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Metabolismo de Proteína para Ruminantes

Caracterização e Funções das Proteínas

As proteínas se caracterizam por 4 ligações e se diferenciam pelo radical R.

Os aminoácidos são classificados em essenciais (AAE) e não essências (AANE):

- AAE: Arg, His, Ile, Leu, Met, Phe, Thr, Val

- AANE: Ala, Asn, asnaragina, Cisteina, Ác glutamina, Gli, Pro, Ser, Tir

• Uso no organismo:

- Síntese de Proteínas;

- Síntese de outros metabólicos;

- Fonte de energia: oxidados de CO2 + H2O.

• Aminoácidos classificados segundo metabólicos:

- Glicogênicos – conectado ao precursor da glicose (oriundos da síntese de glicose);

- Cetogênicos – conectado ao percussor da síntese de AG (oriundos da síntese de AG);

- Glico e Cetogênicos: lisina, triptofano, tirosina, entre outros.

• Teor de AAE e proporção AAE:PM

Eficiência de utilização da proteína pelos ruminantes. Quanto maior essa proporção,


maior é a utilização da proteína pelo ruminante.

• Proteina Metabolizavel (PM) de alta qualidade

- Redução do teor de PB;

- Eficiência de utilização da PM é otimizada;

- Excreção de ureia e nitrogenados é reduzida;

- Desempenho animal maximizado;

→ Farinha de pena é fonte de proteina, ela possui um bom perfil de aminoácidos?

Classificação das Proteinas

A classificação das proteinas está dividida por diferentes fatores, dependendo de sua
classificação, ela pode ter um grau degrabilidade ruminal. Exemplos:
- Compostos formadores: proteina simples x complexa (AA ligado a um lipidio =
lipoproteina, ou um AA ligado a um acúcar);

- Solubilidade;

- Estrutura tridimencional;

- Função;

- Propriedades físicas;

- Formato geral: globulares ou fibrosas;

Proteinas contida nos alimentos

• PB = N X 6,25

A Proteina Bruta é constituida por:

- N proteico (AA unidos por ligações peptídicas)

- NNP (AA livres, peptídeos, ác. Nucleicos, amidas, aminas e NH3 - amonia);

Em média, esse peso não é o mesmo para o mesmo alimento.

Ao analizarmos a fonte de proteina de um alimento, o fator de conversão de N para o


valor equivalente em proteina é diferente.

A PB é composta em Nitrogênio Não Proteico, Proteina Verdaddeira e Proteina Insolúvel


em detergente ácido. A ultima porção não é aproveitada pelos animais.

Funcionalidade da proporção da NNP dos diferentes alimentos.

- Gramíneas e leguminosas: teores variáveis de NNP;

- Forragnes frescas (10-25% NNP);

- Feno (25-30% NNP);

- Silagens (30-65% NNP);

- Concentrados (< 12% de NNP na PB);

Alimentos que passaram por um processo de ensilagem ou secagem tem uma maior
quantidade de NNP pois esses processamentos causam proteólise.

Degradação Ruminal de Proteinas

A proteina proveniente da dieta cai no rúmen e é quebrada em PDR e PNDR:

→ Como ocorre Degradação Ruminal de Proteinas?

PB = Proteina não degradada no Rúmen (PDR) e Proteina degradada no Rúmen (PNDR);


A PDR é degradada por enzimas produzidas pelos microrganismos ruminais, tais como:
proteases (1° quebra), peptidades (2° quebra), e deaminases (3° quebra).

→ Como esses compostos podem ser aproveitados no rúmen?

- Para a formação de Proteina microbiana é importante os CHO (energia).

→ Como ocorre a degradação pelos microrganismos?

• Ação microbinana: Bactérias

→1° Passo: Ocorre 90% no exterior da célula.

▪ Adsorção da molécula proteica;


▪ Ação de proteases: oligopeptídeos;
▪ Ação de oligopeptidades: peptídios e AA livres;
▪ Transporte para o interior da célula;

→2° Passo: Interior da célula (10%)

▪ Degradação de pequenos peptídeos e AA livres;


▪ Incorporação dos AA livres e produção de NH3 e esqueleto de carbono;
▪ Utilização de NH3 + esqueleto de carbono para sintese de AA e síntese de Pmic;
▪ Difusão de NH3 não uilizada para fora da célula.

