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ANDERSON MENESES ALMEIDA – MED 106 – UFS-AJU 1

NUCLEOTÍDEO
ESTRUTURA DO MATERIAL GENÉTICO
- Formado por um grupo fosfato, que libera
ÁCI DOS NUCLEICOS hidrogênio. Portanto, caracteriza o caráter ácido
- É constituído no material genético e encontrado e a existência cargas negativas no DNA.
principalmente no núcleo (RNA e DNA)
- Pelo fato do grupo fosfato possuir cargas
- O RNA e DNA são moléculas complexas negativas, é possível separar pedaços de DNA a
(polímeros) compostas por monômeros de partir da eletroforese. Técnica bastante usada
nucleotídeos. em testes genéticos.

- Possui um açúcar em sua constituição (pentose).


DNA – ÁCI DO DESOXI RRIBONUC LEICO
Em que no DNA será uma desoxirribose,
- Foi descrito em 1953 pelo cientistas Watson e enquanto no RNA será uma ribose.
Crick.
- Formado também por uma base nitrogenada,
- Polímero formado pelos átomos que são responsáveis por determinar a
desoxirribonucleicos codificação gênica. Apresenta átomos
eletronegativos (N e O) e eletropositivos (H),
- Molécula longa, caracterizado pelo seu formato desse modo permite que realizem pontes de
helicoidal de fita dupla. hidrogênio (com certa especificidade).

- O sentido da fita é antiparalelo, ou seja, os dois - O código genético é determinado pela


lados da fita é como se tivessem informações sequência de ligações das bases nitrogenadas.
escritas, só que cada um segue em sentidos
opostos.

- Existe a presença de um sulco maior e um sulco


AÇÚC AR
menor na fita de DNA, como se um lado da fita
permaneça maior que a outra. - A nomenclatura é dada a partir da posição de
hidroxila.
- Essa característica permite que as proteínas
identifiquem o tipo de base presente na - A pentose (5 carbonos) possui uma sequência
sequência. (1’ – 5’). O carbono 1’ possui o radical de maior
peso molecular (base nitrogenada), por isso
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inicia-se a contagem a partir dele. - A diferença de bases específicas de DNA e RNA


são justificadas a partir da existência de enzimas
diferentes que constroem as duas moléculas.

- A sequência das bases define um sentido de


leitura, que se inicia da extremidade 5’ para a
extremidade 3’.

COMPLEMENTARIDADE DAS BASES


NITROGENADAS
- Quando as bases nitrogenadas interagem existe
uma especificidade da ligação entre elas.

- Sempre existirá uma base púrica ligando com


uma base pirimídica. Guanina se liga com
Citosina e Adenina se liga com Uracila/Timina.

-Essa especificidade é determinada também


pelas ligações do tipo ponte de hidrogênio
(polaridades dos elétrons).
BASES NITROGENADAS
-O polo que possui o hidrogênio sempre será o
- Existem dois tipos de classes, sendo elas as doador.
púricas (derivadas da purina) e as pirimídicas
(derivadas da pirimidina). -Há uma diferença no número de ligações entre
as bases nitrogenadas, indicando que a ligação
de guanina com citosina é mais forte que as
BASES PÚRICAS
outras.
- Existem dois tipos de bases: Adenina e Guanina.
-Não é possível ligar uma guanina com uma
timina ou uma citosina com adenina devido à
polaridade.

-Obs.: As mutações são casos especiais, que a


partir de alterações nas bases se torna possíveis

BASES PIRI MÍDICAS


-Existem três tipos de bases: Timina (DNA), Uracila
(RNA) e Citosina.
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as formações de ligações de maneira incorreta.

