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Outubro 2019
1
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Rotas Tecnológicas de Obtenção de Bioenergia
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8
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Propridades da Gasolina e do Bioetanol
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Fontes primárias de energia utilizadas no Brasil
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16
17
Dados de 2018
18
Etanol
Energia
Lopes et. al, B. J. of Micro b i o l o g y 4 7 S (2 0 1 6) 64–76
20
A área plantada de cana de açúcar no Brasil
10.229.881 ha
segundo UNICA,
2018
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22
23
Matérias-primas para fermentação
alcoólica
Etanol 1G – matérias-primas:
Etanol 2G – matérias-primas
25
CARACTERÍSTICAS EUA BRASIL
Matéria-prima principal Milho Cana-de-
açúcar
Processo de fermentação Sem reciclo de Com reciclo de
levedura levedura
Sólidos em suspensão > 30% < 1%
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30
31
32
Ref: 2009 33
34
BIOTECNOLOGIA
Definição da Federação Européia de Biotecnologia:
Biotecnologia é o uso integrado das ciências de
Bioquímica, Microbiologia e Engenharia, com o objetivo
de alcançar aplicação tecnológica (industrial) das
potencialidades de microrganismos, culturas de
tecidos e células e partes das mesmas
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36
BIOPROCESSOS
Controles
Substrato Reator Catalisador
Produto(s)
Recuperação de Produto
38
Processos Fermentativos
CO2, H20,
Nutrientes CATABOLISMO
NH3, etanol
e outros
ATP ADP
NADH ENERGIA NAD+
NADPH NADP+
FADH2 FAD
Proteínas
Polissacarídeos Nutrientes
Ac. Nucléicos ANABOLISMO
Outros
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Processos Fermentativos
Os mecanismos de reações biológicas para obtenção de
energia para as células, sob condições anaeróbias,
foram denominados de fermentação por Pasteur por
volta de 1860, que definiu fermentação como vida na
ausência de ar.
Já que muitos processos microbiológicos industriais,
tais como fabricação de vinho eram anaeróbios, o termo
fermentação também foi atribuído a eles.
Posteriormente, todos os processos de conversão
microbianos passaram a ser denominados de
fermentação, sejam eles aeróbios ou anaeróbios.
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Processos Fermentativos
41
Processo Fermentativo Genérico
42
Efeito do pH nos processos
fermentativos
Faixa estreita de pH, na qual crescimento e formação de
necessidade de controle.
O pH interfere na estabilidade de muitos produtos da
fermentação
43
Efeito da concentração de
nutrientes
Adequada formulação do meio de cultura: nutrientes
óleos, hidrocarbonetos)
Ativadores, Indutores, Inibidores
44
Biorreatores e Processos
Fermentativos
Células com células ou enzimas livres
Reatores agitados mecanicamente (STR: stirred tank
reactor)
Reatores agitados pneumaticamente: colunas de
Outras concepções
•
45
Células/enzimas confinadas entre membranas
Reatores com membranas planas
Reatores de fibra oca (“hollow- fiber”)
46
(a) STR; (b) Coluna de bolhas; (c) “air-lift”; (d) fluxo pistonado; (e) leito
fixo; (f) leito fluidizado; (g) reator com membranas planas; (h) fibra-
oca. 47
Formas de condução de um processo fermentativo
III-) Contínuo
Um biorreator (com ou sem recirculação de células)
células) 48
Processos descontínuos ou
batelada
Volume constante
Baixos rendimentos ou produtividades
Inibição pelo substrato, represssão catabólica
Tempos limpeza, esterilização. carga, descarga, lag
Processo, flexível, menor risco de contaminação
Muito usado
Conceito: inóculo, pé de cuba ou pé de fermentação é
um volume de suspensão de microrganismos, de
concentração microbiana adequada, capaz de garantir
em condições econômicas, a fermentação de um dado
volume de mosto (meio de cultura a nível industrial).
49
Processos descontínuos ou
batelada
preparado
Processos com reaproveitamento de microrganismos
Processos por cortes
50
O processo descontínuo alimentado
(“fed batch”) ou batelada alimentada
pode ser operado:
Sem recirculação de células
Com recirculação de células
Vazão alimentação constante
Vazão alimentação variável
Término da fermentação coincidente com término da
alimentação
Final da fermentação após o término da alimentação
51
Aplicações do processo batelada
alimentada
Inicialmente: crescimento celular, na produção de
microrganismos;
Fermentações não associadas ao crescimento celular;
Atualmente: processo flexível – etanol, glicerol, ácido
láctico, butanol e outros produtos;
Melhor controle da fermentação, diminuindo:
Repressão catabólica;
Inibição pelo substrato;
Estender a fase estacionária pela adição de nutrientes
para obtenção de mais produto.
52
Processos fermentativos contínuos ou
fermentação contínua
CSTR ou CSTF;
PFR
Estado estacionário;
Quimiostato
53
Vantagens do processo contínuo em
relação ao batelada
Maior produtividade devido à redução de tempos não
produtivos;
Menor capacidade de: dornas, trocadores, e outros;
Obtenção de um caldo fermentado uniforme
contínuas (destilação).
54
Desvantagens do processo contínuo
em relação ao batelada
Maior investimento inicial na planta;
Possibilidade de mutações genéticas espontâneas;
Maior possibilidade de contaminações, por se tratar de
um sistema aberto, necessitando mais cuidados de
assepsia;
Dificuldade de manutenção de homogeneidade no reator,
processo batelada.
55
Tipos de processos contínuos de
fermentação
Um único estágio (um reator)
Sem reciclo de células;
Com reciclo de células.
Múltiplos estágios ( dois ou mais reatores em série)
Com uma única alimentação no primeiro reator da série
(com e sem reciclo de células);
Com alimentação em mais de um reator (com e sem
reciclo de células).
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Processo contínuo – um estágio sem
reciclo
F = VAZÃO VOLUMÉTRICA 57
Processo contínuo - um reator com reciclo
Neste processo, D 58
Processo contínuo com reatores em série
59
Introdução à Fermentação Alcoólica
60
Pasteur- 1863 - demonstração da natureza
microbiológica da fermentação alcoólica como um
processo anaeróbio. Os organismos vivos
responsáveis pela transformação receberam o nome
de leveduras.
Segundo ele:
100 g de sacarose 105,4 g de açúcar invertido 51,1
g de etanol + 49,4 g de CO2 + 3,2 g de glicerol + 0,7 g de
ácido succínico + 1 g de outras substâncias.
Buchner – 1897 – extratos de leveduras são capazes de
conduzir a fermentação alcoólica sem a presença de
células vivas.
61
Histórico do Etanol no Brasil
Ligação da produção do açúcar ao álcool desde a
época do descobrimento.
Primeiras plantações de cana no Brasil em 1532, na
Capitania de São Vicente. Transformação do melaço
remanescente em cachaça.
A indústria do álcool se desenvolveu na Europa,
especialmente na França e Alemanha nos meados do
século 19 e no último quarto deste século, no Brasil.
Usado com fins farmacêuticos e como combustível de
aquecimento.
Na I Grande Guerra (1914-1918) – álcool como
combustível de motores de explosão.
62
1929 – grande crise internacional e grandes sobras
de açúcar. Instalação da primeira destilaria de álcool
anidro no Brasil e em 1931, passou-se a misturar 5%
de etanol à gasolina como medida de economia na
importação de combustível e para amparar a lavoura
canavieira.
