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Índice
1.Introdução................................................................................................................................4

3. Finanças Positivas e Normativas ( Contetualização)..............................................................5

3.1. Finanças Normativas............................................................................................................5

4. Instrumentos de intervenção do Estado..................................................................................6

5. Receitas e Gastos do Estado...................................................................................................7

6. Finanças Positivas e Normativas............................................................................................8

6.1. Alguns princípios básicos determinantes das finanças Positivas e Normativas................10

7. Critérios normativos..............................................................................................................14
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1.Introdução

A intervenção do Estado assume um papel regulador no funcionamento da Economia, com o


objectivo de combater desequilíbrios e desigualdades geradas pelos mecanismos de mercado,
sempre em busca de uma maior eficiência, equidade e estabilidade.

Contudo perante intervenções que se revelam ineficazes, resultam em consequências várias


como défices orçamentais, agravamento das dívidas públicas e perante determinados
constrangimentos, a intervenção por parte do Estado é cada vez mais limitada.

Destarte, este trabalho pretende demonstrar o comportamento da intervenção do Estado na


Economia sob ponto de vista positiva e normativa, para entender a manipulação de certas
variáveis (política orçamental) na prossecução de objectivos.

A sua estrutura encontra-se arrolada em função dos conteúdos temáticos desenvolvidos no


trabalho. Assim, no início apresentam-se os conceitos básicos em uso no trabalho, seguidos
do desenvolvimento temático, na sequência a conclusão e referência bibliográfica.
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3. Finanças Positivas e Normativas (Contextualização)


No decorrer da história moderna, o papel desempenhado pelos Estados no domínio económico
variou consideravelmente, passando do mais completo abstencionismo (liberalismo) a
exagerada intervenção (MARCIO ROBERTO, 2013)

No período do liberalismo, desenvolveu-se o modelo económico baseado na livre iniciativa,


na livre concorrência e na regulação privada, onde o Estado se limitava a garantir as
condições necessárias para o funcionamento do mercado. Esse excesso de neutralidade, aliado
a acontecimentos de ordem histórica como as duas grandes guerras mundiais e a crise
económica de 1929, redundou na derrocada do sistema liberal clássico, na segunda década do
século XX, e no surgimento do Estado do Bem-estar Social.

O Estado Social, modelo político-económico, que vigorou no século XX, foi concebido com a
finalidade de corrigir os desequilíbrios gerados pelo modelo liberal. Nesse modelo estatal o
Poder Público abandona a postura de assistente e assume directamente diversos papéis no
processo de desenvolvimento económico, assumindo a responsabilidade pela execução de
inúmeros serviços.

Para dar face a este desenvolvimento económico, o estado depende de um conjunto de


instrumentos, pelos quais se dispõe, a fim de financiar as suas acções. Assim surge o estudo
das finanças normativas.

3.1. Finanças Normativas

Finanças Normativas, são finanças que enunciam as regras, as normas, a que o Estado deve
subordinar-se para o melhor conseguimento dos fins. Estas regras ou normas, constituem a
Política Financeira.

Para GHILHERME ( 2010), Politica Financeira é um ramo das finanças públicas que estuda
globalmente o uso dos meios para a prossecução de objectivos concretos.

Quanto aos meios refere-se aos instrumentos disponíveis ao decisor que visam a actuação
conjuntural e estrutural. A actuação conjuntural visa a estabilização, isto é, a regulação global
da conjuntura económica, traduzida em três grandes áreas de intervenção:
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 O pleno emprego;
 Os preços e;
 As relações com o exterior.

A actuação estrutural visa objectivos mais complexos como sejam o desenvolvimento, o


crescimento económico e a redistribuição de riqueza.

No que concerne à prossecução de objectivos concretos, o que está em causa é a percepção e


teorização dos fenómenos financeiros. Esta teorização passa pela compreensão de três
objectivos fundamentais:

• O EQUILÍBRIO POLÍTICO – que depende da distribuição da carga fiscal pelos vários


contribuintes e da afectação das despesas aos administrados.