LI STA DE OUTROS TIPOS DE RNA

RNA – ÁCI DO RIBONUCLÉICO REPLICAÇÃO DO DNA


- É uma estrutura mais curta que o DNA e com - Caracterizado como processo
função bem específica. semiconservativo, visto que mantém nas fitas
filhas cada uma delas com um lado da fita
- Possui na composição dos nucleotídeos as
original.
bases nitrogenadas: Citosina, Guanina, Adenina
e Uracila. - Esse processo ocorre durante a interfase na fase
S, período onde uma quantidade de material
-Existem tipos diferentes de RNA, os principais são:
genético duplica.
RNA mensageiro (mRNA), RNA transportador
(tRNA) e RNA ribossomal (rRNA).
REPLICAÇÃO DO DNA EM PROCARI OTO
 mRNA: responsável por levar a - Por ser um DNA circular, possui uma única
informação do DNA para o citoplasma, origem de replicação, que dá origem à
permitindo a síntese proteica formação de uma bolha (forquilhas de
 tRNA: responsável por levar os replicação), crescendo nos dois sentidos,
aminoácidos que vão compor a fazendo com que aos poucos todo o DNA seja
identificação enquanto o mRNA estiver replicado.
sendo lido.
 rRNA: responsável pela execução da
síntese proteica.
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- Aderem à molécula para impedir que as pontes


de hidrogênio sejam refeitas, após a ação da
enzima helicase.

ENZI MAS QUE PARTICIP AM DO PROCESSO

GIRASE (2ª)

- Distorce a fita dupla de DNA

- Realiza uma quebra com gasto de energia,


para permitir que a molécula de DNA realize as
torções sem que acumule a força nas
extremidades.

HELLICASE (3ª)

REPLICAÇÃO DE DNA EM EUCARI OTO - Separa as pontes de hidrogênios das bases


nitrogenadas
- São vários inicios de replicação, com várias
bolhas, que crescem e se fundem.

- Esse DNA possui pontas (telômeros), que


precisam de um mecanismo de replicação
específico.

PRIMASE (5ª)

- Sintetiza e adiciona os primers, que são


sequências iniciadoras, constituídas por RNA,
para permitir que a polimerase desenvolva a
replicação.

DNA POLIMERASE III(6ª)

- Enzima que efetivamente realiza o processo de


replicação. Adiciona os nucleotídeos novos e faz
a complementação das bases equivalentes.

-Ativamente dependente da energia liberada


PROTEÍNAS QUE PARTI CIPAM DO PROCESSO pelo nucleotídeo trifosfatado e da presença da
extremidade 3’-OH livre para realizar a
PROTEÍNAS INICIADORAS (1ª) polimerização. Fato que caracteriza o sentido de

-Marcam onde o processo de replicação vai


iniciar.

-Sinalizam outras enzimas e proteínas para


participarem dos processos.

PROTEÍNAS DE LIGAÇÃO UNIFILAMENTAR (4ª)


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replicação crescendo a partir de 3’.

- Toda vez que a fita abrir o lado contínuo


continua normalmente a replicação, enquanto o
lado descontínuo necessita da inserção de um
DNA LIGASE (7ª) novo primer.

-Quando o primer é retirado os fosfatos não


voltam para a molécula, gerando uma
deficiência de energia. Sendo assim, necessita
da ação da ligase.

-Utiliza ATP como fonte de energia

- Finaliza o processo ligando os fragmentos de


okasaki, que são as ultimas ligações que a DNA
polimerase não faz.

PRI MER

- Tem como função fornecer exatamente a


extremidade “3’ OH livre”, essencial para o
TELÔMEROS
nucleotídeo “novo” ser adicionado.

-Nucleotídeo trifosfatato é rico em energia, pois o


compartilhamento de eletrons entre os fosfatos -Os telômeros são a ponta do cromossomo e
ficam distântes do núcleos. permitem que as extremidades do cromossomos
não se fundam à outras extremidades.
- Com a quebra das ligações os elétrons liberam
Constituídos por uma repetição de bases
energia, que será usada para fazer a ligação.
“TTAGGG”(5’-3’)

- Os telômeros fazem um arranjo em laço e


prendem as extremidades dos cromossomos.
Portando o DNA não vai possuir uma
extremidade reativa.

