Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ÓRGÃOS LINFOIDES GERADORES PRIMÁRIOS Ao nascimento, a hematopoiese ocorre nos ossos longos de
todo o esqueleto
Duas funções importantes compartilhadas por eles são o
fornecimento de fatores de crescimento e outros sinais Adulto
moleculares para a maturação dos linfócitos e a apresentação Restrita à medula de ossos chatos esterno, vértebras, ossos
de autoantígenos para reconhecimento e seleção dos ilíacos e costela
linfócitos em maturação (para que eles não ataquem o que é
próprio) HEMATOPOIESE
Medula óssea sítio de maturação das células B Ambas as respostas, inata adquirda dependem das atividades
o Os linfócitos B são produzidos e amadurecem dos leucócitos, que juntamente com as hemácias e as
parcialmente na medula e vão pro baço, onde plaquetas são originários da medula óssea.
completa a maturação. Depois, migram para os
órgãos linfoides secundários Todas elas se originam de células-tronco hematopoiéticas
(HSC) que são pluripotentes da medula, que dão origem a
Timo maturação das células T
progenitoras imediatas de hemácias e plaquetas, além das 2
o São produzidos na medula mas amadurecem no
principais categorias de leucócitos: linhagem linfoide e
timo e migram para os órgãos linfoides periféricos
mieloide
ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS
Linfonodos
Baço
MALT (tecido linfoide associado à mucosa)
o Anel de Waldeyer: tonsila palatina, lingual, faríngea
e tubária
Esses órgãos são necessários para se dar inicio das
respostas imunes adaptativas, pois os linfócitos e as APCs
estão localizados e concentrados em áreas para onde os
antígenos estranhos vão ser levados. Isso garante que
antígenos e linfócitos naive antígeno-específico fiquem
localizados nas mesmas regiões.
MEDULA ÓSSEA
É o sítio de geração de células sanguíneas circulantes
(hematopoiese) e sítio de maturação dos linfócitos B
(parcialmente, pois depois eles vão pro baço para completar)
LINHAGEM MIELOIDE
O progenitor mieloide comum é da origem mieloide que inclui
a maioria das células do sistema imune inato, exceto as
células NK.
Obs: quando a medula é lesada ou quando exige uma
demanda muito grande de novas células sanguíneas, o fígado Esse progenitor vai ser precursor
e o baço se tornam sítios de hematopoiese extramedulares
Monócitos (não maduros) que originam os macrófagos
No feto (quando vai pro sangue, está maduro)
Granulócitos neutrófilos, eosinófilos e basófilos
A hematopoiese ocorre nas ilhotas sanguíneas junto ao saco
Célula dendríticas
vitelínico e mesenquima para-aórtico. Depois, entre o 3º e 4º
mês de gestação muda pro fígado.
Contém uma coleção densa de linfócitos T Hipertelorismo, orelhas de implantação baixa e chanfradas,
fendas palatinas etc
CARDIOPATIAS
Ocorre em 80% dos pacientes, por causa de um defeito na
migração e interação das células da crista neural durante a
formação embrionária da árvore aorticopulmonar
Malformações truncais
Tetralogia de fallot
Interrupção do arco aórtico
Defeito no septo ventricular
OUTROS
Malformações renais
Hipocalcemia, tetanias e convulsões por causa da hipo
ou aplasia das paratireoides
Alterações neurológicas e comportamentais
Distúrbios de linguagem
Citopenias auto-imunes e artrite reumatoide infantil (ARJ)
SISTEMA IMUNOLÓGICO
80% dos casos apresentam baixo número de linfócito T e
maior susceptibilidade a infecções por vírus e fungos
SISTEMA LINFÁTICO
Forma completa de SDG linfócito T inferior a 1 a 2% de
linfócitos totais Os vasos linfáticos desse sistema vão drenar o liquido
intersticial, um filtrado de plasma para fora dos capilares, para
SDG parcial número de células T normal, com adequada os linfonodos ao longo dos vasos.
linfoproliferação por mitógenos
Esses vasos possuem válvulas de sentindo único junto aos
É comum em muitos casos as infecções de repetição, sem seus lumens, prevenindo o fluxo retrógrado do liquido, que é a
comprometimento celular, mas decorrente principalmente dos linfa.
defeitos anatômicos das vias aéreas
A linfa é bombeada para o interior de vasos linfáticos maiores
A maioria dos pacientes possuem função tímica normal, ao por meio da contração das células musculares lisas e pela
nascer os pacientes podem ter o numero reduzido de células, pressão do movimento dos tecidos musculoesqueléticos
mas com resposta significativa à estimulação com mitógenos e
antígenos, além de produção normal de anticorpos a Os vasos se fundem aos aferentes linfáticos que drenam para
antígenos vacinais dentro de linfonodos, e do linfonodo para outro a partir dos
linfáticos eferentes (que saem)
adaptativo para começar a resposta. Os indivíduos sem baço são suscetíveis a infecções
disseminadas por bactérias encapsuladas (por isso
LINFONODOS eles precisam tomar a vacina delas), como os
Possuem acesso aos antígenos que são drenados pelos vasos pneumococos e meningococos, porque eles são
linfáticos, favorecendo a iniciação de respostas imunes depurados por opsonização e fagocitose, e essa
adaptativas. função é defeituosa se o baço estiver ausente.
Os linfáticos aferentes esvaziam dentro do seio subscapular O parênquima esplênico é dividido em polpa vermelha e polpa
(contem macrófagos que fagocitam os organismos infeciosos, branca
reconhecidos por receptores de superfície) e depois a linfa vai
para o seio medular conectado, para depois sair pelos POLPA VERMELHA
linfonodos eferentes.
Constituídas de sinusoides vasculares cheios de sangue, e
macrófagos que atuam removendo microrganismos, células
danificadas e microrganismos opsonizados
POLPA BRANCA
Rica em linfócitos, células mediadoras de respostas imunes
adaptativas. A arquitetura da polpa branca é análoga aos dos
linfonodos, com zonas segregadas de linfócitos T e B
SISTEMAS IMUNES CUTÂNEO E DE MUCOSA
A imunidade inata é essencial para a defesa contra os Isso porque, quando os linfócitos são ativados, eles disparam
microorganismos nas primeiras horas/dias após a infecção, mecanismos que aumentam a magnitude da resposta,
sendo mediada por mecanismos que já existiam antes mesmo causando um feedback positivo que vai capacitar um pequeno
numero de linfócitos, específicos, a gerarem uma ampla
resposta (por exemplo, aumentando o número daquele linfócito
CÉLULAS EPITELIAIS
Formam zonas de oclusão umas com as outras, bloqueando a
passagem de microrganismos entre as células. As camadas de
queratinas que provem dos queratinócitos mortos, servem para
bloquear a penetração microbiana, por exemplo.
MUCOSA EPITELIAL
Secreta o muco, que impede os microrganismos de aderir ao
epitélio e, no trato respiratório, podem ser expelidos pelo fluxo
de muco devido ao movimento dos cílios do epitélio da mucosa.
Obs: a fibrose cística é uma doença que produz um muco
anormalmente espesso ou com inibição do movimento ciliar,
por isso as pessoas com essa doença frequentemente
possuem infecções pulmonares.
IMUNIDADE INATA: A DEFESA INICIAL No intestino, o peristaltismo é importante para manter tanto a
comida quanto os agentes infecciosos em movimento
Impedem, controlam e eliminam a infecção
Também é capaz de estimular resposta adquirida Obs: pessoas com falha no peristaltismo podem ter um
supercrescimento de bactérias no lumen intestinal,
O sistema imune inato responde quase imediatamente a promovendo infecções
microorganismos e células lesadas, e como eles não são
específicos, vão provocar respostas praticamente idênticas. A microbiota comensal do intestino também produz ácido
láticos (pelos lactobacilos vaginais) e bactericidas.
Os receptores vão ser específicos, mas para aquelas estruturas
que são comuns a grupos de microorganismos Obs: quando os comensais são destruídos com antibióticos, os
relacionados, não fazendo a distinção das pequenas diferenças patógenos com frequência os substituem e causam doenças
entre eles. Por exemplo, reconhecem uma proteína de parede
PROTEÍNAS ANTIMICROBIANAS
que é compartilhada por diversos tipos de bactérias.
A superfície epitelial também produz substancias químicas que
BARREIRAS EPITELIAIS são microbicidas ou que inibem o crescimento microbiano, os
As superfícies corporais são protegidas por epitélios, que peptídeos antimicrobianos:
impõem uma barreira física entre o meio interno e externo que Defensinas
contém patógenos. A perda da integridade dessas camadas
Catelicidinas
Produzidos pelas glândulas paratireoide, sublingual, Ou seja, nós temos tantos linfócitos para responder a diferentes
submadibular da cavidade oral antígenos que pode acontecer de um microrganismo entrar no
corpo e já estarmos preparados para recebe-lo, mas isso não
São ativos contra fungos patogenisoc, como Candida quer dizer que vai haver resposta, pois precisa haver um
albicans reconhecimento para depois acontecer a ativação e gerar a
LINFÓCITOS T INTRAEPITELIAIS resposta.
ESPECIFICIDADE E DIVERSIDADE
IMUNIDADE ATIVA
É uma forma de imunidade induzida pela exposição de um
antígeno (a pessoa é dita sensibilizada ao antígeno), porque o
individuo tem um papel ativo na resposta ao antígeno 1- FAGÓCITOS
Linfócitos naive linfócitos dos indivíduos que nunca Os fagócitos são constituídos de várias células, dentre elas, os
encontraram um antígeno particular, implicando que ambos são neutrófilos e os macrófagos (monócitos maduros) são a
imunologicamente inexperientes primeira linha de defesa da imunidade inata depois que o
Individuo imune resposderam a um antígeno microbriano microrganismo atravessa as barreiras epiteliais, mas também
e agora estão protegidos de exposições futuras contra esse são importantes na fase efetora das respostas imunes
mesmo microrganismo adaptativas
IMUNIDADE PASSIVA
Imunidade conferida por meio da transferência de anticorpos
de um individuo imunizado para um que nunca encontrou o
antígeno. É um método útil na medicina para conferir
resistência rapidamente, sem precisar esperar a resposta
imune ativa
Transferência de anticorpos da mãe para o feto pela MONÓCITOS E MACRÓFAGOS FAGÓCITOS e APCs
placenta e pela amamentação
Soros para infecções rábicas ou picadas de serpentes
Pacientes com doenças imunodeficientes genéticas são
imunizados passivamente pela transferência de um pool
de anticorpos de doadores saudáveis
Acredita-se que eles sejam importantes na defesa contra São as principais produtoras de citocinas interferons (IFNs) de
parasitos que são muito grandes para serem ingeridos por tipo I, que promovem atividades antivirais potentes e exercem
macrófagos ou neutrófilos, por isso eles fazem a digestão papel importante na defesa do hospedeiros contra o vírus
extracelular
Célula B-1
Encontradas nos tecidos de mucosa, na cavidade peritoneal e
pleural, produz anticorpos com diversidade limitada
CÉLULAS T REGULADORAS
Suprimem a atividade de outros linfócitos e auxiliam a controlar
as respostas imunes
CÉLULAS DE MEMÓRIA
Durante o desenvolvimento de uma resposta imune, algumas
células B e T são ativadas por antígenos e se diferenciam em
células de memória, responsáveis pela imunidade de longa
duração, que podem ser produzidas após doença ou
vacinação
RECEPTORES E MATURAÇÃO
PAMP PADRÕES MOLECULARES ASSOCIADOS AO RECEPTORES DE RECONHECIMENTO PADRÃO INATA
PATÓGENO
Eles são expressos em diferentes locais que os micro
O sistema inato reconhece estruturas moleculares podem estar na superfície da membrana, em vesículas
produzidas por patógenos microbianos, pois são moléculas fagocíticas e no citosol
que o hospedeiro não tem
Quando esses receptores se ligam aos PAMPs e DAMPs,
RNA de fita dupla (não temos) ativam vias de transdução de sinal que promovem funções
Lipopolissacarideo (LPS) em bactérias gram-negativas antimicrobianas e pró-inflamatórias
Ácido lipoteitoico em gram-positivas Além dos receptores, os PAMPs também pode ser reconhecido
Os padrões vão ser reconhecidos pelos receptores tipo TOLL por
e outros que existem Moléculas solúveis proteínas presentes no sangue
O objetivo é mostrar para o sistema imune que houve uma que reconhecem PAMPs, intensifica a captação para
invasão, porém, não sabe quem é o invasor (só sabe que é dentro dos fagócitos ou pela ativação de mecanismos
um) killing extracelular
RECEPTORES E MATURAÇÃO
Entre os mais importantes fatores de transcrição ativados,
estão o NF-KB (lê-se NF-capabeta) que promove a expressão
de citocinas e moléculas de adesão endotelial, e os fatores de
resposta ao interferon (IRF) que estimulam a produção das
citocinas antivirais, interferons tipo I
TIPOS DE RECEPTORES
Existem 4 famílias principais de receptores das células da
imunidade inata:
RECEPTORES E MATURAÇÃO
RECEPTORES DA LB = ANTICORPOS
RECEPTORES DA LT = TRL
Obs: mutações de função da inflassoma são a causa de Consegue reconhecer apenas peptídeos e somente
doenças raras, as síndromes autoinflamatórias, quando eles são mostrados por APCs ligados pelo MHC
caracterizadas por inflamação descontrolada e espontânea, e Os LT realizam a função efetora de eliminação na
os antagonistas de IL-1 são tratamentos eficazes. imunidade mediada por células
Obs: a gota é uma doença comum das articulações, causada Considerações gerais sobre os receptores dos linfócitos
pela deposição de cristais de urato e acredita-se que a
Possuem domínios que reconhecem os antígenos e eles
inflamação é mediada pelo reconhecimento dos cristais pelo
variam entre os clones dos linfócitos
inflassoma e pela produção de IL-1B
Obs: inflassoma também pode contribuir para asterosclerose, Porções de reconhecimento = regiões variáveis (V)
DM2 associado à obesidade (onde IL-1 contribui para a o a variabilidade é concentrada em curtos trechos
resistência dos tecidos à insulina) das V, que são as regiões hipervariáveis, pois
elas formam a parte do receptor que se liga ao
OUTROS RECEPTORES antígeno (são estruturas complementares)
Porções preservadas = porções constantes (C)
Família tipo RIG
Os receptores estão associados à proteínas que fornecem
Reconhece ácidos nucleicos virais ou peptídeos bacterianos sinais intracelulares acionados após o reconhecimento,
Receptores de lectina podendo fazer com que o linfócito se divida, diferencie ou
morra.
