Você está na página 1de 61

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS

AMBIENTAIS - ESCOLA FAMÍLIA


AGRÍCOLA DE NATALÂNDIA - EFAN

PROPRIETÁRIO: P.A. SACO DO RIO PRETO

CNPJ:07.395.381/0001-02

MATRÍCULA DO IMÓVEL: 5.954, 5.955 E 5.956...


MUNICÍPIO: NATALÂNDIA-MG
SUMÁRIO
ÍTEM DESCRIÇÃO PÁG
1.0 INTRODUÇÃO................................................................... 3
2.0 A ASSOCIAÇÃO ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA DE
NATALÂNDIA – AEFAN................................................... 4
3.0 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE NATALÂNDIA. 9

4.0 ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS EXPLORADAS NA


EFAN, IMPACTOS AMBIENTAIS EXISTENTES E
MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS........................ 24
5.0 ATIVIDADES AGROECOLÓGICAS DESENVOLVIDAS
PELA EFAN....................................................................... 46
6.0 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS................................. 49
7.0 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NO CAMPO E OS
IMPACTOS SOCIAIS GERADOS..................................... 50
8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................... 51
9.0 RESPONSÁVEL TÉCNICA PELO ESTUDO.................... 52
10.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................. 53
11.0 ANEXOS............................................................................ 57
1.0 - INTRODUÇÃO

Depois da conquista de um lote em um Projeto de Assentamento


da Reforma agrária, um dos maiores desafios das famílias de agricultores
assentados é à construção de um processo de desenvolvimento em
bases sustentáveis, o que pressupõe produzir em níveis satisfatórios,
preservando os recursos naturais de forma a manter o equilíbrio
ambiental.
O desenvolvimento sustentável é entendido como o aumento
sustentável dos padrões de vida, compreendendo a inserção no Projeto
de Assentamento da educação, saúde e proteção ambiental.
A Escola Família Agrícola de Natalândia – EFAN, constitui-se como
o empreendimento ideal da construção deste processo de
desenvolvimento nas familias de assentados. Ela vem com o objetivo de
disseminar técnicas agrícolas já consolidadas de implantação de
atividades agrosilvipastoris no assentamento.
Mas é sabido que a exploração de todas as atividades econômicas
desenvolvidas no meio rural são passíveis de impactos no meio ambiente.
O Estudo ambiental na implantação dos empreendimentos rurais é
essencial para o desenvolvimento rural sustentável. O instrumento
reconhecido para esse acompanhamento é a avaliação de impacto
ambiental.
O estudo ambiental, visa fazer um levantamento de todas as
atividades agropecuárias desenvolvidas na Escola Família Agrícola de
Natalândia – EFAN e a partir daí realizar a descrição dos impactos
ambientais inerentes à estas atividades, propondo medidas mitigadoras e
de compensação, para que os alunos possam desenvolver as tecnologias
agrícolas aprendidas na escola de forma sustentável, preservando o meio
3
ambiente do Projeto de Assentamento PA Saco do Rio Preto e do seu
entorno.
Além disso, o Estudo ambiental da Escola Família Agrícola de
Natalândia – EFAN, inserida no Projeto de Assentamento PA Saco do Rio
Preto, Município de Natalândia -MG, servirá de instrumento para o gestor
público priorizar e executar as políticas e ações voltadas ao setor social e
produtivo do Assentamento.
Este representa também o espaço de negociação entre os
diferentes níveis de governo, conselhos, organizações da sociedade civil
e empresariado.

2.0 – A ASSOCIAÇÃO ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA DE


NATALÂNDIA - AEFAN
A Associação Escola Família Agrícola de Natalândia, denominada
pela sigla AEFAN, foi criada em 15 de abril de 2003, com sede no Projeto
de Assentamento Saco do Rio Preto, Município de Natalândia - MG, com
Foro na Comarca de Bonfinópolis, MG.
No prisma jurídico é uma entidade civil, sem fins lucrativos, com
duração indeterminada, composta de famílias, pais e mães, educandos,
egressos, pessoas e entidades afins.

2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA EFAN

2.2 – A CRIAÇÃO DA EFAN


As discussões por uma Educação do Campo na região noroeste do
estado de Minas Gerais têm sua origem no início dos Anos 2000,
momento em que as famílias que residem nos Projetos de Assentamento
da Reforma Agrária (PAs) localizados no município de Natalândia
4
(Mongol, Mamoeiros e Saco do Rio Preto) perceberam a necessidade de
se criar, para os jovens do campo da região, cursos profissionalizantes
baseados na atividade agrícola e que contribuíssem com o
desenvolvimento da realidade onde moram.
Inicialmente, essa demanda surgiu dos três assentamentos que
estão na área de abrangência do município de Natalândia. Contudo, aos
poucos, os municípios vizinhos começaram a participar do movimento.
O primeiro passo dado na criação de uma escola do campo foi a
realização do I Seminário Regional sobre Escola Família Agrícola,
realizado em Paracatu – MG, em 2002, evento que foi organizado pela
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais
(FETAEMG), para discutir sobre o que seria necessário para se criar uma
escola agrícola.
Ainda em 2002, foi realizado o I Encontro da EFA no PA onde a
EFAN funciona atualmente (PA Saco do Rio Preto), com a participação
da Associação Mineira das Escolas Famílias Agrícolas (AMEFA), que se
dispôs a contribuir com o processo de implantação da EFA oferecendo
suporte técnico para essa finalidade.
Após os eventos e as discussões para conhecer melhor a proposta
educativa da EFA, foi realizada uma Assembleia Geral, em 15 de abril de
2003, na Câmara Municipal de Natalândia, momento em que foi criada a
Associação Escola Família Agrícola de Natalândia (AEFAN) com o
objetivo de manter e conduzir a EFAN. Entretanto, apesar de a AEFAN
ter sido criada em 2003, foi somente em 2007 que o primeiro Curso
Técnico em Agropecuária Integrado ao Médio em regime de alternância
foi ofertado.
Essa primeira turma contava com 42 alunos matriculados. Nesse
período, a infraestrutura da Escola era, no entanto, bastante precária e

