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I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA

A Macroeconomia – estuda a economia como um todo, ou seja, actuando nos indicadores


calculados pela Contabilidade Nacional.
PNB, Despesa interna, evolução dos preços, taxa de desemprego, Balança de pagamentos e
outras variáveis macroeconómicas.
A Macroeconómia, com base nas informações fornecidas pela Contabilidade Nacional, analisa
questões como:
Quais os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia real, nomeadamente, sobre o
PIB de um país ou sobre as despesas de consumo das famílias.
GUESTÕES MICROECONÓMICAS QUESTÕES MACROECONÓMICAS
1. Qual é a taxa de emprego no sector têxtil?
1. O que determina a remuneração a 2. O que determina o nível de preços de uma
pagra pela empresa têxtil do Norte? economia?
2. Quais os factores a considerar na 3. Quais os factores que condicionam a fixação
fixação de um preço de um bem ? do salário mínimo nacional?
3. Um desempregado vai frequentar um 4. Quais as medidas a tomar p/ Governo p/
curso de formação ou arranjar um promover o emprego e o crescimento
emprego ? económico em Angola?
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
• A MACRECONOMIA – estuda o nível geral de preços, ignorando – se as
mudanças de preços relativos de bens das diferentes indústrias.
• A Teoria macroeconómica, preocupa- se mais com questões
conjunturais, de curto prazo, e são considerados o desemprego (
entendido como a diferença entre a produção efectivamente realizada
e a produção potencial da economia, quando todos os recursos
estejam totalmente empregados)
• E a inflação entendida como o aumento generalizado e contínuo do
nível geral de preços )
• Enquanto que o comportamento dos grandes agregados ao longo
prazo do tempo é denominada teoria de crescimento e
desenvolvimento económico.
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA

 METAS DE POLÍTICA MACROECONÓMICA


a ) alto nível de emprego;
b ) estabilidade de preços;
c) distribuição equitativa de renda;
d) Crescimento económico.

 As questões relativas ao emprego e à inflação são


consideradas como conjunturais, de curto prazo, constituindo
– se nas chamadas politicas de estabilização.
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
 ALTO NÍVE DE EMPREGO: a questão do desemprego, que
eclodiu aquado da grande depressão ( nos anos 29 / 33 ) é que
permitiu umaprofundamento da análise da politica económica
com o objectivo de fazer a economia recuperar o nóvel de
emprego.
A título de exemplo o PNB nos E.U.A caiu, 30% e a taxa de
desemprego chegou a 25% da força de trabalho e 1933.
 Assim, a figura de proa foi o economista inglês John Keynes,
cujo livro “ A teoria geral de emprego, do juro e moeda( 1936 )
representa um marco na história económica.
 Todavia, foi a partir de sua colaboração que a politica
macroeconómica atinge o apogeu.
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
 ESTABILIDADE DE PREÇOS – Por que a inflação é um problema?
A inflação acarreta distorções principalmente sobre a distribuição de
renda, expectativas empresariais, mercado de capitais e sobre o Balanço
de Pagamentos.
É aceitável que uma inflação moderada é inerente aos ajustes de uma
sociedade dinámica, em crescimento.
Na tentativa de os países subdesenvolvidos alcançarem de forma rápida
estágios mais avançados de desenvolvimento está implicito a acorrência
de tensoes de custos que levam a aumentos no nível geral de preços,
para alcançar umcrescimento económico sustentável.
Uma vez que, os recursos produtivos tendem a fiacr no limite de sua
utilização, o que gera normalmente tensões inflacionista.
Assim, surge a necessidade de politicas económicas que tenham por
objectivos a estabilidade do comportamento do nível geral de preços.
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
 DISTRBUIÇÃO EQUITATIVA DE RENDA:
• No Brasil existiu nos anos 67/73 o que designou de Teoria do Bolo, a
luz do milagre económico, esta teoria do bolo sustentava advogava
que primeiro crescer, para depois pensar em repartição da renda.
• O Governo Brasileiro admitia um certo grau de aumento de
crescimento de concentração de renda seria inerente ao próprio
desenvolvimento capitalista, que traz transformaçõesestruturais(
êxodo rural, com trabalhadores de pequena qualificação, aumento da
proporção de jovens.
• Convém, realçar que ocorreu naquele período a maior concentração
de renda, mas a renda média de todas as classes aumentou.