Reconhecem carboidratos e são específicos para glicanos
fúngicos e para resíduos de manose terminal (receptores de Complexo receptor da célula B = BCR = conjunto de
manose) anticorpos como receptores + moléculas sinalizadoras
Envolvidos na fagocitose de fungos e bactérias e em respostas Complexo receptor da célula T = TCR = receptor da célula T
inflamatórias a esses patógenos + moléculas sinalizadoras
RECEPTORES E MATURAÇÃO
Cada região variável vai possuir 3 regiões hipervariaveis
(CDR), das quais a maior de variabilidade é a CDR3, e esse
circuito CDR de ligação ao antígeno forma fendas capazes de
acomodar diversas macromoléculas e pequenas moléculas
químicas (não é só peptídeo como nos LT)
Mediadores da imunidade humoral Temos 2 tipos = capa ou lambda, que diferem em suas regiões
Pode estar circulante ou na membrana do LB C
Os circulantes se ligam aos antígenos e os neutraliza, Cada célula B expressa ou capa ou lambda =, mas não ambas
tampando os sítios de ligação dele com as nossas células,
impedindo a infecção TIPOS DE CADEIA PESADA
Um antígeno é formado por 2 cadeias leves (tem um domínio V Os diferentes tipos de cadeia pesada determinam
e outro C) e 2 cadeias pesadas (tem 1V e 3 ou mais domínios diferentes tipos de anticorpos (classes ou isótipos), por isso,
C) cada anticorpo terá uma função diferente, pois é a cadeia
pesada que dá a função efetora do anticorpo
Gene alfa (A) = pertencem ao IgA
Gene epslon (E) = IgE
Gene mi (M) = IgM (está na membrana, mas pode ser
secretada também)
Gene gama (G) = IgG
Gene delta (D) = IgD (nunca é secretado, sempre vai estar
presente na membrana da célula B)
O local de ligação do antígeno é formado pelos domínios
variáveis da cadeia leve e da cadeia curta, Vh e Vl e em cada
anticorpo existem 2 sítios de ligação (um em cada braço)
RECEPTORES E MATURAÇÃO
Obs: se tiver LB sendo ativado em uma região que não existe
LT, logo não vai existir citocina e não vai existir mudança de
classe, vai ter só IgM sendo secretado
Obs: o IgM vai ser o primeiro anticorpo secretado depois da
ativação, e se no exame do paciente tiver dado IgM alto, quer
dizer que o paciente está com uma infecção recente
RECEPTORES E MATURAÇÃO
Além disso, tem os sinais emitidos pelo CD3 e cadeia zeta Diz que os diferentes clones de células TCD4+ (auxiliares) e
assim que ocorre o reconhecimento TCD8+ (citotóxicas) só podem reconhecer os peptídeos
apresentados via moléculas de MHC
O receptor da célula T é o TCR que se liga ao MHC
RECEPTORES E MATURAÇÃO
Quando se ligam ao tipo TOLL, estimulam as reações da TIPOS DE APC
imunidade inata
o Produção de citocinas inflamatórias, como fator de Células dendríticas
necrose tumral (TNF) e IL-1 São as principais indutoras porque são as mais potentes para
o A combinação de citocinas com a sinalização do ativar os LT virgens
TLR ativa a DC
Macrófagos
ATIVAÇÃO E ALTERAÇÕES DAS DCS (INATA)
Presente em muitos tecidos, vai fagocitar os microrganismos e
Quando as DCs são ativadas (aquelas convencionais) elas apresentar seus antígenos as células T efetoras, que, por sua
perdem sua adesividade para os epitélios e passam a vez, ativam os macrófagos para que eles destruam os
expressar receptor para quimiocinas na CCR7 (específica microrganismos
para quimiocinas produzidas nas zonas de células T dos
linfonodos) Linfócitos B
A quimiocina vai guiar as DCs ativadas (desde o epitélio) para Ingerem os antígenos proteicos, apresentando-os às células T
que elas possam ir ao encontro com um linfócito T através dos auxiliares, que vai ser importante para o desenvolvimento da
vasos linfáticos imunidade humoral
RECEPTORES E MATURAÇÃO
APRESENTAÇÃO CRUZADA DOS ANTÍGENOS PROCESSOS QUE ACONTECEM NA MEDULA E NO TIMO
INTERNALIZADOS ÀS CÉLULAS TCD8+
Célula tronco pró-linfócito pré-linfócito (receptor
Consiste no fato de que as DCs podem apresentar os incompleto) linfócito imaturo (receptor completo) linfócito
antígenos de outras células que estão infectadas e ativar maduro (receptor completo e testado)
LT virgens para aquele antígeno (é como se as DCs fizessem
o trabalho das que não conseguem) PROCESSO QUE OCORRE NOS ÓRGÃOS LINFOIDES
Por exemplo, alguns vírus não contaminam as DCs, mas O processo de linfócito efetor diferenciado vai acontecer na
podem contaminar outras células, deixando-as incapazes de etapa de ativação que ocorre nos órgãos linfoides periféricos
produzirem os sinais para ativar os LT
Assim, as DC ingerem essas células, processam os
antígenos dela, transportam eles para o citosol, de onde elas
entram no RE e ligam-se a MHC de classe I (mesmo que a DC
é uma APC que se liga com MHC de classe II que reconhece
pela TCD4+) e, por fim, exibem seus antígenos para
reconhecimento das células TCD8+
Desse modo, duas classes de LT (CD4+ e CD8+) específicas
para o mesmo microrganismo podem ser ativadas próximas
umas das outras
1. Compromisso
Progenitor linfoide comum presente no processo de
hematopoiese na medula
São estimuladas a se proliferarem na próxima etapa através
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DOS LINFÓCITOS dos estímulos pela IL-7 que células do timo e do baço
produzem
Ocorre a maturação, expansão e seleção dos linfócitos, para
que no fim reste os linfócitos imunocompetentes, e para isso, 2. Proliferação (pró-B/T)
existem diversos pontos de checagem no processo
Células pró-B ou T sofrem proliferação por estimulo da IL-7
Maturação dos LB medula
3. Expressão do receptor antigênico pré-B/T
Maturação do LT timo
A célula pró-B/T vira pré-B/T desde que seja capaz de
Os linfócitos imaturos passam por uma proliferação em vários expressar 1 cadeia do receptor antigênico:
estágios durante sua maturação, a proliferação e a
sobrevivência dos precursores iniciais dos linfócitos é dada Anticorpo expressa só a cadeia pesada
pelo estimulo da IL-7 que é produzida pelas células estromais TCR expressa só a cadeia B
da medula e do timo
1º ponto de checagem se as células pré-B não
A IL-7 mantem e expande o numero de linfócitos antes deles conseguirem expressar os receptores incompletos, elas sofrem
expressarem receptores gerando muitas células para que apoptose
diversos receptores diferentes possam ser produzidos
4. Proliferação
A maior expansão ocorre depois dos linfócitos concluírem o
rearranjo dos primeiros genes do receptor antígeno e criarem As células pré-B/T já selecionadas que conseguiram expressar
um receptor de pré-antígeno (esse é um ponto de verificação) os receptores incompletos sofrem expansão, e essa é a maior
expansão que tem
RECEPTORES E MATURAÇÃO
5. Expressão do receptor antigênico RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA NO ANTICORPO
A célula pré-B/T que antes tinham só metade da expressão do
receptor antigênico agora vai expressar a outra metade e se
tornar célula B/T imatura
RECEPTORES E MATURAÇÃO
Diversidade combinatória Esse processo de maturação de tornar a imatura em imatura
pode ocorrer na medula óssea ou no baço, após a célula ter
Usar diferentes combinações de segmentos gênicos V, D e J deixado a medula
(pois em um segmento V tem diversos genes)
O estágio de maturação final vai envolver também a
É limitada pelo número de segmentos de V, D e J que tem coexpressao da IgD juntamente com a IgM
Diversidade juncional Na membrana dessa célula, agora tem tanto o IgM na
Alterar a sequência de nucleotídeos inseridos nas junções dos membrana (mas também pode ser secretado) e o IgD (só é
segmentos gênicos recombinados VDJ presente na membrana) capazes de reconhecer os antígenos
nos tecidos linfoides periféricos
É quase ilimitada, por isso a diversidade juncional maximiza
a variabilidade de anticorpos e TCR nas regiões que ligam Seleção negativa vai ocorrer se:
os antígenos Célula B imatura tiver alta afinidade a antígenos próprios
No processo de diversidade juncional pode ocorrer se serem que estão sendo testados com os da medula óssea
produzidas sequencias que não codificam proteínas, (proteínas do sangue e as moléculas de membrana
produzindo receptores não funcionais, que vão ser removidos comum a todas as células) elimina as autorreativas
pelo ponto de checagem nos linfócitos imaturos Elimina as que não reconhecem nenhuma antígeno,
embora tenham a expressão do anticorpo completo
MATURAÇÃO E SELEÇÃO DOS LINFÓCITOS B
SUBPOPULAÇÕES DE CÉLULAS B
A maturação dos linfócitos vai ocorrer na medula óssea
Células B foliculares
São a maioria das células B maduras, pois são encontradas
dentro de linfonodos e folículos do baço
RECEPTORES E MATURAÇÃO
1. A maioria das pró-células T são células T duplno-
negativas, pois não expressam nem CD4 nem CD8
Essas células se expandem sob influencia da IL-7 produzida no
timo
2. Depois, essa pró-T expressa parte do TCR (só a cadeia
B), se transformando em pré-T
Ponto de checagem: se a pré-T não conseguir expressar a
cadeia B, a célula sofre apoptose
3. Depois, a célula passa a expressar CD4+ e CD8+ além do
TCR completo (cadeia A também)
SELEÇÃO POSITIVA
SELEÇÃO NEGATIVA
MHC de classe I apresenta para LT CD8 os antígenos Não basta só o reconhecimento do antígeno (1º sinal), para
proteicos presentes no citosol, que foram transformados em ativar os linfócitos, tem que ter os coestimuladores também,
peptídeos (ou seja, os antígenos estava no meio intracelular, eles são o segundo sinal para a ativação
no citosol ou no núcleo)
os presentes nas células APC são:
MHC classe II apresenta para o LT CD4 os antígenos
B7-1 (CD80)
proteicos que estavam no meio extracelular e foram
B7-2 (CD86)
englobados pela APC e confinados em vesísculas, onde foram
transformados em peptídeos Ambas as proteínas B7 são reconhecidas pelo receptor CD28
das células T
A especificidade disso é assegurar que diferentes classes de
LT respondam e defendam contra microrganismos de tipos Essa ligação B7-1/2 CD28 gera sinais
diferentes
A importância dos coestimuladores é para a ativação de fato
SINAIS BIOQUÍMICOS QUE LEVAM À ATIVAÇÃO DOS LT dos linfócitos T, porque se vier um antígeno próprio, ele pode
CD4 E CD8 ser reconhecido via MHC (pois o processo de seleção pode não
ser 100%) mas não vai conseguir ser ativado porque antígenos
O TCR sozinho, depois de reconhecer o antígeno, não é capaz próprios não produzem coestimuladores
de transmitir sinais bioquímicos para a célula
Para isso, ele é associado a varias proteínas que foram o
complexo TCR ele é associado não covalentemente com
um complexo de moléculas de sinalização de transmembrana:
3 proteínas CD3
Proteína zeta
Complexo TCR = TCR + CD3 + zeta depois do
reconhecimento do antígeno, envia sinais para a célula
NFAT
NK- capaB
AP-1 Na adaptativa, as citocinas são secretadas principalmente
pelas células T CD4+
Que resultam em uma maior síntese de proteínas, fazendo a
tradução de genes que codificam
Ativa macrófagos
Ajudam os linfócitos B na produção de anticorpo
Secreta citocinas
EXPANSÃO CLONAL Para fazer esse estimulo a outras células, a proteína mais
importante envolvida é o ligante CD40 que se liga ao seu
Depois de 1 ou 2 dias da ativação, os linfócitos específicos para receptor CD40 expresso na superfície de células
o antígeno começam a se proliferar, sendo as CD8+ em maior apresentadoras de antígenos (macrófagos, LB e DC)
número do que a CD4+
As citocinas produzidas no processo estimulam ainda mais as
Isso porque a CD8+ se transformam em CTL são efetoras para células T mecanismo de retroalimentação positiva para a
exterminar as células infectadas por contato direto, e se tiver ativação do LT induzidas pelas APC
muitas células infectadas, vai precisar de muito CTL
Já a CD4+ secretam citocinas que vão ativar outras células
efetoras, então só há necessidade de um pequeno número
delas
SUBGRUPO TH1
Na célula B produção de IgE que ativa os eosinófilos Por isso, a infecção oportunista é uma complicação comum
IgE reveste os helmintos e os eosinófilos, estes são da terapia com fármacos imunossupressores
ativados para liberar conteúdos granulares com enzimas
para digerir o helminto
Obs: a liberação desses grânulos provocam reações
inflamatórias grandes, porque embora eles destruam os
helmintos, geram lesão nos tecidos saudáveis
O SUBGRUPO TH17
CORTICOSTEROIDES PREDNISONA
Amplamente usados para suprimir efeitos nocivos das
respostas imunes de origem autoimune ou alérgica,
principalmente a prednisona, um anaálogo sintético do
cortisol
Corticosteroides ligam-se a receptores intracelulares, entram
no núcleo e regulam genes expressos nos leucócitos
Tem como alvo as funções pró-inflamatórias dos monócitos e
macrófagos e reduzem o número de células TCD4+
Também inibem a expressão da fosfolipase A2, uma enzima
necessária para a produção de prostaglandinas e leucotrienos
pró-inflamatórios
REFERÊNCIAS
Artigo de revisão INFLUÊNCIA DO ESTRESSE SOBRE O
SISTEMA IMUNOLÓGICO
IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR - ABBAS 9a
EDIÇÃO
IMUNOLOGIA DE JANEWAY, KENETH MURPHY - 8a
EDIÇÃO
IMUNOLOGIA BÁSICA ABBAS 5ª EDIÇÃO
DEPENDENTES DE T AUXILIAR IgM alto indica infecção recente, pois ele é o primeiro a ser
Antígenos proteicos são processados nas APC e secretado assim que ocorre a ativação do linfócito B
identificados pelos LT auxiliar ESTIMULAÇÃO DOS LB PELOS ANTÍGENOS
TCD4+ ativa as células B e são potentes indutores na troca
de classe de cadeia pesada e da maturação da afinidade Os linfócitos B estão presente no baço, linfonodos e nos tecidos
Respostas mais sofisticadas e efetivas mucosos linfoides (por causa dos subgrupos) e eles vão ser
ativados e dá inicio a resposta imune humoral quando
Sem o LT, os antígenos proteicos induzem respostas fracas ou reconhecerem o antígeno nesses locais
sem anticorpos
Baço e órgãos linfoides periféricos
INDEPENDENTES DE T
Os linfócitos B irão reconhecer os antígenos que chegam
Antígenos polissacarídeos lipídios e outros não nesses órgãos através do sangue
proteicos
Linfonodos
TCD4+
o bactérias, fungos, alguns protozoários que
foram fagocitados mas venceram os mecanismos
de destruição e vivem dentro das vesículas ou no
citoplasma
o reconhecem antígenos de microrganismos em
vesículas fagocitárias
o quando reconhecem, secretam citocinas que
recrutam e ativam leucócitos que matam
microrganismos
o as APCs vão apresentar os fragmentos
peptídicos de proteínas ligadas ao MHC de classe
II
SUBGRUPO TH1
TCD8+
o vírus que infectam células fagocitárias e outras e
vivem se replicando no citoplasma
o reconhecem esses microrganismos que tem
antígenos no citosol
o destroem as células infectadas
o as APCs apresentam os antígenos peptídicos
derivados de microrganismos vivendo no citosol por
moléculas MHC de classe I
SUBGRUPO TH17
Induz a inflamação que funciona para destruir bactérias
extracelulares e fungos, podendo contribuir para várias
doenças inflamatórias
Obs: indivíduos com mutações que afetam a geração das Esclerose múltipla, doença intestinal inflamatória e artrite
células TH1 são extremamente suscetíveis a infecções reumatoide
bacterianas, principalmente as micobactérias atípicas do meio
ambiente que geralmente não fazem mal aos indivíduos
saudáveis
SUBGRUPO TH2
Estimula uma inflamação rica em eosinófilos, importante na
defesa contra parasitas helmínticos
Leucócitos:
Obs: a maturação da afinidade só ocorre nas respostas às FORMAÇÃO DAS CÉLULAS B DE MEMÓRIA
células T dependentes
Uma fração das células B ativadas e selecionadas não se
diferenciam em células secretoras de anticorpos, mas se
tornam células de memória, que circulam no sangue e
residem em vários tecidos
Sobrevivem meses ou anos na ausência da exposição
adicional a antígenos, prontas para uma resposta rápida no
caso de o antígeno ser reintroduzido
Um antígeno é formado por 2 cadeias leves (tem um domínio V Gene epslon (E) = IgE
e outro C) e 2 cadeias pesadas (tem 1V e 3 ou mais domínios Gene mi (M) = IgM (está na membrana, mas pode ser
C) secretada também)
Gene gama (G) = IgG
Gene delta (D) = IgD (nunca é secretado, sempre vai estar
presente na membrana da célula B)
INFLAMAÇÃO
VISÃO GERAL DA INFLAMAÇÃO
É uma resposta protetora que pode vir de uma lesão ou uma
invasão por microrganismo e envolve células do hospedeiro,
vaso sanguíneo proteínas e mediadores, além de envolver
células e tecidos necróticos que resultam da lesão original e
iniciar o processo de reparo
É um processo inespecífico, pois vem da imunidade inata e,
independentemente do estímulo, o processo vai ser o mesmo
INFLAMAÇÃO AGUDA
Possui 2 componentes principais
Aguda RESPOSTAS VASCULARES
o Rápida, exsudação de liquido e proteínas
o Acumulo de leucócitos, principalmente neutrófilos Vasodilatação aumento do fluxo
Crônica Aumento da permeabilidade vascular
o Influxo de linfócitos e macrófagos Amento da adesão dos leucócitos e sua migração através
o Proliferação vascular associada a fibrose das paredes dos vasos
(cicatrização)
EVENTOS CELULARES
5 SINAIS CARDINAIS DA INFLAMAÇÃO
Recrutamento e ativação celular passagem das células
do sangue para o tecido
Os principais leucócitos na inflamação aguda são os
neutrófilos
ESTÍMULOS PARA A INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÃO
RECONHECIMENTO DE MICRÓBIOS, CÉLULAS Os leucócitos, principalmente neutrófilos, começam a se
NECRÓTICAS E SUBSTÂNCIAS ESTRANHAS acumular na superfície endotelial, processo chamado de
marginação
Como é um processo da imunidade inata, o reconhecimento vai
ser pelos fagócitos, como as DCs e pelas células epiteliais AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR
receptores-padrão de reconhecimento
Leva à saída de liquido rico em proteínas e células sanguíneas
Receptores tipo TOLL (TLR) para os tecidos, isso aumenta a pressão osmótica do LI,
gerando efluxo de água do sangue para os tecidos
Reconhecem PAMPS e DAMPS e ativam fatores de transcrição provocando o edema
que estimulam a produção de mediadores, citocinas antivirais
e proteínas que promovem a ativação dos linfócitos Exsudato liquido rico em proteínas e células sanguíneas,
típicos da inflamação
Receptores citosólicos, inflassoma
Transudato liquido pobre em proteínas e células
Reconhece PAMPS e DAMPS e a ativação do inflassoma sanguíneas , típicos em outras condições que não são
(complexo proteico) resulta na ativação da capsase-1, inflamatórias
precursora da IL-1
A IL-1 é um importante mediador no recrutamento de leucócitos
que fagocitam e destroem as células mortas na inflamação
aguda
ALTERAÇÕES NO FLUXO E CALIBRE VASCULARES Contração mais lenta e prolongada da célula endotelial por
alteração no citoesqueleto induzidos por TNF e IL-1 pode
Após a rápida vasoconstrição, ocorre vasodilatação das perdurar por mais de 24h
arteríolas, causando o rubor e o calor
O liquido extravasa hemácias ficam mais concentradas Lesão endotelial
aumenta a viscosidade diminui a velocidade do fluxo
Causa a necrose e o desprendimento da célula endotelial,
local estase (estagnação do sangue)
como ocorre em queimaduras e algumas infecções
As lesões diretas às células endoteliais também podem induzir
o extravasamento tardio, que começa após 2-12h, como ocorre
na queimadura solar que só aparece ao anoitecer, depois de
um dia de sol
Acumulo de leucócitos
INFLAMAÇÃO
Podem lesar as células por liberarem muitos mediadores
tóxicos
A sequência de eventos no recrutamento dos leucócitos com isso, os leucócitos são aderidos de maneira estável nas
incluem: células do endotélio nos locais da inflamação
QUIMIOTAXIA
é a migração dos leucócitos em direção ao local da lesão ou
infecção, a partir do gradiente químico de fatores quimiotáticos,
como
MARGINAÇÃO E ROLAMENTO
Produtos bacterianos, citocinas, componentes do
Os eritrócitos menores se movem mais rápidos que os complemento (C5), produtos da via da lipoxigenase do
leucócitos, empurrando-os para perto da superfície endotelial e metabolismo do ácido araquidônico (AA), particularmente
o processo de acúmulo de leucócitos na periferia dos vasos é o leucotrieno B4
chamado de marginação
As moléculas quimiotáticas se ligam a seus receptores
Com isso, o TNF e IL-1 (e mediadores como histamina ou expressos nos leucócitos e estimulam sua migração para os
trombina) aumenta expressão de selectinas no endotélio e nos sítios de infecção
leucócitos que promovem a adesão rápida e transitória no
processo de rolagem dos leucócitos. As selectinas são TIPOS DE LEUCÓCITOS EMIGRANTE
receptores expressos no endotélio e nos leucócitos
Vai variar com o estímulo e o tempo da resposta inflamatória
E-selectina e P-selectina presente no endotélio
Neutrófilos
L-selectina presente nos leucócitos
INFLAMAÇÃO
Predominam nas 6-24h da inflamação e depois são
substituídos por monócitos, eles são os primeiros porque são
mais numerosos no sangue, respondem rapidamente às
quimiocinas e aderem mais firmemente às moléculas de
adesão
Além disso, os neutrófilos possuem vida curta e os monócitos
duram mais
Linfócitos
Nas infecções virais, são os primeiros a chegarem
1. Reconhecimento
Eosinófilos
Os receptores reconhecem componentes dos micróbios e
Em algumas reações de hipersensibilidade, eles são os células mortas ou reconhecem as opsoninas
principais tipos celulares
Obs: as principais opsoninas são IgG (receptor FCYRI no
ATIVAÇÃO DOS LEUCÓCITOS leucócito), produto da degração da proteína C3 do (receptor
CR1 e CR3) complemento, colectinas (C1q)
Uma vez recrutados, os linfócitos são ativados e resultam
muitas funções: 2. Engolfamento
A ligação das partículas opsonizadas desencadeia o
engolfamento, onde os pseudópodes se estendem em torno do
objeto formando um vacúolo fagocítico
A membrana do vacúolo se funde com a membrana de um
granulo lisossômico e esses grânulos são liberados dentro do
fagolisossoma (fagossoma + lisossoma)
3. Destruição do material ingerido
Ao mesmo tempo que o microrganismo está sendo ligado pelos
receptores de fagócitos ingeridos, o fagócito recebe sinais que
ativam diversas enzimas no fagolisossoma
Fagocitose de partículas Oxidase fagocitária superóxido
Destruição intracelular de micróbios e células mortas
Ela converte o O2 molecular em ânion superóxido + radicais
fagocitadas
livres, que são chamados de intermediários reativos do
Liberação de substâncias que destroem micróbios
oxigênio (ROS) e são tóxicos para os microrganismos
extracelulares e células mortas
ingeridos
Produção de mediadores, como citocinas e metabólitos do
ácido araquidônico (AA) Obs: as enzimas e ROS liberadas no espaço extracelular
podem causar lesão nos tecidos do hospedeiro
FAGOCITOSE
óxido nítrico sintase induzida (iNOS)
A fagocitose consiste em 3 etapas distintas:
catalisa a conversão de arginina em óxido nítrico NO que
1. Reconhecimento e fixação da partícula ao linfócito também é microbicida
fagocítico
2. Engolfamento Enzimas lisossômicas proteínas bactericidas,
3. Destruição do material ingerido lisozima, defensinas
INFLAMAÇÃO
Os conteúdos dos grânulos lisossômicos (enzimas e peptídeos RESULTADOS DA INFLAMAÇÃO AGUDA
antimicrobianos) são secretados pelos leucócitos para o meio
extracelular quando: A inflamação aguda possui um dos 3 resultados:
CICATRIZAÇÃO
Tipo de reparo que ocorre depois de uma destruição tecidual
substancial (como ocorre na formação de abcesso) ou quando
a inflamação atinge tecidos que não conseguem se regerar e
são substituídos por tecido conjuntivo
Em órgãos que ocorrem muitos depósitos de TC, como na
consequência da inflamação crônica , o resultado é a fibrose
que compromete a função do órgão
INFLAMAÇÃO
Podem ser produzidos pelas células no local da inflamação ou 5. Citocinas IL-1 e IL-8
podem ser sintetizadas no fígado e transportada pelo plasma
como precursores inativos que vão ser ativados no local da
inflamação
Os mediadores derivados de células podem ser pré-formado
(como histamina nos mastócitos) em grânulos secretores e
quando a célula é ativada eles são liberados, ou são
sintetizados após um estímulo (como as prostaglandinas e
citocinas produzidas por leucócitos)
As ações deles são estreitamente reguladas e de curta
duração, pois existem compostos que degradam os
mediadores, enzimas que inativam, ou são removidos e A lesão pelo espinho gera um processo inflamatório, os
inibidos neurônios (em preto) respondem à dor liberando
neuropeptídios que causam vasodilatação e ativação dos
mastócitos para que liberem histamina
Serotonina
Mediador vasoativo pré-formado, encontrado nos grânulos das
plaquetas e liberados durante a agregação plaquetária
Ela também induz vasoconstrição durante a coagulação
METABÓLITOS DO ÁCIDO ARQUIDÔNICO (AA):
PROSTAGLANDINAS, LEUCOTRIENOS E LIPOXINAS
Os metabólitos do AA também são chamados de eicosanoides
e possuem diversas funções, sendo os leucócitos, mastócitos,
endotélio e plaquetas as principais fontes
INFLAMAÇÃO
FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA (PAF)
O PAF é caracterizado por agregar as plaquetas e causar sua
desgranulação, sendo um mediador com efeito inflamatório
ferado a partir dos FPP das membranas de neutrófilos,
molócitos, basófilos, cels endoteliais e plaquetas, pela ação da
fosfolipase A2
Atua diretamente na célula alvo por um receptor especifico
acoplado a proteína G. também causa broncoconstrição, é
1000x mais potente que a histamina em causar vasodilatação
e aumento da permeabilidade vascular
CITOCINAS
As principais citocinas na inflamação aguda são o TNF, IL-1,
IL-6 e quimiocinas
Obs: os glicocorticoides são agentes anti-inflamatórios
potentes que inibem a fosfolipase A2, inibindo a liberação do Fator de necrose tumoral (TNF) e IL-1
AA dos lipídeos de membrana
Possuem efeitos protetores e patológicos
Via da cicloxigenase
Produzidos por macrófagos ativados, mastócitos e células
Há duas formas dela, COX-1 e COX-2 em que foram endoteliais, sendo a secreção estimulada por produtos
desenvolvidos anti-inflamatórios não hormonais (como microbianos e o inflassoma induz a ativação da IL-1
hibuprofeno e aspirian) que inibem sua ação, inibindo a
síntese de PG (prostaglandina) e suas ações, por isso é usado O principal papel é a ativação endoteliais, por meio do estimulo
no tratamento para dor e febre de maior expressão de moléculas de adesão nas células
endoteliais, além de estimular produção de quimiocinas e
Prostaglandinas produto da via da COX, sendo o principal eicosanoides
metabólito na via dos mastócitos e presente também nas
células endoteliais. Causa vasodilatação, aumento da Embora sejam secretados no local da inflamação, também
permeabilidade, inibe a agregação plaquetária e está envolvida podem entrar na circulação e atuar em locais distantes,
na patogenia da dor e da febre na inflamação resultando em febre (no hipotálamo), letargia, síntese hepática
de proteínas de fase aguda, caquexia (devastação metabólica),
Tromboxano as plaquetas possuem a enzima tromboxano- queda da PA etc
sintetase que produzem o tromboxano que é um portente
agente de agregação placentária e vasoconstritor
Via da lipoxigenase
Leucotrienos a 5-lipoxigenase é a principal enzima
metabolizante do AA nos neutrófilos, sendo um potente agente
quimiotático para neutrófilos.