5
somente em 2013, quando passou a funcionar em uma área de 14ha
concedida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA) é que foi construída a infraestrutura apropriada para atender às
necessidades da comunidade escolar durante o tempo-escola.
Desde então, a EFAN tem se consolidado na região noroeste de
Minas Gerais e oferta, atualmente, educação nos níveis Fundamental
(somente 8o e 9o Ano), Curso Técnico em Agropecuária, na modalidade
integrado, e Educação de Jovens e Adultos (EJA), totalizando 493
estudantes matriculados em 2019.

2.3 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO


A EFAN, objeto deste estudo, se localiza no interior do Projeto de
Assentamento Saco do Rio Preto, coordenadas geográficas 16º 41’
08,15” Sul e 46º 28’ 43,51” Oeste, na porção noroeste do Estado de Minas
Gerais, no Município de Natalândia Minas Gerais.
Roteiro de chegada: A partir do Município de Natalândia seguir por
21Km na estrada de terra que dá acesso a BR 251 virar à direita e seguir
pela estrada de terra por mais 1,8 Km e já está no Imóvel.

2.4 - ESTRUTURA FÍSICA


A EFAN conta com a seguinte estrutura física:
• 01 Biblioteca;
• 05 Salas de aula;
• 01 Auditório;
• 01 Sala para professores;
• 01 Sala de informática;
• 01 Laboratório de Biologia e Química;
• 01 Refeitório;
6
• 01 Cozinha;
• 01 Lavanderia de lavagem de utensílios utilizados nas
refeições (pratos, talheres e copos);
• 01 área de processamento de polpa de frutas e fabricação
de biscoitos;
• 01 Lavanderia de roupas (anexa ao alojamento);
• 06 Banheiros com 50 compartimentos;
• 10 Alojamentos;
• 01 Setor Administrativo;
• 01 Poço Tubular;
• 01 reservatório escavado para piscicultura;
• 01 Galpão Granja de aves;
• 01 minhocário;
• 01 Biodigestor;
• 01 Curral para gado leite;
• 01 Aprisco;
• 01 Galpão Granja para suínos.

2.5 - USO DE RECURSOS HIDRICOS


A EFAN possui uma Certidão de Registro de Uso Insignificante que
outorga a captação de 0,500 l/s de águas públicas do RIO PRETO,
durante 24:00 hora(s)/dia, no ponto de coordenadas geográficas de
latitude 16° 41' 17,65''S e de longitude 46° 28' 54,12''W, para fins de
Dessedentação de Animais e Irrigação, com validade até 25/03/2023.
Possui também uma Certidão de Registro de Uso Insignificante que
outorga a exploração de 1,600 m³/h de águas subterrâneas, durante 08:45
hora(s)/dia, totalizando 14,000 m³/dia, por meio de Captação de água
subterrânea por meio de poço tubular já existente com profundidade de
7
60 metros e 150 milímetros de diâmetro, no ponto de coordenadas
geográficas de latitude 16° 41' 10,28''S e de longitude 46° 28' 43,11''W,
para fins de Consumo Humano. (Vide Certidões no anexo).

2.6 – POPULAÇÃO DE ALUNOS ATENDIDA, ÁREA DE


ABRANGÊNCIA E CURSO OFERECIDOS PELA EFAN
A EFAN funciona no regime tradicional, internato e semi-internato e
tem capacidade de alojar 180 alunos em 10 alojamentos, com capacidade
para 18 alunos em cada quarto. A EFAN tem capacidade de atender no
total a mais de 490 alunos por ano.
Os alunos são oriundos dos Projetos de Assentamento PA Saco do
Rio Preto, Mongol e Mamoneiros, o Município de Natalândia e municípios
do entorno como: Dom Bosco, Bonfinópolis de Minas, Brasilândia de
Minas e Unaí.
A EFAN tem se consolidado na região noroeste de Minas Gerais e
oferta, atualmente, educação nos níveis Fundamental (somente 8º e 9º
Ano), Curso Técnico em Agropecuária na modalidade integrado, e
Educação de Jovens e Adultos (EJA).

