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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3
A PROCURA AGREGADA ....................................................................................... 4
PROCURA AGREGADA VS OFERTA AGREGADA ............................................ 5
ÓTICAS DO PIB ........................................................................................................ 8
FUNDAMENTOS DA PROCURA AGREGADA ..................................................... 9
C – CONSUMO PRIVADO .................................................................................. 10
G – CONSUMO PÚBLICO .................................................................................. 16
I – INVESTIMENTO ............................................................................................ 18
(X – M) – BALANÇA COMERCIAL .................................................................. 23
CURVAS DA PROCURA AGREGADA ................................................................. 26
DESLOCAÇÕES DA CURVA DA PROCURA AGREGADA ........................... 28
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 29
BIBLIOGRAFRIA .................................................................................................... 30
WEBGRAFIA ........................................................................................................... 30
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Fundamentos da Procura Agregada
INTRODUÇÃO
“A poupança, de facto, não passa de um simples resíduo. As decisões de
consumir e as decisões de investir determinam, conjuntamente, os
rendimentos.”
Este trabalho foi proposto pelo docente Fernando Costa, no âmbito da disciplina
de Macroeconomia, do 1º ano da Licenciatura de Gestão de Empresas.
O objetivo deste trabalho passa por definir o que é a procura agregada e os seus
fundamentos.
Por fim, para uma melhor compreensão destes fatores macroeconómicos, iremos
abordar a Procura Agregada e os seus fundamentos, onde é possível encontrar variáveis
chave como o consumo, privado e público, os investimentos e por fim a balança comercial
ou exportações líquidas, que iremos desenvolver ao longo do trabalho, facilitando deste
modo a obtenção de resultados e possíveis conclusões. Teremos similarmente em conta
outros aspetos macroeconómicos tais como, o Produto Interno Bruto nas diferentes óticas,
contudo, vamos focar-nos na ótica da despesa e finalmente traçar curvas da procura
agregada e as suas respetivas deslocações.
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Fundamentos da Procura Agregada
A PROCURA AGREGADA
A macroeconomia, enquanto disciplina autónoma da Teoria económica é
relativamente recente. Desenvolveu-se a partir dos finais dos anos 30 em virtude do
impacto provocado pela “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” de John
Maynard Keynes.
Por outras palavras, a procura agregada mede a despesa total de todas as distintas
entidades da economia. Esta depende dos bens de consumo adquiridos pelos
consumidores, pelas empresas, pelo Estado e das exportações líquidas.
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Por outro lado, a oferta agregada é afetada pelo nível de preços que, quanto
maior for, maior será a oferta agregada e, quanto mais se tenta controlar a inflação, menor
será o estímulo dado às empresas, logo menor será a oferta agregada.
Figura 2 - Curva da procura agregada (AD) e oferta agregada (AS) (Nordhaus, 2005)
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PIB real consiste em escolher um ano-base para calcular a variação da produção
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ÓTICAS DO PIB
Sendo o objetivo final da atividade económica produzir bens e serviços desejados
pela população, também é importante salientar que, a medida mais abrangente do produto
de uma economia é, portanto, o produto interno bruto – o PIB, esta é a medida do valor
de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos num determinado país durante
um dado período de tempo (tipicamente um ano ou um trimestre), e que, pode ser medido
segundo três óticas distintas. Primeiramente, segundo a ótica da oferta ou da produção,
o PIB é a soma de valor acrescentado bruto (VAB2) a preços de base dos diferentes ramos
de atividade, acrescido de impostos líquidos de subsídios sobre os produtos, por outro
lado, segundo a ótica da procura ou da despesa, o PIB corresponde à soma das despesas
de consumo final das famílias residentes ou das instituições sem fins lucrativos ao serviço
das famílias (estes dois agregados correspondem a uma designação mais simples de
consumo privado) e, das administrações públicas (neste caso, também habitualmente
designado de consumo público) com o investimento e as exportações líquidas de
importações. Por fim, na ótica do rendimento, o PIB corresponde à soma das
renumerações do trabalho, dos impostos líquidos de subsídios sobre a produção e
importação, e do excedente bruto da exploração. Portanto, o produto e o nível de preços
resultantes determinam o emprego, o desemprego e as exportações líquidas e, a análise
da procura agregada centra-se nas determinantes do consumo real.