Nos mastócitos, os metabólitos dos leucotrienos causam
vasoconstrição, broncoespasmo e aumento da permeabilidade
vascular
Lipoxinas são antagonitas endógenos dos leucotrienos,
são produzidos pelos leucócitos assim que eles entram nos Quimiocinas
tecidos, mudando os produtos do AA pela lipoxigenase de Atuam como quimioatraentes para diferentes grupos de
leucotrienos para lipoxinas, funcionando como mediador anti- linfócitos tendo como principal função o recrutamento dos
inflamatório leucócitos na inflamação e na organização anatômica normal
Eles inibem a quimiotaxia e a aderência dos neutrófilos ao das células nos tecidos linfoides e outros tecidos (como o
endotélio, regulando o processo de inflamação receptor CCR7 que reconhece quimiocina produzida nas zonas
de células T)
INFLAMAÇÃO
OUTROS Quando fixado à superfície bacteriana, atuam como opsoninas,
favorecendo a fagocitose por neutrófilos e macrófagos
ERO funcionam destruindo micróbios fagocitados e as
células necróticas e em níveis mais altos eles são MAC
responsáveis pela lesão tecidual
Feito de múltiplas copias do complemento final C9, cria poros
NO os macrófagos utilizam ele como metabólito
que rompem o equilíbrio osmótico, destruindo algumas
citotóxico para destruir micróbios e células tumorais.
bactérias
Quando produzido pelo epitélio, atua como vasodilatador
NEUROPEPTÍDIOS como a substancia P, semelhante SISTEMAS DE COAGULAÇÃO E DAS CININAS
às aminas vasoativas, podem iniciar respostas
inflamatórias. Transmite sinais dolorosos, regula o tônus O fator de Hageman é uma proteína sintetizada pelo fígado que
do vaso e modula a permeabilidade vascular. As fibras circula em forma inativa até encontrar colágeno, membrana
nervosas secretam no pulmão e no TGI basal ou plaquetas ativadas (existentes no local da lesão
endotelial). Quando ele é ativado, inicia 4 sistemas envolvidos
MEDIADORES DERIVADOS DE PROTEÍNAS PLASMÁTICAS na resposta inflamatória:
Sistema de coagulação
O fator XIIa direciona a cascata proteolítica, levando a ativação
de trombina que cliva o fibrinogênio em fibrina. A trombina
C3a e C5a participa da inflamação ligando nas células endoteliais
ativando-as e aumentando a aderência dos leucócitos. A
aumentam a permeabilidade vascular, causam vasodilatação, trombina também cliva o C5, gerando C5a, gerando o
induz plasmócitos a liberar histamina, ativa leucócito recrutamento e ativação dos leucócitos
C3b Sistema fibrinolítico
INFLAMAÇÃO
Ao mesmo tempo que induz a coagulação, o fator de Hageman ativados pela via alternativa (IL-13 e IL-4) que inicia o reparo
gera o sistema fibrinolítico para limitar a coagulação, onde a tecidual
plasmina age clivando a fibrina. A plasmina também cliva o C3
formando C3a, aumentando a permeabilidade e vasodilatação
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
É uma inflamação prolongada que pode surgir da inflamação
aguda que não pode ser resolvida, ou porque o agente lesivo
persistiu ou houve interferência no processo normal de cura
As características abaixo são encontrada nesse tipo de
resposta e acontece ao mesmo tempo:
Infiltração de células mononucleadas como macrófagos,
linfócitos e plasmócitos
Destruição tecidual induzida pelos produtos das células Na inflamação, eles possuem vários papeis
inflamatórias
Ingerem e elimnam micróbios e tecidos mortos
Reparo envolve angiogênese e fibrose Iniciam o processo de reparo tecidual, na formação de
cicatriz e fibrose
CONTEXTOS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Secretam mediadores da inflamação (TNF, IL-1,
quimiocinas e eicosanoides)
Infecções persistentes
Principalmente por microrganismos difíceis de serem
erradicados, como a bactéria da sífilis (treponema pallidum) LINFÓCITOS
certos vírus e fungos, que tendem a suscitar resposta imune Mobilizados sob a manifestação de qualquer estímulo imune
mediada por LT (hipersensibilidade tardia) específico, como infecções, e os LB e LT migram para os locais
Doenças inflamatórias imunomediadas (distúrbios de usando as moléculas de adesão e quimiocinas. Os LB viram
hipersensibilidade) plasmócitos e secretam anticorpos e os LTCD4+ são ativados
para secretar citocinas
São causadas por excesso de ativação do sistema imune,
como as que são desencadeadas contra antígenos próprios Por causa da secreção de citocinas, o TCD4+ promovem a
(autoimune) que resulta em lesão e inflamação crônica do inflamação e influenciam a natureza da reações inflamatória
tecido. Além daquelas contra as substancias ambientais, como (dependendo do subgrupos, diferentes citocinas vão ser
as doenças alérgicas como a asma secretadas e suscitar diferentes tipos de inflamação
MACRÓFAGOS
OUTRAS CÉLULAS
Os macrófagos são as células dominantes da inflamação
crônica e se originam dos monócitos circulantes que por Eosinófilos
influência das moléculas de adesão e quimiocinas migram para
o local da lesão após 24-48h do inicio da inflamação aguda Encontrados nos locais inflamatórios em locais de infecções
parasitárias, ou em reações alérgicas mediadas por IgE
São ativados primeiramente pela via clássica (INF-Y)
produzindo ações microbicidas e inflamação, depois são Mastócitos
INFLAMAÇÃO
Podem participar da inflamação aguda e crônica, em alguns Como ocorre na tuberculose, a frequente e resistente
indivíduos atópicos (propensos a reações alérgicas) eles estão destruição do tecido com fibrose subsequente
revestidos com IgE específicos para certos antígenos
ambientais, que quando são encontrados, os mastócitos
liberam histaminas e metabólitos do AA que suscitam as
alterações vasculares iniciais da inflamação aguda
INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA
É um padrão distintivo de inflamação crônica que cursa com
necrose, caracterizada por agregados de macrófagos ativados
em linfócitos esparsos EFEITOS SISTÊMICOS DA INFLAMAÇÃO
A deficiência hereditária da oxidase fagocitária (converte São chamados de resposta da fase aguda, envolvendo a
O2 em ROS) é a causa da doença granulomatosa crônica participação de TNF, IL-1 e IL-6 que cursa com diversas
(CGD) alterações clinicas e patológicas
Na CGD, os fagócitos não conseguem erradicar os FEBRE
microrganismos intracelulares, e o hospedeiro tenta conter a
infecção atraindo mais macrófagos e linfócitos, resultando em Produtos bacterianos, como LPS estimula leucócitos a
um conjunto de células em torno dos microrganismos que são liberarem IL-1 e TNF que aumentam os níveis de
chamados de granuloma cicloxigenases convertendo o AA em prostaglandinas
LEUCOCITOSE
Contagem de leucócitos acima do normal, ocorrendo
inicialmente pela liberação acelerada de células do pool
reserva pós-mitótico da medula óssea (causada por TNF e
IL-1) e está associada a uma elevação do número de neutrófilos
mais imaturos no sangue (desvio para esquerda)
Neutrofilia aumento de neutrófilo, vista na maioria das
infecções bacterianas
o agente
ofensor, por isso é um mecanismo útil de defesa, mas pode Linfocitose aumento de linfócitos, vista em infecções virais
acontecer de não eliminar o agente causal, gerando disfunção como a caxumba
do órgão
Eusinofilia aumento do número de eosinófilos, como ocorre
na asma brônquica e infestações parasitárias
INFLAMAÇÃO
ALTERAÇÕES CLÍNICAS
Aumento da FC e da PA
Redução da sudorese por causa do redirecionamento do
fluxo para o local da inflamação, a fim de diminuir a perda
de calor pela pele
Tremores e calafrios
Solência e mal-estar, provavelmente pelas ações das
citocinas nas células cerebrais
INFLAMAÇÃO
MECANISMO DE AÇÃO Hiperlipidemia, pelo aumento da lipólise que causa o
aumento de VLDL e HDL
Poder anti-inflamatório Síndrome de Cushing (redistribuição da gordura corporal,
Inibe a fosfolipase A2, inibindo tanto a via das COX quanto da aparecimento de acnes e estrias etc
lipoxigenase, impedindo a formação do AA, por isso possuem
atuação mais ampla do que os AINES
Também ocorre a estabilização da membrana dos lisossomos Imunologia Básica Abbas 5ª edição
e inibição da formação de cininas, que são responsáveis por Trabalho de Conclusão de Curso, O uso indiscriminado de anti-
dor, aumento da permeabilidade capilar e vasodilatação inflamatórios e suas consequências Pamela Cristina dos
presentes no processo inflamatório Santos 2015
Efeito imunossupressor Entrevista com farmacêutico Carlos Alberto Balbino, Anti-
inflamatórios: uma compreensão total
Há uma diminuição (não no número) do acúmulo e função das
células que participam da reação inflamatória: linfócitos, NK,
monócitos, macrófagos etc
A inibição da IL-2 é um dos principais efeitos e impacto na
resposta imune, visto que ela é essencial na expansão clonal
dos linfócitos T e B, após a sensibilização deles
EFEITOS ADVERSOS
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
BACTÉRIAS PROCARIONTES ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR
As bactérias se diferenciam na morfologia, composição São 5 = glicocálice, flagelos, filamentos axiais, fimbrias e pili
química, necessidade nutricional, atividades bioquímicas e
fontes de energia, a maioria delas existem na forma da biofilme GLICOCÁLICE
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
2. Gancho PAREDE CELULAR
Adere o filamento ao corpo basal na membrana e parede Quase todas possuem, a principal função é prevenir a ruptura
celular da bactéria das células bacterianas quando a pressão a água de dentro
é maior do que a de fora, por isso elas se estendem.
3. Corpo basal
Clinicamente, contribui para a capacidade de algumas espécies
Ancora o flagelo na parede e na membrana plasmática, nas
causarem doenças e também por ser o local de ação de alguns
gram possui 2 pares de anéis e nas gram + possui 1 par
antibióticos
É responsável pela rotação que propele a bactéria, sem
sentido horário ou anti-horário COMPOSIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
Composta por uma rede macromolecular, peptideoglicano
FILAMENTOS AXIAIS
(mureína) formado por um dissacarídeo repetitivo.
As espiroquetas são um grupo de bactérias que possuem
A porção dissacaridea é composta por monossacarídeos
motilidade exclusiva, dada pelos filamentos axiais que se
NAG (N-acetilglicosamina) e NAM (N-acetilmurâmico) que se
organizam em forma de espiral em torno das células
A mais conhecida é o treponema pallidum, agente causador
da sífilis
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
PAREDES CELULARES DE GRAM-NEGATIVAS
MEMBRANA EXTERNA
a membrana externa consiste em lipopolissacarídeos (LPS),
lipoproteínas e FPP e possui várias funções:
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
assim, compostos como álcoois e amônio que são usados Dentre vários, os grânulos metacromáticos tem importância
como desinfetantes são capazes de destruí-la clínica. Coletivamente eles são conhecidos como volutina, que
é uma reserva de fosfato inorgânico que pode ser usado para
Além disso, um grupo de antibióticos conhecido como a síntese de ATP
polimixinas promove a degradação dos FPP da membrana,
produzindo um vazamento do conteúdo intracelular e a São característicos do agente causador da difteria, assim, eles
posterior morte celular possuem importância diagnostica (podem se corar com
corantes azuis como o azul de metileno)
CITOPLASMA
ENDÓSPOROS
Possui citoesqueleto, água, enzimas, carbo, lipídio, íons e
outros compostos importantes
especializadas que se formam quando os nutrientes se
NUCLEIOIDE esgotam e não realizam reações metabólicas. São
Contem uma única molécula de DNA dupla-fita arranjada em desidratadas, altamente duráveis com paredes espessas e
forma circular, o cromossomo bacteriano com a informação camadas adicionais, sendo formados internamente à
genética. Uma particularidade é que não possui membrana membrana celular
envolvendo ele nem inclui histonas no material Podem sobreviver a temperatura extremas, falta de água e
Os plasmídeos são pequenas moléculas de DNA dupla-fita exposição a muitas substancias químicas toxicas e radiação,
circulares que não estão conectadas com o cromossomo por isso apresentam-se como desafio para a indústria
bacteriano e se replicam de maneira independente alimentícia, por serem resistentes a aos processos industriais
e posem produzir toxinas e doenças
A importância dos plasmídeos é que eles posem transportar
genes de resistência aos antibióticos, tolerância a metais Gênero clostridium doenças como gangrena, tétano,
tóxicos, produção de toxinas e síntese de enzimas, podendo botulismo e intoxicação alimentar
ser transferido de uma bactéria pra outra, mas ele não é Gênero bacillus antraz e intoxicação alimentar
essencial e elas conseguem sobreviver sem
RIBOSSOMOS
Compostas de 2 subunidades formadas por RNA ribossomal e
eles são diferentes dos eucariontes (humanos), por isso a
célula bacteriana pode ser destruída pelo antibiótico sem lesar
a célula do hospedeiro
Os ribossomos procariotos são denominados 70S e os
eucariotos, 80S
As subunidades de um 70S é formado pela menor (30S) e por
uma maior (50S)
INCLUSÕES MICROBIOTA
São depósitos de reserva dentro do citoplasmas das células No útero, nós somos livres de micróbios, mas ao nascer,
procariotas, que vão ser usados pela célula quando um populações microbianas começam a aparecer. Antes de dar à
determinado nutriente estiver escasso luz, os lactobacilos da vagina se multiplicam e são os primeiros
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
ao entrarem em contato como o bebe e se tornam
predominantes em seu intestino. Com a respiração e a
alimentação, mais microrganismos se introduzem.
Eles vão permanecer nos seus sítios pra sempre e, em
resposta a condições ambientais anormais, podem aumentar
ou diminuir seu numero e contribuir para o surgimento de
doenças
Microbiota normal microrganismos que colonizam o
hospedeiro, são residentes, mas não produzem doenças em
condições normais
Microbiota transitória podem estar presente por vários
dias, semanas ou meses, mas depois desaparecem
Pele = staphylococcus aureus e epidermidis
FATORES QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DA
MICROBIOTA NORMAL
Nutrientes
os micróbios variam de acordo com o tipo de nutrientes que
eles usam, assim, eles colonizam apenas os locais do corpo
onde são favoráveis para sua sobrevivência
os nutrientes podem ser células mortas, alimentos do TGI,
produtos de secreção e excreção das células, além de
substancias presentes nos fluidos corporais
Certas regiões do corpo estão sujeitas a forças mecânicas que ANTAGONISMO MICROBIANO
afetam a colonização da microbiota normal
A própria microbiota beneficia o hospedeiro ao impedir o
Dentes e língua mastigação desaloja microrganismos crescimento excessivo de microrganismos perigosos,
aderidos principalmente pela competição por nutrientes e por
produção de substancias prejudiciais aos micróbios
TGI fluxo de saliva, secreções, movimentos musculares da
invasores, afetar as condições do PH e disponibilidade de O2
garganta, esôfago, estomago e intestino podem remover
micróbios Quando há um desequilíbrio entre a microbiota normal e os
micróbios patogênicos, o resultado pode ser uma doença
Urina a ação de descarga da urina pode remover micróbios
no trato urinário Ex: a microbiota da vagina mantem o PH em torno de 4 e inibe
o crescimento excessivo da levedura Candida Albicans, se
Sistema respiratório muco e movimento ciliar podem
essa população for eliminada por antibióticos, uso excessivo
eliminar
de ducha higiênica ou desodorantes, o PH da vagina se
Outros fatores torna neutro e a C.albicans floresce e pode contribuir para uma
vaginite
Idade, estado nutricional, estado de saúde, deficiências,
hospitalização, estresse, clima, localização geográfica, Ex: a E.coli no intestino grosso produz bacteriocinas que
condições de higiene pessoal, socioeconômicas, ocupação e inibem o crescimento de outras, como as patogênicas
estilo de vida salmonela
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
Menor diversidade de micróbios
Possuem colonização intestinal atrasada quando adquire
SIMBIOSE os microrganismos em contato externo
A relação entre a microbiota normal e o hospedeiro é chamada Aparentemente, existe relação entre cesárea o
de simbiose, onde pelo menos um é beneficiado e outro não desenvolvimento futuros de doenças crônicas como asma,
ganha nem perde obesidade, doença autoimune etc
Uma possível solução seria a aplicação de gazes contento
MUTUALISMO fluidos vaginais retirados diretamente das mães,
permitindo estabelecimento de colonização induzida
Tipo de simbiose que beneficia os dois lados, como a E.coli no
intestino grosso que sintetiza vitamina K e algumas do MECANISMOS MICROBIANOS DE PATOGENICIDADE
complexo B, as quais são absorvidas pelo sangue e
distribuídas pelas células do hospedeiro. Em troca, o intestino Patogenicidade = capacidade de um organismo causar doença
grosso oferece nutrientes para elas por meio da superação das defesas do hospedeiro
CURIOSIDADE INFLUÊNCIA DO PARTO PARA O Entram por meio da água, alimentos ou dedos contaminados,
SISTEMA IMUNE DO BEBÊ mas a maioria é destruída pelo HCl, bile e enzimas do intestino
delgaso
Estudos mostram que a microbiota é um indutor importante e
ativo nas respostas imune, capaz de induzir as células T Aqueles que sobrevivem podem causar doenças
reguladoras e macrófagos ao atuar contra antígenos poliomielite, hepatite A, febre tifoide etc
patogênicos Eles são eliminados nas fezes e podem ser transmitidos para
parto normal crianças se banham literalmente na flora outros hospedeiros
vaginal da mãe (lactobacillus) Trato urogenital
Mostram maior variabilidade microbiótica com o passar Porta de entrada para aqueles que são sexualmente
das semanas transmissíveis, alguns que causam DST podem entrar por meio
A pele, cavidade oral e nasofaringea são inicialmente das membranas mucosas integras, outros requerem cortes ou
colonizados por bactérias do tipo lactobacilos abrasoes para penetrar
Previne de doenças crônicas no futuro
Parto vaginal é a via ideal para melhor capacitar o sistema Exemplos de DSTs infecção pelo HIV, verrugas genitais,
imunológico do RN sífilis e gonorreia
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
PELE cutâneo é significantemente mais fácil de ser adquirido do que
essas outras duas formas
A pele íntegra é impermeável para a maioria dos
microrganismos, mas alguns podem ter acessos por meio de ADERÊNCIA
aberturas na pele como folículos pilosos ou ductos sudoríparos.
