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Esther Santos 77

IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA


ANATOMIA E FUNÇÕES DOS TECIDOS LINFOIDES Nascimento-puberdade

ÓRGÃOS LINFOIDES GERADORES PRIMÁRIOS Ao nascimento, a hematopoiese ocorre nos ossos longos de
todo o esqueleto
Duas funções importantes compartilhadas por eles são o
fornecimento de fatores de crescimento e outros sinais Adulto
moleculares para a maturação dos linfócitos e a apresentação Restrita à medula de ossos chatos esterno, vértebras, ossos
de autoantígenos para reconhecimento e seleção dos ilíacos e costela
linfócitos em maturação (para que eles não ataquem o que é
próprio) HEMATOPOIESE
Medula óssea sítio de maturação das células B Ambas as respostas, inata adquirda dependem das atividades
o Os linfócitos B são produzidos e amadurecem dos leucócitos, que juntamente com as hemácias e as
parcialmente na medula e vão pro baço, onde plaquetas são originários da medula óssea.
completa a maturação. Depois, migram para os
órgãos linfoides secundários Todas elas se originam de células-tronco hematopoiéticas
(HSC) que são pluripotentes da medula, que dão origem a
Timo maturação das células T
progenitoras imediatas de hemácias e plaquetas, além das 2
o São produzidos na medula mas amadurecem no
principais categorias de leucócitos: linhagem linfoide e
timo e migram para os órgãos linfoides periféricos
mieloide
ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS

Linfonodos
Baço
MALT (tecido linfoide associado à mucosa)
o Anel de Waldeyer: tonsila palatina, lingual, faríngea
e tubária
Esses órgãos são necessários para se dar inicio das
respostas imunes adaptativas, pois os linfócitos e as APCs
estão localizados e concentrados em áreas para onde os
antígenos estranhos vão ser levados. Isso garante que
antígenos e linfócitos naive antígeno-específico fiquem
localizados nas mesmas regiões.
MEDULA ÓSSEA
É o sítio de geração de células sanguíneas circulantes
(hematopoiese) e sítio de maturação dos linfócitos B
(parcialmente, pois depois eles vão pro baço para completar)

LINHAGEM MIELOIDE
O progenitor mieloide comum é da origem mieloide que inclui
a maioria das células do sistema imune inato, exceto as
células NK.
Obs: quando a medula é lesada ou quando exige uma
demanda muito grande de novas células sanguíneas, o fígado Esse progenitor vai ser precursor
e o baço se tornam sítios de hematopoiese extramedulares
Monócitos (não maduros) que originam os macrófagos
No feto (quando vai pro sangue, está maduro)
Granulócitos neutrófilos, eosinófilos e basófilos
A hematopoiese ocorre nas ilhotas sanguíneas junto ao saco
Célula dendríticas
vitelínico e mesenquima para-aórtico. Depois, entre o 3º e 4º
mês de gestação muda pro fígado.

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ORIGEM LINFOIDE Por todo o timo, há células epiteliais não linfoides contendo
muito citoplasma, as células epiteliais corticais produzem IL-
O progenitor linfoide comum da medula óssea dará origem 7 (interleucina 7, um tipo de citocina) necessária ao
aos linfócitos do sistema imune adaptativo e as células NK da desenvolvimento inicial da célula T
imunidade inata
MEDULA
Obs: as células NK é um tipo de linfócito que responde à
presença de infecção, mas não é específico par antígeno, por
isso é do sistema imune inato

Linfócitos B ou células B após um antígeno se ligar a


um receptor de antígenos de célula B, o linfócito irá se
proliferar e diferenciar-se em células plasmáticas
Linfócitos T ou células T após sua ativação depois do
seu primeiro contato com o antígeno, diferencia-se em um
dos tipos funcionais de linfócitos T efetores
Células natural killer, ou NK Na medula existe um tipo de célula epitelial chamada células
TIMO epiteliais medulares tímicas, que exercem papel especial na
apresentação de autoantígenos para as células T em
Mediastino anterior, local de maturação da célula T, que desenvolvimento, causando sua eliminação.
involui após a puberdade de modo que no adulto é
praticamente indetectável. Possui 2 lobos e cada um possui É como se no processo de maturação, houvesse um teste
córtex e medula com autoantígenos (próprios) para ver se os linfócitos T
atacam, se eles atacarem, eles são eliminados
Mecanismo que garante que o sistema imune permaneça
tolerante aos autoantígenos
Na medula também existem os corpúsculos de Hassal,
compostas por espirais firmemente compactadas de células
epiteliais que podem ser remanescentes de células em
degeneração
Os linfócitos no timo, ou timócitos, são células T em vários
SÍNDROME DE DIGEORGE
estágios de maturação.
Primeiro começa no córtex, depois vai pra medula, por isso ela Distúrbio congênito resultante de defeito embrionário das
possui principalmente células T maduras. células da crista neural das 3ª e 4ª bolsas faríngeas, que vão
dar origem ao timo, paratireoides e arco aórtico
Somente as células T naive maduras saem do timo e entram
na circulação para ir em direção aos tecidos linfoides periféricos Ocorre pela deleção dos genes envolvidos do cromossomo 22
(gene 22q11)
Obs: depois que o timo atrofia, as células T são armazenadas
em diversos locais do corpo, principalmente as tonsilas ASPECTOS CLÍNICOS
palatinas (amigdalas) Podem ser observados ainda no período neonatal
CÓRTEX DISMORFISMOS CRÂNIO FASCIAIS

Contém uma coleção densa de linfócitos T Hipertelorismo, orelhas de implantação baixa e chanfradas,
fendas palatinas etc

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MALFORMAÇÕES DE VIAS AÉREAS Obs: para administrar as vacinas de forma segura, contagem
de células TCD4+ igual ou acima de 500 cels/mm3
Insuficiência velofaringeana, ou seja, fechamento incompleto
da velafaringeana durante a fala Quando há defeito grave de célula T, principalmente em
casos de aplasia do timo, é indicado o transplante de células
tímicas, com sobrevida em torno de 50%
DIAGÓSTICO

Aconselhamento genético, visto que é de caráter familiar


Devem ser seguidos critérios para a realização do teste
FISH

CARDIOPATIAS
Ocorre em 80% dos pacientes, por causa de um defeito na
migração e interação das células da crista neural durante a
formação embrionária da árvore aorticopulmonar

Malformações truncais
Tetralogia de fallot
Interrupção do arco aórtico
Defeito no septo ventricular

OUTROS

Malformações renais
Hipocalcemia, tetanias e convulsões por causa da hipo
ou aplasia das paratireoides
Alterações neurológicas e comportamentais
Distúrbios de linguagem
Citopenias auto-imunes e artrite reumatoide infantil (ARJ)

SISTEMA IMUNOLÓGICO
80% dos casos apresentam baixo número de linfócito T e
maior susceptibilidade a infecções por vírus e fungos
SISTEMA LINFÁTICO
Forma completa de SDG linfócito T inferior a 1 a 2% de
linfócitos totais Os vasos linfáticos desse sistema vão drenar o liquido
intersticial, um filtrado de plasma para fora dos capilares, para
SDG parcial número de células T normal, com adequada os linfonodos ao longo dos vasos.
linfoproliferação por mitógenos
Esses vasos possuem válvulas de sentindo único junto aos
É comum em muitos casos as infecções de repetição, sem seus lumens, prevenindo o fluxo retrógrado do liquido, que é a
comprometimento celular, mas decorrente principalmente dos linfa.
defeitos anatômicos das vias aéreas
A linfa é bombeada para o interior de vasos linfáticos maiores
A maioria dos pacientes possuem função tímica normal, ao por meio da contração das células musculares lisas e pela
nascer os pacientes podem ter o numero reduzido de células, pressão do movimento dos tecidos musculoesqueléticos
mas com resposta significativa à estimulação com mitógenos e
antígenos, além de produção normal de anticorpos a Os vasos se fundem aos aferentes linfáticos que drenam para
antígenos vacinais dentro de linfonodos, e do linfonodo para outro a partir dos
linfáticos eferentes (que saem)

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No fim, o ducto torácico e o ducto linfático direito recebem Sob o assoalho interno do seio subescapular, tem o córtex
toda a drenagem das regiões do corpo e os esvaziam na veia rico em linfócitos B que estão agregados dentro das células
cava superior, para que o liquido retorne à corrente sanguínea chamadas folículos.
O córtex ao redor dos folículos (parafolicular) é povoado por
linfócitos T e DCs
Obs: essa segregação anatômica entre esses linfócitos
garante que eles estejam em contato com as APCs (células
apresentadoras de antígenos) apropriadas, por exemplo,
células B com FDCs (células dendríticas foliculares) e células
T com DCs
BAÇO

Os vasos linfáticos coletam antígenos antimicrobianos de suas


portas de entrada (pele, TGI e respiratório) e os distribuem
aos linfonodos, onde esses antígenos estimulam
respostas imunes adaptativas Altamente vascularizados, que tem a função de
Todos esses tecidos são revestidos por barreira epiteliais que Remover da circulação as células sanguíneas
contem DCs (células dendríticas) que capturam antígenos envelhecidas e danificadas
microbianos e a sua migração dos vasos para os linfonodos é Remover as partículas, como imunocomplexos e
guiado pelas quimiocinas produzidas no linfonodo. microrganismos opsonizados (cobertos com anticorpos)
Então, os linfonodos dos vasos são como filtros que amostram Iniciar respostas imunes adaptativas a antígenos
a linfa para antígenos solúveis e DC associados, esses transportados pelo sangue

adaptativo para começar a resposta. Os indivíduos sem baço são suscetíveis a infecções
disseminadas por bactérias encapsuladas (por isso
LINFONODOS eles precisam tomar a vacina delas), como os
Possuem acesso aos antígenos que são drenados pelos vasos pneumococos e meningococos, porque eles são
linfáticos, favorecendo a iniciação de respostas imunes depurados por opsonização e fagocitose, e essa
adaptativas. função é defeituosa se o baço estiver ausente.

Os linfáticos aferentes esvaziam dentro do seio subscapular O parênquima esplênico é dividido em polpa vermelha e polpa
(contem macrófagos que fagocitam os organismos infeciosos, branca
reconhecidos por receptores de superfície) e depois a linfa vai
para o seio medular conectado, para depois sair pelos POLPA VERMELHA
linfonodos eferentes.
Constituídas de sinusoides vasculares cheios de sangue, e
macrófagos que atuam removendo microrganismos, células
danificadas e microrganismos opsonizados

POLPA BRANCA
Rica em linfócitos, células mediadoras de respostas imunes
adaptativas. A arquitetura da polpa branca é análoga aos dos
linfonodos, com zonas segregadas de linfócitos T e B
SISTEMAS IMUNES CUTÂNEO E DE MUCOSA

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As principais barreiras epiteliais do corpo, como a pele, da infecção (por isso, inata) e que facilitam rápidas respostas
mucosa TGI e mucosa bronquial possui seu próprio sistema contra os invasores.
de linfonodo.
A imunidade adquirida vai depender de uma resposta que vai
O da pele evoluiu para responder a uma ampla variedade de ser estimulada pela exposição a agentes infecciosos, e que vão
microrganismos ambientais aumentar a magntitude e a resposta à infecção após cada
infecção sucessiva a um microorganismo em particular
Os das mucosas são chamados de tecidos linfoides (específica), porque ela vai gerar a memória.
associado à mucosa (MALT) e estão envolvidos nas
respostas imunes a antígenos e microrganismos ingeridos e Esse sistema vai reconhecer e reagir a um grande número de
inalados. substancias microbianas e não microbianas, chamadas
antígenos.
Ambos possuem muitas células tanto do sistema inato quando
do adaptativo e uma características desses tecidos é que eles Esses dois tipos de imunidade estabelecem conexão entre si.
são densamente povoados por microrganismos Por exemplo, a resposta inata aos microorganismos vai
comensais, alguns essenciais à fisiologia, o sistema imune fornecer os primeiros sinais de perigo que vão estimular as
evoluiu para não eliminar esses seres. respostas imunes adaptativas.

CONCEITOS INICIAIS Por outro lado, as respostas adaptativas podem trabalhar de


modo a intensificar os mecanismos protetores da imunidade
IMUNIDADE inata, para que eles se tornem mais capazes de combater os
microrganismos.
É a proteção contra uma doença infecciosa
CARACTERÍSTICAS
SISTEMA E RESPOSTA IMUNE
O sistema imune vai ser constituído de células e moléculas que 1. TOLERÂNCIA A SI PRÓPRIO
vão promover a imunidade e a resposta imune vai ser a reação O nosso sistema imune normalmente não reage aos
aos microorganismos, assim como as moléculas, que são antígenos próprios do nosso corpo.
reconhecidas estranhas, independentemente da consequência
fisiológica ou patológica de tal reação. existem diferentes mecanismos que são usados pelo sistema
imune inato e adaptativo para prevenir essas reações contra as
Isso porque pode acontecer das moléculas próprias do corpo células próprias sadias
desencadearem respostas imune (doenças autoimunes)
2. A IMUNIDADE É SISTÊMICA
IMUNIDADE INATA E ADPTATIVA
Porque os linfócitos e outras células imune conseguem transitar
pelos tecidos, de forma que se a resposta imune for iniciada em
um local, ela também vai poder proteger locais distantes desse
inicial.
Essa característica é essencial para o sucesso da vacinação,
porque a vacina administrada no tecido subcutâneo ou
muscular do braço consegue proteger contra infecções em
qualquer outro tecido

3. AS RESPOSTAS IMUNE SÃO REGULADAS


Elas são reguladas por um sistema de alças de feedback
A defesa contra os microorganismos pode ser mediada por dois positivo que vão ampliar a reação e também por mecanismos
tipos de respostas: imunidade inata (ou natural ou nativa) e de controle que vão prevenir reações inapropriadas ou
imunidade adquirida (ou adaptativa ou imunidade específica) patológicas.

A imunidade inata é essencial para a defesa contra os Isso porque, quando os linfócitos são ativados, eles disparam
microorganismos nas primeiras horas/dias após a infecção, mecanismos que aumentam a magnitude da resposta,
sendo mediada por mecanismos que já existiam antes mesmo causando um feedback positivo que vai capacitar um pequeno
numero de linfócitos, específicos, a gerarem uma ampla
resposta (por exemplo, aumentando o número daquele linfócito

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especifico que estava em pequena quantidade para melhorar o epiteliais por traumatismo predispõe um individuo à infecções.
combate) Esses epitélios incluem
Os mecanismos de controle também servem para por limite nas Pele
respostas, ou seja, vão prevenir a ativação excessiva de Mucosa do trato gastrointestinal, Respiratório e
linfócitos, pois isso poderia causar danos aos tecidos normais, Genitourinário
além de prevenirem respostas contra os autoantígenos

CÉLULAS EPITELIAIS
Formam zonas de oclusão umas com as outras, bloqueando a
passagem de microrganismos entre as células. As camadas de
queratinas que provem dos queratinócitos mortos, servem para
bloquear a penetração microbiana, por exemplo.

MUCOSA EPITELIAL
Secreta o muco, que impede os microrganismos de aderir ao
epitélio e, no trato respiratório, podem ser expelidos pelo fluxo
de muco devido ao movimento dos cílios do epitélio da mucosa.
Obs: a fibrose cística é uma doença que produz um muco
anormalmente espesso ou com inibição do movimento ciliar,
por isso as pessoas com essa doença frequentemente
possuem infecções pulmonares.

IMUNIDADE INATA: A DEFESA INICIAL No intestino, o peristaltismo é importante para manter tanto a
comida quanto os agentes infecciosos em movimento
Impedem, controlam e eliminam a infecção
Também é capaz de estimular resposta adquirida Obs: pessoas com falha no peristaltismo podem ter um
supercrescimento de bactérias no lumen intestinal,
O sistema imune inato responde quase imediatamente a promovendo infecções
microorganismos e células lesadas, e como eles não são
específicos, vão provocar respostas praticamente idênticas. A microbiota comensal do intestino também produz ácido
láticos (pelos lactobacilos vaginais) e bactericidas.
Os receptores vão ser específicos, mas para aquelas estruturas
que são comuns a grupos de microorganismos Obs: quando os comensais são destruídos com antibióticos, os
relacionados, não fazendo a distinção das pequenas diferenças patógenos com frequência os substituem e causam doenças
entre eles. Por exemplo, reconhecem uma proteína de parede
PROTEÍNAS ANTIMICROBIANAS
que é compartilhada por diversos tipos de bactérias.
A superfície epitelial também produz substancias químicas que
BARREIRAS EPITELIAIS são microbicidas ou que inibem o crescimento microbiano, os
As superfícies corporais são protegidas por epitélios, que peptídeos antimicrobianos:
impõem uma barreira física entre o meio interno e externo que Defensinas
contém patógenos. A perda da integridade dessas camadas
Catelicidinas

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Histatinas As respostas são específicas para:

DEFENSINAS Antígenos distintos


Determinantes ou epítopos (porções diferentesde um
Possui estrutura anfipática e rompe a membrana celular de único complexo proteico, polissacarídeo ou de outra
bactérias, fungos e a membrana envelopada de alguns vírus macromolécula)
São produzidas por células epiteliais, leucócitos granulócitos, Essa especificidade existe porque cada linfócito expressa
células NK e linfócitos T citotóxicos receptores de membrana que conseguem distinguir as
diferenças de cada epítopos distintos
CATELICIDINAS
Produzidas por neutrófilos e células epiteliais de barreira na SELEÇÃO CLONAL
pele, TGI e trato respiratório De acordo com essa hipótese de Macfarlane Burnet, clones de
Quando ativas, conferem proteção contra infecções, pois é linfócitos antígeno-específicos se desenvolvem antes e
toxica a muitos microrganismos independentemente da exposição ao antígeno, ou seja, estão
presentes em indivíduos não imunizados e são capazes de
HISTATINAS reconhecer e responder aos antígenos estranhos.

Produzidos pelas glândulas paratireoide, sublingual, Ou seja, nós temos tantos linfócitos para responder a diferentes
submadibular da cavidade oral antígenos que pode acontecer de um microrganismo entrar no
corpo e já estarmos preparados para recebe-lo, mas isso não
São ativos contra fungos patogenisoc, como Candida quer dizer que vai haver resposta, pois precisa haver um
albicans reconhecimento para depois acontecer a ativação e gerar a
LINFÓCITOS T INTRAEPITELIAIS resposta.

Os epitélios de barreira contem certos tipos de linfócitos, EXPANSÃO CLONAL


incluindo os linfócitos T intraepiteliais, que reconhecem e Um atígeno introduzido se liga (seleciona) às células do clone
respondem aos microrganismos comumente encontrados antígeno-específico preexistente e a ativa, assim, essa célula
Embora a maioria dos T sejam mediadores da imunidade se prolifera e gera milhões de descendentes com a mesma
adquirida, os linfócitos T intraepiteliais são diferentes porque especificidade.
possuem diversidade limitada de receptores antigênicos, A diversidade é a capacidade do repertório de linfócitos (total
comparada aos da imunidade adquirida de especificidades antigênicas dos linfócitos em uma pessoa)
Além disso, é possível que esses linfócitos sejam ativados por para reconhecer um numero grande de antígenos.
citocinas e outras moléculas em resposta ao estresse das Essa diversidade é o resultado da variabilidade nas estruturas
células epiteliais, não por reconhecimento do antígeno dos sítios de ligação ao antígeno dos receptores antigênicos
IMUNIDADE ADAPTATIVA dos linfócitos.
A diversidade é essencial para defender os indivíduos contra
Reconhecem as substancias que induzem respostas no
diversos patógenos no ambiente
hospedeiro, ou seja, os antígenos
É uma defesa tardia
o Específica ao agressor
o Depende de uma exposição a aquele
microorganismo
o Gera células de memória
A resposta vai ser mediada por linfócitos B e T, que expressão
receptores altamente diversos que são capazes de reconhecer
muitos antígenos (substancia que induz resposta).
CARACTERÍSTICAS DAS RESPOSTAS ADAPTATIVAS

ESPECIFICIDADE E DIVERSIDADE

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NÃO REATIVIDADE AO PRÓPRIO (AUTOTOLERÂNCIA)
O sistema imune não reage prejudicialmente aos antígenos do
próprio individuo, mas sim aos antígenos não próprios.
A não responsividade (responder) imunológica também é
chamada de tolerância, que é mantida por diversos
mecanismos:

Eliminação de linfócitos que expressam receptores


específicos para alguns autoantígenos, inativando os
linfócitos autorreativos ou suprimindo essas células
pela ação de células reguladoras
Anormalidades na indução ou manutenção desse mecanismo
A expansão clonal é como se eu tenho milhões de linfócitos, leva a respostas imunes contra os autoantígenos (antígenos
com um pouco de cada especifico para cada antígeno, e autólogos), podendo resultar em doenças autoimunes.
quando for necessário e ocorrer a ativação de um clone, gerar VISÃO GERAL DA IMUNIDADE HUMORAL E MEDIADA
outros milhares de clones para aumentar a quantidade de
POR CÉLULAS
linfócitos para combater aquele microrganismo.
A resposta imune adaptativa pode se dar por 2 tipos, que são
MEMÓRIA induzidos por linfócitos diferentes, atuando contra diferentes
A exposição do sistema imune a um antígeno estranho tipos de microrganismos:
aumenta sua capacidade de responder àquele antígeno, de Imunidade humoral
modo que as respostas imunes secundárias são mais rápidas, Imunidade mediada por células
de maior magnitude e com frequência diferente da primeira.
Pesquisadores clarearam o significado dos termos:
A memoria imunológica ocorre porque cada exposição a um
antígeno gera células de memória de vida longa específicas Anticorpo proteínas séricas que se ligam a substâncias
para ele. estranhas, como toxinas
Existem 2 razões para a reposta 2ª ser mais forte: Antígenos são as substancias estranhas
1. As células de memória se acumulam, sendo mais do que IMUNIDADE HUMORAL
os linfócitos naive específicos para o antígeno no
momento da exposição inicial Mecanismo de defesa contra microrganismos e suas
2. Células de memória reagem mais rápida e vigorosamente toxinas que estão fora das células
ao antígeno do que os linfócitos naive o Ex.: lumen do TGI e respiratório e no sangue
Mediado por moléculas no sangue (chamados humores) e
Assim, a memória permite que o sistema imune combata em secreções mucosas, que são os anticorpos
infecções por microrganismos prevalente no ambiente e Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B
encontrados repetidamente Eles reconhecem antígenos microbianos, se ligam ao
microrganismo e suas toxinas, neutraliza e ajuda na
eliminação
Ajuda na eliminação marcando os microrganismos para
que eles sejam eliminados pelos fagócitos e pelo sistema
complemento

IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS

Mecanismos de defesa contra microrganismos


intracelulares
o Como um vírus que sobreviveu dentro do fagócito e
continua se replicando, sendo inacessíveis aos
anticorpos circulantes

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Mediado pelos linfócitos T
Promove a destruição do microrganismo dentro dos
fagócitos
Pode acontecer de eliminar a célula infectada junto,
para acabar com o reservatório da infecção e o
microrganismo

CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE INATO


O progenitor mieloide comum é precursor das células do
sistema imune inato

Os do sistema imune adquirido, são os linfócitos T e B

IMUNIDADE ATIVA
É uma forma de imunidade induzida pela exposição de um
antígeno (a pessoa é dita sensibilizada ao antígeno), porque o
individuo tem um papel ativo na resposta ao antígeno 1- FAGÓCITOS
Linfócitos naive linfócitos dos indivíduos que nunca Os fagócitos são constituídos de várias células, dentre elas, os
encontraram um antígeno particular, implicando que ambos são neutrófilos e os macrófagos (monócitos maduros) são a
imunologicamente inexperientes primeira linha de defesa da imunidade inata depois que o
Individuo imune resposderam a um antígeno microbriano microrganismo atravessa as barreiras epiteliais, mas também
e agora estão protegidos de exposições futuras contra esse são importantes na fase efetora das respostas imunes
mesmo microrganismo adaptativas

IMUNIDADE PASSIVA
Imunidade conferida por meio da transferência de anticorpos
de um individuo imunizado para um que nunca encontrou o
antígeno. É um método útil na medicina para conferir
resistência rapidamente, sem precisar esperar a resposta
imune ativa

Transferência de anticorpos da mãe para o feto pela MONÓCITOS E MACRÓFAGOS FAGÓCITOS e APCs
placenta e pela amamentação
Soros para infecções rábicas ou picadas de serpentes
Pacientes com doenças imunodeficientes genéticas são
imunizados passivamente pela transferência de um pool
de anticorpos de doadores saudáveis

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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA


Os macrófagos residem na maioria dos tecidos corporais e são
a forma madura dos monócitos, que circulam no sangue.
Quando os monócitos saem do sangue para os tecidos eles
viram macrófagos
Durante o desenvolvimento fetal, o fígado e o saco vitelínico
produziam macrófagos que iam para os tecidos e se
diferenciavam em diferentes células com funções de São as células mais numerosas e importantes na imunidade
macrófagos inata. São produzidos na medula óssea e surgem do progenitor
mieloide comum, que também vai originar os monócitos

Fagocitam e destroem microrganismos, bactérias e


fungos em vesículas intracelulares
Principalmente microrganismos opsonizados e produtos
de células mortas
O citoplasma é cheio de grânulos, contendo enzimas
(lisozima, colagenase e elastase) e substâncias
microbicidas, principalmente, defensinas e catelicidinas
Após entrarem nos tecidos, os neutrófilos atuam e depois
de 1-2 morrem, por isso possui baixa expectativa de vida
Além disso, os neutrófilos também podem matar os
Engolfam e matam os microrganismos, sendo uma microrganismos extracelulares, mas com a liberação dos seus
importante defesa de 1ª linha da imunidade inata grânulos e substâncias antimicrobicidas elas podem danificar
Possuem vida relativamente longa, por isso eles os tecidos sadios
conseguem apresentar o antígeno para as células T e
estimular a imunidade adaptativa Obs: deficiência hereditárias na função dos neutrófilos levam a
uma infecção bacteriana devastadora, que será fatal se não for
Vivem mais que os neutrófilos, por isso eles são as células
tratada
efetoras dominantes nos estágios mais tardios da resposta
imune inata, decorridos vários dias do inicio de uma
infecção

Funções específicas dos macrófagos

Ingerem microrganismos pela fagocitose e os destroem


Ingerem células necróticas do hospedeiro e neutrófilos que
morrem após se acumularem em sítios de infecção, além
de reconhecerem e englobarem células apoptóticas (pois
seus conteúdos podem induzir respostas inflamatórias),
por isso são limpadoras do organismo
Atuam também como APCs que exigem fragmentos de
antígenos proteicos e ativam os linfócitos T
Também coordenam respostas imunes, pois secretam
citocinas sinalizadoras que ativam outras células do
sistema do sistema imune para gerar respostas
Por fim, promovem o reparo dos tecidos lesados,
estimulando a angiogênese e a síntese de matriz EUSINÓFILOS E BASÓFILOS GRANULÓCITOS
extracelular rica em colágeno (fibrose) FAGÓCITOS

NEUTRÓFILOS GRANULÓCITOS FAGÓCITOS

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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA


Função na imunidade adquirida
A principal função delas é ativar os linfócitos T pela
apresentação de antígenos derivados de patógenos em sua
superfície, ativando os receptores de antígenos dos linfócitos T
por isso elas são denominadas como células
apresentadoras de antígenos (APCs)
Ambos derivam da medula óssea e circulam no sangue,
podendo ser recrutados para os sítios inflamatórios DCs clássicas
Ambos expressão grânulos citoplasmáticos contendo Capturam antígenos proteicos de microrganismos que entram
enzimas nocivas às paredes celulares de parasitas, mas através dos epitélios e estimulam as células T
que também podem danificar as células do hospedeiro,
processo chamado de eusinofilia DCs plasmocitoides

Acredita-se que eles sejam importantes na defesa contra São as principais produtoras de citocinas interferons (IFNs) de
parasitos que são muito grandes para serem ingeridos por tipo I, que promovem atividades antivirais potentes e exercem
macrófagos ou neutrófilos, por isso eles fazem a digestão papel importante na defesa do hospedeiros contra o vírus
extracelular

Os basófilos produzem e secretam histamina, por isso


ele está relacionado com processos inflamatórios também,
em que seus efeitos são mais prejudiciais que protetores
Os eosinófilos também possuem IgE na sua superfície, e
quando um exame mostrar que tem IgE aumentado e
negativo para parasitose, o aumento de eosinófilos pode
estar associado a questões alérgicas Células dentríticas foliculares
CÉLULAS DENTRÍTICAS (DCs) FAGÓCITOS E APCs Exibem morfologia dendríticas mas não estão associadas às
São residentes nos tecidos e também circulam no sangue, elas DCs discutidas.
percebem a presença de microrganismos e iniciam reações da Não derivam de precursores da medula e não apresentam
defesa inata, além de iniciar respostas imunes adaptativas antígenos a células T, mas estão envolvidas na ativação da
célula B junto aos órgãos linfoides
Por esse motivo, elas formam uma ligação crucial entre a
resposta imune inata e a adaptativa 2- MASTÓCITOS

A maioria das DCs fazem parte da linha mieloide de células


hematopoiéticas e surge de um precursor que também
consegue se diferenciar em monócito Derivados da medula óssea a estão presentes nos tecidos
adjacentes a vasos e nervos.
Função na imunidade inata
Expressão receptores de membrana com alta afinidade com o
Elas fazem fagocitose e degradam os patógenos que anticorpo IgE e geralmente são cobertos por ele, quando o IgE
capturam, pois elas expressam TLRs e outros receptores que se liga a um antígeno, os mastócitos são ativados e liberam
reconhecem moléculas microbianas, e respondem aos seus conteúdos dos grânulos citoplasmático no meio
microrganismos secretando citocinas que recrutam e ativam extracelular, como a histamina promove alterações nos
células inatas no sítio de infecção vasos sanguíneos que causam inflamação

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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA


Os mastócitos também são ativados independentes de IgE, Elas originam a maioria dos anticorpos de alta afinidade e ela
por exemplo quando reconhecem produtos microbianos, que protege o indivíduo contra infecções repetidas pelos
atuando como sentinela do sistema inato mesmos microrganismos
3- CÉLULAS NATURAL KILLER (NK) Células B da zona marginal
Encontrada no baço, produz anticorpos com diversidade
limitada

Célula B-1
Encontradas nos tecidos de mucosa, na cavidade peritoneal e
pleural, produz anticorpos com diversidade limitada

Possui morfologia e funções efetoras similares a das células T,


porém são desprovidas de receptores antigênicos de célula
T
Como ele reconhece a infecção mas não é especifico para
antígeno, é considerado como célula do sistema imune inato
Elas podem reconhecer e matar algumas células anormais,
LINFÓCITOS T
como células tumorais e células infectadas por vírus.
São as células mediadoras da imunidade celular, que
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO surgem a partir de células precursoras na medula óssea que
A imunidade adaptativa é composta pelos linfócitos migram e amadurecem no timo, portanto, são derivados de lá
antígenos-específicos, de dois tipos: linfócitos T e B Linfócitos naive linfócito T maduro que nunca encontrou
Linfócitos virgens aqueles que ainda não fora ativados por um antígeno estranho
antígenos Após a ativação dos linfócitos naive, eles se tornam maiores e
Linfócitos efetores já encontraram seu antígeno, já foram começam a se proliferar e de diferencia em um dos diferentes
ativados e se diferenciaram em linfócitos totalmente funcionais tipos de linfócitos T efetores, que possuem funções divididas
em 3 grandes classes
LINFÓCITOS B
Morte células T citotóxicas
Responsáveis pela produção de anticorpos Ativação células T auxiliares
(imunoglobulinas, Igs) Regulação células T reguladoras
Após o antígeno se ligar a um receptor de célula B (BCR),
CÉLULAS T CITOTÓXICAS (CTLS CD8+)
também conhecido como imunoglobulina de membrana, o
linfócito B irá se proliferar e se diferenciar em células Expressam uma proteína de superfície que a diferencia, CD8+,
plasmáticas (forma efetora) e eles possuem grânulos citoplasmáticos diversos de proteínas
que, quando liberadas, matam as células reconhecidas pelas
Existem 3 principais subpopulações de células B que estão
células T citotóxicas
encontradas em localizações anatômicas distintas junto aos
tecidos linfoides Essas células são principalmente vírus ou outro patógeno
intracelular
Células B foliculares
Encontradas nos tecidos linfoides e sangue, são as moléculas CÉLULAS T AUXILIARES (CD4+)
efetoras-chave secretadas de imunidade adaptativa Expressão o marcador CD4+ elas ativam os linfócitos B,
humoral macrófagos e células dendríticas via moléculas de
superfície, como CD40-ligante (CD154)

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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA


Assim, elas produzem sinais adicionais que influenciam o
comportamente e a atividade de outras células
Para as células B estimulam a produção de anticorpos
Para ao macrófagos influenciam que eles se tornem mais
eficientes para matar os patógenos capturados

CÉLULAS T REGULADORAS
Suprimem a atividade de outros linfócitos e auxiliam a controlar
as respostas imunes

CÉLULAS DE MEMÓRIA
Durante o desenvolvimento de uma resposta imune, algumas
células B e T são ativadas por antígenos e se diferenciam em
células de memória, responsáveis pela imunidade de longa
duração, que podem ser produzidas após doença ou
vacinação

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
PAMP PADRÕES MOLECULARES ASSOCIADOS AO RECEPTORES DE RECONHECIMENTO PADRÃO INATA
PATÓGENO
Eles são expressos em diferentes locais que os micro
O sistema inato reconhece estruturas moleculares podem estar na superfície da membrana, em vesículas
produzidas por patógenos microbianos, pois são moléculas fagocíticas e no citosol
que o hospedeiro não tem
Quando esses receptores se ligam aos PAMPs e DAMPs,
RNA de fita dupla (não temos) ativam vias de transdução de sinal que promovem funções
Lipopolissacarideo (LPS) em bactérias gram-negativas antimicrobianas e pró-inflamatórias
Ácido lipoteitoico em gram-positivas Além dos receptores, os PAMPs também pode ser reconhecido
Os padrões vão ser reconhecidos pelos receptores tipo TOLL por
e outros que existem Moléculas solúveis proteínas presentes no sangue
O objetivo é mostrar para o sistema imune que houve uma que reconhecem PAMPs, intensifica a captação para
invasão, porém, não sabe quem é o invasor (só sabe que é dentro dos fagócitos ou pela ativação de mecanismos
um) killing extracelular

Ativa mecanismos de inflamação (por isso o PAMP pode


preceder uma doença autoimune, pois essas doenças
precisam de uma infecção antes)

DAMP PADRÕES DE MOLÉCULAS ASSOCIADAS AO


DANO
O sistema inato reconhece moléculas liberadas após células
danificadas (toxinas, queimaduras, traumatismos, perda de
sangue) ou necróticas, principalmente porque elas vão ficar
extracelularmente, mas o lugar delas é intracelular, por isso
CARACTERÍSTICAS DOS RECEPTORES
reconhece.
Codificados na linhagem germinativa, não sendo
TGO, TGP, ATP, AMPc (são moléculas que se encontram
produzidos pela recombinação genética por isso tem
dentro das células, não fora)
menor diversidade comparado aos da adaptativa
Quando ocorre o dano celular de células sadias, as moléculas Os receptores não são distribuídos clonalmente (como na
liberadas são as alarminas, porque o objetivo delas é mostrar adaptativa, onde cada clone de linfócitos tem um receptor
para o sistema imune inato que houve uma lesão intracelular especifico para cada antígeno), mas sim os receptores
idênticos são expressos em todas as células de um
Ativa o mecanismo de cicatrização (anti-inflamatória), por isso
determinado tipo, como os macrófagos
na hepatite, depois da lesão das células (libera TGO e TGP)
Não reage contra o hospedeiro
vai acontecer o processo de cicatrização, que vai gerar a
Estão em várias localizações celulares
fibrose e tecidos cicatriciais no fígado

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
Entre os mais importantes fatores de transcrição ativados,
estão o NF-KB (lê-se NF-capabeta) que promove a expressão
de citocinas e moléculas de adesão endotelial, e os fatores de
resposta ao interferon (IRF) que estimulam a produção das
citocinas antivirais, interferons tipo I

TIPOS DE RECEPTORES
Existem 4 famílias principais de receptores das células da
imunidade inata:

TLR (tipo TOLL)


CLR (receptores de lectina tipo C)
NLR (receptores tipo NOD)
RLR (receptores tipo RIG)

Obs: raras mutações herdadas dos TLR estão associadas a


infecções recorrentes e graves, principalmente a pneumonia
bacteriana, pois não vai conseguir reconhecer e ativar
mecanismos de resposta

RECEPTORES TIPO NOD (NLR) E O INFLASSOMA


Família de receptores citosólicos que detectam PAMP e
DAMP no citoplasma
um dos NLR mais conhecido é o NLRP-3 que detecta:
RECEPTORES TIPO TOLL (TLR)
a presença de produtos microbianos
Existem diversos tipos de receptores TLR, por exemplo substancias que indicam dano e morte celular (como ATP,
TLR-2 reconhece lipoglicanos bacterianos cristais de ácido úrico e alterações do K)
TLR-3, 7 e 8 são específicos para nucleicos virais Substancias endógenas que são depositadas
excessivamente em células e tecidos (cristais de colesterol
TLR-5 é específico para a flagelina, uma proteína flagelar
e AGL)
que tem nas bactérias, mas não em nós
Após o reconhecimento, o NLR-3 se oligomeriza em uma (pró)
Os sinais gerados pela ligação dos receptores TOLL ativam
forma inativada da enzima capsase-1, conhecida como
fatores de transcrição que estimulam a produção de genes
inflassoma, que é cliva uma molécula precursora da IL-1
que codificam citocinas, enzimas e proteínas envolvidas nas
(citocina) que induz inflamação aguda e febre, importante para
funções antimicrobianas dos fagócitos ativados
a defesa do hospedeiro

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
RECEPTORES DA LB = ANTICORPOS

Tambem são chamados de imunoglobulinas (Ig)


Os receptores da LB e os anticorpos que elas secretam
são capazes de reconhecer muitas macromoléculas
(proteínas, lipídios, carboidratos e ácidos nucleicos)
Os anticorpos conseguem reconhecer muito mais
antígenos, seja de patógenos ou toxinas
Os anticorpos existem de 2 formas = ou ligados à
membrana ou secretados (livres)
Conseguem neutralizar e eliminar microrganismos e
toxinas, pois são moléculas efetoras da imunidade
humoral

RECEPTORES DA LT = TRL

Obs: mutações de função da inflassoma são a causa de Consegue reconhecer apenas peptídeos e somente
doenças raras, as síndromes autoinflamatórias, quando eles são mostrados por APCs ligados pelo MHC
caracterizadas por inflamação descontrolada e espontânea, e Os LT realizam a função efetora de eliminação na
os antagonistas de IL-1 são tratamentos eficazes. imunidade mediada por células
Obs: a gota é uma doença comum das articulações, causada Considerações gerais sobre os receptores dos linfócitos
pela deposição de cristais de urato e acredita-se que a
Possuem domínios que reconhecem os antígenos e eles
inflamação é mediada pelo reconhecimento dos cristais pelo
variam entre os clones dos linfócitos
inflassoma e pela produção de IL-1B
Obs: inflassoma também pode contribuir para asterosclerose, Porções de reconhecimento = regiões variáveis (V)
DM2 associado à obesidade (onde IL-1 contribui para a o a variabilidade é concentrada em curtos trechos
resistência dos tecidos à insulina) das V, que são as regiões hipervariáveis, pois
elas formam a parte do receptor que se liga ao
OUTROS RECEPTORES antígeno (são estruturas complementares)
Porções preservadas = porções constantes (C)
Família tipo RIG
Os receptores estão associados à proteínas que fornecem
Reconhece ácidos nucleicos virais ou peptídeos bacterianos sinais intracelulares acionados após o reconhecimento,
Receptores de lectina podendo fazer com que o linfócito se divida, diferencie ou
morra.
Reconhecem carboidratos e são específicos para glicanos
fúngicos e para resíduos de manose terminal (receptores de Complexo receptor da célula B = BCR = conjunto de
manose) anticorpos como receptores + moléculas sinalizadoras

Envolvidos na fagocitose de fungos e bactérias e em respostas Complexo receptor da célula T = TCR = receptor da célula T
inflamatórias a esses patógenos + moléculas sinalizadoras

RECEPTORES ANTIGÊNICOS DOS LINFÓCITOS


(ADAPTATIVA)
Cada clone de linfócito é especifico para um antígeno diferente
e possui um receptor diferente dos receptores de outros clones
Embora cada clone reconheça um antígeno diferente, os
receptores de antígenos transmitem os mesmos sinais
bioquímicos em todos os LB e LT

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
Cada região variável vai possuir 3 regiões hipervariaveis
(CDR), das quais a maior de variabilidade é a CDR3, e esse
circuito CDR de ligação ao antígeno forma fendas capazes de
acomodar diversas macromoléculas e pequenas moléculas
químicas (não é só peptídeo como nos LT)

