidos poderiam superar os problemas
das externalidades. Desde que os custos de transacção se aproximassem de zero,
acordo mutuamente benéficos regulariam quem arcaria com o custo da
externalidade.

10.8. Economia Gerencial


A economia gerencial aplica análise microeconómica para especificar decisões
nas organizações. Ela se aproveita pesadamente de métodos quantitativos
como pesquisa operacional e programação e também de métodos estatísticos como
a regressão ausentes a certeza e informação perfeita. Um tema unificador é a
34
tentativa de optimizar decisões de negócios, inclusive minimização de custo por
unidade e maximização de lucro, dados os objectivos da firma e limitações impostas
pela tecnologia e condições de mercado.

10.9. Finanças Públicas


Finanças públicas é o ramo da economia que lida com os gasto e receita dos
orçamentos das entidades do sector público, geralmente o governo. O campo aborda
questões como incidência fiscal (quem realmente paga um imposto), análise custo-
benefício de programas do governo, efeitos na eficiência económica e distribuição de
renda de diferentes tipos de gastos e impostos e políticas fiscais. Essa última, um
aspecto da teoria da escolha pública, modela o comportamento do sector público de
forma análoga à microeconomia, envolvendo interacções de eleitores, políticos e
burocratas interessados em si mesmos.

10.10. Economia do Bem-estar


A economia do bem-estar é um ramo da economia que usa técnicas
microeconómicas para determinar simultaneamente eficiência de alocação dentro de
uma economia e a distribuição de renda associada a ela. Ela tenta medir o bem-estar
social examinando as actividades económicas dos indivíduos que compõem a
sociedade.

12. NOVAS TEORIAS: COMPREENDENDO MELHOR A CONCORRÊNCIA


IMPERFEITA

A partir dos anos 1970, o paradigma dominante na microeconomia sofre uma


inflexão de modo a melhor integrar todas as anomalias e imperfeições do mercado.
Para Pierre Cahuc "a nova microeconomia foi construída progressivamente, a partir
de críticas dispersas, muitas inicialmente de forma isolada, ao modelo walrasiano".De
uma forma mais geral, para a economista Anne Perrot, o edifício teórico da
microeconomia tradicional deixava "desarmado o economista que procurasse uma
representação positiva do funcionamento do mercado". Esta mudança aconteceu
num momento em que a macroeconomia buscava os seus fundamentos
35
microeconómicos, de forma que iria gerar alguma convergência entre os dois
campos.
O quadro geral da nova microeconomia é preferencialmente reduzido à análise
de um só mercado e o seu estudo científico baseia-se mais em constatações que se
julga serem representativas do funcionamento da economia (que são apelidados de
"factos estilizados").
A nova microeconomia enfatiza os problemas relativos aos estímulos,
à informação e à teoria dos jogos. Por "estímulo" entende-se toda a c de um agente
económico (incluindo o Estado) que levem a certos agentes económicos adoptar este
ou aquele comportamento. Esta noção tem todo o sentido se considerarmos que a
informação disponível é inevitavelmente limitada por um agente económico desejoso
de incentivar outros agentes a ter comportamentos do seu interesse. A teoria dos
jogos, por seu lado, é um ramo da matemática aplicada que estuda as interacções
estratégicas entre agentes. Segundo essa teoria, os agentes escolhem as estratégias
que maximizam os seus benefícios, sendo dadas as estratégias que os outros
agentes irão escolher. Propõem um modelo formal das situações em que os
decisores interagem com outros agentes. A teoria dos jogos generaliza a abordagem
de maximização desenvolvida anteriormente para a análise de mercados. Foi
desenvolvida a partir do livro de 1944 Theory of Games and Economic Behavior ,
de John von Neumann e Oskar Morgenstern. É também empregue em numerosos
domínios não económicos: estratégia nuclear, ética, ciência política e teoria
evolucionista.
A extensão da abordagem microeconómica conduziu também ao
desenvolvimento da "teoria dos contratos". Esta teoria conceptualiza as
organizações, instituições, famílias e empresas como conjuntos de contratos (nós de
contratos, na terminologia económica). Uma empresa é, por exemplo, um nó
composto por contratos de trabalho, ligando-a aos seus assalariados, por contratos
ligando-a aos seus clientes e fornecedores, por contratos de produtos bancários e
financeiros, por contratos legais ligando-a ao seu Estado ou região em matéria fiscal
e de regulação. Os mercados são outro caso particular de nós de contratos, neste
caso de contratos de comércio. Os Estados, no sentido das organizações políticas
que administram determinados espaços geográficos, são um outro exemplo de nó
36
contratual, representando as Constituições contratos gerais ligando estas
organizações ao povo que governam.
Um aspecto importante dos contratos é, regra geral, serem "incompletos", isto
é, não conseguem especificar totalmente as obrigações das partes em todas as
situações possíveis. O desenvolvimento desta teoria gerou naturalmente um
aprofundamento das teorias da negociação e renegociação. De facto, o seu propósito
é não só explicar como e porquê os contratos são formados entre os agentes, mas
também as razões pelas quais eles os põem, ou não, em causa com o decorrer do
tempo.
A nova microeconomia pode ser usada pela economia industrial, economia do
trabalho e pela economia pública, devido à sua capacidade para se aproximar das
preocupações práticas de certos industriais.