• O curioso é que, embora os menos qualificados tenham melhorado
seu padrão de vida, os mais qualificados melhoraram relativamente
mais.
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
 CRESCIMENTO ECONÓMICO – Se existe desemprego e capacidade ociosa,
pode – se aumentar o produto nacional por meio de politicas económicas
que estimulem a actividade produtiva.
No entanto, há um limite à quantidade que se pode produzir com os recursos
disponíveis. Aumentar o produto além desse limite exigirá:
Ou aumento nos recursos disponíveis;
Ou avanço tecnológico ( ou seja tecnologia mais avançada, novas maneiras
de organizar a produção).
 O crescimento económico é o aumento da renda nacional per capita, isto
é, desde que seja colocada à disposição da colectividade uma quantidade
de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional.
Um país melhora realmente seu nível de desenvolvimento económico e
social se, juntamente com o aumento da renda per capita, estiver também a
melhorar os indicadores sociais ( pobreza, desemprego, meio ambiente,
moradia etc. )
INSTRUMENTO DE POLÍTICA MACROECONÓMICA
• A politica macroeconómica envolve a actuação do governo
sobre a capacidade produtiva ( produção agregada ) e despesa
planeada ( demanda agregada ), com objectivo de permitir à
economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de
inflação e distribuição justa de renda.
• Os principais instrumentos são:
Politica fiscal;
Politica monetária;
Politica cambial e comercial;
Politica de rendas ( controle de preços e saláios )
INSTRUMENTO DE POLÍTICA MACROECONÓMICA
• Politica fiscal – são todos instrumentos de que o governo dispõe para
arrecadar impostos ( Politica tributária) e controle de suas despesas (
politica de gastos).
• A Receita fiscal do Governo – a arrecadação fiscal do governo constitui
– se nas seguintes receitas:
 Impostos indirectos (Ti ) : incidem sobre bens e serviços: Exemplos:
IVA, ISC;
Imostos directos ( Td) incidem sobre as pessoas ( fisicas e juridicas.
Exemplo; IRS / IRT ( Singular ) e IRC ( Empresa )
Contribuições à Previdência Social : Encargos trabalhistasrecolhidos de
empregados e empregadores;
Outar receitas do Governo : taxas ( por exemplo, multas, aluguéis )
INSTRUMENTO DE POLÍTICA MACROECONÓMICA
• Gastos do Governo.
• Nas contas Nacionais, são considerados três tipos de gastos
governamentais:
• 1. Gastos dos ministérios, secrearias e autarquias, cujas receitas
provém de dotações orçamentais;
• Como os serviços do governo ( bens públicos, como justiça,
segurança, diplomacia) não tem preço de venda;
• o produto gerado pelo governo é medido por suas despesas
correntes ( salários , compras de materiais) para a manutenção da
máquina admnistrativa;
• Despesa de capital (aquisição de equipamentos, construção de
estradas, hospitais, escolas, prisões).
INSTRUMENTO DE POLÍTICA MACROECONÓMICA
• 2. Gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista: como
suas recitas provém da venda de bens e serviços no mercado, actuando
como empresas privadas, são consideradas, nas Contas Nacionais, dentro
do Sector de Produção( junto com as empresas privadas ). Exemplo:
Sonangol, TAAG.
• 3. Gastos com transferências e subsídios : Representam apenas uma
transferências do sector público ao sector privado, não tendo
correspondência com a renda corrente( não são uma remuneração a factor
de produção)
• São os pagamentos a aponsentados, abono de família, bolsas de estudos às
familias, além dos subsídios ao sector privado, com o objectivo de baixar o
preço de algum produto básico (trigo, leite) ao consumidor final.
• Se os gastos superarem a arrecadação, temos o conceito de déficit fiscal
• Se a arrecadação superar os gastos públicos temos um superavit fiscal.
INSTRUMENTO DE POLÍTICA MACROECONÓMICA
• Se o objectivo da politica for redução da inflação, as medidas
fiscais utilizadas são a diminuição de gastos públicos e/ ou o
aumento da carga tributária ( o que inibe o consumo e o
investimento ),ou seja, visam os gastos da colectividade.
• Se o objectivo for maior crescimento e emprego, as medidas
fiscais seriam no sentido inverso, para elevar a demanda
agregada.
• Para uma politica que visa melhorar a distribuição de renda,
esses instrumentos devem ser utilizados de forma selectiva, em
benefício dos grupos menos favorecidos, por exemplo,
impostos progressivos, gastos do governo em regiões e
sectores mais atrasados.