2.7 – GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


A permanência de funcionários, professores e alunos nos regimes,
tradicional, internato e semi-internato nas dependências da EFAN
acarreta a geração de um volume considerável de resíduos sólidos
domésticos (lixo) e de resíduos orgânicos.
A EFAN implantou o sistema de coleta seletiva para fins de
reciclagem. O Resíduo reciclável é acondicionado separadamente, em
tambores devidamente identificados com as cores da reciclagem, até

8
atingir o volume que seja viável direcionar para empresa de reciclagem,
devidamente licenciada para este fim.
O Resíduo não reciclável (lixo proveniente de banheiros) é
acondicionado separadamente, para posterior destinação ao lixão do
Município de Natalândia.
O resíduo orgânico proveniente de restos de comida é destinado à
alimentação de animais (galinhas e porcos).
Os demais resíduos orgânicos (casca de frutas, casca de ovos,
ossos, etc.) são destinados para uma pequena compostagem existente
na horta da Associação.

2.8 – ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS EXPLORADAS NA EFAN


As atividades agropecuárias exploradas na EFAN são:
Piscicultura em tanque escavado (aquicultura), suinocultura,
avicultura de postura e corte, ovinocultura, bovinocultura de leite,
horticultura, fruticultura, culturas anuais, sistema agroflorestal e criação
de minhocas.

3 – CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE NATALÂNDIA

3.1 – DADOS DEMOGRÁFICOS


População Estimada em 2016: 3.381 habitantes;
População rural: 809 habitantes (24,7%);
População hurbana: 2.471 habitantes (75,3%);
Área Territorial: 468Km²;
Densidade demográfica (2010): 7,0 habitantes/ Km².

9
3.2 – A CIDADE
Natalândia fica à uma distância de 260 KM de Brasília, e 600 KM de
Belo Horizonte, o potencial de Natalândia estão nas suas rochas calcárias
com 16 cavernas pesquisadas por equipes espeleológicas.
Possui potenciais culturais como; Cavalgadas, desfile de carros de
boi, folias, rodas de violeiros, feira livre da agricultura familiar, trabalhos
artesanais feitos pelas fiandeiras, quadrilhas juninas, e exposição de
projetos através da Escola Família Agrícola.

3.3 - LOCALIZAÇÃO
O município de Natalândia está situado na região noroeste de Minas
Gerais, nas coordenadas geográficas 16º 30’ e 21º 85’ sul, e 46º 29’ e 43º
20’ oeste de Greenwich. Corresponde à Mesorregião Noroeste de Minas
Gerais, compreendendo a microrregião de Unaí.

FIGURA 01: Região Noroeste de Minas


10
FIGURA 02: Localização das Microrregiões Paracatu e Unaí,
em relação ao estado de Minas Gerais e ao Brasil.

3.4 - TIPOS CLIMÁTICOS DA REGIÃO

3.5 - CLASSIFICAÇÃO DE KÖPPEN

De acordo com a classificação de Köppen, em quase a totalidade


da região predomina o tipo Aw, que corresponde ao clima tropical úmido,
megatérmico, das savanas, com inverno seco, sendo a precipitação do
mês mais seco inferior a 60 mm e a temperatura média do mês mais frio
superior a 18°C. Em altitudes superiores a 800 m, o clima prevalecente é

11
do tipo Cwa, em que a temperatura média do mês mais frio é inferior a
18°C e a do mês mais quente, superior a 22 °C.

3.6 - CLASSIFICAÇÃO DE BAGNOULS & GAUSSEN

Há certa dificuldade em calcular o índice xerotérmico, utilizado


nessa classificação, em razão da falta de dados sobre orvalho e nevoeiro
e do fraco grau de confiabilidade que, muitas vezes, esses dados
oferecem.

Segundo a classificação de Bagnouls e Gaussen (1963) e com base


nos dados disponíveis, o clima da região é do tipo 4bTh, que corresponde
ao clima termoxeroquimênio ou tropical quente de seca média, com
estação seca de cinco a seis meses e índice xerotérmico variável entre
100 e 150. No entanto, segundo alguns autores, os municípios de Guarda-
Mor, Paracatu, Buritis, Unaí e outros estão inseridos em uma área
caracterizada pelo tipo 4cTh, que corresponde ao clima tropical quente,
de seca atenuada, com estação seca de três a quatro meses e índice
xerotérmico variável entre 40 a 100.

3.7 - CLASSIFICAÇÃO DE THORNTHWAITE

Pela sua importância para os trabalhos de levantamento de solos,


apresenta-se igualmente o tipo climático da classificação Thornthwaite,
definido para este caso específico, pela variação sazonal de eficiência
térmica efetiva e de umidade.

O tipo climático predominante é B1 – úmido (índice de umidade 20


≤ Im ≤ 40), identificado nos municípios de João Pinheiro e Paracatu. Ao

12
sul, limitando com o município de Patos de Minas, ocorre o tipo B2 – úmido
(índice de umidade 40 ≤ Im ≤ 60).

3.8 - MASSAS DE AR
O mecanismo da circulação das massas de ar do Continente
Americano provoca em Minas Gerais a distinção de dois grandes regimes
climáticos: o de inverno, que pode ser considerado como frio e seco, e o
de verão, como quente e chuvoso.