A aderência é realizada por meio de adesinas ou ligantes,
Alguns fungos podem crescer na queratina e infectar a pele em
expressas na superfície do patógeno, que se ligam a
si
receptores de superfície complementares, nas células do
A conjutiva é uma membrana mucosa que reveste as hospedeiro
pálpebras e a parte branca dos olhos, em que certas doenças
As adesinas podem estar no glicocálice, pili, fimbrias e
como a conjuntivite e a oftalmia neonatal podem ser adquiridas
flagelos
por essa via
Em geral, os receptores de adesinas nas células do hospedeiro
VIA PARENTERAL são açucares, como as manoses e se essas adesinas ou os
Via que inclui perfurações, injeções, mordidas, cortes etc que receptores forem alterados, infecções podem ser evitadas ou
acabam virando porta de entrada para os microrganismos controladas (como o um fármaco que se liga à manose)
O HIV, vírus da hepatite e as bactérias do tétano podem ser Um exemplo são os tártaros dentários, que é uma placa
transmitidos por parenteralmente dentária (biofilme) que se mineralizou ao longo do tempo, e
esse biofilmes são formados graças ao glicocálice das
PORTA DE ENTRADAS PREFERENCIAIS bactérias que promovem adesão delas na superfície e umas as
outras
Mesmo dentro do corpo, não necessariamente os
microrganismos podem causar doenças porque muitos Os biofilmes de bactérias e outros microrganismos são
possuem uma porta de entrada preferencial resistentes a desinfetantes e antibióticos e possuem
importância clínica, uma vez que podem colonizar cateteres
Por exemplo, a bactéria que causa febre tifoide tem a via
médicos, válvulas cardíacas, próteses, lente de contato etc
preferencial por meio do TGI, causando todos os sinais e
sintomas da doença. Porém, se ela for esfregada na pele, não
ocorre reação (apenas uma leve inflamação)
CAPSULAS
A capsula aumenta a virulência de algumas espécies, porque
ela resiste às defesas do hospedeiro por impedir a fagocitose
(ex: bactéria da pneumonia pneumocócica, pneumonia
bacteriana e a do antraz)
Porém o corpo humano pode produzir anticorpos contra a
cápsula, funcionando como opsoninas e facilitando a
fagocitose
NÚMERO DE MICRÓBIOS INVASORES
COMPONENTES DA PAREDE CELULAR
Está relacionado com a virulência expressa em DI50 (dose
infectante para 50% de uma amostra da população), em que a
possibilidade de ocorrência de uma doença aumenta à medida
que o número de patógenos também aumente
Na comparação entre o antraz cutâneo (10-50 endósporos) ,
por inalação (10k 20k) e gastrointestinal (250k 1M), o
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
Obs: a proteína M é encontrada nas fimbrias também e micróbios para entrar nas células e por outros para se
aumenta a virulência do microrganismo Streptococos pyogenes movimentar entre as diferentes células do hospedeiro
e a imunidade vai depender dos anticorpos específicos contra
ela Os micróbios também produzem invasinas que causam
rearranjo do filamento de actina do citoesqueleto, formando um
Obs: o ácido micólico constitui a parede celular da enrugamento de membrana que permite que o microrganismo
mycobacterium tuberculosis mergulhe em uma das dobras da membrana e seja englobado
Além disso, a bactéria da gonorreia (neisseria gonorrhoeae)
se adere nas células hospedeiras por meio de suas fimbrias e
a proteína externa opa
ENZIMAS
Dano direto
Algumas bactérias podem entrar nas células, se
desenvolverem e multiplicarem, e quando são liberadas
VARIAÇÃO ANTIGÊNICA provocam o rompimento da célula do hospedeiro
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
ENDOTOXINAS (LIPOPOLISSACARÍDEOS) mureína, encontrada apenas na parede celular de bactérias,
deixando a parede enfraquecida e promovendo a lise da célula
Localizadas no interior das células bacterianas
As gram possuem a membrana externa em que a porção Uma vez que age no processo de síntese, apenas aquelas que
lipídica do LPS é o lipídeo A, que é endotoxinas estão crescendo ativamente são afetadas.
Podem ser liberados durante a multiplicação bacteriana ou As células humanas não possuem mureína na parede celular,
quando a célula morre por isso esses antibióticos apresentam pouca toxicidade
Os antibióticos para bactérias gram podem lisar as bactérias
e promover a liberação das endotoxinas, podendo levar a uma
piora imediata dos sintomas que melhora depois na medida
em que ela é degradada
Choque endotóxico
Causado por bactérias gram - , onde a fagocitose das bactérias
pelos fagócitos os estimulam a produzir e secretar o TNF que
em grandes quantidades aumenta a permeabilidade dos
capilares, promovendo grande perda de fluidos
O resultado é uma queda na PA que leva ao choque
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
extremamente limitada, porque também podem interferir no staphylococcus aureus (MRSA) resistente à meticilina e a
metabolismo do DNA e RNA de mamíferos streptococcus pneumoniae
Os conhecidos são rifamicinas, quinolonas e
fluoroquinolonas
As bactérias resistentes a vários antibióticos são denominadas Aliás, foi o principal mecanismo pelo qual o MRSA ganhou
superbactérias e as mais importantes atualmente são a ascendência sobre a meticilina (pertence ao grupo da
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
penicilina), onde ele modificou uma proteína de ligação à
penicilina (PBP)
Os B-lactâmicos se ligam a PBP, necessária para o inicio da
ligação cruzada entre peptideoglicanos e formação da parede
celular e as linhagens de MRSA modificaram o sítio de ligação,
permitindo ainda a síntese de uma parede celular adequada à
sobrevivência
4. EFLUXO DE ANTIBIÓTICO
Certas proteínas na membrana plasmática de gram atuam
como bombas que expelem os antibióticos, impedindo que eles
alcancem uma concentração efetiva
SINERGISMO
Quando o efeito de dois fármacos administrado juntos é maior
do que quando isolados
Um exemplo é para o tratamento da endocardite bacteriana
com a penicilina + estreptomicina
Penicilina dano na parede celular
Estreptomicina possui entrada facilitada e pode fazer a
inibição da síntese proteica
ANTAGONISMO
Quando o uso simultâneo de antibióticos tem menos eficiência
do que quando isolados
Um exemplo é o uso de penicilina + tetraciclina
Tetraciclina interrompe o crescimento bacteriano, é um
fármaco bacteriostático
Penicilina o tetraciclina interfere em sua ação porque ela
necessita do crescimento bacteriano para atuar
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
IMUNIDADE ADAPTATIVA
IMUNIDADE INATA
IMUNIDADE ADAPTATIVA
Indíviduos com imunidade celular deficiente, como pacientes
com AIDS, são extremamente suscetíveis a infecções com
bactérias intracelulares, além de fungos e vírus intracelulares
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
superior) do folículo piloso e glândula sebácea,
comprometendo o tecido subcutâneo próximo.
São nódulos dolorosos e profundos que se desenvolveram a
partir da foliculite e que evoluíram para drenagem espontânea
de material purulento (exsudato de pus)
CAUSAS
Embora os estafilococos façam parte da microbiota da pele,
podem causar problemas quando entram no corpo por meio de
um corte ou ferimento (arranhão ou lesão na pele)
Staphilococcus aureussó causa problemas quando um
ferimento funciona como porta aberta para que ele possa
penetrar no organismo e infectar o folículo piloso, dando origem
a pequenos nódulos vermelhos com um ponto branco no centro
em volta de um ou mais folículos pilosos, que coçam e doem.
Além da IFN-Y, o TNF produzidos por macrófagos ativados e
outras células, podem recrutar e ativar fagócitos o uso de lâminas de barbear, de roupas muito justas ou que
mononucleados para combater as micobatérias retêm umidade e calor, escoriações na pele, feridas cirúrgicas,
picadas de insetos, enfermidades como a acne e a dermatite,
E é por isso que pacientes com artrite reumatoide e outras uso tópico e contínuo de cremes esteroides e de antibióticos
doenças imunes tratadas com antagonistas de TNF se tornam podem comprometer a integridade dos folículos pilosos.
susctiveis a infecções com microbactericas, como a
mycobacterium tuberculosis
FURUNCULOSE PURULENTA
FATORES DE RISCO
BACTÉRIAS E IMUNIDADE
bacterianas é mais lenta, facilitando a ação das
bactérias
o O açúcar em abundancia no sangue serve de
alimentos para elas maior proliferação
o DM são mais suscetíveis a infecção bacteriana
Mecanismo que quebre a barreia cutânea (dermatite,
barbear, injeções, traumas e picadas de inseto)
FORMAÇÃO DO EXSUDATO
O aumento da permeabilidade vascular na inflamação leva à
saída de liquido rico em proteínas + células sanguíneas +
células necróticas = exsutado
O pus observado na furunculose é porque o exsudato
produzido é rico em neutrófilos necróticos que interagiu com a
bactéria, provocando lesão tecidual.
A viscosidade do pus é devida principalmente ao conteúdo de
DNA dos próprios neutrófilos
PREVENÇÃO
REFERÊNCIAS
Revisão sistemática: influência do parto na imunidade do
neonato Fernando Antonio Ramos et al (2019)
Imunologia celular e molecular ABBAS 9ª edição
Microbiologia Tortora 12ª edição
VÍRUS E IMUNIDADE
Os vírus são entidades que Vírus envelopados
Contem DNA ou RNA O envelope consiste em uma combinação de lipídeo,
Tem revestimento proteico que envolve o ácido nucleico carboidrato e proteína
(mas as vezes tem os envelopados, com proteínas lipídios
Os envelopes, em alguns vírus, podem conter projeções
e carboidratos)
chamadas espículas, que são complexos carboidrato-proteína
Multiplicam-se no interior da célula usando sua maquinaria
que podem se ligar à superfície das célula hospedeira
sintética (pois eles não possuem enzimas próprias)
Induzem síntese de estruturas especializadas que podem
transferir o material genético viral para outras células
ESPECTRO DO HOSPEDEIRO
É determinado pela exigência viral quanto à sua ligação
especifica à célula hospedeira e pela disponibilidade de
fatores celulares do hospedeiro que possam trabalhar para o
vírus Como o vírus influenza se agrega as hemácias pelas suas
Para que ocorra a infecção da célula hospedeira, os vírus espiculas, formando pontes entre eles e a agregação
precisam apresentar tropismo aos receptores específicos resultante é chamada de hemaglutinação
presentes na superfície celular, ou seja, aqueles que interagem As espículas podem sofrer mutação e, dessa forma, escapar
quimicamente dos anticorpos produzidos na resposta imune, impedindo-os
O vírus que infecta bactérias são os bacteriófagos de inativar e interromper a infecção do vírus. Por esse motivo
que contraímos gripe mais de uma vez, pois o influenza
ESTRUTURA VIRAL frequentemente sofre alterações nas espículas
CAPSÍDEO E ENVELOPE
O ácido nucleico é revestido pelo capsídeo, com
subunidades de capsômeros, formado de proteína e
constitui a maior parte da massa viral
Vírus poliédricos
Podem ser proteínas de um único tipo ou de vários tipos
diferentes, vai depender do vírus Possuem muitas faces, como o adenovírus
Vírus complexos
Como os bacteriófagos que possuem estruturas adicionais
aderidas, a cabeça é onde fica o genoma viral
VÍRUS E IMUNIDADE
MULTIPLICAÇÃO VIRAL
O tempo da multiplicação viral no qual vírions completos e
infecciosos ainda não são encontrados é chamado de período
de eclipse, que acaba com o aparecimento do vírus, porque
nesse momento só tem os pedaços produzidos (DNA e
proteína)
Já o período de latência é definido pelo tempo de início da
infecção até o aparecimento do vírus extracelularmente
VÍRUS E IMUNIDADE
ADSORÇÃO Pode acontecer a penetração e gerar um ciclo lítico, levando a
produção de novos fagos e a lise celular
Sítio de adesão do vírus se liga a seu sítio do receptor
complementar nas paredes celulares das célula bacteriana, Mas também pode acontecer do DNA circular se recombinar
formando uma interação química de ligações fracas com o DNA bacteriano, se tornando um prófago
Além disso, esses bacteriófagos usam suas fibras da cauda Os genes do prófago vai ser reprimidos por 2 proteínas
que atuam como sítios de adesão codificadas no gene do prófago, interrompendo a transcrição
dos genes do fago, assim, a síntese a liberação de novos
PENETRAÇÃO vírions são desligados
Os bacterifagos contraem a bainha do caudo e injetam seu Sempre que a maquinaria celular replicar seu cromossomo, o
DNA dentro da bactéria, para isso, a cauda do fago libera a prófago também será replicado e se um evento espontâneo ou
lisozima fágica que degrada uma porção da parede celular a ação da luz UV ou de determinadas substancias químicas
acontecer, pode levar a excisão (salto) do DNA do prófago e
O capsídeo permanece do lado de fora, apenas o material
início do ciclo lítico
genético entra
CONSEQUÊNCIAS DA LISOGENIA
BIOSSÍNTESE
1ª consequência
Quando o material genético do fago alcança o citoplasma,a
síntese proteica do hospedeiro é interrompida pela Células lisogênicas são imunes à reinfecção pelo mesmo fago,
degradação do seu DNA induzida pelo vírus, pela ação das mas as células normais hospedeiras não
proteínas virais
2ª consequências
Todo o RNA transcrito na célula corresponde ao MRNA
transcrito a partir do DNA do fago para a síntese de enzimas É a conversão fágica, ou seja, a célula bacteriana hospedeira
virais e das proteínas do capsídeo, pois os ribossomos, as pode exibir propriedades de genes codificados que estarão no
enzimas e os aa da célula hospedeira são usados na tradução prófago
Por exemplo, a bactéria que causa difteria só pode produzir a
MATURAÇÃO
toxina que causa a doença quando ela está carregando um
Aqui, os vírios são completos formados a partir do DNA e dos fago temperado, pois o gene que codifica essa proteína está no
capsídeos do bacteriófago prófago
Para a montagem, a cabeça recebe o DNA viral e depois se liga O mesmo acontece com a toxina produzida pela bactéria que
a cauda causa o botulismo
LIBERAÇÃO 3ª consequência
A célula hospedeira sofre lise, rompimento da membrana Torna possível a transdução especializada, onde os genes
plasmática, realizado pela lisozima codificada por um gene bacterianos podem ser transferidos para outra bactéria, esse
viral sintetizado dentro da célula que destrói a parede celular processo é mediado pelo fago lisogênico, que empacota o
bacteriana, liberando os bacteriófagos produzidos DNA bacteriano junto ao seu
VÍRUS E IMUNIDADE
3. DESNUDAMENTO
É a separação do ácido nucleico viral do seu envoltório
proteico e esse processo varia de acordo com o tipo de vírus,
alguns usam enzimas lisossomais da cél hospedeira, outros
usam sua própria enzima codificada pelo genoma vieral
(desnudamento do poxvírus que causa a varíola)
4. TRANSCRIÇÃO
Esse processo varia de acordo com o vírus
Alguns vírus animais podem permanecer latentes dentro das
células por muito tempo, sem se multiplicar ou causarem Vírus de DNA, RNA e retrovírus
doenças
2. PENETRAÇÃO
Muitos vírus penetram por endocitose mediada por receptor,
onde a membrana plasmática se envagina e envolve o vírus,
formando vesículas
Alguns que são envelopados podem penetrar por um processo
de fusão, onde o envelope viral se funde com a membrana
plasmática
ETAPA 1-2
Ocorre a adsorção, penetração e desnudamento para que o
DNA seja liberado no núcleo da célula
ETAPA 3
Ocorre a transcrição e tradução da parte do DNA viral que
codifica os genes precoces, como enzimas requeridas para a
multiplicação do DNA viral (precisa fazer logo)
VÍRUS E IMUNIDADE
Na maioria, a transcrição é realizada pela transcriptase do
hospedeiro (RNA-polierase), mas os poxvírus usam sua
própria transcriptase
ETAPA 4
Depois ocorre a transcrição dos genes tardios que são
proteínas do capsídeo e as outras estruturais
ETAPA 5
Depois da transcrição, há a tradução e síntese do capsídeo,
que ocorre no citoplasma da célula
ETAPA 6
As proteínas do capsídeo montadas no citoplasma migram para
o núcleo e se juntam como DNA viral, formando o vírus
completo (virion)
ETAPA 7
Vírion liberado da célula hospedeira
Este último, sintetizam seu DNA a partir de RNA, usando a Após o desnudamento, o RNA viral é traduzido em 2 proteinas
transcriptase reversa viral uma vai inibir a síntese de RNA da célula hospedeira e a
outra é a RNA-polimerase dependente de RNA
REPLICAÇÃO DE UM VÍRUS DE RNA
Essa enzima copia a fita senso e transforma na fita negativa
Os vírus de RNA se multiplicam da mesma forma dos de DNA, (antissenso), que vai atuar como molde para a produção de
mas eles se multiplicam apenas no citoplasma fitas positivas
Todos os ribovírus possuem uma RNA-polimerase Essas novas fitas positivas podem servir como RNAm e traduzir
dependente de RNA, que não é codificada em nenhum as proteínas do capsídeo. Posteriormente, o capsídeo junta-se
genoma celular e está nos genes virais, que são traduzidos pela com o material genético no processo de maturação
célula hospedeira
RNA + RNA - síntese de outras RNA + síntese
Essa enzima é responsável por catalisar a síntese de outra proteica capsídeo
fita de RNA, complementar à sequencia de bases da fita
infecciosa original Obs: de + vira porque são fitas complementares, por isso não
pode ser a cópia uma da outra por causa da ligação das bases
Obs: RNA + funciona como RNAm pois ele consegue fazer complementares
síntese proteica, já o RNA não consegue ser lido por nenhum
ribossomo, pois ele não contem informação de proteína RIBOVÍRUS DE CADEIA NEGATIVA
Como os rabdovírus, vírus da raiva que contem uma fita de
RNA simples negativa
Apresentam uma RNA-polimerase dependente de RNA
também que usa a fita negativa como molde para uma positiva.