INSTRUMENTO DE POLÍTICA MACROECONÓMICA
• POLITICA MONETÁRIA:
• Diz respeito à situação do governo sobre a quantidade de
moeda, e de crédito e das taxas de juro.
• Os instrumentos disponíveis para tal são:
 Emissões;
Reservas obrigatórias ou legal ( percentual sobre os depósitos
que os bancos comerciais devem reter junto ao Banco Central);
Open market e venda de títulos públicos;
Redesconto ( empréstimo do Banco Central aos bancos
comerciais);
Regulamentação sobre crédito e taxa de juros.
INSTRUMENTO DE POLITICA MONETÁRIA
 Se o objectivo for o controle da inflação, a medida de politica
monetária seria diminuir ( enxugar / secagem ) o stock monetário da
economia por exemplo, aumento da taxa de resrva obrigatória, ou
venda de títulos no Open Market.
 Se a meta é o crescimento económico, seris o inverso.
 As politicas monetárias e fiscal representam meios alternativos
diferentes para as mesmas finalidades.
 A politica económica deve ser executada mediante uma combinação
adequada de instrumentos fiscais e monetários.
 Todavia, pode – se dizer que a politica fiscal apresenta maior eficácia
quando o objectivo é a melhoria da distribuição de renda;
 Assim, isso pode ser obtido via taxação das rendas mais altas e
aumento dos gastos do governo com destinação a sectores menos
favorecidos.
POLITICA CAMBIAL E COMERCIAL
• São politicas que actuam sobre as variáveis relacionadas
a economia aberta ( ao sector externo da economia.
 A politica cambial refere – se ao controle do Governo
sobre a taxa de câmbio ( câmbio fixo, flutuante, etc)
 A politica comercial diz respeito aos instrumentos de
incentivo ás exportações e/ ou estimulo/ desestímulo às
importações, sejam ( direitos aduaneiros, preços
minimos, estabelecimento de quotas etc.)
POLITICA DE RENDAS( CONTROLE DE PREÇOS E SALÁRIOS)
• Os controles sobre os preços e salários situam – se no
âmbito peculiar de politica económica.
• Contudo, nesses controles, os agentes económicos ficam
proibidos de levar a cabo o que fariam, em resposta a
influências económicas normais de mercado.
• Normalmente, eeses controles são utilizados como
politica de combate à inflação.
• Esses controles também são denominados “ Politicas de
rendas” no sentido de que influencia directamente sobre
as rendas ( salários, lucros,juros, aluguel ).
INSTRUMENTO DE POLITICA MONETÁRIA
• A politica monetária é mais difusa e genérica, no aspecto
distributivo.
• A politica monetária apresenta uma vantagem em relação a
politica fiscal que se traduz numa eficácia imediata, dado que
depende apenas de decisões directas das autoridades
monetárias, enquanto que a implementação de politicas fiscais
depende da votação da Assembleia Nacional.
• Logo aumenta a defasagem entre a tomada de decisão e a
implementação das medidas fiscais.
• Acresce, as politicas fiscais só podem ser efectuadas no
próximo exercício fiscal( ou seja, no ano seguinte a sua
aprovação legal)ao princípio da anterioridade ou anualidade.
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
A Macroeconomia – estuda a economia como um todo, ou seja, actuando nos indicadores
calculados pela Contabilidade Nacional.
PNB, Despesa interna, evolução dos preços, taxa de desemprego, Balança de pagamentos e
outras variáveis macroeconómicas.
A Macroeconómia, com base nas informações fornecidas pela Contabilidade Nacional, analisa
questões como:
Quais os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia real, nomeadamente, sobre o
PIB de um país ou sobre as despesas de consumo das famílias.
GUESTÕES MICROECONÓMICAS QUESTÕES MACROECONÓMICAS
1. Qual é a taxa de emprego no sector têxtil?
1. O que determina a remuneração a 2. O que determina o nível de preços de uma
pagra pela empresa têxtil do Norte? economia?
2. Quais os factores a considerar na 3. Quais os factores que condicionam a fixação
fixação de um preço de um bem ? do salário mínimo nacional?
3. Um desempregado vai frequentar um 4. Quais as medidas a tomar p/ Governo p/
curso de formação ou arranjar um promover o emprego e o crescimento
emprego ? económico em Angola?