• O EQUILÍBRIO DOS MERCADOS – de forma a influenciar a formação dos preços os


decisores públicos podem distorcer a eficiência própria dos mercados.

• A REPARTIÇÃO DO RENDIMENTO – pela utilização dos métodos próprios das finanças


públicas para a distribuição de rendimento, influenciando directa e indirectamente a troca de
produtos e de factores de produção nos mercados em causa.

4. Instrumentos de intervenção do Estado

 Para alcançar os seus objectivos o estado utiliza como instrumentos o planeamento e as


políticas económicas e sociais.

 Planeamento, um instrumento onde o estado fixa um conjunto de objectivos económicos e


sociais que pretende alcançar no curto, médio e longo prazo, através da elaboração de um
plano.

O plano é obrigatório (imperativo) para o sector público enquanto para o sector privado é
meramente indicativo, servindo apenas de orientação.

 É neste âmbito que o governo, no desempenho das suas funções, elabora todos os anos o
Orçamento de estado, onde se prevê em as receitas e as despesas a efectuar pelo estado, sendo
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um documento de previsão, político (tem que ter aprovação parlamentar), económico (revela a
previsão da actividade financeira do estado) e jurídico.

 5. Receitas e Gastos do Estado.

RECEITAS PÚBLICAS DESPESAS PÚBLICAS

▪ Coactivas Todos os gastos efectuadas pelo estado no


desempenho das suas funções. Ex:
- Impostos: prestações pecuniárias pagas
coercivamente pelas famílias e pelas
▪ Funções de soberania (Administração
empresas, de forma imediata e sem publica)
contrapartida
▪ Funções sociais (Educação, saúde…)

▪ Directos: incidem directamente sobre os ▪ Funções económicas (agricultura,


industria, transportes…)
rendimentos e o património.

▪ Indirectos: incidem sobre bens e serviços


transaccionados

  - Taxas: são pagamentos efectuados pelas


famílias e pelas empresas em troca da
utilização de um serviço

- Creditícias: empréstimos contraídos pelo


estado

Para efeitos de orçamentos, no orçamento de estado as receitas e as despesas são classificadas


de acordo com o critério económico.

Receitas Correntes: derivam de rendimentos criados no período de vigência do orçamento e


que se prevê que se voltem a repetir noutros anos. Ex: impostos

▪ Receitas de capital: receitas que se esperam que não se voltem a repetir. Ex venda de
património.

Despesas Correntes: correspondem a encargos permanentes. Ex: vencimentos.


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Despesas de capital : despesas efectuadas durante um ano, cujos efeitos têm repercussão no
futuro. Ex construção de uma ponte.

Saldo orçamental: diferença entre as receitas e as despesas.

A política financeira em sentido amplo é normalmente exercida por via legislativa ou


executiva. Os dois principais instrumentos disponíveis são a receita (política fiscal ou de
receita) e a despesa (política orçamental de despesa). Em termos sintéticos, o governo
arrecada receitas (tributárias, na maior parte dos casos), de forma a financiar fornecimento de
bens e serviços públicos, como por exemplo estradas e defesa nacional.

6. Finanças Positivas e Normativas

A tomada efectiva de decisões de escolha nem sempre é fácil, especialmente quando envolve
colectividades. Diferentes pessoas têm opiniões e interesses distintos; a escolha nesse caso
envolve uma compatibilização de diferentes objectivos, ou distintos juízos de valor. Isso
pertence ao campo da chamada Economia “normativa”. Por outro lado, enquanto fazem
teorias para explicar a realidade, analisar e explicar os fenômenos econômicos tais como são,
os economistas estão no campo da chamada Economia “positiva”.

Exemplo de um individuo que lê uma notícia que indica que o preço do feijão subiu 15% nos
últimos três meses, o que pode ser atribuído à redução da produção pela escassez de chuvas
nas áreas produtoras. É uma afirmativa sobre uma questão de facto, ou seja houve um
aumento de preços, e se oferece uma explicação para ele. É possível que haja divergência
sobre essa explicação. Outros analistas podem julgar que a causa da alta de preços foi um
aumento no preço do óleo diesel por exemplo, onerando o custo de transporte.