Durante o inverno, o clima é influenciado pelo avanço da zona


anticiclonal pelo interior do continente, correspondendo ao deslocamento
do centro ciclotônico para latitude mais baixa. Esse mecanismo provoca
o domínio da Massa Equatorial Atlântica (mEa) e da Massa Tropical
Atlântica (mTa), com características de estabilidade, que mantém a
Frente Intertropical (FIT) afastada para o norte do Equador, ocasionando
a ausência de precipitação nessa área do Estado. Por outro lado, o regime
térmico caracterizado por baixas temperaturas, resultantes da menor
inclinação dos raios solares, é ainda influenciada pela progressão da
Massa Polar Atlântica (mPa), que provoca bruscos abaixamentos de
temperatura.

No verão, predomina a ação da Massa Equatorial Continental (mEc)


quente e úmida, de grande instabilidade convectiva, que se desloca para
a zona de baixas pressões, resultantes do aquecimento da Região Central
e Centro-Oeste do Planalto Brasileiro. Conjugado com esse evento, os
alísios de nordeste e sudeste, carregados de umidade, reúnem-se a oeste
do Rio São Francisco, por volta de 17° de latitude sul, formando a Frente
Intertropical (FIT). Essa conjugação, ainda influenciada pela orografia,

13
provoca com frequência precipitações geralmente acompanhadas por
trovoadas.

3.9 - PRECIPITAÇÃO

O regime pluviométrico da região caracteriza-se por um período


chuvoso de outubro até março, sendo abril e setembro meses de
transição. A precipitação média anual varia entre 1.400 e 1.500 mm,
crescendo para o sul e para o oeste. O período chuvoso (novembro-
dezembro-janeiro), que corresponde ao período mais quente do ano,
apresenta precipitações entre 770 e 810 mm, sendo responsável por 53%
a 57% da precipitação total anual. O período seco prolonga-se por cinco
meses, de maio a setembro, com uma precipitação entre 5 e 49 mm,
sendo junho-julho-agosto o trimestre mais seco, com 5 a 16 mm de chuva.

3.10 - TEMPERATURA

A temperatura média do ar do mês mais frio é superior a 18 °C, e a


média anual fica entre 21 °C a 23 °C. Outubro é o mês mais quente, com
temperatura média entre 22 °C e 24 °C, e julho o mês mais frio, com a
temperatura média oscilando entre os 18 °C e 20 °C. A temperatura média
anual das máximas oscila entre 29 °C e 31 °C, e das mínimas entre 15
°C e 17 °C

3.11 - UMIDADE RELATIVA

A umidade relativa média anual oscila entre 65% e 72%, variando


sensivelmente com as estações do ano. Atinge um máximo de 78% em
janeiro e um mínimo de 54% em agosto.
14
3.12 - VEGETAÇÃO

Do ponto de vista vegetacional, a área em estudo está inserida


dentro do Complexo do Brasil Central ou do Cerrado, tendo a leste e a
nordeste inclusões do Complexo da Caatinga, ambos os conjuntos
vegetacionais heterogêneos.

Assim, dentro do Complexo do Cerrado podem-se distinguir


formações vegetais como a Floresta Mesófila Estacional, ou Floresta
Tropical (Decídua, Semidecídua), Cerradão e o Cerrado com suas
inúmeras gradações, formação esta dominante, e ainda áreas com
Veredas, Campo Limpo e Campo de Várzea.

3.13 - FORMAÇÕES FLORESTAIS

Floresta Tropical Perenifólia Higrófila de várzea, Floresta Tropical


Subperenifólia, Floresta Tropical Subcaducifólia e Floresta Tropical
Caducifólia.

3.14 - FORMAÇÕES NÃO FLORESTAIS

Cerradão, Cerrado, Campo-Cerrado, Parque-Cerrado, Campo-


limpo, Campo-de-Várzea e Veredas.

3.15 - GEOLOGIA

A região é constituída por um conjunto de rochas referentes ao Pré-


cambriano, por uma sequência de depósitos sedimentares e vulco-
sedimentares referentes ao Cretáceo, além de sedimentos e coberturas

15
detríticas atribuídas ao Terciário e Quaternário (MINAS GERAIS, 1976;
CETEC, 1981).

3.16 - PRÉ-CAMBRIANO

Está representado pelo Grupo Canastra, Formação Ibiá e Grupo

Bambuí.

3.17 - GRUPO CANASTRA

Distribui-se numa faixa de direção norte-sul, situada no sudoeste da


área. Esse grupo ocorre nos municípios de Paracatu, Guarda-Mor e
Vazante. A litologia é representada por quartzo-xistos, quartzitos
cataclásticos e xistos grafitosos, plaqueados, de coloração prateada. A
morfologia é constituída por colinas e vertentes ravinadas, com os vales
encaixados e cristas esparsas, alinhadas na direção geral das estruturas.

3.18 - FORMAÇÃO IBIÁ

Situa-se também no sudoeste da área, ocorrendo no município de


Guarda-Mor. A litologia é representada por cloritaxistos e calcoxistos,
intensamente dobrados (em chevron) e crenulados, com lentes de quartzo
neoformadas. A morfologia é constituída por relevo ondulado e morrotes
alongados de encostas suaves.