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
A Macroeconomia – estuda a economia como um todo, ou seja, actuando nos indicadores
calculados pela Contabilidade Nacional.
PNB, Despesa interna, evolução dos preços, taxa de desemprego, Balança de pagamentos e
outras variáveis macroeconómicas.
A Macroeconómia, com base nas informações fornecidas pela Contabilidade Nacional, analisa
questões como:
Quais os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia real, nomeadamente, sobre o
PIB de um país ou sobre as despesas de consumo das famílias.
GUESTÕES MICROECONÓMICAS QUESTÕES MACROECONÓMICAS
1. Qual é a taxa de emprego no sector têxtil?
1. O que determina a remuneração a 2. O que determina o nível de preços de uma
pagra pela empresa têxtil do Norte? economia?
2. Quais os factores a considerar na 3. Quais os factores que condicionam a fixação
fixação de um preço de um bem ? do salário mínimo nacional?
3. Um desempregado vai frequentar um 4. Quais as medidas a tomar p/ Governo p/
curso de formação ou arranjar um promover o emprego e o crescimento
emprego ? económico em Angola?
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
• A actividade ecnómica pode ser observada segundo três ópticas
diferentes:
 Óptica do produto – A necessidade de satisfazer as necessidades dos
consumidores conduz à produção.
 Óptica do rendimento – A produção cria riqueza e os rendimentos
que origina são repartidos pelos factores produtivos intervenientes,
mna forma de salãrios, lucros, juros, e rendas.
 Óptica da despesa - Os rendimentos são utilzados na aquisição de
bens e serviços.
 E que conduzem à seguinte identidade:
 Produto = Rendimento = Despesa
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
• Cálculo do valor do produto:
• Óptica do Produto – O valor do produto de uma economia é calculado
nesta óptica com base no método dos produtos finais ( despesa do
consumidor final ) e o método dos valores acrescentados.
• Segundo este último método, o valor a apurar tem por base o
contributo que cada unidade produtiva tem para o produto.
• O valor acrescentado por cada unidade produtiva é igual à diferença
entre o valor da produção realizada e o valor dos inputs utilizados para
essa produção.
• O valor do ptroduto resulta da soma dos valores acrescentados pelas
diferentes unidades de produção.
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
• PIBcf = 𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓𝒆𝒔 𝒂𝒄𝒓𝒆𝒔𝒄𝒆𝒏𝒕𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒅𝒂𝒔 𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒔 𝒊𝒏𝒔𝒕𝒊𝒕𝒖𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔.
• O valor acrescentado traduz a capacidade de criação de riqueza por cada
unidade institucional
O indicador económico global que se obtém é o produto interno bruto.
PIB = 𝑽𝑨𝑩 + 𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝑰𝒏𝒅𝒊𝒓𝒆𝒄𝒕𝒐𝒔 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒐𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒐𝒔 − 𝑺𝒖𝒃𝒔í𝒅𝒊𝒐𝒔
O PIB é avaliado a preço de mercado.
O VAB é avaliado a preços base ( custo dos factores e os impostos indirectos sobre
a produção líquida de subsídios).
O PIB pode ser, ainda, determinado segundo o método dos produtos finais e
correspondea somatório dos bens destinados ao consumo das famílias ou do
Esdtado, a investimento ( máquinas e investimentos ), ao consumo das empresas (
matérias primas ) e os destinados exportação.
Não são considerados os bens de consumo intermédio.
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
• Exe:0 1 - Produção de um determinado país em 2020:
RAMO DE ACTIVIDADE VAB VALOR TOTAL DA PRODUÇÃO
Primário 400 800
Secundário 500 1400
Terciário 1200 2700
• O valor dos impostos sobre os produtos liquidos de subsídios é de 60
milhões de euros.