-Na medida que a replicação vai acontecendo,


os telômeros são consumidos.
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- Após a saída do primer do DNA, sempre existirá -Ligase faz a última ligação
uma deficiência a cada replicação na ponta do
cromossomo.

-Após a saída do primer o pedaço perdido não


será próximo do que tinha anteriormente de
telômeros.

- A telomerase atua sempre nas células


germinativas, mas nos outros tipos celulares a
ação dessa enzima cai com o passar do tempo.

REPLICAÇÃO DOS TELÔMEROS -Alguns indivíduos, que possuem alguma


síndrome de desenvolvimento precoce, possuem
-Só acontece nos eucariotos. uma perda de telômeros precoce.

- Decorre a partir da ação da enzima telomerase. -Até que em um momento os telômeros, por
motivo de instabilidade, acabam faz com que a
- A telomerase possui uma parte proteica
célula não se divida mais.
associada à uma molécula de RNA.
- Quando as células somáticas ativam a ação da
- Após a enzima acoplar na extremidade 3’ ela
telomerase, normalmente tendem a ser células
permite que o RNA funcione como um molde,
cancerígenas.
permitindo o alongamento da fita.

-Dessa forma, garante que os descendentes dos


eucariotos sempre recebam uma fita de DNA
com os telômeros íntegros.

-O primer ao inves de ser adicionado no telômero


mais curto, é adicionado na extremidade
alongada e a enzima DNA-polimerase faz o
alongamento da fita.

LIMITE DE HAYFLICK

- Explica o fato das células mais novas possuírem


telômeros maiores, enquanto as células que já
passaram pelo todo o processo de divisão
normalmente não possuem telômeros e tendem
a morrer.
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TRANSCRIÇÃO E PROCESSAMENTEO DO
RNA

- A enzima responsável por fazer a síntese do RNA


é a RNA-polimerase

-RNA-polimerase é um complexo de várias


proteínas associadas, com função de realizar a
polimerização.

-Existe mais de um tipo de RNA-polimerase


ALONGAMENTO

- Ocorre quando a enzima RNA-polimerase


percorre a extensão da região que será transcrita

-A fita de DNA é aberta em apenas um ponto,


onde a enzima RNA-polimerase percorre para
realizar a síntese do RNA.
TRANSCRIÇAO DO RNA
-A fita que acompanha o movimento da enzima
-É subdividido em 3 fases: iniciação, no sentido 5’-3’ é a fita sense ou fita sentido.
alongamento e terminação. Enquanto a que percorre o sentido contrário é
chamada de fita anti-sense ou fita anti-sentido.

- Toda informação está na fita sense, mas a fita


molde utilizada para a síntese do RNA é a fita
contrária. Isso ocorre pelo fato da
complementação das bases nitrogenadas não
seria possível se seguisse o mesmo sentido da fita
sense.

- O inicio de codificação não é exatamente o


início da síntese de RNA, visto que a enzima inicia
o processo um pouco antes do sinal de início de
INICIAÇÃO codificação (sequência inicial não codificante)

- Ocorre quando a enzima é atraída para a fita e - A sequência inicial não codificante serve para
logo em seguida a fita é aberta para iniciar o acoplar o mRNA no ribossomo.
processo.

REGIÕES PROMOTORAS

- Tem como responsabilidade atrair a enzima


RNA-polimerase para a fita de RNA

-Estão localizadas em regiões estratégicas

-Necessitam da associação de fatores de - A sequência de bases do RNA é quase


transcrição para realizar a sua ação. exatamente a mesma sequência da fita sense do
DNA, substituindo somente a timina por uracila.
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TERMINAÇÃO

- Ocorre na região que sinaliza e prova a saída


da enzima da fita

- Acontece após a enzima RNA-polimerase


passar por uma sequência conhecida como
término de codificação.