As partes dos antígenos que são reconhecidas são chamadas


de epítopos, pois não reconhece o antígeno inteiro, apenas
parte dele
Região Fab = região que se liga ao antígeno, formada por uma
parte constante e outra variável = existem 2
Região Fc = formada pelo restante de cadeia pesada que se
liga a algum receptor (ou na membrana da célula B ou no
complemento etc) = responsável pela funções efetoras dos
anticorpos
Região C terminal = pode estar ancorada na membrana da LB
ou pode estar sem ancoragem, no caso quando o antígeno é
secretado e esta livre

ANTICORPOS TIPOS DE CADEIAS LEVES

Mediadores da imunidade humoral Temos 2 tipos = capa ou lambda, que diferem em suas regiões
Pode estar circulante ou na membrana do LB C
Os circulantes se ligam aos antígenos e os neutraliza, Cada célula B expressa ou capa ou lambda =, mas não ambas
tampando os sítios de ligação dele com as nossas células,
impedindo a infecção TIPOS DE CADEIA PESADA
Um antígeno é formado por 2 cadeias leves (tem um domínio V Os diferentes tipos de cadeia pesada determinam
e outro C) e 2 cadeias pesadas (tem 1V e 3 ou mais domínios diferentes tipos de anticorpos (classes ou isótipos), por isso,
C) cada anticorpo terá uma função diferente, pois é a cadeia
pesada que dá a função efetora do anticorpo
Gene alfa (A) = pertencem ao IgA
Gene epslon (E) = IgE
Gene mi (M) = IgM (está na membrana, mas pode ser
secretada também)
Gene gama (G) = IgG
Gene delta (D) = IgD (nunca é secretado, sempre vai estar
presente na membrana da célula B)
O local de ligação do antígeno é formado pelos domínios
variáveis da cadeia leve e da cadeia curta, Vh e Vl e em cada
anticorpo existem 2 sítios de ligação (um em cada braço)

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
Obs: se tiver LB sendo ativado em uma região que não existe
LT, logo não vai existir citocina e não vai existir mudança de
classe, vai ter só IgM sendo secretado
Obs: o IgM vai ser o primeiro anticorpo secretado depois da
ativação, e se no exame do paciente tiver dado IgM alto, quer
dizer que o paciente está com uma infecção recente

RECEPTORES DAS CÉLULAS T (TCR)


O TCR reconhece antígenos peptídicos apresentados por
MHC na membrana de APCs
É composto por uma cadeia A e uma B, cada uma contendo
uma região V e outra C
Na região V de cada cadeia do TCR há 3 regiões hipervariáveis
e, assim como nos anticorpos, a região CDR3 é a mais
variável
Tanto a cadeia A e B participam do reconheciemento especifico
das moléculas de MHC e peptídeos ligados

ALTERAÇÕES SOFRIDAS PELO ANTICORPO DEPOIS QUE


ELE SE ENCONTRA COM O ANTÍGENO
O anticorpo na membrana, ao encontrar com seu antígeno, vai
sofrer diversas modificações
1. Maturação da afinidade
A força que o antígeno se liga a um epítopo de antígeno é
chamada de afinidade de interação
Com a repetida estimulação antigênica (como em uma resposta
imune 2ª) a afinidade aumenta, como se ficasse mais forte e
mais encaixado
Associado ao TCR há um complexo de proteínas, chamado de
2. Mudança da forma membranar para a secretada CD3 e zeta (z) que formam o complexo TCR e transmitem
alguns sinais que são iniciados quando o TCR reconhece o
Depois que acontece o reconhecimento, o linfócito B vai antígeno
começar a produzir e secretar o determinado anticorpo que
neutralize o antígeno A ligação do TCR com o antígeno tem uma afinidade baixa, por
isso a ligação das células T com a APC precisa ser fortalecida
3. Mudança de classe com as moléculas acessórias
Depois do reconhecimento, o primeiro anticorpo secretado é Ambas as cadeias A e B são ligadas na membrana e os TCR
o IgM e a citocina que está sendo secretado pelo LT vai não são produzidos na forma secretada e não passam pela
determinar quais anticorpos seram produzidos e secretados (de troca de classe ou maturação da afinidade
qual classe)
A ativação do LT requer 2 sinais

Ligação com o antígeno via MHC pelo TCR do LT


Enganjamento com as moléculas co-receptoras (CD4 ou
CD8) que reconhece as porções não polimórficas das
moléculas de MHC

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
Além disso, tem os sinais emitidos pelo CD3 e cadeia zeta Diz que os diferentes clones de células TCD4+ (auxiliares) e
assim que ocorre o reconhecimento TCD8+ (citotóxicas) só podem reconhecer os peptídeos
apresentados via moléculas de MHC
O receptor da célula T é o TCR que se liga ao MHC

A chavinha lateral que se liga ao MHC é a molécula de CD8 ou


CD4, a chavinha do meio é o TCR
CAPTURA DOS ANTÍGENOS PROTEICOS PELAS APCs
SUBPOPULAÇÕES DE TCR
Os antígenos proteicos dos microrganismos são capturados
TCR gama-delta principalmente pelas células dendríticas e concentradas nos
órgãos linfoides periféricos, onde a resposta imune adaptativa
Reconhece uma variedade de antígenos proteicos e não
vai ser iniciada
proteicos, apresentado pelas MHC
Eles entram por contato (pele), ingestão (TGI) e inalação (trato
TCR alfa-beta (células T natural killer, NK T)
respiratório)
Reconhecem antígenos de lipídios apresentados por moléculas
As CD estão nos epitélios e nos órgãos linfoides
não polimórficas semelhantes ao MHC
periféricos, para que eles possam apresentar os antígenos
para os LT via MHC (receptor do LT é o TCR) principalmente
no linfonodo ou no baço

RECONHECIMENTO DOS ANTÍGENOS POR LINFÓCITOS T


Os receptores de antígenos das células T a maioria só
identifica fragmentos peptídicos proteicos, e só conseguem
reconhecer quando o antígeno é apresentado por APCs

Macrófagos RECEPTORES DAS CÉLULAS DENDRÍTICAS PARA


Dcs (mais efetiva para iniciar a expansão clonal das CAPTURAR ANTÍGENO
células T) Os microrganismos podem ser capturados por endocitose
Linfócito B pelas DC (ou células epiteliais ou macrófagos que também
As APCs (células apresentadoras) apresentam o antígeno para fagocitam) ou por pinocitose (caso o antígeno seja solúvel), e
o LB pelas moléculas do complexo principal de existem diversos tipos de receptores, como a lectina e
histocompatibilidade (MHC) receptores tipo TOLL (TLR)

Propriedade de restrição pelo MHC

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
Quando se ligam ao tipo TOLL, estimulam as reações da TIPOS DE APC
imunidade inata
o Produção de citocinas inflamatórias, como fator de Células dendríticas
necrose tumral (TNF) e IL-1 São as principais indutoras porque são as mais potentes para
o A combinação de citocinas com a sinalização do ativar os LT virgens
TLR ativa a DC
Macrófagos
ATIVAÇÃO E ALTERAÇÕES DAS DCS (INATA)
Presente em muitos tecidos, vai fagocitar os microrganismos e
Quando as DCs são ativadas (aquelas convencionais) elas apresentar seus antígenos as células T efetoras, que, por sua
perdem sua adesividade para os epitélios e passam a vez, ativam os macrófagos para que eles destruam os
expressar receptor para quimiocinas na CCR7 (específica microrganismos
para quimiocinas produzidas nas zonas de células T dos
linfonodos) Linfócitos B

A quimiocina vai guiar as DCs ativadas (desde o epitélio) para Ingerem os antígenos proteicos, apresentando-os às células T
que elas possam ir ao encontro com um linfócito T através dos auxiliares, que vai ser importante para o desenvolvimento da
vasos linfáticos imunidade humoral

Durante a migração as DCs amadurecem, passando de TIPOS DE MHC


fagócitos para APCs capazes de estimular o LT, que é o
aumento da síntese e da expressão estável de moléculas MHC CLASSE I
de MHC (apresentam os antígenos às células T) e de
Presente em todas as células nucleadas
coestimuladores (necessária para dar o segundo sinal)
Se liga ao TCR do linfótico T CD8+ citotóxico
2 sinais para ocorrer a ativação do LT Adquirem peptídeos provenientes de proteínas citosólicas,
o Apresentação do antígeno via MHC ou seja, o microrganismo estava fora da célula
o Coestimuladores (extracelular) e quando foi capturado liberou o antígeno
o Por exemplo, as proteínas antigênicas podem ser
Obs: esse processo também ocorre para os antígenos produzidas nos citoplasma de vírus que vivem em
capturados no sangue, que no caso vão ser direcionados células infectadas
para o baço, para serem apresentados aos LT o Ou podem vir dos microrganismos que foram
Ao chegar no linfonodo, os linfócitos T expressam CCR7 que fagocitados e conseguiram sair do fagossoma e ir
promove a entrada da APC nas zonas de células T dos pro citoplasma
linfonodos
MHC CLASSE II

Presente só em APCs (DC, macrófago e LB)


Se liga ao TCR do LT CD4+ auxiliar
Adquirem proteínas que são absorvidas nas vesículas
intracelulares, ou seja, as APCs ingeriram o antígeno,
ocorreu a proteólise nas vesículas e associou os peptídeos
com as moléculas de classe II

Processo eficiente que permite que os antígenos


microbianos, seja qual for a parte do corpo que ele entrar,
os linfonodos que drenam aquela região vai poder começar
uma resposta das células T em 12 a 18 horas

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
APRESENTAÇÃO CRUZADA DOS ANTÍGENOS PROCESSOS QUE ACONTECEM NA MEDULA E NO TIMO
INTERNALIZADOS ÀS CÉLULAS TCD8+
Célula tronco pró-linfócito pré-linfócito (receptor
Consiste no fato de que as DCs podem apresentar os incompleto) linfócito imaturo (receptor completo) linfócito
antígenos de outras células que estão infectadas e ativar maduro (receptor completo e testado)
LT virgens para aquele antígeno (é como se as DCs fizessem
o trabalho das que não conseguem) PROCESSO QUE OCORRE NOS ÓRGÃOS LINFOIDES

Por exemplo, alguns vírus não contaminam as DCs, mas O processo de linfócito efetor diferenciado vai acontecer na
podem contaminar outras células, deixando-as incapazes de etapa de ativação que ocorre nos órgãos linfoides periféricos
produzirem os sinais para ativar os LT
Assim, as DC ingerem essas células, processam os
antígenos dela, transportam eles para o citosol, de onde elas
entram no RE e ligam-se a MHC de classe I (mesmo que a DC
é uma APC que se liga com MHC de classe II que reconhece
pela TCD4+) e, por fim, exibem seus antígenos para
reconhecimento das células TCD8+
Desse modo, duas classes de LT (CD4+ e CD8+) específicas
para o mesmo microrganismo podem ser ativadas próximas
umas das outras

1. Compromisso
Progenitor linfoide comum presente no processo de
hematopoiese na medula
São estimuladas a se proliferarem na próxima etapa através
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DOS LINFÓCITOS dos estímulos pela IL-7 que células do timo e do baço
produzem
Ocorre a maturação, expansão e seleção dos linfócitos, para
que no fim reste os linfócitos imunocompetentes, e para isso, 2. Proliferação (pró-B/T)
existem diversos pontos de checagem no processo
Células pró-B ou T sofrem proliferação por estimulo da IL-7
Maturação dos LB medula
3. Expressão do receptor antigênico pré-B/T
Maturação do LT timo
A célula pró-B/T vira pré-B/T desde que seja capaz de
Os linfócitos imaturos passam por uma proliferação em vários expressar 1 cadeia do receptor antigênico:
estágios durante sua maturação, a proliferação e a
sobrevivência dos precursores iniciais dos linfócitos é dada Anticorpo expressa só a cadeia pesada
pelo estimulo da IL-7 que é produzida pelas células estromais TCR expressa só a cadeia B
da medula e do timo
1º ponto de checagem se as células pré-B não
A IL-7 mantem e expande o numero de linfócitos antes deles conseguirem expressar os receptores incompletos, elas sofrem
expressarem receptores gerando muitas células para que apoptose
diversos receptores diferentes possam ser produzidos
4. Proliferação
A maior expansão ocorre depois dos linfócitos concluírem o
rearranjo dos primeiros genes do receptor antígeno e criarem As células pré-B/T já selecionadas que conseguiram expressar
um receptor de pré-antígeno (esse é um ponto de verificação) os receptores incompletos sofrem expansão, e essa é a maior
expansão que tem

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
5. Expressão do receptor antigênico RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA NO ANTICORPO
A célula pré-B/T que antes tinham só metade da expressão do
receptor antigênico agora vai expressar a outra metade e se
tornar célula B/T imatura

Anticorpo produz cadeia leve


TCR produz cadeia A
Nessa fase também ocorre a recombinação somática (VDJ e
VJ) para que os receptores sejam o bastante para reconhecer
diversos tipos de antígenos
Cadeia pesada (H)
2º ponto de checagem se os linfócitos imaturos não
produzirem os receptores antigênicos completos morte Vai sofrer a recombinação VDJ mediada pela enzima
celular por apoptose recombinase VDJ, ou seja, os genes VDJ vão se recombinar
gerando cada uma um receptor diferente
6. Seleção positiva e negativa
A região C vai ter os genes que identifica a classe do anticorpo
Nessa fase os linfócitos imaturos com expressão completa (se for o gene M vai ser o IgM por exemplo)
dos receptores são testados para ver se os receptores são
funcionais As regiões constantes permanecem iguais (para os
anticorpos de mesma classe)
Seleção positiva célula T/B madura
Logo uma mesma classe de anticorpo consegue
Se acontecer um reconhecimento antigênico fraco com os reconhecer antígeno diferente, pois suas regiões V sofreram
antígenos próprios, essa célula T ou B vai ser aprovada e tem recombinação VDJ
um receptor funcional, podendo ir para a circulação
Note que o primeiro MRNA traduzido vai ser o do gene M
Seleção negativa morte por apoptose por isso a IgM vai ser a primeira proteína sintetizada da célula
Se acontecer um reconhecimento forte contra antígeno B durante a maturação da célula, indicando uma resposta a
próprio elas vão ser eliminadas para evitar respostas infecção recente
autoimunes Cadeia leve
Ou também se o receptor não ligar com o antígeno, ele não Tem recombinação apenas VJ, pois não tem o gene D
é funcional, será eliminado
As cadeias constantes vão ser iguais para a mesma classe de
PRODUÇÃO DE RECEPTORES DE ANTÍGENOS DIVERSOS anticorpo, pois a região C de IgM é diferente da região C de
A formação de genes funcionais que codificam os receptores IgG, por exemplo
antigênicos dos linfócitos T ou B é iniciada pela recombinação RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA NO TCR
somática dos segmentos variáveis dos receptores, gerando a
diversidade de receptores

Linfócito B os loci da cadeia pesada e da cadeia leve


do anticorpo possuem regiões V e algumas regiões C
(constantes)
Linfócito T os loci das cadeias alfa e beta do TCR
contém regiões V e C
Cadeia B recombinação VDJ
Entre V e C existem fragmentos, que são segmentos gênicos Cadeia A recombinação VJ
de diversidade (D) e de junção (J)
CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO
Loci da cadeia pesada e cadeia beta só eles possuem
segmentos D A diversidade de receptores de antígenos vai ser produzida
pelo uso da diversidade combinatória e da diversidade
juncional

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
Diversidade combinatória Esse processo de maturação de tornar a imatura em imatura
pode ocorrer na medula óssea ou no baço, após a célula ter
Usar diferentes combinações de segmentos gênicos V, D e J deixado a medula
(pois em um segmento V tem diversos genes)
O estágio de maturação final vai envolver também a
É limitada pelo número de segmentos de V, D e J que tem coexpressao da IgD juntamente com a IgM
Diversidade juncional Na membrana dessa célula, agora tem tanto o IgM na
Alterar a sequência de nucleotídeos inseridos nas junções dos membrana (mas também pode ser secretado) e o IgD (só é
segmentos gênicos recombinados VDJ presente na membrana) capazes de reconhecer os antígenos
nos tecidos linfoides periféricos
É quase ilimitada, por isso a diversidade juncional maximiza
a variabilidade de anticorpos e TCR nas regiões que ligam Seleção negativa vai ocorrer se:
os antígenos Célula B imatura tiver alta afinidade a antígenos próprios
No processo de diversidade juncional pode ocorrer se serem que estão sendo testados com os da medula óssea
produzidas sequencias que não codificam proteínas, (proteínas do sangue e as moléculas de membrana
produzindo receptores não funcionais, que vão ser removidos comum a todas as células) elimina as autorreativas
pelo ponto de checagem nos linfócitos imaturos Elimina as que não reconhecem nenhuma antígeno,
embora tenham a expressão do anticorpo completo
MATURAÇÃO E SELEÇÃO DOS LINFÓCITOS B
SUBPOPULAÇÕES DE CÉLULAS B
A maturação dos linfócitos vai ocorrer na medula óssea
Células B foliculares
São a maioria das células B maduras, pois são encontradas
dentro de linfonodos e folículos do baço

Células B da zona marginal


São encontradas nas margens dos folículos do baço,
desenvolvem-se a partir dos mesmos progenitores (células pró-
B)

1. Os progenitores da linhagem B se proliferam (IL-7) dando Linfócito B-1


origem a um grande número de precursores de LB,
Uma população distinta encontrada em órgãos linfoides e na
chamada célula pró-B (ainda não tem receptor
cavidade peritoneal
2. As células pró-B começam a rearranjar os genes VDJ na
cadeia pesada e desenvolvem as células pré-B (possui MATURAÇÃO E SELEÇÃO DOS LINFÓCITOS T
apenas a expressão da cadeia pesada na superfície, de
proteína M (IgM) Os progenitores das células T produzidas na medula mudam
para o timo, onde ocorre a maturação
Ponto de checagem: se a célula pró-B não conseguir
expressar a cadeia pesada apoptose
3. A célula pró-B depois sofre recombinação VJ da cadeia
leve e se torna célula B imatura, que deve ser capaz de
expressar na superfície o anticorpo completo
2º ponto de checagem: se a célula imatura não expressar
receptores antigênicos completos, ela sofre apoptose
4. A célula imatura com os receptores expressos completos
passa pela seleção positiva e se torna célula B madura

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RECEPTORES E MATURAÇÃO
1. A maioria das pró-células T são células T duplno-
negativas, pois não expressam nem CD4 nem CD8
Essas células se expandem sob influencia da IL-7 produzida no
timo
2. Depois, essa pró-T expressa parte do TCR (só a cadeia
B), se transformando em pré-T
Ponto de checagem: se a pré-T não conseguir expressar a
cadeia B, a célula sofre apoptose
3. Depois, a célula passa a expressar CD4+ e CD8+ além do
TCR completo (cadeia A também)

SELEÇÃO POSITIVA

Reconhecimento de MHC classe II


As células T cujos TCR reconhecem o MHC classe II vai
manter a expressão CD4+ e perder a expressão CD8+ (vai ser
englobada) célula T CD4+ madura

Reconhecimento de MHC classe I


As células T cujo TCR reconhecem MHC classe I vai manter a
expressão CD8+ e perder a CD4+ célula T CD8+ madura

SELEÇÃO NEGATIVA

Aquelas células T ainda imaturas que no teste reconhecem


fortemente o complexo peptídeo-MHC no timo
apoptose
Esse processo serve para eliminar os LT que poderiam reagir
de maneira perigosa contra proteínas próprias do timo

Se não houver reconhecimento MHC + peptídeo


apoptose

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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T


O principal papel dos linfócitos T é na imunidade mediada Uma das primeiras respostas depois do reconhecimento é a
por células, que fornece defesa contra infecções causados por secreção de citocinas, como a IL-2 que estimulam a
microrganismos intracelulares: proliferação de células T antígeno-específicas expansão
clonal
Ou os microrganismos (bactérias e protozoários) criaram
resistência contra os microbicidas após serem fagocitados Uma parte deles que foram ativados vão sofrer o processo de
e continuam infectando as células diferenciação células T efetoras e células de memória
Ou os vírus que possuem receptores nas superfície de
várias células conseguem entrar e infectar o citoplasma da
célula e se duplicar, sendo a célula incapaz de destruí-lo

Quando os LT eliminam o agente infeccioso, as células-clone


expandida também morrem, com as células de memória sendo
o restante da resposta imunitária
As principais funções dos linfóticos T são
TRÊS TIPOS DE SINAIS PARA A ATIVAÇÃO TOTAL DE
Ativação de fagócitos CÉLULAS T:
Morte de células infectadas
Reconhecimento do antígeno (MHC pela DC)
Auxílio para as células B
Coestimulação que aumenta a resposta
ETAPAS DAS RESPOSTAS DAS CÉLULAS T Citocinas liberadas que amplificam a resposta e a
direciona de várias vias de diferenciação especializadas
Os linfócitos T ficam nos órgãos linfoides periféricos, e quando
são apresentado para eles os antígenos via MHC por uma APC RECONHECIMENTO E COESTIMULAÇÃO DE UM
(principalmente DC), vai acontecer a ativação do linfócito, ANTÍGENO
proliferação e diferenciação em células efetoras (CD4, CD8) e
células de memoria. Para a resposta do LT iniciar, é preciso de vários receptores:

Após o reconhecimento, proliferação e diferenciação, os TRC reconhece MHC


linfócitos T formados migram para o local da infecção, para que CD4 ou CD8 reconhece MHC
possa combater os microrganismos Moléculas de adesão reforçam ligação do LT com as APC
Receptores para os coestimuladores reconhecem os sinais
secundários produzidos pela APC

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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T

PAPEL DAS MOLÉCULAS DE ADESÃO NA ATIVAÇÃO DOS


LT
Os linfócitos T selecionados positivamente são aqueles que se
ligam fracamente com o MHC próprio (o teste não é feito com
antígenos estranhos porque eles não estão presente no timo)
Assim, para a resposta eficaz, as moléculas da família
integrina presentes no LT (LFA-1) se ligam aos ligantes que
RECONHECIMENTO DE PEPTÍDEOS ASSOCIADOS AO estão no APC para estabilizar a ligação para que o tempo seja
MHC suficiente para que o limiar de sinalização seja alcançado

TCR reconhece peptídeos do MHC Integrinas


Correceptor CD4/CD8 reconhece MHC o LFA-1 (antígeno-1) no LT se liga ao
ICAM-1 que está no APC
Esse reconhecimento simultâneo produz o primeiro sinal para
a ativação das células T Papel da coestimulação na ativação das células T

MHC de classe I apresenta para LT CD8 os antígenos Não basta só o reconhecimento do antígeno (1º sinal), para
proteicos presentes no citosol, que foram transformados em ativar os linfócitos, tem que ter os coestimuladores também,
peptídeos (ou seja, os antígenos estava no meio intracelular, eles são o segundo sinal para a ativação
no citosol ou no núcleo)
os presentes nas células APC são:
MHC classe II apresenta para o LT CD4 os antígenos
B7-1 (CD80)
proteicos que estavam no meio extracelular e foram
B7-2 (CD86)
englobados pela APC e confinados em vesísculas, onde foram
transformados em peptídeos Ambas as proteínas B7 são reconhecidas pelo receptor CD28
das células T
A especificidade disso é assegurar que diferentes classes de
LT respondam e defendam contra microrganismos de tipos Essa ligação B7-1/2 CD28 gera sinais
diferentes
A importância dos coestimuladores é para a ativação de fato
SINAIS BIOQUÍMICOS QUE LEVAM À ATIVAÇÃO DOS LT dos linfócitos T, porque se vier um antígeno próprio, ele pode
CD4 E CD8 ser reconhecido via MHC (pois o processo de seleção pode não
ser 100%) mas não vai conseguir ser ativado porque antígenos
O TCR sozinho, depois de reconhecer o antígeno, não é capaz próprios não produzem coestimuladores
de transmitir sinais bioquímicos para a célula
Para isso, ele é associado a varias proteínas que foram o
complexo TCR ele é associado não covalentemente com
um complexo de moléculas de sinalização de transmembrana:

3 proteínas CD3
Proteína zeta
Complexo TCR = TCR + CD3 + zeta depois do
reconhecimento do antígeno, envia sinais para a célula

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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T


Obs: os agentes que bloqueiam as interações B7-CD28 são infectadas com vírus) devam ser apresentadas de forma
usados no tratamento da artrite reumatoide cruzada pelas DCs

CD40 e CD40L (ligante) Outra coisa, é que a diferenciação delas em linfócitos T


citotóxico (CTL) ou de memória precisa da ativação ao mesmo
Outro grupo de moléculas que promove mais ativação e mais tempo das células T auxiliares CD4+
sinais são os CD40 (na APC) que se liga ao CD40L (no linfócito
T)
Isso faz com que as próprias ACPC sejam ativadas
expressando mais coestimulador B7 (mais ativação) e
secreção de citocinas (IL-2) que intensifica a diferenciação
das células T
Ou seja, ativa a APC ativa mais ainda os LT

Assim, a DC é reconhecida pelos dois tipos de linfócito T e eles


dois são ativados.
As células T CD4+ produzem citocinas ou moléculas de
membrana que auxiliam a CD8+ se diferenciar em CTL e
Importância dos coestimuladores para as vacinas
destruir a célula
Os antígenos proteicos, como aqueles usados nas vacinas, não
Relação com o HIV
conseguem ativar tanto a APC, por isso são administrada
juntamente com adjuvantes, (como micobactérias mortas) que Essa necessidade de células T auxiliares nas respostas da
ativam as APC, principalmente as células dendríticas, as CD8+ explica as respostas incompletas dos CTL a muitos
mais potentes para ativarem os LT pacientes infectados com o HIV, o qual mata as células
auxiliares (CD4+), mas não as CD8+
Os adjuvantes se ligam a receptores de reconhecimento de
padrões do sistema inato, os receptores tipo TOLL, VIAS BIOQUÍMICAS DA ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T
enganando o sistema imunológico na resposta aos antígenos
proteicos purificados em uma vacina como se fossem partes de Depois do reconhecimento do antígeno e dos coestimuladores,
microrganismos infecciosos as células T expressam proteínas envolvidas na proliferação,
diferenciação e nas funções efetoras das células
Papel da CTLA-4 na regulação negativa

Depois que o antígeno foi reconhecido, o complexo TCR


ESTÍMULOS PARA A ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS TCD8+ ativado, as células T recebem transdução de sinais que
(citotóxicas)
Ativam enzimas
1º sinal = reconhecimento do antígeno via MHC Recruta proteínas adaptoras
2º sinal = coestimulação e/ou células T auxiliares Produção de fatores de transcrição ativos
Uma característica das T CD8+ é que as vezes para elas serem
ativadas os antígenos citoplasmáticos (por exemplo, células

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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T

Há um disparo de cascata intracelular de proteínas que


culminam na produção de fatores de transcrição

NFAT
NK- capaB
AP-1 Na adaptativa, as citocinas são secretadas principalmente
pelas células T CD4+
Que resultam em uma maior síntese de proteínas, fazendo a
tradução de genes que codificam

Crescimento de células T (IL-2)


Componentes dos receptores da IL2
Indutores do ciclo celular e moléculas efetoras, como o
CD40L

RESPOSTAS FUNCIONAIS DOS LINFÓCITOS T AOS


ANTÍGENOS E À COESTIMULAÇÃO
Sinais = antígeno e coestimulador
A primeira citocina produzida pelos TCD4+ é a IL-2 dentro
Resultado = expansão de clones de linfócitos específicos para
de 1 a 2 horas depois da ativação, aumentando ao mesmo
antígeno + diferenciação dos LT virgens em células efetoras +
tempo a capacidade dessa IL-2 produzida pelo linfócito T se
células de memoria
ligar a ele, por meio da regulação do receptor de alta
Muitas dessas respostas são mediadas por citocinas afinidade para IL-2 que possui 3 cadeias sinalizadoras

SECREÇÃO DE CITOCINAS E NA EXPRESSÃO DOS


RECEPTORES PARA CITOCINAS
Depois da ativação, principalmente os linfócitos TCD4+
secretam várias citocinas diferentes com diversas funções,
uma vez que elas são mediadoras da imunidade e da
inflamação
Obs: na imunidade inata, as citocinas eram produzidas por DC
e macrófagos.

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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T


Isso porque antes da ativação, o receptor só possui 2 cadeias, maioria dos clones expandidos é especifica para apenas
mas depois da ativação pelos antígenos e pelos alguns peptídeos imunodominantes
coestimuladores, as células T produzem a 3ª cadeia,
Dentro de 1 ou 2 semanas, a maioria das células morrerão
completando o receptor e fazendo com que a IL-2 se ligue
quando os estímulos que iniciaram as respostas acabarem,
fortemente
restando mais as células de memória
Assim, essa citocina será autócrina, pois ela foi produzida pela
célula T e se ligou a essa mesma célula T DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS T VIRGENS EM CÉLULAS
EFETORAS
As principais funções da IL-2 são
Depois de terem sido estimuladas, elas se diferenciam,
Estimular a sobrevivência das células T expressando genes que codificam citocinas (CD4+) ou
Promover a proliferação (expansão clonal) proteínas citolíticas (CTL CD8+), e essa diferenciação começa
Manutenção das células T reguladoras junto com a expansão clonal dentro de 3 a 4 dias depois da
exposição ao microrganismo
Depois de terem sido transformadas em células efetoras, elas
migram para os locais de infecção

CÉLULAS TCD4+ AUXILIARES

Ativa macrófagos
Ajudam os linfócitos B na produção de anticorpo
Secreta citocinas

EXPANSÃO CLONAL Para fazer esse estimulo a outras células, a proteína mais
importante envolvida é o ligante CD40 que se liga ao seu
Depois de 1 ou 2 dias da ativação, os linfócitos específicos para receptor CD40 expresso na superfície de células
o antígeno começam a se proliferar, sendo as CD8+ em maior apresentadoras de antígenos (macrófagos, LB e DC)
número do que a CD4+
As citocinas produzidas no processo estimulam ainda mais as
Isso porque a CD8+ se transformam em CTL são efetoras para células T mecanismo de retroalimentação positiva para a
exterminar as células infectadas por contato direto, e se tiver ativação do LT induzidas pelas APC
muitas células infectadas, vai precisar de muito CTL
Já a CD4+ secretam citocinas que vão ativar outras células
efetoras, então só há necessidade de um pequeno número
delas

Várias características podem ser discutidas sobre a expansão


clonal
1. A expansão clonal não é acompanhada por um aumento
detectável de células espectadoras que não reconhecem
esse microrganismo ou seja, expande as células certas CÉLULAS TCD8+
e específicas
2. Mesmo nas infecções que os microrganismos são Os linfócitos ativados por antígenos e coestimuladores
complexos e possuem muitos antígenos proteicos, a diferenciam em linfócitos T citotóxicos

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Destroem as células infectadas Essas duas citocinas ativam fatores de transcrição que
Facilita a entrada de enzimas que induzem a apoptose promove a diferenciação de LT em TH1

SUBGRUPOS DE TCD4+ DISTINGUIDOS POR PERFIS DE DIFERENCIAÇÃO DE TH2


CITOCINAS Mais adequada em respostas aos helmintos
Citocinas diferentes induzem a diferenciação de diferentes
IL-4 mastócitos e eosinófilos produzem, depois de
grupos de células TCD4+, o que explica como o sistema imune
serem ativados pelos helmintos
responde diferentemente a diferentes microrganismos
Essa citocina ativa os fatores de transcrição que promove a
Elas podem se diferenciar em subgrupos de células efetoras
diferenciação em TH2
que produzem grupos distindos de citocinas, realizando
funções diferentes DIFERENCIAÇÃO DE TH17
TH1 Bactérias extracelular e fungos induzem a diferenciação
TH2
TH17 IL-6
IL-1
São citocinas inflamatórias que vão ativar os fatores de
transcrição

FUNÇÕES DOS SUBGRUPOS DAS CÉLULAS TCD4+

SUBGRUPO TH1

Cada subgrupo é induzido em resposta aos tipos de


microrganismo que ele está destinado a combater
Então, tipo de microrganismo ativa linfócito T CD4+
intermédio de citocinas (produzidas de acordo com o contexto
da infecção) promovem fatores de transcrição
diferenciação no subgrupo adequado resposta

Estimulam o englobamento pelos fagócitos e o extermínio de


microrganismos, além de ativar o sistema complemento
A citocina mais importante produzida pelas TH1 é o inferferon-
gama (IF-Y)

Ativa macrófago mata o microrganismo ingerido


Produz isótipos de anticorpos que ativam o complemento,
gerando produtos que se ligam aos receptores para
complemento dos fagócitos opsonização (marca) para
fagocitar
DIFERENCIAÇÃO DE TH1 Obs: indivíduos com mutações que afetam a geração das
Responde a bactérias intracelulares e alguns vírus células TH1 são extremamente suscetíveis a infecções
bacterianas, principalmente as micobactérias atípicas do meio
IFN-gama produzidas pelas células NK ambiente que geralmente não fazem mal aos indivíduos
ILL-12 produzidas por DC e macrófagos saudáveis

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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T


O SUBGRUPO TH2 Induz a inflamação que funciona para destruir bactérias
extracelulares e fungos, podendo contribuir para várias
doenças inflamatórias

Esclerose múltipla, doença intestinal inflamatória e artrite


reumatoide
Essas células secretam citocinas que recrutam leucócitos,
principalmente neutrófilos, para os locais de reconhecimento de
antígenos
Obs: mutações envolvidos nesses genes resultam na
suscetibilidade aumentada a infecções bacterianas e fungicas,
principalmente a candidíase mucocutânea

INFLUÊNCIA DO CORTISOL NO SISTEMA IMUNE


IMUNOSUPRESSORES
É independente de fagocitose, pois é estimulada frente a
helmintos, que são muito grandes para serem fagocitados, por Existem alguns fármacos usados em respostas imunes
isso vai ativar células do sistema imune inato, os granulócitos, indesejadas, como doença autoimune, na rejeição de
que conseguem liberar grânulos que os digerem transplantes e na alergia que são imunossupressores (anti-
extracelularmente inflamatórios)
A citocina produzida pelo TH2 mais importante é a IL-4 que faz A maioria deles exercem inibição ampla do sistema imune e
muitos estímulos suprime tanto as respostas uteis quanto as respostas nocivas

Na célula B produção de IgE que ativa os eosinófilos Por isso, a infecção oportunista é uma complicação comum
IgE reveste os helmintos e os eosinófilos, estes são da terapia com fármacos imunossupressores
ativados para liberar conteúdos granulares com enzimas
para digerir o helminto
Obs: a liberação desses grânulos provocam reações
inflamatórias grandes, porque embora eles destruam os
helmintos, geram lesão nos tecidos saudáveis

Ativa o macrófago (não para fagocitar) produz fibras


para promover o reparo dos tecidos lesados pelos grânulos
Aumenta a secreção de muco intestinal e peristaltismo
expulsão dos parasitas pelas suas vias de entradas

O SUBGRUPO TH17

CORTICOSTEROIDES PREDNISONA
Amplamente usados para suprimir efeitos nocivos das
respostas imunes de origem autoimune ou alérgica,
principalmente a prednisona, um anaálogo sintético do
cortisol
Corticosteroides ligam-se a receptores intracelulares, entram
no núcleo e regulam genes expressos nos leucócitos
Tem como alvo as funções pró-inflamatórias dos monócitos e
macrófagos e reduzem o número de células TCD4+
Também inibem a expressão da fosfolipase A2, uma enzima
necessária para a produção de prostaglandinas e leucotrienos
pró-inflamatórios

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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T


Também suprimem expressão dos genes pró-inflamatórios,
incluindo os que codificam citocinas IL-1B e fator de necrose
tumoral (TNF)

ESTRESSE ALTOS NÍVEIS DE CORTISOL


Promove a supressão do processo inflamatório,
desestabilizando o sistema imunológico
Quando o cortisol está em níveis altos, o potencial de defesa
do organismo se torna mais instável e mais suscetível a
infecções, disseminação do câncer e até mesmo doença
autoimune
Ações

Reduz a produção de IL-2 suprime a proliferação e as


resposta imune celular pelos linfócitos TH1 reduz
produção de TNF- alfa, o IFN-y, de NK e macrófagos
Reduz a proliferação dos linfócitos T help
Reduz a liberação pelos linfócitos e plaqueta de histamina
e de serotonina

REFERÊNCIAS
Artigo de revisão INFLUÊNCIA DO ESTRESSE SOBRE O
SISTEMA IMUNOLÓGICO
IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR - ABBAS 9a
EDIÇÃO
IMUNOLOGIA DE JANEWAY, KENETH MURPHY - 8a
EDIÇÃO
IMUNOLOGIA BÁSICA ABBAS 5ª EDIÇÃO

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IMUNIDADE HUMORAL POR LINFÓCITOS B


A imunidade humoral é mediada por anticorpos é o ramo da Estimulam a produção de anticorpos sem o
resposta imune adquirida que funciona para neutralizar e comprometimento com as células T auxiliares
eliminar os microrganismos extracelulares, com capsulas ricas Essas respostas são mais baixas, tendo uma troca de
em polissacarídeos e lipídios, e toxinas microbianas classe e maturação de afinidade de menor intensidade
Diferentemente das células T, as células B reconhecem SUBGRUPOS DE CÉLULAS B
antígenos não só proteicos, mas polissacarídeos lipídios e
outros antígenos não proteicos

FASES E TIPOS DE RESPOSTAS IMUNES HUMORAIS


Linfócitos B virgens expressam IgM e IgD na membrana,
funcionando como receptores para os antígenos
A ativação dos linfócitos B resulta na expansão clonal e em
sua diferenciação em plasmócitos (células efetoras)
Os anticorpos são secretados conforme a especificidade que
os receptores na LB identificaram o antígeno que iniciou a
resposta RESPOSTAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
Nas 2ª, existem muito mais anticorpos do que no primeiro
contato (resposta primária) porque existe uma célula B de
memória

Troca isotípica LB começa a produzir anticorpo de


diferentes classes (diferentes cadeias pesadas)
Maturação da afinidade a exposição repetida ao mesmo
antígeno proteico resulta na produção de anticorpos com
aumento de afinidade para esse antígeno, sendo mais capaz
de neutralizar os microrganismos e toxinas

TIPOS DE RESPOSTAS DOS ANTICORPOS

DEPENDENTES DE T AUXILIAR IgM alto indica infecção recente, pois ele é o primeiro a ser
Antígenos proteicos são processados nas APC e secretado assim que ocorre a ativação do linfócito B
identificados pelos LT auxiliar ESTIMULAÇÃO DOS LB PELOS ANTÍGENOS
TCD4+ ativa as células B e são potentes indutores na troca
de classe de cadeia pesada e da maturação da afinidade Os linfócitos B estão presente no baço, linfonodos e nos tecidos
Respostas mais sofisticadas e efetivas mucosos linfoides (por causa dos subgrupos) e eles vão ser
ativados e dá inicio a resposta imune humoral quando
Sem o LT, os antígenos proteicos induzem respostas fracas ou reconhecerem o antígeno nesses locais
sem anticorpos
Baço e órgãos linfoides periféricos
INDEPENDENTES DE T
Os linfócitos B irão reconhecer os antígenos que chegam
Antígenos polissacarídeos lipídios e outros não nesses órgãos através do sangue
proteicos
Linfonodos

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IMUNIDADE HUMORAL POR LINFÓCITOS B


Nos linfonodos, os macrófagos capturam os antígenos e os PAPEL DAS PROTEÍNAS COMPLEMENTARES E OUTROS
transporta para os folículos adjacentes, onde eles irão SINAIS IMUNES INATOS NA ATIVAÇÃO DOS LB
apresenta-los para os LB, que são capazes de reconhecer o
antígeno nativo (sem ser processado) Linfócitos B expressam receptores para uma proteína
do sistema complemento
Assim como ocorre nos LT, a ativação das células B requer
sinais subsequentes além do reconhecimento do antígeno, As proteínas do complemento ativadas por microrganismo e
muitos dos quais são produzidos pelas reações imunes inatas por alguns anticorpos ligados aos microrganismos conseguem
se ligar aos LB e ativá-los
SINALIZAÇÃO NAS CÉLULAS B INDUZIDA POR
Quando o complemento é ativado, ele reveste o microrganismo
ANTÍGENOS
com fragmentos de proteínas chamados Cd3 reconhecido
Para que aconteça a ativação das células B e o início da pelo receptor CR2 ou CD21 na célula B
transdução de sinais é necessário algumas etapas, que
Ao mesmo tempo que reconhecem o antígeno pelos receptores
resultarão na ativação de fatores de transcrição que mudam
de Ig, reconhecem o C3d pelo receptor CR2
na expressão dos genes envolvidos na proliferação e
diferenciação dos LB Na imunidade humoral, a ativação do complemento representa
uma forma de como a imunidade inata facilita a ativação dos
Ligação cruzada de duas ou mais moléculas
linfócitos B, semelhante aos APC com os linfócitos T
receptoras
Ocorre quando duas ou mais moléculas de antígenos, ou a
repetição de epítopos (parte do antígeno) se ligam às
moléculas de Ig adjacentes na membrana de uma célula B
Todos conseguem fazer isso polissacarídeos, lipídios,
antígenos proteicos e não proteicos conseguem se ligar a
diversos receptores de Ig em uma mesma célula B ao mesmo
tempo