• Acão microbiniama: Protozoarios


▪ São ativos na DRP
▪ Mecanismos de ação diferentes
- Ingerem bactérias, fungos e partícula pequenas dos alimentos;
- Digestão no interior das células: peptídeos + AA +NH3;
- Utilizam apenas peptídios e AA para sintese Pmic;
- Pequena tx. De passagem (implicação);

Fatores que afetam a Degradação Ruminal pela Proteina

- Composição química da PB – NNP, PV e PIDA em perfil de AA;

- Composição física – simples ou composta;

- Atividade proteolítica e acesso microbiano a proteina – degradação ;

- Tempo de retenção do alimento no rúmen - taxa de passagem e tempo de ação dos


microrganismos;

- pH ruminal – ação dos microrganismo e motilidade ruminal;


- Processamento do alimento – processamento térmico facilita a ação microbiana, e
processamento inadequado complexa a proteina com CHO dificultando a ação dos
microrganismos;

• Composição química

- %NNP da PB;

- Kd > 300%/h;

- É assumido que esta fração é 100% degradada no rumén;

• Composição Física

- Estrutura tridimencional;

- Pontes de dissulfeto e complexos CHO + proteinas.

Dependendo da estrutura da PTN, mais complexa ou complexada com outros nutrintes,


ela terá uma degradação mais lenta ou rápida.

• Ambito ruminal

- Consumo de MS/processamento;

- > Kp e < DPR

• pH ruminal

- Quando é maior que 6,0 favorece a degradação de FDN (fibra aproveitada) e melhora
o acesso à proteina.

- pH baixo diminui a quantidade de bactérias celulolíticas e fibrolíticas o que prejudica a


degradação da fibra, reduzindo o acesso da proteina no alimento;

• Armazenamento e Processamento

- Ensilagem de forragens e grãos: Proteólise;

- Processamento de graõs;

→ Farelo de soja e farelo de algodão tem maior PNDR que a proteina original desses
ingredientes, porque?

Solubilidade da proteína no rúmem

A forma solúvel é mais rapidamente degradável, porém não é condição obrigatória para
a degradação da PB. Por exemplo:

- Caseina – solúvel e alta degrabilidade;


- Albumina sérica/ovo – solúvel, mas baixa taxa de degradação ruminal.

Os alimentos de classes diferentes apresentam baixa correlação entre solubilidade de


degradação ruminal da proteina (DRP). Já os alimentos de mesma classe possuem boa
correlação e DRP. Exemplo: Duas partidas de soja – quanto maior NNP, maior a correlação.

• Determinação da Solubilidade

Os laboratórios usam para ranquear alimentos de mesma classe, ex: partidas diferentes
de farelo de soja. A metodologia mais usada atualmente: Incubação em solução tampão de
borato-fosfato (CNCPS).

Cinética da DRP

A cinética ruminal interfere na DRP. Então é fundamental determinar corretamente as


frações PDR e PNDR para aumentar a precisão dos sistemas de PM. Métodos:

➢ In vivo: difícil e caro


➢ In situ
➢ In vitro
➢ Enzimas

O modelo mais usado divide a PB em frações (NRC 1996; 2001) foi determinado fazendo
as frações In situ.

- Fração A: PB solúvel (tempo zero de incubação 100% de degradação ruminal);

- Fração C: não degradável (Com 48 horas (concentrado) ou 72h (forragens) não foi ainda
degradada no rúmen);

- Fração B: é a fração potencial degradavel no rúmen afetada pela Kp = {100 – (A + C)};

Para ajudar a calcular a PDR e a PNDR, temos:

PDR = A + B [Kd/(Kd+Kp)]

PNDR = B [Kp/Kd + Kp)] + C

• Sistema de Cornel ou CNCPS

A CNCPS divide as frações de PB em 5: A, B1, B2, B3 e C (do mais degradavel ao menos


degradavel)

Sintese de proteina Microbiana

• Importância

A Pmicr é a maior parcela de proteina que o animal vai aproveitar. A Proteina


metabolizável é composta pelos AA provenientes de digestão intestinal de Pmic + PNDR + P end.

A Pmicr é fundamental na composição da PMet, exemplos:


- Vaca leiteira: 45% a 55% da PMet

- Novilho confinado: 55% a 65% da PMet

- Pasto exclusivo: >65% da PMet

A vaca e o novilho estão sob uma dieta com maior proporção de concentrado, como o
este possou por um processamento, logo ele tem maior concentração de PNDR.

Valor Nutricional

• Perfil de AAE – Lisina e Metionina

O perfil de AA da Pmicr é compativel com a caseiana do leite e com tecido muscular, ou


seja, de execlente qualidade.

Objetivo do nutricionista → Otimizar a sintese microbiana no rumén e a fermentação ruminal


levando em conta a degradação de outros nutrientes.

• Indice de AAE

• Crescimento Microbiano

Eficiência → calculada por meio de g de N/kg de CHO fermentado.

Produção → dada em g de N → EFiciência x kg de substrato fermentado

Obs: Nem sempre a eficiencia do cresc. microbiano está diretamente relacionada com a
produção e crescimento microbiano;

Esquema da degradação ruminal de proteina (DRP)


→ Qual a importância da reciclagem de Nitrogênio?

