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Fermentação: etanol de

segunda geração a partir


de resíduos da cana de
açúcar
INTEGRANTES: JEAN DE MATOS, YURI
FONTANA DE SOUZA
DISCIPLINA: BIOTECNOLOGIA
PROFESSOR: DRA. MARIA BENICASSA
Introdução
• A necessidade de desenvolver combustíveis
alternativos ao petróleo e reduzir a emissão
de poluentes tem sido cada vez maior.
• O grande desafio – além da sustentabilidade
– é a viabilidade econômica.
• Produtos alternativos e de origem renovável
costumam possuir uma produção onerosa, o
que dificulta pesquisas, investimentos e a
chegada até o consumidor final.
Bioetanol (E2G)
Além de ser uma fonte mais renovável e
sustentável quando comparado aos combustíveis
fósseis, o etanol de segunda geração surge com o
intuito de aumentar a produção sem a
necessidade de aumentar a área cultivada
(MONTES, 2017).

Ao contrário da cana, que deve ser processada


após a colheita, os resíduos agrícolas resultantes
da produção do etanol 1G podem ser
armazenados e utilizados posteriormente, em
períodos de entressafra, quando as usinas estão
ociosas (BNDES, 2016).
Fluxograma do E2G Celulose+lignina

Bagaço
Pré- Hidrolise Fermentaçã
Palha tratamento dos resíduos o

Adição de
enzimas

Etanol
Pré Tratamento:
Há vários métodos usados como forma de pré-tratamento atualmente, dos quais vão variar. Alguns são
muito utilizados na indústria devido à sua eficiência no processo. Outros, entretanto, não são tão usados
por apresentarem baixos rendimentos de apuração da celulose.
• Pré-tratamentos utilizados são: Físico, Básico e Acido
• Físico: O seu tamanho será diminuído através da trituração ou outro meio de esmagamento para facilitar nas
próximas etapas. Contudo, a quantidade em massa de material não irá alterar nesse processo.
• Básico: Para a separação celular é necessário despender certa quantidade de energia. Assim, o processo de
deslignificação (remoção da lignina) pode ser definido como sendo processos de separação das fibras pela
utilização de energia química e/ou mecânica.
• Acido: O principal objetivo do pré-tratamento ácido é solubilizar a fração hemicelulósica da biomassa e assim
tornar a celulose mais acessível às enzimas. Este tipo de pré-tratamento pode ser realizado com ácido concentrado
ou diluído, mas a utilização de ácidos concentrados são menos atraentes para a produção de etanol, devido à
formação de compostos inibidores da fer- mentação, principalmente furfurais.
Hidrólise

• Existem muitas rotas (hidrólise básica, ácida, com ácido diluído, enzimática etc.) e configurações
(por exemplo, hidrólise e fermentação realizadas no mesmo reator, fermentação separada com os
diferentes açúcares, produção das enzimas no mesmo reator etc.) que podem ser utilizadas para se
produzir E2G, sendo que cada combinação possui vantagens e desvantagens em relação às demais
• Atualmente, a método mais utilizada e desenvolvido é a rota enzimática, na qual enzimas
específicas são utilizadas para hidrolisar o material após o pré-tratamento.
• Produzir essas enzimas de forma barata ainda é um dos principais desafios dessa tecnologia.
• Poucas empresas no mundo as produzem de forma comercial, além da dificuldade em reaproveitar
esses organismos
Fibras que compõe a parede Açúcares que compõe a Estrutura celulósica linear
celular vegetal: hemicelulose. unidas por ligações β 1,4
Celulose
Lignina
Hemicelulose
• Com o açúcar já obtido através da hidrolise, é
possível adicionar as leveduras para o processo de
fermentação
Fermentação • Na fermentação alcoólica, o microrganismo mais

alcoólica frequentemente utilizado é a levedura


Saccharomyces cerevisiae, pois é capaz de produzir
etanol em altas concentrações, finalizando o
processo com a destilação para a obtenção do
produto.
• A fermentação alcoólica é um processo anaeróbico,
ou seja, sem a utilização de oxigênio, no qual
açúcares são convertidos em energia na forma

Fermentação de ATP e, como resultado disso produzem como


resíduos: etanol e CO2. 
alcoólica • A conversão desses açúcares acontece através
da glicólise com ajuda de microrganismos e pode
acontecer em praticamente todos os organismos
vivos. A substância produzida é determinada pelo
microrganismo disponível.
Fermentação alcoólica

• Todo o processo acontece em duas reações. Na primeira uma


molécula de piruvato é quebrada, produz duas
de acetaldeído (C2H4O) e libera duas de dióxido de carbono (CO2).
• Na segunda reação, duas moléculas de NADH transferem seus
elétrons para duas de acetaldeídos que se transformam em duas
moléculas de etanol (C2H6O) e NAD+.
Destilação

Na produção de etanol, o tipo de destilação usada não pode ser a


simples, pois misturas azeotrópicas requerem esta última para sua
separação.
Esta é constituída por um recipiente cilíndrico dentro do qual se
encontra uma série de pratos internos entre os quais circulam vapor
e líquido em contracorrente. Em cada andar sofrem transferência de
massa e calor e assume-se que se encontram em equilíbrio ao deixar
o andar.
Conclusão
• As expectativas atuais apontam que o E2G deve se tornar
um paradigma no setor sucroenergético a partir de 2030,
mas muita coisa vai depender ainda do desenvolvimento
de matérias-primas, processos de pré-tratamento, da
continuidade e do aumento dos financiamentos públicos
para pesquisa e produção, setor de pesquisa e de
universidades, além do sucesso ou do fracasso das
políticas energéticas.
OBRIGADO !!!
FATEC 2022.
Referências

• SciELO - Brasil - O ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO NO BRASIL: POLÍTICAS E REDES SOC


IOTÉCNICAS O ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO NO BRASIL: POLÍTICAS E REDES SOCIOT
ÉCNICAS
• Alves, Joice Mariá Batista, and Rita de Cássia Vieira Macri. "Etanol de
Segunda Geração: Estudo de Materiais Lignocelulósicos e Aplicações da
Lignina." Ciência & Tecnologia 5.1 (2013).
• DE ARAÚJO MARTINS, Fernanda et al. A produção do Etanol de segunda
geração a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Revista Latino-Americana de
Inovação e Engenharia de Produção, v. 2, n. 3, p. 5-16, 2014.
• https://revistapesquisa.fapesp.br/entre-acucares-e-genes/
• https://monografias.brasilescola.uol.com.br/quimica/aproveitamento-celulosico

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