Complexo receptor da célula B (BCR)


Os receptores de membrana IgM e IgD tem caudas
citoplasmáticas curtas, de modo que eles só conseguem
reconhecer o antígeno, mas não conseguem transduzir sinais Linfócitos B apresentam receptores tipo TOLL
Por isso que eles apresentam uma ligação não covalete com 2 Eles expressam TLR e o envolvimento desse receptor nas
proteínas chamadas de IgA e IgB (alfa e beta) que possuem células B com os produtos microbianos desencadeia os sinais
os motivos de ativação de imunorreceptores via tirosina (ITAM) de ativação que funcionam juntos com os sinais de receptor de
antígenos

CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS DA ATIVAÇÃO DAS


CÉLULAS B MEDIADA POR ANTÍGENOS
A ativação das células B por antígenos e outros sinais inicia a
proliferação e diferenciação, preparando-as para interagir
com os linfócitos T auxiliares (se o antígeno for uma proteína)

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IMUNIDADE HUMORAL POR LINFÓCITOS B

Além disso, a célula sintetiza e secreta mais IgM

Antígenos não proteicos (independentes de T)


Apresentam ligação cruzada som diversos receptores
antigênicos e ativam fortemente o complemento

Antígenos proteicos (dependentes de T)


A maioria não tem muitos epítopos idênticos e não são capazes
de fazer ligação cruzada, por isso por si só eles não conseguem
estimular altos níveis de proliferação e diferenciação dos
linfócitos B
Só que esses antígenos proteicos induzem sinais para os LB
para que ele seja capaz de interagir com os linfócitos T
auxiliares
- LB degrada o antígeno proteico e exibe seus peptídeos para
que eles sejam reconhecidos pelos linfócitos T
- elas reduzem sua expressão de receptores de quimiocinas,
para que eles permaneçam nos folículos linfoides
- ao mesmo tempo, há expressão elevada dos receptores para
quimiocinas produzidas nas zonas de células T nos órgãos
linfoides
- assim, as células B migram em direção ao compartimento
anatômico que tem LT auxiliar e interagem com eles,
resultando em respostas

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MECANISMOS EFETORES DA IMUNIDADE - LT E LB


Os linfócitos T fazem parte da imunidade mediada por FUNÇÕES EFETORAS DE LINFÓCITOS T AUXILIARES CD4+
células e elas começam assim quando os LT virgens são
ativados e se diferenciam em LT efetores Citocinas diferentes induzem a diferenciação de diferentes
grupos de células TCD4+, o que explica como o sistema imune
TIPOS DE REAÇÕES IMUNES MEDIADAS POR CÉLULAS T responde diferentemente a diferentes microrganismos
2 tipos de reações são designadas para eliminar Elas podem se diferenciar em subgrupos de células efetoras
microrganismos que produzem grupos distindos de citocinas, realizando
funções diferentes
1. Células TCD4+ auxiliares secretam citocinas que recrutam
e ativam outros leucócitos para fagocitar e destruir TH1
2. Células TCD8+ citotóxicas matam células infectadas com TH2
proteínas microbianas no citosol (elimina o reservatório TH17
celular da infecção)

Cada subgrupo é induzido em resposta aos tipos de


microrganismo que ele está destinado a combater
Então, tipo de microrganismo ativa linfócito T CD4+
intermédio de citocinas (produzidas de acordo com o contexto
RECONHECIMENTO DOS LT DE ACORDO COM O MHC E da infecção) promovem fatores de transcrição
ORIGEM DOS MICRORGANISMOS diferenciação no subgrupo adequado resposta

TCD4+
o bactérias, fungos, alguns protozoários que
foram fagocitados mas venceram os mecanismos
de destruição e vivem dentro das vesículas ou no
citoplasma
o reconhecem antígenos de microrganismos em
vesículas fagocitárias
o quando reconhecem, secretam citocinas que
recrutam e ativam leucócitos que matam
microrganismos
o as APCs vão apresentar os fragmentos
peptídicos de proteínas ligadas ao MHC de classe
II
SUBGRUPO TH1
TCD8+
o vírus que infectam células fagocitárias e outras e
vivem se replicando no citoplasma
o reconhecem esses microrganismos que tem
antígenos no citosol
o destroem as células infectadas
o as APCs apresentam os antígenos peptídicos
derivados de microrganismos vivendo no citosol por
moléculas MHC de classe I

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A principal função é a ativação dos macrófagos, que é Obs: o IL-4 e o IL-10 produzidos pela DC inibem a via clássica
importante para a eliminação eficiente dos microrganismos de ativação dos macrófagos, e a IL-13 pode ativar a via
ingeridos alternativa aumentar a expressão de receptores dos
macrófagos para manose e secretar fatores de crescimento
A ativação do macrófago é feito por interações ligante de CD40-
que agem sobre os fibroblastos, aumentando a síntese de
CD40 e pela secreção de IFN-gama
colágeno e fibrose.
Obs: as liberações desses grânulos provocam reações
inflamatórias grandes, porque embora eles destruam os
helmintos, geram lesão nos tecidos saudáveis

Ativa o macrófago (não para fagocitar) produz fibras


para promover o reparo dos tecidos lesados pelos grânulos
Aumenta a secreção de muco intestinal e peristaltismo
expulsão dos parasitas pelas suas vias de entradas

SUBGRUPO TH17
Induz a inflamação que funciona para destruir bactérias
extracelulares e fungos, podendo contribuir para várias
doenças inflamatórias

Obs: indivíduos com mutações que afetam a geração das Esclerose múltipla, doença intestinal inflamatória e artrite
células TH1 são extremamente suscetíveis a infecções reumatoide
bacterianas, principalmente as micobactérias atípicas do meio
ambiente que geralmente não fazem mal aos indivíduos
saudáveis

SUBGRUPO TH2
Estimula uma inflamação rica em eosinófilos, importante na
defesa contra parasitas helmínticos

Quando as células T estimulam a inflamação, a reação é mais


forte e mais prolongada do que quando ela é evocada por
respostas imunes inatas
Obs: Faz sentido aumentar a espessura da pele, como
acontece na candidíase que é extracorpórea e causada por
fungo, impedindo que a cândida penetre

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ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS B PELOS T AUXILIARES ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS B
Um antígeno proteico é muito bom para desencadear respostas Reconhecem o mesmo antígeno na sua forma nativa e o
de anticorpos, porém, ele só consegue fazer isso se os processa (pois ele é proteico),sendo apresentado na
linfócitos T e B interagirem nos órgãos linfoides, de modo a superfície como peptídeos para depois serem reconhecido
estimular a proliferação e diferenciação das células B pelos LT
Essa ativação é facilitada pelo receptor do complemento
CR2/CR1, onde o complemento foi ativado em resposta a
microrganismo e gerou fragmentos que se ligam a esses
microrganismos (Cd3 que se liga a CR2)
As células B também possuem receptores tipo TOLL, que
intensifica sua ativação

ENCONTRO DAS CÉLULAS B E T FORA DO FOLÍCULO


Isso ocorre pois há mudança na expressão de receptores de
quimiocinas nos linfócitos ativados
1. Células T (pelas DCs via MHC, reconhece antígeno
processado) e B (reconhece de forma nativa, sem precisar CCR7 receptor de quimiocina que reconhece quimiocina
processar por uma DC) são ativados de modo produzidas nas zonas de células T, levando a célula para lá
independente por um antígeno proteico em diferentes
CXCR5 receptor de quimiocina que reconhece quimiocina
regiões de um órgão linfoide, depois vão se encontrar
que promove a migração para os folículos da célula B
2. LT-LB interagem fora do folículo inicialmente
3. A interação consiste em dois momentos
a. LB processam e apresentam o antígeno para os LT,
por meio do MHC de classe II
b. LT CD4+ que já foram ativados vão expressar o
ligante CD40 e secretar citocinas que vão estimular
a proliferação e diferenciação dos LB em
plasmócitos
4. Células B ativadas migram de volta para o folículo,
acompanhada dos LT auxiliares. Os LT se diferenciam em
LT auxiliares foliculares e mandam sinais para a LB se
proliferar, formando o centro germinativo, onde ocorrerá O LT depois de ativado reduz expressão do CCR7 e
3 principais reações: aumenta a do CXCR5
a. Troca de isotipo da cadeia pesada O linfócito B depois de ativado reduz expressão do CXCR5
b. Maturação da afinidade dos anticorpos e aumenta a do CCR7
c. Geração de plasmócitos de vida longa e células B
de memória Assim, ambas vão de encontro uma das outras, por causa da
mudança de expressão dos receptores de quimiocinas
ATIVAÇÃO E MIGRAÇÃO DAS CÉLULAS T AUXILIARES
(CD4+) APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS PELOS LINFÓCITOS B
ÀS CÉLULAS T AUXILIARES
ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T AUXILIARES
A membrana Ig das células B é um receptor de alta afinidade
Reconhecimento do antígeno apresentado pela DC que consegue ligar com um antígeno mesmo quando ele está
através do MHC de classe II em baixa concentração
Coestimulação que é o 2º sinal
Depois de reconhecer e ligar ao antígeno por meio dos seus
Obs: a ativação das células T é mais induzida por antígenos receptores específicos na membrana, acontece:
microbiandos e por antígenos proteicos que são administrado
Endocitose e envio do antígeno proteico para vesículas
com adjuvantes, que estimulam sua expressão e a
endômicas e lisossômicas
coestimulação na APC
As vesículas os antígenos são processados em peptídeos

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Os peptídeos se ligam aos MHC de classe II já produzidos
MHC classe II externalizado para ser identificado pelas
células T auxiliares CD4+

Leucócitos:

Leucopenia abaixo do valor normal


Os linfócitos B são APC muito eficientes para os antígenos
que elas identificam, mas só conseguem ativar células T Leucocitose acima da faixa normal
previamente ativadas em células efetoras diferenciadas, o Infecção, inflamação, fisiológica em
pois são ineficientes para iniciar as respostas em células T lactentes e RNs
virgens Obs: bastonetes (neutrófilos) podem estar altos em resposta
Obs: célula T e B identificam epítopos diferentes do mesmo ao TH17
antígeno proteico, a interação que se segue continua a ser Eosinófilos podem estar altos em resposta ao TH2
específica para aquele antígeno
MECANISMOS DE ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS B
Obs: as células B podem ser estimuladas fortemente quando
MEDIADOS PELAS CÉLULAS T AUXILIARES
reconhece haptenos (substancia química reconhecida pela CB
que estimula fortes respostas de anticorpos só se estiver ligada Os LT identificam os LB por meio
a uma proteína transportadora). Isso serviu como base para o
sucesso das vacinas conjugadas, em que polissacarídeos de Do reconhecimento do antígeno, via MHC de classe II pelo
algumas bactérias foram acoplados a proteínas transportadora TCR
e conseguiram induzir resposta forte, contribuindo para Expressa o CD40 ligante que se liga ao CD40 fornece
imunidade protetora contra bactérias como Haemophillus sinais para as células B que estimulam a expansão
influenzae, sobretudo em lactentes clonal, síntese e secreção de anticorpos
ao mesmo tempo, células T auxiliares produzem citocinas
que se ligam aos receptores de citocinas dos linfócitos B e
estimulam maiores proliferação e produção de anticorpos

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MUDANÇA DE CLASSE (ISÓTIPO) DE CADEIA PESADA
As células T auxiliares geram estímulos para que a célula B
possa produzir diferentes isótipos de anticorpos, que aumenta
a capacidade funcional das respostas imunes humorais, pois
vão representar anticorpos com funções diferentes

As CT auxiliares também estimulam certo grau de troca de


classe de cadeia pesada nos focos extrafolicurares e a
maturação da afinidade

REAÇÕES EXTRAFOLICULARES E DO CENTRO


GERMINATIVO
A interação entre elas inicialmente acontece por fora do folículo Outra consequência funcional é que os anticorpos IgG
e resulta na produção de baixos níveis de anticorpos, que produzidos podem se ligar a um receptor neonatal de Fc
podem ser isótopos trocados, mas geralmente apresenta baixa (FcRn) expresso na placenta, permitindo a transferência de IgG
afinidade da mãe para o feto, oferecendo proteção
Os plasmócitos gerados nessa interação são de vida curta e IMPORTÂNCIA DO CD40L E CITOCINAS
produzem anticorpos por poucas semanas, e poucas células
B de memórias são geradas A troca de classe de cadeia pesada é possível por causa dos
sinais que as células T mandam para as B através de citocinas
CÉLULAS T AUXILIARES FOLICULARES (TFH) e do CD40L-CD40.
As células T que foram ativadas pelos LB possuem expressão Na ausência de CD40 ou CD40L, as células B secretam apenas
elevada de quimiocina CXCR5, sendo atraídas para dentro do IgM e deixam de trocar para outras classes
folículo, onde vão se chamar células T auxiliares foliculares
As citocinas produzidas pelas células T auxiliares
A geração e função das células TFH dependem de um determinam qual a classe de cadeia pesada é produzida
coestimulador da família CD28 chamado de ICOS
IFN-Y IgG opsonização e promover a fagocitose
Elas podem se desenvolver a partir de células T não
comprometidas ou dos subgrupos, TH1, TH2 e TH17, podendo IL-4 IgE imunidade contra helmintos
secretar citocinas características desses grupos INF-gama, Citocinas produzidas nos tecidos IgA
IL-4 ou IL-7
Síndrome da hiper-IgM ligada ao X
CENTRO GERMINATIVO
Doença causada por mutações no gene CD40L que se localiza
Algumas células B ativadas voltam para o folículo linfoide e lá no cromossomo X, produzindo CD40L não funcionais
recebem estímulos das TFH e começam a se dividir
rapidamente, a região do centro germinativo Assim, grande parte do anticorpo sérico é o IgM, pois há defeito
na troca de classe
Lá ela passam por uma troca de cadeia pesada extensiva e
mudação somática dos genes Ig Os pacientes também vão apresentar imunidade defeituosa
contra os microrganismos intracelulars, visto que o CD40L é
As células B de afinidade mais alta são selecionadas no fim importante para a ativação mediada pela célula T dos
para se diferenciar em células B de memória e plasmócitos macrófagos e para a amplificação das respostas da célula T
de vida longa pelas DC

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TROCA DE CLASSE
Os sinais de CD40 e dos receptores de citocinas estimulam
proteínas que promovem a excisão de segmentos do DNA
das regiões de troca (sequencia de nucleotídeos entre a
região J e a região C com o gene do anticorpo), a proteína na
verdade é uma enzima chamada de desaminase induzida por
ativação (AID)
Assim, quando as quebras de DNA de fita dupla em duas
regiões de troca são unidas e reparadas, essa parte do DNA
SELEÇÃO DAS CÉLULAS B COM ALTA AFINIDADE
vai ser excluído
Enquanto ocorre a hipermutação somática, o anticorpo que foi
E a recombinação de troca vai poder ser feita, pois somente
secretado anteriormente durante a resposta imune se liga ao
a cadeia mais próxima de VDJ que vai ser expressa
antígeno residual, e esse complexo antígeno-anticorpo ativam
consegue produzir uma nova classe de cadeia pesada
o complemento e são exibidos por células dendríticas
(determinada pela região C do anticorpo) com a mesma
foliculares (FDC)
especificidade que a célula B original, visto que a
especificidade é determinada pelo éxon CDJ rearranjado As FDC residem no centro germinativo e possuem receptores
para as porções Fc dos anticorpos e para produtos do
complemento, ajudando a exibir os complexos antígeno-
anticorpo
Assim, as células B que sofreram hipermutação se ligam aos
antígenos nas FDC e assim, são selecionadas e resgatadas
da morte por apoptose, pois assim que ligam são ativadas para
sobreviver
Desse modo, a medida que a imunização repetida ocorre, a
produção de anticorpos aumenta, ao mesmo tempo que a
quantidade de antígenos vai diminuindo
Por isso, as células B selecionadas devem ser capazes de se
ligar a antígenos com concentrações cada vez menores e
MATURAÇÃO DA AFINIDADE possuem receptores de antígenos coma afinidade cada vez
maiores
É um processo pela qual a afinidade dos anticorpos com o
Essas células selecionadas e que produzem anticorpos são
antígeno aumenta com uma exposição prolongada ou repetida
chamadas de palsmablastos, elas vão para a circulação e
ao antígeno
migram para a medula óssea, onde amadurecem em
Ocorre devido à hipermutação somática que ocorre nas plasmócitos e podem sobreviver e produzir anticorpos de alta
regioes V, em especial nas hipervariáveis, nas células que se afinidade por anos
encontram em divisão (dentro dos centros germinativos).
Nesse processo, a AID também participa MEMÓRIA IMUNOLÓGICA

Obs: a maturação da afinidade só ocorre nas respostas às FORMAÇÃO DAS CÉLULAS B DE MEMÓRIA
células T dependentes
Uma fração das células B ativadas e selecionadas não se
diferenciam em células secretoras de anticorpos, mas se
tornam células de memória, que circulam no sangue e
residem em vários tecidos
Sobrevivem meses ou anos na ausência da exposição
adicional a antígenos, prontas para uma resposta rápida no
caso de o antígeno ser reintroduzido

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Vacinas conjugadas
O antígeno é conjugado com uma proteína que ativam
fortemente as células T auxiliares, e como só elas são capazes
de desenvolver a maturação de afinidade nas células B,
consegue formar também células B de memória
Essas vacinas se mostram efetivas na indução da imunidade
protetora em bebes e crianças pequenas

DESENVOLVIMENTO DAS CÉLULAS T DE MEMÓRIA


Respostas imunes a um antígeno mediado por células T O local de ligação do antígeno é formado pelos domínios
normalmente resultam na geração de células T de memória variáveis da cadeia leve e da cadeia curta, Vh e Vl e em cada
específicas para aquele antígeno, que podem persistir por anos anticorpo existem 2 sítios de ligação (um em cada braço)
Os mecanismos ainda não estão claros, mas acredita-se que Cada região variável vai possuir 3 regiões hipervariaveis
os tipos de fatores de transcrição induzidos durante ativação (CDR), das quais a maior de variabilidade é a CDR3, e esse
dos LT influenciam a escolha entre o desenvolvimento de circuito CDR de ligação ao antígeno forma fendas capazes de
células T efetoras ou de memória, como o fator de transcrição acomodar diversas macromoléculas e pequenas moléculas
diferentes, Blimp-1, que promove a geração de células de químicas (não é só peptídeo como nos LT)
memória
As partes dos antígenos que são reconhecidas são chamadas
As propriedades das células T de memória são de epítopos, pois não reconhece o antígeno inteiro, apenas
Capaz de viver por anos, pois expressam níveis parte dele
aumentados de proteínas antiapoptóticas, conseguindo Região Fab = região que se liga ao antígeno, formada por uma
sobreviver mesmo depois do antígeno ser eliminado parte constante e outra variável = existem 2
Respondem mais rápido à estimulação antigênica do que
as células naive específicas para o mesmo antígeno Região Fc = formada pelo restante de cadeia pesada que se
Tem muito mais células de memória do que de células liga a algum receptor (ou na membrana da célula B ou no
naive específicas para o mesmo antígeno complemento etc) = responsável pela funções efetoras dos
São capazes de migrar para os tecidos periféricos e anticorpos
responder a antígenos nesses locais Região C terminal = pode estar ancorada na membrana da LB
A manutenção é dependente de citocinas, como a IL-7 ou pode estar sem ancoragem, no caso quando o antígeno é
(receptor CD127), mas não requer o reconhecimento do secretado e esta livre
antígeno
TIPOS DE CADEIA PESADA
ANTICORPOS
Os diferentes tipos de cadeia pesada determinam
Mediadores da imunidade humoral diferentes tipos de anticorpos (classes ou isótipos), por isso,
Pode estar circulante ou na membrana do LB cada anticorpo terá uma função diferente, pois é a cadeia
Os circulantes se ligam aos antígenos e os neutraliza, pesada que dá a função efetora do anticorpo
tampando os sítios de ligação dele com as nossas células,
impedindo a infecção Gene alfa (A) = pertencem ao IgA

Um antígeno é formado por 2 cadeias leves (tem um domínio V Gene epslon (E) = IgE
e outro C) e 2 cadeias pesadas (tem 1V e 3 ou mais domínios Gene mi (M) = IgM (está na membrana, mas pode ser
C) secretada também)
Gene gama (G) = IgG
Gene delta (D) = IgD (nunca é secretado, sempre vai estar
presente na membrana da célula B)

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PROPRIEDADES DE ANTICORPOS QUE DETERMINAM A Isso acontece especialmente durante respostas aos
FUNÇÃO EFETORA antígenos proteicos
Com a troca de classe dos anticorpos, o sistema imune humoral
é capaz de ativar mecanismos coerentes para o combate dos
microrganismos

4. A troca para a classe IgG prolonga a duração de um


anticorpo
1. Agem por todo o corpo Um receptor de Fc neonatal (FcRn) é expresso na placenta,
no endotélio e outros tipos celulares
São produzidos após estimulação dos linfócitos B pelos
antígenos nos órgãos linfoides periféricos (linfonodos, baço e No endotélio
tecidos linfoides mucosos) e nos locais de inflamação
O FcRn protege os anticorpos IgG do catabolismo intracelular,
Os plasmócitos podem permanecer nos órgãos linfoides ou pois assim que o anticorpo se liga ao receptor, o FcRn o recicla
irem pra medula e continuam secretando anticorpos, que de volta à circulação, evitando sua degradação dos lisossomos
podem ir para a circulação e atingir qualquer local de infecção
e nas secreções mucosas (lá eles previnem infecções dos Por isso os anticorpos IgG possuem meia-vidas em torno de 3
microrganismos que tentam penetrar no epitélio) semanas

2. Neutralização de microrganismos e toxinas


A região Fab (se liga ao antígeno) se liga ao microrganismo e
toxinas neutralizando seus efeitos, como se tampasse os sítios
de ligação deles com outras células

Participação do sistema complemento e fagócitos


As porções Fc (regiões constantes da cadeia pesada) contém
os locais de ligação para os fagócitos e proteínas do
complemento opsonização e fagocitose
NEUTRALIZAÇÃO DE MICRORGANISMOS E TOXINAS
Obs: isso só ocorre depois que diversas moléculas de
MICROBIANAS
anticorpos identificam e se ligam a um antígeno microbiano
(portanto, até mesmo as funções dos anticorpos dependentes Se ligam às moléculas de superfície do envelope ou
de Fc requerem a identificação dos antígenos pelas regiões parede celular do microrganismo, impedindo que ele
Fab) penetre nas células do hospedeiro
3. A troca de classe da cadeia pesada e maturação da Neutralizam os microrganismos que infectou uma célula e
afinidade aumentam as funções protetoras dos está indo em direção a célula adjacente pra se ligar a ela
anticorpos também, impedindo que isso aconteça

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Bloqueia a ligação da toxina pelo receptor celular, pois a
endotoxinas e exotoxinas medeiam os efeitos do
microrganismo infecioso

Obs: o receptor FCgamaRIIB é importante por encerrar a


produção de anticorpos e reduzir a inflamação, pois inibe a
retroalimentação da ativação da célula B e inibe a ativação de
macrófagos e DCs
As vacinas mais eficazes atualmente funcionam estimulando
a produção de anticorpos neutralizantes, que se ligam aos A imunoglobulina intravenosa é feita dando IgG por via
microrganismo impedindo a infecção das células intravenosa aos pacientes com diversas doenças inflamatórias,
que podem se ligar a esse receptor e reduzir a inflamação
OPSONIZAÇÃO E FAGOCITOSE
CITOTOXIDADE CELULAR DEPENDENTE DE ANTICORPOS
Os opsoninas (moléculas que revestem os microrganismo, no (ADDC)
caso são as moléculas de anticorpos) no processo de
opsonização chamam a atenção aos fagócitos, que As células opsonizadas com anticorpos IgG também ativam
promovem a fagocitose desse microrganismo células NK através do receptor presente nas células NK, o
FCgamaRIII (CD16)
Quando os anticorpos se ligam ao microrganismo (no caso,
IgG1 e IgG3 nos humanos), as regiões Fc livres se ligam ao Essa ligação envia sinais para a célula NK que faz com que ela
receptor nos neutrófilos e macrófagos, FCgamaRI (CD64) descarregue suas proteínas granulosas, eliminando a célula
opsonizada
Ao se ligar, o fagócito é ativado e fagocitam os microrganismos
e também passam a produzir grandes quantidades de
intermediários reativos de oxigênio, NO e enzimas proteolíticas
nos lisossomas, para destruir o microrganismo
Esse processo é o mais importante para defesa contra
bactérias encapsuladas, como os pneumococos
Obs: o baço contem grandes quantidades de fagócitos, por
isso é um local importante para fagocitose de bactérias
opsonizadas, por isso pacientes que fizeram esplenectomia Obs: as células infectadas com vírus envelopados expressam
são suscetíveis à infecções por bactérias encapsuladas e glicoproteínas virais em sua superfície, reconhecidas pelos
precisam tomar a vacina contra elas anticorpos e isso pode facilitar a destruição mediada pela
ADCC
Obs: a ADCC é um mecanismo pelos quais os anticorpos
terapêuticos utilizados para tratar cânceres eliminam as células
tumorais

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REAÇÕES MEDIADAS POR IMUNOGLOBULINAS E As células B da mucosa intestinal estão na lamina própria,
EOSINÓFILOS/MASTÓCITOS sob a barreira epitelial, e os IgA produzidos nessa região
precisam ser transportados para o lumen para que possa fazer
Os helmintos são muito grandes para serem fagocitados e sua função
são resistentes a muitas substancias microbicidas
Para isso, as células TH2 liberam IL-5 que ativa os
eosinófilos, além disso, o IgE pode se ligar aos vermes e
promover ligação com os eosinófilos via receptor de alta
afinidade para o IgE (FcERI) expressos nos eosinófilos,
ativando-os também
As ativações deles fazem com que liberam conteúdos
granulares, que eliminam os vermes

O transporte é realizado pelo receptor poli-Ig expresso na


lâmina basal das células epiteliais, que se liga a IgA e promove
sua endocitose pela célula epitelial
Chegando no lúmen, o receptor sofre uma clivagem por meio
de uma protease a IgA consegue ser liberada, portanto, o IgA
ainda permanece ligado a uma porção do receptor
(componente secretor)
Além disso, os IgE também podem ativar os mastócitos que
secretam citocinas, como quimiocinas, atraindo os leucócitos O componente secretor protege o anticorpo da degradação
que agem para destruir os helmintos pelas proteases do intestino, assim, o anticorpo pode
reconhecer os microrganismos no lúmen e bloquear suas
FUNÇÕES DOS ANTICORPOS EM LOCAIS ANATÔMICOS ligações e sua entrada pelo epitélio
ESPECIAIS
IMUNIDADE NEONATAL
Os anticorpos também possuem funções protetoras nos
É o único exemplo de imunidade passiva que acontece
órgãos da mucosa e no feto
naturalmente, pois os RN possuem sistema imune incompleto,
IMUNIDADE DA MUCOSA sendo suas defesas iniciais fornecidos pela mãe via placenta
ou leite
IgA produzido nos tecidos linfoides da mucosa
Os RN adquirem anticorpor IgG maternos passados via
Corresponde de 60 a 70% dos anticorpos produzidos placenta e transportados via FcRn para a circulação fetal
diariamente em um adulto saudável, principalmente pelo
intestino Após o parto, eles ingerem os anticorpos IgA pela
amamentação (no colostro e no leite), que fornecem proteção
O IgA se liga aos microrganismos que tentam invadir a mucosa imune da mucosa do neonatal
(inalação ou ingeridos), os neutralizam e os impedem de invadir
células do hospedeiro
Nos tecidos linfoides da mucosa é produzido altos níveis da REFERÊNCIAS
citocina fator transformante de crescimento B (TFG-B) IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR - ABBAS 9a
que induz a troca de classe para produzir IgA EDIÇÃO
IMUNOLOGIA BÁSICA ABBAS 5ª EDIÇÃO
IgA produzida por células B-1
Parte dela pode ser produzida por esse grupo de células B, que
possuem propensão de migrar para os tecidos mucosos, e
secretam IgA sem precisar dos TCD4+

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INFLAMAÇÃO
VISÃO GERAL DA INFLAMAÇÃO
É uma resposta protetora que pode vir de uma lesão ou uma
invasão por microrganismo e envolve células do hospedeiro,
vaso sanguíneo proteínas e mediadores, além de envolver
células e tecidos necróticos que resultam da lesão original e
iniciar o processo de reparo
É um processo inespecífico, pois vem da imunidade inata e,
independentemente do estímulo, o processo vai ser o mesmo

CARACTERÍSTICAS GERAIS A INFLAMAÇÃO É CONTROLADA E AUTOLIMITADA

TIPOS DE INFLAMAÇÃO As células ativadas para a resposta inflamatória possuem vida


curta, são degradadas ou se tornam inativos quando o agente
Pode ser aguda ou crônica agressor é eliminado
Se ele não for rapidamente eliminado, o resultado pode ser a
inflamação crônica com consequências patológicas, pois os
componentes da inflamação também podem lesar os tecidos
saudáveis

INFLAMAÇÃO AGUDA
Possui 2 componentes principais
Aguda RESPOSTAS VASCULARES
o Rápida, exsudação de liquido e proteínas
o Acumulo de leucócitos, principalmente neutrófilos Vasodilatação aumento do fluxo
Crônica Aumento da permeabilidade vascular
o Influxo de linfócitos e macrófagos Amento da adesão dos leucócitos e sua migração através
o Proliferação vascular associada a fibrose das paredes dos vasos
(cicatrização)
EVENTOS CELULARES
5 SINAIS CARDINAIS DA INFLAMAÇÃO
Recrutamento e ativação celular passagem das células
do sangue para o tecido
Os principais leucócitos na inflamação aguda são os
neutrófilos
ESTÍMULOS PARA A INFLAMAÇÃO AGUDA

Infecções (bactérias, fungos, vírus e parasitas)


Trauma (corte e penetração)
Agentes químicos e físicos (queimaduras, frio profundo
etc) que lesam as células
Necrose tecidual (isquemia)
Corpos estranhos (farpa, poeira, suturas, depósitos de
cristais gota)
INDUZIDA POR MEDIADORES QUÍMICOS Reações imunológicas (reações de hipersensibilidade)
que são reações que tendem a ser persistentes e se
Quando há lesão ou invasão, os macrófagos, DC, mastócitos e
comportam como inflamação crônica
outras células secretam citocinas e mediadores induzem e
regulam a resposta inflamatória

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INFLAMAÇÃO
RECONHECIMENTO DE MICRÓBIOS, CÉLULAS Os leucócitos, principalmente neutrófilos, começam a se
NECRÓTICAS E SUBSTÂNCIAS ESTRANHAS acumular na superfície endotelial, processo chamado de
marginação
Como é um processo da imunidade inata, o reconhecimento vai
ser pelos fagócitos, como as DCs e pelas células epiteliais AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR
receptores-padrão de reconhecimento
Leva à saída de liquido rico em proteínas e células sanguíneas
Receptores tipo TOLL (TLR) para os tecidos, isso aumenta a pressão osmótica do LI,
gerando efluxo de água do sangue para os tecidos
Reconhecem PAMPS e DAMPS e ativam fatores de transcrição provocando o edema
que estimulam a produção de mediadores, citocinas antivirais
e proteínas que promovem a ativação dos linfócitos Exsudato liquido rico em proteínas e células sanguíneas,
típicos da inflamação
Receptores citosólicos, inflassoma
Transudato liquido pobre em proteínas e células
Reconhece PAMPS e DAMPS e a ativação do inflassoma sanguíneas , típicos em outras condições que não são
(complexo proteico) resulta na ativação da capsase-1, inflamatórias
precursora da IL-1
A IL-1 é um importante mediador no recrutamento de leucócitos
que fagocitam e destroem as células mortas na inflamação
aguda

Vários mecanismos podem contribuir para o aumento da


permeabilidade:
ALTERAÇÕES VASCULARES Contração da célula endotelial
As principais são a vasodilatação e aumento da formando lacunas ocorre após a ligação da histamina,
permeabilidade, ambos destinados a trazer células sanguíneas bradicinina, leucotrienos e outros mediadores e é de curta
e proteínas para os sítios de infecção ou lesão duração

ALTERAÇÕES NO FLUXO E CALIBRE VASCULARES Contração mais lenta e prolongada da célula endotelial por
alteração no citoesqueleto induzidos por TNF e IL-1 pode
Após a rápida vasoconstrição, ocorre vasodilatação das perdurar por mais de 24h
arteríolas, causando o rubor e o calor
O liquido extravasa hemácias ficam mais concentradas Lesão endotelial
aumenta a viscosidade diminui a velocidade do fluxo
Causa a necrose e o desprendimento da célula endotelial,
local estase (estagnação do sangue)
como ocorre em queimaduras e algumas infecções
As lesões diretas às células endoteliais também podem induzir
o extravasamento tardio, que começa após 2-12h, como ocorre
na queimadura solar que só aparece ao anoitecer, depois de
um dia de sol

Acumulo de leucócitos

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INFLAMAÇÃO
Podem lesar as células por liberarem muitos mediadores
tóxicos

RESPOSTA DOS VASOS LINFÁTICOS


Na inflamação o fluxo da linfa é aumentado e auxilia na
drenagem do edema, dos leucócitos e dos restos celulares
Nas inflamações mais severas, os linfáticos podem transportar ADESÃO
o agente lesivo, contribuindo para sua disseminação A adesão é mediada pelas integrinas expressas nas
Linfagite inflamação dos vasos linfáticos superfícies celulares dos leucócitos e que interagem com seus
ligantes nas células endoteliais
Linfadenite inflamação dos linfonodos, frequentemente
aumentados por causa da hiperplasia dos folículos linfoides e Nos leucócitos ela são se baixa afinidade, mas quando as
o aumento de linfócitos e células fagocíticas que revestem os quimiocinas secretadas nos locais de inflamação se
seios dos linfonodos encontram com eles, as integrinas passam a ser de alta
afinidade
EVENTOS CELULARES: RECRUTAMENTO E ATIVAÇÃO
Ao mesmo tempo, TNF e IL-1 ativam as células endoteliais para
DOS LEUCÓCITOS aumentar sua expressão de ligantes para integrinas, como o
RECRUTAMENTO DOS LEUCÓCITOS ICAM-1

A sequência de eventos no recrutamento dos leucócitos com isso, os leucócitos são aderidos de maneira estável nas
incluem: células do endotélio nos locais da inflamação

Marginalização e rolagem ao longo da parede do vaso TRANSMIGRAÇÃO


Aderência firme ao endotélio após a aderência, os leucócitos se espremem nas junções
Transmigração entre as células endoteliais (diapedese) entre as células e migram para o local da inflamação, processo
Migração para os tecidos intersticiais, por estimulo denominado diapedese orientado pelas quimiocinas
quimiotático produzidas nos locais de inflamação, estimulando os
leucócitos a movimentarem em direção aos seus gradientes
químicos
além disso, a PECAM-1, uma molécula de adesão expressa em
leucócitos e células endoteliais, medeia os eventos de ligação
necessários para os leucócitos atravessarem o endotélio

QUIMIOTAXIA
é a migração dos leucócitos em direção ao local da lesão ou
infecção, a partir do gradiente químico de fatores quimiotáticos,
como
MARGINAÇÃO E ROLAMENTO
Produtos bacterianos, citocinas, componentes do
Os eritrócitos menores se movem mais rápidos que os complemento (C5), produtos da via da lipoxigenase do
leucócitos, empurrando-os para perto da superfície endotelial e metabolismo do ácido araquidônico (AA), particularmente
o processo de acúmulo de leucócitos na periferia dos vasos é o leucotrieno B4
chamado de marginação
As moléculas quimiotáticas se ligam a seus receptores
Com isso, o TNF e IL-1 (e mediadores como histamina ou expressos nos leucócitos e estimulam sua migração para os
trombina) aumenta expressão de selectinas no endotélio e nos sítios de infecção
leucócitos que promovem a adesão rápida e transitória no
processo de rolagem dos leucócitos. As selectinas são TIPOS DE LEUCÓCITOS EMIGRANTE
receptores expressos no endotélio e nos leucócitos
Vai variar com o estímulo e o tempo da resposta inflamatória
E-selectina e P-selectina presente no endotélio
Neutrófilos
L-selectina presente nos leucócitos

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INFLAMAÇÃO
Predominam nas 6-24h da inflamação e depois são
substituídos por monócitos, eles são os primeiros porque são
mais numerosos no sangue, respondem rapidamente às
quimiocinas e aderem mais firmemente às moléculas de
adesão
Além disso, os neutrófilos possuem vida curta e os monócitos
duram mais

Linfócitos
Nas infecções virais, são os primeiros a chegarem
1. Reconhecimento
Eosinófilos
Os receptores reconhecem componentes dos micróbios e
Em algumas reações de hipersensibilidade, eles são os células mortas ou reconhecem as opsoninas
principais tipos celulares
Obs: as principais opsoninas são IgG (receptor FCYRI no
ATIVAÇÃO DOS LEUCÓCITOS leucócito), produto da degração da proteína C3 do (receptor
CR1 e CR3) complemento, colectinas (C1q)
Uma vez recrutados, os linfócitos são ativados e resultam
muitas funções: 2. Engolfamento
A ligação das partículas opsonizadas desencadeia o
engolfamento, onde os pseudópodes se estendem em torno do
objeto formando um vacúolo fagocítico
A membrana do vacúolo se funde com a membrana de um
granulo lisossômico e esses grânulos são liberados dentro do
fagolisossoma (fagossoma + lisossoma)
3. Destruição do material ingerido
Ao mesmo tempo que o microrganismo está sendo ligado pelos
receptores de fagócitos ingeridos, o fagócito recebe sinais que
ativam diversas enzimas no fagolisossoma
Fagocitose de partículas Oxidase fagocitária superóxido
Destruição intracelular de micróbios e células mortas
Ela converte o O2 molecular em ânion superóxido + radicais
fagocitadas
livres, que são chamados de intermediários reativos do
Liberação de substâncias que destroem micróbios
oxigênio (ROS) e são tóxicos para os microrganismos
extracelulares e células mortas
ingeridos
Produção de mediadores, como citocinas e metabólitos do
ácido araquidônico (AA) Obs: as enzimas e ROS liberadas no espaço extracelular
podem causar lesão nos tecidos do hospedeiro
FAGOCITOSE
óxido nítrico sintase induzida (iNOS)
A fagocitose consiste em 3 etapas distintas:
catalisa a conversão de arginina em óxido nítrico NO que
1. Reconhecimento e fixação da partícula ao linfócito também é microbicida
fagocítico
2. Engolfamento Enzimas lisossômicas proteínas bactericidas,
3. Destruição do material ingerido lisozima, defensinas

SECREÇÃO DE SUBSTANCIAS MICROBICIDAS


Os mecanismos microbicidas dos fagócitos estão no interior do
fagolisossoma para proteger eles de dados a si próprios

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INFLAMAÇÃO
Os conteúdos dos grânulos lisossômicos (enzimas e peptídeos RESULTADOS DA INFLAMAÇÃO AGUDA
antimicrobianos) são secretados pelos leucócitos para o meio
extracelular quando: A inflamação aguda possui um dos 3 resultados:

Há um fechamento incompleto do fagolisossomo,


causando uma regurgitação durante o engolfamento
Quando as células encontram materiais que não são
facilmente ingeridos, como imunocomplexos depositados
ou imobilizados na superfície
Partículas de sílica são fagocitadas e elas lesam a
membrana do fagolisossomo

REDES EXTRACELULARES DE NEUTRÓFILOS (NET)


Em resposta a patógenos e mediadores inflamatórios, os
neutrófilos morrem e expelem seus conteúdos nucleares para
forar redes de histonas e outros componentes potentes,
chamados NET RESOLUÇÃO: REGENERAÇÃO E REPARO
Essas NET interceptam bactérias e fungos e matam os Quando o tecido é capaz de se regenerar, ele volta a ser
microrganismos funcional sem nenhum comprometimento, mas para isso, a
resposta inflamatória aguda tem que ser terminada

Neutralização, decomposição ou degradação enzimática


dos mediadores
Normalização da permeabilidade
Cessão da emigração dos leucócitos
Inibidores da inflamação produzidos por leucócitos
Drenagem linfática e limpeza pelos macrófagos dos restos
necróticos
Citocinas que iniciam processo de reparo, fibroblastos
secretam colágeno para preencher os defeitos