Na II Guerra (1939 – 1945) faltou gasolina e
novamente o álcool voltou como combustível.
Terminada a guerra, continuou a importação de
gasolina, porém sempre misturando etanol à mesma.
1974 – crise internacional do petróleo. Inicia-se no
Brasil nova fase na produção de etanol. Naquela
época, a produção anual de etanol era de 700 milhões
de litros anualmente.
63
1975 - Criação do Proálcool – produção atinge
rapidamente 15 bilhões de litros em poucos anos. A
frota de carros a álcool atingiu 4 milhões de veículos.
Com o abaixamento do preço internacional do
64
Membrana Celular
Glicose
da Levedura
Etanol
Citoplasma
Glicose-6-P
Acetaldeído
Frutose-6-P
Piruvato
P- Frutose-1,6-di-P
Enolpiruvato
Dihidroxiacetona-
2-P-
P
Glicerato
Gliceraldeído-3-P
3-P-
Glicerato
1, 3-di-P-
Glicerato
65
66
Hidrolisados
Hidrolisados de de
amidoamido
ou dee de
celulose
celulose
67
Produção de Etanol
A produção de etanol em grandes quantidades, atualmente, é mais
viável através de processos fermentativos.
Os micro-organismos que conduzem a fermentação alcoólica utilizam
como substrato (fonte de carbono) carboidratos, porém poucos são os
carboidratos (açúcares mais simples) já prontos para serem utilizados
pelos agentes (micro-organismos) responsáveis pela fermentação
alcoólica.
(pentoses) (hexoses) 72
73
74
75
As formas abertas das moléculas dos monossacarídios não
expressam com exatidão a estrutura mesmos. Estas moléculas
ciclizam (formam cadeias fechadas). No caso da glicose pode formar
cadeias fechadas com 5 ou 4 carbonos no ciclo, sendo a forma mais
comum a forma piranosíca ( 5 C no ciclo)
α-glicose A glicose se
encontra em
torno de 63% na
forma β, 36% na
forma α e 1% na
forma aberta
β-glicose
76
Formação das duas
formas cíclicas da D-
glicose:
77
78
A estrutura da β frutose é apresentada a seguir:
•açúcar redutor
•presente no leite
Sacarose:
Trealose:
83
Hidrólise da sacarose
A sacarose é facilmente hidrolisada, tanta química, como
enzimaticamente. A reação de hidrólise pode ser realizada pela catálise
ácida (íons H+) ou por dois tipos de enzimas, α-D-glicosidase e β-D-
frutofuranosidase (invertase).
Hidrólise enzimática
A α-D-glicosidase ataca a sacarose pelo lado da glicose enquanto a
invertase pelo lado da frutose.
Em aplicações comerciais a invertase é muito mais utilizada.
É a primeira etapa da fermentação alcoólica realizada pelas leveduras.
A reação de hidrólise é:
Sacarose + H2O → glicose + frutose
(desvio luz = +66,5º) (desvio luz = -20º)
85
Lactose
86
Lactose
Aproximadamente 75% da
Intolerância a Lactose população mundial e cerca de 20
a 25% da população brasileira
sofrem de intolerância à lactose.
Ácida
Hidrólise de
Lactose Enzima Livre
Enzimática
Enzima Imobilizada
87
A intolerância à lactose é definida como uma síndrome clínica de
desconforto intestinal, também conhecida como deficiência de lactase
do adulto, e ocorre devido aos baixos níveis (ou ausência) de atividade
da enzima β-galactosidase no aparelho digestivo, conseqüência de uma
deficiência congênita desta enzima ou de uma diminuição gradativa de
sua atividade com o avanço da idade, causando sintomas como diarréia
ácida e gasosa, fortes dores abdominais e inchaços.
88
O leite em sua condição normal apresenta
as seguintes componentes:
89
Poder adoçante relativo e solubilidade de alguns
dissacarídeos e monossacarídeos
90
Lactose
É um dissacarídeo formado por glicose e galactose
Solubilidade;
Intolerância a lactose
É definida como uma síndrome clínica de desconforto intestinal, e
ocorre devido aos baixos níveis (ou ausência) de atividade da
enzima β-galactosidase no aparelho digestivo.
91
Alternativa Hidrolisar a lactose em seus monossacarídeos constituintes.
94
Trissacarídios
Como os dissacarídios, os trisssacarídios podem ser obtidos da hidrólise
dos polissacarídios.
Um trissacarídio bastante comum, de ocorrência natural em vegetais é a
rafinose, também chamada galactosilsacarose. É um açúcar não redutor,
encontrado em grande no melaço, em açúcar de cana não refinado e no
açúcar de beterraba.
Outros oligossacarídios também apresentam importância, podendo ser
encontrados em produtos alimentícios, ser produzidos por fermentação ou
por processo enzimático tais como os frutooligossacarídios e os
galactooligossacarídios, que são alimentos prebióticos.
Como exemplos importantes de tri e tetrassacarídios na produção de
etanol tem-se a rafinose e a estaquiose, juntamente com outros
carboidratos, são encontradas no melaço de soja, que por hidrólise, levam
à formação de etanol.
95
96
Hidrólise dos oligossacarídios
A hidrólise enzimática é apresentada a seguir. As -galactosidases
são específicas para ligações -1,6 que une os resíduos de galactose
à sacarose, rafinose, estaquiose e verbascose (possui uma unidade
de galactose a mais que estaquiose).
97
98
99
Compósição média do melaço de soja
100
Hidrólise Ácida – melaço se soja
A hidrólise ácida caracteriza-se por envolver soluções diluídas de ácidos
fortes como ácido sulfúrico e clorídrico, e condições operacionais
severas de pH e temperatura (1 < pH < 2; 100 < Temp. < 150ºC). Devido
às suas características, a hidrólise ácida tem sua aplicação comercial na
indústria alimentícia restrita, pois o uso de catalisadores ácidos acarreta
alterações no sabor e na cor dos alimentos, devido às reações paralelas
de escurecimento, produção de sub-produtos indesejáveis e
desnaturação de proteínas.
101
A hidrólise ácida diluida é caracterizada por um baixo consumo de
ácido, tempos curto de reação a elevadas temperaturas de processo.
Hemicelulose é geralmente muito mais suscetível a hidrólise ácida do
que a celulose, rendimentos de mais de 85% podem ser obtidos em
condições relativamente suaves, mas apenas uma pequena parte da
celulose é convertida em glicose.
102
Polissacarídios
Carboidratos que por hidrólise total, fornecem mais de 10 moléculas de
monossacarídios.
São macromoléculas naturais, ocorrendo em seres vivos, onde exercem
função de armazenamento de energia ou função estrutural.
Todos os polissacarídios podem ser hidrolisados por catálise por ácidos
ou enzimas, fornecendo carboidratos de menores cadeias.
A unidade monomérica do amido, glicogênio e da celulose é a glicose, a
mais abundante unidade de formação dos carboidratos da natureza.
Amido
O amido é a mais importante reserva de nutrição das plantas superiores,
ocorrendo principalmente em sementes, tubérculos, rizomas e bulbos. Ocorre
também em algas. O amido constitui um dos alimentos mais utilizados pelo
homem.
