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2021
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Prof. Dr. Claudio Vieira da Silva
Universidade Federal de Uberlândia
Princípios Gerais
A imunologia é o estudo dos eventos celulares e moleculares
que ocorrem em resposta ao contato com microrganismos e
outras macromoléculas estranhas.
A resposta imune consiste na função fisiológica do sistema
imune promovendo a defesa contra microrganismos
infecciosos e eliminação de substâncias estranhas não
infecciosas e produtos de células próprias danificadas.
A superfície do corpo humano formada por tecido epitelial
queratinizado e as superfícies mucosas constituem
importantes barreiras físicas contra a entrada de
microrganismos. Contudo, quando danificadas se tornam as
principais vias de entrada de patógenos que podem se alojar
em qualquer parte do corpo. Em decorrência da circulação
sanguínea e linfática a imunidade é sistêmica o que torna
possível a presença dos componentes do sistema
imunológico ao longo de todo o corpo onde quer que a
infecção ocorra.
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Imunidade inata
Mecanismos de defesa sempre presentes e prontos para
combater microrganismos e outros agentes agressores
As barreiras físicas e químicas bloqueiam a entrada
microbiana por meio das zônulas de oclusão formadas entre
as células epiteliais bem como pela produção de peptídeos
antimicrobianos.
As células epiteliais produzem duas famílias de peptídeos
antimicrobianos que são as defensinas e catelicidinas.
As defensinas são produzidas por células epiteliais em
superfícies mucosas e apresentam toxicidade direta aos
microrganismos e participam na ativação dos leucócitos.
Catalicidinas são produzidas por células epiteliais de
barreira na pele, trato gastrointestinal e trato respiratório e
conferem proteção contra infecções da mesma forma que as
defensinas.
Os epitélios de barreira contem também certos tipos de
linfócitos chamados linfócitos T intraepiteliais.
Os linfócitos intraepiteliais podem atuar na defesa do
hospedeiro secretando citocinas, ativando fagócitos e
matando células infectadas.
Moléculas
Sistema Complemento
A primeira etapa da ativação do sistema complemento
consiste no reconhecimento de moléculas presentes na
superfície de microrganismos mas não na superfície das
células do hospedeiro.
Esse reconhecimento se dá de três formas, cada uma das
quais referida como uma via distinta da ativação.
Assim temos:
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Imunidade Humoral
A imunidade humoral é mediada por anticorpos secretados.
A iniciação da resposta depende do reconhecimento
específico do antígeno por receptores presentes na
membrana do linfócito B chamados BCR.
As respostas de anticorpos são T-dependentes ou T-
independentes, dependendo da natureza do antígeno e do
envolvimento de células T auxiliares.
Sendo que,
As respostas aos antígenos proteicos requerem ajuda do
linfócito T CD4 de modo que esses antígenos são chamados
T-dependentes. Nessas respostas os linfócito B começam
produzindo o anticorpo IgM mas logo, algumas células B
ativadas começam a secretar anticorpos de classes
diferentes. Essa capacidade de mudança de classe ou
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Doenças de hipersensibilidade
Em condições normais, as respostas imunes eliminam os
microrganismos sem provocar graves lesões aos tecidos do
hospedeiro. No entanto, essas respostas são algumas vezes
controladas de maneira inadequada, inapropriadamente
direcionadas aos tecidos do hospedeiro ou desencadeadas
por microrganismos comensais ou antígenos ambientais que
geralmente são inócuos. Nessas situações a resposta imune
torna-se a causa da doença. Essas doenças são chamadas
doenças de hipersensibilidade.
Causas das doenças de hipersensibilidade
Autoimunidade: reações contra antígenos próprios. A falha
dos mecanismos de autotolerância resulta em reações de
células T e B contra as próprias células e tecidos do
indivíduo.
Reações contra microrganismos. As respostas imunes
contra antígenos microbianos podem causar doença se as
reações forem excessivas ou contra microrganismos
persistentes, que podem levar a quadros de inflamação
grave, formação de granuloma e deposição de
imunocomplexos ou complexos imunes.
Respostas imunes contra microrganismos com reações
cruzadas com antígenos do hospedeiro também podem ser
causas de doenças de hipersensibilidade.
Reações contra antígenos ambientais não microbianos.