DEFEITOS NA FUNÇÃO LEUCOCITÁRIA INFLAMAÇÃO CRÔNICA


Quando o agente nocivo não é removido, evolui para uma
inflamação crônica, que pode ser sucedida pela restauração da
estrutura e função normal ou resultar em cicatrização

CICATRIZAÇÃO
Tipo de reparo que ocorre depois de uma destruição tecidual
substancial (como ocorre na formação de abcesso) ou quando
a inflamação atinge tecidos que não conseguem se regerar e
são substituídos por tecido conjuntivo
Em órgãos que ocorrem muitos depósitos de TC, como na
consequência da inflamação crônica , o resultado é a fibrose
que compromete a função do órgão

MEDIADORES QUÍMICOS E REGULADORES DA


INFLAMAÇÃO
São de 2 tipos: mediadores derivados de células e
mediadores derivados de proteínas plasmáticas

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INFLAMAÇÃO
Podem ser produzidos pelas células no local da inflamação ou 5. Citocinas IL-1 e IL-8
podem ser sintetizadas no fígado e transportada pelo plasma
como precursores inativos que vão ser ativados no local da
inflamação
Os mediadores derivados de células podem ser pré-formado
(como histamina nos mastócitos) em grânulos secretores e
quando a célula é ativada eles são liberados, ou são
sintetizados após um estímulo (como as prostaglandinas e
citocinas produzidas por leucócitos)
As ações deles são estreitamente reguladas e de curta
duração, pois existem compostos que degradam os
mediadores, enzimas que inativam, ou são removidos e A lesão pelo espinho gera um processo inflamatório, os
inibidos neurônios (em preto) respondem à dor liberando
neuropeptídios que causam vasodilatação e ativação dos
mastócitos para que liberem histamina

Serotonina
Mediador vasoativo pré-formado, encontrado nos grânulos das
plaquetas e liberados durante a agregação plaquetária
Ela também induz vasoconstrição durante a coagulação
METABÓLITOS DO ÁCIDO ARQUIDÔNICO (AA):
PROSTAGLANDINAS, LEUCOTRIENOS E LIPOXINAS
Os metabólitos do AA também são chamados de eicosanoides
e possuem diversas funções, sendo os leucócitos, mastócitos,
endotélio e plaquetas as principais fontes

MEDIADORES DERIVADOS DE CÉLULAS


AMINAS VASOATIVAS
A histamina e a serotonina são armazenadas nos mastócitos e
O AA é um ácido graxo derivado do ácido linoleico que está
outras células como moléculas pré-formadas
presente na membrana de fosfolipídios, sendo liberado a partir
Histamina da ativação de fosfolipases por estímulos mecânicos,
químicos e físicos ou por mediadores inflamatórios como
Causa dilatação das arteríolas, aumento da permeabilidade o C5a
vascular e ela é inativada pela histaminase
O metabolismo do AA ocorre ao longo de 2 principais vias
A histamina é liberada dos mastócitos em resposta: enzimáticas: a cicloxigenase (síntese de prostaglandinas e
1. Lesão física como trauma ou calor tromboxanos) e a lipoxigenase (produção de leucotrienos e
2. Ligação de anticorpos IgE aos receptores Fc dos lipoxinas)
mastócitos
3. Fragmentos do complemento (CEA e C5A), que saoa
anafilatoxinas
4. Neuropeptídios

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INFLAMAÇÃO
FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA (PAF)
O PAF é caracterizado por agregar as plaquetas e causar sua
desgranulação, sendo um mediador com efeito inflamatório
ferado a partir dos FPP das membranas de neutrófilos,
molócitos, basófilos, cels endoteliais e plaquetas, pela ação da
fosfolipase A2
Atua diretamente na célula alvo por um receptor especifico
acoplado a proteína G. também causa broncoconstrição, é
1000x mais potente que a histamina em causar vasodilatação
e aumento da permeabilidade vascular
CITOCINAS
As principais citocinas na inflamação aguda são o TNF, IL-1,
IL-6 e quimiocinas
Obs: os glicocorticoides são agentes anti-inflamatórios
potentes que inibem a fosfolipase A2, inibindo a liberação do Fator de necrose tumoral (TNF) e IL-1
AA dos lipídeos de membrana
Possuem efeitos protetores e patológicos
Via da cicloxigenase
Produzidos por macrófagos ativados, mastócitos e células
Há duas formas dela, COX-1 e COX-2 em que foram endoteliais, sendo a secreção estimulada por produtos
desenvolvidos anti-inflamatórios não hormonais (como microbianos e o inflassoma induz a ativação da IL-1
hibuprofeno e aspirian) que inibem sua ação, inibindo a
síntese de PG (prostaglandina) e suas ações, por isso é usado O principal papel é a ativação endoteliais, por meio do estimulo
no tratamento para dor e febre de maior expressão de moléculas de adesão nas células
endoteliais, além de estimular produção de quimiocinas e
Prostaglandinas produto da via da COX, sendo o principal eicosanoides
metabólito na via dos mastócitos e presente também nas
células endoteliais. Causa vasodilatação, aumento da Embora sejam secretados no local da inflamação, também
permeabilidade, inibe a agregação plaquetária e está envolvida podem entrar na circulação e atuar em locais distantes,
na patogenia da dor e da febre na inflamação resultando em febre (no hipotálamo), letargia, síntese hepática
de proteínas de fase aguda, caquexia (devastação metabólica),
Tromboxano as plaquetas possuem a enzima tromboxano- queda da PA etc
sintetase que produzem o tromboxano que é um portente
agente de agregação placentária e vasoconstritor

Via da lipoxigenase
Leucotrienos a 5-lipoxigenase é a principal enzima
metabolizante do AA nos neutrófilos, sendo um potente agente
quimiotático para neutrófilos.
Nos mastócitos, os metabólitos dos leucotrienos causam
vasoconstrição, broncoespasmo e aumento da permeabilidade
vascular
Lipoxinas são antagonitas endógenos dos leucotrienos,
são produzidos pelos leucócitos assim que eles entram nos Quimiocinas
tecidos, mudando os produtos do AA pela lipoxigenase de Atuam como quimioatraentes para diferentes grupos de
leucotrienos para lipoxinas, funcionando como mediador anti- linfócitos tendo como principal função o recrutamento dos
inflamatório leucócitos na inflamação e na organização anatômica normal
Eles inibem a quimiotaxia e a aderência dos neutrófilos ao das células nos tecidos linfoides e outros tecidos (como o
endotélio, regulando o processo de inflamação receptor CCR7 que reconhece quimiocina produzida nas zonas
de células T)

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INFLAMAÇÃO
OUTROS Quando fixado à superfície bacteriana, atuam como opsoninas,
favorecendo a fagocitose por neutrófilos e macrófagos
ERO funcionam destruindo micróbios fagocitados e as
células necróticas e em níveis mais altos eles são MAC
responsáveis pela lesão tecidual
Feito de múltiplas copias do complemento final C9, cria poros
NO os macrófagos utilizam ele como metabólito
que rompem o equilíbrio osmótico, destruindo algumas
citotóxico para destruir micróbios e células tumorais.
bactérias
Quando produzido pelo epitélio, atua como vasodilatador
NEUROPEPTÍDIOS como a substancia P, semelhante SISTEMAS DE COAGULAÇÃO E DAS CININAS
às aminas vasoativas, podem iniciar respostas
inflamatórias. Transmite sinais dolorosos, regula o tônus O fator de Hageman é uma proteína sintetizada pelo fígado que
do vaso e modula a permeabilidade vascular. As fibras circula em forma inativa até encontrar colágeno, membrana
nervosas secretam no pulmão e no TGI basal ou plaquetas ativadas (existentes no local da lesão
endotelial). Quando ele é ativado, inicia 4 sistemas envolvidos
MEDIADORES DERIVADOS DE PROTEÍNAS PLASMÁTICAS na resposta inflamatória:

COMPLEMENTO 1. Sistema de cininas


2. Sistema de coagulação induzindo a ativação de trombina
São proteínas plasmáticas produzidas no fígado e os 3. O sistema fibrinolítico, produzindo plasmina e inativando a
componentes (numerados de C1 a C9) estão presentes no trombina
plasma em formas inativas, sendo ativados por proteólise 4. O sistema complemento, produzindo anafilatoxinas C3a e
C5a
Para gerar os produtos do complemento, deve-se ativar o
terceiro componente C3, a clivagem dele ocorre por 3 vias
diferentes:
1. Via clássica fixação de C1 a complexos antígeno-
anticorpo
2. Via alternativa desencadeada por polissacarídeos
bacterianos e outros componentes da parede celular das
bactérias
3. Via das lectinas lectina plasmática se liga a manose nos
micróbios e ativa um componente inicial da via clássica
Todas essas 3 vias levam a formação de uma C3-convertase
que cliva o C3 em C3a e C3b, que vão gerando os outros
componentes
Ativação do sistema de cininas
Leva a formação final de bradicinina por meio de uma cascata
de cininas a partir do seu precursor circulante, HMWK, que é
semelhante à histamina aumento da permeabilidade
vascular, dilatação arteriolar, broncoconstrição e dor quando
injetada na pele

Sistema de coagulação
O fator XIIa direciona a cascata proteolítica, levando a ativação
de trombina que cliva o fibrinogênio em fibrina. A trombina
C3a e C5a participa da inflamação ligando nas células endoteliais
ativando-as e aumentando a aderência dos leucócitos. A
aumentam a permeabilidade vascular, causam vasodilatação, trombina também cliva o C5, gerando C5a, gerando o
induz plasmócitos a liberar histamina, ativa leucócito recrutamento e ativação dos leucócitos
C3b Sistema fibrinolítico

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INFLAMAÇÃO
Ao mesmo tempo que induz a coagulação, o fator de Hageman ativados pela via alternativa (IL-13 e IL-4) que inicia o reparo
gera o sistema fibrinolítico para limitar a coagulação, onde a tecidual
plasmina age clivando a fibrina. A plasmina também cliva o C3
formando C3a, aumentando a permeabilidade e vasodilatação

INFLAMAÇÃO CRÔNICA
É uma inflamação prolongada que pode surgir da inflamação
aguda que não pode ser resolvida, ou porque o agente lesivo
persistiu ou houve interferência no processo normal de cura
As características abaixo são encontrada nesse tipo de
resposta e acontece ao mesmo tempo:
Infiltração de células mononucleadas como macrófagos,
linfócitos e plasmócitos
Destruição tecidual induzida pelos produtos das células Na inflamação, eles possuem vários papeis
inflamatórias
Ingerem e elimnam micróbios e tecidos mortos
Reparo envolve angiogênese e fibrose Iniciam o processo de reparo tecidual, na formação de
cicatriz e fibrose
CONTEXTOS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Secretam mediadores da inflamação (TNF, IL-1,
quimiocinas e eicosanoides)
Infecções persistentes
Principalmente por microrganismos difíceis de serem
erradicados, como a bactéria da sífilis (treponema pallidum) LINFÓCITOS
certos vírus e fungos, que tendem a suscitar resposta imune Mobilizados sob a manifestação de qualquer estímulo imune
mediada por LT (hipersensibilidade tardia) específico, como infecções, e os LB e LT migram para os locais
Doenças inflamatórias imunomediadas (distúrbios de usando as moléculas de adesão e quimiocinas. Os LB viram
hipersensibilidade) plasmócitos e secretam anticorpos e os LTCD4+ são ativados
para secretar citocinas
São causadas por excesso de ativação do sistema imune,
como as que são desencadeadas contra antígenos próprios Por causa da secreção de citocinas, o TCD4+ promovem a
(autoimune) que resulta em lesão e inflamação crônica do inflamação e influenciam a natureza da reações inflamatória
tecido. Além daquelas contra as substancias ambientais, como (dependendo do subgrupos, diferentes citocinas vão ser
as doenças alérgicas como a asma secretadas e suscitar diferentes tipos de inflamação

Exposição prologada a agentes potencialmente


tóxicos
Como materiais exígenos não degradáveis, a sílica que quando
inalada pode resultar em inflamação crônica nos pulmões
(silicose), por exemplo

CÉLULAS E MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA

MACRÓFAGOS
OUTRAS CÉLULAS
Os macrófagos são as células dominantes da inflamação
crônica e se originam dos monócitos circulantes que por Eosinófilos
influência das moléculas de adesão e quimiocinas migram para
o local da lesão após 24-48h do inicio da inflamação aguda Encontrados nos locais inflamatórios em locais de infecções
parasitárias, ou em reações alérgicas mediadas por IgE
São ativados primeiramente pela via clássica (INF-Y)
produzindo ações microbicidas e inflamação, depois são Mastócitos

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INFLAMAÇÃO
Podem participar da inflamação aguda e crônica, em alguns Como ocorre na tuberculose, a frequente e resistente
indivíduos atópicos (propensos a reações alérgicas) eles estão destruição do tecido com fibrose subsequente
revestidos com IgE específicos para certos antígenos
ambientais, que quando são encontrados, os mastócitos
liberam histaminas e metabólitos do AA que suscitam as
alterações vasculares iniciais da inflamação aguda

INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA
É um padrão distintivo de inflamação crônica que cursa com
necrose, caracterizada por agregados de macrófagos ativados
em linfócitos esparsos EFEITOS SISTÊMICOS DA INFLAMAÇÃO
A deficiência hereditária da oxidase fagocitária (converte São chamados de resposta da fase aguda, envolvendo a
O2 em ROS) é a causa da doença granulomatosa crônica participação de TNF, IL-1 e IL-6 que cursa com diversas
(CGD) alterações clinicas e patológicas
Na CGD, os fagócitos não conseguem erradicar os FEBRE
microrganismos intracelulares, e o hospedeiro tenta conter a
infecção atraindo mais macrófagos e linfócitos, resultando em Produtos bacterianos, como LPS estimula leucócitos a
um conjunto de células em torno dos microrganismos que são liberarem IL-1 e TNF que aumentam os níveis de
chamados de granuloma cicloxigenases convertendo o AA em prostaglandinas

Normalmente há a destruição do parênquima, com perda do No hipotálamo, a PGE2 estimula a produção de


tecido funcional e reparação por fibrose. neurotransmissores que funcionam para reajustar a
temperatura em nivel mais alto, causando a febre
Ocorre a formação de um granuloma que podem se originar de
3 modos: Obs: os AINEs, incluindo a aspirina, reduzem a febre por
inibir a COX, bloqueando a síntese de PG
1. Nas respostas persistentes de células T a certos
microrganismos, como a bactéria causadora da NÍVEIS PLASMÁTICOS ELEVADOS DE PROTEÍNAS DE
tuberculose, onde as citocinas liberads pelos LT ativam FASE AGUDA
cronicamente os macrófagos
2. Podem se desenvolver de algumas doenças inflamatórias Os hepatócitos no fígado são estimulados pela IL-6 liberada na
imunomediadas, como a doença de Crohn (intestinal) inflamação a produzirem proteínas de fase aguda proteína
3. São vistos em doenças de etiologia desconhecida, chamda C reativa (CRP), fibrinogênio e proteína amiloide A sérica
de sarcoidose, que podem se desenvolver em resposta a (SAA)
corpos estranhos inertes (como sutura ou farpa), formando Muitas delas se ligam às paredes celulares microbianas e
os granulomas de corpos estranhos podem atuar como opsoninas e fixar o complemento,
promovendo a eliminação dos micróbios

LEUCOCITOSE
Contagem de leucócitos acima do normal, ocorrendo
inicialmente pela liberação acelerada de células do pool
reserva pós-mitótico da medula óssea (causada por TNF e
IL-1) e está associada a uma elevação do número de neutrófilos
mais imaturos no sangue (desvio para esquerda)
Neutrofilia aumento de neutrófilo, vista na maioria das
infecções bacterianas
o agente
ofensor, por isso é um mecanismo útil de defesa, mas pode Linfocitose aumento de linfócitos, vista em infecções virais
acontecer de não eliminar o agente causal, gerando disfunção como a caxumba
do órgão
Eusinofilia aumento do número de eosinófilos, como ocorre
na asma brônquica e infestações parasitárias

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INFLAMAÇÃO
ALTERAÇÕES CLÍNICAS

Aumento da FC e da PA
Redução da sudorese por causa do redirecionamento do
fluxo para o local da inflamação, a fim de diminuir a perda
de calor pela pele
Tremores e calafrios
Solência e mal-estar, provavelmente pelas ações das
citocinas nas células cerebrais

ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS AINES AÇÕES TERAPÊUTICAS


Prescritos tanto para inflamações agudas quanto para crônicas, Combate a tríade: inflamação dor e febre
divididos em não seletivos e seletivos para COX 2
Analgésico cessação da dor
Não seletivos inibidores da COX em geral Anti-inflamatório por causa da inibição da
o Ácido acetilsalicílico (AAS) prostaglandina, reduz a reação inflamatória como
o Piroxicam vasodilatação e edema
o Indometacina Antipirético redução da febre, por suprimir a produção
o Diclofenaco de PG no hipotálamo que regula a temperatura corporal
o Ibuprofeno
EFEITOS ADVERSOS
Seletivos para a COX 2
o Celecoxibe Desconforto intestinal e úlcera gástrica pois a PG é
o Veldecoxibe essencial para a produção de muco que protege o
o Lumiracoxibe estomago do HCl
Insuficiência renal, distúrbios hidroeletrolíticos COX-1
MECANISMO DE AÇÃO atua produzindo a PG que atua nos rins promovendo
vasodilatação e controlando o fluxo renal, sem ela, há a
Agem inibindo a ação das COXs, reduzindo a progressão da
diminuição da perfusão renal (estimulo do SRAA,
cascata do AA, os AINES seletivos para a COX2 causam
ocasionando vasoconstrição), lesão glomerular, retenção
menos efeitos adversos
de sódio e água
Os eicosanoides inibidos são (abaixo), mediadores químicos Propensão a sangramentos pois sem a prostaglandina
que são importantes para o processo inflamatório há a inibição da agregação plaquetária
Redução da contração uterina, demora no trabalho de
Prostaglandinas parto
Tromboxanos Persistência do canal arterial no bebê pois no feto, a
Prostaciclinas PG é importante para o fechamento do canal arterial
COX- síntese de PG presente em todas as ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS (AIES)
células, independe de indução para ser produzida e secretada,
promove proteção da mucosa gástrica, regulação do fluxo renal São medicamentos que mimetizam os efeitos do hormônio
etc cortisol, possuem potente efeito anti-inflamatório e
imunossupressor e os fármacos mais conhecidos são
COX- a prostaglandina não é produzida,
naturalmente por meio dessa enzima, mas levada a produzir, Cortisona
principalmente na resposta inflamatória. Age causando dor, Hidrocortisona
febre e inflamação Dexametasona
Prednisolona

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INFLAMAÇÃO
MECANISMO DE AÇÃO Hiperlipidemia, pelo aumento da lipólise que causa o
aumento de VLDL e HDL
Poder anti-inflamatório Síndrome de Cushing (redistribuição da gordura corporal,
Inibe a fosfolipase A2, inibindo tanto a via das COX quanto da aparecimento de acnes e estrias etc
lipoxigenase, impedindo a formação do AA, por isso possuem
atuação mais ampla do que os AINES

Também inibe a transcrição de genes de proteínas


relacionadas com o processo inflamatório

Expressão das COX


Suprime a produção de prostaglandinas
Reduz a migração leucocitária pro local da lesão, assim
não vai haver liberação de citocinas locais para iniciar o
processo inflamatório
Inibição de citocinas que participam da reação inflamatória REFERÊNCIAS
IL-1 e IL-6, TNF e INF-Y
Inibição de algumas quimiocinas Patologia Básica Robbins 9ª edição

Também ocorre a estabilização da membrana dos lisossomos Imunologia Básica Abbas 5ª edição
e inibição da formação de cininas, que são responsáveis por Trabalho de Conclusão de Curso, O uso indiscriminado de anti-
dor, aumento da permeabilidade capilar e vasodilatação inflamatórios e suas consequências Pamela Cristina dos
presentes no processo inflamatório Santos 2015
Efeito imunossupressor Entrevista com farmacêutico Carlos Alberto Balbino, Anti-
inflamatórios: uma compreensão total
Há uma diminuição (não no número) do acúmulo e função das
células que participam da reação inflamatória: linfócitos, NK,
monócitos, macrófagos etc
A inibição da IL-2 é um dos principais efeitos e impacto na
resposta imune, visto que ela é essencial na expansão clonal
dos linfócitos T e B, após a sensibilização deles

EFEITOS ADVERSOS

Redução de massa muscular pelo aumento da proteólise


no músculo
Susceptibilidade a infecções
Hipertensão arterial
Retenção de sódio e água, podendo fazer com que ocorra
alcalose metabólica
Hiperglicemia induzida pelo aumento da gliconeogenese
diabetes

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BACTÉRIAS PROCARIONTES ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR
As bactérias se diferenciam na morfologia, composição São 5 = glicocálice, flagelos, filamentos axiais, fimbrias e pili
química, necessidade nutricional, atividades bioquímicas e
fontes de energia, a maioria delas existem na forma da biofilme GLICOCÁLICE

MORFOLOGIA É o revestimento por fora da parede celular composto por


açúcares, principalmente poilssacarídeos
Podem ser de três tipos: cocos, bacilos e espiral
é um importante componente do biofilme, e auxilia a bactéria a
se fixar no seu ambiente alvo e umas às outras denominado
substancia polimétrica extracelular (SPE). Por meio da fixação
elas podem crescer em diversas superfícies

Como as que se aderem nos dentes formando cáries e a


que adere nas células do intestino delgado causando a
cólera (vibrio cholerae)
Se a substancia é organizada e está firmemente aderida na
parede celular, o glicocálice é descrito como cápsula (a
presença é verificada com coloração de gram), mas se não for
COCOS organizada e está fracamente aderida, é chamada de camada
limosa
Diplococos = 2
Estreptococos = formado de colar A cápsula é importante para a contribuição da virulência
Tétrades bacteriana (medida do grau em que um patógeno causa a
Sarcina = formato de cubo doença), pois protege a bactéria de fagocitose pelas células
Estafilococos = cacho de uva do hospedeiro

Streptococus pneumoniae = com cápsula polissacarídea


BACILO
causa a pneumonia, pois foge da fagocitose, mas sem
Possuem formado de bastão e maioria de apresenta como capsula ela é fagocitada e não causa a doença
bacilo único, mas existem outros formatos também
FLAGELOS
ESPIRAL
Algumas possuem, os flagelos realizam a propulsão da
Vibriões = parecem uma virgula, curvadas bactéria, que podem ter diferentes padrões de motilidade e são
Espirilo = possuem forma helicoidal, como um saca-rolha estimulados por quimiotaxia (estímulos químicos) e fototaxia
Espiroquetas = também possui forma helicoidal (luminosos)

ESTRUTURA DAS BACTÉRIAS Podem ser distribuídos ao longo da célula (peritríquios) ou em


uma ou as duas extremidades (polares)

Um flagelo é constituído de 3 porções


1. Filamento
Região mais externa, contem a proteína flagelina

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2. Gancho PAREDE CELULAR
Adere o filamento ao corpo basal na membrana e parede Quase todas possuem, a principal função é prevenir a ruptura
celular da bactéria das células bacterianas quando a pressão a água de dentro
é maior do que a de fora, por isso elas se estendem.
3. Corpo basal
Clinicamente, contribui para a capacidade de algumas espécies
Ancora o flagelo na parede e na membrana plasmática, nas
causarem doenças e também por ser o local de ação de alguns
gram possui 2 pares de anéis e nas gram + possui 1 par
antibióticos
É responsável pela rotação que propele a bactéria, sem
sentido horário ou anti-horário COMPOSIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
Composta por uma rede macromolecular, peptideoglicano
FILAMENTOS AXIAIS
(mureína) formado por um dissacarídeo repetitivo.
As espiroquetas são um grupo de bactérias que possuem
A porção dissacaridea é composta por monossacarídeos
motilidade exclusiva, dada pelos filamentos axiais que se
NAG (N-acetilglicosamina) e NAM (N-acetilmurâmico) que se
organizam em forma de espiral em torno das células
A mais conhecida é o treponema pallidum, agente causador
da sífilis

FIMBRIAS E PILI A ligação peptídica inclui cadeias laterais tetrapeptídicas


ligados ao NAM que podem ser ligadas entre si por uma ponte
Muitas bactérias gram possuem pilina, uma proteína que cruzada peptídica
parece com pelos que é dividida em dois tipos: fimbrias e pili
Obs: a penicilina interfere nas fileiras de peptidoglicanos
Fimbrias através das pontes cruzadas, enfraquecendo a parede e
provocando lise (ruptura da membrana plasmática e pela perda
Estão envolvidas na formação de biofilmes, pois possuem a
de citoplasma)
tendência de aderir em superfície e em outras bactérias
Auxiliam na adesão da bateria às superfícies epiteliais do corpo PAREDES CELULARES DE GRAM-POSITIVAS

Neisseria gonorrhoeae gonorreia, fimbrinas auxilia o


micróbio na colonização das mucosas e causar a doença
E. coli fímbrias permitem a adesão da bactéria no intestino
delgado, onde causa uma diarreia aquosa severa

Pili Muitas camadas de peptidoglicano = rígida e espessa


São mais longos, estão envolvidos na motilidade celular e na Espaço periplasmático (entre a parede e a membrana)
transferência de DNA (pili de conjugação sexuais), processo composta por ácido lipoteicoico
no qual as bactérias estabelecem contato físico e o DNA de ácido teicoico da parede está ligado na camada de
uma é transferido para a outra mureína
o são negativos, por isso regulam o movimento de
O DNA compartilhado pode adicionar resistência a um cátios para dentro e fora da célula, além de
antibiótico para a célula receptora, por exemplo impedirem a ruptura extensa da parede e possível
lise
o também fornecem a parte da especificidade
antigênica da parede

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PAREDES CELULARES DE GRAM-NEGATIVAS

poucas camadas de mureína = mais suscetível ao


rompimento mecânico
possuem uma membrana externa
paredes celular não contem ácidos teicoicos

MEMBRANA EXTERNA
a membrana externa consiste em lipopolissacarídeos (LPS),
lipoproteínas e FPP e possui várias funções:

tem carga negativa, promovendo a evasão da fagocitose e


nas ações do complemento DANO À PAREDE CELULAR
barreira contra ações de detergentes, metais pesados, sais
As substancias químicas que danificam a parede celular das
biliares, corates, antibióticos (penicilina, também
bactérias dificilmente danificam as do hospedeiro, por causa da
porque possui menos ligações cruzadas peptídicas) e
composição diferente, por isso que a síntese da parede celular
enzimas digestórias como a lisozima
é alvo de drogas antimicrobianas
os antibióticos B-lactâmicos penetram na membrana
externa melhor lisozima (enzima digestória)
porém, possui porinas que permite a passagem de algumas presente nas lagrimas, suor, muco e saliva e é ativa sobre os
substancias para garantir o metabolismo celular, como principais componentes da parede celular da maioria das
nucleotídeos, aminoácidos, vitamina B12, ferro etc bactérias gram +, tornando-as vulneráveis à lise

LPS catalisa a hidrolise das pontes entre os açúcares do esqueleto


de mureína, por isso a gram + é quase completamente
Consiste em 3 componentes: lipídeo A, cerne polissacarídeo e destruída
um polissacarídeo O
quando aplicada a células gram -, a parede não é tao destruída
e parte da membrana externa também permanece.
Para a lisozima exercer seu efeito sobre elas, geralmente elas
são tratadas primeiramente com ácido
etilenodiaminatetracético (EDTA), o qual enfraquece as
ligações iônicas e produz lesões na membrana externa,
1. lipídeo A fornecendo acesso para a lisozima entrar na camada de
é a porção lipídica do LPS e funciona como endotoxinas, pois peptideoglicano
é liberado quando a bactéria gram morre MEMBRANA PLASMÁTICA
responsável pelos sintomas associados a infecções Reveste o citoplasma, formada por FPP de camada dupla e
bacterianas gram - : febre, vasodilatação, choque e proteínas associadas, sendo as periféricas funcionando como
formação de coágulos enzimas catalizadoras e as integrais que funcionam como
2. cerne polissacarídeo canais por onde substancias entram e saem

fornece estabilidade A função mais importante é servir como barreira e possui


permeabilidade seletiva
3. polissacarídeo O
A destruição da m.p por agentes antimicrobianos é
funciona como antígeno, sendo útil para diferenciar espécies importante pois ela é uma estrutura vital para as bactérias,
de bactérias gram -

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assim, compostos como álcoois e amônio que são usados Dentre vários, os grânulos metacromáticos tem importância
como desinfetantes são capazes de destruí-la clínica. Coletivamente eles são conhecidos como volutina, que
é uma reserva de fosfato inorgânico que pode ser usado para
Além disso, um grupo de antibióticos conhecido como a síntese de ATP
polimixinas promove a degradação dos FPP da membrana,
produzindo um vazamento do conteúdo intracelular e a São característicos do agente causador da difteria, assim, eles
posterior morte celular possuem importância diagnostica (podem se corar com
corantes azuis como o azul de metileno)
CITOPLASMA
ENDÓSPOROS
Possui citoesqueleto, água, enzimas, carbo, lipídio, íons e
outros compostos importantes
especializadas que se formam quando os nutrientes se
NUCLEIOIDE esgotam e não realizam reações metabólicas. São
Contem uma única molécula de DNA dupla-fita arranjada em desidratadas, altamente duráveis com paredes espessas e
forma circular, o cromossomo bacteriano com a informação camadas adicionais, sendo formados internamente à
genética. Uma particularidade é que não possui membrana membrana celular
envolvendo ele nem inclui histonas no material Podem sobreviver a temperatura extremas, falta de água e
Os plasmídeos são pequenas moléculas de DNA dupla-fita exposição a muitas substancias químicas toxicas e radiação,
circulares que não estão conectadas com o cromossomo por isso apresentam-se como desafio para a indústria
bacteriano e se replicam de maneira independente alimentícia, por serem resistentes a aos processos industriais
e posem produzir toxinas e doenças
A importância dos plasmídeos é que eles posem transportar
genes de resistência aos antibióticos, tolerância a metais Gênero clostridium doenças como gangrena, tétano,
tóxicos, produção de toxinas e síntese de enzimas, podendo botulismo e intoxicação alimentar
ser transferido de uma bactéria pra outra, mas ele não é Gênero bacillus antraz e intoxicação alimentar
essencial e elas conseguem sobreviver sem

RIBOSSOMOS
Compostas de 2 subunidades formadas por RNA ribossomal e
eles são diferentes dos eucariontes (humanos), por isso a
célula bacteriana pode ser destruída pelo antibiótico sem lesar
a célula do hospedeiro
Os ribossomos procariotos são denominados 70S e os
eucariotos, 80S
As subunidades de um 70S é formado pela menor (30S) e por
uma maior (50S)

Eles podem voltar a ser ativos quando despertados em um


Antibióticos como a estreptomicina e a gentamicina, fixam- processo de germinação, que pode ser desencadeada pelo
calor alto, ou germinantes (alanina e inosina, nucleotídeos).
se a unidade 30S e inibem sua síntese proteica
Quando isso acontece, as enzimas do endósporo rompem as
Já a eritromicina e o cloranfenicol interferem na síntese camadas extras que os circundam, a água entra e o
proteica pela fixação na unidade 50S metabolismo recomeça

INCLUSÕES MICROBIOTA

São depósitos de reserva dentro do citoplasmas das células No útero, nós somos livres de micróbios, mas ao nascer,
procariotas, que vão ser usados pela célula quando um populações microbianas começam a aparecer. Antes de dar à
determinado nutriente estiver escasso luz, os lactobacilos da vagina se multiplicam e são os primeiros

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ao entrarem em contato como o bebe e se tornam
predominantes em seu intestino. Com a respiração e a
alimentação, mais microrganismos se introduzem.
Eles vão permanecer nos seus sítios pra sempre e, em
resposta a condições ambientais anormais, podem aumentar
ou diminuir seu numero e contribuir para o surgimento de
doenças
Microbiota normal microrganismos que colonizam o
hospedeiro, são residentes, mas não produzem doenças em
condições normais
Microbiota transitória podem estar presente por vários
dias, semanas ou meses, mas depois desaparecem
Pele = staphylococcus aureus e epidermidis
FATORES QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DA
MICROBIOTA NORMAL

Nutrientes
os micróbios variam de acordo com o tipo de nutrientes que
eles usam, assim, eles colonizam apenas os locais do corpo
onde são favoráveis para sua sobrevivência
os nutrientes podem ser células mortas, alimentos do TGI,
produtos de secreção e excreção das células, além de
substancias presentes nos fluidos corporais

Fatores químicos e físicos


Influenciam no crescimento e composição da microbiota
normal, entre eles estão o PH, a disponibilidade de O2, CO2,
salinidade e a luz solar RELAÇÕES ENTRE A MICROBIOTA NORMAL E O
Forças mecânicas HOSPEDEIRO

Certas regiões do corpo estão sujeitas a forças mecânicas que ANTAGONISMO MICROBIANO
afetam a colonização da microbiota normal
A própria microbiota beneficia o hospedeiro ao impedir o
Dentes e língua mastigação desaloja microrganismos crescimento excessivo de microrganismos perigosos,
aderidos principalmente pela competição por nutrientes e por
produção de substancias prejudiciais aos micróbios
TGI fluxo de saliva, secreções, movimentos musculares da
invasores, afetar as condições do PH e disponibilidade de O2
garganta, esôfago, estomago e intestino podem remover
micróbios Quando há um desequilíbrio entre a microbiota normal e os
micróbios patogênicos, o resultado pode ser uma doença
Urina a ação de descarga da urina pode remover micróbios
no trato urinário Ex: a microbiota da vagina mantem o PH em torno de 4 e inibe
o crescimento excessivo da levedura Candida Albicans, se
Sistema respiratório muco e movimento ciliar podem
essa população for eliminada por antibióticos, uso excessivo
eliminar
de ducha higiênica ou desodorantes, o PH da vagina se
Outros fatores torna neutro e a C.albicans floresce e pode contribuir para uma
vaginite
Idade, estado nutricional, estado de saúde, deficiências,
hospitalização, estresse, clima, localização geográfica, Ex: a E.coli no intestino grosso produz bacteriocinas que
condições de higiene pessoal, socioeconômicas, ocupação e inibem o crescimento de outras, como as patogênicas
estilo de vida salmonela

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Menor diversidade de micróbios
Possuem colonização intestinal atrasada quando adquire
SIMBIOSE os microrganismos em contato externo
A relação entre a microbiota normal e o hospedeiro é chamada Aparentemente, existe relação entre cesárea o
de simbiose, onde pelo menos um é beneficiado e outro não desenvolvimento futuros de doenças crônicas como asma,
ganha nem perde obesidade, doença autoimune etc
Uma possível solução seria a aplicação de gazes contento
MUTUALISMO fluidos vaginais retirados diretamente das mães,
permitindo estabelecimento de colonização induzida
Tipo de simbiose que beneficia os dois lados, como a E.coli no
intestino grosso que sintetiza vitamina K e algumas do MECANISMOS MICROBIANOS DE PATOGENICIDADE
complexo B, as quais são absorvidas pelo sangue e
distribuídas pelas células do hospedeiro. Em troca, o intestino Patogenicidade = capacidade de um organismo causar doença
grosso oferece nutrientes para elas por meio da superação das defesas do hospedeiro

MICRORGANISMOS OPORTUNISTAS Virulência = grau da patogenicidade (fraco, forte)

E. coli Para causar a doença, a maioria dos patógenos precisam se


aderir aos tecidos, penetrar ou escapar das defesas e danificar
Geralmente é inofensiva enquanto permanece no intestino os tecidos
grosso, mas quando acessa outras regioes podem causar
doenças, por isso são chamados de patógenos oportunistas Eles podem penetrar por várias vias, chamadas de portas de
entrada
Acesso no trato urinário infecções urinárias
PORTAS DE ENTRADA
Acesso nos pulmões infecções pulmonares
MEMBRANAS MUCOSAS
Acesso na medula espinal meningite
Trato respiratório
Feridas abscessos
Micróbios são inalados para dentro da cavidade nasal ou boca
AIDS por gotículas e pó
A AIDS com frequência é acompanhada por uma infecção Doenças comuns resfriado, pneumonia, tuberculose, gripe
oportunista comum, como a pneumonia causada pelo e sarampo
mocytis
hospedeiro se encontra imunossuprimido Trato gastrointestinal

CURIOSIDADE INFLUÊNCIA DO PARTO PARA O Entram por meio da água, alimentos ou dedos contaminados,
SISTEMA IMUNE DO BEBÊ mas a maioria é destruída pelo HCl, bile e enzimas do intestino
delgaso
Estudos mostram que a microbiota é um indutor importante e
ativo nas respostas imune, capaz de induzir as células T Aqueles que sobrevivem podem causar doenças
reguladoras e macrófagos ao atuar contra antígenos poliomielite, hepatite A, febre tifoide etc
patogênicos Eles são eliminados nas fezes e podem ser transmitidos para
parto normal crianças se banham literalmente na flora outros hospedeiros
vaginal da mãe (lactobacillus) Trato urogenital
Mostram maior variabilidade microbiótica com o passar Porta de entrada para aqueles que são sexualmente
das semanas transmissíveis, alguns que causam DST podem entrar por meio
A pele, cavidade oral e nasofaringea são inicialmente das membranas mucosas integras, outros requerem cortes ou
colonizados por bactérias do tipo lactobacilos abrasoes para penetrar
Previne de doenças crônicas no futuro
Parto vaginal é a via ideal para melhor capacitar o sistema Exemplos de DSTs infecção pelo HIV, verrugas genitais,
imunológico do RN sífilis e gonorreia

parte cesárea predominam os micróbios da pele materna e


do ambiente hospitalar

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PELE cutâneo é significantemente mais fácil de ser adquirido do que
essas outras duas formas
A pele íntegra é impermeável para a maioria dos
microrganismos, mas alguns podem ter acessos por meio de ADERÊNCIA
aberturas na pele como folículos pilosos ou ductos sudoríparos.
A aderência é realizada por meio de adesinas ou ligantes,
Alguns fungos podem crescer na queratina e infectar a pele em
expressas na superfície do patógeno, que se ligam a
si
receptores de superfície complementares, nas células do
A conjutiva é uma membrana mucosa que reveste as hospedeiro
pálpebras e a parte branca dos olhos, em que certas doenças
As adesinas podem estar no glicocálice, pili, fimbrias e
como a conjuntivite e a oftalmia neonatal podem ser adquiridas
flagelos
por essa via
Em geral, os receptores de adesinas nas células do hospedeiro
VIA PARENTERAL são açucares, como as manoses e se essas adesinas ou os
Via que inclui perfurações, injeções, mordidas, cortes etc que receptores forem alterados, infecções podem ser evitadas ou
acabam virando porta de entrada para os microrganismos controladas (como o um fármaco que se liga à manose)

O HIV, vírus da hepatite e as bactérias do tétano podem ser Um exemplo são os tártaros dentários, que é uma placa
transmitidos por parenteralmente dentária (biofilme) que se mineralizou ao longo do tempo, e
esse biofilmes são formados graças ao glicocálice das
PORTA DE ENTRADAS PREFERENCIAIS bactérias que promovem adesão delas na superfície e umas as
outras
Mesmo dentro do corpo, não necessariamente os
microrganismos podem causar doenças porque muitos Os biofilmes de bactérias e outros microrganismos são
possuem uma porta de entrada preferencial resistentes a desinfetantes e antibióticos e possuem
importância clínica, uma vez que podem colonizar cateteres
Por exemplo, a bactéria que causa febre tifoide tem a via
médicos, válvulas cardíacas, próteses, lente de contato etc
preferencial por meio do TGI, causando todos os sinais e
sintomas da doença. Porém, se ela for esfregada na pele, não
ocorre reação (apenas uma leve inflamação)

COMO OS PATÓGENOS BACTERIANOS ULTRAPASSAM


AS DEFESAS DO HOSPEDEIRO

CAPSULAS
A capsula aumenta a virulência de algumas espécies, porque
ela resiste às defesas do hospedeiro por impedir a fagocitose
(ex: bactéria da pneumonia pneumocócica, pneumonia
bacteriana e a do antraz)
Porém o corpo humano pode produzir anticorpos contra a
cápsula, funcionando como opsoninas e facilitando a
fagocitose
NÚMERO DE MICRÓBIOS INVASORES
COMPONENTES DA PAREDE CELULAR
Está relacionado com a virulência expressa em DI50 (dose
infectante para 50% de uma amostra da população), em que a
possibilidade de ocorrência de uma doença aumenta à medida
que o número de patógenos também aumente
Na comparação entre o antraz cutâneo (10-50 endósporos) ,
por inalação (10k 20k) e gastrointestinal (250k 1M), o