103
Estrutura do amido
104
O amido é constituído por uma mistura de dois polissacarídios
denominados amilose e amilopectina, em proporções que variam entre os
amidos procedentes de diferentes espécies de vegetais, e mesmo entre
amidos da própria espécie, dependendo do grau de maturação.
A amilose é um polímero linear de glicose, formado por ligações
glicosídicas α-1,4, sendo que o peso molecular pode chegar até acima de
500000.
A B
106
O teor de amilose de amidos de algumas fontes é apresentado a seguir
107
A amilopectina constitui a maior parte dos amidos e é um polímero de
glicose com ramificações, apresentando ligações α-1,4 e α-1,6.
110
Dentre as matéria primas amiláceas para a produção de etanol destacam-
se o milho nos estados Unidos e a mandioca na Tailândia.
A produção de etanol a partir de matérias primas amiláceas envolve a
sacarificação do amido por enzimas amilolíticas ou a hidrólise ácida.
Assim transforma-se o amido em açúcares fermentescíveis. O processo
fermentativo é semelhante àquele usado na produção de etanol utilizando
caldo de cana ou melaço de cana de açúcar.
Composição média de algumas matéria primas amiláceas
111
Hidrólise enzimática do amido
A suspensão de material contendo amido deve conter uma concentração
tal que implique numa concentração de ART no mosto a fermentar da
ordem de 160 – 170 g/L. Esta faixa de concentração de ART possibilita,
na etapa da fermentação, a obtenção de um vinho fermentado da ordem
de 8ºGL. Mostos mais concentrados implica em suspensões muito
viscosas.
A hidrólise ou sacarificação do amido pode ser realizada por meio de
ácidos ou enzimas amilolíticas.
O grande avanço na produção de enzimas eficientes tem diminudo o
custo da hidrólise enzimática e este processo tem tido enorme aceitação,
assim o emprego da catálise ácida tem diminuído bastante.
Como exemplo de processo ácido cita-se o uso de HCl 0,1 M, pressão
1,7 atm, temperatura em torno de 100ºC, por 2 a 3 horas.
Vantagem do processo de sacarificação ácida é o pequeno tempo e
desvantagens a corrosão de equipamentos, neutralização após hidrólise,
perda de açúcares, formação de produtos não fermentescíveis e de
inibidores da fermentação. 112
Enzimas envolvidas na hidrólise do amido
113
Fluxograma de produção de etanol de milho por via
úmida
114
Processo de produção de etanol de milho
via seca
115
Fluxograma simplificado de
Moagem seca unidade produtora de etanol a
partir do milho no Estado de
Goiás
cozimento
Liquefação 1
Lavagem
fibra
fibra
Liquefação 2
Separação óleo
óleo
mosto
etanol
etanol
fermentação destilação
proteína vinhaça
116
117
118
Outros polissacarídios
Glicogênio – polissacarídio reserva de tecidos animais,
•
Xantanas
•
Xilanas
•
Pectinas
•
quitina.
119
Produção de etanol de 2ª Geração
Tanto para a produção de etanol de primeira
geração, a partir da cana de açúcar e do amido,
quanto do de segunda geração, a partir de
biomassa lignocelulósica, a via fermentativa é a
mais importante para a obtenção de etanol.
Um dos fatores que torna a produção por
fermentação ser a mais econômica é o grande
número de matérias primas naturais e residuais
existentes, especialmente no Brasil.
120
121
122
123
124
125
126
em estágio comercial (Revista do BNDS 32, dezembro de
2009). Porém até início dos anos 1990, a Rússia produzia etanol
derivado da madeira.
128
129
DP = degree polimerization = grau de polimerização = número de
unidades de glicose 130
131
132
Celulose
É o polissacarídio mais abundante na natureza. É um homopolissacarídio linear,
constituído de unidades de β-glicose, unidas por ligações glicosídicas β-1,4. a
celulose tem função estrutural e de sustentação nas plantas.
133
Hemiceluloses
135
136
Produtos da hidrólise da hemicelulose
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
Aproveitamento de lignocelulósicos para a
produção de etanol
147
148
149
150
151
152
153
154
155
A conversão bioquímica de biomassa celulósica a etanol
correntemente envolve quatro etapas básicas:
Pré-tratamentos para aumentar a acessibilidade da celulose às
enzimas e solubilizar a hemicelulose;
Hidrólise com preparações enzimáticas especiais para quebrar a
celulose a açúcares; (Alternativa: hidrólise ácida).
Fermentação a etanol;
Destilação.
156
157
158
159
160
161
Objetivo geral do pré-tratamento
162
163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
174
175
Pré-Tratamentos
1 – Pré-tratamento por explosão a vapor
182
183
184
185
hemicelulose.
186
187
Pré-tratamento com ácido
188
189
190
191
192
193
194
Segundo o artigo Ethanol production in the USA
195
196
197
Hidrólise
198
199
200
201
Temperatura
no segundo
estágio é da
ordem de
503K
202
Altas temperaturas e altos tempos de residência levam à formação de inibidores da
fermentação, tais como furfural, hidroximetil furfural, compostos ácidos e
fenólicos. Estes inibidores afetam o crescimento dos microrganismos e a
fermentação.Para remover estes inibidores são usadas técnicas como adsorção em
carvão ativo, troca iônica, uso de lacases (enzimas que degradam fenóis). Esta
etapa é desintoxicação (detoxification). 203
Hidrólise ácido diluido-TAVDA. Tecnologia
Schoeller otimizada.
Processo industrial em operação até fim dos 90, em
batelada, percolação com H2SO4 diluído (0,5%) a
250ºC, 100 min, conversão:60% , vinho final :1,3
ºGL, consumo de vapor aprox. 20 kg/L de etanol,
investimento elevadíssimo, ambientalmente
insustentável.
few millimeters.
204
205
sulfuric or hydrochloridric acid is difficult to
work with, and essentially all of the acid must
be recovered and reconcentrated in order for
the process to be economical.
206
208
INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE HIDRÓLISE
meio
CELULOSE (C6 H10 O5)n + nH2O ácido nC6 H12 O6 HEXOSES
HIDRÓLISE
(SACARIFICAÇÃO) meio
(C6 H10 O5)n + nH2O ácido nC6 H12 O6 HEXOSES
HEMICELULOSE
meio
(C5 H8 O4)n + nH2O ácido nC5 H10 O5 PENTOSES
(+)
LEVEDURA A
FERMENTAÇÃO
LEVEDURA B
PENTOSES C5 H10 O5 + H2O 2C2 H5 OH + CO2 + O2
(+)
PROCESSOS C2 H5 OH
DESTILAÇÃO VINHO (+)
FÍSICOS VINHAÇA
209
O QUE É O PROCESSO DHR-DEDINI HIDRÓLISE RÁPIDA
BAGAÇO
HIDROLISADO
REATOR DHR
HIDROLISADO
CONTÍNUO
HIDROLISADO
NEUTRALI- MOSTO
FLASH
ZADOR
212
213
214
215
Hidrólise enzimática
216
217
218
219
Celulase é um complexo enzimático, cujas enzimas atuam sinergicamente e estão
subdivididas em três classes:
endo-1,4-β-D-glucanases ou endoglucanases (EG), que quebram as ligações
glicosídicas das cadeias de celulose criando novos terminais;
exo-1,4-β-D-glucanases ou celobiohidrolases (CBH), responsáveis pela ação nos
terminais levando à celobiose;
1,4-β-D-glucosidades (BGL) que hidrolisam a celobiose à glicose.