Essa fita positiva vai atuar como molde para a síntese de RNA
e para a síntese proteica
RNA - RNA + forma RNA e promove a síntese proteica
para produzir capsídeo e proteínas virais
VÍRUS E IMUNIDADE
RIBOVÍRUS DE RNA DE FITA DUPLA Maturação e liberação dos vírus envelopados
Como os reovírus que são capazes de causar infecções nos Nesse caso, as proteínas do envelope vão ser codificadas por
tratos respiratório e intestinal genes virais e incorporadas na membrana do hospedeiro, onde
já tem lipídeo e carboidrato (pois o envelope é formado por
O capsídeo de fita dupla é digerido depois da penetração, o esses 3 tipos de molécula)
RNAm vai ser produzido no citoplasma, onde vai ser usado
para sintetizar as proteínas virais Após a montagem do capsídeo com o ácido nucleico, o vírus
empurra a membrana da célula contendo o envelope, formando
Uma delas atua como RNA-polimerase dependente de RNA um vírus envelopado
para a produção de novas fitas negativas
O brotamento não mata a célula imediatamente, em alguns
O RNAm e a fita negativa formam o RNA de dupla-fita que vai casos ela até sobrevive
ser envolto pelas proteínas do capsídeo
VÍRUS E IMUNIDADE
PATOGÊNESE DOS VÍRUS Também pode ocorrer diretamente pela mordida do
hospedeiro reservatório (raiva) ou indiretamente pela picada
O efeito patogênico do vírus pode ser analisada por alterações do vetor inseto, como o mosquito
que ocorre nas células e o processo que ocorre no paciente
infectado
A patogênese no paciente infectado envole:
1. Transmissão e entrada no hospedeiro
2. Replicação e dano nas células
3. Disseminação a células e órgãos
4. Resposta imune
5. Persistência do vírus (infecção latente) INFECÇÕES LOCALIZADAS OU DISSEMINADAS
Os estágios de uma infecção típica do vírus envolve: Localizadas
1. Período de incubação (paciente assintomático) Como o resfriado, que é localizado na sua porta de entrada
2. Período prodrômico (ocorrem sintomas inespecíficos) trato respiratório superior
3. Período específico da doença (manifesta sinais e
sintomas característicos) Gripe que pode ser localizada principalmente nos tratos
4. Período de recuperação respiratórios superiores e inferiores
Disseminadas
TRANSMISSÃO E PORTA DE ENTRADA
Podem disseminar-se sistemicamente como a poliomielite
Os vírus e suas portas de entrada são variadas
paralítica, uma das mais conhecidas:
Disseminação interpessoal, por exemplo secreções
respiratórias, saliva, sangue, sêmen
PATOGÊNESE E IMUNOPATOGÊNESE
Patogênese
Os sinais e sintomas das doenças virais são resultantes,
principalmente da morte celular pela inibição da síntese de
macromoléculas induzida pelos vírus
VÍRUS E IMUNIDADE
Essa morte vai resultar na perda da função e nos sintomas da Vírus do sarampo, catapora e da raiva apresentam apenas
doença, como: 1 sorotipo sofremos infecção apenas 1x na vida, onde
produzimos anticorpos e ficamos imunes
Poliovírus morte de neurônios motores paralisia
muscular Rinovírus mais de 100 sorotipos resfriado comum
corriqueiro
Vírus Ebola dano às células do endotélio vascular pela
glicoproteína do evelope viral hemorragia ANTI-ANTICORPOS
Imunopatogênese O vírus HIV (aids) infecta apenas células com a proteína
marcadora CD4, a maioria são os linfócitos TCD4 do sistema
Existem outras doenças em que a morte celular é causada por
imune, pois seus sítios de ligação são complementares aos do
ataque imunológico, onde as células T citotóxicas e os
vírus
anticorpos desempenham papel importante
Porém, as moléculas de anticorpos produzidas são muito
Hepatite A, B e C expressam antígenos virais na superfície
grandes para fazeres contato com o sítios de ligação da célula
dos hepatócitos CTL reconhece e provoca a morte dos
TCD4, consequentemente, é difícil para que eles destruam o
hepatócitos
HIV
Hepatite B provoca deposição de complexos vírus-
anticorpos-complemento em diferentes tecidos resultam na MUDANÇAS FUNCIONAIS
artrite precoce observada Algumas infecções mudam a função da célula hospedeira sem
causar alterações visíveis
MECANISMOS VIRAIS PARA EVASÃO DAS DEFESAS DO
HOSPEDEIRO Como o vírus do sarampo, se liga a seu receptor CD46 que
induz a célula a reduzir a produção de IL-12 (ativa células NK
DISFARCES DE CITOCINAS e ajuda na transformação em TH1) diminuindo a capacidade do
Alguns vírus codificam proteínas que se ligam a receptores hospedeiro de combater a infecção (reduz uma resposta Th1
para vários mediadores da imunidade (como receptor para IL- efetiva)
1, TNF) provocando a redução das defesas do hospedeiro e A CÉLULA INFECTADA
aumentando sua virulência
Os vírus obtêm acesso às células que eles possuem tropismo,
Vírus da vacínia codifica proteína que se liga a IL-1 por exemplo, o sítio de ligação do vírus da raiva mimetiza a
bloqueia capacidade dos mediadores de interagir com os acetilcolina, assim, ele entra na célula juntamente com o
receptores diminui resposta de defesa neurotransmissor
VIROCINAS MORTE
São fatores de virulência viral que correspondem a proteínas Provavelmente ocorre porque os vírus inibe a síntese de
que impedem a resposta imune macromoléculas (da célula, mas a síntese de proteínas virais
HIV reduz a expressão de MHC-I reduz capacidade de ainda ocorre)
CTL matarem as células infectadas pelos vírus A morte também pode ser causada por um acumulo de muitos
Vírus do sarampo bloqueia a síntese de IL-12 reduz vírus em multiplicação, pelos efeitos das proteínas virais na
resposta Th1 efetiva membrana etc
A existência de muitos antigênicos implica na infecção do Um exemplo são os corpúsculos de inclusão, grânulos
individuo diversas vezes pelo mesmo vírus, o qual vai encontrados no citoplasma ou no núcleo das células infectadas
apresentar sorotipos diferentes, como ocorre no resfriado (podem ser partes virais produzidas por exemplo) e são
comum e que contribui para a dificuldade de desenvolver caracterizados pela sua capacidade de coloração (acidófilos ou
vacinas basófilos, depende do corante)
VÍRUS E IMUNIDADE
Eles são importantes na identificação do agente causador da
infecção, como o vírus da raiva produz corpúsculos de Negri
no citoplasma de células nervosas, sua presença no tecido
cerebral do animal pode ser usada como diagnostico
FUSÃO DE CÉLULAS
Isso origina células gigantes multinucleadas, como as
formadas nas infecções causadas por herpevírus e
paramixovírus
Ocorre como resultado da alterações na membrana, causada
pela inserção de proteínas virais
O diagnostico clinico por infecção pelo herpevírus pode ser pelo
achado de células gigantes multinucleadas com inclusões
intracelulares eosinofílicas em raspados de pele
REFERÊNCIAS
Imunologia celular e molecular ABBAS 9ª edição
Microbiologia Tortora 12ª edição
Doença do Coronavírus 2019 (COVID-19) BMJ Best Practice
atualização 2021
Revisão de Paulo Meira (endocrinologista) Fisiopatologia,
transmissão, diagnóstico e gestão da COVID-19 (2020)
Palestras COVID Marileia
Killing
PORCÉIUIASNK
Inata : tosse , espirra
ceras barreiras
Obs : OIFNYIINCIUI formas de IFN ✗ CIFN B) sciosecreta nas reações de centro germinativo
.
- -
da mucosa
2. Porthos
• TCDUT
• eliminam células infectadas com microrganismo
intrãe -
PAMP
A •
•
receptor NRGRLD reconhece MHC -1 nas células IL -
12.x -
Apresentação cruzada
2. Eliminação por CTL 'S Killing
nucleases
secreção de IFN -
Y
Apresentado cruzada
• félitecidílal infectada ☐
Dcfagocita rprocessa
•
ativação de nucleares degradam :
genomas virais
carcinoma hepático
•
secreção de citocinas COMIFN Y -
nativa fagócitos
EHCV ( hepatite c)
IMO) que pode ter alguma atividade anti viral -
•
Obsioncovírus → HPVÉO mais comum →
cade coiote
citocinas produzidas por LTCDUTOUCOCSTIMU/ adores expresa Útero
sosem células infectadas ↳ praieiros
se transformarem tumor
↳ célula pode
Oupossuemoncogenesouelesativaramoncogenes
quejá existiam nas células hospedeira
obs : em
algumas infecções virais , a lesão tecidual pode
ser causada por CTL 's
D hepatite Bemqueosvírus expressa proteínas
• envelopado
a proteína slspike) dá o aspecto de coroa do vírus
2. transmissão do vírus
A respiratória é a
saliva
• dominante :
alvo
3. Apresentação clínica
ODS : O que vai definir se a doença irá se disseminar para
outros
órgãos é resposta sítio de entrada imune no
vírus /
trato
a do
respiratório superior
5. Diagnóstico
* RT PCR -
•
Detecta o RNA viral pela transcrição reversa seguida da reação em
IA : mto COMUM cadeia da polimerase ( PCR) por meio de swab nasal
4. Fisiopatologia
anosmia + auges
*
SOMOS ia
• Proteína SISPIKCI se liga ao receptor da enzima conversora de
• não pode ser Usada como teste diagnóstico independente para
angiotensina 2 IECA 2) , seguida pela internalização do vírus
infecções agudas por SARS COV
-
2
as
-
.
•
pode ser útil em outros cenários clínicos • teste molecular
↳ condensação
gasosa
• coagulação intravascular difusa ( Porcausado excesso
de TNF )
• pode evoluir para sepseeparaa falência de MUHIPIOS
órgaoslemorte)
Iqm
44 IGG
•
• V44 V4
CÉIB Y Y II. 1. IL GFFN "
-
A
A q
mrc-ttq.ffn.pe
IL -2
inflamatória
Tempestade
IFNY
☐
o
/
• DIFN -1
THI
Imunopatogênesee patogênese
-
estado antiviral *
IL -12°
'
Il 12
-
Patogênese
•
:
. NK ↳ éo desequilíbrio imunológico onde a inflamação ,
ii.
" •
tho mi IL -2 está muito mais exarcedadadoq.ve a regulação , poisa análise
laboratorial da COVID -19 demonstrou :
•
porcausadascit0cinasequimiocinasproauzidasque@EIfN.y
•
↳
"
" ICCTUTAMACÁIUIOIPONAOIOCAI
e IFN
" de inflamação
cppt
MACTRÓFAGO ^ #
Aumento de neutrófilos
o
MAC •
Hiper citocinemia : aumento de IL -1 .TL -2 IL
, ,
-
7) Il
-
G , Il 12 ,
-
AÍ
Ã
IFN -
YCTNF - ✗
2. Háa diferenciação emthlqvesecretacitocinasqueativa efeito tardio : desequilíbrio imunológico, pois há intensa ativação
macrófagos expansão clonal de LBELTC Secreta também dos .li/anticorpo.hipercitocinemiqLT,malrot-aqqneutroifil0/ enquan -
FUNGOS E HIV
Fazem parte do reino fungi e são quimio-heterotróficos e se Hifas cenocíticas
alimentam por absorção, são multicelulares (menos as
leveduras) e a maioria se reproduz por esporos sexuados e Em algumas classes, as hifas não contem septos, e se
assexuados apresentam como muitas células longas e continuas com
muitos núcleos
ESTRUTURAS VEGETATIVAS
As hifas crescem por alongamento das extremidades, Elas podem ser anaeróbicas facultativas, por isso podem
formando novas hifas sobreviver em vários ambientes
Hifa vegetativa porção da hifa que obtem nutrientes Ou seja, se tiver oxigênio, elas vão respirar de forma aeróbica
para metabolizar carboidratos CO2 + H2O como produtos
Hifa reprodutiva ou aérea porção envolvida na reprodução,
ela se projeta acima da superfície do meio sobre o qual o fungo Se tiver não tiver oxigênio, elas vão fazer fermentação dos
está crescendo carboidratos etanol + CO2
A fermentação é usada pra fabricar cervejas e vinhos, já as
espécies saccharomyces fazem a fermentação e são usadas
para o crescimento de massas de pães
Leveduras de brotamento
Como as Saccharomyces, se dividem de forma desigual, onde
a célula parental forma um broto que se alonga, adquire um
núcleo (que veio da divisão do núcleo da célula parental) e
depois se separa, formando outra levedura
Na maioria dos bolores, as hifas contem septos que dividem A cândida albicans se aderem nas células epiteliais a forma
as estrutura multinuclear, formando muitas células de leveduras, mas quando elas precisam invadir tecidos
uninucleadas distintas profundos se tornam pseudo-hifas
FUNGOS E HIV
Conidiósporo
É um esporo unicelular ou multicelular que não é envolvido
por uma bolsa e são produzidos na extremidade de um
conidióforo, produzidos por Penicillium e Aspergillus
Existem tipos de conídios
Artroconídios formados pela fragmentação de uma hifa
septada em célula únicas e espessas
Leveduras de fissão
Blastoconídio formado a partir de um broto gerado de uma
Como Schizosaccharomyces, se dividem formando 2 novas célula parental, encontrado em algumas leveduras como a
células iguais. Candida Albicans
Durante a fissão, a célula parental se alonga, e seu núcleo se Clamidoconídio esporo de parede espessa, formado pelo
divide formando 2 células filhas arredondamento e alargamento no interior de um segmento de
FUNGOS DIMÓRFICOS hifa, que também é encontrado na Candida Albicans
ESPOROS SEXUADOS
CICLO DE VIDA
Resultam da fusão de núcleos de 2 linhagens diferentes de
Fungos podem se reproduzir de maneira sexuada ou fungos de mesma espécie, sendo produzidos com menor
assexuada formando esporos, que são completamente frequência do que os esporos assexuados
diferentes dos endósporos de bactérias. Embora eles possam Os organismos que crescem por meio desse tipo de
sobreviver por muito tempo em ambientes secos ou quentes, a
reprodução apresentam características genéticas de ambas as
maioria não tem a mesma tolerância extrema e lengevidade do linhas parentais. Esse tipo de reprodução envolve 3 etapas:
que os endósporos bacterianos
1. Plasmogamia
Os esporos são formados a partir de hifas aéreas
um núcleo haploide de uma célula doadora penetra no
ESPOROS ASSEXUADOS citoplasma de uma receptora
São produzidos por fungos por meio de mitose e posterior 2. Cariogamia
divisão celular, sem fusão de núcleo. 2 tipos de esporos
assexuados são formados: conidiósporo e esporangiósporo os núcleos se fundem, formando um zigoto haploide
FUNGOS E HIV
3. Meiose com aids, sendo uma infecção oportunista emergente em
pacientes imunocomprometidos e em idosos
o núcleo diploide origina um núcleo haploide, esporos
sexuados, dos quais alguns podem ser recombinantes
genéticos
ASCOMYCOTA
Incluem fungos com hifas septadas e algumas leveduras, seus
esporos assexuados são conídios (significa pó, pois são
facilmente liberados do conidióforo, flutuando no ar como
ADAPTAÇÕES NUTRICIONAIS poeira)
São quimio-heterotróficos e, assim como as bactérias, O esporo sexuado é o ascósporo produzidos dentro de um
absorvem nutrientes ao invés de ingeri-los, como os animais asco, por fusão dos núcleos de duas células
Crescem melhor em ph ácido (5)
Fungos filamentosos são aeróbicos e a maioria das
leveduras são anaeróbias facultativas
Resistente à pressão osmótica, conseguem viver em
ambientes com altas concentrações de sal ou açúcar
Podem crescer em substancias com muito pouca umidade
Essas características permitem que eles se desenvolvam em
substratos improváveis, como paredes de banheiro, couro de
sapatos e jornais velhos
ZIGOMICETO
São fungos filamentosos saprofíticos que apresentam hifas BASIDIOMYCOTA
cenocíticas, como o mofo preto do pao Rizhotopus Inclui fungos de hifas septadas que produzem cogumelos. Os
stolonifer basidiósporos são formados no basídio externamente
Os seus esporos assexuados são os esporangiósporos que
se dispersam e se caírem em um meio adequado, irão germinar
e formar um novo talo de fungo
Os seus esporos sexuados são os zigósporos
MICROSPORÍDIOS
Não possuem mitocôndrias nem microtubulos, e são parasitos
intracelulares obrigatórios
Associados a diarreia crônica e ceratoconjuntivite (inflamação
da conjuntiva próxima à córnea), particularmente em pacientes
FUNGOS E HIV
MICOSES SUPERFICIAIS
Os fungos que causam elas estão ao longo dos fios de cabelo
e nas células epidérmicas superficiais, prevalentemente em
climas tropicais
MICOSES OPORTUNISTAS
Um patógeno oportunista se torna patogênico quando o
hospedeiro está debilitado ou traumatizado, sob tratamento de
antibióticos de amplo espectro, imunossuprimidos por drogas
ou distúrbios ou aqueles com doença pulmonar
Pneumocytis
Patógeno oportunista encontrado em indivíduos
imunucomprometidos, como os pacientes com aids, podendo
ser fatal
Mucormicose
Causada por Rhizopus e Mucor, ocorrendo principalmente em
pacientes com DM, leucemia, ou tratamento com fármacos
DOENÇAS FÚNGICAS imunossupressores
As principais são a plasmose e cocciodiodomicose Tricocenos são toxinas fúngicas que inibem a síntese proteica
nas cel eucariota, e a ingestão dela causa calafrios, cefaleias,
MICOSES SUBCUTANEAS náuseas, vômitos e distúrbios visuaus, como as produzidas por
fungos que crescem em grãos e revestimento de gesse usado
Localizadas abaixo da pele e causada por fungos saprofíticos nas paredes da casa
que vivem no solo e na vegetação. Um exemplo é a
esporotricose adquirida por fazendeiros/jardineiros que ocorre Cândida albicans e Trichophyton, são fungos que causam
por implantação direta dos esporos ou de fragmentos de infecções cutâneas e secretam proteases, capazes de
micélio em uma perfuração na pele modificar as membranas celulares do hospedeiro permitindo a
aderência do fungo
MICOSES CUTÂNEAS
A aflatoxina é produzida por Aspergillus flavus durante seu
São os fungos dermatófitos que causam dermatomicoses, na crescimento em manteiga de amendoim por exemplo, ela
epiderme, cabelo e unhas. Esses fungos secretam possui propriedades carcinogênicas
queratinase, degradando a queratina encontrada nessa
regioes, podendo a infecção ser transmissível por contato Alguns cogumelos produzem micotoxinas, como a faloidina e
direto ou com fios e células epidérmicas infectadas (tesouras
de cabelo, piso de banheiro)
FUNGOS E HIV
São neurotoxinas potentes que a sua ingestão do fungo INVASÃO NA PELE
Amanita pode levar a morte
Ocorre em áreas quentes e úmidas, quando os dedos e unhas
são imersos em água com frequência, como lavar pratos
As assaduras em crianças podem ocorrer quando as fraldas
úmidas não são trocadas imediatamente
CANDIDIASE
É uma levedura que faz parte da microbiota normal das
membranas mucosas do trato respiratório superior, TGI e trato
genital feminino. Nos tecidos, pode ocorrer de forma
leveduriforme ou como pseudo-hifas.
Na forma de pseudo-hifa, a cândida é resistente à fagocitose,
importante fator de patogenicidade
São microrganismos oportunistas, que não fazem mal aos
que são saudáveis, mas quando há uma queda da imunidade VAGINITE
eles podem se tornar patogênicos c.albicans também é uma causa comum de vaginites, onde as
O uso de antibióticos pode suprimir a microbiota bacteriana lesões causam irritações, como coceira intensa, uma descarga
(lactobacilos), aumentando o PH da pele e provocando o espessa, coalhada e amarela, com cheiro leveduriforme ou
crescimento excessivo do fungo sem odor
Como está presente normalmente na pele e nas mucosasm Uso de contraceptivos orais e gestação aumento de
pode infectar o individuo quando há instrumentos que penetram glicogênio na vagina
na pele, como agulhas (drogas intravenosas) e cateteres, Hormônios é menos comum antes da puberdade e
quebrando uma barreira contra o fungo depois da menopausa
Diabetes não controlada as áreas da pele são
CANDIDIASE ORAL naturalmente mais úmidas, tendendo a ser infectadas pelo
fungo
Ou sapinho, é frequentemente observada em recém-
nascidos, cuja microbiota normal ainda não se estabeleceu, Gravidez mudanças nos hormônios, o PH fica mais
tendo o crescimento excessivo do fungo. Isso porque os ácido, morrendo os lactobacilos. Além disso, progesterona
lactobacilos presentes na região normalmente suprime o e estrogênio reduz a resposta TH1, deixando mais
susceptíveis infecções por microrganismos intracelulares
crescimento do fungo
Então, quando a defesa local ou sistêmica do hospedeiro CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA
estiver enfraquecida, a doença poderá ocorrer Acontece quando, em pessoas suprimidas, o fungo se
dissemina e gera uma infecção prolongada da pele, das
mucosas orgal e genital.
Ocorre principalmente em pessoas com baixa imunidade de
células T e pacientes com mutações no gene codificador de IL-
17 e do receptor de IL-17 estão predispostos à CMC
•
são iguais as células T , mas não possuem TCR , ou seja , não expressam receptores capazes de reconhecer
antígenos
• sua ativação e expansão não são conduzidas pelo antígeno , mas sim por citocinas liberadas por
defesa inicial , pois são sempre células residentes nos tecidos de barreiras
epiteliais
importantes
• como
Órgãos Ê migram
,
diferente das células T que circulam nos linfóiaes
'
e para os tecidos só depois
fungos de
-23,1=1.1 • citocinas IL ,
IL -
6. TGF B- •
recrutam cativam ILC } residente
quimiooinas
• neutrófilos reforça
para recrutar
produção peptídeos • as barreiras epiteliais • de
iamosfunoosparaokilling intracelular
ASCÉIUIASTHA estimulam a inflamação / enquanto
neutrófilos
obs :
monócitos
e destroem os fungos Porisso que pacientes com
.