Essa divergência poderá, em princípio, ser dirimida por uma análise cuidadosa dos dados,
resolvendo a questão de forma objectiva ou não, poderão persistir interpretações distintas, se
os analistas não chegam a um consenso. De qualquer forma, estamos no campo da Economia
positiva, da análise das coisas como são.

Mas, se consta da notícia a opinião do jornalista de que, diante da subida de preços, o


governo deveria subsidiar o preço do feijão para as famílias mais pobres, isso é uma
prescrição de política; uma proposição de Economia normativa, portanto. Trata-se agora das
coisas como devem ser, e não como são.
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Em princípio, as análises da Economia positiva devem pautar-se pela objectividade científica;


elaboram-se teorias e modelos explicativos, a partir de certos pressupostos, e esses modelos e
teorias são submetidos à validação empírica, pelo confronto de suas conclusões com a
realidade concreta por meio da colecta e análise de dados estatísticos, por exemplo. Se
validados, revelam-se correctos; se não, será necessário buscar novos modelos ou teorias
explicativas.

Tudo sem a intromissão de juízos de valor. É necessário atentar, no entanto para o facto de
que o economista, e de modo geral o cientista social, dificilmente pode ser tão objectivo e
neutro quanto o físico, por exemplo, quanto este analisa a estrutura da matéria. O cientista
social pertence à realidade que analisa, tem, em relação a ela, opiniões, juízos de valor e
interesses, como qualquer outro agente econômico. Sendo humano, pode, eventualmente, ser
influenciado por essas suas posições ainda que inconscientemente quando faz uma análise que
se pretende científica e objectiva.)

Quando estão envolvidos no desenho e aplicação de políticas econômicas ou seja, em


Governo na área econômica os economistas estarão, tipicamente, praticando Economia
normativa, buscando agir sobre a realidade, impulsionando-a em determinada direção. Em
que direção? Quais as metas e objectivos que se pretende atingir? No mais das vezes, haverá
posições divergentes a esse respeito.

Por exemplo, o valor do dólar em meticais (a taxa de câmbio) reduziu-se significativamente,


nos últimos anos: a cotação da moeda norte-americana caiu, num determinado periodo do ano.
Isso trouxe grandes perdas para alguns (como exportadores, ou produtores nacionais de
artigos importados) e ganhos para outros (consumidores de produtos importados, turistas no
exterior).

Supondo que o governo pudesse adoptar medidas para conter essa queda (uma suposição
duvidosa, cabe notar), certamente haveria interesses e posições opostas, em relação a tal
política. É nesse sentido que se costuma dizer que a política econômica é uma arte: a arte de
conciliar interesses e posições muitas vezes conflitantes, compondo uma resultante que seja
aceitável pela maioria, e vantajosa para a colectividade.
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6.1. Alguns princípios básicos determinantes das finanças Positivas e Normativas

1. Escolhas e trade-offs.
Dado que os recursos são escassos, é necessário escolher. No processo de escolha, os agentes
econômicos, indivíduos, empresas etc, enfrentam trade-offs ou seja: enfrentam a necessidade
de unificar os factores que de alguma forma se opõem (sendo necessário sacrificar um em
prol de outro), a fim de atingir a melhor combinação.

Os indivduos enfrentam nas suas decisões diárias de consumo o trade-offs de várias naturezas:
juntar dinheiro ou gastar? Gastar mais em roupa ou em idas ao comida? Empresários, em
suas decisões relactivas à produção, deparam-se também com inúmeros trade-offs. Digamos
que um produtor rural contempla fazer um investimento para expandir a produção. Seus
recursos para esse investimento são limitados, pois ele dispõe de uma dada quantia de
dinheiro. Contudo, sua fazenda demanda gastos diversos, tais como a compra de novas
máquinas colheitadeiras, contratação e capacitação de empregados adicionais, mais insumos,
como fertilizantes e sementes, visando aumentos de produtividade, etc. Isso indica que suas
necessidades são, se não ilimitadas, muito amplas. Desse modo que ele deve realizar a escolha
da melhor alternativa possível para aplicar o capital disponível no momento, levando em
conta as possibilidades existentes, sua informação sobre elas, e a disponibilidade de recursos.