16
3.19 - GRUPO BAMBUÍ

É o grupo de maior distribuição na área e está representado por três


formações: Paranoá, Paraopeba e Três Marias.

A - FORMAÇÃO PARANOÁ: é a unidade inferior do grupo, com pequena


distribuição na área. Ocorre nas cristas de algumas serras, nos arredores
de Unaí e Serra do Meio. A litologia é composta essencialmente de
quartzo-arenitos e siltitos interestratificados. Os quartzos-arenitos são
predominantemente de granulação média e grosseira, com matriz
caulínica ou calcífera. É comum a presença de estratificações cruzadas e
de ripple marks. São mais resistentes à erosão, constituindo-se as cristas.
A morfologia é formada por cristas estruturais, com vertentes ravinadas e
vales encaixados;

B – FORMAÇÃO PARAOPEBA: unidade de maior extensão, está


distribuída na quase totalidade da área. Ocorrem frequentes variações
faciológicas, por vezes locais, responsáveis pela grande complexidade
litológica relacionada com o paleoambiente de sedimentação. A região de
Lagamar-Paracatu-Unaí encerra todas as características de ambiente
litorâneo e sublitorâneo. A litologia é composta por calcários silicosos e
dolomíticos, com estromatólitos, principalmente do tipo collenia, e aspecto
típico de biohermas; calcários pelíticos e pisolíticos; turbiditos de cor
avermelhada; calcário cinza-claro; siltitos calcíferos; ardósias de cor cinza
e ardósias calcíferas. A parte central caracteriza-se pela abundância de
sedimentos pelíticos, com diversas lentes de calcários, evidenciando um
ambiente cratônico de fraca subsidência e extremamente estável. A
litologia é representada por siltitos ardosianos, ardósias vermelhas e

17
verdes, siltitos argilosos e calcíferos (margas) e lentes de calcário, de cor
cinza ou creme, atingindo até 5 m de espessura, mostrando delgadas
lâminas de ardósia. As melhores exposições dessa sequência encontram-
se nos arredores das cidades de João Pinheiro e Bonfinópolis de Minas;

C - FORMAÇÃO TRÊS MARIAS: essa unidade forma o topo do Grupo


Bambuí, ocupando uma faixa coincidente com a Zona Orogeneticamente
estável do Craton do São Francisco. A maior ocorrência dá-se nos
municípios de Formoso, Buritis e João Pinheiro. A litologia é representada
predominantemente de arcósios finos e médios, de cor cinza-esverdeada,
com intercalações decimétricas de siltitos feldspáticos. Essas rochas, ao
sofrerem o intemperismo, apresentam estruturas de esfoliação esferoidal,
com desenvolvimento de grandes matacões, por vezes elipsoidais. A
morfologia é constituída por sedimentos e patamares rochosos com
vertentes ravinadas e vales encaixados.

3.20 - RELEVO

Com base no predomínio de formas, estruturas e sua expressão


topográfica são identificadas três grandes unidades geomorfológicas na
microrregião de Paracatu e Unaí: Planaltos de São Francisco, Depressão
Sanfranciscana e Cristas de Unaí.

3.21 - PLANALTOS DO SÃO FRANCISCO

Os Planaltos do São Francisco são constituídos pelos extensos e


elevados interflúvios dos afluentes do Rio São Francisco, caracterizados
por formas preferencialmente tabulares. Duas superfícies de
aplainamento são identificadas nessa unidade.

18
A primeira, mapeada com Superfície Tabular, compreende o teto da
região estando constituída por chapadas com altitudes entre 800 e 1.000
m. Geologicamente, é constituída por um recobrimento de material
argiloso e areno-argiloso, provavelmente do Terciário, sobre rochas
cretáceas das formações Urucuia, Mata da Corda e Areado.

Os solos ocorrentes nessa área são, com mais frequência,


Latossolo Vermelho-Amarelo e Latossolo Vermelho de textura argilosa ou
muito argilosa, raramente média.

A segunda superfície de aplainamento é constituída por extensas


áreas, onde as superfícies tabulares foram retrabalhadas e rebaixadas
por processos de pediplanação. De acordo com a intensidade desses
processos, dois tipos de superfície foram originados.

3.22 - SUPERFÍCIE TABULAR REELABORADA

Constitui chapadas um pouco mais baixas que as da primeira


superfície, entre as cotas de 600 a 800 m, tem em sua estrutura arenitos
das formações Urucuia e Areado.

3.23 - SUPERFÍCIE TABULAR ONDULADA

Compreende áreas de altitudes aproximadamente iguais às da


anterior, porém a superfície basal das formações cretáceas foram
retrabalhadas. Ocorre sobre rochas argilosas do grupo Bambuí ou sobre
formações arenosas pouco espessas, superpostas a rochas argilosas.

Os solos encontrados mais frequentemente em ambas as formas


de relevo são Latossolos Vermelho-Amarelo, Latossolos Vermelhos,

19
quase sempre de textura média, Neossolos Quatzarênicos e, com menor
expressão, Cambissolos de textura argilosa.