" ltoneutro.fi/OAcomoresuItadodedan0OUsupressOnamedUIaD0ssuem
:*
•
obsiascétulasdendriticasepidérmicassáocnamddasdr oé -
ktlasdelangernans .
det-l.IO/inibindoaatiVqcaodessasceIuIas.obs:OsqueratinJcitos
produção
pró inflamatória •
catelieidinasedefensinaspossuemproprie -
tecidual no hospedeiro .
FUNGOS E HIV
SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS)
A aids é causada por infecção pelo HIV, só que ela se refere
apenas à fase final da doença, porque só é considerado AIDS
quando a contagem de células TCD4+ é abaixo de 200
células/mm3 (o normal é 1.500)
VÍRUS HIV
A maioria dos casos de aids é causada pelo HIV-1, é um
retrovírus que infecta células do sistema imune e provoca a
destruição da arquitetura dos órgãos linfoides, pois eles
infectam células TCD4+, macrófagos e células dendríticas
Possui 2 fitas de RNA circundada por um envelope lipídico
derivado das células hospedeiras infectadas, mas contendo
proteínas virais, além disso, carrega consigo a enzima
Posteriormente, migra para o núcleo da célula e a enzima
transcriptase reversa, caracterizando-o como um
integrasse integra o DNA viral ao DNA da célula, formando um
retrovírus
pró-virus que pode permanecer latente no interior das células
por meses ou anos, se escondendo do sistema imune e das
terapias antivirais
Brotamento
CICLO DE VIDA DO HIV
Depois, acontece a montagem do vírus no citoplasma, onde o
O HIV infecta as células por causa da glicoproteína no RNA se liga ao capsídeo e a transcriptase e se direciona para
envelope, gp120 que se liga ao CD4, CXCR4 e CCR5 a membrana plasmática, contendo as proteínas do envelope
viral
Depois da adsorção, o vírus se funde com a membrana
celular e ganha espaço no citoplasma da célula O vírion então é liberado pelo processo de brotamento, o qual
não acontece a ruptura da célula
Infecção
A infecção é adquirida por
- relação sexual
- agulhas contaminadas por usuários de drogas intravenosas
Depois sofre o desnudamento pela protease viral e seu RNA - pela placenta, transfusão de sangue ou produtos sanguíneos
é liberado infectados
Como se trata de um retrovírus, a enzima transcriptase Ele é frequentemente disseminado pelas células
reversa sintetiza uma cópia de DNA a partir do RNA do vírus dendríticas, que capturam os vírus e os conduzem aos órgãos
FUNGOS E HIV
linfoides, onde entra em contato com as células TCD4+ e Então, as respostas imunes ajudam a depletar bruscamente os
estimula uma forte resposta imune inicial números virais no plasma sanguíneo dentro de semanas
Para ser infecicioso, precisa se aderir às células pelas quais ele A infecção pode ser assintomática ou causar linfadenopatia
possui tropismo, essa adesão é dependente da ligação da (edema nos linfonodos), porque os vírus estão sendo levados
glicoproteína da espícula gp120 com o receptor CD4+, para a região dos linfonodos
receptor de quimiocina CCR5 e CXCR4 presente nas
Porém, uma vez que o HUV estabelece um conjunto de TCD4+
células T, macrófagos e células dendríticas
infectadas de forma latente (o vírus lá dentro com o DNA
Patogenicidade integrado na forma de pró-vírus, afetando a função da célula T),
quase nenhum paciente consegue eliminar a infecção
Ele consegue se proteger do sistema imune porque ele completamente, pois os CTLs também necessitam do auxilio
permanece como forma de pró-virus dentro das células do TCD4 para dar uma resposta completa
hospedeiras
O vírus inibe a expressão das moléculas de MHC de classe I
pelas células infectadas, escapando da morte pelos CTL que
não são infectados pelos vírus
Também tem o modo de fusão célula-célula pela qual o vírus
se move de uma célula infectada para a vizinha não infectada
Ele também escapa das defesas imunes por apresentar
mudanças antigênicas, visto que a enzima transcriptase
reversa tem altas taxas de mutação
Imunodeficiência
A produção dos vírus leva à morte das células infectadas e das
não infectadas também células TCD4+, macrófagos e DCs
A expressão ativa do gene viral e a produção de proteína
interfere no metabolismo das células T, por isso elas são FASE 2- 3 A 8 MESES PÓS INFECÇÃO
exterminadas, mas morrem mais células não infectadas do O número de células TCD4+ diminui de forma constante, mas
que células T infectadas pelo vírus a replicação do vírus continua de forma controlada, por causa
Isso porque se acredita que as células T sejam cronicamente da TCD8+
ativadas, talvez pelas infecções comuns nos pacientes, e a Apenas uma quantidade pequena de células libera o HIV,
estimulação crônica leva à apoptose porque muitas estão com ele de forma latente ou proviral
Essa deficiência imune resulta da depleção de células T, DCs O declínio na resposta imune dessa fase pode se tornar
e macrófagos aparente por meio do surgimento de infecções persistentes
pela levedura C.Albicans, que pode emergir na boca,
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA INFECÇÃO POR HIV E
garganta ou vagina
AIDS
FASE 3 AIDS
É caracterizado por diversas fases, culminando na
imunodeficiência. A AIDS é diagnosticada quando a contagem de células TCD4+
está abaixo que 200células/mm3, causando uma linfopenia de
FASE 1 3 MESES T4
Nessa fase, a infecção pelo HIV estimula uma resposta inicial Importantes condições clínicas são indicadoras, como
bastante efetiva na 1ª e 2ª fase infecções dos brônquios, traqueia, ou dos pulmões aparecem
O fator mais importante talvez sejam as células T citotóxicas por C.Albicans, infecções nos olhos por citomegalovírus,
(CTLs) e os anticorpos neutralizantes, que impedem a pneumonia, toxoplasmose etc
infecção do vírus às células A progressão da infecção inicial pelo HIV até a AIDS
geralmente leva cerca de 10 anos
apoptose
células das
T atividade Porém
, pois aumentam sua .
, na AIDS ,
linfopenia reduz
deficiência
a TU essa citocina resultando
,
na
células de NK
•
Respostas adaptativas
* infecção e efeito citoDático nas células T
macrófagos
,
e células de ndríticas
Às células T •
infecção das células te efeito eitopa :
tico : morte
moleculares
•
glicoproteína gp
2. AS mutação dificultando a
células
120 constantemente sofrem , resposta pelas
B
3. OS pacientes possuem maior risco de infecções bacterianas extracelulares , por causa das res .
Destas T dependentes
.
*
Respostas das células t citotóxicas ICTL)
• Um dos principais fortemente ativados no início da infecção , mas também pode se tornar ineficiente :
não gera lise) os macrófagos fogo citam e também se tornam infectados Dessa forma
acaba
.
, ela
3. Há um declínio nas fases finais , por causa do auxílio que o TCDU faz para diferenciação das
células TC D8 tem CTL , o que levaria à escala da infecção e das doenças oportunistas
FUNGOS E HIV
INFECÇÕES OPORTUNISTAS DA AIDS Também pode ser usado o teste PCR para detectar o vírus
em sua fase precoce, antes do aparecimento do anticorpos,
As manifestações clinicopatológicas da AIDS na fase final são pois detecta o RNA viral,
principalmente resultado da suscetibilidade aumentada a
infecções e neoplasias, secundarias à imunodeficiência Obs: em bebes de mães infectadas pelo HIV que apresentam
anticorpos maternos circulantes interferem nos testes de
Infecções oportunistas convencionais para a detecção de anticorpos, por isso utiliza-
O patógeno fúngico Pneumocytis jiroveci e micobacterias se o PCR também
atípicas que são combatidos pela imunidade mediada por TRATAMENTO
células T, estão presentes no ambiente e não infectam
indivíduos hígidos O tratamento visa controlar a replicação do HIV e as
complicações infecciosas da doença
Mas, em pacientes com AIDS, há a proliferação excessiva dos
patógenos, causando as doenças Há principalmente o tratamento chamado de terapia de
combinação antirretroviral (ART) que são combinações de
Inclusive, muitas delas são causadas por vírus, como o fármacos que bloqueiam a atividade das enzimas
citomegalovírus, porque os pacientes apresentam respostas
ineficientes dos CTL, mesmo que o HIV não infecte as células Transcriptase reversa
TCD8. Isso porque as respostas do CTL muitas vezes Protease
requerem o auxilio das células TCD4+, que são os principais Integrasse
alvos do HIV
REFERÊNCIAS
Risco por infecções bacterianas extracelulares
Imunologia celular e molecular Abbas 9ª edição
Porque a resposta humoral, mediada por anticorpos, é
importante para promover a neutralização das bactérias e a Microbiologia Tortora 12ª edição
opsonização e posterior fagocitose e ativação do complemento Revisão micoses superficiais e os elementos da resposta
Porem, as respostas dos anticorpos também são imune de Paulo Ricardo Criado 2011
ineficientes, principalmente aqueles que requerem respostas Artigo Aspectos imunológicos pertinentes da infecção por HIV
T-dependentes de J.A machado caetano
Neoplasias
Os pacientes também possuem maior risco de neoplasias
causadas por vírus oncogênicos, os dois tipos mais comuns
são os linfomas de células B (causada pelo vírus Epstein-Barr)
e um tumor de pequenos vasos sanguíneos, denominado
Sarcoma de Kaposi (causado por herpes-vírus, eliminado via
resposta TH1)
DIAGNÓSTICO
O procedimento-padrao para a detecção de anticorpos contra
o HIV tem sido o teste de ELISA (detecta anticorpo)
Um problema do teste que detecta anticorpo é a janela de
tempo entre a infecção e o aparecimento de anticorpos
detectáveis, ou soroconversão, que pode ser de até 3 meses.
Os ensaios utilizam urina ou amostragem de sangue obtidos
por punção digital da polpa do dedo e esfregaço de fluido oral.
Devido a essa demora, um recipiente de um órgãos
transplantado ou de uma transfusão sanguínea pode se tornar
infectado pelo HIV mesmo que os testes de anticorpos não
tenham demonstrado a presença do vírus doador
ANERGIA
É a inativação de vida longa que acontecem quando os LT
reconhecem os antígenos sem níveis adequados de
coestimuladores. Elas sobrevivem, mas não conseguem
responder aos antígenos mais. Isso acontece por 2
mecanismos ou acontece um bloqueio da sinalização pelo
complexo TCR ou acontece uma ocupação de receptores
inibidores no lugar do CD28
DELEÇÃO: APOPTOSE DOS LINFÓCITOS MADUROS Os antígenos próprios são apresentados pelas APC em
repouso, favorecendo a anergia ou morte das células T porque
Existem 2 mecanismos prováveis de morte dos linfócitos T não induzem o 2º sinal
maduros induzida por antígeno próprio
Os microrganismos produzem reações imunes inatas, levando
1. Reconhecimento antigênico induz a produção de proteínas à maior expressão de moléculas coestimuladoras e citocinas
pró-apoptóticas nas células T que promovem a proliferação e diferenciação das células T e
Isso gera uma morte células por via mitocondrial, onde várias efetoras (isso ocorre por meio do NFK-B, depois da ativação da
proteínas mitocondriais surgem e ativam as capsases, que célula T)
são enzimas citosólicas que induzem a apoptose Os antígenos próprios estão presentes sempre, podendo
Obs: nas respostas imunes normais, a coestimulação e fatores causar a ativação repetitiva ou prolongada do TCR, que
de crescimento induz proteínas antiapoptóticas, neutralizando também promove anergia e apoptose
essas pró-apoptóticas. Já os antígenos próprios são
reconhecidos sem grande estimulação, prevalecendo as
proteínas pró-apoptóticas
2. Morte celular causada por receptores de morte
Quando acontece o reconhecimento de um auto-antígeno, há
a coexpressão de receptor de morte e de seus ligantes, e essa
interação entre ligante-receptor resulta na ativação das
capsases também e promove a apoptose
O mais conhecido receptor de morte é a proteína Fas (CD95)
expressa em muitas células e seu ligante FasL, expresso
principalmente em células T ativadas
TOLERÂNCIA DOS LINFÓCITOS B
O FasL-Fas induz a morte de células B e T expostas a
antígenos próprios Os antígenos que induzem tolerância aos linfócitos T eram
proteicos, já os que induzem aos linfócitos B podem ser
polissacarídeos próprios, lipídeos e ácidos nucleicos
Edição de receptor
Algumas que reconhecem antígenos próprios na medula,
podem expressar de novo os genes RAG faz recombinação
do gene de cadeia leve do anticorpo nova cadeia leve
produzida que se associa com a cadeia pesada que tinha =
novo receptor que não reconhece mais aquele antígeno próprio AUTOIMUNIDADE PATOGÊNESE
Essa edição reduz a probabilidade de que células B É uma resposta imune contra antígenos próprios (autólogos)
autorreativas potencialmente nocivas saiam da medula
Os principais fatores que vão levar ao desenvolvimento de uma
Morte por apoptose doença autoimune vão ser
Caso a edição falhar, as CB imaturas que reconhecem os Herança genética
antígenos próprios com alta avidez recebem sinais de morte e o Pode interferir nas vias da tolerância própria,
morrem por apoptose levando à persistência de linfócitos T e B
autorreativos
Essa seleção negativa elimina tanto as células B com
Estímulos ambientais, como infecções
receptores de alta afinidade para antígenos próprios quando
o Podem provocar lesão celular e tecidual e
para antígenos próprios solúveis que são abundantes
inflamação, permitindo a entrada e ativação dos
Se as proteínas solúveis são reconhecidas na medula com linfócitos autorreativos
baixa avidez, as células B sobrevivem, mas a expressão do
correceptor antigênico é reduzida, e elas se tornam anérgicas FATORES GENÉTICOS
A genética é um fator de susceptibilidade a doenças
autoimunes, gerando um risco hereditário atribuído
principalmente aos loci (lugar do cromossomo que carrega
genes) dos genes do MHC, o HLA
Em alguns casos, os genes associados à autoimunidade são
provenientes de mutações (muito raro) em vez de
polimorfismos comumente detectados
A incidência de uma doença autoimune em particular
frequentemente é maior em pessoas que herdaram um alelo do
HLA do que na população em geral
TOLERÂNCIA PERIFÉRICA
Porém, não basta só ter a predisposição genética, porque ela
Se os linfócitos B reconhecem um antígeno e não recebem sozinha não é a causa da doença, porém algumas hipóteses
estímulos da célula T (ou porque elas estão ausentes ou falam que alelos particulares do MHC são necessários para
porque são tolerantes) eles se tornam anergicos por um
bloqueio na sinalização do receptor antigênico
Mimetismo molecular
Algumas infecções microbianas podem produzir peptídeos
antigênicos que são parecidos com os antígenos próprios,
reagindo de maneira cruzada com eles. Por isso, o
reconhecimento desse antígeno parecido por uma célula T
normal, pode torna-la autorreativa, pois ela vai passar a atacar
as células próprias que eram parecidas com o antígeno
microbiano
A reação cruzada entre os antígenos microbianos e os
antígenos próprios são denominadas mimetismo molecular
Por exemplo, na febre reumática, anticorpos contra
estreptococos fazem reações cruzadas com um antígeno do
miocárdio e causam doenças cardíacas
DOENÇA DE GRAVES
Classe de reação de hipersensibilidade do tipo II, quando um
autoanticorpo se liga a um receptor de superfície celular, de
modo a estimular o receptor
É uma doença autoimune órgão-especifica em que anticorpos
(produzidos por linfócito B) imunoglobulinas estimulantes da
tireoide (TSIs) se ligam ao mesmo receptor do TSH, que é o
DOENÇAS AUTOIMUNES TSHR, estimulando a produção dos hormônios tireoidianos T3
e T4 uma das causas de hipertireoidismo
As doenças autoimunes são divididas em 2 padrões principais,
e ambas as doenças possuem tendência de serem crônicas, Essa ligação provoca a ativação da tireoide, que passa a
porque os auto-antigenos não são totalmente removidos do produzir muito hormônio tireoidiano (T3 e T4) e os níveis de
corpo (menos no caso de DM1 e tireoidite de Hashimoto): TSH ficam praticamente zero, por causa da retroalimentação
negativa de T3 na hipófise
Órgão-específicas
A expressão da autoimunidade é restrita ao órgão em questão
Tireoidite de Hashimoto e Doença de Graves limitada à
glândula tireoide
DM tipo 1 limitado ao ataque imune das células B
pancreáticas
Sistêmicas
São as doenças em que muitos tecidos do corpo são afetados,
como exemplo temos a LES e a síndrome de Sjogren 1ª, que
afetam diferentes tecidos pele, rins cérebros
Nesse caso, a doença autoimune, gerada por anticorpos e As hemácias opsonizadas com IgM e IgG interagem com os
células T autorreativas vai destruir a glândula, ao invés de receptores de Fc ou de receptor do complemento,
estimulá-la como na doença de Graves respectivamente, provocando a fagocitose e destruição delas,
processo que ocorre principalmente no baço
A destruição das células diminuem a produção dos hormônios
da tireoide, gerando hipotireoidismo Destruição por formação do MAC
Os anticorpos são produzidos contra a peroxidase e a As hemácias sensibilizadas com anticorpos são rompidas pela
tireoglobulina da tireoide e a participação dos linfócitos T formação do complexo de ataque à membrana do
envolvem a citotoxicidade do TCD8 complemento (MAC)
Peroxidase faz a oxidação do iodeto em iodo, porque ele
que consegue se ligar à tirosina
Tireoglobulina molécula produzida pela glândula com mais
de 70 aa tirosina, principais substratos que se combinam para
formar os hormônios da tireoide
A insulina no caso é um dos principais autoantigenos, então as Existem autoanticorpos produzidos contra a cadeia alfa do
células B pancreáticas de Langerhans são completamente receptor nicotínico de acetilcolina, muito presente nas células
REFERÊNCIAS
Patologia Básica Robbins 9ª edição
Imunologia básica Abbas 5ª edição
Imunologia celular e moleculat Abbas 9ª edição
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
RESPOSTA IMUNE A PARASITAS Protozoários que sobrevivem nos macrófagos
Incluem protozoários unicelulares, vermes multicelulares O principal mecanismo é a imunidade celular, onde há o perfil
(helmintos) e ectoparasitas (carrapatos e ácaros) Th1 que ativa macrófago pelas citocinas
IMUNIDADE INATA AOS PARASITAS O perfil Th1 produz IFN-Y ativa M1 capazes de destruir
os parasitas celulares
Fagócitos - protozoários
Perfil Th2 produz IL-10, IL-4 e IL-13 inibe a ativação
Protozoários TLRs reconhecem ativam fagócitos clássica de M0 os protozoários conseguem sobreviver e
fagocitose exacerbam as lesões, porque as citocinas de Th2 inibe a função
de destruição dos macrófagos
Porém, muitos deles são resistentes ao killink fagocítico e
podem até se replicar no interior dos macrófagos Por isso, as respostas Th1 ou Th2 determina a resistência ou a
suscetibilidade da doença, como uma infecção de
Fagócitos helmintos
camundongos por L. major
Podem atacar e secretar substancias microbicidas, porque eles
são muito grandes para serem fagocitados
Eosinófilos helmintos
Contribuem liberando os conteúdos dos grânulos que são
capazes de destruir os tegumentos dos vermes
Porém, muitos possuem tegumentos espessos que tornam
resistentes aos mecanismos citocidas de neutrófilos e
macrófagos
Complemento
Alguns helmintos podem ativar a via alternativa do
complemento, embora os parasitas recuperados de Protozoários que vivem nas células e depois lisam
hospedeiros infectados parecem ter desenvolvido resistência à elas
lise mediada pelo complemento Esses estimulam respostas específicas de anticorpo e CTL,
como os vírus citopáticos. Um exemplo é o parasita da malária
IMUNIDADE ADAPTATIVA
(reside nas hemácias e hepatócitos)
Protozoários que foram fagocitados e sobreviveram dentro da
Helmintos que sobrevivem
célula precisam de mecanismos parecidos com aqueles que
eliminam vírus e bactérias intracelulares É mediada pela ativação de células Th2, resultando na
produção de IgE e ativação de eosinófilos
Helmintos que sobreviveram nos tecidos extracelulares sua
eliminação depende de tipos especiais de resposta de
anticorpo
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
Algumas até podem contribuir para lesão tecidual, pois os Inibem a resposta imune do hospedeiro
parasitas e seus produtos induzem respostas granulomatosas
com fibrose ao mesmo tempo Alguns parasitas, como o Leishmania, estimulam o
desenvolvimento de células Tref que suprimem a resposta
Por exemplo, os ovos de S. mansoni no fígado estimulam imune o suficiente para que eles possam sobreviver
células TCD4, que ativam macrófagos e induzem reações DTH,
resultando na formação de granulomas ao redor dos ovos. PROTOZOÁRIOS
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
Os ciliados, como o Paramecium, reproduzem-se por Feita com os auxílios das organelas
conjugação
- pseudópodes
- flagelos
- cílios
Encistamento MORFOLOGIA
Sob certas condições, eles produzem o cisto (capsula
Apresenta 2 formas evolutivas: o trofozoíto e o cisto
protetora), permitindo a sobrevivência na ausência de alimento,
umidade, O2, temperaturas não favoráveis, compostos tóxicos
Trofozoíto
no meio
Permite também o parasito sobreviver fora do hospedeiro, São as formas não infectantes, nutrição por pinocitose através
quando são excretados de um para chegar no outro da membrana, reprodução assexuada por divisão binária
hospedeiro. A partir dele, novas células são produzidas
assexuadamente Encontrado no intestino delgado, responsável pelas
manifestações clinicas, eles conseguem aderir à mucosa
NUTRIÇÃO intestinal a partir do seu disco adesivo (formado por
microtúbulos, microfilamentos e por proteínas denominas
A maioria são heterotróficos aeróbicos, mas alguns giardinas)
intestinais conseguem crescer em anaerobiose, outros
possuem clorofila. Cisto
Todos vivem em locais com abundância de água e alguns Forma responsável pela transmissão do parasito, é oval e é
transportam seu alimento através da membrana plasmática. Os resistente à variações de temperatura, umidade e
que possuem película (cobertura protetora) precisam de outras desinfetantes. Pode durar até 2 meses até 1 ano no ambiente,
estruturas para se alimentarem. mas se ferver ele não consegue sobreviver
Cilicados se alimentam por ondulação de seus cílios para a
LOCOMOÇÃO
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
EPIDEMIOLOGIA masculinos (nesse contexto, pode ser uma DST). Esse tipo de
transmissão está ligada principalmente às condições
É uma zoonose em que sua maior prevalência em crianças sanitárias e de higiene pessoal inadequada
de 8 meses a 10 anos, sendo um sério problema de saúde
pública, principalmente quando está associado a quadros de
desnutrição e imunodeficiência.
