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Não tem j eito. É hora de m arcar seu espaço com energia. É
desgastante. Deve ser o últim o recurso. Você deve avaliar
se precisa envolver a direção ou não.
PARA ENCERRAR…
***
FILME
Com enta, por exem plo, que ser professor não é apenas
fornecer inform ações para os alunos, m as form ar redes
que perm itam reter essas inform ações. A relação dele com
a direção com eça áspera e vai se tornando produtiva. Há
atritos com colegas, com o o treinador esportivo, que acaba
se tornando um am igo. A vida do professor é ainda atorm
entada por problem as privados, com o o filho ter nascido
surdo. Ele vai descobrindo cam inhos para se com unicar
com os alunos, m as, na m esm a proporção que se encanta
com seus alunos, se afasta do seu filho deficiente. Ao final,
após 30 anos de m agistério, ele se sente derrotado porque
os burocratas não veem m ais sentido nas aulas de m úsica
e fazem um a reform a curricular, cortando a área de Mr.
Holland. Quando ele se sente derrotado, há um a reação de
ex-alunos, incluindo a atual governadora do Estado que ele
aj udara com o clarinete quando adolescente, que voltam
para a escola. No final, com apoio de tantos ex-alunos, ele
descobre que a grande obra dele, o “opus” m áxim o não
era, exatam ente, a sinfonia que ele tanto alm ej ara, m as a
própria influência e ação j unto aos alunos. Ao contrário de
outros film es, não m ostra um professor genial e carism
ático que chega com o um raio num dia de sol, m as um ser
hum ano com m uitos problem as que vai se descobrindo na
profissão.
CHEG OU O DIA...
PREPARANDO A PROVA
las, confira tudo. Você vai ficar chocado com o núm ero de
vezes que folhas são gram peadas erradas ou faltam folhas
no caderno de provas.
APLICANDO A AVALIAÇÃO
CORRIG INDO
O que fazer?
ENTREG ANDO
OS CUIDADOS
Além dos alunos, infelizm ente, esse pacto pode existir tam
bém com a própria escola: “Aquele professor não ensina m
uito, m as não dá trabalho... vam os m antê-lo lá.”
O DIA DO CONSELHO
Você será feito de bobo por vezes? Com toda certeza. Ainda
defendo que ser um bobo m ovido por sentim ento de ética
e j ustiça é superior a ser um orgulhoso inj usto que prefere
sacrificar um inocente a colocar em risco seu orgulho. Há
professores que preferem colocar em prim eiro plano seu
orgulho. Esses últim os são sem pre e ao fim os únicos e
definitivos im becis.
***
FILMES
Havia sido quem m ais tinha conversado com eles. Por anos,
o proj etor de slides m arcou sua presença e, a partir dos
anos 1980, cresceu a utilização de film es em videocassete
com fins didáticos, quase ao m esm o tem po em que o
xérox substituía o m im eógrafo.
Com o este livro foca em quem está com eçando a dar aula,
suspeito que você, colega leitor, sej a um integrado. Logo,
não é necessário descrever ou defender qualquer novo
recurso. Há um risco de você o utilizar m ais e com preender
m elhor do que este autor.
UM CASO DE SUCESSO
português,
já
há
m uitas
aulas
em
(http://www.fundacaolem ann.org.br/khanportugues).
O enfoque do conteúdo não é revolucionário. Eu diria que é
conservador. Os recursos são lim itados. De onde vem o
sucesso? Eu acredito, prim eiram ente, que da ideia de um a
aula acessível pela internet. Mas o m érito é a clareza
direta, curta e obj etiva. Alguns podem achar excessiva. Há
um a explicação e essa explicação é dada em m enos de
dez m inutos, geralm ente m enos. O enfoque é didático,
claro e com exem plos. Este parece ser o m aior m érito.
***
FILME
O sorriso da Mona Lisa ( Mona Lisa Smile) . Direção
de Mike Newell. EUA, 2003.
