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DATAS
Início da Execução do Projeto: 05/09/2022
Entrega do Relatório: 08/03/2023
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RESUMO
A importância do rio São Francisco para as comunidades ribeirinhas ao longo de seu curso vai além do
abastecimento da população com suprimento de água, pois ele também é utilizado no transporte e propicia
a geração de renda via atividades pesqueiras e de turismo. No entanto, o rio recebe agentes poluentes,
como esgoto doméstico, que prejudicam a qualidade da água, aumentando a quantidade de matéria
orgânica e nutrientes, propiciando a proliferação de espécies vegetais como as macrófitas. O excesso
dessas plantas no rio pode prejudicar o ecossistema, dificultando também a atividade pesqueira, o
transporte e até mesmo os sistemas de captação de água para abastecimento doméstico. Diante dessa
situação, este trabalho pretende estudar o aproveitamento da Aguapé (Eichhornia crassipes), principal
planta macrófita encontrada na região do baixo São Francisco, para a produção de adubo orgânico, através
da compostagem. A eficácia do respectivo adubo será analisada através da sua aplicação na cultura do
milho, sendo avaliada a nutrição da planta através do seu crescimento, matéria orgânica, umidade e
biomassa produzida. Assim, espera-se contribuir com o desenvolvimento de uma alternativa de
diminuição de problemas urbanos ligados a essas espécies.
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PARCERIAS FIRMADAS
● Não foram realizadas parcerias com o setor produtivo ou outra instituição pública, nem foi
avaliado o potencial de transferência de tecnologia nessa fase da pesquisa.
Revisão bibliográfica
A pesquisa bibliográfica foi o meio utilizado para a construção do trabalho, contudo, utilizaram-
se artigos, livros, teses, dissertações, etc., para uma análise profunda acerca da temática e
assim realizar a pesquisa (BOCCATO, 2016).
Construção da composteira
Caracterização físico-química
A temperatura foi medida pelo método descrito por Silva et al. (2011) sofrendo modificações,
em que no método original usa-se termômetro digital inserido até o meio do acúmulo de
composto, e na modificação foi usado termômetro de mercúrio.
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O pH foi medido segundo o método descrito por Spósito (2013), que consiste na medição direta
no pHmetro de bancada.
A análise de umidade foi realizada segundo o método descrito por Faria (2002), o qual
inicialmente seca uma alíquota da mostra em estufa à 105 °C por 24h, sendo dado a umidade
pela diferença de peso.
Para a análise de matéria orgânica (MO) foi utilizado o método da mufla descrito por Carmo e
Silva (2012). A princípio houve secagem prévia das amostras em estufa a 105 °C, por um
período de 2 h. Após esse período, os cadinhos de cerâmica com as amostras foram
acondicionados em forno do tipo mufla e incinerados em uma temperatura de 550 °C, por 3 h.
Posteriormente, o conjunto (cadinho+resíduos) foi acondicionado em dessecador e, em
seguida, pesado. O cálculo foi realizado por meio da fórmula MO (%) = (P - (T - C) x 100)/P,
onde P é o peso da amostra em gramas após ser aquecida a 105°C, C é a tara do cadinho em
gramas e T é o peso da cinza mais o cadinho em gramas.
Acompanhamento da compostagem
Período (dias Temperatura (ºC) dos Tratamentos (T) – com diferentes materiais em compostagem
após início da
compostagem) T1 - Macrófita T2 - Macrófita e mamona T3 - Macrófita e terra
15 38 42 38,5
30 40 42,5 41
45 39 43 38
60 26,5 27 27
Foi analisado inicialmente o desenvolvimento da temperatura das fases mesofílica, termofílica
e maturação seguindo os critérios estabelecidos por Matos (2014) em que, a primeira fase é a
mais curta, sendo possível identificar o aumento da temperatura, gerado pelo metabolismo dos
micro-organismos que rapidamente degradam as moléculas mais simples. Na etapa
termofílica, a temperatura se eleva ainda mais, variando de 60 - 70 °C, sendo que mais
lentamente, ocorrendo a degradação de moléculas mais complexas. Por fim, na última etapa,
a da maturação, que dura cerca de 1 mês, ocorre a diminuição da temperatura.
