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PARTE III – MACROECONOMIA

3.1 INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA


A macroeconomia é campo de estudo das ciências econômicas, com um enfoque mais
amplo acerca de sua análise, cujo o principal objetivo é um diagnóstico mais global podendo
ser nacional ou regional como um todo. A Macroeconomia trata da evolução da economia
como um todo, busca-se uma análise dos grandes correlacionados como: os produtos
nacionais, produto interno bruto investimentos, renda nacional, emprego e desemprego,
comércio internacional, estoque de capital e taxas de juros. Dentre os objetivos desse campo
de estudo, estão o aumento de empregos, preços estabilizados, distribuição de renda, entre
outros.

3.1.2 Diferenças entre Macroeconomia e Microeconomia


O estudo Macroeconômico busca analisar grandes agregados econômicos, tendo em
vista uma investigação mais ampla e global, diferentemente da Microeconomia que possui
uma análise mais profunda a respeito das unidades econômicas individuais, tais como família
e firmas. Em essência, o significado de Macroeconomia está diretamente conectado à forma
como a economia de um país funciona e, a esse conjunto de análises, estão reunidas também
as medidas políticas aplicadas. A macroeconomia possui um olhar voltado a movimentações
coletivas e globais.

3.2 AS PRINCIPAIS METAS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA


A) Alto nível de emprego;
B) Estabilidade de Preço;
C) distribuição de renda justa;
D) Crescimento econômico

3.2.1 Alto nível de emprego


O nível de emprego elevado, associado à desaceleração do crescimento econômico,
esconde um dos maiores males da economia brasileira, a baixa produtividade. Para que haja
garantia no crescimento sustentado e melhoria da competitividade do país no médio e longo
prazo, é essencial uma mudança profunda nas práticas e valores com o intuito de focalizar no
aumento da produtividade.
3.2.2 Estabilidade de preços
Pode-se definir a inflação como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de
preços. Por que a inflação acarreta instabilidade nos preços? Porque A inflação pode distorcer
preços relativos, reduzir investimentos, atrapalhar o planejamento de longo prazo,
redistribuição de renda, entre outros efeitos nocivos.
Portanto é notório a necessidade de políticas econômicas que tenham por objetivo a
estabilidade do comportamento do nível geral de preços.

3.2.3 Distribuição equitativa de renda


Na economia, distribuição de renda é o modo como se processa a repartição
da riqueza e dos bens socialmente produzidos, entre os habitantes e entre os diferentes níveis
da população de um país ou região.
A forma mais tradicional de se medir o desempenho da economia de um país é pela
análise de seu Produto Interno Bruto - PIB e de seu corolário, a renda per capita - que nada
mais é o que o valor do PIB dividido pelo número de habitantes.

3.2.4 Crescimento econômico


O crescimento econômico pode ser definido como o aumento sustentado de uma
unidade econômica durante um ou vários períodos longos. A sua avaliação faz-se através da
análise de certos índices: Produto Interno Bruto (PIB) ou Produto Nacional Bruto (PNB).
São fatores Macroeconômicos que alertam sobre o crescimento econômico são: a
Inflação, Produto Interno Bruto (PIB) e variações nas taxas de juros, balança comercial,
desemprego e consumo da população.

3.3 ESTRUTURA DA ANÁLISE MACROECONÔMICA


• A estrutura Macroeconômica, tem como sua finalidade entender quais
elementos alteram a realidade econômica do país.
• Bens e serviços: indica os preços de produtos serviços, além da quantidade da
produção nacional.
• Mercado de trabalho: mede quanto as pessoas estão conseguindo participar no
mercado de trabalho, quanto tempo estão levando para isso e o número de
pessoas fora dele. Além de regular os valores dos salários e se a oferta de
profissionais de uma certa profissão está aumentando ou diminuindo.
• Monetário: analisa a inflação do país, assim como a oferta (impressão de papel
pelo Banco Central) e a demanda da nossa moeda.
• Títulos: observa quem lucra ou tem prejuízo com investimentos.
• Divisas: avalia a balança comercial do país, ou seja, os volumes de
importações e exportações, além das transferências de dinheiro associado a
essas transações.

3.4 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA.

3.4.1 Política Fiscal


A política fiscal pode ser definida como o planejamento orçamentário do Estado. O
orçamento nada mais é que a diferença entre as receitas e despesas em um período. Quando as
receitas são maiores que os gastos, tem-se um superávit e quando as receitas são menores, um
déficit
3.4.2 Política Monetária
A Política Monetária tem por objetivo o controle da quantidade de moeda em
circulação na economia. As medidas impactam diretamente na inflação e na taxa de juros do
país, estimulando ou retraindo a economia.
Deste modo, as decisões de política monetária podem ser moldadas através de
mudanças na taxa de juros de curto prazo definida pelo Banco Central. Estas mudanças
afetam o produto real por meio de variáveis como oferta de crédito, riqueza, renda, taxa de
câmbio real e custo de capital.