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Obs: a proteína M é encontrada nas fimbrias também e micróbios para entrar nas células e por outros para se
aumenta a virulência do microrganismo Streptococos pyogenes movimentar entre as diferentes células do hospedeiro
e a imunidade vai depender dos anticorpos específicos contra
ela Os micróbios também produzem invasinas que causam
rearranjo do filamento de actina do citoesqueleto, formando um
Obs: o ácido micólico constitui a parede celular da enrugamento de membrana que permite que o microrganismo
mycobacterium tuberculosis mergulhe em uma das dobras da membrana e seja englobado
Além disso, a bactéria da gonorreia (neisseria gonorrhoeae)
se adere nas células hospedeiras por meio de suas fimbrias e
a proteína externa opa

ENZIMAS

MECANISMOS DE DANO AO HOSPEDEIRO

Cinases enzima bacteriana que degrada a fibrina dos


coágulos feito pelo próprio corpo humano na tentativa de isolar
a infecção e não deixar ela disseminar
Outra enzima é a colagenase produzidas por diversas Sideróforos
espécies de clostridium que facilita a gangrena gasosa, ela São proteínas secretadas por bactérias que removem o ferro
quebra o colágeno que forma os tecidos conectivos dos das nossas proteínas transportadoras (hemologina,
músculos e de outros órgãos ferritina) porque é uma ligação mais forte
Assim, o ferro é levado para dentro das células bacterianas e
as células do hospedeiro ficam sem, e o ferro é essencial para
o corpo humano

Dano direto
Algumas bactérias podem entrar nas células, se
desenvolverem e multiplicarem, e quando são liberadas
VARIAÇÃO ANTIGÊNICA provocam o rompimento da célula do hospedeiro

Capacidade que os patógenos tem de alterar seus antígenos PRODUÇÃO DE TOXINAS


de superfície, por meio da ativação de genes alternativos.
São substâncias venenosas e é o principal fator que
Assim, quando o corpo monta uma resposta imune, o patógeno
contribui para as propriedades patogênicas, determinada
já alterou seu antígeno e não vai ser mais reconhecido e
pela toxigenicidade (capacidade de produzir toxinas)
afetado pelos anticorpos
Elas podem ser transportadas pelo sangue ou linfa e causar
Um exemplo é a bactéria da gonorreia que possui em seu
efeitos graves e fatais
genoma diversas copias do gene codificador da proteína opa,
resultando em células que apresentam diferentes antígenos Podem ser de 2 tipos: exotoxinas (substancias tóxicas
liberadas para fora da célula) ou endotoxinas (toxinas
PENETRAÇÃO NO CITOESQUELETO DAS CÉLULAS DO compostas por lipídeos que fazem parte da parede celular)
HOSPEDEIRO
Um dos principais componentes do citoesqueleto das células
eucariotas é uma proteína chamada actina utilizada por alguns

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Toxinas danificadoras de membrana


Causam a lise da célula hospedeira pela degradação da m.p ou
pela formação de canais proteicos na membrana
Obs: as intoxicações são causadas pela presença de uma As toxinas que degradam a membrana contribuem para a
toxina, não pelo crescimento microbiano (infecção) virulência pela morte das células, principalmente de fagócitos,
e também auxiliam elas a escaparem dos fagossomos e irem
EXOTOXINAS (PROTEÍNAS) para o citoplasma
Produzidas no interior de algumas bactérias como parte do seu Leucodicinas danificam as membranas de glóbulos
crescimento, são secretadas para o meio externo ou liberadas brancos e de macrófagos, pela formação de canais proteicos
após a lise da célula, podendo vim tanto de gram + quanto gram
Hemolisinas toxinas que danificam a membana de
hemácias, pela formação de canais proteicos
Os genes que codificam a maioria das exotoxinas são
carregados em plasmídeos bacterianos ou fagos, podem se Superantígenos
difundir rapidamento pelo sangue
São antígenos que provocam uma resposta imune muito
O organismo produz anticorpos, antitoxinas que promovem intensa, por estimularem as células T de maneira não-
imunidade e podem ser produzidos mesmo quando elas são específica produção enorme de citocinas sintomas como
inativadas pelo calor ou outra substancia (toxoides) que podem febre, náusea, vomito, diarreia, choque e morte
ser injetados na forma de vacina. A difteria e o tétano posem
Genotoxinas
ser prevenidos pela vacinação com toxoides
Algumas gram produzem essa toxina que danifica o DNA,
TIPOS DE EXOTOXINAS
causando mutações, interrompendo a divisão celular e podem
Tipo A-B conduzir ao câncer

inibição da síntese proteica

Constituem-se de duas partes de polipeptideos, a parte A é


uma enzima que inibe a síntese de proteína e a parte B é o
componente de ligação

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ENDOTOXINAS (LIPOPOLISSACARÍDEOS) mureína, encontrada apenas na parede celular de bactérias,
deixando a parede enfraquecida e promovendo a lise da célula
Localizadas no interior das células bacterianas
As gram possuem a membrana externa em que a porção Uma vez que age no processo de síntese, apenas aquelas que
lipídica do LPS é o lipídeo A, que é endotoxinas estão crescendo ativamente são afetadas.
Podem ser liberados durante a multiplicação bacteriana ou As células humanas não possuem mureína na parede celular,
quando a célula morre por isso esses antibióticos apresentam pouca toxicidade
Os antibióticos para bactérias gram podem lisar as bactérias
e promover a liberação das endotoxinas, podendo levar a uma
piora imediata dos sintomas que melhora depois na medida
em que ela é degradada

São compostas de carboidratos, logo não ativam as


células B por meio das células T, e a formação de
antitoxinas não são efetivas
Elas ativam os macrófagos, que libram citocinas em
quantidades elevadas, causando calafrios, febre, fraqueza, 2. INIBIÇÃO DA SÍNTESE PROTEICA
dores, choque e morte A diferença na estrutura do ribossomo entre bactérias (70S) e
Febre humanos (80S) é a razão da toxicidade seletiva dos
antibióticos
Exemplos cloranfenicol, eritromicina, estreptomicina e
tetraciclinas
Desvantagem mitocôndrias das eucariontes também
possuem ribossomos 70S parecidos, por isso os antibióticos
podem causar efeitos adversos nas células do hospedeiro

AAS reduz a ferbre por inibir a síntese de PG

Choque endotóxico
Causado por bactérias gram - , onde a fagocitose das bactérias
pelos fagócitos os estimulam a produzir e secretar o TNF que
em grandes quantidades aumenta a permeabilidade dos
capilares, promovendo grande perda de fluidos
O resultado é uma queda na PA que leva ao choque

3. DANOS À MEMBRANA PLASMÁTICA


Antibióticos compostos de polipeptideos principalmente
provocam mudanças na permeabilidade da membrana,
MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS resultando na perda de metabólitos importantes para a bactéria
Os fármacos antibacterianos podem ser bactericidas A interferência no processo de síntese de ácidos graxos para a
destroem diretamente ou bacteriostáticos impedem o membrana é a base do mecanismo de ação
crescimento. Existem 5 principais modos de ação dos fármacos
antibióticos Exemplos que deram certo foi a isoniazida, fármaco da
tuberculose e o antibacteriano doméstico triclosano
1. INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE PAREDE CELULAR
4. INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLEICOS
Um exemplo é a penicilina (1º antibiótico a ser descoberto e
usado) e alguns outros que agem inibido a síntese de Antibióticos também podem interferir na replicação e
transcrição do DNA, mas apresentam utilidade

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BACTÉRIAS E IMUNIDADE
extremamente limitada, porque também podem interferir no staphylococcus aureus (MRSA) resistente à meticilina e a
metabolismo do DNA e RNA de mamíferos streptococcus pneumoniae
Os conhecidos são rifamicinas, quinolonas e
fluoroquinolonas

5. INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE METABÓLITOS ESSENCIAIS


A atividade enzimática da bactéria pode ser inibida
competitivamente por antimetabólico, que se assemelha ao
substrato normal da enzima
Um exemplo é o antimetabólico sulfanilamida (fármaco sulfa)
e o ácido paraminobenzoico (PABA)
O PABA é um substrato importante para a síntese de ácido
1. DESTRUIÇÃO OU INATIVAÇÃO ENZIMÁTICA DO
fólico, vitamina que atua como coenzima para a síntese
FÁRMACO
o PABA e se liga à sua enzima, impedindo a formação de ácido Afetam principalmente os antibióticos que são produtos
fólico para as bactérias naturais, como a penicilina e cefalosporinas do que os de
grupos totalmente sintéticos
A penicilina/cefalosporinas compartilham o anel B-lactamico,
que é alvo das enzimas B-lactamases produzidas pelas
bactérias resistentes que hidrolisam seletivamente
O MRSA e o S.pneumoniae desenvolveram resistência aos
antibióticos B-lactâmicos
A princípio, o MRSA era um problema exclusivamente
hospitalar, que infectava principalmente pela via parenteral e
atualmente são as mais virulentas e também afetam indivíduos
saudáveis
Elas produzem uma toxina chamada de leucocidina que
destrói neutrófulos
RESISTÊNCIA BACTERIANA A ANTIBIÓTICOS 2. BLOQUEIO DA ENTRADA
As bactérias que sobrevivem a ação de antibióticos (células Bactérias gram são relativamente mais resistentes a
persistentes) geralmente apresentam alguma característica antibióticos pois possuem a membrana externa com porinas
genética (plasmídeos ou segmentos pequenos de DNA que restringem a absorção de muitas moléculas
chamados de transposons) responsável pela sobrevivência,
que vai ser passada para a sua progênie (conjugação ou Algumas modificam a abertura das porinas, impedindo os
transdução, formas de reprodução) antibióticos de entrarem no espaço periplasmático
Além disso, quando as B-lactamases estão no espaço
periplasmático, o antibiótico é degradado ali mesmo e nem
consegue penetrar na célula

3. ALTERAÇÕES NO SÍTIO-ALVO DO FÁRMACO


Alguns antibióticos agem inibindo a síntese proteica e
pequenas modificações no sítio podem neutralizar os efeitos
deles, sem que ocorram alterações significativas nas funções
celulares

As bactérias resistentes a vários antibióticos são denominadas Aliás, foi o principal mecanismo pelo qual o MRSA ganhou
superbactérias e as mais importantes atualmente são a ascendência sobre a meticilina (pertence ao grupo da

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BACTÉRIAS E IMUNIDADE
penicilina), onde ele modificou uma proteína de ligação à
penicilina (PBP)
Os B-lactâmicos se ligam a PBP, necessária para o inicio da
ligação cruzada entre peptideoglicanos e formação da parede
celular e as linhagens de MRSA modificaram o sítio de ligação,
permitindo ainda a síntese de uma parede celular adequada à
sobrevivência

4. EFLUXO DE ANTIBIÓTICO
Certas proteínas na membrana plasmática de gram atuam
como bombas que expelem os antibióticos, impedindo que eles
alcancem uma concentração efetiva

EFEITOS DA COMBINAÇÃO DE FÁRMACOS

SINERGISMO
Quando o efeito de dois fármacos administrado juntos é maior
do que quando isolados
Um exemplo é para o tratamento da endocardite bacteriana
com a penicilina + estreptomicina
Penicilina dano na parede celular
Estreptomicina possui entrada facilitada e pode fazer a
inibição da síntese proteica

ANTAGONISMO
Quando o uso simultâneo de antibióticos tem menos eficiência
do que quando isolados
Um exemplo é o uso de penicilina + tetraciclina
Tetraciclina interrompe o crescimento bacteriano, é um
fármaco bacteriostático
Penicilina o tetraciclina interfere em sua ação porque ela
necessita do crescimento bacteriano para atuar

IMUNIDADE A BACTÉRIAS EXTRACELULARES


IMUNIDADE INATA

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BACTÉRIAS E IMUNIDADE
IMUNIDADE ADAPTATIVA

IMUNIDADE A BACTÉRIAS INTRACELULARES

IMUNIDADE INATA

IMUNIDADE ADAPTATIVA
Indíviduos com imunidade celular deficiente, como pacientes
com AIDS, são extremamente suscetíveis a infecções com
bactérias intracelulares, além de fungos e vírus intracelulares

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BACTÉRIAS E IMUNIDADE
superior) do folículo piloso e glândula sebácea,
comprometendo o tecido subcutâneo próximo.
São nódulos dolorosos e profundos que se desenvolveram a
partir da foliculite e que evoluíram para drenagem espontânea
de material purulento (exsudato de pus)

Furúnculo na região cervical anterior caracterizada por


coceira, vermelhidão local e pus, pode ocorrer em qualquer
região do corpo com pelos

CAUSAS
Embora os estafilococos façam parte da microbiota da pele,
podem causar problemas quando entram no corpo por meio de
um corte ou ferimento (arranhão ou lesão na pele)
Staphilococcus aureussó causa problemas quando um
ferimento funciona como porta aberta para que ele possa
penetrar no organismo e infectar o folículo piloso, dando origem
a pequenos nódulos vermelhos com um ponto branco no centro
em volta de um ou mais folículos pilosos, que coçam e doem.
Além da IFN-Y, o TNF produzidos por macrófagos ativados e
outras células, podem recrutar e ativar fagócitos o uso de lâminas de barbear, de roupas muito justas ou que
mononucleados para combater as micobatérias retêm umidade e calor, escoriações na pele, feridas cirúrgicas,
picadas de insetos, enfermidades como a acne e a dermatite,
E é por isso que pacientes com artrite reumatoide e outras uso tópico e contínuo de cremes esteroides e de antibióticos
doenças imunes tratadas com antagonistas de TNF se tornam podem comprometer a integridade dos folículos pilosos.
susctiveis a infecções com microbactericas, como a
mycobacterium tuberculosis

FURUNCULOSE PURULENTA

FATORES DE RISCO

Ser portador na pele ou nariz de S. aureus


Contato com pacientes com abcessos de pele ou
Obs: a aureus é em 75% dos casos e as regioes mais
furúnculos
acometidas são pescoço, face, axilas e nádegas. Outras
Distúrbios imunológicos
bactérias gram e anaeróbicas também podem ser agentes
Diabetes Melitus
etiológicos
o Portadores de DM possuem problemas de
O furúnculo é uma infecção profunda estafilocócica (bactéria circulação, por isso a resposta contra infecções
que temos na nossa microbiota da pele e sistema respiratório

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BACTÉRIAS E IMUNIDADE
bacterianas é mais lenta, facilitando a ação das
bactérias
o O açúcar em abundancia no sangue serve de
alimentos para elas maior proliferação
o DM são mais suscetíveis a infecção bacteriana
Mecanismo que quebre a barreia cutânea (dermatite,
barbear, injeções, traumas e picadas de inseto)

FORMAÇÃO DO EXSUDATO
O aumento da permeabilidade vascular na inflamação leva à
saída de liquido rico em proteínas + células sanguíneas +
células necróticas = exsutado
O pus observado na furunculose é porque o exsudato
produzido é rico em neutrófilos necróticos que interagiu com a
bactéria, provocando lesão tecidual.
A viscosidade do pus é devida principalmente ao conteúdo de
DNA dos próprios neutrófilos

PREVENÇÃO

REFERÊNCIAS
Revisão sistemática: influência do parto na imunidade do
neonato Fernando Antonio Ramos et al (2019)
Imunologia celular e molecular ABBAS 9ª edição
Microbiologia Tortora 12ª edição

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VÍRUS E IMUNIDADE
Os vírus são entidades que Vírus envelopados
Contem DNA ou RNA O envelope consiste em uma combinação de lipídeo,
Tem revestimento proteico que envolve o ácido nucleico carboidrato e proteína
(mas as vezes tem os envelopados, com proteínas lipídios
Os envelopes, em alguns vírus, podem conter projeções
e carboidratos)
chamadas espículas, que são complexos carboidrato-proteína
Multiplicam-se no interior da célula usando sua maquinaria
que podem se ligar à superfície das célula hospedeira
sintética (pois eles não possuem enzimas próprias)
Induzem síntese de estruturas especializadas que podem
transferir o material genético viral para outras células

ESPECTRO DO HOSPEDEIRO
É determinado pela exigência viral quanto à sua ligação
especifica à célula hospedeira e pela disponibilidade de
fatores celulares do hospedeiro que possam trabalhar para o
vírus Como o vírus influenza se agrega as hemácias pelas suas
Para que ocorra a infecção da célula hospedeira, os vírus espiculas, formando pontes entre eles e a agregação
precisam apresentar tropismo aos receptores específicos resultante é chamada de hemaglutinação
presentes na superfície celular, ou seja, aqueles que interagem As espículas podem sofrer mutação e, dessa forma, escapar
quimicamente dos anticorpos produzidos na resposta imune, impedindo-os
O vírus que infecta bactérias são os bacteriófagos de inativar e interromper a infecção do vírus. Por esse motivo
que contraímos gripe mais de uma vez, pois o influenza
ESTRUTURA VIRAL frequentemente sofre alterações nas espículas

Vírion = partícula viral infecciosa composta por um ácido MORFOLOGIA GERAL


nucleico envolto por revestimento proteico
Podem ter vários tipos com base na arquitetura do capsídeo
ÁCIDO NUCLEICO
Vírus helicoidais
Os vírus podem possuir DNA ou RNA, nunca os dois juntos.
Capsídeo no formato cilíndrico, como os vírus da raiva e a febre
Tanto o DNA quanto RNA podem ser de fita simples ou dupla
hemorrágica ebola
Dependendo do vírus, o ácido nucleico pode ser linear ou
circular, e alguns podem ter segmentado, como o vírus da gripe

CAPSÍDEO E ENVELOPE
O ácido nucleico é revestido pelo capsídeo, com
subunidades de capsômeros, formado de proteína e
constitui a maior parte da massa viral
Vírus poliédricos
Podem ser proteínas de um único tipo ou de vários tipos
diferentes, vai depender do vírus Possuem muitas faces, como o adenovírus

Vírus não envelopados


Nesse caso, o capsídeo protege o material do vírus das
nucleases dos fluidos biológicos e promove a ligação à
partículas suscetíveis

Vírus complexos
Como os bacteriófagos que possuem estruturas adicionais
aderidas, a cabeça é onde fica o genoma viral

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VÍRUS E IMUNIDADE

VÍRUS QUE CAUSAM DOENÇAS EM HUMANOS

MULTIPLICAÇÃO VIRAL
O tempo da multiplicação viral no qual vírions completos e
infecciosos ainda não são encontrados é chamado de período
de eclipse, que acaba com o aparecimento do vírus, porque
nesse momento só tem os pedaços produzidos (DNA e
proteína)
Já o período de latência é definido pelo tempo de início da
infecção até o aparecimento do vírus extracelularmente

BACTERIÓFAGOS T-PARES: CICLO LÍTICO

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VÍRUS E IMUNIDADE
ADSORÇÃO Pode acontecer a penetração e gerar um ciclo lítico, levando a
produção de novos fagos e a lise celular
Sítio de adesão do vírus se liga a seu sítio do receptor
complementar nas paredes celulares das célula bacteriana, Mas também pode acontecer do DNA circular se recombinar
formando uma interação química de ligações fracas com o DNA bacteriano, se tornando um prófago

Além disso, esses bacteriófagos usam suas fibras da cauda Os genes do prófago vai ser reprimidos por 2 proteínas
que atuam como sítios de adesão codificadas no gene do prófago, interrompendo a transcrição
dos genes do fago, assim, a síntese a liberação de novos
PENETRAÇÃO vírions são desligados
Os bacterifagos contraem a bainha do caudo e injetam seu Sempre que a maquinaria celular replicar seu cromossomo, o
DNA dentro da bactéria, para isso, a cauda do fago libera a prófago também será replicado e se um evento espontâneo ou
lisozima fágica que degrada uma porção da parede celular a ação da luz UV ou de determinadas substancias químicas
acontecer, pode levar a excisão (salto) do DNA do prófago e
O capsídeo permanece do lado de fora, apenas o material
início do ciclo lítico
genético entra
CONSEQUÊNCIAS DA LISOGENIA
BIOSSÍNTESE
1ª consequência
Quando o material genético do fago alcança o citoplasma,a
síntese proteica do hospedeiro é interrompida pela Células lisogênicas são imunes à reinfecção pelo mesmo fago,
degradação do seu DNA induzida pelo vírus, pela ação das mas as células normais hospedeiras não
proteínas virais
2ª consequências
Todo o RNA transcrito na célula corresponde ao MRNA
transcrito a partir do DNA do fago para a síntese de enzimas É a conversão fágica, ou seja, a célula bacteriana hospedeira
virais e das proteínas do capsídeo, pois os ribossomos, as pode exibir propriedades de genes codificados que estarão no
enzimas e os aa da célula hospedeira são usados na tradução prófago
Por exemplo, a bactéria que causa difteria só pode produzir a
MATURAÇÃO
toxina que causa a doença quando ela está carregando um
Aqui, os vírios são completos formados a partir do DNA e dos fago temperado, pois o gene que codifica essa proteína está no
capsídeos do bacteriófago prófago
Para a montagem, a cabeça recebe o DNA viral e depois se liga O mesmo acontece com a toxina produzida pela bactéria que
a cauda causa o botulismo

LIBERAÇÃO 3ª consequência

A célula hospedeira sofre lise, rompimento da membrana Torna possível a transdução especializada, onde os genes
plasmática, realizado pela lisozima codificada por um gene bacterianos podem ser transferidos para outra bactéria, esse
viral sintetizado dentro da célula que destrói a parede celular processo é mediado pelo fago lisogênico, que empacota o
bacteriana, liberando os bacteriófagos produzidos DNA bacteriano junto ao seu

BACTERIÓFAGO LAMBDA: O CICLO LISOGÊNICO

Na lisogenia, o fago permanece latente (inativo)

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VÍRUS E IMUNIDADE
3. DESNUDAMENTO
É a separação do ácido nucleico viral do seu envoltório
proteico e esse processo varia de acordo com o tipo de vírus,
alguns usam enzimas lisossomais da cél hospedeira, outros
usam sua própria enzima codificada pelo genoma vieral
(desnudamento do poxvírus que causa a varíola)

4. TRANSCRIÇÃO
Esse processo varia de acordo com o vírus
Alguns vírus animais podem permanecer latentes dentro das
células por muito tempo, sem se multiplicar ou causarem Vírus de DNA, RNA e retrovírus
doenças

REPLICAÇÃO VIRAL NA CÉLULA ANIMAL


Basicamente, a replicação dos vírus em geral passa por 4
etapas:

1. ADSORÇÃO REPLICAÇÃO DE UM VÍRUS DE DNA


Os vírus de animais possuem sítios de adsorção que se ligam Em geral eles fazem:
a receptores na membrana das células do hospedeiro,
formadas por proteínas e glicoproteínas (os sítios em si variam Replicação do genoma no núcleo da célula hospedeira,
de um grupo de vírus para outro) e a ligação de muitos sítios usando enzimas virais
completa o processo de adsorção
Síntese das suas estruturas (capsídeo e outras) no
Os receptores nas células do hospedeiro podem causar citoplasma da célula, usando enzimas do hospedeiro
diferenças na suscetibilidade a um vírus em particular, pois Depois, as proteínas estruturais migram para o núcleo para se
aqueles que não possuem o receptor, vai ser resistente a juntar com o DNA recém montado, depois são transportados
infecção contra o vírus relacionado para o RE e depois para a membrana da célula, onde serão
Como as que não possuem o antígeno P, receptor celular para liberados
o parbovirus B19, logo, elas são resistentes à infecção e não

2. PENETRAÇÃO
Muitos vírus penetram por endocitose mediada por receptor,
onde a membrana plasmática se envagina e envolve o vírus,
formando vesículas
Alguns que são envelopados podem penetrar por um processo
de fusão, onde o envelope viral se funde com a membrana
plasmática

ETAPA 1-2
Ocorre a adsorção, penetração e desnudamento para que o
DNA seja liberado no núcleo da célula

ETAPA 3
Ocorre a transcrição e tradução da parte do DNA viral que
codifica os genes precoces, como enzimas requeridas para a
multiplicação do DNA viral (precisa fazer logo)

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VÍRUS E IMUNIDADE
Na maioria, a transcrição é realizada pela transcriptase do
hospedeiro (RNA-polierase), mas os poxvírus usam sua
própria transcriptase

ETAPA 4
Depois ocorre a transcrição dos genes tardios que são
proteínas do capsídeo e as outras estruturais

ETAPA 5
Depois da transcrição, há a tradução e síntese do capsídeo,
que ocorre no citoplasma da célula

ETAPA 6
As proteínas do capsídeo montadas no citoplasma migram para
o núcleo e se juntam como DNA viral, formando o vírus
completo (virion)

ETAPA 7
Vírion liberado da célula hospedeira

RIBOVÍRUS DE CADEIA POSITIVA


Como acontece nos picornavírus, com RNA fita simples de
cadeia positiva (ou fita senso), pois pode atuar como RNAm

Este último, sintetizam seu DNA a partir de RNA, usando a Após o desnudamento, o RNA viral é traduzido em 2 proteinas
transcriptase reversa viral uma vai inibir a síntese de RNA da célula hospedeira e a
outra é a RNA-polimerase dependente de RNA
REPLICAÇÃO DE UM VÍRUS DE RNA
Essa enzima copia a fita senso e transforma na fita negativa
Os vírus de RNA se multiplicam da mesma forma dos de DNA, (antissenso), que vai atuar como molde para a produção de
mas eles se multiplicam apenas no citoplasma fitas positivas
Todos os ribovírus possuem uma RNA-polimerase Essas novas fitas positivas podem servir como RNAm e traduzir
dependente de RNA, que não é codificada em nenhum as proteínas do capsídeo. Posteriormente, o capsídeo junta-se
genoma celular e está nos genes virais, que são traduzidos pela com o material genético no processo de maturação
célula hospedeira
RNA + RNA - síntese de outras RNA + síntese
Essa enzima é responsável por catalisar a síntese de outra proteica capsídeo
fita de RNA, complementar à sequencia de bases da fita
infecciosa original Obs: de + vira porque são fitas complementares, por isso não
pode ser a cópia uma da outra por causa da ligação das bases
Obs: RNA + funciona como RNAm pois ele consegue fazer complementares
síntese proteica, já o RNA não consegue ser lido por nenhum
ribossomo, pois ele não contem informação de proteína RIBOVÍRUS DE CADEIA NEGATIVA
Como os rabdovírus, vírus da raiva que contem uma fita de
RNA simples negativa
Apresentam uma RNA-polimerase dependente de RNA
também que usa a fita negativa como molde para uma positiva.
Essa fita positiva vai atuar como molde para a síntese de RNA
e para a síntese proteica
RNA - RNA + forma RNA e promove a síntese proteica
para produzir capsídeo e proteínas virais

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VÍRUS E IMUNIDADE
RIBOVÍRUS DE RNA DE FITA DUPLA Maturação e liberação dos vírus envelopados

Como os reovírus que são capazes de causar infecções nos Nesse caso, as proteínas do envelope vão ser codificadas por
tratos respiratório e intestinal genes virais e incorporadas na membrana do hospedeiro, onde
já tem lipídeo e carboidrato (pois o envelope é formado por
O capsídeo de fita dupla é digerido depois da penetração, o esses 3 tipos de molécula)
RNAm vai ser produzido no citoplasma, onde vai ser usado
para sintetizar as proteínas virais Após a montagem do capsídeo com o ácido nucleico, o vírus
empurra a membrana da célula contendo o envelope, formando
Uma delas atua como RNA-polimerase dependente de RNA um vírus envelopado
para a produção de novas fitas negativas
O brotamento não mata a célula imediatamente, em alguns
O RNAm e a fita negativa formam o RNA de dupla-fita que vai casos ela até sobrevive
ser envolto pelas proteínas do capsídeo

REPLICAÇÃO DOS RETROVÍRUS


Um gênero de retrovírus são aqueles HIV que causam a AIDS
Estes vírus carregam uma enzima chamada transcriptase
reversa, que usa o RNA viral para a síntese de DNA de dupla
fita complementar
Esse DNA viral então se integra ao cromossomo formando um
provírus, diferentemente do prófago, nunca vai ser removido
do cromossomo. Nessa forma, o HIV consegue se proteger do
sistema imune e dos fármacos antivirais
Algumas vezes o provírus permanece em estado latente e se
replica só quando o DNA da hospedeira é replicado e em outras
ele se expressa, produzindo novos vírus infectantes
INFECÇÕES VIRAIS LATENTES
Obs: no caso dos retrovírus oncogenicos, os provírus podem
converter a célula em uma célula tumoral Quando um vírus permanece em equilíbrio com o hospedeiro
por anos, sem causar a doença, mas se algo reativá-los como
a imunossupressão ou febre, a infecção resultante pode ser
fatal
Um exemplo são todos os hespes-vírus humanos que podem
permanecer nas células hospedeiras pela vida inteira do
individuo, mas quando são reativados por imunossupressão
(aids) pode ser fatal
Vírus da catapora também pode existir em estado latente, e
quando há mudanças na resposta imune (células T), pode
ativar os vírus latentes e levar ao desenvolvimento de herpes
zoster

INFECÇÕES VIRAIS PERSISTENTES


é uma infecção viral crônica que se desenvolve lentamente
por um longo período e geralmente são fatais, se diferenciando
da infecção latente porque os vírus infecciosos são detectados
de modo gradual, não repentinamente
Maturação e liberação de vírus não envelopado um exemplo é o vírus do sarampo, responsável por uma forma
O capsídeo é montado, se junta com o material genético e o rara de encefalite, denominada panencefalite esclerosante
novo vírus são liberados através da ruptura da membrana subaguda (SSPE) vários anos após causar o sarampo
plasmática da célula hospedeira, matando-a

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VÍRUS E IMUNIDADE
PATOGÊNESE DOS VÍRUS Também pode ocorrer diretamente pela mordida do
hospedeiro reservatório (raiva) ou indiretamente pela picada
O efeito patogênico do vírus pode ser analisada por alterações do vetor inseto, como o mosquito
que ocorre nas células e o processo que ocorre no paciente
infectado
A patogênese no paciente infectado envole:
1. Transmissão e entrada no hospedeiro
2. Replicação e dano nas células
3. Disseminação a células e órgãos
4. Resposta imune
5. Persistência do vírus (infecção latente) INFECÇÕES LOCALIZADAS OU DISSEMINADAS
Os estágios de uma infecção típica do vírus envolve: Localizadas
1. Período de incubação (paciente assintomático) Como o resfriado, que é localizado na sua porta de entrada
2. Período prodrômico (ocorrem sintomas inespecíficos) trato respiratório superior
3. Período específico da doença (manifesta sinais e
sintomas característicos) Gripe que pode ser localizada principalmente nos tratos
4. Período de recuperação respiratórios superiores e inferiores

Disseminadas
TRANSMISSÃO E PORTA DE ENTRADA
Podem disseminar-se sistemicamente como a poliomielite
Os vírus e suas portas de entrada são variadas
paralítica, uma das mais conhecidas:
Disseminação interpessoal, por exemplo secreções
respiratórias, saliva, sangue, sêmen

Transmissão vertical ocorre de mãe para filho, pela


placenta, no parto ou durante a amamentação Quando alcança a corrente sanguínea, pode ir em direção ao
SNC onde promove danos nas células do corno anterior,
resultando na paralisia muscular
A replicação viral no TGI resulta na presença de poliovírus nas
fezes, perpetuando sua transmissão para terceiros

PATOGÊNESE E IMUNOPATOGÊNESE

Patogênese
Os sinais e sintomas das doenças virais são resultantes,
principalmente da morte celular pela inibição da síntese de
macromoléculas induzida pelos vírus

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VÍRUS E IMUNIDADE
Essa morte vai resultar na perda da função e nos sintomas da Vírus do sarampo, catapora e da raiva apresentam apenas
doença, como: 1 sorotipo sofremos infecção apenas 1x na vida, onde
produzimos anticorpos e ficamos imunes
Poliovírus morte de neurônios motores paralisia
muscular Rinovírus mais de 100 sorotipos resfriado comum
corriqueiro
Vírus Ebola dano às células do endotélio vascular pela
glicoproteína do evelope viral hemorragia ANTI-ANTICORPOS
Imunopatogênese O vírus HIV (aids) infecta apenas células com a proteína
marcadora CD4, a maioria são os linfócitos TCD4 do sistema
Existem outras doenças em que a morte celular é causada por
imune, pois seus sítios de ligação são complementares aos do
ataque imunológico, onde as células T citotóxicas e os
vírus
anticorpos desempenham papel importante
Porém, as moléculas de anticorpos produzidas são muito
Hepatite A, B e C expressam antígenos virais na superfície
grandes para fazeres contato com o sítios de ligação da célula
dos hepatócitos CTL reconhece e provoca a morte dos
TCD4, consequentemente, é difícil para que eles destruam o
hepatócitos
HIV
Hepatite B provoca deposição de complexos vírus-
anticorpos-complemento em diferentes tecidos resultam na MUDANÇAS FUNCIONAIS
artrite precoce observada Algumas infecções mudam a função da célula hospedeira sem
causar alterações visíveis
MECANISMOS VIRAIS PARA EVASÃO DAS DEFESAS DO
HOSPEDEIRO Como o vírus do sarampo, se liga a seu receptor CD46 que
induz a célula a reduzir a produção de IL-12 (ativa células NK
DISFARCES DE CITOCINAS e ajuda na transformação em TH1) diminuindo a capacidade do
Alguns vírus codificam proteínas que se ligam a receptores hospedeiro de combater a infecção (reduz uma resposta Th1
para vários mediadores da imunidade (como receptor para IL- efetiva)
1, TNF) provocando a redução das defesas do hospedeiro e A CÉLULA INFECTADA
aumentando sua virulência
Os vírus obtêm acesso às células que eles possuem tropismo,
Vírus da vacínia codifica proteína que se liga a IL-1 por exemplo, o sítio de ligação do vírus da raiva mimetiza a
bloqueia capacidade dos mediadores de interagir com os acetilcolina, assim, ele entra na célula juntamente com o
receptores diminui resposta de defesa neurotransmissor
VIROCINAS MORTE
São fatores de virulência viral que correspondem a proteínas Provavelmente ocorre porque os vírus inibe a síntese de
que impedem a resposta imune macromoléculas (da célula, mas a síntese de proteínas virais
HIV reduz a expressão de MHC-I reduz capacidade de ainda ocorre)
CTL matarem as células infectadas pelos vírus A morte também pode ser causada por um acumulo de muitos
Vírus do sarampo bloqueia a síntese de IL-12 reduz vírus em multiplicação, pelos efeitos das proteínas virais na
resposta Th1 efetiva membrana etc

MÚLTIPLOS SOROTIPOS EFEITOS VISÍVEIS DA INFECÇÃO EFEITO CITOPÁTICO


(ECP)
Sorotipos são variações dentro de um grupo de
microrganismos, como os vírus, que são classificados com São usados para o diagnostico de muitas infecções virais e
base nos seus antígenos de superfície variam de acordo com os vírus

A existência de muitos antigênicos implica na infecção do Um exemplo são os corpúsculos de inclusão, grânulos
individuo diversas vezes pelo mesmo vírus, o qual vai encontrados no citoplasma ou no núcleo das células infectadas
apresentar sorotipos diferentes, como ocorre no resfriado (podem ser partes virais produzidas por exemplo) e são
comum e que contribui para a dificuldade de desenvolver caracterizados pela sua capacidade de coloração (acidófilos ou
vacinas basófilos, depende do corante)

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VÍRUS E IMUNIDADE
Eles são importantes na identificação do agente causador da
infecção, como o vírus da raiva produz corpúsculos de Negri
no citoplasma de células nervosas, sua presença no tecido
cerebral do animal pode ser usada como diagnostico

FUSÃO DE CÉLULAS
Isso origina células gigantes multinucleadas, como as
formadas nas infecções causadas por herpevírus e
paramixovírus
Ocorre como resultado da alterações na membrana, causada
pela inserção de proteínas virais
O diagnostico clinico por infecção pelo herpevírus pode ser pelo
achado de células gigantes multinucleadas com inclusões
intracelulares eosinofílicas em raspados de pele

RESPOSTA IMUNE VIRAL

REFERÊNCIAS
Imunologia celular e molecular ABBAS 9ª edição
Microbiologia Tortora 12ª edição
Doença do Coronavírus 2019 (COVID-19) BMJ Best Practice
atualização 2021
Revisão de Paulo Meira (endocrinologista) Fisiopatologia,
transmissão, diagnóstico e gestão da COVID-19 (2020)
Palestras COVID Marileia

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imunidade inata • NK libera perforinaslperrurama membrana ,
podendo
alterar a permeabilidade eievaràliseosmóticaltgraniima
Os principais mecanismos da imunidade inata contra os lfamiliademoléculasquemedeiama apoptose )
vírus são : barreiras inibição da
, infecção por IFN te -

Killing
PORCÉIUIASNK
Inata : tosse , espirra

1. barreiras encostou : barreira da pele

engoliu :pHácido estomacal

obs : Seo sistema imune estiver


fraco ,
Osvíruspodemven -

ceras barreiras

2. estado antiviral imunidade adaptativa

• virusentraporendoeitosemediadapor receptor • é mediada por : anticorpos ectisethlo



Reconhecimento do RNA , DNAPORTLRSENDOSSÔMIUS

Ativa fatores de transcrição osiranscriçadogenetfndo neutralização
Rinite replicação viral na célula infectada enasceiu 1. Anticorpos opsonizaçao
TIDOI .

ldsadjacentes ativação do complemento



efetivos são os T dependentes dealta afinidade
mais -

Obs : OIFNYIINCIUI formas de IFN ✗ CIFN B) sciosecreta nas reações de centro germinativo
.
- -

das pelas células infectadas por vírus principalmente a ,


• se ligam ao envelope viral ou aos antígenos do capsídeo
Dcplasmacitoide / sangue e tecidos)

Antígenos neutralizadores → estágio extracelular /antes de
infectar, brotamento Oumortedacel hospedeira) os previne .

fixação e entrada nas células


• Opsonizam partículas virais ☐
pagocitose


ativa Ocomplemcnto Fayocitoseelisediretadosví .

ruscontendo envelope lipídicos


obs : ISOTIPOIGA neutraliza virusiuntosao
respiratório
trato

imunização POIIOVÍRUS oral contra


imunidade
e TGI -
.
-
induz

da mucosa

2. Porthos

3. Killing pelas células NK APC Dinteragem DMHC II -

• TCDUT
• eliminam células infectadas com microrganismo
intrãe -
PAMP
A •

lutar como os vírus - thl


receptor NRGRLD reconhece MHC -1 nas células IL -

12.x -

• OSVÍRUS inibem expressão demrec / para escapar DOSCTL


.
o
ILLCIFN Y -

• se os receptores inibitórios de morte da NKNÃOFOV Ocupado Ativa CCINK o

PCIOMHC / . Dativo NK o MACRÓFAGO


perfurinasegranzimas
omortedascels infectadas
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APC 's via MHC -
I

Apresentação cruzada
2. Eliminação por CTL 'S Killing
nucleases

secreção de IFN -
Y
Apresentado cruzada
• félitecidílal infectada ☐
Dcfagocita rprocessa

Osdntígenos DMHC ICMHC


- -
E A Tcdtt reconhece
OMMCI / peptídeos virais citosólicos) • diferencia
em CTL skilling &

• APC 'S DMHC I -


DTCDPT DCTL

bs : a morte pela ctltambemépor apoptose


ativação de nucleares degradam :
genomas virais
carcinoma hepático

secreção de citocinas COMIFN Y -
nativa fagócitos
EHCV ( hepatite c)
IMO) que pode ter alguma atividade anti viral -

HBV tambem ( vírus hepatite B)


'

A diferenciação deTCDP para CTL muitas vezes requer
-


Obsioncovírus → HPVÉO mais comum →
cade coiote
citocinas produzidas por LTCDUTOUCOCSTIMU/ adores expresa Útero
sosem células infectadas ↳ praieiros
se transformarem tumor
↳ célula pode

Oupossuemoncogenesouelesativaramoncogenes
quejá existiam nas células hospedeira

obs : em
algumas infecções virais , a lesão tecidual pode
ser causada por CTL 's
D hepatite Bemqueosvírus expressa proteínas

nos hepatócitos eoscil 's matamos hepatócitos

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* ciclo de replicação viral
COVID-19
1. Estrutura viral SARS -
COU -2

• RNA fita simples e positiva

• envelopado
a proteína slspike) dá o aspecto de coroa do vírus

2. transmissão do vírus
A respiratória é a
saliva
• dominante :

gotículas respiratórias expelidas


,
(
na tosse , espirro , fala etc )
, quando canta .