O relevo, tanto na primeira quanto na segunda superfície de


aplainamento, é plano e suave ondulado, podendo-se, entretanto,
observar uma tendência de diminuição do predomínio do relevo plano
sobre o suave ondulado e de aumento da densidade da rede de drenagem
no sentido da primeira superfície para a segunda.

A vegetação dominante em ambas as superfícies é o Cerrado. Nos


desníveis entre as duas superfícies e entre as superfícies e a Depressão
Sanfranciscana e, ainda, nos encaixes dos rios, são identificadas diversas
formas de relevo evoluídas por dissecação fluvial.

Compreendem áreas de relevo extremamente variado, desde suave


ondulado a montanhoso, sendo as formas mais abruptas encontradas nos
limites com a Depressão Sanfranciscana. Semelhante variação é
observada com relação aos solos. Foram constatados Cambissolos,
Neossolos Litólicos e solos com horizonte B textural, sob Campo Cerrado,
Cerrado ou Floresta, com fase pedregosa ou não.

Geologicamente, verificam-se nas áreas dessas superfícies


maiores ocorrências de siltitos e ardósias do grupo Bambuí e arenitos das
formações Urucuia e Areado. As formas evoluídas por deposição fluvial
têm pouca expressão nesta unidade.

Formas evoluídas por processos de exsudação são representadas


pelas veredas e por frequentes depressões rasas de fundo plano.

O relevo nestas áreas dominantemente plano e suave ondulado; a


vegetação corresponde a campos hidro e higrófilos e os solos têm
elevado caráter de hidromorfismo.

20
3.24 - DEPRESSÃO SANFRANCISCANA

Refere-se às extensas áreas rebaixadas, desenvolvidas ao longo


da drenagem do São Francisco, entre 400 a 600 m de altitude. Com
exceção das áreas cársticas, com sua morfologia peculiar, dominam na
Depressão formas aplainadas, mapeadas como Superfície Aplainada,
Superfície Ondulada e Pedimentos Ravinados.

Tais formas constituem trechos de uma mesma superfície de


aplainamento, a terceira identificada na área, diferenciada segundo o grau
de conservação ou de retrabalha-mento erosivo que atingiram.

A superfície de aplainamento estende-se em plano ligeiramente


inclinado, desde os sopés das encostas dos planaltos e das serras até
terraços e superfícies fluviais. O relevo é plano ou suave ondulado,
podendo ocorrer áreas onduladas.

Geologicamente, a superfície de aplainamento é constituída por


depósitos de cobertura, de textura extremamente variada, datados do
Terciário/Quaternário, e material retrabalhado derivado de rochas do
grupo Bambuí, que constituem o principal embasamento dessas áreas.

Os solos principais aí encontrados são Latossolos Vermelhos,


Latossolos Vermelho-Amarelos de textura desde muito argilosa a média
e Cambissolos de textura argilosa. O Cerrado e o Cerradão são os tipos
de vegetação mais encontrados nessa unidade.

As formas evoluídas por processos de deposição fluvial, ou seja, os


terraços, várzeas e planícies fluviais, têm nesta superfície a área de sua
maior expressão. Dominam nessa posição os Neossolos Flúvicos e solos
hidromórficos sob vegetação de Florestas Ciliares e Campos Hidrófilos e
Higrófilos de Várzea.

21
Estão presentes também formas evoluídas por processos de
exsudação, como veredas e depressões rasas de fundo chato. Estas
últimas, ocupam grandes áreas, principalmente nos municípios de João
Pinheiro, Paracatu e Arinos.

São áreas planas, com vegetação de campos higrófilos, com


grande ocorrência de lagoas temporárias ou mesmo permanentes. Os
solos que aí ocorrem com mais frequência são os Latossolos Vermelho-
Amarelos de textura média e Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos.
Formas evoluídas por processos cársticos são também encontradas em
locais restritos na área em estudo.

3.25 - CRISTAS DE UNAÍ

Esta unidade ocorre no oeste da região, sendo caracterizada por


alinhamentos de cristas de orientação geral NNW-SSE, intercalados por
áreas rebaixadas e aplainadas. As cristas correspondem aos núcleos de
anticlinais truncados pela erosão, enquanto que as áreas rebaixadas são
prolongamentos da Depressão Sanfranciscana. São encontradas aí as
mesmas formas características da Depressão, como superfície aplainada,
superfície ondulada com ou sem vertentes ravinadas, planícies fluviais,
formas evoluídas por processos cársticos etc.

Na superfície aplainada, o solo dominante é o Latossolo Vermelho


de textura argilosa sob vegetação de Cerrado, às vezes com fase
pedregosa, sob vegetação de Cerrado ou Campo de Cerrado em relevo
ondulado ou suave ondulado.

Ao norte da área desta unidade são encontrados solos Argissolo


Vermelho-Amarelo e Argissolo Vermelho, com maior fertilidade, em área
de relevo preferencialmente ondulado e pouco rebaixado em relação às
22
cristas. As cristas, de relevo ondulado a montanhoso, têm como solos
predominantes Cambissolos e Neossolos Litólicos sob vegetação de
Campo Cerrado. Geologicamente, toda a área pertence ao grupo Bambuí,
mais especificamente às formações Paraopeba e Paranoá.