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O VAB refere-se à produção deduzida do consumo intermédio necessário para a obter. Esta, reparte-se
em três grandes componentes: encargos salariais, impostos líquidos de subsídios e excedente bruto de
exploração (que por sua vez, pode-se dividir em impostos, juros, rendas, lucros distribuídos, nomeadamente
dividendos e lucros não distribuídos).
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C – CONSUMO PRIVADO
R = Rendimento
𝑹 =𝑪+𝑺 C = Consumo
S = Poupanças
C = Consumo agregado
A = Consumo autónomo
𝑪 = 𝑨 + 𝒃𝒀, 𝒄𝒐𝒎 𝟎 < 𝒃 < 𝟏
b = Propensão marginal a
consumir
Y = Rendimento disponível
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𝒀=𝒀 − 𝑻 T = Impostos
T = Impostos autónomos
𝑻 = 𝑻 + 𝒕𝒀, 𝒄𝒐𝒎 𝟎 < 𝒕 < 𝟏
t = Taxa de imposto
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Porém, se a função
consumo se situa acimada da
linha de 45º, a família está a
utilizar poupanças passadas (o
montante das poupanças
passadas é dado pela distância
entre a função consumo e a
bissetriz) e, se se situa abaixo, Figura 4 - Função Consumo (Nordhaus, 2005)
tem uma poupança positiva.
Verifica-se ainda que, o consumo é menor do que o rendimento, pelo facto de que,
a função consumo se situar abaixo da bissetriz, no ponto E.
Por sua vez, a função poupança, ilustrada na figura 5, mostra a relação entre o
nível de poupança e o rendimento.
Esta função é
obtida através da
subtração do consumo ao
rendimento e, portanto, é
o reverso da função
consumo.
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𝑪 𝑺
𝑷𝑴𝒈𝑪 = 𝑷𝑴𝒈𝑺 =
𝒀 𝒀
𝑷𝑴𝑪 + 𝑷𝑴𝑺 = 𝟏
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G – CONSUMO PÚBLICO
A variável G designa o consumo público, consumo coletivo, gastos do Estado ou
ainda despesa pública. Esta variável é determinada diretamente pelas decisões da despesa
do Estado na vertente da Economia Política. Neste caso, estamos a fazer referência a toda
a despesa do Estado na aquisição de bens e serviços incluindo por exemplo, quando o
Estado paga o salário a um professor, está a incorrer numa despesa com a educação,
quando adquire material bélico incorre numa despesa com a Defesa Nacional, quando
paga o vencimento de um juiz incorre numa despesa com a Justiça, que deverão ser
incluídas nesta variável macroeconómica.
Não obstante ser o Estado o único interveniente neste tipo de consumo, o mesmo
terá de ter em atenção o nível de consumo a que se dispõe, pois na eventualidade de ser
exacerbado poderá incorrer num desequilíbrio das Contas Públicas colocando em causa
um dos grandes objetivos macroeconómicos que é o Equilíbrio das Contas Públicas.
Assim sendo uma política orçamental rigorosa é de enorme importância, na medida em
que se existir um rigor na sua execução na ótica da despesa, isso irá contribuir na
persecução dos grandes objetivos macroeconómicos.
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I – INVESTIMENTO
A variável I, respeita ao investimento, sendo a 2ª maior componente da despesa
privada e desempenha 2 papeis fundamentais. Primeiro sendo uma componente de
despesa grande e volátil, variações acentuadas no investimento podem ter enorme
influência na procura agregada, afetando o produto e o emprego a curto prazo. Em
segundo lugar, conduz à acumulação de capital, aumentando o produto potencial de um
país, promovendo o crescimento económico no longo prazo.
I = Investimento autónomo
𝑰 = 𝑰 − 𝒌𝒓 r = taxa de juro
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anual. Sendo positivo significa que estamos numa situação em que ganhamos dinheiro
com o investimento. Por contraposição se for negativo há uma perda de dinheiro.
