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FINANÇAS PÚBLICAS

ATRIBUIÇÕES ECONÔMICAS DO ESTADO


INTRODUÇÃO E DIREITO FINANCEIRO
❑ O orçamento é visto como plano das realizações da administração pública,
chamando a atenção para o seu importante papel como instrumento de
gestão, de administração. (Giacomoni, 2019).
❑ Conforme Marcus Abraham (Direito Financeiro Brasileiro), as funções da
atividade financeira se restringem a um papel meramente instrumental, ou
seja, se resumem a uma atividade-meio, relacionada á consecução dos
objetivos estatais, a qual, por sua vez, consubstancia a atividade-fim.
OBTER RECURSOS receita pública
DESPENDER RECURSOS despesa pública
GERIR E PLANEJAR RECURSOS orçamento público
CRIAR CRÉDITO empréstimo público
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Finanças Públicas
FINANÇAS NA CF
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades
controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
VIII - sustentabilidade da dívida, (...)
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FINANÇAS NA CF
Art. 163-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas informações e dados contábeis,
orçamentários e fiscais, conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da
União, de forma a garantir a rastreabilidade, a comparabilidade e a publicidade dos dados coletados, os quais deverão ser
divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de
moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais,
ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas políticas fiscais de forma a manter a
dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei complementar referida no inciso VIII do caput do art. 163 desta
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade dos indicadores fiscais
com a sustentabilidade da dívida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
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FUNÇÃO REGULADORA
Regular as ações do Estado (direta ou indireta), foi agregada adicionalmente, derivada da
função alocativa. A regulação nada mais é do que a ordenação das atividades econômicas.
Assim, a regulação da atividade econômica e a neutralização dos fatores podem levar ao
desequilíbrio de um sistema econômico, servindo, assim, para manter ou restabelecer o
funcionamento do sistema econômico de modo equilibrado.
❖ corrigir falhas de mercado;
❖ corrigir externalidades;
❖ criar as condições de mercado nos monopólios naturais;
❖ criar um sistema de concorrência
❖ promover a eficiência e a equidade econômicas; e
❖ proteger interesses econômicos dos agentes regulados ou de grupos de
❖ interesse. Prof. Leandro Ravyelle
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POLÍTICA ECONÔMICA
POLÍTICA ECONÔMICA
Tributação e Gasto público
FISCAL
(orçamento)

Taxa de juros, oferta de


MONETÁRIA
moeda

Estimular a concorrência e
REGULATÓRIA
corrigir falhas de mercado

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POLÍTICA ECONÔMICA

Falhas de Mercado
Imperfeições na
concorrência
Mercados
incompletos

Externalidades

Bens públicos
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO

Antigamente, acreditava-se que o mercado por si só resolvia a


maioria dos problemas da sociedade, principalmente os
econômicos. Quem pensava assim eram os teóricos da teoria
clássica, como Adam Smith. Eles pregavam o liberalismo
econômico e a “mão invisível do mercado”, o qual afirmava
que o interesse individual, por si só, poderia resultar na
melhoria do bem comum. Em outras palavras, esta corrente
defendia que o Estado deveria intervir o mínimo possível,
tanto na vida pessoal (liberalismo individual) quanto na vida
econômica (liberalismo econômico). Prof. Leandro Ravyelle
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO

Na lógica de Adam Smith, o Estado possui apenas


três funções: a defesa da sociedade contra os
inimigos externos, a proteção dos indivíduos
contra as ofensas mútuas e a realização de obras
públicas que não possam ser realizadas pela
iniciativa privada (BOBBIO, 1992).