- A codificação da informação genética finaliza


nessa sequência, mas a enzima contnua
sintetizando uma sequência final não codificante.
PROCESSAMENTO DO RNA OU RNA
- Na sequência dinal codificante existe um trecho SPLICING
que possui complementação dele com ele msm,
o que promove um dobramento que funciona - Acontece a partir da retirada dos íntrons
como “alavanca”. Portanto, o peso desse
- O RNA quando sintetizado é chamado de
“grampo” possui ação mecânica para retirar a
hnRNA e todo esse processo acontece dentro do
enzima da fita. Dessa forma, termina o processo
núcleo
de síntese de RNA.
- A remoção dos íntrons é realizada por meio de
ribonucleoproteínas.

-O complexo formado para a retirada do íntron


pe chamado de spliceossomo.

DI FERENÇAS ENTRE AS CÉLULAS DO


PROCARI OTO E EUCARI OTO

- Existe uma maior complexidade do material


genético no eucarioto, que não é encontrado no
procarioto.
- A estrutura do íntron é determinada por uma
- O eucarioto possui várias regiões não sequência de bases que marcam o início e
codificantes, ao contrário do procarioto. término do íntron, porém o espaço interno é
muito variável.
- Existem regiões não codificantes dentro dos
genes, chamados de introns. (eucarioto)

- Os íntrons separam regiões codificantes, que


são chamadas de exons.
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- Na ponta 5’ do RNA é adicionada a 7-metil


guanosina (capacete de Guanina mutilada).
Tem como função impedir a degradação do
RNA na extremidade 5’.

- Na extremidade 3’ possui a cauda poli-


adenínica (cauda poli-A). Tem como função
retardar a degradação do RNA na extremidade
3’.

- A degradação irá correr, para evitar que uma


CÓDIGO GENÉTICO E TRADUÇÃO DO
proteína seja sintetizada infinitamente, mas essa
RNA (SÍ NTESE PROTEIC A)
cauda poli-A ajuda o RNA a ter uma maior vida
útil. DETERMI NAÇ ÃO GENÉTIC A DA SEQUÊNCI A
DE AMINOÁCI DOS NAS P ROTEÍNAS

- A leitura do código genético é feita


considerando a trinca de bases nitrogenadas.
Essas trincas são sequências de bases
nitrogenadas, que determinam a ordem dos
aminoácidos no polipeptídeo.

-O processamento alternativo pode ocorrer. Caso


o material sintetizado pelo método alternativo
não for o esperado, pode-se causar uma
doença, visto que a falta da proteína funcional
não vai garantir que expresse a característica
esperada.
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- A 7-metilguanosina e a cauda poli-A são


exclusivas da célula eucariota.

- No RNA do procarioto existe a codificação de


mais de uma sequência polipeptídicas (RNA
policistrônico. Esse fator gera uma economia de
- Trinca de início de codificação: AUG
regulação gênica.
- Trincas de término de codificação: UAA, UAG e
- No RNA do eucarioto traz a seuquência de uma
UGA.
única proteína.
-Redundância do código genético (código
RNA TRANSPORTADOR (TRNA)
degenerado): vários códons são capazes de
determinar uma mesma proteína. Entretanto, um Tem o papel de levar o RNA para a síntese
único códon determina apenas um tipo de proteica.
aminoácido.
-Região anticódon interage com o mRNA.
- Algumas mutações podem alterar uma base
nitrogenada da trinca e mesmo assim não alterar - Na região próximo a 3’ é adicionado o
o aminoácido que antes era produzido. aminoácido que é correspondente a sequência
lida pelo anticódon.
“MAQUI NÁRI O” DO PROC ESSO DE
TRADUÇÃO

RNA MENSAGEIRO (MRNA)

- Sequência de RNA no procarioto comparado


ao eucarioto:

- A adição do aminoácido pelo transportador é


realizado por uma enzima, que traz aminoácido e
deixa o tRNA carregado, pronto para a síntese
proteica.

- Sequência de Shine-Delgarno é presente RNA RIBOSSOMAL (RRNA)


somente no RNA de célula procariota, que é - O ribossomo é uma organela citoplasmática
relacionada ao processo de interação com os não membranosa, que é constituída por duas
ribossomos. subunidades formadas por moléculas de RNA
associadas à proteínas.
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- O rRNA do eucarioto é um pouco mais - Existe três tipos de sítios: aminoácido (A),
complexo comparado ao do procarioto, visto peptídeo (P) e saída (E).
que possui uma unidade a mais e um peso
molecular um pouco maior. - Entre os aminoácidos do sítio P e A é formada
uma ligação peptídica

- A síntese do rRNA acontece na região do


nucléolo.