• PIB seria : 400 + 500 + 1200 + 60 = 2160 milhões
• Exe: 02 – Suponhamos que o país Y só produz pão com a utilização de
matérias – primas ( trigo e centeio) e matéria subsidária ( fermento,sal
e água):
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
SECTOR DE ACTIVIDADE Produção CONSUMO INTERMÉDIO VAB
Agricultores 70 70
Moleiro 120 70 50
PanificaçãO 200 120 80
Supermercado 35O 200 15O
PIB
• 350
• VABpb = VABcf + Impostos Indirectos liquidos ligados à produção ( Impostos
Indirectos ) – Subsídios;
• PIB = = 𝑽𝑨𝑩 + 𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝑰𝒏𝒅𝒊𝒓𝒆𝒄𝒕𝒐𝒔 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒐𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒐𝒔 − 𝑺𝒖𝒃𝒔í𝒅𝒊𝒐𝒔
I – NOÇÕES DE MACROECONOMIA
• ÓPTICA da DESPESAS – Processo de cálculo da produção que permite saber como
é que o país dispõe da produção realizada. Desp. Interna ( DI ) e a Desp. Nacional (D N )
• Consumo privado ( C ) = 95.897 Saldo do rendimento c/
Famílias = 95.000
exterior : 1.000 milões
ISFLSF = 897
Consumo Público ( G ) = 31.123 Procura interna = C + G + I
Investimento ( I ) = 32. 886 Procura Global = P. I . + X
FBCF = 32.000 PIB = DI
Variações de existências = 886 PNB = DN
Exportações ( X ) = 42.000 DN = PNB = PIB + Saldo do
Importações ( M ) = 54. 892 rendimento C/ exterior
PIB = DI = 147014
Logo: PNB = 147.014 + 1.000
Procura Interna = 159.906
Procura Externa = 42.000 = 148.014.
PROCURA GLOBAL = 201.906
NOÇÕES DE MACROECONOMIA
• ÓPTICA Do RENDIMENTO – O PIB corresponde ao total dos rendimentos brutos
dos factores produtivos utilizados no território nacional durante um determinado
período. Os rendimentos formados na produção são:
 Remuneração do trabalho – Ordenados e outros custos associados ao factor
trabalho como prémios de proditividade, ajudas de custo, etc. ;
 Excedente Bruto de Exploração ( EBE ) – Rendas, juros e lucros.
 A soma dos montantes que as grandezas anteriores apresentam permite
calcular o PIB avaliado a custo dos factores da produção.
Por sua vez, o PIB avaliado a preços de mercado é calculado desta forma:
 PIB = PIBcf Impostos + Subsídios sobre os produtos.
Se subtrairmos as depreciações ( desgaste e absolescência do stock de capital ),
obtemos o Produto Interni Liquido)
Este montante exprime o valor deduzido do desgaste. Assim, temos
RI= PILcf = PIBCF – Depreciações.
NOÇÕES DE MACROECONOMIA
ÓPTICA DO PRODUTO
Valor Acrescentado Bruto 166.679,36
Imposto Indirectos Líquidos de Subsídios 25.249,85
Bruto Interno Bruto ( B.I. B. ) 191.929,21
ÓPTICA DA DESPESA
Consumo Privado ( C ) 125.361,54
Consumo Público ( G ) 39.840,00
FBCF 41.290,43
Variação de existências ( V E ) 397,16
Exportações ( X ) 60.022,70
Importações ( M ) 74.982,62
DI = PIB
191.929,21
ÓPTICA Do RENDIMENTO
Remunerações 97.972,79
Impostos líquidos de subsídios à prod. E Imp. 13.100,42
Excedente bruto de exploração 80.856,00
PIB 191.929,21
NOÇÕES DE MACROECONOMIA
A partir da óptica do rendimento, podemos apurar o rendimento disponível , que
não é mais do que a parte do rendimento nacional total que as famílias têm
disponível para consumo ou poupança, já depois de deduzidos os impostos e da
adição das transferências do Estado ( subsídio de desemprego, abono de família )
 Rendimento Disponível ( RD ou Yd ) = Rendimento das famílias – IRS – Multas –
Segurança Social + Transferências internas ( Subsídios ) + Transferências externas (
Remessas de emigrantes)
 Assim, traduz o rendimento colocado à disposição das famílias de um país e que
está na base da sua aplicação em consumo e poupança.
 O PIB agrupa o montante da produção realizada no país, se considerarmos o
território económico, pelo unidades produtivas nacionais e estrangeiras a
desenvolver actividades económicas há mais de um ano.
O PNB agrupa o montante da produção realizada por unidades produtovas
nacionais, mesmo que utilizem os factores produtivos do território económico. .
NOÇÕES DE MACROECONOMIA
PNB = PIB + Saldo do rendimento com o exterior
O saldo anterior representa o fluxo liquido de rendimento de factores de
produção recebidas do exterior, ou seja, o rendimento dos factores utilizados no
exterior e de propriedade dos residentes, deduzido do rendimento dos factores
utizados no território nacional pertencentes a não residentes.