No próximo slide tem-se uma representação simplificada da ação enzimática de
cada classe de enzimas. As endo-1,4-β-glucanases ou 1,4-β-D-glucana-4-glucano-
hidrolases (EC 3.2.1.4) atuam aleatoriamente nas regiões amorfas da celulose e de
seus derivados, hidrolisando ligações glicosídicas β-(1,4). Sua atividade catalítica
pode ser medida através da diminuição da viscosidade do meio decorrente da
diminuição de massa molar média de celulose ou derivados de celulose. As
celobio-hidrolases (exo-1,4-β-D-glucanases, EC 3.2.1.91) atuam nos terminais
redutores das cadeias de celulose, liberando D-celobiose, que pode ser detectada
pelas técnicas de HPLC ou CG. As " β-D-glicosidases" ou β-D-glicoside gluco-
hidrolases (EC 3.2.1.21) catalisam a liberação de unidades monoméricas de D-
glicose a partir da celobiose e celodextrinas solúveis. A atividade catalítica pode
ser medida através da análise dos produtos por HPLC ou CG, ou mesmo por
espectrofotometria. 220
(EG)
ou exoglucanases (CBH)
222
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
244
245
246
247
248
249
250
Processo enzimático
251
252
253
254
Rotas tecnológicas para produção de bioetanol
255
Estrutura típica da biomassa de milho
256
Fluxograma de produção de etanol de milho por via úmida
258
Processo via seca para produção de bioetanol de milho
261
Trigo
262
Beterraba
263
Sorgo
264
265
Produtividade média de bioetanol de
diferentes fontes
266
267
Cana de Açúcar
268
Parâmetros agrícolas da região centro-sul
269
Balanço energético na produção de
bioetanol de cana (MJ;tc)
270
271
Custo de produção do álcool anidro
EUA Alemanha Brasil
Milho Trigo Centro-Sul
US$/m3 US$/m3 Cana
US$/m3
Matéria-Prima 251,16 330,00 156,50
272
Açúcar e Etanol a partir de 1 ton de cana
Somente açúcar
Açúcar: 120 kg
Etanol do melaço: 7-10 L
Somente Etanol
Etanol: 85 - 91 L
273
Perdas de açúcar e rendimentos
274
Cana de Açúcar
Matéria prima mais importante no Brasil. Dela se obtém
os mostos à base de caldo, de melaço ou de melaço e
caldo.
Composição da cana de açúcar madura: IM de 0,85 a 1,0
IM, índice de maturação, é definido pela relação entre
°Brix da ponta do colmo pelo°Brix da base do colmo
Outra maneira de considerar a cana madura: °Brix no
mínimo 18 e Pol no mínimo 15,3 com pureza 85%
Caldo: 86 a 92%, com média de 88%
Fibra:8 a 14%, com média de 12%.
275
Caldo
Água: 75 a 82%
Sólidos solúveis: 18 a 25%
Sólidos solúveis
Açúcares: 15,5 a 23,5%
Sacarose: 12 a 22%; Glicose: 0,2 a 1,0%; frutose:0,0 a
0,5%
Não açúcares na faixa de 1,5 a 2,5%: aminoácidos,
ceras, gorduras, corantes, compostos inorgânicos.
Fibra: Celulose (45-50%) , hemicelulose (25-35%)e
lignina (25-35%), com base nas fibras.
276
Dados da cana madura
Brix 18,0 no mínimo
Pol 15,3 no mínimo
Pureza 85 no mínimo
Redutores 1 no máximo
IM Estágio de Maturação
< 0,6 Cana Verde
0,6 – 0,85 Cana em maturação
0,85 – 1,00 Cana madura
> 1,00 Cana em declínio de
maturação
Nós
ELEMENTO %
Água 70,0
Açúcar (Sacarose) 14,0
Fibras 12,0
Açúcares Redutores 0,9
Internós (Colmos)
Cinzas 0,8
Nitrogenados 0,6
Ceras 0,6
Ácidos Complexos 0,6
Substâncias Corantes 0,5
278
Composição Básica da Cana
Celulose
Pentosanas
Açúcares 15,5 - 24% Liguina
279
POL: Determina a % de sacarose presente na amostra.
BRIX: Determina a quantidade de sólidos solúveis presentes na
amostra.
AR: Determina a quantidade de açucares redutores,ou seja a % de
açúcar invertido, compreendendo glicose, frutose e demais
substancias redutoras, presentes na amostra.
ART: Determina a quantidade de açucares redutores totais presentes
na amostra, por hidrólise total.
Pureza = (Pol / Brix) * 100
Quando se quer determinar a Pureza real usa-se a fórmula:
Pureza real = (Sacarose real / Sólidos totais) * 100
280
Polarímetro
281
Fluxograma da produção de bioetanol de cana de açúcar
282
Obtenção do caldo
Corte da cana:manual ou mecânico
Transporte do campo para a indústria
Descarregamento
Armazenamento da cana no pátio: mínimo possível
Preparação para a extração do caldo: lavagem da cana
(canas inteiras), corte com facas ou navalhas,
desfibramento
Extração
Moagem: 98% das usinas
Difusão: 2% das usinas-extrai corantes
283
BRAZILIAN PROCESS
284
285
ESTOCAGEM DE CANA
286
ESTOCAGEM DE CANA
287
Matéria Prima
DETERIORAÇÃO
289
Extração por Difusor
Além do sistema de moagem, existe um sistema
denominado de DIFUSOR, onde a cana
preparada, com um índice de células abertas
(open cell) superior a 90 % sobre uma série de
lavagens em número que varia de 12 a 18
vezes.
Este processo pode extrair até 98 % da
sacarose, valor superior ao da moenda.
290
291
292
Extração por Difusão
293
Tratamento do caldo
Caldo para açúcar: processo de clarificação mais
exigente, dependendo do tipo de açúcar a ser
produzido
Caldo para fermentação direta- qualidade que não
comprometa o desenvolvimento da fermentação e nem
problemas na centrifugação do vinho ou na destilação,
sendo requisitos:
Eliminação de impurezas grosseiras (bagacilho, areia)
Máxima eliminação de partículas coloidais
Minimização da contaminação
294
Em todos os processos de tratamento aconselha-se a
retirada de partículas grosseiras, como a remoção de
bagacilho em peneiras e a argila em hidrociclones
Processos de tratamento – Segundo a Copersucar
295
Processo 3:
caldo peneiras hidrociclones aquecimento a
105°C adição de leite de cal até pH em torno de 7,0 (e
em alguns casos polieletrólitos) flash
decantação caldo clarificado resfriamento
fermentação
296
Tratamento do caldo para destilaria - Decantação
298
Melaço
Melaço ou mel final ou mel esgotado é um líquido de côr
âmbar escuro, denso, viscoso, que contém sacarose não
cristalizada e todos os produtos originais do caldo da
cana que não foram eliminados pela purificação e mais
aqueles formados durante o processamento.