No rúmen temos a PDR e a PNDR. A PDR é convertida pelos microrganismos em Pept,


AA, Amonia e AGCC que serão utilizadas para formação de Pmic.

A Pmic e a PNDR passam então do rúmen para o intestino delgado e são absorvidos
como AA. Assim como há uma porção de proteina que não é utilizada e excretada via fezes.

A NH3 e os AGCC são direcionados para o fígado, assim como alguns AA absorvidos no
intestino, vão chegar no tecido perifético para serem transformados em AA. Glucose, Acetado e
Ureia.
Sistemas proteicos

• NRC (1984): Proteína Bruta

PB = N x 6,25 (exigencia do rúmen e do bovino não diferenciadas);

• NRC (1985): Proteína Absorvida

PV: PDR + PNDR / NNP: PDR

• CNCPS (1992)/NRC (1996): Proteína Metabolizável

Separação dos:

- Exigência MOs: PDR

- Exigência do bovino: PM = AA da digestão de Pmic + PNDR

Importância dos Microrganismos do rúmen


- Conteúdo de PB das bactérias ruminais, geralmente 50%, pois varia de acordo com a
quantidade de concentrado que o animal está recebendo na dieta;

- Fontes de N: proveniente dos alimentos, do NNP e o N reciclado;

Pmic no Int. Delg.;

- Varia de 40% em dietas com alto teor PB.

- 60% em dietas pobres em PB.

- 100% em dietas purificdas (*NNP).

• Manipulação da população microbiana

- Alterações na PDR, PNDR – alternando a eficiência metabólica.

- Desenvolvimento ruminal de pré-ruminantes (mais rápido possivel).

- Prevenção de doênças metabólicas.

Qualidade nutritiva da proteina microbiana

- Composição constante de AA na dieta e que vão chegar no Int. Delg.

Valor biológico (VB), digestibilidade e utilização em relação:

- Bactérias: 66-87, 74-79 e 63.

- Protozoários: 82, 87-91 e 71.

- Pmic é rica em Lisina e treonina;

- Dieta não influencia no VB da Pmic, influencia na quantidade de bactérias e


protozoários;
Vantagem e desvantagem da síntese de Pmic - através de dietas mais baratas e menor
perfil de PTN, AA se transformar em proteina de alta qualidade devido a produção de bactérias
e protozoários;

- Potencial produtivo de Pmic – exigências animal;

Amônia ruminal e reciclagem de nitrogênio

- “Âmonia do rúmen é um depósito com várias entradas e saidas”;

- [NH3] varia em função do tempo e dieta;

- Absorção em função da [ ];

- Nível de intoxicação de amônia (100 mg/dl de líq. Ruminal)

- Baixas [NH3]: baixas taxas de digestão e consumo – menor degradação, maior o tempo
no rúmen, enchimento runinal e maior consumo;

- Ausência/ evitar de picos de [NH3] com dietas pobres em PB;

Reciclagem de N no rúmen

É o mecanismo que permite sobrevivencia dos ruminates com dietas pobres em N.


Recicla de 23 a 92% da ureia do plasma retorna ao rumén;

Fatores que afetam a reciclagem:

o Consumo de N → Quanto maior, menor a necessidade de reciclar.


o [NH3] no rumém;
o [Ureia] no sangue;
o Fornecimento de Carboidratos;

- Vias de retorno da ureia plasma → rúmen:

- Saliva (15 - >50% em dietas à base de forragem).

- Difusão atenuada na parede ruminal (urease).

- Influência de pH no processo – atração por acidez;

- Regulação da atividade urease – [NH3];

- N ingerido x N recicldo x N duodenal;

o 13 – 15% de PB na dieta.

- Intoxicação por Ureia;

O consumo de NNP altera diretamente a amonia ruminal que interfere na reciclagem de


N. Quanto maior a quantidade de ureia no sangue, maior a reciclagem de N. Tal que, se a
reciclagem não é suficiente, a ureia em excesso é eliminada via urina ou pode causar intoxicação
no ruminante.
o pH ruminal alto (consumo de ureia): aumenta a absorção de NH3 – intoxicação.
o pH ruminal baixo (ex.: forneciemnto de vinagre): reduz absorçõ NH3 –
desintoxicação.

→ Níveis tóxivos;

o Líquido ruminal 100 mg/dl


o Sangue: 2mg/dl

→ A ureia diminui ou aumenta o pH ruminal?

Utilização do NNP

- A utilização do NNP visa a redução do custo da dieta, não aumentar a produção;

- Redução da competição por proteiínas;

-Suplementação de vitaminas, minerais, áciodos graxos;

→ Como calcular quanto de PB que a ureia fornece / equivalente proteico da ureia?

- Ureia (287% PB);

→ Exite só a ureia como fonte de NNP?

→ Qual a importancia da suplementação por ureia para os animais a pasto na época


da seca?

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