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Faculdade de Tecnologia Nilo De Stéfani

Fundamentos de Logística

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA “PAULA SOUZA”

FACULDADE NILO DE STÉFANI DE JABOTICABAL - SP (Fatec-JB)

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM BIOCOMBUSTÍVEIS

PRODUÇÃO DE BIODIESEL APARTIR DE MICROALGAS

FELIPE FERREIRA TROIANO

FRANCIELE DIAS DE SOUZA

PROF. CAMILA DO NASCIMENTO CULTRI

JABOTICABAL, S.P.

2022

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INTRODUÇÃO

É notável o grande aumento na demanda por fontes de energia limpa, fontes

renováveis, no Brasil e no mundo para substituir cada vez mais o uso de fontes não
renováveis, pois além do fato de que as fontes não renováveis como o petróleo são finitas,
ainda existe a questão sobre o quão prejudicial é para o meio ambiente, a poluição na biosfera
terrestre e o como contribui com o efeito estufa, devido esses fatos surgiram outras fontes de
energia renovável, biodiesel a partir de microalgas.
A produção de biodiesel a partir de microalgas tem se mostrado muito promissor, pois
enquanto há uma necessidade de uma plantação em uma área enorme de matérias primas
oleaginosas, com soja e milho, na produção de microalgas não é necessário, pois é possível
obter uma produção em 200% a mais de óleo e açúcar, em função de poder ser produzido em
áreas menores e possuir resíduos menos agressivos.
Então é aí que entra as microalgas pelo seu potencias para a produção de matéria graxa
de alta quantidade, que pode ser feita em pequenas áreas além de não precisarem de solo fértil
que por esse motivo não competem com os cultivos que são produzidos no Brasil, pode ser
feito em áreas semiáridas ou áreas de deserto. (GAZZONI, 2000)

Após a crise do petróleo foram iniciados estudos sobre a implantação dessa nova
fonte de energia limpa, programas possibilitaram a identificação de espécies e a seleção de
microalgas com alto potencial de extração de lipídeos (GAZZONI, 2016c).

Cultivo das microalgas

As microalgas ou algas unicelulares são microrganismos que podem ser microscópicos

unicelulares, eucariontes ou procariontes e que se desenvolvem em campos aquáticos e em
vegetais, eles podem crescer em colônias ou individualmente, são resilientes e de fácil
adaptação e podem ainda produzir sua própria fonte de energia através da energia solar.
Por ter uma estrutura molecular simples, possuem um rápido crescimento na presença
de luz sem ter a necessidade uma infraestrutura mais complexa.

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Fonte: BIOTECLAND

Existem dois tipos de sistemas de cultivo de microalgas que são eles aberto ou
fechado, primeiramente sobre o sistema aberto costuma ser realizado em lagoas ou tanques
abertos que vão utilizar a luz solar e o CO2 da própria atmosfera. Os tanques são de baixo
custo e, portanto, oferecem vantagens dependendo do tipo das espécies. (MIYAWAKI. et al.
2020). Os tanques abertos são na sua maioria, reservatórios retangulares de material
transparente homogeneizados e mantidos em suspensão por meio de injeção a ar ou CO2 por
tubo perfurado no fundo do próprio reator. (MIYAWAKI. et al. 2020)
O sistema fechado segundo as placas planas (FPP) de foto biorreatores são
constituídos por uma superfície iluminada inter-relacionada ao volume, em formatos
geométricos para poder proporcionar uma maior capacidade de captar luminosidade e coleta
solar.
São utilizados dois tipos de sistemas, um que utiliza a circulação efetuada por
transporte aéreo onde o sistema depende do ar que é comprimido para fornecer energia para
que seja feita a circulação e homogeneização que é conhecida comi arilift. Já a outro sistema é
dependente de bombas hidráulicas para circulação do sistema. (MIYAWAKI. et al. 2020)

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Fonte: PROSPEB

Fonte: PROSPEB

Produção de Biodiesel a partir de microalgas

Existem diversas formas de extração da biomassa a partir de microalgas, algumas

delas são: centrifugação, floculação, sedimentação, microfiltração e a junção de deles. O
método mais eficaz é a sedimentação e floculação, pois é possível extrair lipídeos e
transfericação do óleo em biodiesel, obtendo assim o glicerol, como subproduto com um
menor gasto de energia.

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Fonte: BIONAREDE

Estudos estão sendo feitos e mostraram se promissores por conta da viabilidade,

porém ainda não há nenhuma usina nesta área, o índice de aproveitamento chega a ser de 90%
da biomassa produzida, 20 vezes mais em comparação ao dendê, e devido as microalgas
apreciarem aguas residuais, o esgoto contribui com fosfato e nitrato, agindo assim como
nutrientes, o que faz com que ela não demande de agua doce e limpa para sua produção, as
microalgas são facilmente adaptáveis, que contribui para sua alta produção em todas as
estações, e por fixarem o carbono, não contribui para o aquecimento global.
A Petrobras está trabalhando nesse projeto e visa ser pioneira nessa produção, segundo
Juliana Vaz, gerente de Biotecnologia do Centro de Pesquisas da Petrobras, (Cenpes) o
pioneirismo do projeto “vai contribuir para a construção de um futuro mais sustentável. É um
projeto de vanguarda, pioneiro no Brasil e que logo vai estar à disposição de todos”. O projeto
já está em fase piloto.
A usina elétrica de Jupía, no interior de são Paulo começou a estudar essa
possibilidade após um prejuízo de R$3,8 milhões em 2017 após ilhas verdes despertarem a
atenção próximo a usina, elas produzem rapidamente na presença de luz e nutrientes, devido
fertilizantes recorrentes das lavouras e esgotos, obteve um crescimento exorbitante que se
tornou uma ameaça as usinas hidrelétricas, esse crescimento acarretou em 10 usinas com seu
funcionamento paralisado por 5 meses. Após a retirada de mais de 2 mil toneladas de algas
nos tanques em limpezas diárias, surgiu a ideia de se reutilizar essas microalgas
A partir disso que a usina passou a estudar esse projeto, buscando uma parceria com o
Instituto de Biomassa do Senai e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, o
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projeto já apresenta resultados promissores e segundo Hélio Mera de Assis, pesquisador

industrial do biomassa, “É um material que tem um impacto social, ambiental e dar uma
destinação nobre para esse resíduo que é gerado e que tem associado a ele questões
financeiras, sociais, econômicas, é muito interessante, é muito bacana”.

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REFERÊNCIAS

https://www.scielo.br/j/jbchs/a/4nHdWVpR5dJqkZsnrYCTJcv/?lang=pt

https://www.redalyc.org/journal/5606/560659012010/560659012010.pdf

GAZZONI, Décio Luiz. Os desafios do biodiesel de algas. 2016c. Disponível em:. Acesso
em: 14 maio 2016.

http://www.gazzoni.eng.br/pagina40.htm

https://propesp.furg.br/pt/pesquisa/grupos-de-pesquisa/catalogo?
view=article&id=2536&catid=174

https://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/
364-o-futuro-verde-microalgas-e-biotecnologia

https://biotecland.com/2020/05/12/o-que-sao-microalgas/

https://bionarede.crbio04.gov.br/2011/01/pais-estuda-combustivel-de-microalga/

https://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2018-02/petrobras-estuda-
produzir-bio https://ubrabio.com.br/2019/08/08/usina-hidreletrica-e-pesquisadores-buscam-
transformar-plantas-aquaticas-em-biocombustivel/diesel-partir-de-microalgas

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