3.26 -SOLOS:
Na região predominam o latossolo amarelo, normalmente distrófico,
de textura média tendendo a argilosa; além de solos hidromórficos. Os
Latossolos se apresentam com elevada capacidade de drenagem. Os
óxidos de ferro livres contribuem para agregação das partículas de silte e
argila, fazendo com que estes solos sejam bem arejados e friáveis.
Os agregados de solo apresentam alto grau de estabilidade,
resultando em teores inexistentes ou baixos de argila natural (argila
dispersa em água) na maioria dos horizontes B. Apresentam ampla
distribuição na bacia do Rio Paracatu, ocupando os planaltos, depressões
e superfícies tabulares.
Os Solos Hidromórficos apresentam encharcamento permanente ou
sazonal. Ocorrem sobre as partes planas e rebaixadas do relevo, onde o
aquífero freático apresenta-se aflorante, próximo aos rios, lagoas e
veredas. Oferecem as condições de drenagem mais restritas. Incluem
variedades argiloarenosas até areias quartzosas.
No caso de solos aluviais (Neossolos Flúvicos), a camada
hidromórfica imperfeitamente drenada surge em subsuperfície, no contato
de flutuação do aquífero freático.

23
4.0 – ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS EXPLORADAS NA EFAN,
IMPACTOS AMBIENTAIS EXISTENTES E MEDIDAS MITIGADORAS
PROPOSTAS.

4.1 – PISCICULTURA - INTRODUÇÃO


A piscicultura é um dos ramos da aquicultura, que desenvolve
o cultivo de peixes e outros organismos aquáticos. Essa modalidade
de criação cresceu muito nos últimos anos e movimenta uma parte
importante da economia do mercado no Brasil atualmente.
Graças ao extenso território litorâneo do país, além da enorme
produção local, o Brasil se tornou um dos países que mais consome
peixe no mundo.
Na piscicultura a criação dos peixes é monitorada, as espécies
são totalmente controladas, desde o início da vida até o momento em
que atingem a condição ideal para consumo, com o uso de
ferramentas, substâncias específicas e acompanhamento periódico
para estimular o crescimento saudável dos animais.
A piscicultura vem despertando o interesse de produtores familiares
no Brasil como alternativa para produção de alimento e complemento da
renda, promovendo o desenvolvimento social e econômico e contribuindo
para o aproveitamento dos recursos naturais disponíveis na propriedade
(TORATI et al., 2014).

4.1.1 PISCICULTURA NA EFAN


Na EFAN a atividade de Piscicultura é explorada com a finalidade
de propiciar aulas práticas de disciplina existente no Curso Técnico
Agrícola oferecido.

24
Parte da produção é consumida na própria Associação na
alimentação dos alunos, funcionários e professores. O excedente da
produção é comercializado nos PAs Saco do Rio Preto, Mongol,
Mamoneiros, pequenos produtores rurais circunvizinhos e no comércio
local do Município de Natalândia. A mão de obra necessária é proveniente
dos alunos e de funcionários da Associação.
A criação existente (pequeno reservatório escavado no solo e
impermeabilizado com lona preta) é sazonal, dependente da água da
chuva para seu abastecimento de forma direta. A manutenção da lâmina
d’água e realizada através da captação de água no Rio Preto.
O ciclo de produção ocorre em um período de seis a sete meses
durante o ano. O início da estação seca é marcado por redução no
desempenho dos peixes, devido à redução na qualidade da água de
cultivo (transparência e oxigênio dissolvido, especialmente) e no volume
de água disponível para os peixes.
A água da chuva é a principal responsável pela renovação e
manutenção da qualidade da água em níveis toleráveis no viveiro, sendo
determinante para o crescimento dos peixes e duração do ciclo produtivo.

4.1.2 - IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE


Os principais impactos ambientais causados durante a fase de
operação do cultivo de peixes são:
• liberação de efluentes ricos em nutrientes (principalmente N e P),
causando poluição dos cursos d’água;
• liberação de efluentes ricos em matéria orgânica e sólidos em
suspensão, aumentando a turbidez em corpos d’água naturais;
• introdução de espécies exóticas e doenças no ambiente;

25
• introdução de substâncias tóxicas e drogas bioacumulativas no
ambiente.

4.1.3 – MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS


A sustentabilidade ambiental do sistema de produção de peixes
pode ser melhorada por meio da implantação das boas práticas de
manejo. As principais práticas para reduzir o impacto ambiental são:
• construção do viveiro durante a estação seca;
• redução na taxa de renovação de água ao mínimo indispensável;
• uso de ração balanceada, fornecida de forma controlada para evitar
sobras;
• povoamento do viveiro com densidade moderada e compatível com a
capacidade de carga do ambiente;
• uso dos efluentes como água de irrigação de plantações;
• liberação de efluentes em corpos de água corrente, com capacidade de
diluição; • priorizar a criação de espécies nativas;
• uso de manejo adequado para evitar o escape de animais para o meio
ambiente (ex. colocação de telas nos canais de escoamento e cuidados
na despesca);
• não aplicar produtos químicos no viveiro ou misturá-lo à ração;
• uso de técnicas de manejo que aumentem a produtividade sem prejuízo
ao meio ambiente;
• prática do policultivo ou consórcio para aproveitar melhor os alimentos
naturais disponíveis.