Julia Roberts interpreta um a professora de Artes (Katherine
Ann Watson) que chega a um a escola fem inina m uito
tradicional, o fam oso Wellesley College. Para os padrões da
década de 1950, a utilização de slides em todas as aulas é
m uito inovadora. Porém , a sofisticação e a eficiência da
escola escondem um proj eto reacionário. A escola é para
que as j ovens se
DISCIPLINA
“crescer”: professora.
que nós não sabíam os era que a teoria nem sem pre é
condizente com a práxis.) O início do estágio era im inente,
as dores no corpo se intensificavam a cada dia (garganta,
coração, estôm ago...), m ais e m ais m ateriais concretos
para levar no “prim eiro dia”, planos coloridos, dinâm icos e
interativos... tudo estava sedim entado com a certeza de
que o m elhor tinha sido feito. E o m ais im portante nessa
situação: tudo daria certo! (Pelo m enos, era o esperado.)
Ufa, o sabor de dever cum prido pairava na atm osfera dom
iciliar!
A prim eira frase que ouvi foi: “Quando você vai em bora?”
E continuaram : “A outra professora era legal! Por que ela
não ficou com a gente?”
A turm a não m e desej ava lá, isso era fato notório, incom
odavam a todo instante, reclam avam por qualquer coisa,
eu estava ansiosa, era inexperiente... O
perdido?
Com o não há um único cam inho a percorrer, vam os por
partes...
tem poral.
(principalm ente
se
ele
vier
dem onstrando
crescim ento),
sem
“profecia” derradeira.
l) Não desista!
***
FILME
vezes o sim ples ato da cham ada para pedir silêncio. É ruim
aplicar um a prova e sentir-se um policial na “cracolândia”
com todos transgredindo ao seu redor. É
É ruim perceber que o colega que deu nota alta para todos
está feliz e leve e é louvado pela coordenação. É ruim fazer
conselho de classe. É ruim encontrar-se com alguns pais
que acreditam na genialidade dos filhos. É ruim ser cham
ado à coordenação e ouvir que sua aula deveria ser m ais
interessante, isso dito por um a pessoa absolutam ente
desinteressante e incapaz de ficar com um a turm a por 15
m inutos.
Lidar com gente pode ser bom , pelo m enos para os que
gostam desse tipo de trabalho, m as não m e m anteria no
m agistério. Há m uitas profissões que lidam com gente, de
m assoterapeuta a recepcionista. Eu lido com gente, com
alunos, m as lido transform ando e sendo im portante na
vida deles. Acredito que o conhecim ento transform a. Por
quê? Porque m e transform ou. Minha visão de m undo, m
inhas form as de interagir com os outros, m inhas opções
políticas, m inhas convicções religiosas: não existe um único
aspecto da m inha existência que não dialogue com m eus
anos de estudo e form ação. Quando sou professor, eu
quero, em últim a instância, que m eus alunos tam bém
saiam transform ados.
Minha ação foi com preendida nos seus obj etivos… vinte
anos depois. Superadas provas, superadas tensões,
superadas as brigas por disciplinas (ou por drogas ou por
violência e outras coisas), surge um a visão m ais clara do
que eu propunha.
PARA ENCERRAR
***
FILME
CONCLUSÃO
Todo ano com eço um novo curso de graduação e um novo
curso de pós-graduação na Unicam p. Preciso confessar um
a coisa... Apesar de ter com eçado turm as dezenas de
vezes, sinto um a certa tensão antes da prim eira aula. Com
o será a classe? Acho que disfarço bem , m as continua um
incôm odo que se repete todo prim eiro dia de aula, e que
reproduz um certo j ovem nervoso há 30 anos num a sala de
professores. Talvez, para dim inuir o incôm odo, tenho
pensado que esse sentim ento dem onstra que ainda dou m
uita im portância para aquilo que faço, que ainda penso na
recepção da m inha aula e da m inha pessoa com o algo im
portante. Talvez. Pode ser apenas tim idez e certa covardia
tam bém , disfarçadas, encobertas, m as existentes. Mas m
eu m edo traz um a certeza para você: não tem j eito, com
eçando hoj e pela prim eira vez, com 2 anos de m agistério
ou com 20, a experiência de enfrentar 50 j ovens olhando
para você não é fácil. Acho que quem salta de paraquedas
(nunca fiz), deve ter um m edo especial na prim eira vez,
com o eu tive na m inha prim eira turm a. Mas im agino que,
m esm o aquele que salta toda sem ana, ainda tem um m
inuto de ansiedade: e se não abrir desta vez? A coragem
absoluta parece ser um a form a de insanidade.