Em suma, com a análise da Tabela 1 é notório o aua, a qual consiste na mais duradoura e
importante fase da compostagem. Ainda foi possível analisar a diminuição da temperatura
durante o marco de 30 dias, fase em que a temperatura deveria ser aumentada. Durante o
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A análise dos materiais colocados na composteira pôde dar uma média de como ficarão esses
dados após a homogeneização dos tratamentos (sem degradação) (Tabela 4).
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Tabela 4- Umidade (UM) e matéria orgânica (MO) dos experimentos de compostagem antes da degradação
É possível observar a variação da umidade (51-81%) em cada tratamento, na literatura de Valente et al.
(2009) a variação de umidade entre 50 e 60% permitiu uma atividade microbiana significativamente
maior do que níveis de umidade na ordem de 70%, com isso, é possível dizer que em todos os tratamentos
exceto o “Macrófita e terra” tiveram uma menor taxa de microrganismos. A elevada taxa de variação
também explica a diminuição da temperatura na fase termofílica.
Em primeiro lugar, conseguimos observar que a Eichhornia crassipes (não degradada) tem bons teores
de matéria orgânica fundamental para a descompactação e aumento dos índices de germinação do solo,
apresentando 87,39% de MO para cada 5g pesada. Além disso, foi observado a matéria orgânica da
mamona que também apresenta bons teores para a produção de adubo (FRETAS, 2018).
Em segundo lugar, no Brasil, o composto orgânico produzido deve atender a valores estabelecidos pelo
Ministério da Agricultura (BRASIL, 2004), o qual deve conter no mínimo 40% de MO.
DIFICULDADES ENCONTRADAS
● Dificuldades técnicas: Não existente
● Dificuldades de recursos: Não existente
● Dificuldades financeiras: Não existente
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CONCLUSÕES PRELIMINARES
A princípio, é possível concluir a viabilidade do material utilizado para a construção das composteiras,
visto que, os baldes plásticos executaram um bom papel, sendo adquiridos facilmente, com um baixo-
custo e com altas chances de armazenar e degradar o composto.
Posteriormente, a Aguapé e a mamona, conforme a caracterização físico-química realizada, provaram
ter bons teores de matéria orgânica (MO) para produzirem adubo, teores que estão dentro dos
parâmetros máximo-mínimos de MO regidos pelo Ministério da Agricultura.
Em suma, a respectiva pesquisa ocorre seguindo o cronograma previsto e analisa a macrófita como um
bom material para a obtenção de adubo.
BIBLIOGRAFIA
Duarte, A. S., Airoldi, R. P. S., Folegatti, M. V., Botrel, T. A., & Soares, T. M.. (2008). Efeitos
da aplicação de efluente tratado no solo: pH, matéria orgânica, fósforo e potássio. Revista
Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.12, n. 3, 2008, p. 302–310.
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FRAGA, Victor. O papel das macrófitas aquáticas como insumo adicional para a melhoria do
solo e crescimento vegetal nas Áreas de Preservação Permanente formadas nos entornos
dos reservatórios. Brasil Escola, 2016. Disponível em:
<https://monografias.brasilescola.uol.com.br/biologia/macrofitas-aquaticas-como-fonte-de-
nutrientes.htm>. Acesso em: 4 mar 2023.
RODRIGUES, Edilson Braga; STUCHI, Julia. Como montar uma composteira caseira. [S.
l.: s. n.], 2014. Disponível em:
<https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/136838/1/CPAF APFolder-
COMPOSTEIRA.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2023.
VALENTE, B. S.; XAVIER, E. G.; MORSELLI, T. B. G. A.; JAHNKE, D. S.; BRUM JR., B.;
CABRERA, B. R.; MORAES, P.; LOPES, D. C. N. Fatores que afetam o desenvolvimento da
compostagem de resíduos orgânicos. Archivos de zootecnia, v. 58, n. 224, p. 59-85, 2009.
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