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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO

Liberalismo e igualitarismo deitam suas raízes em concepções da


sociedade profundamente diversas: individualista, conflitualista e
pluralista, no caso do liberalismo; totalizante, harmônica e monista, no
caso do igualitarismo.
❖Para o liberal, a finalidade principal é a expansão da personalidade
individual, abstratamente considerada como um valor em si;
❖para o igualitário, essa finalidade é o desenvolvimento harmonioso da
comunidade.
E diversos são também os modos de conceber a natureza e as tarefas do
Estado:
✓ limitado e garantista, o Estado liberal;
✓ intervencionista e dirigista, o Estado dos igualitários. Prof. Leandro Ravyelle
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO

De acordo com Adam Smith, um dos principais representantes do liberalismo


econômico, o Estado possui apenas três deveres, sendo estes: a realização de obras
Liberalismo públicas, desde que estas não possam ser realizadas pela iniciativa privada; a defesa
da sociedade contra inimigos externos; e a proteção dos indivíduos contra as ofensas
mútuas.

corrente de pensamento que busca a igualdade de oportunidades e a distribuição


equitativa da riqueza na sociedade. É individualista, conflitualista e pluralista, no
Igualitarismo caso do liberalismo; totalizante, harmônica e monista, no caso do igualitarismo. A
finalidade é o desenvolvimento harmonioso da comunidade.

O Estado empresário busca reparar o fracasso do mercado e promover justiça social mediante distribuição
de renda. “Estado empresário” diz respeito ao Poder Público no exercício de atividade econômica em áreas
de titularidade do setor privado.
Estado Art. 173 CF
Empresário Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só
será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.
FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ORÇAMENTO

O keynesianismo basicamente estuda as medidas de


intervenção do governo na economia, buscando o pleno
emprego, o desenvolvimento econômico, a estabilização da
moeda e a melhor distribuição da renda. Nesse contexto,
podemos afirmar que o Estado intervém na Economia para:
❖ Atender as necessidades da sociedade.
❖ Manter a Estabilidade econômica.
❖ Melhorar a distribuição de renda.
❖ Promover o crescimento econômico.
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EXTERNALIDADES POSITIVAS

Serão positivas quando o benefício privado de


uma ação for menor que o benefício social (ou
custo privado maior do que o custo social).
Por exemplo, investimentos em energias
renováveis. Sendo assim, o Estado intervém,
por meio do orçamento público, e incentiva
tais atividades.
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EXTERNALIDADES NEGATIVAS

As externalidades negativas dizem respeito ao


efeito social negativo provocado por um agente
privado (benefício social menor que benefício
privado ou custo social maior que custo privado).
Um exemplo de externalidade negativa é a própria
poluição dos rios por meio de uma determinada
indústria. O Estado deve combater essas práticas
por meio de fiscalização e regulação.
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ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO

Assimetria de informação justifica a intervenção do


Estado em razão do mercado por si só não fornecer
dados suficientes para que os agentes tomem suas
decisões racionalmente. Em outras palavras, é quando
uma das partes possui mais informações acerca de
determinada transação do que a outra parte. É
considerada uma falha de mercado, tendo em vista que
a assimetria de informação pode ocasionar
desequilíbrio no mercado. Prof. Leandro Ravyelle
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ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO

O próprio setor público tem mais informação sobre


suas atividades do que o contribuinte e ele deve mitigar
esse problema por meio da transparência (leis e
regulamentos que garantam o equilíbrio das
informações transacionadas). Exemplos de medidas de
solução para a assimetria da informação seria a
exigência de que balanços contábeis das empresas com
capital aberto sejam publicados pela imprensa.
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SELEÇÃO ADVERSA

Seleção Adversa acontece quando os


agentes econômicos selecionam de
maneira incorreta determinados bens e
serviços no mercado por desconhecerem
as informações relevantes sobre eles.

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RISCO MORAL (MORAL HAZARD).

RISCO MORAL (MORAL HAZARD) acontece


quando uma das partes da transação, depois
da negociação já concluída, adota condutas
mais negligentes ou perigosas contrárias ao
combinado, sem que a outra parte tenha
meios de controlar ou verificar suas ações.