Este livro foi feito para conversar com a parte que nós,
professores, podem os alterar. Foi pensado para nossa
responsabilidade e nossa ação. Foi feito sem pretensão de
m udar a crônica indiferença dos poderes públicos com a
educação ou a cupidez de alguns em presários da educação.
Escrevi pensando apenas no que está sob m inha
responsabilidade direta e im ediata. Com o disse na
Introdução, era este o espaço que eu acho que fazia falta.
Era esta a m icrofísica do poder que eu procurei atingir. Toda
educação é política e a m inha política com eça (m as não
se encerra) num a aula bem dada, que estim ula o senso
crítico e m ira num m undo m elhor, m as a partir de um a
aula, de um a prova bem organizada e de um plano de
curso coerente.
“diabo sabe m ais por ser velho do que por ser diabo”. A
idade traz m uitas luzes e algum as dores nas articulações.
Envelhecer traz repertório e perspectiva, m as o ponto de
partida está nas perguntas que fiz antes. Você realm ente
acha que o conhecim ento pode m elhorar as pessoas? A
chave de ignição está na crença do conhecim ento. Se você
acredita no que você sabe, se tem consciência do poder
revolucionário do saber, é o início e é o fundam ental. Então
de novo: você acredita no conhecim ento?
OS AUTORES
Table of Contents
INTRODUÇÃO
A aula
Aula e teatro
Eu fiz tudo, m as...
A TAL DA CRIATIVIDADE
Método criativo?
Direção e Coordenação
Os colegas
Para encerrar…
O dia da prova…
Chegou o dia...
Preparando a prova
Aplicando a avaliação
Corrigindo
Entregando
Os cuidados
O dia do Conselho
TECNOLOGIA E SALA DE AULA
Um caso de sucesso
Há algo de bom ?
Para encerrar
CONCLUSÃO
OS AUTORES
Document Outline
INTRODUÇÃO
A AULA-INTRODUÇÃO AO JOGO E SUAS REGRAS
A aula
Primeira linha: você
Segunda linha: conteúdo
Terceira linha: condições externas
Quarta linha: o aluno
Aula e teatro
O que deve ser preparado na prática
Eu fiz tudo, mas...
AS PEDRAS DA NOSSA ESTRADA
Erro 1: Quem é adulto nesta sala?
Erro 2: Agora vocês vão ver…
Erro 3: Decifra-me ou te devoro
Erro 4: Sou um professor, não um aluno mais adiantado
Erro 5: Desistir de um aluno
A TAL DA CRIATIVIDADE
Método criativo?
PAIS, COLEGAS E DIRETORES
Os pais, manual de instruções
Direção e Coordenação
Os colegas
Para encerrar…
APERTEM OS CINTOS, CHEGOU O DIA DA PROVA
O dia da prova…
Chegou o dia...
Preparando a prova
Aplicando a avaliação
Corrigindo
Entregando
Os cuidados
O dia do Conselho
TECNOLOGIA E SALA DE AULA
Ainda apocalípticos e integrados
Não apenas máquinas, mas cérebros
Um caso de sucesso
DISCIPLINA, por Rose Karnal
Fiz o possível, mas este aluno...
POR QUE CONTINUO SENDO PROFESSOR?
Somos todos “chorões profissionais”?
Há algo de bom?
Para encerrar
CONCLUSÃO
LIVROS PARA PENSAR MAIS
OS AUTORES