Isto significa que há opção por uma alternativa, uma determinada aplicação de recursos
significa a não adoção de outras. Há um trade-off envolvido. A escolha é uma questão básica
em Economia; e trade-offs são uma característica intrínseca do processo de escolha.

2. Trade-offs e o “custo de oportunidade”.


As escolhas dos agentes econômicos envolvem trade-offs; em geral, é necessário sacrificar
uma alternativa, para se obter o que se escolheu. Nesse sentido, do ponto de vista econômico,
o custo da alternativa escolhida é dado pelo valor da alternativa que foi preterida. “Custo de
oportunidade” é a expressão que se usa para indicar tal forma de definir o custo de uma ação.
Se consider a opção de ficar em casa estudando ou sair com os amigos, o custo de
oportunidade de sua saída serão as horas de estudo que você vai perder (e os benefícios que
tiraria disso). É, portanto, o que se “perde” (ou se deixa de ganhar) ao fazer uma escolha
qualquer.
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O custo de oportunidade é um dos conceitos mais fundamentais da teoria econômica (e às


vezes ignorado na prática, dando origem a decisões incorrectas, como vimos antes). “Custo”,
em Economia, significa, essencialmente, custo de oportunidade. É uma visão distinta da do
contador, por exemplo, para quem custos são, em princípio, os de natureza monetária.

Num investimento, por exemplo, os custos apurados na contabilidade sãos os dispêndios


incorridos pelo empresário. Compra de máquinas e equipamentos, juros de financiamentos,
etc. Já o economista procurará analisar, por exemplo, os lucros que o empresário deixou de
ganhar em oportunidades alternativas de investimento. Ou, numa perspectiva mais ampla, os
custos sociais do investimento, que incluirão, por exemplo, os danos ao meio ambiente
trazidos pelo estabelecimento e operação de uma nova instalação produtiva.

3. Escolha e decisão “na margem”.


Esse é outro conceito da maior importância em Economia: muitas escolhas e decisões
econômicas só têm sentido se feitas na margem, ou seja, considerando não grandezas totais
(como custos ou receitas), mas os acréscimos a esses valores associados à decisão
considerada.

Exemplo. Um caso de viagens aéreas quando a venda de passagens, ao preço normal, deixa
lugares vagos nos aviões. Nesse caso, o custo de transportar uma pessoa adicional ,ou seja, o
custo marginal é irrelevante para a companhia aérea. Valerá a pena, oferecer os assentos que
ficariam vagos a preços muito inferiores ao normal, o que traz para a companhia ganhos de
publicidade e de conquista de novos passageiros. A venda de passagens a preços simbólicos é,
nesse caso, uma decisão economicamente racional, que não traz prejuízo ao empresário, e não
deve assim, ser vista como uma prática de concorrência desleal (como o dumping, que é uma
venda a preços abaixo do custo).

4. Decisões e incentivos
Este é um princípio importante do raciocínio em Economia: os agentes econômicos
respondem a incentivos. É uma decorrência do pressuposto da racionalidade dos agentes, e
também uma implicação do ponto 2 acima.
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Uma vez que as pessoas analisam e comparam custos e benefícios ao tomar decisões, seu
comportamento e suas escolhas podem mudar quando mudam os custos ou os benefícios
envolvidos. Ou seja, quando se altera o sistema de incentivos.

Se o preço das bananas sobe, há um incentivo maior para que as pessoas comprem outras
frutas, já que aumentou o custo de comprar bananas. Por outro lado, o preço mais alto das
bananas trará estímulo aos que cultivam a fruta, os quais tenderão a aumentar sua produção,
possivelmente investindo na expansão da plantação, contratando mais mão-de-obra, etc.,
buscando ganhar mais com suas vendas. Haverá, assim, tanto incentivos ao consumo quanto à
produção.