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MERCADOS INCOMPLETOS

Um mercado incompleto é uma falha que


acontece quando um bem ou serviço não é
ofertado pelo mercado, ainda que o seu custo
de produção esteja abaixo do preço que os
potenciais consumidores estariam dispostos a
pagar. Ou seja, nem sempre o setor privado
está disposto a assumir tais riscos.
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TRIPÉ MACROECONÔMICO

O tripé da estabilidade econômica também é conhecido


como "tripé macroeconômico". O tripé
macroeconômico é um conjunto de medidas adotadas
pelo Brasil desde 1999 que direcionam a política
econômica nacional de acordo 3 princípios: câmbio
flutuante, metas de inflação e metas fiscais.
❖ câmbio flutuante
❖ metas de inflação
❖ metas fiscais. Prof. Leandro Ravyelle
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TRIPÉ MACROECONÔMICO

O câmbio flutuante significa que o valor do real frente ao dólar é definido pela lei da oferta e da procura,
Câmbio Flutuante/ como ocorre na maioria dos países. Com o câmbio flutuante, vez ou outra o BC ainda faz algumas
intervenções por meio de swaps, mas apenas com o intuito de conter oscilações abruptas na moeda e não
Taxa de Câmbio para determinar um preço fixo.

É instrumento que serve como referência de como o governo deve atuar para o valor que o IPCA deve fechar
Metas da inflação/ o ano a fim de gerar menor incerteza na economia, manter o poder da moeda sem empobrecer as famílias
e fazer o país crescer mais. É uma tentativa de ROMPER com o controle de preços e não de adotá-lo, ou seja,
Estabilidade de busca-se ter uma inflação domada pela meta e o mecanismo dos juros, e não pelo controle dos preços em
si. Logo, o controle de preços não é um dos elementos que sustenta a estabilidade econômica. é uma medida
Preços de eficiência de quão bem o BC e o governo estão guiando a economia, uma vez que a inflação mais alta
causa o empobrecimento das famílias, encarece o custo produtivo e o peso da dívida nacional.

Metas Fiscais/ são determinadas e aprovadas pelo Congresso Nacional na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
colocando um limite de quanto o governo poderá gastar por ano em itens como investimentos, salários de
Equilíbrio Fiscal servidores, serviços públicos, enfim, tudo que a União gasta para funcionar e fazer o país crescer.

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FUNÇÕES DO ORÇAMENTO
Está ligada à alocação de recursos por parte do Governo, que oferece bens e serviços públicos
puros (ex.: rodovias, segurança, justiça), os quais não seriam oferecidos pelo mercado, ou o
seriam em condições ineficientes. Oferece também bens meritórios ou semipúblicos (ex.:
ALOCATIVA educação e saúde). E ainda cria condições para que bens privados sejam oferecidos no
mercado pelos produtores. Além disso, esta função diz respeito a promover ajustamentos na
alocação de recursos e se justifica quando o funcionamento do mecanismo de mercado
(sistema de ação privada) não garante a necessária eficiência na utilização desses recursos.
Objetiva promover ajustamentos na distribuição de renda devido às falhas de mercado
(desigualdades sociais, monopólios empresariais, etc.). É uma função que busca tornar a
DISTRIBUTIVA sociedade menos desigual em termos de renda e riqueza, por meio da tributação e de
transferências financeiras, subsídios, incentivos fiscais, alocação de recursos em camadas mais
pobres da população etc.
Trata da aplicação das diversas políticas econômico-financeiras a fim de ajustar o nível geral de
preços, melhorar o nível de emprego, estabilizar a moeda e promover o crescimento
econômico, mediante instrumentos de política monetária, cambial e fiscal, ou outras medidas
ESTABILIZADORA
de intervenção econômica (controles por leis, limitação etc.). É uma função associada à
manutenção da estabilidade econômica, justificada como meio de atenuar o impacto social e
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econômico na presença de inflação ou depressão.Finanças Públicas
FINANÇAS PÚBLICAS