- A região mais densa dentro do núcleo


representa o maior acumulo de enzimas
realizando a síntese do rRNA.

- A região do nucléolo no cromossomo é


visualizada como uma constrição secundária.

PROTEÍNAS

- São polímeros de aminoácidos envolvidos de


forma essencial em praticamente todas as
funções biológicas.

- Possui papeis muito importantes nas


características dos organismo, entre eles:
- Para dar início a síntese proteica, é necessário
 Catálise de reações (enzimas
que o mRNA se acople ao ribossomo e longo em
 Transporte de moléculas
seguida teremos o tRNA trazendo o primeiro
aminoácido equivalente ao códon inicial.
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 Controle de permeabilidade nas


membranas
 Sustentação
 Movimento
 Proteção contra agentes infecciosos e
toxinas
 Regulação gênica, síntese e reparo de
DNA

- As proteínas são formadas por ligações


peptídicas formadas no ribossomo.

- A ordem de cada radical vai determinar a


estrutura da proteína e a interação dela com
outras moléculas.

POSSÍVEIS INTERAÇÕES ENTRE PROTEÍNAS

- É possível que uma proteína sofra clivagem de


uma parte de sua sequência. Exemplo: insulina.

- A estrutura primária de uma proteína consiste na


cadeia polipeptídica. A conformação de um
aminoácido com outro é caracterizado como
estrutura secundária.

- A estrutura secundária e terciária são formadas DOBRAMENTOS DAS PROTEÍNAS


após dobramentos.
- São complexos e dependem até de outras
- A estrutura quaternária é formada após a proteínas para auxiliar no objetivo final da ação
associação com mais grupos proteicos. das proteínas.

REGULAÇÃO DA EXPRESS ÃO GÊNICA

- Todas as células possuem o mesmo material


genético, mas o que faz cada célula ser diferente
é a regulação da expressão gênica.

- O principal sistema de regulação é o


transcricional, que atua na síntese do RNA
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- A regulação traducional (ou pós trancricional) - São responsáveis por produzir 3 tipos de
desliga o RNA na fase de tradução, ao mesmo proteínas:
tempo existe o processo de degradação do RNA
(cauda poli-A)  β-Galactosidade: responsável pela
quebra do dissacarídeo (lactose).
- Na regulação pós-traducional a proteína já está  Permease: relacionada à absorção
formada, mas não é funcional devido a falta do através da membrana.
peptídeo funcional.  Transacetylase: relacionada ao processo
energético de modificação da galactose
em glicose.

- Esse tipo de RNA é chamado de policistrônico,


visto que ele traz informações de mais de um
peptídeo. Cada sequência de trincas de base
determina um aminoácido até um ponto de final
de tradução, posteriormente inicia a sintetização
de um novo peptídeo.

- A vantagem do procarioto é a necessidade de


apenas uma região reguladora para ligar 3 tipos
de peptídeos diferentes.

REGIÃO REGULADORA
- Um problema no sistema regulador também
- Possui sítios que podem produzir RNA e outros
pode acarretar doenças para o indivíduo.
que são simplesmente sinalizadores para a
REGULAÇ ÃO GÊNICA EM PROCARI OTO adesão de outras proteínas.

- O operon lactose é um sistema de regulação - Existem três tipos de sítios:


gênica, que liga as enzimas responsáveis pela
 I (inibidor): responsável por sintetizar o
quebra da lactose e formação de dois
RNA. Instantaneamente irá codificar uma
monossacarídeos (galactose e glicose).
sequência polipeptídica que gera uma
- A produção dessas enzimas só ocorrerá após proteína (proteína inibidora).
um déficit energético ou molecular.  P (promotor): responsável por trazer a RNA
polimerase para a fita de DNA.
- A célula direciona o seu metabolismo a partir da  O (operador): responsável por aderir a
regulação. proteína inibidora à fita de DNA.