3.4.3 Política cambial e comercial


A política cambial é um conjunto de medidas que um país adota em sua moeda,
visando controlar sua relação com as moedas estrangeiras.
• o Banco Central decide sobre qual política adotar para o câmbio da moeda no país,
entre câmbio flutuante ou câmbio fixo, ou em banda cambial:
• Câmbio flutuante é quando o preço da moeda varia livremente no mercado de moedas;
• Câmbio fixo acontece quando o preço da moeda possui um preço único face às outras
moedas;
• Banda cambial a moeda flutua, porém com um limite superior e um inferior,
funcionando como uma mistura dos regimes fixo e flutuante.
3.4.4 Política de rendas
A política de rendas consiste na interferência do governo nos preços e salários
praticados pelo mercado. O governo também pode controlar o valor dos salários pagos em
uma sociedade. No Brasil o melhor exemplo se dá pela fixação do salário mínimo. O objetivo
dessa política era a de garantir o poder de compra dos trabalhadores contra os efeitos da
inflação.

3.5 DESENVOLVIMENTO DA MACROECONOMIA


Na atualidade, o maior desafio da macroeconomia no Brasil é encontrar uma maneira
de contrapor-se à desaceleração do nosso crescimento. Uma política de promoção de
empregos, que almeja alcançar o pleno emprego na sociedade, faz com que o trabalhador
desenvolva a sua atividade sem a preocupação da escassez do emprego.

3.6 CONTABILIDADE SOCIAL


A contabilidade social é um segmento da ciência contábil que visa mensurar os
principais conjuntos de grandezas e variáveis definidos pela macroeconomia.

• Produto Nacional (PN): soma de todos os bens e serviços produzidos em um


período;
• Despesa Nacional (DN): soma das despesas feitas na compra de bens e
serviços finais em um período;
• Renda Nacional (RN): soma dos rendimentos pagos trabalhadores, empresários
e donos dos fatores de produção pela utilização de seus serviços em um
período;
• Dessa forma, a equação básica da contabilidade social será:
• Produto Nacional (PN) = Despesa Nacional (DN) = Renda Nacional (RN);

3.7 O FLUXO CIRCULAR DE RENDA


O fluxo circular de renda mostra como a economia gira e quais relações estão
envolvidas nas trocas de dinheiro, bens e serviços. Com um simples diagrama, você consegue
visualizar os principais agentes; como famílias, empresas, sistema financeiro e governo e suas
relações dentro do sistema econômico.
No fluxo circular de renda citado a acima, tem-se os agentes essenciais do
macroambiente econômico:
• Mercado de bens e serviços: onde as empresas oferecem bens e serviços, que
são adquiridos pelas famílias e indivíduos
• Mercado de fatores de produção: fatores como o trabalho, terra ou capital,
oferecidos pelas famílias, que são contratados ou adquiridos pelas empresas.

Dessa forma, pode-se identificar dois tipos de fluxos de riquezas:


• Fluxo real: representa os bens e serviços ofertados pelas empresas para as
famílias, que por sua vez são custeados pelos fatores de produção
• Fluxo monetário: representa o dinheiro que circula como renda para as famílias
e receita para as empresas, na direção contrária dos bens e serviços.

3.7.1 Economia a dois setores sem formação de capital


Nessa economia simplificada, supõe-se que os únicos agentes são as empresas (que
produzem bens e serviços) e as famílias (que recebem rendimentos pela prestação de serviços)

3.7.2 Economia a dois setores, com formação de capital


No fluxo circular básico de renda, ou no modelo de fluxo circular de renda de dois
setores, o estado de equilíbrio é definido como uma situação em que não há tendência para os
níveis de renda , gasto e produção para mudar, isto é:Isso significa que o gasto dos
compradores (residências) se torna renda para os vendedores (firmas).

3.7.3 Economia a três setores: o setor público


Economia a três setores: agrega-se o setor público, empresa pública é a pessoa jurídica
de capital público, instituído por um ente estatal, com finalidade prevista em Lei. A finalidade
é sempre de natureza econômica (lucro, em prol da comunidade)

3.7.3.1 Receita fiscal do governo

 Impostos Indiretos (Ti): incidem sobre bens e serviços. Exemplos: ICMS, IPI;

 Impostos diretos (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas). Exemplo: IR,
IPTU;
 Contribuições à Previdência Social: encargos trabalhistas recolhidos de empregados e
empregadores;

 Outras receitas do governo: taxas (por exemplo, pedágios), multas, aluguéis etc.

3.8 ECONOMIA A QUATRO SETORES: O SETOR EXTERNO


Exportações são as compras de países estrangeiros de nossos bens e serviços, que há,
gastos do setor externo com nossas empresas.
Importações são compras feitas pelo nosso país com bens do exterior, quanto gastamos
com o resto do mundo. Parte da renda gerada se esgota para fora do país.

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