FEDERALISMO FISCAL
FEDERALISMO FISCAL
❑Federalismo Governamental é um sistema de leis que dividem as responsabilidades
públicas entre as diversas unidades de Governo (Christensen e Wise)
❑Constitui-se de uma técnica administrativa que possibilita o exercício do poder em
territórios de grande amplitude. (Resende 2001)
❑Estabelece regras para a divisão das receitas, das despesas e dos encargos na federação a
partir do compromisso dos residentes com as unidades federadas.
❑Julga-se preferível a atribuição de encargos em níveis inferiores de governo que têm
condições de melhor adaptação às preferências dos usuários. (Oates 2008).
❑É um método de organização administrativa nacional. (Giovanni Pacelli 2020)
❑Pressupõe a livre negociação entre as partes, com objetivo de garantir certo grau de
autonomia e delinear a divisão das funções a serem cumpridas pelos diversos níveis
administrativos. (Giovanni Pacelli 2020)
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FEDERALISMO FISCAL
GOVERNOS ALOCATIVA DISTRIBUTIVA ESTABILIZADORA

Bens cujo consumo seja uniforme, em


termos de preferência e em termos
Central de quantidade individual demandada
Destinadas ao governo central do estado federativo
em todo o território nacional

Provisão de itens com preferências


Regional regionais
Os esforços desenvolvidos
Quando adotadas por
unilateralmente por uma
governos subnacionais,
unidade federativa seriam
em um quadro de ampla
Bens cujo perfil demandado seja parcialmente
mobilidade de fatores,
Local específico de uma localidade podem ser neutralizadas
neutralizados, gerando
ineficiências econômicas.

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FEDERALISMO FISCAL

Conclui-se que as funções distributivas e


estabilizadora DEVEM ser conduzidas pelo
governo central, enquanto que a função
alocativa PODE ser conduzida pelas três
esferas de Governo.

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FEDERALISMO FISCAL

Para Oates (2008), três motivos justificam a


existência de repasses financeiros horizontais e
verticais entre unidades federadas
❑ Externalidades
❑ Compensações
❑ Redistribuição de renda

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FEDERALISMO FISCAL

Correção dos custos ou benefícios gerados pelos efeitos


Externalidades externos que o sistema econômico de uma jurisdição exerce
sobre outras (indenizações ou subsídios)

Necessidade de mecanismos tributários, cuja arrecadação,


Compensações por razões de eficiência econômica, precisa ser realizada por
jurisdições com abrangência estadual ou federal

Vinculado aos objetivos orientados pela redução das


diferenças fiscais entre as unidades federativas, pela
Redistribuição dimensão da base tributária, aos custos de produção e ao
perfil da demanda por bens
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FEDERALISMO FISCAL - ATRIBUIÇÕES

O grande desafio então é equilibrar a


capacidade de arrecadação, com a
distribuição de competências e
responsabilidades de gastos. Além disso, a
atual CF inaugurou uma etapa do federalismo
que ainda não se encontra concluída.

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FEDERALISMO FISCAL - ATRIBUIÇÕES

Conforme Pacelli, as demandas de Estados e


Municípios foram atendidas, mas as dificuldades
encontradas para fazer com que a
descentralização das receitas fosse acompanhada
de uma concomitante descentralização das
responsabilidades públicas, em especial no escopo
das sociais, provocou desequilíbrios que precisam
de atenção.
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FEDERALISMO FISCAL - ATRIBUIÇÕES

A descentralização das receitas públicas


promovida pela CF/88 não foi acompanhada
de uma descentralização concomitante dos
encargos públicos. Assim, à União coube a
tarefa constitucional de reduzir as enormes
disparidades regionais.

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FEDERALISMO FISCAL - EDUCAÇÃO

❑ Despesas com educação tem limite definido para


aplicação em Educação (mínimo de 18% dos impostos)
❑ União, Estados, DF e municípios tem regime de
colaboração de seus sistemas de ensino (Art. 211)
❑ Estados também têm limite definido na CF (25% dos
Impostos e Transferências
❑ Municípios (mínimo de 25% dos impostos e
transferências)
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FEDERALISMO FISCAL - EDUCAÇÃO

❑ União → (mínimo de 15% da RCL autorizado –


corrigido pelo IPCA)
❑ Estados e DF → (mínimo de 12% dos impostos em
ações e serviços públicos de saúde)
❑ Municípios → (mínimo de 15% dos impostos em
ações e serviços públicos de saúde)

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FEDERALISMO FISCAL

❑ A descentralização favorece uma maior integração social,


através do envolvimento dos cidadãos na determinação
dos rumos da sociedade.
❑ Os instrumentos estatais para atender à sociedade estão
mais próximos do indivíduo, o que legitima o poder público.
❑ A descentralização e a integração são os ingredientes
necessários à instituição de formas eficientes de controle
da sociedade sobre as ações do Estado.