O melaço é obtido após a cristalização e turbinagem do
299
300
Massa B
301
Composição média do melaço
Especificação Médias
Água 17,3
Sólidos totais 82,7
Densidade 1,46
Pol 38,9
Sacarose real 37,9
Açúcares redutores 20,6
Cinzas 8,39
Subst. nitrogenadas 8,20
Açúcares totais 65,6
pH 6,87
302
Composição média do melaço
Diferenças na composição de dois melaços (Fermentec);
304
Balanço Energético na produção de etanol
305
306
Fermentação Alcoólica
Agente principal: Leveduras Saccharomyces cerevisiae
Levedura: microrganismo facultativo
Fermentação: 1 molécula de glicose produz 2 de ATP
Respiração: 1 molécula de glicose produz 38 de ATP
A transformação da sacarose em etanol envolve 12
reações químicas em seqüência ordenada, cada reação
catalisada por uma enzima específica
Substratos (açúcares)
Endógenos (reserva da levedura) tais como glicogênio
e trealose.
e açúcares do meio, denominados exógenos, tais como
glicose, frutose e sacarose.
307
Bioquímica da fermentação
308
(1) Fosforilação da Glicose
309
(4) Quebra da frutose-1,6-difosfato
310
(7) Transferência do grupo fosforil do 1,3-difosfoglicerato para ADP
311
(10) Transferência do grupo fosforil do fosfoenopiruvato para ADP
312
313
Hidrolisados
Hidrolisados de de
amidoamido
ou dee de
celulose
celulose
314
Rendimento na fermentação alcoólica
315
Fluxograma simplificado da conversão de ART a etanol
NADH
ADP NAD
ART
ETANOL
316
2-)Açúcar: C12H22O11 como a sacarose
C12H22O11 + H2O → 2 C6H12O6 (Inversão da sacarose)
2 C6H12O6 + levedura → 4 C2H5OH + 4 CO2 + (mais
levedura) + subprodutos
Yt = 0,538 g etanol formado por grama de sacarose
consumida, correspondendo a 100% quando o
substrato é a sacarose.
317
Rendimento em termos de ART
4* 46
Yt 0,511 g etanol/g ART
2*180
valor 100%
Nas fermentações alcoólicas industriais no Brasil o
rendimento médio nos últimos anos é da ordem de 91%, o
que corresponde a 0,465 g de etanol produzido por grama
de ART consumida
318
Justificativa
Esta diferença é utilizada para formação de massa
319
Rendimento da fermentação alcoólica com
recirculação de levedura e contaminação bacteriana
Rendimento 91- 92 90 88
(%)
320
Produtos secundários da fermentação alcoólica
Além do etanol e gás carbônico são formados
glicerol, ácidos succínico, acético, pirúvico e outros,
álcoois superiores, acetaldeído, acetoína, butileno
glicol, entre outros em menores quantidades
321
Desvios da ordem de 10% do açúcar processado para a
formação de outros produtos que não o etanol.
quantidade.
Manutenção do equilíbrio redox (NADH produzido é
igual ao NADH consumido), equilíbrio este alterado pela
produção de ácidos orgânicos, biomassa e devido à
presença de sulfito no mosto.
O glicerol atua como regulador do redox celular em
anaerobiose e como protetor do estresse osmótico.
90%.
322
O principal ácido formado pela levedura é o succínico,
atividade antibacteriana.
324
325
Fases da fermentação (batelada simples)
Preliminar: fase que pode ou não ser verificada
ocorre multiplicação intensa das células, o açúcar
consumido é usado na reprodução, pequena elevação da
temperatura e baixo desprendimento de dióxido de
carbono.
Tumultuosa
Intensa liberação de dióxido de carbono
Fase de maior duração, onde há conversão intensa dos
açúcares fermentescíveis. O Brix diminui e eleva o teor
de álcool, a acidez e a temperatura.
Nesta fase há a formação de espumas.
Fase final ou complementar 326
O Mosto
O mosto é uma suspensão de substrato açucarado,
numa concentração adequada, usado na fermentação.
O mosto pode ser formulado com:
Caldo clarificado
Caldo clarificado e água
Caldo clarificado e melaço
Melaço e água
Caldo clarificado, melaço e água.
Brix dos mostos: 4 a 30° Brix dependendo da pureza
produção pretendida
fermentam rapidamente
sujam menos os aparelhos de destilação.
necessário maior volume de fermentadores
mais água na diluição
maior gasto de vapor nas colunas de destilação.
fermentação estará mais suscetível a infecções.
Utiliza pentoses
Desvantagens
Requer meio estéril
331
FERMENTAÇÃO - MICROBIOLOGIA BÁSICA
332
As leveduras
As leveduras apresentam formato esférico, elíptico
ou cilíndrico. (Ou esférica, globosa, ovóide e
alongada). Contudo esta forma pode variar em
função das condições do meio.
Têm células maiores que as bactérias: 1-5 μm de
333
Critérios para seleção de linhagem
Velocidade de fermentação: a quantidade de açúcar
transformada em álcool por tempo e massa de levedura
deve ser alta.
Resistência a elevadas concentrações de etanol
Utilização de mostos mais concentrados em açúcar na
fermentação.
Vinhos com maior teor alcoólico diminuindo assim os
custos com destilação.
Resistência a baixos valores de pH e a antissépticos
Eficiência de conversão do açúcar em etanol
Estabilidade genética.
334
Fermentos de panificação são facilmente substituídos por
leveduras selvagens.
Leveduras selecionadas são aquelas que foram isoladas
do processo industrial e não apresentam características
indesejáveis.
As leveduras são isoladas de processos fermentativos
fator influente.
Para velocidades muito altas, o fermento se multiplica
338
Comparação entre leveduras selecionadas
e de panificação
Parâmetro PE-2 VR-1 CAT-1 PAN
Rendimento 91,0 90,5 91.2 88,1
(%)
Glicerol (%) 3,38 3,20 3,54 4,70
Trealose 9,5 10,6 10,3 6,0
(%)
Viabilidade 94,0 95,0 97,0 61,0
final (%)
Oxigênio
As leveduras são microrganismos facultativos:
Em anaerobiose: produzem álcool + CO2 +pequeno
crescimento
Em aerobiose: produzem CO2 + H2O + grande
crescimento
C6H12O6 + 6O2 6CO2 + 6H2O + 658 kcal
C6H12O6 2C2H5OH + 2CO2 + 54 kcal
A aeração é recomendada em alguns projetos para
ativar o crescimento quando necessário.
340
Necessidades nutricionais
341
Necessidades nutricionais das
leveduras (Lima, 2001)
Nutrição Concentração Nutrição Concentração
mineral (mg/L) mineral (mg/L)
NH4+ 40 - 5900 Na+ 200
P 62 - 560 Co2+ 3,5 - 10
K+ 700 - 800 Zn2+ 0,5 - 10
Ca2+ 120 Cu2+ 7
Mg2+ 70 - 200 Mn2+ 10 - 80
SO42- 7 - 280 Fe2+ 0,2
Al3+ menor que 30 ppm em mostos de caldo de cana e
até 300 mg/L em mostos de caldo e melaço ou melaço e
água 342
Necessidade de sais (Amorim, 2005)
a multiplicação do fermento.
Fermentação sem reciclo:
343
K (potássio)
700 - 1300 ppm (adequado)
> 2000 estresse fermento. aumenta glicerol
< 700 diminui poder protetor contra o ácido e
diminui a velocidade e rendimento da
fermentação.
>2000 ppm (mg/L), estresse na levedura,
produzindo mais glicerol.
Mg (magnésio)
100 - 200 mg/L mosto (recomendado)
< 100 mg/l as células filhas do fermento não
se desprendem da mãe. Pode flocular.