- A proteína inibidora tem o papel de se ligar ao


sítio O. Desse modo, desliga o gene e não deixa
a RNA polimerase passar, visto que não é sempre
que existe lactose pra ser degradado.

- Com a existência de lactose no meio, a


proteína inibidora irá se ligar e modificará a sua
conformação (proteína alostérica). Portanto a
passagem da RNA polimerase é liberada.
OPERON LACTOSE - A ação do sítio P é dependente de fatores de
- O gene é dividido em uma região reguladora transcrição, que consiste na proteína de
(anterior – sítios: I, P e O) e uma região estrutural ativação metabólica (CAP). Para a CAP aderir à
(posterior – sítios: Z, Y e A) região promotora é necessário um cofator
(AMPc).
REGIÃO ESTRUTURAL
- Se a concentração de glicose na célula estiver
elevada o AMPc vai estar convertido em ATP.
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Dessa forma: ↑ [Glicose] = ↓ [AMPc] ou ↓ [Glicose]


= ↑ [AMPc]

- O DNA normalmente é enovelado por proteínas


(histonas), que promove uma aproximação de
unidades chamadas de nucleossomos (região de
cromatina mais densa).

- Existem outros sistemas de regulação gênica.


Ex.: operon histidina, operón triptófano, etc.

FATORES DE TRANSCRIÇ ÃO ASSOCI ADOS À


POLI MERASE

- Dependem de fatores proteicos, hormonais,


inorgânicos, que vão associar à proteínas ligadas
nessas regiões. Para que ocorra o recrutamento
organização das unidades que formam a
REGULAÇ ÃO GÊNICA EM EUCARI OTO polimerase.

- A compactação do DNA é o principal fator


dessa regulação.

- Quanto maior a atividade gênica de uma


célula, maior o seu núcleo.

- Heterocromatina é caracterizada por uma


região mais densa, onde o material genético se
encontra mais compactado. Eucromatina é
caracterizada pela região com o material
genético mais solto.

- A descompactação gênica é realizada apenas


pelos genes que irão produzir atividade gênica.
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CASC ATA REGULATÓRI A: PROCARI OTO X


EUCARI OTO HÉLICE-VOLTA-HÉLICE

- Associam-se como um gancho e se prendem à


molécula de DNA e conseguem marcar
PROTEÍNAS QUE INTERAGEM COM O DNA determinadas regiões

ZINC FINGER OU DEDO DE ZINCO

- Interage pelo sulco maior da molécula de DNA,


para marcar determinadas regiões

RNA DE INTERFERÊNCI A

- São pequenas moléculas de DNA que


conseguem interromper o processo de tradução.
ZÍPER DE LEUCINA
- RNA produzidos da fita anti-sense do RNA (fita
- Interage entre eles e conseguem prender a
que complementa ao (mRNA). Portanto essa fita
molécula de DNA.
adere ao mRNA e interrompe a sua ação.

- Existem estudos que tentam desligar genes


maléficos a partir de RNA de interferência.
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- Esses fatores irão decidir quais genes ligam ou


desligam (promove a especialização celular).

- A célula não possui marcações. A medida que


as células se proliferam os fatores começam a
interferir na expressão gênica.

I MPORTÂNCI A DA REGUL AÇ ÃO GÊNICA


- Alguns hábitos podem ser transferidos para a
CÁLCIO geração seguinte, a partir da hereditariedade de
marcas epigenéticas.
- É um cofator de expressão gênica, que
necessita da vitamina B (cofator) para ser MARC AS EPIGENÉTICAS
absorvido.
- São modificações bioquímicas na molécula de
- A proteína responsável pala absorção do cálcio DNA ou em outros elementos que compõem a
é a calbindina. cromatina (as marcações podem tanto ser
inseridas quanto retiradas).
- A vitamina D atua junto com outros fatores, que
ativam a expressão gênica da calbindina METI LAÇ ÃO DO DNA

- Vai ocorrer geralmente em base de citosina

- Existem regiões que são ricas em citosina e


guanina (ilha CpG)

- Se uma citosina recebe uma metilação o outro


lado também é metilado

EPIGENÉTICA

- Herança, por meio de mitose ou meiose, de


alterações que não envolvem mudanças na
sequência de nucleotídeos do DNA, sendo
potencialmente reversíveis.