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FEDERALISMO FISCAL

Segundo Fernando de Holanda Barbosa, as regras para a


distribuição são as seguintes:
❑ impostos sobre fatores de produção com grande
mobilidade são mais adequados para o governo central,
enquanto impostos sobre fatores sem mobilidade
são apropriados para os governos locais;
❑ impostos sobre recursos naturais, mesmo que cobrados na
origem, devem ser de competência federal;

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FINANÇAS PÚBLICAS

QUESTÕES DE CONCURSOS
1. CEBRASPE/TCE-RJ 2013

O federalismo fiscal constitui uma política


contrária à centralização financeira e
orçamentária.
GABARITO: CERTO

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2. CEBRASPE/IPEA 2008

Os entes das três esferas de governo têm a


competência para instituir impostos, taxas e
contribuições sociais, além de outros tributos, nos
limites estabelecidos na CF.
GABARITO: CERTO

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3. CEBRASPE/C.DEP 2014

Federalismo pode ser definido como a forma de


organização política que centraliza o poder
decorrente de unidades políticas preexistentes.
GABARITO: CERTO

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4. CEBRASPE/C.DEP 2014

O federalismo, embora não elimine a possibilidade


de ocorrência de conflitos políticos entre os
estados-membros, oferece alternativas de
resolução desses conflitos.
GABARITO: CERTO

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5. CEBRASPE/IPEA 2008

A adesão de um ente federativo a um programa de


descentralização depende mais de atributos estruturais,
como seu nível de riqueza econômica, de capacidade
fiscal e administrativa do que de atributos institucionais
das políticas, como a engenharia operacional, o legado
das políticas prévias e as regras constitucionais.
GABARITO: ERRADO
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6. CEBRASPE/IPEA 2008

A adesão de um ente federativo a um programa de


descentralização depende mais de atributos estruturais,
como seu nível de riqueza econômica, de capacidade
fiscal e administrativa do que de atributos institucionais
das políticas, como a engenharia operacional, o legado
das políticas prévias e as regras constitucionais.
GABARITO: ERRADO
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7. CEBRASPE/TCE-PA ACE 2016

Em uma economia descentralizada, todos enfrentam


trade-offs em suas escolhas, pois, no momento de
tomar as decisões, os agentes econômicos ponderam
vantagens e desvantagens e escolhem a alternativa que
maximiza o desempenho ótimo do sistema econômico.
O trade off é o nome que se dá a uma decisão que
GABARITO: ERRADO consiste na escolha de uma opção em detrimento de
outra. Para se tratar de um trade off o indivíduo deve,
necessariamente, deixar de lado alguma opção em sua
escolha.
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8. CEBRASPE/CD CONSULTOR 2014

A mobilidade da base do imposto de renda da pessoa


física pode ser considerada uma das principais razões
para que tal imposto seja de competência federal,
sendo parte de sua arrecadação transferida para
estados e municípios por meio dos fundos de
participação.
GABARITO: CERTO
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9. CEBRASPE/CD CONSULTOR 2014

A legislação concernente à divisão dos recursos entre os


entes federados no Brasil possui mais de uma década
de existência, sendo hoje considerada consensual entre
os afetados. De acordo com essa legislação, os recursos
devem ser divididos com base em critérios distributivos
e têm como objetivo o combate às desigualdades
regionais.
GABARITO: ERRADO Prof. Leandro Ravyelle
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10. CEBRASPE/CD CONSULTOR 2014

O desenho tributário ótimo deve buscar a melhor


combinação entre equidade e eficiência, ou seja, deve
permitir ao governo arrecadar uma dada receita e
alcançar objetivos distributivos ao menor custo.
GABARITO: CERTO