1 cisto 4 trofozoítos
Intestino delgado
Indireta ingestão de água ou alimentos contaminados com Quando eles estão aderidos à mucosa, os movimentos
o cisto peristálticos são insuficientes
Transmissão direta pessoa-pessoa mãos contaminas e Obs: o muco é importante, pois além de ser um mecanismo
fômites (objetos), principalmente em creches e orfanatos, inato de defesa, contem proteínas como a lisozima com
membros da família e contato oral-anal pelos homossexuais
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
atividade bactericida e anticorpos IgA, dificultando a adesão (reação de hipersensibilidade) provoca edema da mucosa e
dos trofozoítos na mucosa contração dos músculos lisos peristaltismo
Ocorre principalmente no baixo íleo (intestino delgado) e no Mastócitos liberam fatores que ativam eosinófilos e
ceco (intestino grosso) por causa que o microambiente fica neutrófilos provocam o aumento das células no local da
desfavorável pra eles reação dá origem a uma reação inflamatória local lesão
das células epiteliais
Quando não conseguem se aderir depois de terem se soltado
da mucosa, eles ficam expostos a um ambiente ligeiramente RESPOSTA IMUNE AO PARASITO
alcalino, com baixos níveis de colesterol e rico em bile, que
desencadeia o processo de transformar em cisto novamente IMUNIDADE INATA
Nesse momento, começam a expressar polipeptideos e É uma rápida 1ª linha de defesa contra a colonização de
sintetizar polissacarídeos para a parede cística, o disco adesivo patógenos, trata-se um parasita extracelular
e os flagelos são armazenados dentro do parasito
Enzimas digestivas e bile
Mas a explicação mais plausível para a alteração morfológica Liberam IL-6 (citocina que apresenta a maior taxa na resposta
no epitélio intestinal é dada pelos processos inflamatórios imune dessa doença) que induzem ativação e maturação da
desencadeados pelo parasita célula B anticorpo IgA anti-giardia inibe o parasito de se
aderir nas células intestinais
Aumento da motilidade
Células dendríticas
Macrófago reconhece parasito ativa os linfócitos T
ativam os linfócitos B (T-dependentes) mudança de classe Aderidas ao endotélio, conseguem expandir os dendritos para
para IgA (por citocinas produzidas nos tecidos da mucosa) e o lumen intestinal e reconhecer os antígenos de giardia são
para IgE (IL-4) ativados, fagocitam o antígeno e processa migram para os
órgãos do sistema imune local apresenta via MHC-II +
IgE se liga aos mastócitos desgranulação liberação correceptores para as células T-naive
de histamina desencadeia uma reação anafilática no local
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
As células T ativadas liberam uma gama de citocinas que A má absorção é uma causa frequente de anemia ferropriva
modulam a resposta anti-giardia por causa da absorção ineficiente de ferro e das perdas
hemáticas. As crianças possuem maior risco a esse timo de
IMUNIDADE ADAPTATIVA anemia, pois estão em fase de crescimento e necessitam de
muito ferro
Se os mecanismos inatos não forem suficientes, os
hospedeiros imunocompetentes levam 3-5 semanas para Quadros graves
eliminar os parasitos
Paciente pode apresentar deficiências nutricionais, por
Como trata-se de um parasita extracelular, a principal resposta causa da má absorção de gorduras e nutrientes vitaminas
vai culminar na diferenciação de Th0 para Th17 , onde a DC lipossolúveis (ADEK), vitamina B12, ferro, lactose, ácido fólico
que reconheceu e apresentou o antígeno para o linfócito T, e glicose
secretou IL-6 que o induziu a se diferenciar em Th17
Elas raramente produzem danos sérios em adultos, mas nas
As células Th17 secretam IL-17, IL-21 e IL-22 reforça as crianças podem ter efeitos graves e comprometer seu
barreiras, produção de peptídeos antimicrobianos, recruta desenvolvimento físico e cognitivo
neutrófilos e monócitos
PREVENÇÃO
Há a produção de anticorpos séricos (IgG, IgM, IgA) e
intestinais (IgA anti-giardia) contra os trofozoítos no intestino Medidas de higiene pessoal lavar as mãos
Destino correto das fezes fossas, rede de esgoto
Também é observado a capacidade de monócitos, macrófagos Proteção dos elimentos
e granulócitos participarem da destruição de trofozoítos em Tratamento da água filtros de areia e de terra
reações de citotoxidade anticorpo-dependente (ADCC)
diatomácea conseguem remover os cistos
Cistos são destruídos na água fervente
Existem evidencias de que os cistos resistem à cloração
da água
DIAGNÓSTICO
Clinico
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
para evitar falsos-negativos, fazer pelo menos 3 amostras A locomoção se dá através de pseudópodes, ingere alimentos
fecais obtidos em dias alternados por fagocitose (partículas sólidas, bactérias, hemácias e restos
celulares) e por pinocitose (liquido)
Imunológico
A multiplicação se dá através de divisão binária
Com o objetivo de simplificar e aumentar a sensibilidade do
CICLO BIOLÓGICO
diagnóstico, uma variedade de testes imunológicos tem sido
proposta Cisto metacisto trofozoíto pré-cisto cisto
ENTAMOEBA HISTOLYTICA
Agente etiológico da amebíase (desinteria amebiana),
importante problema de saúde pública que leva a óbito mais de
100k de pessoas, sendo a segunda causa de mortes por
parasitoses
É um protozoário que vive no intestino grosso, e por ser
patogênica possui 4 fases:
Trofozoíto forma vegetativa, reside no intestino grosso,
É monoxênico (se desenvolve em 1 hospedeiro só)
com pseudópodes, se movimenta como lesma. Quando
proveniente de casos de desinteria pode apresentar eritrócitos O ciclo se inicia pela ingestão de cistos maduros junto a água
no citoplasma e alimentos contaminados
Pré-cisto fase intermediária entre o trofozoíto e o cisto, oval Final do intestino delgado/começo do grosso
Metacisto é um cisto multinucleado que surge no intestino Conseguem resistir ao ácido estomacal, depois no final do ID
delgado, passa por divisões e dá origem aos trofozoítos ou começo do grosso ocorre o desencistamento, onde o
Cisto a forma de resistência, são ovais metacisto sai por uma fenda na parede cística. Sofre muitas
divisões e origina 4 e depois 8 trofozoítos
1 cisto 1 metacisto 8 trofozoítos metacísticos
Intestino grosso
Migram pra lá e ficam aderidos na mucosa, vivendo de forma
comensal (não patogênica) alimentando-se de detritos e
bactérias
BIOLOGIA
Encistamento no cólon
Os trofozoítos de E.histolytica normalmente vivem na luz do
intestino grosso, mas podem penetrar na mucosa e produzir Por motivos não conhecidos, os trofozoítos podem se
ulcerações intestinais e em outras regiões do organismo: desprender da parede e no cólon sofre ação de desidratação
fígado, pulmão, rim, e cérebro (mais raro) e se transformam em pré-cistos, depois formam uma
membrana cística e viram cistos tetranucleados que são
São essencialmente anaeróbicos, mas toleram oxigênio, usam eliminados nas fezes normais e formadas, geralmente não
a glicose como fonte de metabolismo e assim produzem etanol são encontradas em fezes liquefeitas ou desintéricas
+ CO2 + ATP
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
Formas encontradas nas fezes resposta imune, estado nutricional, dieta, clima e hábitos
sexuais
Trofozoítos fezes diarreicas
A flora bacteriana também é capaz de aumentar a virulência
Pré-cistos fezes pastosas e formadas das cepas de E.histolytica, como a E.coli e Enterobacter.
Cistos fezes normais Colesterol, passagem sucessivas em diversos hospedeiros ou
reinfecções sucessivas podem aumentar a virulência também
CICLO PATOGÊNICO
Lesão das células da mucosa intestinal
Sob certas condições não conhecidas, podem invadir a
submucosa intestinal, se multiplicando e causando ulceras Por meio da forte adesão na célula, através de lectina contidas
na superfície das amebas, elas conseguem ser fagocitadas e
Isso permite a eles o acesso através da circulação porta lesionar as células
atingir fígado, pulmão, rim, cérebro ou pele, causando a
amebíase extra-intestinal Uma vez vencida essa barreira epitelial, os movimentos
ameboides e a liberação de enzimas proteolíticas
Os trofozoítos nessa forma são chamados de invasivos ou (hialuronidase, protease etc) conseguem progredir e destruir os
virulentos, e nos tecidos não formam cistos, são hematófagos tecidos
e muito ativos
Os trofozoítos se multiplicam e penetram os tecidos sob a forma
TRANSMISSÃO de microulcerações em direção à musculatura da mucosa,
lesionando principalmente a região do seco e
Ingestão de cistos maduros que podem estar contidos: retossigmoidiana.
Alimentos contaminados: verdura crua, alface, angriao, Ocasionalmente, podem induzir uma reação inflamatória
morango proliferativa com formação de uma massa granulomatosa
Água não tratada, contaminada por dejetos humanos comum na amebíase
Patas de baratas e moscas
Falta de higiene domiciliar facilita a disseminação de cistos Por fim, as amebas podem penetrar na corrente sanguínea,
dentro da família através da circulação porta chegar no fígado (principal órgão
extra-intestinal acometido), formando abcessos ou, mais
PATOGENIA E VIRULÊNCIA propriamente, necrose coliquativa
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A maioria das pessoas, de 80 a 90% são assintomáticos, o
que dificulta diagnosticar a doença, mas ela pode ser
confirmada após a detecção de cistos no exame de fezes
As formas sintomáticas da doença, no caso agudo de
desinteria amebiana
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
Complicações torácicas são comuns, causando amebíase EPIDEMIOLOGIA
pleuropulmonar e as vezes pericardite
É muito variável dentro de cada país, e em torno de 10% dos
PATOGÊNESE casos apresentam as formas invasivas. É mais comum em
regiões tropicais e subtropicais, mas o que determina mesmo
As amebas conseguem fagocitar os leucócitos
é a educação sanitária, alimentação dos povos e condições
(leucofagocitose) e consegue destruí-los para sua higiênicas
sobrevivência.
No brasil, a região amazônica é a de maior prevalência, e
Sabe-se que a E.histolytica é capaz de inibir a produção de
manifesta casos mais graves como as formas disentéricas e os
EROS em monócitos no sangue, contribuindo para a evsao do
abcessos hepáticos, mas no sul e sudeste são as formas de
parasito no processo de leucofagocitose
colites não-disentéricas e os casos assintomáticos
Os trofozoítos são capazes de induzir a apoptose de células do
Embora varie muito de região para região, alguns aspectos são
hospedeiro, limitando a inflamação e possibilitando o parasito comuns:
escapar da resposta imune
Transmissão oral por ingestão de cistos nos alimentos e
RESPOSTA IMUNE água
IMUNIDADE INATA É endêmica, geralmente não causa epidemia
Mais frequente nos adultos
Inflamação Trabalhadores de esgoto são mais atingindos
Cistos podem sobreviver por até 20 dias em condições
Sabe-se que as lesões da amebíase aguda levam a processos
viáveis (ao abrigo da luz e em condições de umidade)
inflamatórios
As células endoteliais lesadas produzem IL-1 recrutam PROFILAXIA
neutrófilos citocinas pró-inflamatórias que recrutam os Intimamente ligada à engenharia e educação sanitária
macrófagos
Acesso ao saneamento básico
Macrófagos e neutrófilos reconhecem trofozoítos fagocitam Orientar a população (feita pelos profissionais da saúde,
ativam fatores de transcrição para a produção de NO professores primários para educar a juventude)
atividade amebicida
Combate às moscas que frequentam lixos e dejetos
IMUNIDADE ADAPTATIVA humanos, além de alimentos dentro das casas
Lavar bem todos os alimentos crus
IgA
DIAGÓSTICO
Resulta principalmente da produção de anticorpos
neutralizantes IgA do tipo secretória, principalmente quando o DIAGNÓSTICO CLÍNICO
parasito interage com os leucócitos, liberando citocinas que
promove a produção desse anticorpo Podem ser equivocadas porque possui muitos sintomas
comuns a várias doenças intestinais, principalmente na fase
Perfil Th1 aguda em que pode ser confundida com a disenteria bacilar
(causada por bactérias gram-negavitas Shigella spp.). Logo, o
Esse perfil está presente na resposta relacionada a contensão diagnóstico só vai ser confirmado com o exame de fezes
da progressão da amebíase invasiva, quando os trofozoítos
invadem os tecidos ficam intracelulares perfil TH1 No abcesso hepático, além da tríade dos sintomas, pode-se
fazer raio X, ultrassom e tomografia para confirmar
Esse perfil libera citocinas que ativam macrófagos (como IFN-
Y) para destruir os parasitos DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Supressão da resposta imune Usualmente é feito com fezes, soros e exsudato, sendo o de
fezes o mais usado e tem como objetivo o encontro dos
Indivíduos portadores de amebíase intestinal e invasiva
trofozoítos ou cistos
apresentam concentrações mais elevadas de IL-10 e TGF-B
que parecem suprimir a resposta imune celular, resultando em A coleta e o condicionamento são importante, pois deve ser
uma infecção sintomática coletado sem urina, sem contaminação com outros materiais e
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
nunca após o contato do solo, porque pode haver a no solo antes de serem ingeridos (acidentalmente) por outro
contaminação de amebas de vida livre hospedeiro
Nas fezes de aspecto liquefeitas após o uso de purgativos Os ovos eclodem no ID e as larvas saem e escavam uma
(laxantes) frequentemente ajudam na positividade dos exames saída do intestino, podendo entrar na corrente sanguínea e ir
No caso das fezes normais, o diagnóstico laboratorial é feito pra outras regiões
através do encontro dos cistos e como ela é intermitente,
As larvas também podem ser expelidas com a tosse, engolidas,
aconselha-se coletar as fezes dia sim e dia não, pode ser no
mesmo frasco, e coloca-los em conservadores e retornando pro intestino delgado onde se tornam vermes
adultos novamente
DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO
Larvas infecciosas Necator Americanus
Os métodos sorológicos (feito com antígenos para ver se a
pessoa tem anticorpos) são empregados principalmente nos Algumas larvas vivem no solo e podem penetrar o hospedeiro
casos de amebíase extra-intestinal, pois os exames de fezes humano através da pele, como os ancilostomídeos adultos
podem ser negativos, podendo detectar cerca de 95% dos Necator americanos que vivem no intestino delgado, os seus
casos ovos são excretados nas fezes, e é o causador da doença
ancilostomose (verminose)
Podem ser usados o ELISA, imunofluorescencia indireta,
contra-imunoeletro-forese e etc importantes na distinção
entra amebíase invasiva e não-invasiva
NEMATÓDEOS
CICLO BIOLÓGICO
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
alimentar porque a cavidade bucal fica obliterada. Desde o ovo Os vermes adultos exercem o hematofagismo e iniciam a
até a L3 leva 5 dias cópula e a postura de ovos.
PATOGENIA E PATOLOGIA
A infecção para o homem pode ocorrer de duas formas: forma
ativa (pele, conjuntiva e mucosas) ou forma passiva (via oral) FASE AGUDA
Quando encontram o hospedeiro, recebem estímulos químicos Quando penetram, deixam uma sensação de picada,
e térmicos e iniciam o processo de penetração (30min), hipermeia, prurido e edema resultante do processo inflamatório
escapando da cutícula externa e se movimentando em forma
de serpente. A partir daí produzem colagenases que vencem Metabólitos produzidos pelas larvas também auxiliam no
a barreira da pele, depois vão para a corrente sanguínea ou processo inflamatório, podendo causar lesões traumáticas, nas
linfática, chegando no coração, artérias pulmonares e quais a intensidade vai estar relacionada com o número de
finalmente pulmões larvas invasoras e da sensibilidade do hospedeiro
Migram para os alvéolos bronquíolos brônquios Resultante das passagens das larvas, pode ocorrer tosse de
traqueia faringe laringe deglutidos chegam no curta duração e febrícula (estado febril)
intestino delgado, seu habitat final
Parasitismo intestinal
Durante essa migração, a larva L3 perde a cutícula e adquire
uma nova, virando L4 É o que mais bem caracteriza a verminose, onde sinais e
sintomas abdominais estão presentes após a chegada das
No intestino delgado larvas no intestino
Lá ela começa a exercer seu parasitismo hematófago, Há registros de dor epigástrica, diminuição de apetite
fixando a cápsula bucal na mucosa do duodeno. (anorexia), indigestão, cólica, náuseas, vômitos etc. Eles
tendem a ser mais graves quando tem inicio da deposição de
Depois de 15 dias se transformam em L5, amadurecem e viram ovos
adultos.