P (fósforo)
50 - 250 mg/L mosto
344
pH
As fermentações se desenvolvem numa ampla faixa de
345
Fermentações conduzidas em meios ácidos:
maiores rendimentos em etanol pelo fato de restringir o
crescimento do fermento;
redução da produção de glicerol;
Temperatura
As leveduras são mesófilas. A faixa de temperatura ideal
para a fermentação é um aspecto bastante divergente
entre os técnicos. Um ponto considerado é que
temperatura acima de 35ºC favorece a multiplicação de
bactérias, reduz a viabilidade do fermento e aumenta a
acidez. Amorim (2005) afirma que a temperatura poderá
chegar aos 35ºC se conseguir manter a contaminação
entre 5.106 a 1.107 bactérias/mL. Nesta temperatura a
levedura multiplica menos e aumenta o rendimento 346
Preparo do inóculo
Inóculo, pé de cuba ou pé de fermentação é um volume de
suspensão de microrganismos, de concentração
microbiana adequada, capaz de garantir em condições
econômicas, a fermentação de um dado volume de mosto.
O volume do inóculo a ser usado, bém como sua
concentração de células, depende do processo de
fermentação a que se destina,sendo em média, 10% do
volume da dorna. O mais importante aqui não o volume do
inóculo, e sim, a concentração e a atividade das células
que estão sendo inoculadas.
Preparação do inóculo – pode ser a partir de cultura pura
ou a partir de fermento prensado ou fermento granulado.
347
Preparação do inóculo a partir de cultura pura
Fase de laboratório
Cultura pura 100 mL (5ºBrix) 500 mL ( 7°Brix) 2500 mL
(9°Brix) 12500 mL (11°Brix) fase industrial
Fase industrial
50 a 100 L (até 13ºBrix) 500 a 1000 L (até 13 ºBrix) pré-
fermentador
Pré-fermentador
Volume de 5000 a 15000 L, 13°Brix, com aeração e
dispositivos de esterilização, retirada de amostra,
refrigeração, agitação e outros acessórios. Geralmente o
propagador ou pré-fermentador apresenta uma capacidade
de 10% do volume útil de uma dorna.
348
No caso de se preparar o inóculo a partir de fermento
prensado ou granulado, parte-se de 10 a 20 g de fermento
por litro de mosto, a 13°Brix, complementado com
nutrientes, caso necessário. Após a fermentação, divide-
se o mosto em diversos recipientes e inicia-se o processo
de fermentação industrial.
Em qualquer fermentação;
A cultura inoculante deve ser tão ativa quanto possível e
a inoculação deve ser realizada na fase exponencial de
crescimento;
O meio de cultura do inóculo deve apresentar uma
composição a mais próximo possível do meio de
fermentação;
Uso de um inóculo razoavelmente grande para evitar
perdas por difusão de intermediários ou ativadores
necessários.
349
Antissépticos
No Brasil não é usual esterilizar os mostos para produção
de álcool ou aguardente, logo os mesmos apresentam
uma população natural que compete com a levedura pelo
substrato, diminuindo o rendimento alcoólico. Mostos
que foram submetidos a tratamento térmico (clarificação
do caldo por exemplo), apresentam uma população
microbiana reduzida.
Para controlar o problema da contaminação, usam
antissépticos para criar ambiente favorável ao
desenvolvimento das leveduras e desfavorável a outros
organismos. Este tratamento é de uso obrigatório para os
mostos que não sofreram tratamento térmico e
aconselhável para aqueles que sofreram aquecimento. O
ácido sulfúrico é empregado tanto para corrigir o pH,
como para eliminar contaminações. Antissépticos
comerciais.
350
Antibióticos
Pelas mesmas razões que se usam antissépticos , usam-
se antibióticos nas fermentações industriais de etanol.
Sua ação esterilizante decorre de suas propriedades
bacteriostáticas. O mais comum é o uso de penicilinas, na
faixa de 500 a 1000 UI, dependendo do grau de
contaminação. Em termos de ppm de antibiótico, depende
da atividade do mesmo e do fabricante, mas é da ordem
de 3 a 12 ppm.
O uso de antibiótico é visto com preocupação devido à
possibilidade de os microrganismos poderem criar
resistência ao mesmo e é aconselhável o uso esporádico,
em momentos de grande contaminação.
Nos processos de fermentação contínuos, o problema da
contaminação é mais sério.
351
Embora seja um tema controvertido, o uso de
antibióticos é muito generalizado nas indústrias
produtoras de etanol.
Vários produtos comerciais são disponíveis no mercado,
envolvendo diferentes princípios ativos, tais como
oxitetraciclinas (arti sept, Gram positivas e Gram
negativas), apamicina (BacGran, bactérias Gram
negativas), salinomicina (Lactrol XP), monensina
(Kamoran, Bactérias Gram Positivas), virginiamicina
(Lactrol, Gram positivos).
Atualmente com exigências severas nos níveis de
resíduos de antibióticos termoestáveis na levedura
desidratada vendida no mercado, o uso destes produtos
está cada vez mais refinado. Vários outros produtos
naturais estão sendo testados, tais como o Beta Bio,
derivado do lúpulo cervejeiro. 352
KAMORAN
Características:
KAMORAN é um antibiótico fabricado e distribuído pela
Química Real, produzido com matéria prima Elanco, para o
controle das principais bactérias Gram (+), contaminantes
dos processos fermentativos. A atuação do KAMORAN é
eficaz contra Lactobacillus, Bacillus e Streptococcus.
Benefícios de Kamoran:
Controla cerca de 80% dos principais Lactobacillus; Não
afeta as leveduras produtoras de etanol; É termoestável,
portanto pode ser aplicado em processos com alta
temperatura;
Pode ser utilizado em processos que sangram e secam
levedura para o consumo de animais ruminantes.
353
Aplicação e Dosagem:
KAMORAN, por ser apresentado em embalagem
hidrossolúvel, é necessário uma pré-diluição com água,
adicionando uma proporção de 50% água e 50% álcool em
seguida para a diluição completa. Para a aplicação do
KAMORAN, nas cubas de tratamento, o pH deverá estar no
mínimo em 1,9. A dosagem mínima recomendada é de 3,0
ppm em relação ao volume total do sistema.
Esta dosagem é muito citada também nas dornas.
Quando Usar o antibiótico
Algumas empresas usam quando a concentração
bacteriana atinge valores altos (ex. acima de 5,0 x107
bactérias/mL, escolhendo, às vezes, o antibiótico após
“antibiograma”.
354
355
356
357
358
359
360
361
Vários produtos utilizados com fins antibióticos
(bactericidas ou bacteriostáticos ???)
DuPont do Brasil;
Byozyn – da Prozyn;
•
Fitossintéticos;
•
Vários outros.
•
362
Comentários
O uso do do processo Melle-Boinot, com tratamento
ácido do fermento, centrífugas eficientes, caldo
tratado termicamente, além de resfriamento mais
eficiente de dornas leva a uma substancial redução na
relação contaminante/levedura. Nestas condições,
embora possa haver acidente de fermentação, é difícil
em termos técnicos e econômicos, justificar o uso
continuado de antibióticos.
363
Dornas de Fermentação
364
365
366
367
368
CENTRIFUGAÇÃO
Centrifugação
Separadoras
Centrífugas
369
CENTRIFUGAÇÃO
Separadoras Centrífugas
A separação é realizada por um rotor com boquilhas de
descarga de sólidos. O liquido em processo é alimentado
continuamente no centro do rotor e é distribuído para a
periferia deste, por meio do cone de distribuição. A alta
rotação força este liquido a passar através de discos
cônicos, onde é separado pela força centrifuga em uma
fase sólida e uma líquida.