Produto bruto e Produto líquido:
 O valor do produto se não lhe foi deduzido o valor das amortizações ( montante
necessário para substituir o equipamento depreciado e repor assim a capacidade
produtiva e será líquido se for deduzido esse consumo de capital fixo.
PNL = PNB – amortizações
 PIL = PIB – Amortizações
O PIB nominal é medido a preços correntes de mercado
 O PIB real é calculado a preços correntes – calcula – se o númer de automóveis e
mutipica –se pelo preço dos automóveis num dado ano base ( por ex: ano 2000)
NOÇÕES DE MACROECONOMIA
• A medição do produto pelas òpticas da produção, da despesa e do
rendimentodão origem à definição de alguns agregados económicos, que
mantêm relações contabilísticas entre eles. Os mais importantes são:

1.PIB = soma dos VABs = soma dos valores dos bens e serviços finais
2.PIBpm = PIBcf + Impostos indirectos – subsidios
3.PIB = PIB + rendi. do resto do mundo – rendim. p/ o resto do mundo
4.PIL PIB – Amortizações
5.DI = C + G +I + X + M
6.DI = PIBpm
7.RN = PNLcf = PNBcf – amortizações
8.Yd = RN – lucros não distribuidos – T + Tr + RE
NOÇÕES DE MACROECONOMIA
• Exer. 01 ( resolvido )
• Considere os seguintes valores relativos a uma determinada economia 2020:
Preços Correntes ( Em milhões EUR ) Pretende – se :
• Consumo Privado ( C ) = 7.650 a ) Identifique a óptica de calculo da
• Consumo público ( G ) = 1.560 produção.
b ) calcule :
• Formação B. C. Fixo = 2.100 b. 1 ) A procura Interna
• Variações de exist. ( V A ) = 654 b.2) Procura global
• Exportações ( X ) = 3.100 b.3 ) PIB
• Importações ( M ) = 3.980 b.4 ) PNB
• Saldo de rendi c/ o exterior = - 598 b.5 ) O BNB a custo dos factores
C . 1 ) Calcule o PIB a preços constantes
• Impostos indirectos = 1.342 de 2020, sabendo que IPC
• Subsídios à produção = 193 correspondente foi de 112,5
NOÇÕES DE MACROECONOMIA
• RESOLUÇÃO:
• a ) Óptica da despesa
• b. 1 ) Procura Interna = 7650+1560 + 2100+ 654 = 11.964 Milhões EUR
• b. 2 ) Procura Global = PI + X → P.G = 11.964 + 3.100 = 15.064 milhões
• b . 3) PIB = DI = PG – M → 15.064 – 3.980 = PIB = 11.084
• b . 4 ) PNB = PIB - + Saldo rendimento c/ exterior → PNB = 11.084 -
+598 = 10.486 milões EUR.
• PNBcf= PNB – Impostos Indirectos + Subsídios → PNBcf = 10.486 –
1.342 + 193 = 9.337 milhões EUR
11084
• C. 1 = PIB real = × 100 = 9.852,44 milhões.
112,5
INFLAÇÃO E A DEFLAÇÃO
• O homem da rua tem uma ideia simples do fenómeno da inflação.
• Nesta abordagem pessoal, ele entende que há inflação quando verifica
que, com uma nota de 1.000 Akz, pode comprar cada vez menos bens
ou quando os seus rendimentos normais fixos são progressivamente
absorvidos mais velozmente com as despesas correntes.
• Assim, enquadra a inflação como um aumento de circulação fiduciária
como recurso do Governo para enfrentar os défices orçamentais do
País.
• Esta noção, embora incompleta, não se afasta muito da realidade, por
traduzir que há inflação quando a quantidade de moeda em
circulação aumenta sem que o volume dos bens permutáveis tenha
aumentado na mesma proporção.
INFLAÇÃO E A DEFLAÇÃO
 A inflação tem consequências graves:
 Provoca a depreciação da moeda e, consequentemente, a alta nível
geral de preços.
 Imagine – se que um país produz no valor de 100.000. milões de Akz
e que dispõe de uma circulação monetária de 20.000 milhões Akz.
 Assim, cada Kwanza em circulação representa a possibilidade de
compra de certo número de bens.
 Normalmente, diz – se que tem um certo poder de compra.
 Se o valor produzido não se alterar, mas a quantidade de moeda em
circulação passar para 40.000 milhões, cada Kwanza passará a ter um
poder de compra reduzido a metade.