FASE CRÔNICA
PROTOZOÁRIOS E NEMATELMINTOS
Apresenta sinais primários associados com a atividade Induz à eosinofilia também, e testes sorológicos e imunológicos
dos parasitos, cessam com o tratamento (vermífugo) detectam elevação de IgE total, e anticorpos IgG, IgA e IgM
Porém, esses anticorpos não são capazes de conferir uma Tese apresentada ao programa de Pós-Graduação sobre a
imunidade sólida para as reinfecções. Em condições naturais, Giardia Lamblia de Frederico Ferreira Gil (2016)
indivíduos de 6-15 anos e idosos são os que o parasitismo pode
prevalecer novamente Tese de doutorado sobre Entamoeba Histolytica de Lucélia
Campelo (2015)
Fase crônica
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
HIPERSENSIBILIDADE Muitas vezes, a injeção de epinefrina reverte muito rápido os
efeitos da histamina sobre a contração do musculo liso e a
São as reações imunes prejudiciais ou patológicas, quando o dilatação capilar, evitando a morte, por isso alguns que possui
sistema imune responde de maneira inadequada alergias de risco, precisam andar com seringas de epinefrina
Podem ocorrer a antígenos próprios, como resultado da auto (adrenalina)
tolerância causando respostas autoimunes, e os distúrbios de Hipersensibilidade imediata reação pelos efeitos da
hipersensibilidade causados por elas são as doenças histamina e outros mediadores liberados dos mastócitos,
autoimunes causando a contração do musculo liso, vasodilatação e etc
Mas também pode acontecer com antígenos estranhos, Reação de fase tardia outros mediadores de mastócitos,
gerando respostas desreguladas ou descontroladas, como as citocinas (inflamatórias), recrutam neutrófilos e
resultando em lesão tecidual eosinófilos ao local da reação imune durante muito tempo, por
As reações de hipersensibilidade são classificadas com base isso é de fase tardia, sendo responsável principalmente pela
no principal mecanismo imunológico responsável pela lesão lesão tecidual que resulta de ataques repetidos de
tecidual e pela doença hipersensibilidade imediata
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
ATIVAÇÃO DE MASTÓCITOS E SECREÇÃO DE Mediadores produzidos
MEDIADORES
Nos grânulos liberados, tem aminas vasoativas (histamina) e
os anticorpos IgE produzidos se ligam a receptores FcERI de proteases, além produtos recém-gerados e secretados após o
alta afinidade, específicos da cadeia pesada E que são metabolismo do AA
expressos nos mastócitos
Histamina dilatação de pequenos vasos sanguíneos +
Assim, nas pessoas atópicas, os mastócitos ficam revestidos permeabilidade vascular + contração temporária do musculo
de IgE (específico para aquele alérgeno), um processo liso
chamado de sensibilização porque torna os mastócitos mais
Protesases lesam os tecidos locais
sensíveis à ativação pela exposição subsequente ao mesmo
antígeno Prostaglandina (vem do AA) dilatação vascular
Mas, nos normais, os mastócitos podem carregar IgE de muitas Leucotrienos (vem do AA) estimulam a contração
especificidades, mas a quantidade desse anticorpo é prolongada do mm. Liso
insuficiente para causar reações de HS imediata
Esses mediadores são responsáveis por reações agudas
Mastócitos estão presentes em tecidos conjuntivos, epitélio vasculares e do musculo liso e pela inflamação
e ficam adjacentes aos vasos sanguíneos, e são ativados hipersensibilidade imediata
quando esses alérgenos entram no seu território. Por exemplo,
os inalados ativam mastócitos nos tecidos submucosos dos
brônquios, os ingeridos ativam mastócitos na parede do
intestino
Esse receptor FcERI se liga fortemente à porção Fc da cadeia
pesada E, por isso, mesmo nas pessoas normais, os
mastócitos sempre estão revestidos de IgE
Esse mesmo receptor está presente nos basófilos, que são
circulantes e parecem muito com os mastócitos, mas seu papel
nessa HS não está tão bem estabelecido
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
Reação de pápula e eritema na pele Choque anafilático (anafilaxia sistêmica)
As alterações vasculares iniciais que ocorrem durante as HS Decorre quando há a presença sistêmica de um antígeno
imediata são demonstradas pela reação de pápula e eritema à (como uma picada de inseto) ou da absorção ao longo de uma
injeção intradérmica de um alérgeno superfície epitelial como a mucosa intestinal. Os alérgenos
mais comuns são:
O inchaço leve causado pelo vazamento dos vasos é a pápula,
já os vasos na margem da pápula dilatam e se tornam - antibióticos da família penicilina
ingurgitados com hemácias, produzindo uma bola vermelha
- proteínas encontradas no amendoim, nozes, peixes,
denominada eritema
mariscos, leites
- ovos e veneno de abelha e etc
Haverá então uma atividade sistêmica dos mastócitos, porque
eles vão ser ativados em muitos tecidos
A diminuição do tônus vascular e extravasamento de plasma
causado pelos mediadores queda na pressão arterial
choque anafilático que frequentemente é fatal
Os mediadores também podem provocar edema de laringe,
broncoconstrição e produção excessiva de muco brônquico
Também pode haver diarreia pela hipermotilidade intestinal,
além de urtiária na pele (lesões)
Tratamento: epinefrina (reverte broncoconstrição e
vasodilatação, melhora o débito cardíaco) e anti-histamínicos
SÍNDROMES CLÍNICAS
IL-5 produzida por mastócitos e Th2 ativam eosinófilos, Podem levar a uma inflamação prolongadam como alérgenos
importantes nas reações alérgias, pois causam lesão tecidual de alimentos ingeridos que ativa a desgranulação de
mastócitos e a liberação de histamina aumento do
peristaltismo
No caso da asma, alérgenos inalados (geralmente indefinidos)
estimulam os mastócitos brônquicos a liberar mediadores,
como leucotrienos constrição brônquica e obstrução das
vias respiratórias
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
É um tratamento em que se aplica doses repetidas de O anticorpo (IgM) ativa o sistema complemento
alérgenos nos pacientes, alterando a resposta das células T fragmentos do complemento fagocitose por receptor do
fora da dominância de Th2, induzindo a tolerância (anergia) nas complemento (C3b) + inflamação
células T específicas do alérgeno, ou por estimular Tregs Formação da MAC por causa do complemento e lise direta
na célula
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
Essas reações de HS mediada por anticorpos são a base de
muitas doenças imunológicas crônicas em seres humanos,
e geralmente são específicas de um tecido em particular
Glomerulonefrite
Depois dessas infecções, outras pessoas produzem anticorpos
antiestretptocócicos que se depositam nos glomérulos Respostas fisiológicas anormais sem causar lesão
renais, causando a inflamação desse glomérulo que pode levar
inclusive à insuficiência renal Inibição do receptor miastenia graves
Ativação do receptor imita os ligantes fisiológicos doença
de graves (hipertiroidismo)
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
REAÇÕES DO TIPO II ENTRE MEMBROS DA MESMA
ESPÉCIE (ALOIMUNES)
Reações à transfusão
Nas hemácias, os grupos sanguíneos ABO são o sistema
dominante, os antígenos A e B são derivados da substancia H
Grupo A tem o antígeno A
Grupo B tem o antígeno B
Grupo AB tem o antígeno A e B
Grupo O não tem antígeno em suas hemácias (só sintetiza
Incompatibilidade rhesus (Rh) e doença hemolítica do
a substancia H)
recém-nascido
Ao anticorpos contra A ou B surgem naturalmente e
Os grupos sanguíneos Rh constituem outro principal sistema
espontaneamente quando não há antígeno na superfície da
antigênico, sendo o antígeno RhD que traz mais consequências
hemácia, logo:
para as reações isoimunes
Grupo A anti-B
Grupo B anti-A
Grupo AB não tem anticorpo
Grupo O anti-A e anti-B
Em geral, essas isso-hemaglutininas são IgM, que seriam A classe predominante desses anticorpos é de IgG, os quais
estimuladas por contato com antígenos da flora intestinal, que são capazes de atravessar as placentas nas gestações
se parecem com os carboidratos do grupo sanguíneo, de modo subsequentes
que os anticorpos produzidos (para a flora intestinal) reagem Se outra gestação ocorrer, e o filho for Rh + novamente, os
de modo cruzado com o tipo correspondente da hemácia IgG anti-Rh vão atravessar a placenta e começar a reagir com
No caso de transfusão, hemácias incompatíveis são as hemácias do feto, provocando sua destruição por
recobertas pelas isso-hemaglutininas (anticorpos), o que aderência opsônica, cuja consequência vai ser a deonça
vai causar grave hemólise intravascular mediada pelo hemolítica do recém-nascido
complemento Para evitar essa situação, as mães Rh são tratadas
profilaticamente com soro IgG anti-D com 28 a 34 semanas
de gestação, assim, ao entrar em contato com o sangue do
filho, ela não via precisar fazer uma imunização ativa para
produzir células de memória, pois o próprio soro já vai ter anti-
D para protegê-la
Assim, toda vez que ela tiver gerando um filho Rh + ela vai ter
Por exemplo, se o sangue do receptor é A (tem antígenos anti- que tomar o soro, isso reduz muito o risco de sensibilização
B) e recebe sangue de um doador que é B, vai ocorrer a
aglutinação
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
A união deles podem formar um complexo no corpo que pode Agregação de plaquetas
dar origem a reações inflamatórias agudas Os complexos intravasculares são uma fonte de aminas
Os complexos imunológicos (antígeno-anticorpo) muitas vezes vasoativas e também podem formar microtrombos leva à
são depositados nos vasos sanguíneos, principalmente agregação de plaquetas acarreta em isquemia local
naqueles em que o plasma é filtrado em alta pressão (como os Fagocitose por receptor Fc
glomérulos renais e sinóvia articular)
Os imunocomplexos podem estimular macrófagos por meio de
Assim, essas doenças tendem a ser sistêmicas e geralmente seus receptores FcY, a liberar citocinas pró-inflamatórias como
se manifestam como vasculite difusa, artrite e nefrite
IL-1 e TNF, intermediários reativos de O2 e NO
Complexos insolúveis geralmente não são digeridos após a
fagocitose por macrófagos, por isso ficam proporcionando um
estimulo ativador persistente
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
Doença do soro
É induzida pela admistração sistêmica de antígeno proteico HIPERSENSIBILIDADE CELULAR DO TIPO TARDIO
induz resposta de anticorpo leva a formação de complexos (TIPO IV)
imunes circulantes
São chamadas de tipo tardio porque ocorre de 2 a 4 dias depois
Nos humanos por exemplo, essa doença pode ocorrer depois de um indivíduo anteriormente exposto a um antígeno
de a pessoa receber injeções de preparados de anticorpo proteíco ser desafiado com o antígeno novamente, leva muitas
sérico de outro indivíduo ou animal, muitas vezes usado para horas para os linfócitos T circulantes voltarem ao local do
o tratamento de picada de cobtas ou exposição do vírus da antígeno e responderem a ele
raiva e para a depleção de células T nos receptores de
As principais causas de reações de hipersensibilidade
transplante
mediada por células T são
Em todos esses casos, a pessoa forma anticorpos contra os
anticorpos estranhos injetados e outras proteínas séricas, Autoimunidade
podendo resultar na formação de complexos imunes o em geral são direcionadas contra antígenos
celulares com distribuição tecidual restrita, como a
Reação de Arthus DM 1
Respostas exageradas
Pode ser considerada como uma reação adversa pós
Respostas persistentes aos antígenos ambientais
vacinação, é a mais observada na prática clínica, onde é
o Como a sensibilidade de contato contra
induzida após a administração subcutânea de antígenos
substancias químicas, como aquelas encontradas
proteicos reage com anticorpos e leva a formação de
na hera venenosa
complexos imunes no sitio da injeção
Respostas persistentes aos antígenos bacterianos
O antígeno se precipita com o anticorpo, muitas vezes dentro o Como na tuberculose que a célula T ataca os
da vênula, rápido demais para que o sistema complemento antígenos proteicos do mycobacterium tuberculosis
clássico consiga impedir e a resposta se torna crônica porque é difícil de
erradicar, e a lesão vai ser principalmente a
Ocorre a produção de anafilotoxinas, desgranulação de inflamação granulomatosa
mastócitos, ativação de macrófagos, agregação de plaquetas,
Superantígenos
afluxo de neutrófilos eritema intenso, enduração e dema no
o Como as toxinas produzidas por algumas bactérias
local de vacinação, acompanhada de dor e dificuldade de
e vírus, que leva a ativação excessiva de T,
movimentação do membro
produzindo muitas citocinas inflamatórias e
causando uma síndrome parecida com o choque
séptico
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
MECANISMO DE LESÃO TECIDUAL Tudo isso irá levar a uma lesão tecidual, tanto pelas citocinas
quando pela citotoxidade indiscriminada por macrófagos
A lesão vai ser provocada pela inflamação induzida por ativados e, morfologicamente, essa combinação de tipos
citocinas que estão sendo produzidas pelas TCD4+ ou pela celulares com linfócitos em proliferação + fibroblastos + áreas
eliminação direta das células do hospedeiro por CTL CD8+ de fibrose e necrose é denominada como granuloma crônico
O granuloma representa a tentativa do corpo de isolar um local
de infecção persistente
Células TCD8
As células citotóxicas são ativas por reconhecimento de
complexos MHC-I com proteínas virais processadas
Elas provocam a destruição celular e lesão tecidual
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
IMUNIDADE ATIVA gerar uma resposta imune, assim, o individuo consegue
proteção contra infecção, quando o patógeno estiver vivo
É uma forma de imunidade induzida pela exposição de um
antígeno (a pessoa é dita sensibilizada ao antígeno), porque o Requerimentos para o sucesso
indivíduo tem um papel ativo na resposta ao antígeno
Elas são mais efetivas quando o agente infeccioso não
Linfócitos naive linfócitos dos indivíduos que nunca estabelece latência, nem variação antigênica nem interfere na
encontraram um antígeno particular, implicando que ambos são resposta imune do hospedeiro. Além de infecções que são
imunologicamente inexperientes limitadas a humanos, e não possuem reservatórios animais
Indivíduo imune resposderam a um antígeno microbriano por isso é difícil contra o HIV, que tem a forma latente e ainda
e agora estão protegidos de exposições futuras contra esse é variável
mesmo microrganismo
A maioria induz imunidade humoral
IMUNIDADE PASSIVA
Os anticorpos são os únicos que conseguem prevenir
Imunidade conferida por meio da transferência de anticorpos infecções, fazem isso pela neutralização e remoção dos
de um individuo imunizado para um que nunca encontrou o organismos, antes mesmo deles conseguirem infectar as
antígeno. É um método útil na medicina para conferir células
resistência rapidamente, sem precisar esperar a resposta As melhores são aquelas que estimulam o desenvolvimento de
imune ativa plasmócitos de vida longa produtores de Ig de alta afinidade,
Transferência de anticorpos da mãe para o feto pela além de células B de memória aspectos que acontecem no
placenta e pela amamentação centro germinativo, através das respostas T-dependentes
Soros para infecções rábicas ou picadas de serpentes
Pacientes com doenças imunodeficientes genéticas são
imunizados passivamente pela transferência de um pool
de anticorpos de doadores saudáveis
Vírus atenuados
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
Geralmente são mais efetivas, como as contra poliomielite, VACINAS DE ANTÍGENOS SINTÉTICOS
sarampo e febre amarela.
Usam a tecnologia do DNA-recombinante para deduzir as
As vacinas virais muitas vezes induzem imunidade específica e sequencias proteicas daqueles antígenos ou epítopos
duradoura, por isso da imunização das crianças é suficiente microbianos que são mais imunogênicos, assim, preparam
para toda vida grandes quantidades sintéticas
Vírus morto Elas atualmente são usadas para os vírus da hepatite N e
papilomavírus humanos (HPV)
O problema de vírus atenuados poderem causar doenças foi
abortado pela reversão para a vacina com o vírus morto, que é VACINAS VIRAIS VIVAS ENVOLVENDO VÍRUS
uma vacina inativada, como a da influenza muito usada RECOMBINANTES
Eles são cultivados em ovos de galinha e pode ser usada em São usados vetores virais que não provocam efeito citopático
2 tipos: via intramuscular e spray nasal nos humanos para introduzir neles os genes codificadores
3 cepas (trivalente) de influenza encontrados com mais daqueles antígenos microbianos patogênicos, assim, eles são
frequência são selecionadas anualmente e incorporados na usados para infectar os indivíduos, produzem o antígeno do
vacina inativada, por via intramuscular gene estranho e, dessa forma, como são vivos, conseguem
estimular fortes respostas humorais e celulares, principalmente
A outra envolve as mesmas 3 cepas, porém é feita com vírus de CTL
atenuado e usadas como spray nasal
Tem sido mais usada com vetores de vírus da vacínia e com os
VACINAS DE ANTÍGENOS PURIFICADOS (SUBUNIDADES) da varíola dos canários, que não são patogênicos em seres
humanos
Contém subunidades ou toxinas inativadas, geralmente
administradas com um adjuvante e um uso efetivo é na Obs: induz imunidade humoral e celular tanto contra o antígeno
prevenção e doenças causadas por toxinas bacterianas estranho quanto os antígenos dos vetores que estão sendo
usados
Dessa forma, as toxinas podem ser tornadas inofensivas, mas
sem perder a imunogenicidade (capacidade de provocar uma Obs: efeito citopático é qualquer mudança detectável na célula
resposta imune) como as vacinas para difteria e tétano que hospedeira devido à infecção, como a curvatura da célula,
usaram preparações contendo o toxoide inchaço/murchamento, morte etc
São as que estão em uso contra H.influenzae, pneumococos e Elas são de uso limitado, porque pode acontecer desses vírus
meningococos infectarem as células, mas mesmo que eles não sejam
patogênicos, podem produzir antígenos que estimulam
Os antígenos polissacarídeos são acoplados a proteínas, respostas de CTL que matam as células hospedeiras
formando vacinas conjugadas, para que sejam capazes de infectadas
formar uma resposta T-dependente, pois só ela induz as
reações de centro germinativo anticorpos de alta afinidade, VACINAS DE DNA
montam respostas fortes e desenvolvem células de memória
É baseada na inoculação de um plasmídeo bacteriano
Principalmente nos bebês, porque eles não conseguem montar contendo DNA complementar (DNAc) que codifica um antígeno
respostas fortes de anticorpo pela via T-independente, quando proteico, levando a repostas imunes humorais e adaptativas
no caso o antígeno é só o polissacarídeos
As APCs, como as células dendríticas são transfectadas pelo
Vacinas de proteínas purificadas plasmídeo e o Cdna é transcrito e traduzido em proteína
imunogênica indutora de respostas específicas
São capazes de estimular respostas de T auxiliares e de
anticorpos, mas não conseguem gerar CTLs potentes Principalmente porque os plasmídeos bacterianas são ricos em
um nucleotídeo não metilado (CpG) que é reconhecido por um
Isso porque as proteínas e peptídeos exógenos são inefetivas
TLR9 nas DCs, deflagrando uma resposta imune inata que
na entrada da via de apresentação antigênica do MHC-I (que
intensifica a adaptativa
apresenta pro TCD8), assim, as vacinas de proteínas são
reconhecidas de modo ineficiente pelas células TCD8+ restritas Portanto, essas vacinas usando plasmídeo de DNA poderiam
ao MHC de classe I ser efetivas mesmo que forrem administradas sem ajuvantes
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
ADJUVANTES E IMUNOMODULADORES recombinante de chimpaz~e, deficiente para replicação, que
expressa a glicoproteínas SARS-COV-2 spike (S). produzido
Os adjuvantes são necessários para que respostas imunes T- em células renais embrionárias humanas geneticamente
dependentes sejam iniciadas, porque eles conseguem modificadas
deflagrar resposta imune inata, com aumento de expressão de
coestimulador e produção de IL-12, que estimula o crescimento Após a administração, a proteína S é expressa localmente
e diferenciação de célula T estimulando anticorpos neutralizantes e resposta imune celular
EFEITOS ADVERSOS
VACINA ASTRAZENECA
VACINA JANSSEN
Aplicada pela via intramuscular
Vacina recombinante (adenovírus) em que uma dose de 0,5
É uma vacina do tipo recombinante onde cada dose de 0,5 ml contém:
tem 5x1010 partículas virais (pv) do vetor adenovírus
HIPERSENSIBILIDADE E VACINA
Adenovírus tipo 26 que codifica a proteína S do SARS-COV-2,
não inferior a 8,92 log10 unidades infecciosas
Produzida numa linha celular e por tecnologia de DNA
recombinante
é uma vacina monovalente (só serve para essa doença
específica) composta por um vetor recombinante, não
replicante de adenovírus humanos tipo 26 que codifica a
totalidade da glicoproteína A
após a administração, a glicoproteína S é expressa
transitoriamente, estimulando tanto anticorpos neutralizantes
como outro anticorpos S funcionais específicos, assim como
resposta imune celular dirigida contra o antígeno S,
contribuindo para a proteção contra a COVID-19
REAÇÕES ADVERSAS
REFERENCIAS
Imunologia básica abbas 5ª edição
Imunologia celular e molecular Abbas 7ª edição
Fundamentos de imunologia Roitt 12ª edição
Bula profissional Coronavac Instituto Butantan
Bula profissional Astrazeneca Fiocruz
Nota técnica vacina Pfizer BioNtech
Bula profissional vacina Janssen Johnson & Johnson