O concentrado, sendo a fase mais pesada, contendo as
células de levedura e uma pequena quantidade de vinho, é
forçada para fora da parede do rotor, através de boquilhas
de descarga. O vinho delevedurado, sendo fase leve, é
deslocado em direção ao centro do rotor e deixa este
através de uma abertura no topo do rotor, sendo
impulsionado para fora da separadora através do coletor.
370
CENTRIFUGAÇÃO
Separadoras Centrífugas
Separadoras Centrífugas
A eliminação destas bactérias, será cada vez mais
eficiente, se:
As centrifugas estiverem bem limpas e seus bicos
em ótimo estado;
O processo num todo, estiver harmoniosamente
bem conduzido;
O fermento a ser centrifugado não estiver em
estágio elevado de floculação, o que dificulta a
eliminação das bactérias, devido a estas estarem
“aderidas” às leveduras (nos flocos), facilitando o
retorno ao processo com o fermento.
372
CENTRIFUGAÇÃO
Separadoras Centrífugas
373
CENTRIFUGAÇÃO
• Fermento Infeccionado.
• Entupimento de Bicos.
• Vinho Sujo.
• Queda de Rotação.
• Bicos Danificados.
375
CENTRIFUGAÇÃO
Vinho Sujo
376
CENTRIFUGAÇÃO
Fermento Infeccionado
Devido à formação de um polímero (dextranas)
produzido pela bactéria, a viscosidade do vinho
levedurado aumenta, proporcionando uma decantação
muito grande devido a formação de flocos.
Dessa forma ocorre uma separação entre o fermento e o
vinho nas dornas de fermentação - Floculação.
Esta separação altera a concentração do vinho e
compromete seriamente a centrifugação acarretando
emplastramento nos pratos, entupimento dos bicos
ejetores e conseqüentemente perdas de levedo no
vinho.
Neste caso torna-se necessária a limpeza da máquina
com maior freqüência.
377
CENTRIFUGAÇÃO
Defeito
Separação Imperfeita
378
379
Balanço típico da centrífuga
Centrífuga
VB = 100 VC = 83,45
XVB = 12% (v/v) XVC = 0,5 % (v/v)
Creme de
levedura (C)
VC = 16,55
XC = 70 % (v/v)
380
Rendimento e teor de levedura no vinho
centrifugado
92,8
5
92,4
4
91,9
3
91,5
2
91,0
1
0
90,5
1,40
0 12
,46 32
2,5 47
3,5 53
4,6 5,66
9
381
382
Influência dos teores de levedura no
tempo de fermentação e rendimento
383
Rendimento e contaminação
384
Acidez e rendimento
385
Fermentação alcoólica em batelada
(alimentada)
386
O rendimento da fermentação varia com o tempo de
alimentação do mosto num processo batelada alimentada
conforme a Figura a seguir:
389
Difusor Aquecedores
Balão Flash
de Caldo
Água Água
Tratada Tratada
Água Água Centrífuga 1 Centrífuga 3 Centrífuga 5 Centrífuga 7 Centrífuga 9
Tratada Tratada
2 4
Misturador Estático
Centrífuga 2 Centrífuga 6
3 Centrífuga 4 Centrífuga 8
Tanque de
Mel
6
Trocador de Calor de 8
Mosto
Colunas de
7 7 7
Destilação
5
2 2 2
Cuba 1 Cuba 2
Cuba 3
5 5
5
390
Difusor Aquecedores
Balão Flash
de Caldo
Água Água
Tratada Tratada
Água Água Centrífuga 1 Centrífuga 3 Centrífuga 5 Centrífuga 7 Centrífuga 9
Tratada Tratada
2 4
Misturador Estático
Colunas de
7 7 7
Destilação
5
2 2 2
Dorna 1 Dorna 3 Dorna 5 Dorna 7 9 9 9
Cuba 1 Cuba 2
Cuba 3
5 5
5
391
Aquecedores Balão Flash
Difusor
de Caldo
Misturador Estático
Centrífuga Centrífuga Centrífuga Centrífuga
2 4 6 8
Tanque de
Mel
Trocador de calor de
Mosto Colunas de
Destilação
392
393
Balanço segundo Andrietta
394
395
Foto de uma cuba de tratamento com ácido
396
Dimensionamento de dornas - batelada
Vinho centrifugado,
delevedurado ou
turbinado (VC)
Vinho bruto (VB)
FVB (v/v)
Centrífuga
FVC (v/v)
397
O volume de dornas deve atender à máxima produção de
álcool projetada, considerando o tempo total do ciclo,
que é a soma do tempo de alimentação, de fermentação,
tempo de pós-fermentação (tempo de espera para início
da centrifugação), do tempo de turbinagem (descarga),
tempo de limpeza, tempo de tratamento ácido.
No volume das dornas deve ser previsto o espaço para o
gás preso (hold-up), espaço para espumas e espaço para
eventuais acessórios, como serpentinas de
resfriamento. Pode-se considerar um aproveitamento de
90% da dorna (volume útil).
398
8%................1 m3
VC= 12,5 m3
100%............. VC
OU
100 100 1
Volume de vinho centrifugado 12,5m 3
º GL VB 8 0, 08
399
Portanto para produzir 1 m3 de álcool anidro será necessário
um volume de vinho fermentado de:
VB = 1,19x12,5 = 14,875 m3
14,875
8, 263m3 dornas por m3 de etanol anidro por dia
2x 0,9
400
Para uma produção de 500 m3 de etanol anidro por dia, o volume
necessário de dornas será:
3
Volume de dornas = 500 m etanol anidro x
3 8, 263m dornas
3 =4131,5 m3
m e tan ol anidro
401
Segundo Finguerut, os parâmetros principais de um
processo batelada alimentada se situam próximos a:
• Teor alcoólico final no vinho fermentado: 9 ºGL (%vol)
• Teor de fermento final: 13% (v/v) (~5x108 cels/mL)
• Tempo de Fermentação: 6-11 h
• Rendimento: 91%
• Temperatura: 34-36ºC.
402
403
Requesitos de Equipamentos - batelada alimentada
(segundo Fingerut)
Dornas de fermentação: 7 a 10 m3 de dorna por m3 de álcool
•
de fermentação.
404
Resfriamento do mosto
Faz-se o resfriamento do mosto com o objetivo de
diminuir a temperatura do mesmo, de 65ºC para 28°C
à 32ºC.
405
FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL
Resfriamento do mosto
INTRODUÇÃO
Utiliza-se trocadores de calor a placas por apresentarem
uma boa eficiência, mas apresentam os seguintes
inconvenientes
• É um ponto crítico de contaminação do mosto/
fermentação.
• Baixa velocidade do mosto.
• Propicia incrustações nas placas.
• Focos de contaminação, principalmente bactérias.
• Dificuldade de assepsia.
• Formação de Biofilme (contaminação bacteriana).