5. Especialização na produção e trocas


Numa colectividade onde há especialização de funções e trocas entre produtores, todos podem
viver melhor do que num mundo onde cada um produz tudo o que consome. Se o padeiro faz
só pães, o sapateiro sapatos, e o alfaiate roupas, a produção desses itens será mais eficiente do
que se cada produtor fabricasse todos eles. Com a especialização de funções, cada um se
dedica àquilo que sabe fazer melhor, e a produção será maior do que no caso em que todos
produzem tudo.

A especialização está associada à troca: cada um produz seu artigo e o vende, e com o produto
da venda compra os demais artigos para seu consumo. Como a produção é maior, com a
especialização de funções, em princípio todos podem viver melhor. (Todos podem ganhar
com especialização na produção e trocas entre os produtos. Essa é uma proposição da maior
importância: o comércio entre produtores pode melhorar a vida de todos.

6. Trocas e mercados
A melhor forma de se organizar o sistema de especialização de funções e trocas entre produtor
é feita de forma mais eficiente pelo funcionamento livre dos mercados, sendo a alocação de
recursos determinada, de forma descentralizada, pela interação entre os agentes econômicos,
cada um tomando decisões guiado pelos seus próprios interesses e pela sinalização dada pelos
preços.

Não é necessário, por exemplo, que haja uma autoridade que determine quais e quantos pães
as padarias de uma cidade vão produzir, e como irão organizar sua actividade produtiva. É
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fácil imaginar que uma centralização de decisões dessa ordem produziria


provavelmentemuita burocracia e pouca eficiência. Nesse caso, que se deixe o mercado
funcionar. Se determinado tipo de pão tem muita procura, seus preços tenderão a subir, o que
indicará aos padeiros que vale a pena produzir mais deles; e o contrário, se um artigo não sai
das prateleiras. Dessa forma, haverá tendência a um ajuste entre o que é produzido e as
demandas dos consumidores.

Se um novo método de produção reduz os custos de fabricação de pães, haverá indução para
adoptá-lo, e quem não o adoptar ficará em situação de inferioridade em relação aos demais
produtores, lucrando menos ou perdendo dinheiro. E, pela concorrência entre as padarias, a
adopção generalizada de um método mais eficiente de produção acarretará queda nos preços
de venda, beneficiando os consumidores. Em suma, as decisões de cada um, orientadas por
seu próprio interesse individual, têm como resultado uma situação desejável para a
coletividade.

7. Falhas de mercado e funções econômicas do Governo.


Em situações como a acima, o melhor é deixar o mercado funcionar, sendo desnecessária a
intervenção governamental no sistema econômico.

Em alguns casos, no entanto, essa intervenção é necessária, ou desejável. Em algumas


situações em que o mercado não funciona adequadamente (falhas de mercado) fazem com que
seja indicada uma acção correctiva ou de coordenação por parte do governo. Isso sucede, por
exemplo, quando há um conflito entre o interesse individual e o colectivo que em certos
casos, se cada um agir em função de seu próprio interesse, o resultado é pior para todos, ou
para a maioria.

São também vistas como desejáveis e necessárias acções do governo no sentido de reduzir
desigualdades, seja diminuindo o poder de mercado de certos agentes (como um monopolista,
que pode fixar seus preços sem a restrição dada pela concorrência de outros produtores), seja
por ações directas de distribuição de renda, ou por outros instrumentos. Cabe também ao
governo um papel da maior importância na efetivação de investimentos de infraestrutura
(construção de estradas, portos, etc.), na provisão de serviços de educação e saúde e, em geral,
em actividades que, por várias razões, não podem ser supridas de forma adequada pela
iniciativa privada.
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Também o próprio funcionamento de mercados depende de acções do governo, garantindo,


por exemplo, o cumprimento de contratos entre agentes econômicos (como no caso de
empréstimos e financiamentos), os direitos de propriedade, os direitos dos consumidores e dos
trabalhadores, e assim por diante, sem o que os agentes econômicos não teriam confiança de
efectuar trocas e negociar entre si.