- A molécula de DNA pode receber radicais, da


mesma forma que as proteínas que o DNA se - As enzimas responsáveis pela metilação vão
enovela também pode receber radicais. Ex.: procurar o lado metilado e metilar a nova fita
metil, acetil, ubquinona, fosfato, etc.
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após a replicação. Desse modo garante a


herança dessas marcações.

- Existem radicais nos prolongamentos das


histonas, que também podem sofrer metilações.

- A região metilada indica que a enzima RNA


polimerase não irá fazer a transcrição desse
trecho. Em compensação a região menos
metilada se tornará uma região mais propícia a
expressar o gene.

- Metilação em regiões promotoras irá gerar a


inibição da expressão gênica (metilações em
regiões estruturais do gene podem estimular a
expressão gênica)

HISTONAS

-A compactação do DNA é realizada a partir do


enovelamento de histonas
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QUANTO A LOCALIZAÇÃO

 Células somáticas: só fica no individuo,


não passa para o descendente. Ex.:
câncer.
 Células germinativas: é passada para os
descendentes.

EXPRESSÃO FENOTÍPICA DAS MUTAÇÕES

 Silenciosa: altera um códon, mas não


modifica o aminoácido correspondente.

MUTAÇÃO (ALTERAÇÕES GENÉTICAS


MOLECULARES)

- Mutação: qualquer alteração, em diferentes


níveis, que ocorra no material genético.

-Mutação gênica (ou mutação de ponto):


alterações moleculares, modificação de uma ou
poucas bases nitrogenadas.
 Neutra: altera a sequência de
- Mutação cromossômicas: mutações de grande aminoácidos, sem alterar a função da
porte. proteína

- Se acontece alguma mutação genética e


aquela célula morre, decorrente dessa mutação,
é como se a mutação não tivesse acontecido.

- Para que seja considerada uma mutação é


necessário a proliferação da célula, com a
característica nova.

- Fonte de variabilidade genética, gerando


diversidade com potencial evolutivo.

- Mutações a curto prazo tem muito mais chance


de causar uma doença do que uma habilidade  Reversa: altera o fenótipo mutante de
ou chance maior de sobrevivência. volta ao tipo selvagem
 Sem sentido: altera o códon que
- O momento da mutação de fato acontece na
especifica um aminoácido para um
replicação do DNA.

CLASSI FI CAÇ ÃO DAS MUTAÇÕES

QUANTO A ORIGEM

 Espontâneas: acontece eventuais erros no


mecanismo enzimático
 Induzidas: ocorre devido ao estímulo do
meio (agente mutagênico, reações
químicas, agente físico, temperatura, etc.)

- As mutações induzidas é mais comum que as


espontâneas.
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códon de término o Transversão: troca de uma púrica


para pirimídica ou no sentido
contrário (classes diferentes).

 De sentido trocado: altera um códon no - É possível sofrer reparo na primeira geração da


mRNA que resulta em um aminoácido replicação, enquanto na segunda geração já
trocado na proteína não é mais possível.

 Deleção/inserção (IN/DEL): modificam


toda a matriz de leitura do RNA a partir do
códon alterado. Toda a sequência de
códons é alterado devido a deleção ou
inserção de uma base nitrogenada.

EXEMPLO DE PATOLOGI A DECORRENTE DE


MUTAÇÕES

DE ACORDO COM A NATUREZA

 Substituição: troca de uma base


nitrogenada por outra. Possui dois tipos:
o Transição: troca de uma púrica
AGENTES MUTAG ÊNICOS
por púrica ou pirimídica por
pirimídica (mesma classe).
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 Físicos: radiação UV, radiação inonizante e a 2- aminopurina (2-AP).