Respostas imunes contra substancias ambientais
normalmente inócuas são causas das doenças alérgicas e
da hipersensibilidade de contato.
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Tolerância Imunológica e
Autoimunidade
Como vimos, muitas doenças de hipersensibilidade
envolvem mecanismos de autoimunidade. Nesse sentido,
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Mecanismos de autoimunidade
Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da
autoimunidade são:
Suscetibilidade genética e os desencadeadores ambientais
como infecções e lesão tecidual.
Genes de suscetibilidade podem quebrar os mecanismos de
autotolerância, enquanto as infecções ou necrose nos
tecidos promovem o influxo de linfócitos autorreativos e a
ativação dessas células resultando em lesão tecidual.
Papel das infecções no desenvolvimento da
autoimunidade
Normalmente, o encontro de uma célula T autorreativa
madura com um autoantígeno apresentado por uma APC em
repouso, com deficiência de coestimuladores resulta em
tolerância periférica por anergia. Contudo, microrganismos
podem ativar as APCs para expressarem coestimuladores e
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Imunologia do Transplante
O transplante é o processo de remoção de células, órgãos
ou tecidos, chamados enxertos, de um indivíduo e sua
transferência para outro indivíduo.
Os imunologistas de transplantes desenvolveram um
vocabulário especial para descrever os tipos de células e
tecidos encontrados no contexto dos transplantes.
Assim, um enxerto transplantado de um indivíduo para o
mesmo indivíduo é chamado enxerto autólogo. Um enxerto
transplantado entre dois indivíduos geneticamente idênticos
é denominado enxerto singênico. Um enxerto transplantado
entre dois indivíduos geneticamente diferentes da mesma
espécie é chamado de enxerto alogênico ou aloenxerto. Um
enxerto transplantado entre indivíduos de espécies
diferentes é chamado de enxerto xenogênico ou
genoenxerto. As moléculas reconhecidas como estranhas
em enxertos são chamadas aloantígenos ou xenoantígenos
quando se tratar de espécies diferentes. Da mesma forma,
os linfócitos e anticorpos que reagem com os alo ou
xenoantígenos são descritos como alorreativos ou
xenorreativos.
Princípios gerais da imunologia do transplante
O transplante de células ou tecidos de um indivíduo para
outro geneticamente não idêntico leva invariavelmente à
rejeição do transplante devido a uma resposta imune
adaptativa.
Nesse contexto, o resultado de pesquisas em modelos
experimentais revelaram a importância da resposta imune
adaptativa e sua memória imunológica nos eventos de
rejeição de enxertos.
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Macrófagos
Os macrófagos são capazes tanto de inibir como de
promover o crescimento e disseminação dos cânceres,
dependendo de seu estado de ativação.
Os macrófagos M1 podem matar muitas células tumorais e
estão envolvidos em uma resposta pró-inflamatória.
Já os macrófagos M2 são células ativadas alternativamente
que tem a capacidade de secretar citocina
imunossupressora como o TGF-beta e fatores de
crescimento vascular (VEGF) que induz a formação de
vasos sanguíneos favorecendo a progressão do tumor.
Diante disso podemos vislumbrar a promoção do
crescimento tumoral desencadeada pelo estabelecimento
de microambiente tumoral anti-inflamatório. Assim, tumores
estabelecidos costumam criar um microambiente que
suprime a imunidade antitumoral e promove o crescimento
das células cancerosas. Os tumores alteram o fenótipo das
células dendríticas de modo a promover a diferenciação de
células Th2 e células T reguladoras anti-inflamatórias, as
quais promovem então a diferenciação e o acumulo de
macrófagos M2 e células supressoras derivadas da
mielóide. Essas células bloqueiam a ação de linfócitos
citotóxicos antitumorais e também bloqueiam as células T
auxiliares da subpopulação Th1, além de fornecerem fatores
de crescimento para as células tumorais e vasos sanguíneos
tumorais.
Evasão das respostas imunes pelos tumores
A imunidade antitumoral se desenvolve quando as células T
reconhecem os antígenos tumorais e são ativadas. Contudo,
as células tumorais podem evadir as respostas imunes
produzindo citocinas imunossupressoras como o TGF-beta
ou expressando ligantes para receptores de inibição de
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