406
Formação do biofilme
“GOMA”
(biofilme)
SUPERFÍCIE METÁLICA
antibiótico
SUPERFÍCIE METÁLICA
409
Fermentação contínua – 1 dorna com
reciclo
MOSTO FERMENTO ÁGUA ÁCIDO
TRATADO
VOLANTE
DORNA CUBA
DE VINHO
CENTRÍFUGA
ÁGUA
VOLANTE
TROCADOR DE CALOR VINHO LEVEDURADO
410
FERMENTAÇÃO - DORNAS
ÁCIDO ÁGUA
CENTRÍFUGA
DESTILAÇÃO
TRATAMENTO DO FERMENTO 411
412
Análise de um processo contínuo industrial
413
Fermentação – Linha A
414
Fermentação - Linha B
415
Centrifugação
416
Dorna Volume Volume Volume
fundo (L) total (L) útil (L)
1A 196860 840000 784072
417
Dorna Volume Volume Volume
fundo (L) total (L) útil (L)
1B 196860 840000 784072
418
Conversão do Brix (estágios)
419
Linha A Linha B
ESTÁGIO 1-A ESTÁGIO 1-B
ART (g/100g) 3,55 ART (g/100g) 2,83
Teor de Álcool (ºGL) 7,50 Teor de Álcool (ºGL) 7,60
11,0
Teor de Levêdo (%) 10,50 Teor de Levêdo (%)
0
Acidez Sulfúrica (g/L) 2,96 Acidez Sulfúrica (g/L) 2,79
Infecção (Bact x 107 / ml) 8,33 Infecção (Bact x 107/ mL) 8,54
pH 4,30 pH 5,66
420
ESTÁGIO 2-A ESTÁGIO 2-B
ART (g/100g) 0,97 ART (g/100g) 0,79
Infecção (Bact x 107 / mL) 10,26 Infecção (Bact x 107/ mL) 9,25
pH 4,27 pH 4,34
421
ESTÁGIO 3-A ESTÁGIO 3-B
ART (g/100g) 0,62 ART (g/100g) 0,53
Teor de Álcool (ºGL) 8,61 Teor de Álcool (ºGL) 8,67
Teor de Levêdo (%) 9,06 Teor de Levêdo (%) 9,43
Acidez Sulfúrica (g/L) 3,35 Acidez Sulfúrica (g/L) 3,21
Infecção (Bact x 107 / mL) 9,83 Infecção (Bact x 107 / mL) 9,40
pH 4,28 pH 4,32
422
ESTÁGIO 4-A ESTÁGIO 4-B
ART (g/100g) 0,44 ART (g/100g) 0,44
Infecção (Bact x 107/ mL) 9,36 Infecção (Bact x 107 / mL) 8,87
pH 4,28 pH 4,33
423
ESTÁGIO 5-A ESTÁGIO 5-B
Infecção (Bact x 107 / mL) 9,03 Infecção (Bact x 107 / mL) 9,16
pH 4,28 pH 4,32
425
Unidade industrial de fermentação
contínua
426
Comparação entre processos
427
OPERAÇÃO DO PROCESSO
CONTÍNUO
“Uma das grandes dificuldades de se
operar adequadamente um processo
contínuo são variações que ocorrem
nas condições operacionais, como
podem ser vistas nos seis slides
seguintes”. Outros fatores também
podem sofrer variações, tais como
temperatura, pH e outros.
428
Conc. Celular em massa seca, em função do
tempo nos 5 reatores de um processo industrial A
429
Conc. Celular em massa seca, em função do tempo
nos 5 reatores de um processo industrial B
430
ART nos mostos de uma usina em diferentes
amostragens 431
ART nos 5 reatores de um processo contínuo
432
Concentração de etanol (g/L) nos 5 reatores de um
processo contínuo
433
ART na entrada do 1º reator e etanol na saída do 5º
reator em função do tempo
434
Fermentação alcoólica contínua
no Brasil
• Fermentação contínua Fermentec
• Outros
435
436
437
438
439
440
441
Nos últimos anos (Finguerut):
Houve grande evolução dos principais parâmetros
•
operacionais da fermentação;
O processo batelada alimentada
•
Robusto
Flexível
Relativamente fácil de ampliar e melhorar
Fermentação contínua
•
Mais barata
Mais fácil de operar
Menos robusta e menos flexível
442
443
Sistema Contínuo: maior parte
dos processos instalados não
permite assepsia das dornas
444
445
446
BATELADA X CONTÍNUA
PARÂMETROS AVALIADOS
448
CONTAMINAÇÃO BACTERIANA
Níveis de Rendimento da
DÉCADA
contaminação Fermentação (Máx.)
70 108 88,0%
80 107 90,0%
90 106 91-92%
450
Bat Cont
ANTIBIÓTICOS (mg / L Álcool)
451
CONSUMO DE ÁCIDO (g/L Álcool)
452
TAXA DE PERMANÊNCIA DAS
LEVEDURAS SELECIONADAS
80
TAXA DE PERMANÊNCIA %
60
BATELADA
40
CONTÍNUA
20
0
1998 1999 2000 2001 2002
Fonte:Andrietta
454
Processos Batelada
Reatores agitados para manter a levedura em
suspensão durante a conversão
Ao término da fermentação, para-se a
agitação e espera-se o fermento se separar
do vinho por decantação
Sobrenadante é enviado para a destilação
Decantado é diluído em água, tratado com
ácido e reutilizado para a próxima
fermentação
455
Processos contínuos com reator de mistura
Reatores agitados para evitar a decantação de
células no mesmo
Normalmente realizado em multiplos estágios,
seguindo os mesmos princípios dos processos
contínuos convensionais
Necessitam de unidades de regeneração de células,
com ou sem adição de ácido sulfúrico e água
Reaproveitamento do fermento após separação do
mesmo por decantação
Limitação devido ao longo período necessário para
a separação do fermento
456
Processo contínuos com reatores torre sem reciclo de
fermento
Vantagens
Não necessida de unidade de separação e tratamento de
fermento
Por formar leitos estáveis, permite a operação com alta
concentração de células no seu interior, diminuindo o
tempo de fermentação (2 horas)
Permite atingir comportamento de reator tubular,
desejável para processos com inibição pelo produto
(etanol)
Grande facilidade operacional, podendo ser totalmente
automatizado
Baixo custo de instalação e operacional
Baixo consumo de insumos.
457
Característica do microrganismo
458
Características do leito
459
Leito de levedura
460
Característica do leito
461
Comportamento de um reator torre
Gases Gases
Vinho Vinho
462
463
Comportamento do reator
180
160
140
120
S Calc
100 G Calc
80 F Calc
ET Calc
60
40
20
0
0 10 20 30 40 50 60
464
Sistemas estudados
465
FOTOS USINA NOROESTE PAULISTA
466
467
468
469
470
Teor alcoólico final
471
472
Teor alcoólico final
473
Teor alcoólico final
A produção de mais álcool na unidade de tempo:
Reciclo
•
475
O tempo de fermentação
• Tempos muito longos
Baixa vazão de CO2
Necessidade de agitação
• Tempos muito curtos
Alta vazão de CO2
Muita espuma
O tempo de fermentação incide diretamente no tamanho
•
da instalação:
Maior dificuldade de resfriamento
Rendimento e formação de glicerol 476
Destilação
Rendimento: >99,9%
•
478
FERMENTATION EVOLUTION
479
FERMENTATION EVOLUTION
480
FERMENTATION EVOLUTION
481
FERMENTATION EVOLUTION
482
FERMENTATION EVOLUTION
483
484
485
486
487
488
489
490
491
492