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Quanto à aquisição de valores, esta respeita a ativos que não são em primeira
instância para consumo ou produção, mas que servem essencialmente como reserva de
valor; são, portanto, bens que não se deterioram no tempo e para os quais é expectável
um movimento de apreciação (metais preciosos, antiguidades, objetos de arte, …).
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O fato da quebra deveu-se a crise económica que acaba por surgir no decorrer de 2010.
O investimento do privado desacelerou mais cedo por falta de confiança e de perspetiva
futura tentando o público acarretar com a diferença. Não obstante os esforços e face à
necessidade de financiamento do estado português, este viu se obrigado também a reduzir
o seu nível de investimento na ótica da despesa.
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(X – M) – BALANÇA COMERCIAL
As duas últimas componentes da equação da despesa respeitam às relações da
economia com o exterior (X representa as exportações e M reflete o valor das
importações).
À soma das componentes da despesa que exclui as relações com o exterior dá-se
o nome de procura interna. A procura interna é uma soma cujas parcelas são o consumo
privado, o consumo público e o investimento; desta forma, considera-se toda a despesa
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A ótica da despesa para cálculo do PIB será aquela que contabiliza o valor dos
bens a posteriori, quando eles são objeto de transação no mercado. Assim sendo, o
respetivo valor do PIB que é encontrado é já um valor a preços de mercado. A preços de
mercado estarão também avaliadas cada uma das componentes da despesa que
considerámos, ou seja, tal como o PIB, consumo privado, consumo público, investimento,
exportações e importações são valores monetários que representam medidas agregadas
ou macroeconómicas.
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No quadro acima exposto podemos verificar que Portugal apresentou até ao ano
de 2010 um saldo deficitário da balança comercial. Após esse mesmo ano conseguimos
reverter para valores positivos, mas continuamos a estar muito dependentes das
importações. Num futuro próximo, i.e., no decorrer deste ano, iremos muito certamente
voltar a um estado deficitário em virtude da nossa forte exposição ás importações e
também por consequência da diminuição das exportações.
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A curva tem um declive negativo porque podemos concluir que, ao haver, uma
queda nos preços faz aumentar a quantidade total de bens e serviços procurados,
mantendo-se os outros fatores constantes.
Assim:
• Para uma taxa de inflação superior, só haverá equilíbrio simultâneo dos dois
mercados, se o produto for menor.
• Para uma taxa de inflação inferior, só haverá equilíbrio simultâneo dos dois
mercados, se o produto for maior.
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Esta, tem uma inclinação decrescente, devido ao efeito da oferta da moeda, uma
vez que, com o aumento da inflação ocorre uma diminuição do poder de compra. O PIB
nominal aumenta pela ilusão monetária e, quanto maior a inflação, maior será a taxa de
juro, o que conduz a uma redução na capacidade de investimento. O aumento da inflação
também conduz a uma menor competitividade, uma vez que o aumento dos preços origina
uma estagnação do comércio com o exterior, ocorrendo um deslocamento ao longo da
curva da procura agregada, como demonstra a figura 9.
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Esses fatores vão desde a política monetária, que está relacionada com a oferta da
moeda e a taxa de juro (uma diminuição da taxa de juro origina um aumento da procura
e da concessão de crédito pelos bancos), à política orçamental, onde o aumento dos gastos
públicos faz aumentar a procura agregada, ou seja, o investimento, e, por fim, as variáveis
exógenas, como a evolução tecnológica, o rendimento externo, entre outros.
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CONCLUSÃO
Uma das variáveis mais importantes da economia: a procura agregada é
essencialmente importante para que consumidores, produtores e Estado saibam os preços
dos bens e serviços que pretendem comprar. Esta serve como parâmetro para um futuro
planeamento económico a realizar com as compras, sem comprometer o
rendimento/orçamento.
A procura agregada é a soma de cada uma das variáveis da economia, ou seja, esta
contabiliza o total de bens e serviços de uma determinada economia, em que os
consumidores, as empresas e o Estado estão dispostos a comprar. Esta representa ainda o
gasto total, o famoso Produto Interno Bruto (PIB), segundo a ótica da despesa.
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BIBLIOGRAFRIA
WEBGRAFIA
FEP (). Disponível em:
https://www.fep.up.pt/disciplinas/1g202/complementar/AS%20AD.pdf
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