13. CUSTOS DE TRANSAÇÃO

Custos de transacção são os gastos que a empresa tem para planear, elaborar
e negociar transacções de manutenção das suas actividades ou da captação de
recursos. Junto a vários outros tipos de custos que uma organização possui, esses
desembolsos ocorrem quando é preciso recorrer ao mercado para obter matérias-
primas, equipamento e serviços.
Logo, são gastos ligados às acções necessárias para garantir que os contratos
sejam cumpridos, de maneira satisfatória para as partes envolvidas. De modo geral,
os custos de transacção podem ser classificados em:
 Elaboração e negociação dos contratos;
 Mensuração e fiscalização de direitos de propriedade;
 Monitoramento do desempenho;
 Organização de actividades;
Custos de transacção são os valores ocasionados à empresa por meio de
transacções para captação de recursos ou manutenção de sua actividade. Em geral,
quando uma companhia recorre ao mercado em busca de insumo, equipamentos, ou
serviços são estes os gastos que elas enfrentam.

37
14. PAPEL DO ESTADO

O Estado tem função de agente normativo e regulador da actividade


económica, exercendo, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planeamento, sendo este determinante para o sector público e indicativo para o
sector privado.
O Estado, como agente económico actuante, foi de extrema importância para
o desenvolvimento económico do país ao longo do tempo e continuará tendo espaço
na economia, exercendo suas actividades de regulador e normalizador da economia,
corrigindo as disparidades sociais, permitindo a inclusão social e promovendo

15. VANTAGENS DA MICROECONOMIA

A microeconomia é fundamental para a formação de preços dos produtos, pois


analisa factores como terra, mão-de-obra, capital, entre outros. Ou seja, antes de
um produto ser lançado no mercado, a microeconomia fará diversos estudos. Dessa
forma, a microeconomia oferece algumas vantagens para o mercado.
O principal deles é o volume de informações que agrega para determinar o
preço dos produtos e a identificação do valor agregado dos factores que não
adicionamos na produção daquele item.
Por analisar cada grupo, permite que as empresas identifiquem pontos
específicos que precisam ser atendidos ou ofereçam uma oferta de produtos e
serviços mais personalizada. Além disso, as empresas que utilizam a microeconomia
conseguem tomar decisões de forma mais assertiva e clara.
Por outro lado, a microeconomia não permite analisar a economia de forma
geral, sendo fundamental adoptar outros modelos de estudo para um entendimento
mais completo.