Além da lesão citopática viral direta ,


a doença é complicada
por micro angiopatia , CID ( causando trombose) que pode
levar danos em Órgãos -

alvo

3. Apresentação clínica
ODS : O que vai definir se a doença irá se disseminar para
outros
órgãos é resposta sítio de entrada imune no
vírus /
trato
a do
respiratório superior

5. Diagnóstico
* RT PCR -


Detecta o RNA viral pela transcrição reversa seguida da reação em
IA : mto COMUM cadeia da polimerase ( PCR) por meio de swab nasal
4. Fisiopatologia
anosmia + auges
*
SOMOS ia
• Proteína SISPIKCI se liga ao receptor da enzima conversora de
• não pode ser Usada como teste diagnóstico independente para
angiotensina 2 IECA 2) , seguida pela internalização do vírus
infecções agudas por SARS COV
-

2
as
-
.


pode ser útil em outros cenários clínicos • teste molecular

negativo, diagnóstico com pacientes com sintomas


prolongados ,

avaliação das respostas a novas vacinas



Igm → a partir do É dia e níveis mais altos durante a
Ê
"
e 3 semana
• I 961 14 dias APOS o início dos sintomas
• Os receptores da ECA são altamente expressos nas células

do trato respiratório superior e inferior, mas também estão


expressos em Outros tecidos o que explica as manifestações
*
imagem
solicitar
radiografia torácica ITC de tórax) para
, •

extra pulmonares associadas com a doença


pacientes com suspeita de pneumonia
↳ a anormalidade mais comum é a opacidade em vidro
,

causado por infiltrados inflamatórios mononucleares


intersticiais
fosco ,
e edema

↳ condensação

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3. tambem vai haver a diferenciação dctcdoemctlpara
Resposta Imune à COVID pazerokilling das células infectadas

* fase inicial da infecção 4. linfócitos Bsediferenciamemplasmócilssecretoresde


anticorpos que neutralizam a infecção viral em novas células ,

proteínas ECAZ deforma T -


dependente
CÉIUIASAIVO : células epiteliais nasais , brãnquicasepneumócitos
obs : depois quando
, replicação viral acelera infecta as células
a ,
* Fase tardia da infecção
endoteliais dos capilares pulmonares acentuando a resposta ,
• o edema pulmonar preenche osalveoioscausandoasín -

inflamatória dromedoloesconforto respiratório agudo ( SARA)


leva à interrupção da barreira endotelial transmissão
disfuncional

/

de OICPIEIUIZONADIFUSAODOOI prejudicando troca ,


a

gasosa
• coagulação intravascular difusa ( Porcausado excesso

de TNF )
• pode evoluir para sepseeparaa falência de MUHIPIOS
órgaoslemorte)

Iqm
44 IGG

• V44 V4
CÉIB Y Y II. 1. IL GFFN "
-

A
A q

mrc-ttq.ffn.pe
IL -2

inflamatória
Tempestade
IFNY

o

/
• DIFN -1

THI
Imunopatogênesee patogênese
-

estado antiviral *

IL -12°
'
Il 12
-
Patogênese

:
. NK ↳ éo desequilíbrio imunológico onde a inflamação ,

ii.
" •
tho mi IL -2 está muito mais exarcedadadoq.ve a regulação , poisa análise
laboratorial da COVID -19 demonstrou :

a • Leucopenia ( linfócitos ENKINO sangue

porcausadascit0cinasequimiocinasproauzidasque@EIfN.y


"
" ICCTUTAMACÁIUIOIPONAOIOCAI
e IFN
" de inflamação
cppt
MACTRÓFAGO ^ #
Aumento de neutrófilos
o

MAC •
Hiper citocinemia : aumento de IL -1 .TL -2 IL
, ,
-

7) Il
-

G , Il 12 ,
-


Ã
IFN -
YCTNF - ✗

• perfurina o Aumento dequimiocinas


II. t.IL-6.TNEIFN.tl egraniima produção de IL -10
-
,

Redução da
↳ citocina moduladora da
inflamação importante para

tempestade inflamatória
controlara exarcebaçao inflamatória

1. TLRG dos macrófagos CDC 's reconhecem proteínas virais que


ativa transcrição degenesantiviraise citocinas inflamatórias PI Imuno patogênese
amplificar a resposta imune →
tempestade inflamatória efeito inicial : supressor pois ovírusprovocareduçaoaaproauçaode
,

IFN listado antiviral ) , enquanto há multiplicação viral


-

2. Háa diferenciação emthlqvesecretacitocinasqueativa efeito tardio : desequilíbrio imunológico, pois há intensa ativação
macrófagos expansão clonal de LBELTC Secreta também dos .li/anticorpo.hipercitocinemiqLT,malrot-aqqneutroifil0/ enquan -

citocinas inflamatórias • Tempestade inflamatória tonápouca regulação desse processo

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Esther Santos - 77

FUNGOS E HIV
Fazem parte do reino fungi e são quimio-heterotróficos e se Hifas cenocíticas
alimentam por absorção, são multicelulares (menos as
leveduras) e a maioria se reproduz por esporos sexuados e Em algumas classes, as hifas não contem septos, e se
assexuados apresentam como muitas células longas e continuas com
muitos núcleos

ESTRUTURAS VEGETATIVAS

BOLORES (FUNGOS FILAMENTOSOS) E FUNGOS


CARNOSOS
O talo (corpo) de um fungo filamentoso é constituído por muitas LEVEDURAS
células conectadas, chamadas de hifas, que existem dois
tipos, septadas e cenocíticas, e o conjunto de hifas forma o São fungos unicelulares, não filamentosos e são ovais,
micélio que é visível a olho nu encontradas na forma de um pó branco cobrindo folhas e frutas

As hifas crescem por alongamento das extremidades, Elas podem ser anaeróbicas facultativas, por isso podem
formando novas hifas sobreviver em vários ambientes

Hifa vegetativa porção da hifa que obtem nutrientes Ou seja, se tiver oxigênio, elas vão respirar de forma aeróbica
para metabolizar carboidratos CO2 + H2O como produtos
Hifa reprodutiva ou aérea porção envolvida na reprodução,
ela se projeta acima da superfície do meio sobre o qual o fungo Se tiver não tiver oxigênio, elas vão fazer fermentação dos
está crescendo carboidratos etanol + CO2
A fermentação é usada pra fabricar cervejas e vinhos, já as
espécies saccharomyces fazem a fermentação e são usadas
para o crescimento de massas de pães

Leveduras de brotamento
Como as Saccharomyces, se dividem de forma desigual, onde
a célula parental forma um broto que se alonga, adquire um
núcleo (que veio da divisão do núcleo da célula parental) e
depois se separa, formando outra levedura

Muitas hifas áreas sustentam esporos reprodutivos, que vão


crescer pelo processo de esporulação

As vezes pode acontecer desses brotos formados não se


separarem, formando uma pequena cadeia de células que se
Hifas septadas parecem uma hifa, por isso são chamadas de pseudo-hifas

Na maioria dos bolores, as hifas contem septos que dividem A cândida albicans se aderem nas células epiteliais a forma
as estrutura multinuclear, formando muitas células de leveduras, mas quando elas precisam invadir tecidos
uninucleadas distintas profundos se tornam pseudo-hifas

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Esther Santos - 77

FUNGOS E HIV
Conidiósporo
É um esporo unicelular ou multicelular que não é envolvido
por uma bolsa e são produzidos na extremidade de um
conidióforo, produzidos por Penicillium e Aspergillus
Existem tipos de conídios
Artroconídios formados pela fragmentação de uma hifa
septada em célula únicas e espessas
Leveduras de fissão
Blastoconídio formado a partir de um broto gerado de uma
Como Schizosaccharomyces, se dividem formando 2 novas célula parental, encontrado em algumas leveduras como a
células iguais. Candida Albicans
Durante a fissão, a célula parental se alonga, e seu núcleo se Clamidoconídio esporo de parede espessa, formado pelo
divide formando 2 células filhas arredondamento e alargamento no interior de um segmento de
FUNGOS DIMÓRFICOS hifa, que também é encontrado na Candida Albicans

Algumas espécies patogênicas que possuem 2 formas de Esporangiósporo


crescimento crescem na forma de fungo filamentoso ou de O conjunto deles forma o esporângio, que é tipo uma bolsa na
leveduras extremidade de uma hifa aérea chamada de esporangióforo.
Na forma de fungo filamentoso produz hifas vegetativas e Esse tipo de esporo é produzido por Rhizopus
aéreas
Na forma de levedura reprodução por brotamento
O que vai determinar é a temperatura (37ºc na forma de
levedura e 25ºc na forma de bolor), que vai mudar a forma de
apresentação do fungo, ou alguns mudam de acordo com a
concentração de O2

ESPOROS SEXUADOS
CICLO DE VIDA
Resultam da fusão de núcleos de 2 linhagens diferentes de
Fungos podem se reproduzir de maneira sexuada ou fungos de mesma espécie, sendo produzidos com menor
assexuada formando esporos, que são completamente frequência do que os esporos assexuados
diferentes dos endósporos de bactérias. Embora eles possam Os organismos que crescem por meio desse tipo de
sobreviver por muito tempo em ambientes secos ou quentes, a
reprodução apresentam características genéticas de ambas as
maioria não tem a mesma tolerância extrema e lengevidade do linhas parentais. Esse tipo de reprodução envolve 3 etapas:
que os endósporos bacterianos
1. Plasmogamia
Os esporos são formados a partir de hifas aéreas
um núcleo haploide de uma célula doadora penetra no
ESPOROS ASSEXUADOS citoplasma de uma receptora
São produzidos por fungos por meio de mitose e posterior 2. Cariogamia
divisão celular, sem fusão de núcleo. 2 tipos de esporos
assexuados são formados: conidiósporo e esporangiósporo os núcleos se fundem, formando um zigoto haploide

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Esther Santos - 77

FUNGOS E HIV
3. Meiose com aids, sendo uma infecção oportunista emergente em
pacientes imunocomprometidos e em idosos
o núcleo diploide origina um núcleo haploide, esporos
sexuados, dos quais alguns podem ser recombinantes
genéticos

ASCOMYCOTA
Incluem fungos com hifas septadas e algumas leveduras, seus
esporos assexuados são conídios (significa pó, pois são
facilmente liberados do conidióforo, flutuando no ar como
ADAPTAÇÕES NUTRICIONAIS poeira)
São quimio-heterotróficos e, assim como as bactérias, O esporo sexuado é o ascósporo produzidos dentro de um
absorvem nutrientes ao invés de ingeri-los, como os animais asco, por fusão dos núcleos de duas células
Crescem melhor em ph ácido (5)
Fungos filamentosos são aeróbicos e a maioria das
leveduras são anaeróbias facultativas
Resistente à pressão osmótica, conseguem viver em
ambientes com altas concentrações de sal ou açúcar
Podem crescer em substancias com muito pouca umidade
Essas características permitem que eles se desenvolvam em
substratos improváveis, como paredes de banheiro, couro de
sapatos e jornais velhos

FUNGOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA

ZIGOMICETO
São fungos filamentosos saprofíticos que apresentam hifas BASIDIOMYCOTA
cenocíticas, como o mofo preto do pao Rizhotopus Inclui fungos de hifas septadas que produzem cogumelos. Os
stolonifer basidiósporos são formados no basídio externamente
Os seus esporos assexuados são os esporangiósporos que
se dispersam e se caírem em um meio adequado, irão germinar
e formar um novo talo de fungo
Os seus esporos sexuados são os zigósporos

MICROSPORÍDIOS
Não possuem mitocôndrias nem microtubulos, e são parasitos
intracelulares obrigatórios
Associados a diarreia crônica e ceratoconjuntivite (inflamação
da conjuntiva próxima à córnea), particularmente em pacientes

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Esther Santos - 77

FUNGOS E HIV
MICOSES SUPERFICIAIS
Os fungos que causam elas estão ao longo dos fios de cabelo
e nas células epidérmicas superficiais, prevalentemente em
climas tropicais

MICOSES OPORTUNISTAS
Um patógeno oportunista se torna patogênico quando o
hospedeiro está debilitado ou traumatizado, sob tratamento de
antibióticos de amplo espectro, imunossuprimidos por drogas
ou distúrbios ou aqueles com doença pulmonar

Pneumocytis
Patógeno oportunista encontrado em indivíduos
imunucomprometidos, como os pacientes com aids, podendo
ser fatal

Mucormicose
Causada por Rhizopus e Mucor, ocorrendo principalmente em
pacientes com DM, leucemia, ou tratamento com fármacos
DOENÇAS FÚNGICAS imunossupressores

As infecções fúngicas são chamadas de micoses e geralmente Infecções por levedura


são crônicas, porque os fungos crescem devagar. Elas são
classificadas em 5 grupos: sistêmica, subcutânea, cutânea, Ou candidíases, são frequentemente causadas por Candida
Albicans, e podem se manifestar como candidíase vulvovaginal
superficial e oportunista

MICOSES SISTÊMICAS ocorre em RN, pacientes com aids e indivíduos em tratamento


com antibióticos de amplo espectro
São micoses profundas, no interior do corpo, que podem afetar
vários tecidos e órgãos e são normalmente causadas por MECANISMOS DE PATOGENICIDADE
fungos que vivem no solo
Produção de metabólitos tóxicos
Os esporos são transmissíveis por inalação e elas geralmente
se iniciam nos pulmões e depois se disseminam, mas não são Alguns produzem, como infecções fúngicas como a do pé de
contagiosas atleta podem provocar uma resposta alérgica no hospedeiro

As principais são a plasmose e cocciodiodomicose Tricocenos são toxinas fúngicas que inibem a síntese proteica
nas cel eucariota, e a ingestão dela causa calafrios, cefaleias,
MICOSES SUBCUTANEAS náuseas, vômitos e distúrbios visuaus, como as produzidas por
fungos que crescem em grãos e revestimento de gesse usado
Localizadas abaixo da pele e causada por fungos saprofíticos nas paredes da casa
que vivem no solo e na vegetação. Um exemplo é a
esporotricose adquirida por fazendeiros/jardineiros que ocorre Cândida albicans e Trichophyton, são fungos que causam
por implantação direta dos esporos ou de fragmentos de infecções cutâneas e secretam proteases, capazes de
micélio em uma perfuração na pele modificar as membranas celulares do hospedeiro permitindo a
aderência do fungo
MICOSES CUTÂNEAS
A aflatoxina é produzida por Aspergillus flavus durante seu
São os fungos dermatófitos que causam dermatomicoses, na crescimento em manteiga de amendoim por exemplo, ela
epiderme, cabelo e unhas. Esses fungos secretam possui propriedades carcinogênicas
queratinase, degradando a queratina encontrada nessa
regioes, podendo a infecção ser transmissível por contato Alguns cogumelos produzem micotoxinas, como a faloidina e
direto ou com fios e células epidérmicas infectadas (tesouras
de cabelo, piso de banheiro)

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Esther Santos - 77

FUNGOS E HIV
São neurotoxinas potentes que a sua ingestão do fungo INVASÃO NA PELE
Amanita pode levar a morte
Ocorre em áreas quentes e úmidas, quando os dedos e unhas
são imersos em água com frequência, como lavar pratos
As assaduras em crianças podem ocorrer quando as fraldas
úmidas não são trocadas imediatamente

CANDIDIASE
É uma levedura que faz parte da microbiota normal das
membranas mucosas do trato respiratório superior, TGI e trato
genital feminino. Nos tecidos, pode ocorrer de forma
leveduriforme ou como pseudo-hifas.
Na forma de pseudo-hifa, a cândida é resistente à fagocitose,
importante fator de patogenicidade
São microrganismos oportunistas, que não fazem mal aos
que são saudáveis, mas quando há uma queda da imunidade VAGINITE
eles podem se tornar patogênicos c.albicans também é uma causa comum de vaginites, onde as
O uso de antibióticos pode suprimir a microbiota bacteriana lesões causam irritações, como coceira intensa, uma descarga
(lactobacilos), aumentando o PH da pele e provocando o espessa, coalhada e amarela, com cheiro leveduriforme ou
crescimento excessivo do fungo sem odor

Transmissão as condições predisponentes

Como está presente normalmente na pele e nas mucosasm Uso de contraceptivos orais e gestação aumento de
pode infectar o individuo quando há instrumentos que penetram glicogênio na vagina
na pele, como agulhas (drogas intravenosas) e cateteres, Hormônios é menos comum antes da puberdade e
quebrando uma barreira contra o fungo depois da menopausa
Diabetes não controlada as áreas da pele são
CANDIDIASE ORAL naturalmente mais úmidas, tendendo a ser infectadas pelo
fungo
Ou sapinho, é frequentemente observada em recém-
nascidos, cuja microbiota normal ainda não se estabeleceu, Gravidez mudanças nos hormônios, o PH fica mais
tendo o crescimento excessivo do fungo. Isso porque os ácido, morrendo os lactobacilos. Além disso, progesterona
lactobacilos presentes na região normalmente suprime o e estrogênio reduz a resposta TH1, deixando mais
susceptíveis infecções por microrganismos intracelulares
crescimento do fungo
Então, quando a defesa local ou sistêmica do hospedeiro CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA
estiver enfraquecida, a doença poderá ocorrer Acontece quando, em pessoas suprimidas, o fungo se
dissemina e gera uma infecção prolongada da pele, das
mucosas orgal e genital.
Ocorre principalmente em pessoas com baixa imunidade de
células T e pacientes com mutações no gene codificador de IL-
17 e do receptor de IL-17 estão predispostos à CMC

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Obs : células linfoide inatas IILCS)

• derivadas da medula Óssea


'


são iguais as células T , mas não possuem TCR , ou seja , não expressam receptores capazes de reconhecer

antígenos
• sua ativação e expansão não são conduzidas pelo antígeno , mas sim por citocinas liberadas por

outras células em respostas inatas e dano tecidual

defesa inicial , pois são sempre células residentes nos tecidos de barreiras
epiteliais
importantes
• como

Órgãos Ê migram
,
diferente das células T que circulam nos linfóiaes
'
e para os tecidos só depois

de serem ativados , o que pode levar vários dias

* sub populações de ILCS

ILCI → importantes nas defesas contra micro intracelular


.
/ parece com Th 1)

ILC 2 → defesa contra parasita e helmintos (parece com Th 2)

sítios de mucosa defesa


fungo e bactéria
ILC 3 → encontrados em contra extra ( parece tm 7)
,

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1. Imunidade inataeadaptativaaos fungos extracelulares
macrófagos + DCS receptor Tlredectinasltipolectima) reconhecem f- glucagon
superfície
o ☐ na

fungos de
-23,1=1.1 • citocinas IL ,
IL -

6. TGF B- •
recrutam cativam ILC } residente

nclstecidoseth 17 DCITOCINASIL-17,1=1 -22,6m CSF •


produção de neutrófilos pela
medula

-

quimiooinas
• neutrófilos reforça
para recrutar
produção peptídeos • as barreiras epiteliais • de

antimicrobianos • contra infecção


obs : os neutrófilos liberam ROS + enzimas lisossômicas efagoci -

iamosfunoosparaokilling intracelular
ASCÉIUIASTHA estimulam a inflamação / enquanto
neutrófilos
obs :
monócitos
e destroem os fungos Porisso que pacientes com
.

respostas Thildefeituosassão suscetíveis a


infecções
mucocutânea
crônicas Candida Além por . disso pacientes com neutropenia
,

" ltoneutro.fi/OAcomoresuItadodedan0OUsupressOnamedUIaD0ssuem
:*

÷:c! inpeçóespángicascom Frequência .

obsiascétulasdendriticasepidérmicassáocnamddasdr oé -

ktlasdelangernans .

Obs :(epasvirulentohdecryptãoccusneoformaminibema produção

de citocinas , COMOTNFCIL -12 pelos macrófagos e estimulam a

det-l.IO/inibindoaatiVqcaodessasceIuIas.obs:OsqueratinJcitos
produção

são os primeiros a entrarem contatamos ifungosrrapeieduranteainrecçco


dedemsatofitose . Sob exposição aos antígenos osqueratinocitos
, produzem :
II. 8 + TNF - ✗
+ antimicrobianos
to
potentequimiotáxico
e

pró inflamatória •
catelieidinasedefensinaspossuemproprie -

para neutrófilos dados antifúngicos

em conjunto podem destruir ostoermatófitos


,

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2. Imunidade inata e adaptativa contra fungos intra celulares

Podem ser controlados por ILCI e pelas respostas TM , como a
proteção da histoplasmose , porém

essas respostas podem deflagrar uma inflamação granulomatosa ,


que causa importante lesão

tecidual no hospedeiro .

• A resposta mediada por células é o principal mecanismo da imunidade adaptativa contra


infecções de
fungos intra celulares
• mecanismos semelhantes aos que acontecem para eliminação das baterias intra celulares

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Esther Santos - 77

FUNGOS E HIV
SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS)
A aids é causada por infecção pelo HIV, só que ela se refere
apenas à fase final da doença, porque só é considerado AIDS
quando a contagem de células TCD4+ é abaixo de 200
células/mm3 (o normal é 1.500)

VÍRUS HIV
A maioria dos casos de aids é causada pelo HIV-1, é um
retrovírus que infecta células do sistema imune e provoca a
destruição da arquitetura dos órgãos linfoides, pois eles
infectam células TCD4+, macrófagos e células dendríticas
Possui 2 fitas de RNA circundada por um envelope lipídico
derivado das células hospedeiras infectadas, mas contendo
proteínas virais, além disso, carrega consigo a enzima
Posteriormente, migra para o núcleo da célula e a enzima
transcriptase reversa, caracterizando-o como um
integrasse integra o DNA viral ao DNA da célula, formando um
retrovírus
pró-virus que pode permanecer latente no interior das células
por meses ou anos, se escondendo do sistema imune e das
terapias antivirais

Ativação e replicação do pró-vírus


Caso a célula T infectada, macrófago ou DC for ativado por
algum estimulo extrínseco, como outro agente infeccioso ou
até mesmo citocinas liberados no próprio processo de
ativação celular, a célula responde
Ela então começa a ativar o pró-vírus, levando à produção de
RNA virais e proteínas capsídeo, proteínas do envelope,
transcriptase reversa

Brotamento
CICLO DE VIDA DO HIV
Depois, acontece a montagem do vírus no citoplasma, onde o
O HIV infecta as células por causa da glicoproteína no RNA se liga ao capsídeo e a transcriptase e se direciona para
envelope, gp120 que se liga ao CD4, CXCR4 e CCR5 a membrana plasmática, contendo as proteínas do envelope
viral
Depois da adsorção, o vírus se funde com a membrana
celular e ganha espaço no citoplasma da célula O vírion então é liberado pelo processo de brotamento, o qual
não acontece a ruptura da célula

INFECTIVIDADE E PATOGENICIDADE DO HIV

Infecção
A infecção é adquirida por
- relação sexual
- agulhas contaminadas por usuários de drogas intravenosas

Depois sofre o desnudamento pela protease viral e seu RNA - pela placenta, transfusão de sangue ou produtos sanguíneos
é liberado infectados

Como se trata de um retrovírus, a enzima transcriptase Ele é frequentemente disseminado pelas células
reversa sintetiza uma cópia de DNA a partir do RNA do vírus dendríticas, que capturam os vírus e os conduzem aos órgãos

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Esther Santos - 77

FUNGOS E HIV
linfoides, onde entra em contato com as células TCD4+ e Então, as respostas imunes ajudam a depletar bruscamente os
estimula uma forte resposta imune inicial números virais no plasma sanguíneo dentro de semanas
Para ser infecicioso, precisa se aderir às células pelas quais ele A infecção pode ser assintomática ou causar linfadenopatia
possui tropismo, essa adesão é dependente da ligação da (edema nos linfonodos), porque os vírus estão sendo levados
glicoproteína da espícula gp120 com o receptor CD4+, para a região dos linfonodos
receptor de quimiocina CCR5 e CXCR4 presente nas
Porém, uma vez que o HUV estabelece um conjunto de TCD4+
células T, macrófagos e células dendríticas
infectadas de forma latente (o vírus lá dentro com o DNA
Patogenicidade integrado na forma de pró-vírus, afetando a função da célula T),
quase nenhum paciente consegue eliminar a infecção
Ele consegue se proteger do sistema imune porque ele completamente, pois os CTLs também necessitam do auxilio
permanece como forma de pró-virus dentro das células do TCD4 para dar uma resposta completa
hospedeiras
O vírus inibe a expressão das moléculas de MHC de classe I
pelas células infectadas, escapando da morte pelos CTL que
não são infectados pelos vírus
Também tem o modo de fusão célula-célula pela qual o vírus
se move de uma célula infectada para a vizinha não infectada
Ele também escapa das defesas imunes por apresentar
mudanças antigênicas, visto que a enzima transcriptase
reversa tem altas taxas de mutação

Imunodeficiência
A produção dos vírus leva à morte das células infectadas e das
não infectadas também células TCD4+, macrófagos e DCs
A expressão ativa do gene viral e a produção de proteína
interfere no metabolismo das células T, por isso elas são FASE 2- 3 A 8 MESES PÓS INFECÇÃO
exterminadas, mas morrem mais células não infectadas do O número de células TCD4+ diminui de forma constante, mas
que células T infectadas pelo vírus a replicação do vírus continua de forma controlada, por causa
Isso porque se acredita que as células T sejam cronicamente da TCD8+
ativadas, talvez pelas infecções comuns nos pacientes, e a Apenas uma quantidade pequena de células libera o HIV,
estimulação crônica leva à apoptose porque muitas estão com ele de forma latente ou proviral
Essa deficiência imune resulta da depleção de células T, DCs O declínio na resposta imune dessa fase pode se tornar
e macrófagos aparente por meio do surgimento de infecções persistentes
pela levedura C.Albicans, que pode emergir na boca,
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA INFECÇÃO POR HIV E
garganta ou vagina
AIDS
FASE 3 AIDS
É caracterizado por diversas fases, culminando na
imunodeficiência. A AIDS é diagnosticada quando a contagem de células TCD4+
está abaixo que 200células/mm3, causando uma linfopenia de
FASE 1 3 MESES T4
Nessa fase, a infecção pelo HIV estimula uma resposta inicial Importantes condições clínicas são indicadoras, como
bastante efetiva na 1ª e 2ª fase infecções dos brônquios, traqueia, ou dos pulmões aparecem
O fator mais importante talvez sejam as células T citotóxicas por C.Albicans, infecções nos olhos por citomegalovírus,
(CTLs) e os anticorpos neutralizantes, que impedem a pneumonia, toxoplasmose etc
infecção do vírus às células A progressão da infecção inicial pelo HIV até a AIDS
geralmente leva cerca de 10 anos

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Respostas inatas

intensa produção de IL 1 e IFN 1 ( estado anti )



.
-
-
viral

após o reconhecimento de PAMPS pelas células Além disso


.
,

as células NK , que juntamente com esses fatores

podem conter inicialmente a disseminação viral pela

apoptose
células das

obs : células são sensíveis ÀIL produzidas


células
NK .
2 por
,

T atividade Porém
, pois aumentam sua .
, na AIDS ,

linfopenia reduz
deficiência
a TU essa citocina resultando
,
na

células de NK


Respostas adaptativas
* infecção e efeito citoDático nas células T
macrófagos
,

e células de ndríticas

células de IDCS epiteliais) reconhecem


A
langerhans
Oantígeno ☐
migra para os linfonodos para apresentar

Às células T •
infecção das células te efeito eitopa :

tico : morte

os fatores que contribuem para o efeito citopático sao :



destruição da membrana pela saída do vírus maciça

disfunção celular por acumulação do ded ritos

moleculares

( proteínas) do HIV DNA , RNA


,

células TU não infectadas podem se unir


moléculas
• a

gp 120 livres anticorpos anti 120 OU ativos em


gp
os

ADCC • morte OU fogo ei tose do linfócitos T

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* Respostas aos anticorpos

Ajudam a fazer o controle parcial no início da infecção por meio da neutralização dos antígenos
vitais, se ligando a espícula gp 120 Porém , pode ser ineficaz
. porque :

1. Vírus + anticorpos IOPSOrisadas) ☐


receptores para FC em Dc e macrófagos nos orgãos
Iinpoides a
infecção dessas células e efeito cito pátio

glicoproteína gp
2. AS mutação dificultando a
células
120 constantemente sofrem , resposta pelas
B

3. OS pacientes possuem maior risco de infecções bacterianas extracelulares , por causa das res .

Destas T dependentes
.

*
Respostas das células t citotóxicas ICTL)
• Um dos principais fortemente ativados no início da infecção , mas também pode se tornar ineficiente :

1. Os vírus inibem a expressão de MHCI , escapando da citotoxidade das CTL .

2. CTL reconhecem células infectadas •


performar e grana i mas para a morte apoptóti -

la da célula os os componentes celulares infectados se organizam em bolsas ( pois apoptose

não gera lise) os macrófagos fogo citam e também se tornam infectados Dessa forma

acaba
.
, ela

ajudando disseminação na viral

3. Há um declínio nas fases finais , por causa do auxílio que o TCDU faz para diferenciação das

células TC D8 tem CTL , o que levaria à escala da infecção e das doenças oportunistas

r com o tempo, leva a uma resposta incompleta

conclusao : AO infectar e interferir nas células do sistema imune ,


o virus é capaz e evitar sua
própria erradicação

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FUNGOS E HIV
INFECÇÕES OPORTUNISTAS DA AIDS Também pode ser usado o teste PCR para detectar o vírus
em sua fase precoce, antes do aparecimento do anticorpos,
As manifestações clinicopatológicas da AIDS na fase final são pois detecta o RNA viral,
principalmente resultado da suscetibilidade aumentada a
infecções e neoplasias, secundarias à imunodeficiência Obs: em bebes de mães infectadas pelo HIV que apresentam
anticorpos maternos circulantes interferem nos testes de
Infecções oportunistas convencionais para a detecção de anticorpos, por isso utiliza-
O patógeno fúngico Pneumocytis jiroveci e micobacterias se o PCR também
atípicas que são combatidos pela imunidade mediada por TRATAMENTO
células T, estão presentes no ambiente e não infectam
indivíduos hígidos O tratamento visa controlar a replicação do HIV e as
complicações infecciosas da doença
Mas, em pacientes com AIDS, há a proliferação excessiva dos
patógenos, causando as doenças Há principalmente o tratamento chamado de terapia de
combinação antirretroviral (ART) que são combinações de
Inclusive, muitas delas são causadas por vírus, como o fármacos que bloqueiam a atividade das enzimas
citomegalovírus, porque os pacientes apresentam respostas
ineficientes dos CTL, mesmo que o HIV não infecte as células Transcriptase reversa
TCD8. Isso porque as respostas do CTL muitas vezes Protease
requerem o auxilio das células TCD4+, que são os principais Integrasse
alvos do HIV
REFERÊNCIAS
Risco por infecções bacterianas extracelulares
Imunologia celular e molecular Abbas 9ª edição
Porque a resposta humoral, mediada por anticorpos, é
importante para promover a neutralização das bactérias e a Microbiologia Tortora 12ª edição
opsonização e posterior fagocitose e ativação do complemento Revisão micoses superficiais e os elementos da resposta
Porem, as respostas dos anticorpos também são imune de Paulo Ricardo Criado 2011
ineficientes, principalmente aqueles que requerem respostas Artigo Aspectos imunológicos pertinentes da infecção por HIV
T-dependentes de J.A machado caetano
Neoplasias
Os pacientes também possuem maior risco de neoplasias
causadas por vírus oncogênicos, os dois tipos mais comuns
são os linfomas de células B (causada pelo vírus Epstein-Barr)
e um tumor de pequenos vasos sanguíneos, denominado
Sarcoma de Kaposi (causado por herpes-vírus, eliminado via
resposta TH1)

DIAGNÓSTICO
O procedimento-padrao para a detecção de anticorpos contra
o HIV tem sido o teste de ELISA (detecta anticorpo)
Um problema do teste que detecta anticorpo é a janela de
tempo entre a infecção e o aparecimento de anticorpos
detectáveis, ou soroconversão, que pode ser de até 3 meses.
Os ensaios utilizam urina ou amostragem de sangue obtidos
por punção digital da polpa do dedo e esfregaço de fluido oral.
Devido a essa demora, um recipiente de um órgãos
transplantado ou de uma transfusão sanguínea pode se tornar
infectado pelo HIV mesmo que os testes de anticorpos não
tenham demonstrado a presença do vírus doador

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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
a tolerância imunológica é a não responsividade (reagir)
contra antígenos próprios, existindo diversos mecanismos para
regular em células T e B, os quais são responsáveis pela
capacidade do sistema imune diferenciar quais antígenos são
próprios e quais não são
se esses mecanismos falham uma doença autoimune pode vir
a ocorrer, onde o sistema ataca as próprias células

TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA: SIGNIFICADOS E


MECANISMOS
É a falta de resposta aos antígenos expostos aos linfócitos,
pois quando ele encontra o seu antígeno específico, 3 tipos de
respostas podem ocorrer

São ativados, proliferam, células efetoras + células de


memória isso leva a uma resposta produtiva os
antígenos são chamados de imunogênicos Obs: o linfócito B amadurece na medula, o T amadurece no
o como os microrganismos timo
Linfócitos são inativados ou eliminados, resultando na
TOLERÂNCIA CENTRAL DOS LINFÓCITOS T
tolerância (falta de resposta) antígenos ditos como
tolerogenicos Ou acontece a morte ou eles se transformam em reguladores
o Como os antígenos próprios (o que é normal e deve
acontecer) SELEÇÃO NEGATIVA
o A falha na tolerância é a causa subjacente de
Esse é o principal mecanismo da tolerância central, onde os
doenças autoimunes
linfócitos que se desenvolvem no timo interagirem fortemente
Podem não reagir de jeito nenhum fenômeno da com um antígeno próprio, apresentado como peptídeo ligado
ignorância imunológica, onde os linfócitos simplesmente ao MHC, ele receberá sinais que estimulam a apoptose (ainda
ignoram a presença do antígeno não se sabe o mecanismo)
A escolha entre ativação e a tolerância é determinada pela Afeta tanto as células autorreativas TCD4+ (reconhece MHC-
natureza do antígeno e dos sinais adicionais quando ele é II) quanto TCD8+ (reconhece MHC-I)
apresentado ao sistema imune
Esses antígenos próprios podem ser proteínas abundantes em
O mesmo antígeno pode ser administrado por vias diferentes, todo corpo e algumas proteínas próprias que encontram em
induzindo uma resposta imune ou tolerância, e essa vários outros tecidos podem ser encontradas no timo
observação está sendo estudada para analisar os fatores
determinantes para acontecer uma ativação ou tolerância Proteína AIRE (regulador autoimune)

CONCEITOS INICIAIS Esses antígenos de tecidos periféricos são produzidos nas


células epiteliais medulares tímicas (MTECs) sob o controle
Tolerância central da AIRE
Quando a tolerância a diferentes antígenos é induzida aos Essa proteína é responsável por expressar no timo os
linfócitos ainda em desenvolvimento, que se encontram nos antígenos que são de outros tecidos periféricos, assim, quando
órgãos linfoides geradores = medula e timo os linfócitos forem para os tecidos periféricos que possuem o
mesmo antígeno que estava sob controle da AIRE, eles não
Tolerância periférica
vão reagir (tolerância)
Quando os linfócitos já maduros (pois passaram da primeira
fase da tolerância) encontram antígenos próprios nos órgãos Síndrome poliendocrinopatia autoimune
linfoides secundários ou tecidos periféricos e são induzidos (poliglandular)
à tolerância Ocorre uma mutação no gene AIRE e aí diversos antígenos
teciduais não são expressos no timo, pois a AIRE não funciona,
de modo que as células imaturas especificas para esses

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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
antígenos não são eliminadas, atacando os tecidos e causando
doenças
Os principais tecidos acometidos são os órgãos endócrinos,
provavelmente porque a AIRE facilita especificamente a
expressão nas células epiteliais tímicas dos genes expressos
em sua maioria nesses órgãos

O que vai determinar isso é o reconhecimento antigênico


sem a coestimulação adequada, porque, lembrando que para
serem ativados, os linfócitos T virgens precisam de 2 sinais:
1º sinal antígeno
2º coestimuladores expressos nas APCs = B7 que vai se
ligar ao receptor CD28 nas células T

Células dedríticas em estado de repouso (imaturas)


As DCs nos tecidos não infectados normais e nos órgãos
linfoides periféricos ficam nesse estado porque elas não
expressam praticamente nenhum coestimulador como as
CÉLULA T REGULADORA proteínas B7
Os linfócitos autorreagentes que não morrem, podem se Assim, elas estão constantemente processando e
transformar em células T reguladoras que entram nos tecidos apresentando antígenos próprios que estão nos tecidos, podem
periféricos, mas não se sabe como o timo determina quem até gerar o 1º sinal, mas as células T não vão receber o 2º sinal
morre ou quem se transforma de coestimulação

ANERGIA
É a inativação de vida longa que acontecem quando os LT
reconhecem os antígenos sem níveis adequados de
coestimuladores. Elas sobrevivem, mas não conseguem
responder aos antígenos mais. Isso acontece por 2
mecanismos ou acontece um bloqueio da sinalização pelo
complexo TCR ou acontece uma ocupação de receptores
inibidores no lugar do CD28

TOLERÂNCIA PERIFÉRICAS DOS LINFÓCITOS T


A seleção negativa não é perfeita, então inúmeros linfócitos
autorreativos podem estar presente nos indivíduos, então, esse
segundo teste tem um papel essencial na prevenção de
doenças autoimunes
Ela vai ser induzida quando há reconhecimento de antígenos
próprios nos tecidos periféricos, podendo acontecer 3 coisas
morte por apoptose, anergia (inativação) ou supressão
pelos Treg

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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
Bloqueio de sinalização SUPRESSÃO IMUNE POR TREG
Quando os LT reconhecem antígenos sem coestimulação, há A maioria delas se desenvolvem no timo, mas também podem
a ativação das enzimas ligases de ubiquitina elas modificam surgir em órgãos linfoides periféricos, elas agem bloqueando
as proteínas de sinalização e manda elas para a destruição a ativação dos linfócitos autorreativos
intracelular pelas proteases célula T anérgica
Elas são CD4+ e expressam altos níveis de CD25, a cadeia alfa
Ocupação de receptores inibidores do receptor de IL-2 (a primeira citocina produzida pelos
linfócitos T depois que são ativados, completando a parte 3ª
O LT pode recorrer a receptores inibitórios da família CD28 que
cadeia do receptor) e o desenvolvimento e função dessas
são os antígeno associado ao linfócito T citotóxico 4 (CTLA-4)
células exige um fator de transcrição chamado Foxp3
ou a proteína de morte programada 1 (PD-1)
O fator transformante de crescimento B (TGF-B) estimulam a
O CTLA-4 age bloqueando e removendo as moléculas de B7
expressão do fator de transcrição de Foxp3 e são produzidos
que estiverem na superfície da APC, evitando a ativação das
por várias células
células T e resultando na anergia
Os pacientes com câncer tratados com anticorpos que
bloqueiam o CTLA-4 ou PD-1, com intuito de remover a inibição
e impulsionar suas respostas imunes antitumorais,
desenvolvem reações autoimunes contra muitos tecidos

Mecanismo de ação do CTLA-4


Ele inibe a ativação das células T de duas maneiras diferentes
1. Mecanismo intracelular intrínseco
Depois das células T responsivas serem ativadas, elas
expressam CTLA-
células, finalizando a resposta
Mecanismo de ação
2. Via celular extrínsecas
Elas podem suprimir as respostas imunes por:
As Tregs expressam altos níveis de CTLA-4, então ele mesmo
pode inibir a ativação de células T responsivas nas mesmas 1. Produzirem citocinas como IL-10 e TGF-B que bloqueiam
APC a ativação de linfócitos, DCs e macrófagos
2. Elas também possuem CTLA-4 que bloqueia e retira as
moléculas de B7 nas APC, tornando-as incapazes de
promover o 2º sinal se ligando ao CD28
3. Como elas possuem muito receptor IL-2, podem captar
esse fator de crescimento essencial da célula T e reduzir
sua disponibilidade para as células T respondedoras
Obs: as células Treg não produzem IL-2, quem produz são as
células T convencionais, respondendo a antígenos próprios ou
estranhos. No caso, quando se trata de responsividade a
antígeno próprio, a maior parte da IL-2 vai pra Treg, impedindo
Como a célula sabe se deve usar CD28 ou CTLA-4 a ativação adicional de T responsiva
Acontece porque o CTLA-4 possui afinidade muito mais alta
para B7, comparado ao CD28. Assim, como as APCs que
apresentam antígenos próprios possuem muito pouca B7, o
receptor envolvido vai ser o CTLA-4 de alta afinidade
Porém, quando os níveis de B7 são muito altos, como acontece
nas infecções, o receptor CD28 assume

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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
CITOCINAS INIBIDORAS PRODUZIDAS POR TREGS
Papéis do TGF-B

Inibe a ativação clássica de macrófagos


Suprime a ativação de neutrófilos e células endoteliais
Por meio dessas ações, ele atua no controle das respostas
imune e inflamatória

Promove o desenvolvimento de células pró-inflamatórias


Th17, mas inibe os de Th1 e Th2
Estimula a produção de IgA (imunidade da mucosa)
Promove o reparo tecidual depois que termina as reações
imunes e inflamatórias locais estimula síntese de
colágeno por macrófagos + promove angiogênese
Papéis da IL-10 DIFERENÇAS DOS ANTÍGENOS PRÓPRIOS E ESTRANHOS
Inibe a produção de IL-12 por DC e macrófagos ativados, No timo só tem antígeno próprio, induzindo a deleção e as
porque ela é um estimulo critico para a secreção de INF-Y células Treg, porque a maioria dos antígenos estranhos são
Inibe a expressão de coestimuladores transportados pelos vasos linfáticos para outros linfonodos, e
Inibe a expressão de MHC-II em DCs e macrófagos não pro timo