 A moeda sofreu uma depreciação.
CAUSAS DA INFLAÇÃO
• 1º Excesso de moeda - o aumento da moeda em cisculação, sem o
correspondente aumento de bens e serviços, vai levar a um aumento
da procura, sem que haja um correspondente aumento da oferta, o
que irá conduzir a uma subida dos preços.
• 2º O aumento da procura – perante uma subida do nível de
rendimentos, o que determina um aumento da procura, se a oferta for
incapaz de responder de forma adequada, teremos um desequilíbrio
entre a oferta e a procura, o que irá pressionar a subida dos preços.
• 3º O aumento dos custos de produção – Ao explicar a inflação com o
aumento dos custos de produção.Por exemplo, o aumento do preço
mundial do petroléo foi considerado como causa de grande parte da
inflação. Assim, como aumento dos custos dos bens adequeridos
resultantes da desvalorização da moeda também pode provocar
inflação.
CAUSAS DA INFLAÇÃO
• 4º As expectativas dos agentes económicos – situações de receio de
uma eventual subida dos preços, face a fenómenos como conflitos
sociais e politicos, ou catástrofes naturais, por exemplo, podem levar
os agentes económicos a assumir comportamentos aceleradores da
subida generalizada dos preços. Por exemplo, o açambarcamento de
alguns produtores ( matérias - primas ) ou pelos distribuidores e
consumidores pode agravar a escassez de bens no mercado, traduzindo
– se por conseguinte, numa pressão inflacionista.
• 5º A inflação importada – a economia aberta origina o
estabelecimento de relações comerciais uns com os outros, se num
país se desencadear um processo inflacionista, este tenderá expandir –
se a todos os outros países que têm relações comerciais com o
primeiro. A inflação importada incide no aumento dos (custos das
matérias – primas, equipamentos) como pelo aumento dos preços dos
EQUAÇÃO GERAL DAS TROCAS OU QUANTITATIVA “ ERVIN FISHER
𝑉.𝑀. 𝑉𝑀
• ou P =
𝑃.𝑇. 𝑇
• V = Velocidade de circulação de moeda;
• M = quantidade de moeda existente num determinado período
• P = o nível Geral de preços
• T = Volume de Tranasações ( PIB )
 O que quer dizer que as despesas dos que compram
mercadorias ( MV ) são iguais às receitas dos que as vendem.
 a equação geral das trocas mostra – nos que o nível geral de
preços varia na razão directa da quantidade e da velocidade da
moeda e da razão inversa do número das transações.
MEDIDAS DE INFLAÇÃO
• Um índice de preços mede a evolução dos preços entre uma época –
base e uma época actual, passada ou futura.
• Assim, chama – se ano – base de um indice àquela que serve para
medir, em valor relativo, a variação da grandeza estudada.
• A fim de evitar decimais, o valor obtido é sempre multiplicado por 100.
• Exemplo: Se um indice de preços𝐴 =passa,
𝜋𝑟 2
no decurso de um período, de
100 para 130, diz – se que o poder de compra da moeda diminui 30%.
• 1. Índice particular e elementar, seja:
• P1 o preço de um produto determinado no momento actual ou época 1
• Po o preço do mesmo produto numa época – base 0, exprime – se pela
relação:
𝑃1
• 𝐼1/0 = × 100.
𝑃𝑜
MEDIDAS DE INFLAÇÃO
• Índice de preços no consumidor ( IPC ) ao indicador utilizado para
calcular a variação do custo de vida.
• Toma por isso em consideração um “ cabaz de bens de consumo
corrente”
• Taxa de inflação- é um indicador que permite medir a variação dos
preços entre dois períodos diferentes.
• Calcula –se dividindo o nível de preços de um determinado período
pelo nível geral de preços do período anterior.
𝑵í𝒗𝒆𝒍 𝒈𝒆𝒓𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒆ç𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝑷𝟏
• Taxa de inflação: × 100
𝑵í𝒗𝒆𝒍 𝒈𝒆𝒓𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒆ç𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝑷𝒐
• A taxa de inflação pode ser medida de um ano em relação a outro,
comparando os preços do mesmo mês em dois anos consecutivos.
• Assim, chama –se a esta taxa a taxa de variação homóloga
COMBATE À INFLAÇÃO
• A inflação é sempre um fenómeno complexo e como na sua explicação
concorrem vários factores.
