Você está na página 1de 7

Metabolismo de Carboidratos não fibrosos

Importância

Atender exigências:

- Energia

- Síntese de proteína microbiana

- Composição do leite

- Saúde do animal (ex: fibra x pH ruminal)

- Fibra efetiva (mastigação e motilidade ruminal)

Classificação:

Estruturais (CE) x Não estruturais (CNE): Função desempenhada nas plantas

PC = Fibra?

- Fração indigestível ou de lenta digestão que ocupa espaço no TGI.

- Pectina

Fibrosos (CF) x Não fibrosos (CNF): - Características nutritivas

- CF = FDN

Parede celular: pectina, celulose, hemicelulose, lignina, complexos fenólicos e proteína


(MERTENS, 1996)
Caracterização de digestão

ENN = 100% MS – (%PB + %EE + %FB + %CZ)

• FB (Weende) (?)

CNF = 100% MS – (%PB + %EE + %FDNlivre de PB + %CZ)

• Polissacarídeos não amiláceos (PNA) – frações não recuperadas no resíduo de FDN,


mas resistentes às enzimas digestivas de mamíferos.

• Polpa cítrica, polpa de beterraba e leguminosas são ricas em pectina.

• Aveia, centeio, cevada e triticale ricas em beta-glucanos

• Fracionamento dos CHO


Degradação dos Carboidratos

Polissacarídeos → Oligossacarídeos → Monossacarídeos → Memb. celular bacteriana

➔ Monossacarídeos → Piruvato → AGCC

• Microrganismos ruminais fermentadores de CNF

- Bactérias: grupo mais importante e age sobre açúcares, pectina e amido. Ação externa
sobre a molécula grande de amido. Ação interna sobre moléculas menores de dissacarídeos e
oligossacarídeos

- Protozoários: digerem açúcares, pectina e amido. Engolfam partículas e digerem


internamente;

- Fungos: atuam em menor escala;

• Açúcares

Mono, di ou oligossacarídeos (3 a 10 unidades) solúveis em água:

- Sacarose: cana-de-açúcar, melaço, polpa cítrica

- Maltose: proveniente da digestão do amido

- Lactose: presente no leite

- Rafinose: presente na soja e farelo de algodão

- Estaquiose: presente na soja

Local Produto
Rúmen AGCC (95%)
Kd de 200 a 350%/h

• Pectina

Localização nos vegetais: na lamela média da parede celular: substância de adesão entre
células;

Ligação covalente com celulose e hemicelulose, mas não com lignina;


Alimentos ricos:

- Popa cítrica: 25%

- Polpa de beterraba: 25%

- Polpa de maçã: 19%

Local Produto
Rúmen AGCC (95%)
Intestino Delgado -
Intestino Grosso AGCC (6%)
Kd de 30 a 50%/h

• Amido

Localização nos vegetais:

- Endosperma dos grãos, tubérculos, raízes e caules dos vegetais;

Ligações glicosídicas do tipo alfa 1-4 e alfa 1-6 (amilose e amilopectina);

Alimentos ricos:

- Grãos de cereais: 60 a 72%;

- Tubérculos: 80%;

Local Produto
Rúmen AGCC + lactato
Intestino Delgado Glucose
Intestino Grosso AGCC + Lactose
Kd de 10 a 40%/h

Grande variação: fonte de amido e forma de processamento

Alimentos:

- Milho inteiro: 10%/h

- Milho quebrado: 15%/h

- Milho moído fino: 35%/h

- Mandioca: 40%/h

- Sorgo laminado: 12%/h

- Sorgo floculado: 30%/h

Produção ruminal de AGCC


• Caracterização dos AGCC

• 1 a 7 átomos de C

- Fórmico, acético, propionico, butírico


- Isobutírico, valérico, isovalérico, 2-metilbutírico

- Hexanóico, heptanóico

• AG de cadeia linear ou ramificada

- Ramificada: isobutírico, isovalérico, 2-metilbutírico

• Microrganismos fermentam CHO

AGCC + CO2 + CH4 + célula microbiana

• CHO complexo é fermentado até glicose e outros açúcares

• Glicólise: glicose → piruvato

- Todo CHO passa por piruvato antes de gerar AGCC

• Piruvato → AGCC

(BERCHIELLI et al., 2011)

• Acetato

- Piruvato → Acetil-CoA

- Lipogênese no tecido adiposo


• Propionato

- 1ª via oxaloacetato e succinato

- 2ª via piruvato a lactato (quando?)

- Gliconeogênico (fígado e rins)

• Butirato

• Produção Total e Concentração molar de AGCC

Depende?

• Proporção molar de AGCC:

- Alto concentrado: 45% de C2 + 40% de C3 + 15% de C4

- Forragem exclusiva: 75% de C2 + 15% de C3 + 10% de C4

• Pico de concentração no rúmen: 2 a 4 horas após a alimentação

• Microrganismos ruminais:

- 75% da energia dos carboidratos transformada em AGCC

- 25% para crescimento microbiano, metano e H+

• Teor energético dos AGCC:

- C2: 209 kcal/mol

- C3: 386 kcal/mol

- C4: 510 kcal/mol

Tabela 1 - Relação forragem: concentrado x AGCC

Forragem: Concentrado Proporções molares


Acetato Propinato Butirato
100:0 71,4 16,0 7,9
50:50 65,3 18,4 10,4
20:80 53,6 30,6 10,7

• Relação pH Ruminal x AGCC

• Ionóforo (em ração rica em energia) x AGCC

AGCC Monensina (mg/ cab/ dia)


0 100 200
C2, moles/100 56,0 49,3 47,8
C3, Moles/100 31,9 41,0 43,5
C4, moles/100 7,1 5,3 4,8
CH4, moles 23,6 17,0 15,4
Taxa de absorção: C2 < C3 < C4

Você também pode gostar