38
16. CONCLUSÃO

Em jeito de conclusão, podemos dizer que a microeconomia é a área que


estuda o comportamento do económico de cada grupo ou sector individualmente,
como famílias, empresas, consumidores etc. esse estudo permite analisar a tomada
de decisão desses grupos, bem como a sua relação com o uso dos recursos, preços,
bens e serviços. A microeconomia busca ainda entender as características e
comportamentos de consumidores e empresas e como eles se relacionam,
mostrando, por exemplo, os factores que influenciam os preços, o modo de
consumo, a relação entre oferta e demanda e até mesmo as acções de marketing.
A microeconomia é ainda fundamental para a formação de preço dos
produtos, pois analisa factores como terra, mão-de-obra, capital, entre outros. Ou
seja, antes de um produto ser lançado no mercado a microeconomia fará diversos
estudos. Dessa forma, a microeconomia oferece algumas vantagens para o mercado
tais como o volume de informações que agrega para determinar o preço dos
produtos e a identificação do valor agregado dos factores que não adicionados na
produção.

39
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Krugman, Paul R; Wells, Robin. (2009). Economic. New York, NY: Worth


Publishers. p. 27. ISBN 978-0-7167-7158-6.

 Varian, Hal R (1987). Intermediate microeconomics: a modern approach. New


York: W.W. Norton. p. 461-463. ISBN 978-0-393-95554-5.
 Blaug, Mark (2007). "The Social Sciences: Economics," Microeconomics, The
New Encyclopædia Britannica, v. 27, pp. 347-49. Chicago. ISBN 0-85229-423-
9.
 Varian, Hal R. (1987). "microeconomics," The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, v. 3, pp. 461-63. London and New York: Macmillan and
Stockton. ISBN 0-333-37235-2.
 Buchanan, James M. (1987). "opportunity cost", The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 3, pp. 718–21.
 The Economist, Economics A-Z, "Opportunity Cost." acedido em 10 agosto
2010.
 Bradfield, James (2007). Introduction to the economics of financial markets .
Oxford University Press US, p. 8.
 Montani, Guido (1987), "scarcity," The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, v. 4, p. 254.
 Samuelson, Paul A., and William D. Nordhaus (2004). Economics, ch. 1, "C.
Society's Technogical Possibilities" section.
 Samuelson, Paul A., and William D. Nordhaus (2004). Economics, ch. 2,
"Efficiency" section.
 Samuelson, Paul A., and William D. Nordhaus (2004). Economics, p. 5.
 Groenewegen, Peter (1987). "division of labour," The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 1, pp. 901-05.
 Johnson, Paul M. (2005)."Specialization," A Glossary of Political Economy
Terms.

40
 Yang, Xiaokai, and Yew-Kwang Ng (1993). Specialization and Economic
Organization. Arquivado em 14 de outubro de 2012, no Wayback Machine.
Amsterdam: North-Holland.
 Adam Smith, Biography: The Concise Encyclopedia of Economics: Library of
Economics and Liberty.
 Cameron, Rondo (1993, 2nd ed.). A Concise Economic History of the World:
From Paleolithic Times to the Present, Oxford, pp. 25, 32, 276-80.
 Samuelson, Paul A., and William D. Nordhaus (2004). Economics,ch. 2,
"Trade, Specialization, and Division of Labor" section, ch. 12, 15,
"Comparative Advantage among Nations" section," "Glossary of Terms," Gains
from trade.
 Findlay, Ronald (1987). "comparative advantage," The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 1, pp. 514-17.
 Kemp, Murray C. (1987). "gains from trade," The New Palgrave: A Dictionary
of Economics, v. 2, pp. 453-54.
 Laffont, J.J. (1987). "Externalities,"," The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, v. 2, p. 263-65.
 Kneese, Allen K., and Clifford S. Russell (1987). "environmental
economics," The New Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 2, pp. 159-64.
 Samuelson, Paul A., and William D. Nordhaus (2004). Economics, cap. 18,
"Protegendo o Meio-Ambiente." McGraw-Hill.
 Neves , J. C. (1992), Introdução a Economia, Editorial Verbo, Lisboa.

41

Você também pode gostar