DELEÇÃO: APOPTOSE DOS LINFÓCITOS MADUROS Os antígenos próprios são apresentados pelas APC em
repouso, favorecendo a anergia ou morte das células T porque
Existem 2 mecanismos prováveis de morte dos linfócitos T não induzem o 2º sinal
maduros induzida por antígeno próprio
Os microrganismos produzem reações imunes inatas, levando
1. Reconhecimento antigênico induz a produção de proteínas à maior expressão de moléculas coestimuladoras e citocinas
pró-apoptóticas nas células T que promovem a proliferação e diferenciação das células T e
Isso gera uma morte células por via mitocondrial, onde várias efetoras (isso ocorre por meio do NFK-B, depois da ativação da
proteínas mitocondriais surgem e ativam as capsases, que célula T)
são enzimas citosólicas que induzem a apoptose Os antígenos próprios estão presentes sempre, podendo
Obs: nas respostas imunes normais, a coestimulação e fatores causar a ativação repetitiva ou prolongada do TCR, que
de crescimento induz proteínas antiapoptóticas, neutralizando também promove anergia e apoptose
essas pró-apoptóticas. Já os antígenos próprios são
reconhecidos sem grande estimulação, prevalecendo as
proteínas pró-apoptóticas
2. Morte celular causada por receptores de morte
Quando acontece o reconhecimento de um auto-antígeno, há
a coexpressão de receptor de morte e de seus ligantes, e essa
interação entre ligante-receptor resulta na ativação das
capsases também e promove a apoptose
O mais conhecido receptor de morte é a proteína Fas (CD95)
expressa em muitas células e seu ligante FasL, expresso
principalmente em células T ativadas
TOLERÂNCIA DOS LINFÓCITOS B
O FasL-Fas induz a morte de células B e T expostas a
antígenos próprios Os antígenos que induzem tolerância aos linfócitos T eram
proteicos, já os que induzem aos linfócitos B podem ser
polissacarídeos próprios, lipídeos e ácidos nucleicos

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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
Os antígenos próprios devem induzir a tolerância nos LB para Assim, elas deixam os folículos linfoides, sendo excluídas de
prevenir a produção de autoanticorpos lá, depois, vão morrer porque não vão receber os estímulos que
precisam pra sobreviver (que era gerado nos folículos do
Porém, pode acontecer das proteínas próprias falharem em linfonodo)
provocar respostas dos autoanticorpos por causa da tolerância
das células T e célula B, e isso é uma das causas associadas As que foram para a periferia do linfonodo depois de excluídas
à produção de auto-anticorpos no lúpus eritematoso e reconhecem os antígenos próprios, podem sofrer apoptose
sistêmico ou receptores inibitórios nas células B podem estar envolvidos,
evitando sua ativação
TOLERÂNCIA CENTRAL DAS CÉLULAS B
Os linfócitos B sofrem maturação na medula, e quando eles
reconhecem os antígenos próprios, podem passar pela seleção
negativa e morrer ou podem fazer edições no receptor

Edição de receptor
Algumas que reconhecem antígenos próprios na medula,
podem expressar de novo os genes RAG faz recombinação
do gene de cadeia leve do anticorpo nova cadeia leve
produzida que se associa com a cadeia pesada que tinha =
novo receptor que não reconhece mais aquele antígeno próprio AUTOIMUNIDADE PATOGÊNESE
Essa edição reduz a probabilidade de que células B É uma resposta imune contra antígenos próprios (autólogos)
autorreativas potencialmente nocivas saiam da medula
Os principais fatores que vão levar ao desenvolvimento de uma
Morte por apoptose doença autoimune vão ser
Caso a edição falhar, as CB imaturas que reconhecem os Herança genética
antígenos próprios com alta avidez recebem sinais de morte e o Pode interferir nas vias da tolerância própria,
morrem por apoptose levando à persistência de linfócitos T e B
autorreativos
Essa seleção negativa elimina tanto as células B com
Estímulos ambientais, como infecções
receptores de alta afinidade para antígenos próprios quando
o Podem provocar lesão celular e tecidual e
para antígenos próprios solúveis que são abundantes
inflamação, permitindo a entrada e ativação dos
Se as proteínas solúveis são reconhecidas na medula com linfócitos autorreativos
baixa avidez, as células B sobrevivem, mas a expressão do
correceptor antigênico é reduzida, e elas se tornam anérgicas FATORES GENÉTICOS
A genética é um fator de susceptibilidade a doenças
autoimunes, gerando um risco hereditário atribuído
principalmente aos loci (lugar do cromossomo que carrega
genes) dos genes do MHC, o HLA
Em alguns casos, os genes associados à autoimunidade são
provenientes de mutações (muito raro) em vez de
polimorfismos comumente detectados
A incidência de uma doença autoimune em particular
frequentemente é maior em pessoas que herdaram um alelo do
HLA do que na população em geral
TOLERÂNCIA PERIFÉRICA
Porém, não basta só ter a predisposição genética, porque ela
Se os linfócitos B reconhecem um antígeno e não recebem sozinha não é a causa da doença, porém algumas hipóteses
estímulos da célula T (ou porque elas estão ausentes ou falam que alelos particulares do MHC são necessários para
porque são tolerantes) eles se tornam anergicos por um
bloqueio na sinalização do receptor antigênico

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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
Apresentar os peptídeos próprios patogênicos para as Esse é o mecanismo normal, que deveria acontecer quando
células T autorreativas uma célula T reagisse contra um antígeno próprio
São ineficientes na apresentação de antígenos próprios no
Indução de coestimuladores nas APCs
timo seleção defeituosa das células T
Ou porque os peptídeos antigênicos apresentados por A infecção pode quebrar a tolerância da célula T e promover a
esses alelos do MHC podem falhar em estimular células T ativação de linfócitos autorreativos
reguladoras

O microrganismo, no caso, pode ocasionar a expressão do


coestimulador e citocinas por uma APC que apresenta antígeno
próprio e fagocita o microrganismo
Assim, antes não havia o 2º sinal, agora o microrganismo induz
a expressão de B7, que se liga ao CD28 na célula T
autorreativa e ativa elas, promovendo a autoimunidade

Mimetismo molecular
Algumas infecções microbianas podem produzir peptídeos
antigênicos que são parecidos com os antígenos próprios,
reagindo de maneira cruzada com eles. Por isso, o
reconhecimento desse antígeno parecido por uma célula T
normal, pode torna-la autorreativa, pois ela vai passar a atacar
as células próprias que eram parecidas com o antígeno
microbiano
A reação cruzada entre os antígenos microbianos e os
antígenos próprios são denominadas mimetismo molecular
Por exemplo, na febre reumática, anticorpos contra
estreptococos fazem reações cruzadas com um antígeno do
miocárdio e causam doenças cardíacas

Liberação de antígenos sequestrados


PAPEL DAS INFECÇÕES E DE OUTRAS INFLUÊNCIAIS
AMBIENTAIS Existem locais que são chamados de sítios imunologicamentes
privilegiados, porque os antígenos próprios de la não são
As infecções podem contribuir para a autoimunidade por
apresentados na tolerância central, principalmente porque
diversas maneiras:
existem barreiras que impedem a chegada de linfócitos naive
(como a barreira hematoencefálica)
Exemplos desses locais são: olhos, testículos, cérebro, útero

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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
Nesses locais vão existir antígenos que não existem em
nenhum outro local do corpo, sendo chamados de antígenos
sequestrados, por isso não serão testados na tolerância
central, por isso podem ter linfócitos que reconheçam esses
antígenos, mas eles não vão gerar resposta porque existe uma
barreira que impede eles chegarem nos locais
Porém, se houver um trauma ou mesmo uma infecção que gera
lesão tecidual, haverá a liberação desses antígenos,
encontrando um linfócito autorreativo que vai pro local e causar
a autoimunidade no sitio

DOENÇA DE GRAVES
Classe de reação de hipersensibilidade do tipo II, quando um
autoanticorpo se liga a um receptor de superfície celular, de
modo a estimular o receptor
É uma doença autoimune órgão-especifica em que anticorpos
(produzidos por linfócito B) imunoglobulinas estimulantes da
tireoide (TSIs) se ligam ao mesmo receptor do TSH, que é o
DOENÇAS AUTOIMUNES TSHR, estimulando a produção dos hormônios tireoidianos T3
e T4 uma das causas de hipertireoidismo
As doenças autoimunes são divididas em 2 padrões principais,
e ambas as doenças possuem tendência de serem crônicas, Essa ligação provoca a ativação da tireoide, que passa a
porque os auto-antigenos não são totalmente removidos do produzir muito hormônio tireoidiano (T3 e T4) e os níveis de
corpo (menos no caso de DM1 e tireoidite de Hashimoto): TSH ficam praticamente zero, por causa da retroalimentação
negativa de T3 na hipófise
Órgão-específicas
A expressão da autoimunidade é restrita ao órgão em questão
Tireoidite de Hashimoto e Doença de Graves limitada à
glândula tireoide
DM tipo 1 limitado ao ataque imune das células B
pancreáticas

Sistêmicas
São as doenças em que muitos tecidos do corpo são afetados,
como exemplo temos a LES e a síndrome de Sjogren 1ª, que
afetam diferentes tecidos pele, rins cérebros

É comum acontecer a exoftalmia que é a protusão dos globos


oculares causada por anticorpos que reagem com os músculos
osculares, causando uma inflamação nessa região que cursa
com o estreitamento da cavidade orbitaria

Associação com o texto de abertura do problema


São característicos do excesso de hormônios tireoidianos e
suas funções no corpo, que são:

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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
Bócio, por aumento da atividade da glândula, aumentando o destruídas por células T citotóxicas (TCD8) levando à falha da
tamanho e número de células tireoide aumentada na produção e deficiência de insulina
palpação
Aumenta a taxa metabólica basal e a mobilização dos lipídeos
no tecido adiposo, gerando a energia por oxidação dos AGL
perda de peso observada
Aumento do fluxo, do débito cardíaco e da frequência cardíaca
taquicardia (coração disparado) observada
Aumento da motilidade gastrintestinal diarreia observada
ANEMIA HEMOLÍTICA
Tremor muscular, causado pelo aumento das sinapses
nervosas nas áreas da medula espinal que controlam o tônus Quando ocorre de modo solitária (porque pode acontecer junto
muscular tremores de extremidades com o LES), são consideradas doenças autoimunes órgão-
especificas
Causa uma exaustão na musculatura e no SNC cansaço e
insônia São produzidos anticorpos IgM e IgG contra os antígenos
próprios das hemácias (do grupo sanguíneo RH), levando à
Exoftalmia, provoca por uma inflamação nos músculos do globo destruição dessas células e provocando anemia por meio de 2
ocular maneiras

TIREOIDITE DE HASHIMOTO Destruição por fagocitose

Nesse caso, a doença autoimune, gerada por anticorpos e As hemácias opsonizadas com IgM e IgG interagem com os
células T autorreativas vai destruir a glândula, ao invés de receptores de Fc ou de receptor do complemento,
estimulá-la como na doença de Graves respectivamente, provocando a fagocitose e destruição delas,
processo que ocorre principalmente no baço
A destruição das células diminuem a produção dos hormônios
da tireoide, gerando hipotireoidismo Destruição por formação do MAC
Os anticorpos são produzidos contra a peroxidase e a As hemácias sensibilizadas com anticorpos são rompidas pela
tireoglobulina da tireoide e a participação dos linfócitos T formação do complexo de ataque à membrana do
envolvem a citotoxicidade do TCD8 complemento (MAC)
Peroxidase faz a oxidação do iodeto em iodo, porque ele
que consegue se ligar à tirosina
Tireoglobulina molécula produzida pela glândula com mais
de 70 aa tirosina, principais substratos que se combinam para
formar os hormônios da tireoide

DIABETES MELITUS TIPO 1


Doença autoimune do tipo órgão especifica, mediada pela
célula T, que é causado pelo ataque imune das células B
pancreáticas que produzem insulina,
As células T reconhecem autopeptideos, causando
recrutamento e ativação das células do sistema imune inato
(macrófago e neutrófilo) para causar inflamação local ou dano
direto das células T às células do tecido pancreático. Já as
células B atuam como APCs de autoantigenos para o linfócito
T MIASTENIA GRAVE

A insulina no caso é um dos principais autoantigenos, então as Existem autoanticorpos produzidos contra a cadeia alfa do
células B pancreáticas de Langerhans são completamente receptor nicotínico de acetilcolina, muito presente nas células

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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
musculares esqueléticas, podendo bloquear a transmissão
neuromuscular.
Isso leva a uma fraqueza progressiva e os pacientes podem até
morrer com isso

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES)


A exposição à luz solar é um gatilho para o desenvolvimento
dessa doença, em que autoanticorpos são produzidos contra
as nucleoproteínas próprias, liberados pelas células que
morrem por apoptose em consequência da exposição a
radiação UV

REFERÊNCIAS
Patologia Básica Robbins 9ª edição
Imunologia básica Abbas 5ª edição
Imunologia celular e moleculat Abbas 9ª edição

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
RESPOSTA IMUNE A PARASITAS Protozoários que sobrevivem nos macrófagos

Incluem protozoários unicelulares, vermes multicelulares O principal mecanismo é a imunidade celular, onde há o perfil
(helmintos) e ectoparasitas (carrapatos e ácaros) Th1 que ativa macrófago pelas citocinas

IMUNIDADE INATA AOS PARASITAS O perfil Th1 produz IFN-Y ativa M1 capazes de destruir
os parasitas celulares
Fagócitos - protozoários
Perfil Th2 produz IL-10, IL-4 e IL-13 inibe a ativação
Protozoários TLRs reconhecem ativam fagócitos clássica de M0 os protozoários conseguem sobreviver e
fagocitose exacerbam as lesões, porque as citocinas de Th2 inibe a função
de destruição dos macrófagos
Porém, muitos deles são resistentes ao killink fagocítico e
podem até se replicar no interior dos macrófagos Por isso, as respostas Th1 ou Th2 determina a resistência ou a
suscetibilidade da doença, como uma infecção de
Fagócitos helmintos
camundongos por L. major
Podem atacar e secretar substancias microbicidas, porque eles
são muito grandes para serem fagocitados

Eosinófilos helmintos
Contribuem liberando os conteúdos dos grânulos que são
capazes de destruir os tegumentos dos vermes
Porém, muitos possuem tegumentos espessos que tornam
resistentes aos mecanismos citocidas de neutrófilos e
macrófagos

Complemento
Alguns helmintos podem ativar a via alternativa do
complemento, embora os parasitas recuperados de Protozoários que vivem nas células e depois lisam
hospedeiros infectados parecem ter desenvolvido resistência à elas
lise mediada pelo complemento Esses estimulam respostas específicas de anticorpo e CTL,
como os vírus citopáticos. Um exemplo é o parasita da malária
IMUNIDADE ADAPTATIVA
(reside nas hemácias e hepatócitos)
Protozoários que foram fagocitados e sobreviveram dentro da
Helmintos que sobrevivem
célula precisam de mecanismos parecidos com aqueles que
eliminam vírus e bactérias intracelulares É mediada pela ativação de células Th2, resultando na
produção de IgE e ativação de eosinófilos
Helmintos que sobreviveram nos tecidos extracelulares sua
eliminação depende de tipos especiais de resposta de
anticorpo

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
Algumas até podem contribuir para lesão tecidual, pois os Inibem a resposta imune do hospedeiro
parasitas e seus produtos induzem respostas granulomatosas
com fibrose ao mesmo tempo Alguns parasitas, como o Leishmania, estimulam o
desenvolvimento de células Tref que suprimem a resposta
Por exemplo, os ovos de S. mansoni no fígado estimulam imune o suficiente para que eles possam sobreviver
células TCD4, que ativam macrófagos e induzem reações DTH,
resultando na formação de granulomas ao redor dos ovos. PROTOZOÁRIOS

Geralmente os granulomas são induzidos por respostas Th1 Reino protista


contra antígenos persistentes, mas nesse caso é por Th2, pois Eucariotos
eles vão servir para conter os ovos do esquistossoma. Unicelulares
Heterotróficos (se alimentam de outros seres vivos) a
No entanto, a fibrose intensa resulta na cirrose, interrupção do
maioria, mas alguns são fotossintéticos
fluxo de sangue venoso no fígado e hipertensão portal
Possuem diversas formas de estrutura celular, habitam na
IMUNOEVASÃO POR PARASITAS água e no solo. No seu estágio de alimentação e crescimento,
Os parasitas podem resistir à imunidade, diminuindo as ou trofozoíto, se alimentam de bactérias e de partículas de
respostas imune do hospedeiro nutrientes

Alteração dos antígenos de superfície Exemplos: giardia lamblia e entamoeba histolytica

O primeiro mecanismo de variação antigênica é mudando a MORFOLOGIA


expressão dos antígenos em vários estágios da infecção. Por Alguns tem cílios, outros flagelos, uns tem pseudópodes
exemplo, aqueles nos estágios teciduais maduros produzem (locomoção) e outros não tem nenhuma organela locomotora.
um certo antígeno, os que estão no estágio infectivo produzem Algumas espécies possuem fases bem definidas, dependendo
outros. Assim, quando o sistema imue tiver respondido contra da sua atividade fisiológicas:
a infecção em um estágio, o parasita já terá se diferenciado e
não será mais eliminado Trofozoíto
O segundo e mais notável mecanismo é a variação continua Forma ativa, quando se alimenta e reproduz
dos principais antígenos se superfície vistos em tripanossomos,
principalmente por causa das alterações nas expressão dos Cisto
genes codificadores do principal antígeno de superfície. Assim, Forma vegetativa de resistência, protegendo-o em fases de
no momento em que o hospedeiro produz anticorpo contra o latência, podem ser encontrados em tecidos ou fezes do
parasita, um organismo antigeneticamente diferente já está hospedeiro
crescido.
Gameta
Uma consequência da variação antigênica nos parasitas é que
é difícil vacinar os indivíduos contra essas infecções Forma sexuada, o masculino é o microgameta e feminino é o
macrogameta
Desenvolvem resistência aos mecanismos imune
Oocisto
Por exemplo, as larvas do esquistossoma que, durante sua
migração para os pulmões, desenvolvem um tegumento que é Forma resultante de reprodução sexuada. Após a esporulação,
resistente ao dano causado pelo complemento e pelo CTL os oocistos possuem esporozoítos que são encontrados nas
fezes ou em tecidos de hospedeiros invertebrados
Os protozoários podem se esconder do sistema imune
CICLO DE VIDA
Pode acontecer quando ele vive dentro das células ou quando
desenvolvem cistos resistentes aos efetores imunes Reprodução assexuada
Eles também conseguem soltar seus antígenos, Por fissão, brotamento ou esquizogonia (fissão múltipla, o
espontaneamente ou depois que um anticorpo se liga a ele, e núcleo se divide muitas vezes antes da divisão celular), e no
essa descamação de antígenos torna os parasitas resistentes tipo esporogomia produz os esporozoítos
ao ataque de anticorpo
Sexuada
Um exemplo é o parasita protozoário Entamoeba Histolytica

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
Os ciliados, como o Paramecium, reproduzem-se por Feita com os auxílios das organelas
conjugação
- pseudópodes

- flagelos

- cílios

- microtúbulos subpeliculares que se movimentam por


ondulação, flexão ou deslizamento

Nesse processo, duas células se fundem e o micronúcleo GIARDIA LAMBLIA


haploide) de cada uma migra pra outra. Depois, ele se funde
com o macronúcleo, elas se separam e cada uma se torna Protozoário flagelado anaeróbio, mas tolerante a oxigênio e
fertilizada pertence ao filo Sarcomastigófora, e é causadora da doença
giardíase, sendo um protozoário intestinal humano
Depois, quando as células se dividem, elas produzem células
filhas com o DNA combinado
Ela completa seu ciclo biológico em apenas um hospedeiro
Alguns protozoários produzem gametas, os gametócitos, (monóxeno) e não tem fase larval, por isso pode reinfectar o
células haploides que se fundem e formam um zigoto diploide mesmo hospedeiro onde se iniciou o ciclo

Encistamento MORFOLOGIA
Sob certas condições, eles produzem o cisto (capsula
Apresenta 2 formas evolutivas: o trofozoíto e o cisto
protetora), permitindo a sobrevivência na ausência de alimento,
umidade, O2, temperaturas não favoráveis, compostos tóxicos
Trofozoíto
no meio
Permite também o parasito sobreviver fora do hospedeiro, São as formas não infectantes, nutrição por pinocitose através
quando são excretados de um para chegar no outro da membrana, reprodução assexuada por divisão binária
hospedeiro. A partir dele, novas células são produzidas
assexuadamente Encontrado no intestino delgado, responsável pelas
manifestações clinicas, eles conseguem aderir à mucosa
NUTRIÇÃO intestinal a partir do seu disco adesivo (formado por
microtúbulos, microfilamentos e por proteínas denominas
A maioria são heterotróficos aeróbicos, mas alguns giardinas)
intestinais conseguem crescer em anaerobiose, outros
possuem clorofila. Cisto
Todos vivem em locais com abundância de água e alguns Forma responsável pela transmissão do parasito, é oval e é
transportam seu alimento através da membrana plasmática. Os resistente à variações de temperatura, umidade e
que possuem película (cobertura protetora) precisam de outras desinfetantes. Pode durar até 2 meses até 1 ano no ambiente,
estruturas para se alimentarem. mas se ferver ele não consegue sobreviver
Cilicados se alimentam por ondulação de seus cílios para a

Amebas englobam o alimento, usam seus pseudópodes e


depois fagocita o alimento

Em todos os protozoários, a digestão ocorre em vacúolos


envoltos por membranas, os resíduos saem pela membrana ou
por um poro anal especializado

LOCOMOÇÃO

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
EPIDEMIOLOGIA masculinos (nesse contexto, pode ser uma DST). Esse tipo de
transmissão está ligada principalmente às condições
É uma zoonose em que sua maior prevalência em crianças sanitárias e de higiene pessoal inadequada
de 8 meses a 10 anos, sendo um sério problema de saúde
pública, principalmente quando está associado a quadros de
desnutrição e imunodeficiência.

É associado com surtos de diarreias em creches e sua alta


prevalência e repercussões clínicas a fez ser incluída na

Possui ampla distribuição mundial, encontrada em países


desenvolvidos e em desenvolvimento, principalmente No estômago
associada ao tratamento inadequado da água e sua
contaminação com fezes humanas (principalmente na coleta de Os cistos ficam metabolicamente ativos, iniciando a
águas superficiais e lagos) excistação, saindo do estado de latência e se transformando
em trofozoítos (tá no processo ainda, completa no intestino), e
A faixa etária é mais atingida em pós lactentes, porque os o meio ácido estomacal sinaliza essa mudança
bebês recebem proteção através de IgA do leite materno, e pré-
escolares No duodeno, 1ª porção do ID

INFECÇÃO E CICLO BIOLÓGICO As proteases pancreáricas (tripsina, quimiotripsina) funcionam


como estimulo final do rompimento cístico, surgindo um
O ciclo se baseia no protozoário na forma vegetativa, que é o excizoíto (forma transitória entre o cisto e o trofozoíto) e sua
trofozoíto (coloniza o intestino) e na forma infectante, de cisto. principal característica é que ele não tem o disco adesivo

Sem ocorrer a replicação do material genético, o excizoíto se


divide 2 vezes, originando 4 trofozoítos contendo cada um 2
núcleos diploides, por isso precisa de uma baixa dose para se
infectar

1 cisto 4 trofozoítos

Intestino delgado

Os trofozoítos se reproduzem assexuadamente por divisão


binária longitudinal, colonizando muito rapidamente o intestino
e a glicose é a fonte 1ª de energia

O estabelecimento da doença depende do disco adesivo que


Obs: citocinese é a divisão do citoplasma, para originar mais permite o trofozoíto se aderir ao epitélio intestinal, e ele fica
células filhas principalmente no duodeno e jejuno aderidos aos
enterócitos
A dose infectante é de 10 a 100 cistos que são formados tanto
no bolo fecal quanto nas evacuações Obs: eles não invadem os tecidos do hospedeiro nem a
corrente sanguina, porque é um ambiente desfavorável (hostil)
Contaminação porque tem muitas enzimas digestivas e biliares

Indireta ingestão de água ou alimentos contaminados com Quando eles estão aderidos à mucosa, os movimentos
o cisto peristálticos são insuficientes

Transmissão direta pessoa-pessoa mãos contaminas e Obs: o muco é importante, pois além de ser um mecanismo
fômites (objetos), principalmente em creches e orfanatos, inato de defesa, contem proteínas como a lisozima com
membros da família e contato oral-anal pelos homossexuais

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
atividade bactericida e anticorpos IgA, dificultando a adesão (reação de hipersensibilidade) provoca edema da mucosa e
dos trofozoítos na mucosa contração dos músculos lisos peristaltismo

Encisamento Lesão das células epiteliais

Ocorre principalmente no baixo íleo (intestino delgado) e no Mastócitos liberam fatores que ativam eosinófilos e
ceco (intestino grosso) por causa que o microambiente fica neutrófilos provocam o aumento das células no local da
desfavorável pra eles reação dá origem a uma reação inflamatória local lesão
das células epiteliais
Quando não conseguem se aderir depois de terem se soltado
da mucosa, eles ficam expostos a um ambiente ligeiramente RESPOSTA IMUNE AO PARASITO
alcalino, com baixos níveis de colesterol e rico em bile, que
desencadeia o processo de transformar em cisto novamente IMUNIDADE INATA

Nesse momento, começam a expressar polipeptideos e É uma rápida 1ª linha de defesa contra a colonização de
sintetizar polissacarídeos para a parede cística, o disco adesivo patógenos, trata-se um parasita extracelular
e os flagelos são armazenados dentro do parasito
Enzimas digestivas e bile

No duodeno e jejuno, ambos com elevada concentração


dessas substancias, tornam o ambiente hostil para o parasito

Descamação e renovação do endotélio


Eliminação pelos movimentos peristálticos
Microbiota do intestino

Eliminação Bactérias comensais possuem um efeito anti-giardia, por


competição, toxicidade direta ou modulação da resposta imune
Os cistos já formados são eliminados pelo organismo junto com reduzem a gravidade, preserva a integridade do epitélio
as fezes, permanecendo no solo por cerca de até 1 ano,
contaminando água e alimentos Assim, diferenças na composição da microbiota pode
explicar a suscetibilidade
Se forem ingeridos, o ciclo se reinicia
NO
PATOGENIA
produzido pelas células do epitélio intestinal e por macrófagos
Apresenta lesões mas microvilosidades das células (nos adultos) possui atividade citotóxica e imunomoduladora,
intestinais, pois o parasita libera substancias citopáticas, contribuindo para eliminação
como proteases, capazes de se ligar na superfície das células
e romper a integridade da membrana Mastócitos

Mas a explicação mais plausível para a alteração morfológica Liberam IL-6 (citocina que apresenta a maior taxa na resposta
no epitélio intestinal é dada pelos processos inflamatórios imune dessa doença) que induzem ativação e maturação da
desencadeados pelo parasita célula B anticorpo IgA anti-giardia inibe o parasito de se
aderir nas células intestinais
Aumento da motilidade
Células dendríticas
Macrófago reconhece parasito ativa os linfócitos T
ativam os linfócitos B (T-dependentes) mudança de classe Aderidas ao endotélio, conseguem expandir os dendritos para
para IgA (por citocinas produzidas nos tecidos da mucosa) e o lumen intestinal e reconhecer os antígenos de giardia são
para IgE (IL-4) ativados, fagocitam o antígeno e processa migram para os
órgãos do sistema imune local apresenta via MHC-II +
IgE se liga aos mastócitos desgranulação liberação correceptores para as células T-naive
de histamina desencadeia uma reação anafilática no local

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
As células T ativadas liberam uma gama de citocinas que A má absorção é uma causa frequente de anemia ferropriva
modulam a resposta anti-giardia por causa da absorção ineficiente de ferro e das perdas
hemáticas. As crianças possuem maior risco a esse timo de
IMUNIDADE ADAPTATIVA anemia, pois estão em fase de crescimento e necessitam de
muito ferro
Se os mecanismos inatos não forem suficientes, os
hospedeiros imunocompetentes levam 3-5 semanas para Quadros graves
eliminar os parasitos
Paciente pode apresentar deficiências nutricionais, por
Como trata-se de um parasita extracelular, a principal resposta causa da má absorção de gorduras e nutrientes vitaminas
vai culminar na diferenciação de Th0 para Th17 , onde a DC lipossolúveis (ADEK), vitamina B12, ferro, lactose, ácido fólico
que reconheceu e apresentou o antígeno para o linfócito T, e glicose
secretou IL-6 que o induziu a se diferenciar em Th17
Elas raramente produzem danos sérios em adultos, mas nas
As células Th17 secretam IL-17, IL-21 e IL-22 reforça as crianças podem ter efeitos graves e comprometer seu
barreiras, produção de peptídeos antimicrobianos, recruta desenvolvimento físico e cognitivo
neutrófilos e monócitos
PREVENÇÃO
Há a produção de anticorpos séricos (IgG, IgM, IgA) e
intestinais (IgA anti-giardia) contra os trofozoítos no intestino Medidas de higiene pessoal lavar as mãos
Destino correto das fezes fossas, rede de esgoto
Também é observado a capacidade de monócitos, macrófagos Proteção dos elimentos
e granulócitos participarem da destruição de trofozoítos em Tratamento da água filtros de areia e de terra
reações de citotoxidade anticorpo-dependente (ADCC)
diatomácea conseguem remover os cistos
Cistos são destruídos na água fervente
Existem evidencias de que os cistos resistem à cloração
da água

Também é importante o tratamento precoce do doente, para


evitar a disseminação

DIAGNÓSTICO

Clinico

Em crianças de 8 meses a 10-12 anos, a sintomatologia mais


indicativa é diarreia com esteatorreia, irritabilidade,
náuseas e vômitos, perda de apetite e dor abdominal
SINTOMATOLOGIA
Laboratorial exame parasitológico
Na maioria dos casos, é uma doença assintomárica,
ocorrendo principalmente em crianças. Mas podem
É feito tradicionalmente pelo exame microscópico de fezes,
apresentar também irregularidade nos sintomas, isso vai
baseando na identificação de cistos ou trofozoítos
depender da integridade do sistema imune, da idade, estado
nutricional, carga parasitária etc Em fezes formadas predominam cistos, que são os mais
encontrados nos indivíduos com giardíase
Pacientes sintomáticos
Em fezes diarreicas encontram trofozoítos
Sintomas após 6-15 dias da infecção, ficando doentes por 6-30
semanas. Porém, como a eliminação de cistos não é de forma continua
(por exemplo, o período negativo em que a pessoa está
O sintoma mais observado é a diarreia, com esteatorreia, dor infectada mas não apresenta cistos nas fezes), é recomentado,
abdominal, inchaço, má absorção de nutrientes e perda de
peso

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
para evitar falsos-negativos, fazer pelo menos 3 amostras A locomoção se dá através de pseudópodes, ingere alimentos
fecais obtidos em dias alternados por fagocitose (partículas sólidas, bactérias, hemácias e restos
celulares) e por pinocitose (liquido)
Imunológico
A multiplicação se dá através de divisão binária
Com o objetivo de simplificar e aumentar a sensibilidade do
CICLO BIOLÓGICO
diagnóstico, uma variedade de testes imunológicos tem sido
proposta Cisto metacisto trofozoíto pré-cisto cisto

Um dos mais empregados são a imunofluorescência indireta


e o método ELISA, este principalmente tem mostrado
resultados satisfatórios na detecção de antígenos nas fezes
(coproantígenos)

Mais recentemente, técnicas baseadas no reconhecimento do


DNA de Giardia pelo PCR podem ser usados para detecção do
parasito nas fezes

ENTAMOEBA HISTOLYTICA
Agente etiológico da amebíase (desinteria amebiana),
importante problema de saúde pública que leva a óbito mais de
100k de pessoas, sendo a segunda causa de mortes por
parasitoses
É um protozoário que vive no intestino grosso, e por ser
patogênica possui 4 fases:
Trofozoíto forma vegetativa, reside no intestino grosso,
É monoxênico (se desenvolve em 1 hospedeiro só)
com pseudópodes, se movimenta como lesma. Quando
proveniente de casos de desinteria pode apresentar eritrócitos O ciclo se inicia pela ingestão de cistos maduros junto a água
no citoplasma e alimentos contaminados
Pré-cisto fase intermediária entre o trofozoíto e o cisto, oval Final do intestino delgado/começo do grosso
Metacisto é um cisto multinucleado que surge no intestino Conseguem resistir ao ácido estomacal, depois no final do ID
delgado, passa por divisões e dá origem aos trofozoítos ou começo do grosso ocorre o desencistamento, onde o
Cisto a forma de resistência, são ovais metacisto sai por uma fenda na parede cística. Sofre muitas
divisões e origina 4 e depois 8 trofozoítos
1 cisto 1 metacisto 8 trofozoítos metacísticos

Intestino grosso
Migram pra lá e ficam aderidos na mucosa, vivendo de forma
comensal (não patogênica) alimentando-se de detritos e
bactérias
BIOLOGIA
Encistamento no cólon
Os trofozoítos de E.histolytica normalmente vivem na luz do
intestino grosso, mas podem penetrar na mucosa e produzir Por motivos não conhecidos, os trofozoítos podem se
ulcerações intestinais e em outras regiões do organismo: desprender da parede e no cólon sofre ação de desidratação
fígado, pulmão, rim, e cérebro (mais raro) e se transformam em pré-cistos, depois formam uma
membrana cística e viram cistos tetranucleados que são
São essencialmente anaeróbicos, mas toleram oxigênio, usam eliminados nas fezes normais e formadas, geralmente não
a glicose como fonte de metabolismo e assim produzem etanol são encontradas em fezes liquefeitas ou desintéricas
+ CO2 + ATP

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
Formas encontradas nas fezes resposta imune, estado nutricional, dieta, clima e hábitos
sexuais
Trofozoítos fezes diarreicas
A flora bacteriana também é capaz de aumentar a virulência
Pré-cistos fezes pastosas e formadas das cepas de E.histolytica, como a E.coli e Enterobacter.
Cistos fezes normais Colesterol, passagem sucessivas em diversos hospedeiros ou
reinfecções sucessivas podem aumentar a virulência também
CICLO PATOGÊNICO
Lesão das células da mucosa intestinal
Sob certas condições não conhecidas, podem invadir a
submucosa intestinal, se multiplicando e causando ulceras Por meio da forte adesão na célula, através de lectina contidas
na superfície das amebas, elas conseguem ser fagocitadas e
Isso permite a eles o acesso através da circulação porta lesionar as células
atingir fígado, pulmão, rim, cérebro ou pele, causando a
amebíase extra-intestinal Uma vez vencida essa barreira epitelial, os movimentos
ameboides e a liberação de enzimas proteolíticas
Os trofozoítos nessa forma são chamados de invasivos ou (hialuronidase, protease etc) conseguem progredir e destruir os
virulentos, e nos tecidos não formam cistos, são hematófagos tecidos
e muito ativos
Os trofozoítos se multiplicam e penetram os tecidos sob a forma
TRANSMISSÃO de microulcerações em direção à musculatura da mucosa,
lesionando principalmente a região do seco e
Ingestão de cistos maduros que podem estar contidos: retossigmoidiana.
Alimentos contaminados: verdura crua, alface, angriao, Ocasionalmente, podem induzir uma reação inflamatória
morango proliferativa com formação de uma massa granulomatosa
Água não tratada, contaminada por dejetos humanos comum na amebíase
Patas de baratas e moscas
Falta de higiene domiciliar facilita a disseminação de cistos Por fim, as amebas podem penetrar na corrente sanguínea,
dentro da família através da circulação porta chegar no fígado (principal órgão
extra-intestinal acometido), formando abcessos ou, mais
PATOGENIA E VIRULÊNCIA propriamente, necrose coliquativa

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A maioria das pessoas, de 80 a 90% são assintomáticos, o
que dificulta diagnosticar a doença, mas ela pode ser
confirmada após a detecção de cistos no exame de fezes
As formas sintomáticas da doença, no caso agudo de
desinteria amebiana

Fezes moles ou pastosas, as vezes contendo muco ou


sangue
8 ou mais evacuações por dia
Desconforto abdominal e cólicas
Raramente apresentam febre
No caso das complicações, pode ser encontrado peritonite,
hemorragia, perfurações...
Na amebíase extra-intestinal, ocorre principalmente abcesso
A amebíase é uma infecção com ou sem manifestação clínica, amebiano no fígado e as manifestações clinicas são
e o protozoário tem uma variabilidade do potencial patogênico representados pela tríade
e virulento inexplicável
Dor (quadrante superior direito), febre e hepatomegalia
O inicio da invasão que afeta o equilíbrio envolve fatores ligado
ao hospedeiro: localização geométrica, raça, sexo, idade,

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
Complicações torácicas são comuns, causando amebíase EPIDEMIOLOGIA
pleuropulmonar e as vezes pericardite
É muito variável dentro de cada país, e em torno de 10% dos
PATOGÊNESE casos apresentam as formas invasivas. É mais comum em
regiões tropicais e subtropicais, mas o que determina mesmo
As amebas conseguem fagocitar os leucócitos
é a educação sanitária, alimentação dos povos e condições
(leucofagocitose) e consegue destruí-los para sua higiênicas
sobrevivência.
No brasil, a região amazônica é a de maior prevalência, e
Sabe-se que a E.histolytica é capaz de inibir a produção de
manifesta casos mais graves como as formas disentéricas e os
EROS em monócitos no sangue, contribuindo para a evsao do
abcessos hepáticos, mas no sul e sudeste são as formas de
parasito no processo de leucofagocitose
colites não-disentéricas e os casos assintomáticos
Os trofozoítos são capazes de induzir a apoptose de células do
Embora varie muito de região para região, alguns aspectos são
hospedeiro, limitando a inflamação e possibilitando o parasito comuns:
escapar da resposta imune
Transmissão oral por ingestão de cistos nos alimentos e
RESPOSTA IMUNE água
IMUNIDADE INATA É endêmica, geralmente não causa epidemia
Mais frequente nos adultos
Inflamação Trabalhadores de esgoto são mais atingindos
Cistos podem sobreviver por até 20 dias em condições
Sabe-se que as lesões da amebíase aguda levam a processos
viáveis (ao abrigo da luz e em condições de umidade)
inflamatórios
As células endoteliais lesadas produzem IL-1 recrutam PROFILAXIA
neutrófilos citocinas pró-inflamatórias que recrutam os Intimamente ligada à engenharia e educação sanitária
macrófagos
Acesso ao saneamento básico
Macrófagos e neutrófilos reconhecem trofozoítos fagocitam Orientar a população (feita pelos profissionais da saúde,
ativam fatores de transcrição para a produção de NO professores primários para educar a juventude)
atividade amebicida
Combate às moscas que frequentam lixos e dejetos
IMUNIDADE ADAPTATIVA humanos, além de alimentos dentro das casas
Lavar bem todos os alimentos crus
IgA
DIAGÓSTICO
Resulta principalmente da produção de anticorpos
neutralizantes IgA do tipo secretória, principalmente quando o DIAGNÓSTICO CLÍNICO
parasito interage com os leucócitos, liberando citocinas que
promove a produção desse anticorpo Podem ser equivocadas porque possui muitos sintomas
comuns a várias doenças intestinais, principalmente na fase
Perfil Th1 aguda em que pode ser confundida com a disenteria bacilar
(causada por bactérias gram-negavitas Shigella spp.). Logo, o
Esse perfil está presente na resposta relacionada a contensão diagnóstico só vai ser confirmado com o exame de fezes
da progressão da amebíase invasiva, quando os trofozoítos
invadem os tecidos ficam intracelulares perfil TH1 No abcesso hepático, além da tríade dos sintomas, pode-se
fazer raio X, ultrassom e tomografia para confirmar
Esse perfil libera citocinas que ativam macrófagos (como IFN-
Y) para destruir os parasitos DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Supressão da resposta imune Usualmente é feito com fezes, soros e exsudato, sendo o de
fezes o mais usado e tem como objetivo o encontro dos
Indivíduos portadores de amebíase intestinal e invasiva
trofozoítos ou cistos
apresentam concentrações mais elevadas de IL-10 e TGF-B
que parecem suprimir a resposta imune celular, resultando em A coleta e o condicionamento são importante, pois deve ser
uma infecção sintomática coletado sem urina, sem contaminação com outros materiais e

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nunca após o contato do solo, porque pode haver a no solo antes de serem ingeridos (acidentalmente) por outro
contaminação de amebas de vida livre hospedeiro
Nas fezes de aspecto liquefeitas após o uso de purgativos Os ovos eclodem no ID e as larvas saem e escavam uma
(laxantes) frequentemente ajudam na positividade dos exames saída do intestino, podendo entrar na corrente sanguínea e ir
No caso das fezes normais, o diagnóstico laboratorial é feito pra outras regiões
através do encontro dos cistos e como ela é intermitente,
As larvas também podem ser expelidas com a tosse, engolidas,
aconselha-se coletar as fezes dia sim e dia não, pode ser no
mesmo frasco, e coloca-los em conservadores e retornando pro intestino delgado onde se tornam vermes
adultos novamente
DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO
Larvas infecciosas Necator Americanus
Os métodos sorológicos (feito com antígenos para ver se a
pessoa tem anticorpos) são empregados principalmente nos Algumas larvas vivem no solo e podem penetrar o hospedeiro
casos de amebíase extra-intestinal, pois os exames de fezes humano através da pele, como os ancilostomídeos adultos
podem ser negativos, podendo detectar cerca de 95% dos Necator americanos que vivem no intestino delgado, os seus
casos ovos são excretados nas fezes, e é o causador da doença
ancilostomose (verminose)
Podem ser usados o ELISA, imunofluorescencia indireta,
contra-imunoeletro-forese e etc importantes na distinção
entra amebíase invasiva e não-invasiva

NEMATÓDEOS

São os vermes cilíndricos e afilados em cada uma das


extremidades. Possuem um sistema digestótio completo (boca-
intestino-ânus) As larvas se desenvolvem no solo, se alimentam de bactérias,
entram no hospedeiro pela penetração da pele
Os machos são menores e possuem espículas endurecidas
na extremidade posterior, usadas para guiar o esperma ao poro A partir da pele, entra nas veias ou vasos linfáticos, sendo
genital feminino transportados para os pulmões. A larva é expelida com a tosse,
engolida e levada pro intestino novamente
Algumas são de vida livre no solo e na água, outras são
parasitos de plantas e animais, outros passam o ciclo de vida Possui capsula bucal profunda com laminas cortantes, o macho
inteiro (do ovo ao adulto maduro) em 1 hospedeiro é menor que a fêmea

CICLO BIOLÓGICO

Apresenta ciclo biológico direto, sem hospedeiros


intermediários, mas possui duas fases de desenvolvimento:
vida livre, que se desenvolve no meio externo, e parasita,
desenvolvendo no hospedeiro

Primeiro, os ovos são depositados pela fêmea (após a cópula),


no intestino delgado, e são eliminados via fezes, no meio
exterior, em um ambiente propicio (boa oxigenação, alta
umidade, temperatura em média de 30 graus) se desenvolvem
As infecções por nematódeos ocorrem de duas maneiras: por em larvas depois de eclodirem do ovo (3 estádios diferentes)
ovo ou pela larva com movimentos sepentiformes e se alimentando de
microrganismos
Ovos infecciosos
Quando adquirem uma cutícula externa, se chamam larva de
O áscaris adulto vive exclusivamente no ID, os seus ovos são 3º estádio (L3) que é a larva infectante, não conseguem se
excretados junto com as fezes, podem sobreviver muito tempo

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
alimentar porque a cavidade bucal fica obliterada. Desde o ovo Os vermes adultos exercem o hematofagismo e iniciam a
até a L3 leva 5 dias cópula e a postura de ovos.