8. Padrões de vida e produtividade.


O padrão de vida médio de um país depende de sua capacidade de produzir bens, e essa
capacidade produtiva tem relação directa com a eficiência, a produtividade de sua economia.

A produtividade é a relação entre a quantidade produzida e a quantidade de factores de


produção utilizados: a produtividade do trabalho é a produção por homem-hora; a
produtividade da terra é a produção por hectare, e assim por diante.

7. Critérios normativos
Eficiência:
- Afectar os recursos económicos de forma adequada no sentido de que não é possível
melhorar o bem-estar de um agente sem ser à custa da diminuição do bem-estar de outra
equidade ou justiça.
- Analisar ou medir o bem-estar social, o que exige uma comparação interpessoal de níveis de
bem-estar.
- Melhorar a situação dos mais desfavorecidos e diminuir as desigualdades. exemplo:
determinar os efeitos da carga fiscal e dos benefícios da despesa pública no bem-estar social
Liberdade (negativa):
- O indivíduo deve reter uma esfera de autonomia imune à intervenção coerciva do Estado
exemplo: devem existir limites às possibilidades de intervenção do Estado na vida dos
cidadãos.
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Existem três, as funções orçamentais:

Função Afectação
- Promover afectação eficiente de recursos, assegurar os fundamentos do funcionamento dos
mercados (direitos de propriedade, etc.)
- Ultrapassar os fracassos do mercado (provisão de bens públicos, correcção de
externalidades, lidar com informação assimétrica)

Função Distribuição
Promover uma sociedade mais justa
- Igualdade de oportunidades: Assegurar a todos os cidadãos o acesso a certos bens e serviços
considerados meritórios (cuidados básicos de saúde, ensino básico)
- Desigualdade de rendimentos: Alterar a distribuição de rendimentos resultante do mercado

Função Estabilização
Promover a estabilização macroeconómica da economia ao nível de emprego, estabilidade dos
preços, equilíbrio das contas externas e crescimento económico
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8. Conclusão
O pensamento econômico se desenvolve através hipóteses que simplificam a realidade. As
análises econômicas podem ser declarações positivas, que explica, determina como é ou
declarações normativas, que sugerem, prescrevem, diz como deveria ser.

A análise positiva, explica o que existe e prevê as consequências em certas variáveis-


objectivo de alterações em uma ou mais variáveis instrumentais ou estruturais; Enquanto que
a análise normativa, avalia estados sociais, ou seja, produz juízos de valor acerca da situação
actual da sociedade e da adopção de uma política pública capaz de reverter o cenário vivido.

Mediante esta observância dos diversos intervenientes na economia, o estado busca


desenvolver as suas actividades de acordo com a opção alternativa baseada no princípio de
menor prejuízo e maior ganho para a sociedade.
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7. Referências bibliográfica.

JUNIOR, M. R. M.Batista: O poder de intervenção do Estado no sector privado, Revista


disponível no site, http://jus.com.br/artigos/26662/o-poder-de-intervencao-do-estado-no-setor-
privado#ixzz2y6Zztc2s. Aesso no 29 de Março, 2014.

MARTINS, W.D. Oliveira: Apontamentos breves sobre politicas finaceiras, Revista


disponivel no sete, http://gwom.home.sapo.pt/ApontamentosPF.pdf, acesso no dia 29 de
Março 2014.

FARIA,F.C.de; RIBEIRO,M.W.Lotto: Intervenção do Estado no dominio da economia, 9ª ed,


São Paulo – Brasil, Setembro, 2005.

VERSIANI, F. Rabelo; REZENDE.B.P; RODRIGUES.P.Costa: Introdução a Economia


(Alguns conceitos basicos da economia), Brasila-Brasil, 2006.
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