• Podemos, todavia, destacar algumas medidas:
• 1º O controlo de preços – como o controlo não se pode manter
eternamente, se não forem tomadas outras medidas correctoras, corre
– se o risco de, uma vez liberalizados os preços, eles darem um salto
brutal. Foi o que aconteceu no Brasil com os chamados “ Planos
cruzado “ baseados numa congelação temporária dos preços e que
falharam redondamente.
• 2º O controlo dos rendimentos e dos consumos privados – visa
controlar o aumento dos salários e rendas. Este controlo provoca
custos sociais, geradores de tensões. Os governos raramente se
arrisquem a tomar tais medidas, sempre impopulares.
COMBATE À INFLAÇÃO
• 3º Subida das taxas de juro – o tornar o dinheiro caro, pretende – se fazer
diminuir a massa monetária massa em circulação. Mas se as taxas de juro dos
empréstimos forem elevadas, os empresários deixarão de investir em
equipamentos, originando um abrandamento de actividade económica e
alimentando, assim, a inflação pela dimuição da oferta.
• 4º Modernazição do sector produtivo – visa aumentar a competividade das
empresa e, consequentemente, a produtividadeo que implica a possibilidade de
descida dos preços. Com vista a quebrar a espiral inflacionista, em regra, os
salários sobem menos do que a produtividade.
5º Politica monetária restritiva - reduzindo a massa monetária em circulação,
impondo limites à concepção de crédito ou obrigando os bancos a aumentar a
reserva legal.
6º Controlo das despesas – nas sociedades modernas, o Estado tem um grande
peso, directo ou indirecto, na economia. Se ele limitar os seus gastos, tal repercutir
– se – à nos preços. Politica orçamental restritiva.
A INFLAÇÃO EM ANGOLA
• O indice de preços no consumidor, elaborado pelo INE, resulta de um conjunto de
24 produtos, sendo mensalmente analisados 14.700 preços em vários mercados
e lojas da capital angolana.
• A taxa de inflação em Luanda tem vindo a crescer acentuadamente nos últimos
anos, especialmente desde 2014, ano em que fixou
• Em 2020 a taxa de inflação atingiu 25% !!!! ( VER BEM ) b
INFLAÇÃO E A DEFLAÇÃO
 Se uma mercadoria se adquiria, antes do aumento da circulação
monetária , por 5 Kwanzas, agora , a sua aquisição exigirá maior
quantidade de moeda, o dobro.
 O preços elevaram – se, mas nem todos os preços sobem igualmente
nem o volume de transações acompanha o aumento dos valores
monetários, o que implica um grave desequilíbrio económico.
 Assim, só existirá inflação, quando o aumento de transações não se
der simultâneamente com o aumento de circulação monetária.
 Nas sequência das consequências da inflação temos:
 a alta dos preços incita os possuidores de bens a conservá –
los, armazenando –os , na convicção de que quanto mais tarde forem
transaccionados, maior quantidade de moeda proporcionarão;
INFLAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Favorece os devedores que - reembolsam as suas dívidas com maior
facilidade, em consequência de disporem de maior quantidade de
moeda.receberam dos credores moeda forte e pagaram a mesma
soma com moeda depreciada;
Prejudica os credores - porque recebem moeda com um poder de
compra inferior àquela que cederam;
Provoca o entesouramento do ouro e das moedas estrangeiras –
aqueles que possuem o seu “ pé – de- meia” procuram encontrar
meios mais seguros para as suas economias, como o ouro, que tem
sempre um valor comercial assegurado, ou as moedas estrangeiras.
 Gera a própria inflação porque, por exemplo, os assalariados, vendo
diminuir as suas aquisições dos artigos essenciais, reclamam aumentos
de salário, as empresas e o Estado aumentam, também, as suas
despesas e, para, assegurar esses meios de pagamento, aumenta - se a
circulação monetária.
INFLAÇÃO E A DEFLACÇÃO
• A DEFLÇÃO - é um fenómeno inverso da inflação e consiste,
portanto, em reduzir a quantidade de moeda em circulação de
modo a que esta se ajuste ao volume das transacções.
• A deflação deve operar – se gradualmente, com lentidão, o
contrário, correr – se – á o risco de provocar resultados
inversos dos que se pretendem atingir.
• A deflação, normalmente, efectua – se por partes, são:
A elevação da taxa de juro dos empréstimos;
A diminuição da facilidade de créditos bancários e descontos
de títulos;
A redução das despesas do Estado. ...... /.....

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