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11. CEBRASPE/CD CONSULTOR 2014

A guerra fiscal entre os estados brasileiros,


empreendida com o intuito de atrair investimentos
para suas fronteiras, consiste em um estado oferecer
benefícios tributários para a instalação de uma fábrica
em seu território, o que gera, consequentemente, uma
externalidade negativa sobre a arrecadação dos demais
estados.
GABARITO: CERTO Prof. Leandro Ravyelle
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12. CEBRASPE/ANTT 2013

A configuração do sistema tributário que emergiu da


Constituição Federal de 1988 priorizou a
descentralização e o fortalecimento da autonomia dos
estados e municípios e a atenuação dos desequilíbrios
regionais, do que resultaram a ampliação da
competência tributária daqueles entes e o aumento das
partilhas e transferências constitucionais dos impostos.
GABARITO: CERTO Prof. Leandro Ravyelle
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13. CEBRASPE/MPOG 2012

O federalismo fiscal auxilia no combate a desigualdades


regionais de renda, enquanto a competição tributária
horizontal, em regra, resulta na provisão de bens
públicos abaixo do nível ótimo.
GABARITO: CERTO

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14. CEBRASPE/DIPLOMATA 2009

A partir de meados da década de 90 do século passado, a


denominada guerra fiscal entre os estados brasileiros intensificou-se.
A abertura econômica atraía, então, novos fluxos externos de
investimentos industriais para o país e estimulava a guerra dos
lugares.
O processo de desconcentração regional da indústria brasileira
favorece o prolongamento da disputa entre as unidades federativas
com base na renúncia fiscal.
GABARITO: CERTO
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15. CEBRASPE/SECONT ES 2009

Uma característica básica das federações contemporâneas é a


concentração da receita tributária nos governos subnacionais,
enquanto os encargos se concentram no governo federal. Isso ocorre
por razões técnicas ligadas à eficiência da tributação e da provisão de
serviços.
GABARITO: ERRADO

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16. CEBRASPE/SENADO 2002

O equilíbrio entre recursos e competências é o nó górdio da


sustentabilidade fiscal do federalismo brasileiro, na medida em que o
padrão histórico de partição de competências, a partir da aglutinação
predominantemente municipalista em um todo federado, discrepa do
padrão de partição de recursos, a partir da esfera federal.
GABARITO: ERRADO

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17. CEBRASPE/TELEBRAS 2022

Uma função distributiva de orçamento será eficiente, se


aplicada pela União, e tenderá a ser ineficiente
(neutralizada) se aplicada por estados ou municípios.
GABARITO: CERTO

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17. CEBRASPE/TELEBRAS 2022

A função estabilizadora de orçamento realizada no


âmbito regional/local funcionará de maneira mais
adequada do que se fosse realizada no âmbito de
atuação da União.
GABARITO: ERRADO

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18. CEBRASPE/SECONT-ES 2022

Os bens meritórios compõem a função alocativa e


existem para garantir seu acesso aos menos favorecidos
economicamente.
GABARITO: CERTO

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19. CESGRANRIO - ERPDACGN (ANP)
É INCORRETO afirmar que a descentralização fiscal, com governos locais e um governo
central auferindo partes da arrecadação tributária, tem a vantagem de permitir que
a) haja a adoção, por parte do governo central, de políticas macroeconômicas, de
distribuição de renda, de segurança nacional e outras uniformes em todo o país.
b) haja um certo grau de competição dos governos locais na oferta de alguns bens públicos à
população.
c) as regiões mais pobres passem a estabelecer tarifas alfandegárias para os produtos das
regiões desenvolvidas do país, levando à substituição de importações e ao desenvolvimento
local.
d) ao menos uma parte da arrecadação tributária reflita as preferências regionais, locais,
mais facilmente captadas pelos governantes locais.
e) a população participe e fiscalize mais diretamente o uso dos recursos públicos locais.
GABARITO: C Prof. Leandro Ravyelle
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