O período de pré-patencia, desde a penetração da L3 até a


eliminação dos ovos nas fezes leva cerca de 60 dias

INFECÇÃO VIA ORAL

Pela ingestão de alimentos e água contaminada com a L3,


chegam no estômago e perdem a cutícula externa (pelo HCl) e
migram para o intestino delgado

No duodeno, as larvas penetram na mucosa, atingem as


células de Lieberkuhn, onde mudam para L4

Depois, elas voltam para a luz do intestino, fixam-se na mucosa


e iniciam o repasto sanguíneo, posteriormente mudam para L5
e viram adultas, iniciando a cópula e deposição de ovos que
serão eliminados junto com as fezes

PATOGENIA E PATOLOGIA
A infecção para o homem pode ocorrer de duas formas: forma
ativa (pele, conjuntiva e mucosas) ou forma passiva (via oral) FASE AGUDA

INFECÇÃO ATIVA Determinada pela migração das larvas no tecido cutâneo e


pulmonar e pela instalação dos vermes adultos no duodeno
A via transcutânea assegura maior infectividade pelas larvas
do N. americanos do que a infecção via oral Na pele

Quando encontram o hospedeiro, recebem estímulos químicos Quando penetram, deixam uma sensação de picada,
e térmicos e iniciam o processo de penetração (30min), hipermeia, prurido e edema resultante do processo inflamatório
escapando da cutícula externa e se movimentando em forma
de serpente. A partir daí produzem colagenases que vencem Metabólitos produzidos pelas larvas também auxiliam no
a barreira da pele, depois vão para a corrente sanguínea ou processo inflamatório, podendo causar lesões traumáticas, nas
linfática, chegando no coração, artérias pulmonares e quais a intensidade vai estar relacionada com o número de
finalmente pulmões larvas invasoras e da sensibilidade do hospedeiro

No aparelho respiratório Alterações pulmonares

Migram para os alvéolos bronquíolos brônquios Resultante das passagens das larvas, pode ocorrer tosse de
traqueia faringe laringe deglutidos chegam no curta duração e febrícula (estado febril)
intestino delgado, seu habitat final
Parasitismo intestinal
Durante essa migração, a larva L3 perde a cutícula e adquire
uma nova, virando L4 É o que mais bem caracteriza a verminose, onde sinais e
sintomas abdominais estão presentes após a chegada das
No intestino delgado larvas no intestino

Lá ela começa a exercer seu parasitismo hematófago, Há registros de dor epigástrica, diminuição de apetite
fixando a cápsula bucal na mucosa do duodeno. (anorexia), indigestão, cólica, náuseas, vômitos etc. Eles
tendem a ser mais graves quando tem inicio da deposição de
Depois de 15 dias se transformam em L5, amadurecem e viram ovos
adultos.
FASE CRÔNICA

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PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
Apresenta sinais primários associados com a atividade Induz à eosinofilia também, e testes sorológicos e imunológicos
dos parasitos, cessam com o tratamento (vermífugo) detectam elevação de IgE total, e anticorpos IgG, IgA e IgM

E sinais secundários decorrentes de anemia e DIAGNÓSTICO


hipoproteinemia, desaparecem após a reversão da anemia
(melhoria da dieta), sem necessidade de remover os vermes O exame parasitológico de fezes é o mais usado, que indica ou
não a presença de ovos de ancilostomideos, mas eles não
Anemia e outros sinais permitem identificar nem o gênero e espécie do agente
etiológico, porque todos possuem ovos muito parecidos
A ancilostomose crônica causa anemia por deficiência de ferro,
devido ao intenso hematofagismo (se alimenta com sangue, Testes sorológicos e imunológicos (ELISA, hemaglutinação,
sugando-o) exercido pelos vermes adultos, sendo o principal fixação de complemento etc) evidenciam reações mediadas por
sinal da doença antígenos dos vermes, mas não têm sido usados na prática

Com a instalação e persistência da anemia, da leucocitose, da EPIDEMIOLOGIA


eosinofilia e da baixa taxa de hemoglobina, começam a
aparecer alterações fisiológicas e bioquímicas no hospedeiro, Ocorre preferencialmente em crianças com mais de 6 anos,
agravando o estado adolescentes e idosos, independente do sexo. Neles, os
parasitos podem sobreviver por até 18 anos produzindo
As reservas de ferro não são suficientes para suprir a perda diariamente 9 mil ovos
causado pelo hematofagismo
Na natureza, os ovos precisam de um ambiente bom para
A hipoalbuminemia está associada com a diminuição da sobreviverem, como em solos arenosos e permeáveis,
capacidade de produção pelo fígado, perda de plasma no local preservando a umidade e aeração, favorecem o
da inflamação (onde os vermes se fixam) e com a desnutrição desenvolvimento dos estádios de vida livre. Também
conseguem sobreviver em locais úmidos próximos ao
A diminuição do apetite é obervada e a geofaria (ingestão de peridomicílio
barro) também é frequente
O N.americanus tem distribuição geográfica preferencial em
Alterações na mucosa e vasos sanguíneos locais tropicais, onde as L3 podem viver por várias semanas
e no Brasil, a ancilostomose sempre foi motivo de muita
Quando eles se lixam na mucosa do dueodeno, jejuno ou íleo,
preocupação
inicialmente provocam lesões mecânicas
CONTROLE
Porém, o exame histológico da área revela processo
inflamatório, predominância de eosinófilos íntegros e
Educação sanitária
desgranulados, neutrófilos e macrófagos, congestão, edema
Suplementação alimentar de Fe e proteínas
No local onde os vermes prendem também notam-se sinais de Destino seguro para as fezes, como privadas e fossas
trombose e inflamação dos vasos da submucosa Lavar as mãos e alimentos crus antes de comer
Beber água filtrada ou fervida
IMUNOLOGIA
REFERÊNCIAS
Fase aguda
Abbas molecular e celular 9ª edição
A eosinofilia é o registro mais marcante, seguido por pequeno
aumento de IgE e IgG Parasitologia Humana, Neves, 11ª edição

Porém, esses anticorpos não são capazes de conferir uma Tese apresentada ao programa de Pós-Graduação sobre a
imunidade sólida para as reinfecções. Em condições naturais, Giardia Lamblia de Frederico Ferreira Gil (2016)
indivíduos de 6-15 anos e idosos são os que o parasitismo pode
prevalecer novamente Tese de doutorado sobre Entamoeba Histolytica de Lucélia
Campelo (2015)
Fase crônica

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
HIPERSENSIBILIDADE Muitas vezes, a injeção de epinefrina reverte muito rápido os
efeitos da histamina sobre a contração do musculo liso e a
São as reações imunes prejudiciais ou patológicas, quando o dilatação capilar, evitando a morte, por isso alguns que possui
sistema imune responde de maneira inadequada alergias de risco, precisam andar com seringas de epinefrina
Podem ocorrer a antígenos próprios, como resultado da auto (adrenalina)
tolerância causando respostas autoimunes, e os distúrbios de Hipersensibilidade imediata reação pelos efeitos da
hipersensibilidade causados por elas são as doenças histamina e outros mediadores liberados dos mastócitos,
autoimunes causando a contração do musculo liso, vasodilatação e etc
Mas também pode acontecer com antígenos estranhos, Reação de fase tardia outros mediadores de mastócitos,
gerando respostas desreguladas ou descontroladas, como as citocinas (inflamatórias), recrutam neutrófilos e
resultando em lesão tecidual eosinófilos ao local da reação imune durante muito tempo, por
As reações de hipersensibilidade são classificadas com base isso é de fase tardia, sendo responsável principalmente pela
no principal mecanismo imunológico responsável pela lesão lesão tecidual que resulta de ataques repetidos de
tecidual e pela doença hipersensibilidade imediata

ATIVAÇÃO DE TH2 E PRODUÇÃO DE IGE


Naqueles que tem propensão a alergias, a exposição a alguns
antígenos ativa as células Th2 e consequentemente a
produção de IgE (pela IL-4 liberada que ativa a célula B), mas
na maioria das pessoas, Th2 não tem respostas intensas a
antígenos estranhos (antígenos de proteínas ou então
substancias químicas que se ligam a proteínas)
Por motivos desconhecidos, a exposição a certos antígenos
(pólen, venenos de insetos, alimentos etc), denominados
alérgenos, pois geram uma reação de hipersensibilidade
Th2 ativada secreta IL-4 e IL-13 estimulam LB
específicos para antígenos estranhos a mudarem para
plasmócitos produtores de IgE
HIPERSENSIBILIDAADE ANAFILÁTICA (TIPO I) O principal risco conhecido para o desenvolvimento de alergias
é o histório familiar de doença atópica, pois esse
Trata-se de uma reação mediada por IgE e por mastócitos a desenvolvimento de Th2 e produção de IgE tem uma forte base
determinados antígenos liberação de histaminas e genética
mediadores inflamatórios vazamento vascular e de
secreções mucosas, contração do músculo liso, inflamação etc
Elas também podem ser chamadas de alergia ou atopia, e as
pessoas que possuem propensão a desenvolver essas reações
são ditos como atópicos
Tem pessoas alérgicas a picadas de insetos, alimentos, pólen,
medicamentos e outros que podem até causar respostas
anafiláticas com risco de morte (choque anafilático)

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
ATIVAÇÃO DE MASTÓCITOS E SECREÇÃO DE Mediadores produzidos
MEDIADORES
Nos grânulos liberados, tem aminas vasoativas (histamina) e
os anticorpos IgE produzidos se ligam a receptores FcERI de proteases, além produtos recém-gerados e secretados após o
alta afinidade, específicos da cadeia pesada E que são metabolismo do AA
expressos nos mastócitos
Histamina dilatação de pequenos vasos sanguíneos +
Assim, nas pessoas atópicas, os mastócitos ficam revestidos permeabilidade vascular + contração temporária do musculo
de IgE (específico para aquele alérgeno), um processo liso
chamado de sensibilização porque torna os mastócitos mais
Protesases lesam os tecidos locais
sensíveis à ativação pela exposição subsequente ao mesmo
antígeno Prostaglandina (vem do AA) dilatação vascular
Mas, nos normais, os mastócitos podem carregar IgE de muitas Leucotrienos (vem do AA) estimulam a contração
especificidades, mas a quantidade desse anticorpo é prolongada do mm. Liso
insuficiente para causar reações de HS imediata
Esses mediadores são responsáveis por reações agudas
Mastócitos estão presentes em tecidos conjuntivos, epitélio vasculares e do musculo liso e pela inflamação
e ficam adjacentes aos vasos sanguíneos, e são ativados hipersensibilidade imediata
quando esses alérgenos entram no seu território. Por exemplo,
os inalados ativam mastócitos nos tecidos submucosos dos
brônquios, os ingeridos ativam mastócitos na parede do
intestino
Esse receptor FcERI se liga fortemente à porção Fc da cadeia
pesada E, por isso, mesmo nas pessoas normais, os
mastócitos sempre estão revestidos de IgE
Esse mesmo receptor está presente nos basófilos, que são
circulantes e parecem muito com os mastócitos, mas seu papel
nessa HS não está tão bem estabelecido

Ativação dos mastócitos


Alérgenos circulantes ligados a 2 ou mais IgE receptor do
mastócito ativa mastócito receptor de alta afinidade
manda sinais bioquímicos levam a 3 tipos de respostas no
mastócito
1. Desgranulação
2. Síntese e secreção de mediadores lipídicos
3. Síntese e secreção de citocinas

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
Reação de pápula e eritema na pele Choque anafilático (anafilaxia sistêmica)
As alterações vasculares iniciais que ocorrem durante as HS Decorre quando há a presença sistêmica de um antígeno
imediata são demonstradas pela reação de pápula e eritema à (como uma picada de inseto) ou da absorção ao longo de uma
injeção intradérmica de um alérgeno superfície epitelial como a mucosa intestinal. Os alérgenos
mais comuns são:
O inchaço leve causado pelo vazamento dos vasos é a pápula,
já os vasos na margem da pápula dilatam e se tornam - antibióticos da família penicilina
ingurgitados com hemácias, produzindo uma bola vermelha
- proteínas encontradas no amendoim, nozes, peixes,
denominada eritema
mariscos, leites
- ovos e veneno de abelha e etc
Haverá então uma atividade sistêmica dos mastócitos, porque
eles vão ser ativados em muitos tecidos
A diminuição do tônus vascular e extravasamento de plasma
causado pelos mediadores queda na pressão arterial
choque anafilático que frequentemente é fatal
Os mediadores também podem provocar edema de laringe,
broncoconstrição e produção excessiva de muco brônquico
Também pode haver diarreia pela hipermotilidade intestinal,
além de urtiária na pele (lesões)
Tratamento: epinefrina (reverte broncoconstrição e
vasodilatação, melhora o débito cardíaco) e anti-histamínicos

SÍNDROMES CLÍNICAS

Rinite alérgica e sinusite, comuns na febre do feno


(causada por pólen) fase imediata
São mais brandas e são por causa de alérgenos inalados, que
Citocinas causam a reação de fase tardia ativam os mastócitos na mucosa nasal produção de
histamina
O TNF + quimiocina dos mastócitos e células epiteliais + a IL-
4 promovem o recrutamento de neutrófilos e eosinófilos As células Th2 também são ativadas produzem IL-13
liberam proteases lesão tecidual
Esses dois mediadores causam aumento da secreção de muco
Além disso, também recrutam células Th2 exacerbam a
reação porque produzem mais citocinas Reações de fase tardia

IL-5 produzida por mastócitos e Th2 ativam eosinófilos, Podem levar a uma inflamação prolongadam como alérgenos
importantes nas reações alérgias, pois causam lesão tecidual de alimentos ingeridos que ativa a desgranulação de
mastócitos e a liberação de histamina aumento do
peristaltismo
No caso da asma, alérgenos inalados (geralmente indefinidos)
estimulam os mastócitos brônquicos a liberar mediadores,
como leucotrienos constrição brônquica e obstrução das
vias respiratórias

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA

Na asma crônica, há um grande aumento de eosinófilos na


mucosa brônquica e secreção excessiva de muco, tornando o
musculo liso brônquico hipertrofiado e hiper-reativo a vários
estímulos
Em alguns pacientes, a asma pode ser desencadeados por
mudanças de temperatura, que também podem interferir na
ativação dos mastócitos, como o frio ou até mesmo exercícios

HIPERSENSIBILIDADE CITOTÓXICA DEPENDENTE DE


ANTICORPOS (TIPO II)
Quando há um antígeno na superfície celular ou a
componentes da matriz extracelular, e o anticorpo se liga,
TRATAMENTO causa 3 coisas
De doenças de HS imediata Receptor Fc de fagócitos se ligam (IgG) a ele fagocitose
da célula ou do componente
Visa inibir a desgranulação dos mastócitos e antagonizar os
efeitos dos mediadores, reduzindo a inflamação Inclusive, pode ocorrer ADCC (citotoxicidade celular
dependente de anticorpos), quando as células alvo recobertas
Os comuns são anti-histaminicos para a febre do feno
por anticorpos são destruídas por meio de um processo não
(broncodilatação) e epinefrina para a anafilaxia
fagocitário extracelular, onde leucócitos se ligam ao alvo por
Na asma, que é uma inflamação importante, podem ser usados receptores Fc também
corticosteroides para inibir a inflamação
Essa ADCC pode ser mediada por NK, monócitos, neutrófilos e
Dessensibilização eosinófilos

É um tratamento em que se aplica doses repetidas de O anticorpo (IgM) ativa o sistema complemento
alérgenos nos pacientes, alterando a resposta das células T fragmentos do complemento fagocitose por receptor do
fora da dominância de Th2, induzindo a tolerância (anergia) nas complemento (C3b) + inflamação
células T específicas do alérgeno, ou por estimular Tregs Formação da MAC por causa do complemento e lise direta
na célula

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
Essas reações de HS mediada por anticorpos são a base de
muitas doenças imunológicas crônicas em seres humanos,
e geralmente são específicas de um tecido em particular

ETIOLOGIA DAS DOENÇAS MEDIADAS POR ANTICORPOS


Os causadores de doenças são com maior frequência contra
antígenos próprios e menos específico para antígenos
estranhos, e essa produção de autoanticorpos resulta de uma
falha de auto tolerância MECANISMOS DE LESÃO TECIDUAL E DOENÇA
A exemplo, podemos citar anemia hemolítica, miastenia Inflamação, causando lesões nos tecidos
grave, doença de graves...
A mais famosa causada por anticorpos produzidos contra
antígenos microbianos são as sequelas tardias e raras das
infecções estreptocócicas

Febre reumática cardite


Após essas infecções, algumas pessoas produzem anticorpos
antiestreptocócicos que fazem reação cruzada com Quando os leucócitos são ativados nos locais de depósito de
antígenos nos tecidos cardíacos (mimetismo molecular) anticorpos, elas produzem substancias como EROS e enzimas
A deposição deles no coração desencadeia uma doença lisossômicas que lesam os tecidos
inflamatória, a febre reumática, que pode levar a Opsonização e fagocitose
Insuficiência cardíaca aguda
Cicatrização lenta das válvulas
Insuficiência cardíaca de início tardio

Glomerulonefrite
Depois dessas infecções, outras pessoas produzem anticorpos
antiestretptocócicos que se depositam nos glomérulos Respostas fisiológicas anormais sem causar lesão
renais, causando a inflamação desse glomérulo que pode levar
inclusive à insuficiência renal Inibição do receptor miastenia graves
Ativação do receptor imita os ligantes fisiológicos doença
de graves (hipertiroidismo)

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
REAÇÕES DO TIPO II ENTRE MEMBROS DA MESMA
ESPÉCIE (ALOIMUNES)

Reações à transfusão
Nas hemácias, os grupos sanguíneos ABO são o sistema
dominante, os antígenos A e B são derivados da substancia H
Grupo A tem o antígeno A
Grupo B tem o antígeno B
Grupo AB tem o antígeno A e B
Grupo O não tem antígeno em suas hemácias (só sintetiza
Incompatibilidade rhesus (Rh) e doença hemolítica do
a substancia H)
recém-nascido
Ao anticorpos contra A ou B surgem naturalmente e
Os grupos sanguíneos Rh constituem outro principal sistema
espontaneamente quando não há antígeno na superfície da
antigênico, sendo o antígeno RhD que traz mais consequências
hemácia, logo:
para as reações isoimunes
Grupo A anti-B
Grupo B anti-A
Grupo AB não tem anticorpo
Grupo O anti-A e anti-B

Mae Rh (não tem antígenos Rh na superfície) se tiver um


primeiro filho Rh +, na hora que os sangues deles entrarem
em contato (por exemplo, na hora do parto com o descolamento
da placenta), ela vai ser sensibilizada, pois vai passar a
produzir anticorpos anti-Rh, e deixá-los guardados como
memória

Em geral, essas isso-hemaglutininas são IgM, que seriam A classe predominante desses anticorpos é de IgG, os quais
estimuladas por contato com antígenos da flora intestinal, que são capazes de atravessar as placentas nas gestações
se parecem com os carboidratos do grupo sanguíneo, de modo subsequentes
que os anticorpos produzidos (para a flora intestinal) reagem Se outra gestação ocorrer, e o filho for Rh + novamente, os
de modo cruzado com o tipo correspondente da hemácia IgG anti-Rh vão atravessar a placenta e começar a reagir com
No caso de transfusão, hemácias incompatíveis são as hemácias do feto, provocando sua destruição por
recobertas pelas isso-hemaglutininas (anticorpos), o que aderência opsônica, cuja consequência vai ser a deonça
vai causar grave hemólise intravascular mediada pelo hemolítica do recém-nascido
complemento Para evitar essa situação, as mães Rh são tratadas
profilaticamente com soro IgG anti-D com 28 a 34 semanas
de gestação, assim, ao entrar em contato com o sangue do
filho, ela não via precisar fazer uma imunização ativa para
produzir células de memória, pois o próprio soro já vai ter anti-
D para protegê-la
Assim, toda vez que ela tiver gerando um filho Rh + ela vai ter
Por exemplo, se o sangue do receptor é A (tem antígenos anti- que tomar o soro, isso reduz muito o risco de sensibilização
B) e recebe sangue de um doador que é B, vai ocorrer a
aglutinação

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA

HIPERSENSIBILIDADE MEDIADA POR


IMUNOCOMPLEXOS (TIPO III)
O corpo pode ser exposto a excesso de antígenos por muito
tempo por diversos motivos

Infecções persistentes, autoimunidade e contato


repetido com agentes ambientais MECANISMO DE LESÃO TECIDUAL E DOENÇA

A união deles podem formar um complexo no corpo que pode Agregação de plaquetas
dar origem a reações inflamatórias agudas Os complexos intravasculares são uma fonte de aminas
Os complexos imunológicos (antígeno-anticorpo) muitas vezes vasoativas e também podem formar microtrombos leva à
são depositados nos vasos sanguíneos, principalmente agregação de plaquetas acarreta em isquemia local
naqueles em que o plasma é filtrado em alta pressão (como os Fagocitose por receptor Fc
glomérulos renais e sinóvia articular)
Os imunocomplexos podem estimular macrófagos por meio de
Assim, essas doenças tendem a ser sistêmicas e geralmente seus receptores FcY, a liberar citocinas pró-inflamatórias como
se manifestam como vasculite difusa, artrite e nefrite
IL-1 e TNF, intermediários reativos de O2 e NO
Complexos insolúveis geralmente não são digeridos após a
fagocitose por macrófagos, por isso ficam proporcionando um
estimulo ativador persistente

Fagocitose por receptor do complemento


Em caso de fixação do complemento (anticorpo ativa o
complemento pela via clássica), há geração de C5a fator
quimiotático de neutrófilos afluxo de neutrófilos que iniciam
a fagocitose dos imunocomplexos
ETIOLOGIA DAS DOENÇAS
Se esse complexo é depositado sobre uma membrana basal e
Do mesmo modo das outras, os anticorpos causadores de
não pode ser fagocitose, os neutrófilos fazem a liberação
doenças são com mais frequência anticorpos contra
extracelular dos seus grânulos enzimas proteolíticas
antígenos próprios
(colagenases, proteases) + ROS + NO causam lesão nos
Mas também existem algumas doenças de complexo imune tecidos e intensifica a resposta inflamatória
que são causadas por complexos de anticorpos e antígenos
As anafilotoxinas C3a C5a produzidas depois da ativação do
microbianos, que pode ocorrer em pacientes com infecções
complemento liberação de mediadores de mastócitos
crônicas a certos vírus (vírus Epstein-Barr) ou parasitas
alterações na permeabilidade vascular
(malária)

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA

SÍNDROMES CLÍNICAS E TRATAMENTO

Doença do soro
É induzida pela admistração sistêmica de antígeno proteico HIPERSENSIBILIDADE CELULAR DO TIPO TARDIO
induz resposta de anticorpo leva a formação de complexos (TIPO IV)
imunes circulantes
São chamadas de tipo tardio porque ocorre de 2 a 4 dias depois
Nos humanos por exemplo, essa doença pode ocorrer depois de um indivíduo anteriormente exposto a um antígeno
de a pessoa receber injeções de preparados de anticorpo proteíco ser desafiado com o antígeno novamente, leva muitas
sérico de outro indivíduo ou animal, muitas vezes usado para horas para os linfócitos T circulantes voltarem ao local do
o tratamento de picada de cobtas ou exposição do vírus da antígeno e responderem a ele
raiva e para a depleção de células T nos receptores de
As principais causas de reações de hipersensibilidade
transplante
mediada por células T são
Em todos esses casos, a pessoa forma anticorpos contra os
anticorpos estranhos injetados e outras proteínas séricas, Autoimunidade
podendo resultar na formação de complexos imunes o em geral são direcionadas contra antígenos
celulares com distribuição tecidual restrita, como a
Reação de Arthus DM 1
Respostas exageradas
Pode ser considerada como uma reação adversa pós
Respostas persistentes aos antígenos ambientais
vacinação, é a mais observada na prática clínica, onde é
o Como a sensibilidade de contato contra
induzida após a administração subcutânea de antígenos
substancias químicas, como aquelas encontradas
proteicos reage com anticorpos e leva a formação de
na hera venenosa
complexos imunes no sitio da injeção
Respostas persistentes aos antígenos bacterianos
O antígeno se precipita com o anticorpo, muitas vezes dentro o Como na tuberculose que a célula T ataca os
da vênula, rápido demais para que o sistema complemento antígenos proteicos do mycobacterium tuberculosis
clássico consiga impedir e a resposta se torna crônica porque é difícil de
erradicar, e a lesão vai ser principalmente a
Ocorre a produção de anafilotoxinas, desgranulação de inflamação granulomatosa
mastócitos, ativação de macrófagos, agregação de plaquetas,
Superantígenos
afluxo de neutrófilos eritema intenso, enduração e dema no
o Como as toxinas produzidas por algumas bactérias
local de vacinação, acompanhada de dor e dificuldade de
e vírus, que leva a ativação excessiva de T,
movimentação do membro
produzindo muitas citocinas inflamatórias e
causando uma síndrome parecida com o choque
séptico

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
MECANISMO DE LESÃO TECIDUAL Tudo isso irá levar a uma lesão tecidual, tanto pelas citocinas
quando pela citotoxidade indiscriminada por macrófagos
A lesão vai ser provocada pela inflamação induzida por ativados e, morfologicamente, essa combinação de tipos
citocinas que estão sendo produzidas pelas TCD4+ ou pela celulares com linfócitos em proliferação + fibroblastos + áreas
eliminação direta das células do hospedeiro por CTL CD8+ de fibrose e necrose é denominada como granuloma crônico
O granuloma representa a tentativa do corpo de isolar um local
de infecção persistente

Após a sensibilização prévia, as células T de memória


reconhecem o peptídeo antigênico junto ao MHC II (TCD4+) em
uma APC e são ativadas para proliferar liberam citocinas
inflamação
Se forem do grupo TH1 as citocinas (como o IFN-Y)
produzias levam para a atração e ativação de macrófagos
Se forem do grupo TH2 as citocinas atraem eosinófilos
Se forem do grupo TH17 responsáveis pelo recrutamento
de leucócitos, principalmente neutrófilos

Células TCD8
As células citotóxicas são ativas por reconhecimento de
complexos MHC-I com proteínas virais processadas
Elas provocam a destruição celular e lesão tecidual

LESÃO TECIDUAL PRODUZIDA POR REAÇÕES TIPO IV


NAS INFECÇÕES
O desenvolvimento de um estado de HS a produtos
bacterianos, por exemplo, é o provável responsável pelas
lesões, como as observadas a tuberculose humana e nas
lesões cutâneas granulomatosas encontrada nesses
pacientes
Quando o combate a essas bactérias não é resolvido, o
antígeno persistente provoca uma reação de HS tardia local
crônica
Os linfócitos T sensibilizados começam a fazer uma liberação
contínua de citocinas acúmulo de grande quantidade de
macrófagos, que podem até se fundirem e formarem células
gigantes multinucleadas
Aqueles que apresentam os peptídeos dos antígenos
bacterianos por MHC-I se tornam alvos das CTL os
macrófagos são destruídos

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
IMUNIDADE ATIVA gerar uma resposta imune, assim, o individuo consegue
proteção contra infecção, quando o patógeno estiver vivo
É uma forma de imunidade induzida pela exposição de um
antígeno (a pessoa é dita sensibilizada ao antígeno), porque o Requerimentos para o sucesso
indivíduo tem um papel ativo na resposta ao antígeno
Elas são mais efetivas quando o agente infeccioso não
Linfócitos naive linfócitos dos indivíduos que nunca estabelece latência, nem variação antigênica nem interfere na
encontraram um antígeno particular, implicando que ambos são resposta imune do hospedeiro. Além de infecções que são
imunologicamente inexperientes limitadas a humanos, e não possuem reservatórios animais

Indivíduo imune resposderam a um antígeno microbriano por isso é difícil contra o HIV, que tem a forma latente e ainda
e agora estão protegidos de exposições futuras contra esse é variável
mesmo microrganismo
A maioria induz imunidade humoral
IMUNIDADE PASSIVA
Os anticorpos são os únicos que conseguem prevenir
Imunidade conferida por meio da transferência de anticorpos infecções, fazem isso pela neutralização e remoção dos
de um individuo imunizado para um que nunca encontrou o organismos, antes mesmo deles conseguirem infectar as
antígeno. É um método útil na medicina para conferir células
resistência rapidamente, sem precisar esperar a resposta As melhores são aquelas que estimulam o desenvolvimento de
imune ativa plasmócitos de vida longa produtores de Ig de alta afinidade,
Transferência de anticorpos da mãe para o feto pela além de células B de memória aspectos que acontecem no
placenta e pela amamentação centro germinativo, através das respostas T-dependentes
Soros para infecções rábicas ou picadas de serpentes
Pacientes com doenças imunodeficientes genéticas são
imunizados passivamente pela transferência de um pool
de anticorpos de doadores saudáveis

VACINAS BACTERIANAS E VIRAIS, ATENUADAS E


INATIVADAS
Também é usada para o tratamento rápido de doenças São uma das mais antigas e mais efetivas, que trataram os
potencialmente fatais causadas por toxinas, como o tétano e microrganismos intactos em atenuados ou mortos, para não
para a proteção contra raiva e hepatite serem capazes de causar a doença
Porém, ela produz certas características: A principal vantagem da atenuada é que induzem todas as
Curta duração porque o hospedeiro não responde à respostas, tanto inata quanto adaptativa (humorais e
imunização e a resposta dura apenas enquanto os celulares) que o microrganismo na forma patogênica induziria,
anticorpos durarem sendo ideal para imunidade protetora
Não induz memória por isso o indivíduo não está O mais preocupante das vacinas virais e bacterianas
protegido contra a exposição subsequente à toxina ou ao atenuadas são a segurança, pois em casos raros durante
microrganismo vacinação oral viva e atenuada contra poliomielite, o vírus
conseguiu se ativar e causar a doença
VACINAS
Bacterianas
O princípio fundamental consiste em administrar a forma morta
ou atenuada de um agente infeccioso, ou um componente de As com bactérias atenuadas ou mortas atualmente induzem
um microrganismo, que não causa a doença mas é capaz de proteção limitada e são efetivas somente por curtos períodos

Vírus atenuados

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
Geralmente são mais efetivas, como as contra poliomielite, VACINAS DE ANTÍGENOS SINTÉTICOS
sarampo e febre amarela.
Usam a tecnologia do DNA-recombinante para deduzir as
As vacinas virais muitas vezes induzem imunidade específica e sequencias proteicas daqueles antígenos ou epítopos
duradoura, por isso da imunização das crianças é suficiente microbianos que são mais imunogênicos, assim, preparam
para toda vida grandes quantidades sintéticas
Vírus morto Elas atualmente são usadas para os vírus da hepatite N e
papilomavírus humanos (HPV)
O problema de vírus atenuados poderem causar doenças foi
abortado pela reversão para a vacina com o vírus morto, que é VACINAS VIRAIS VIVAS ENVOLVENDO VÍRUS
uma vacina inativada, como a da influenza muito usada RECOMBINANTES
Eles são cultivados em ovos de galinha e pode ser usada em São usados vetores virais que não provocam efeito citopático
2 tipos: via intramuscular e spray nasal nos humanos para introduzir neles os genes codificadores
3 cepas (trivalente) de influenza encontrados com mais daqueles antígenos microbianos patogênicos, assim, eles são
frequência são selecionadas anualmente e incorporados na usados para infectar os indivíduos, produzem o antígeno do
vacina inativada, por via intramuscular gene estranho e, dessa forma, como são vivos, conseguem
estimular fortes respostas humorais e celulares, principalmente
A outra envolve as mesmas 3 cepas, porém é feita com vírus de CTL
atenuado e usadas como spray nasal
Tem sido mais usada com vetores de vírus da vacínia e com os
VACINAS DE ANTÍGENOS PURIFICADOS (SUBUNIDADES) da varíola dos canários, que não são patogênicos em seres
humanos
Contém subunidades ou toxinas inativadas, geralmente
administradas com um adjuvante e um uso efetivo é na Obs: induz imunidade humoral e celular tanto contra o antígeno
prevenção e doenças causadas por toxinas bacterianas estranho quanto os antígenos dos vetores que estão sendo
usados
Dessa forma, as toxinas podem ser tornadas inofensivas, mas
sem perder a imunogenicidade (capacidade de provocar uma Obs: efeito citopático é qualquer mudança detectável na célula
resposta imune) como as vacinas para difteria e tétano que hospedeira devido à infecção, como a curvatura da célula,
usaram preparações contendo o toxoide inchaço/murchamento, morte etc

Vacinas conjugadas hapteno-carreador Desvantagem e riscos

São as que estão em uso contra H.influenzae, pneumococos e Elas são de uso limitado, porque pode acontecer desses vírus
meningococos infectarem as células, mas mesmo que eles não sejam
patogênicos, podem produzir antígenos que estimulam
Os antígenos polissacarídeos são acoplados a proteínas, respostas de CTL que matam as células hospedeiras
formando vacinas conjugadas, para que sejam capazes de infectadas
formar uma resposta T-dependente, pois só ela induz as
reações de centro germinativo anticorpos de alta afinidade, VACINAS DE DNA
montam respostas fortes e desenvolvem células de memória
É baseada na inoculação de um plasmídeo bacteriano
Principalmente nos bebês, porque eles não conseguem montar contendo DNA complementar (DNAc) que codifica um antígeno
respostas fortes de anticorpo pela via T-independente, quando proteico, levando a repostas imunes humorais e adaptativas
no caso o antígeno é só o polissacarídeos
As APCs, como as células dendríticas são transfectadas pelo
Vacinas de proteínas purificadas plasmídeo e o Cdna é transcrito e traduzido em proteína
imunogênica indutora de respostas específicas
São capazes de estimular respostas de T auxiliares e de
anticorpos, mas não conseguem gerar CTLs potentes Principalmente porque os plasmídeos bacterianas são ricos em
um nucleotídeo não metilado (CpG) que é reconhecido por um
Isso porque as proteínas e peptídeos exógenos são inefetivas
TLR9 nas DCs, deflagrando uma resposta imune inata que
na entrada da via de apresentação antigênica do MHC-I (que
intensifica a adaptativa
apresenta pro TCD8), assim, as vacinas de proteínas são
reconhecidas de modo ineficiente pelas células TCD8+ restritas Portanto, essas vacinas usando plasmídeo de DNA poderiam
ao MHC de classe I ser efetivas mesmo que forrem administradas sem ajuvantes

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
ADJUVANTES E IMUNOMODULADORES recombinante de chimpaz~e, deficiente para replicação, que
expressa a glicoproteínas SARS-COV-2 spike (S). produzido
Os adjuvantes são necessários para que respostas imunes T- em células renais embrionárias humanas geneticamente
dependentes sejam iniciadas, porque eles conseguem modificadas
deflagrar resposta imune inata, com aumento de expressão de
coestimulador e produção de IL-12, que estimula o crescimento Após a administração, a proteína S é expressa localmente
e diferenciação de célula T estimulando anticorpos neutralizantes e resposta imune celular

Os aprovados para pacientes são o hidróxido de alumínio em


gel (que parece promover principalmente respostas de células
B) e uma formulação lipídica chamada esqualeno, que
consegue ativar fagócitos REAÇÕES ADVERSAS
VACINA CORONAVAC

Cada dose de 0,5 ml contém 600 SU do antígeno do vírus


inativado SARS-COV-2. Sendo necessário 2 doses para obter
a resposta imune inesperada, para maiores de 18 anos ou mais
que sejam suscetíveis aos vírus VACINA PFIZER

Trata-se de uma vacina de RNAm composta por um segmento


do RNA do vírus, capaz de codificar a produção da proteína
Obs: excipiente = adjuvantes antigênica Spike (S), que está encapsulado em
nanopartículas lipídicas
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Uma vez inoculadas, elas estimulam as células humanas
É uma vacina adsorvida do tipo inativada (vírus morto), produzirem a proteína S, que vai estimular a resposta imune
estimula o corpo a induzir imunidade contra o SARS-COV-2 e específica
para a prevenção de doenças causadas por ele
Tecnologia totalmente nova e nunca antes utilizada ou
Contém o antígeno do vírus inativado, deve ser ativada por licenciada em vacinas para uso em larga escala
via INTRAMUSCULAR
O esquema de vacinação corresponde a duas doses de 0,3 ml
REAÇÕES ADVERSAS cada, com um intervalo de 12 semanas (mas depois reduziu
para 8 semanas)
Eficácia: 94,6% para casos leves e moderados e 100% para
casos graves

EFEITOS ADVERSOS

VACINA ASTRAZENECA
VACINA JANSSEN
Aplicada pela via intramuscular
Vacina recombinante (adenovírus) em que uma dose de 0,5
É uma vacina do tipo recombinante onde cada dose de 0,5 ml contém:
tem 5x1010 partículas virais (pv) do vetor adenovírus

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HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
Adenovírus tipo 26 que codifica a proteína S do SARS-COV-2,
não inferior a 8,92 log10 unidades infecciosas
Produzida numa linha celular e por tecnologia de DNA
recombinante
é uma vacina monovalente (só serve para essa doença
específica) composta por um vetor recombinante, não
replicante de adenovírus humanos tipo 26 que codifica a
totalidade da glicoproteína A
após a administração, a glicoproteína S é expressa
transitoriamente, estimulando tanto anticorpos neutralizantes
como outro anticorpos S funcionais específicos, assim como
resposta imune celular dirigida contra o antígeno S,
contribuindo para a proteção contra a COVID-19

REAÇÕES ADVERSAS

REFERENCIAS
Imunologia básica abbas 5ª edição
Imunologia celular e molecular Abbas 7ª edição
Fundamentos de imunologia Roitt 12ª edição
Bula profissional Coronavac Instituto Butantan
Bula profissional Astrazeneca Fiocruz
Nota técnica vacina Pfizer BioNtech
Bula profissional vacina Janssen Johnson & Johnson

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