(raios X, raios γ e raios cósmicos),
temperatura.
 Químicos: análogos de bases, agentes
alquilantes, metilações, agentes
intercalantes, agentes clastogênicos.
 Biológicos: vírus, elementos transponíveis

GENOTOXIDADE

- Promoção de danos ao material genético.

-Ex.: quebra, dímeros de pirimidina (T) e aductos


(promovem a não formação de pontes de H,
fazendo com que qualquer base seja colocada
na leitura), agentes intercalantes (induz as
enzimas de reparo sem necessidade), erros de
pareamento e análogos de base.

- Agentes alquilantes: adicionam grupos químicos


às bases nitrogenadas (Gás mostarde, EMS, EES)

- Mudanças tautoméricas: alterações na estrutura


química das bases (ceto-enol para guanina e
rimina e imino-amino para citosina e adenina)
- Agentes intercalantes: intercalam-se entre as
bases do DNA, produzindo uma distorção física,
seguida de remoção e erro na reparação
(proflavina, acridina orange)

-Análogos de base: substâncias químicas que


podem substituir as purinas ou pirimidinas durante
a síntese do DNA, como a 5-bromouracila (S-BrU)

-Dímeros de timina: causado pela radiação UV,


fazem ligações covalentes um com outro e
impedem a formação de pontes de hidrogênio.
ANDERSON MENESES ALMEIDA – MED 106 – UFS-AJU 21

MECANI SMO DE REPARO

- Detecção de erros na fita do DNA por enzimas

- Excisão da região do dano. Geralmente o corte


é feito com espaço maior que o erro em si.

- Complementação espaço retirado na fita


(DNA-polimerase/ligase). Fase comum a todo
mecanismo de reparo
REPARAÇ ÃO DE UM DÍ ME RO DE TIMINA
(EUCARI OTO)

EXEMPLO DE DÍ MERO DE TI MINA

REPARAÇ ÃO DE UM DÍ ME RO DE TIMINA
(PROC ARI OTO)
ANDERSON MENESES ALMEIDA – MED 106 – UFS-AJU 22

- Quanto maior a exposição à radiação UV


dificulta o reparo de mutações.

- De acordo com o envelhecimento as enzimas


de reparo podem diminuir a atuação, devido ao
acumulo de mutações ou por problema de
expressão gênica.

REPARO RECOMBINACIONAL

- Com o tempo a metilação pode ter ocorrido


tanto que metila os dois lados da fita

SISTEMA DE REPARO DE SÍTIOS APURÍNICOS


(AP)

- As células que replicam em alta temperatura


podem perder bases

-Nesse caso a enzima utiliza da fita irmã para


fazer o reparo, visto que necessariamente não
precisa ter ocorrido mutação nas duas fitas.

SISTEMA DE REPARO DE MAU PAREAMENTO

- Para saber qual é a base que deve ser retirada


as enzimas de reparo utilizam como base a fita
antiga.

- A fita de DNA é sintetizada e logo em seguida


recebe radicais metil.

- As enzimas de corte não conseguem realizar no


lado metilado (mais antigo).
ANDERSON MENESES ALMEIDA – MED 106 – UFS-AJU 23

CASOS CLÍNICOS

XERODERMA PIGMENTOSO

- Não identifica os dímeros de timina.

- Com o tempo exposto à radiação UV, o


indivíduo acumula mutações.

- Herança autossômica recessiva

- Causa: defeitos diversos em genes de reparo de


DNA

- Manifestação: pigmentação e ressecamento


de áreas da pele expostas à radiação UV

- Tendência a desenvolver tumores.


ANDERSON MENESES ALMEIDA – MED 106 – UFS-AJU 24

SÍNDROME DE COCKAYNE

- Herança autossômica recessiva

- O indivíduo não consegue corrigir nenhuma


mutação

- Deficiência de polimerase de reparo

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