26
4.2 – AVICULTURA DE CORTE E POSTURA - INTRODUÇÃO
Os primeiros passos da avicultura brasileira foram dados por
produtores familiares, presentes até hoje em várias regiões do País.
Composta até então principalmente por animais rústicos, como os das
linhagens “caipiras”, a produção de aves juntamente de outras atividades
(como leite, ovos, carnes bovina e suína) eram responsáveis pela geração
de renda da propriedade.
O desenvolvimento da avicultura se efetivou na década de 70, com
a entrada de empresas processadoras no mercado e especialistas no
processo de produção do frango. Transformações tecnológicas, técnicas
de produção intensiva e o desenvolvimento de genética adaptada
contribuíram para o avanço da atividade.
O novo sistema de produção, considerado mais verticalizado e
intensivo, contribuiu para o desenvolvimento da avicultura nacional,
principalmente nos quesitos relacionados à biosseguridade, sanidade,
qualidade dos animais e da carne de frango.
A adoção de tecnologias de produção sustentável tornou a atividade
mais organizada, estabelecendo padrões de manejo e de “boas práticas
agrícolas”.

4.2.1 - AVICULTURA DE CORTE E POSTURA NA EFAN


A EFAN desenvolve a atividade de avicultura voltada para a
produção de carne e ovos (mista), desenvolvida em um galpão rústico,
construídos em alvenaria de tijolos e tela.
a atividade de avicultura é explorada com a finalidade de propiciar
aulas práticas de disciplina existente no Curso Técnico Agrícola oferecido.
Parte da produção é consumida na própria Associação na
alimentação dos alunos, funcionários e professores. O excedente da
27
produção é comercializado nos PAs Saco do Rio Preto, Mongol,
Mamoneiros, pequenos produtores rurais circunvizinhos e no comércio
local do Município de Natalândia. A mão de obra necessária é proveniente
dos alunos e de funcionários da Associação.

4.2.2 - IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE


• GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: A atividade avícola gera
resíduos orgânicos e não orgânicos, como a cama do aviário,
compostagem dos frangos mortos, as embalagens dos produtos de
medicamentos, cloro e de cal. A cama do aviário é o resíduo sólido
mais volumoso e importante no empreendimento, contendo as
excreções das aves, restos de ração e penas depositados durante
o alojamento na parte inferior do galpão. A avicultura, também gera
aves mortas por diversos fatores, entre eles, morte por doença,
eliminação dos refugos, falta de energia e/ou manejo inadequado.
Os demais resíduos sólidos são as embalagens de medicamentos,
e produtos utilizados durante o lote aviário. Todos estes resíduos
sólidos causam a depreciação dos recursos naturais através da
contaminação do solo, da água e do ar;
• GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS: Os principais efluentes
líquidos gerados durante a produção do frango, é decorrente da
limpeza quinzenal dos bebedouros e a limpeza do galpão e
equipamentos no entre lotes de frangos. A lavagem diária refere-se
a limpeza dos bebedouros, e no entre lotes onde é lavado e
desinfetado os bebedouros, os comedouros e a lavagem de todo o
aviário após a retirada da cama. Nesses casos o efluente é lançado
no entrono das instalações, juntamente com os produtos utilizados

28
para a limpeza. Deste modo não ocorre o adequado tratamento e
destinação final dos efluentes líquidos.

4.2.3 – MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS


• Os animais mortos devem ser destinados à compostagem, sendo
que, composteira precisam ser construídas em alvenaria de tijolos
ou em madeira, com localização a pelo menos 10 m do aviário.
Sobre o piso revestido, deve-se colocar 30 cm de uma fonte de
carbono que permita a aeração das carcaças, podendo ser
maravalha nova ou palhada de qualquer cultura. Na sequência,
adicionar uma camada de cadáveres, deixando um espaço de 15
cm entre eles e as paredes, preenchendo esses espaços com
material aerador (pode ser cama de aviário) até quase cobri-los.
Acrescentar água na proporção de um terço do peso (para cada 10
kg de aves mortas, acrescentar 3 litros de água). Posteriormente,
cobrir com uma camada de 15 a 20 cm de material aerador seco.
Continuar o procedimento quantas etapas forem necessárias, até
atingir 1,50 m de altura. Fechar a pilha, acrescentando uma camada
espessa de material aerador seco e deixar fermentar, no caso de
frangos de corte, por 10 dias. Após esse tempo, derrubar a pilha e
remontar acrescentando água. Após 10 dias, o material pode ser
usado como adubo ou ser mais uma vez empregado como material
aerador na formação das novas pilhas;
• Os resíduos da produção de aves (esterco e composto) podem ser
empregados como fertilizantes agrícolas orgânicos, na fertilização
de plantações de frutíferas, uma vez a cama aviária recebe, durante
o processo de produção, uma carga significativa de nutrientes como
nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), oriundos do metabolismo

29
dos alimentos em forma de dejetos, restos de alimentos
desperdiçados, penas das aves e descamações da pele. Vale
ressaltar que não deve haver distribuição de esterco, em distâncias
com afastamento menor que 30 m de pequenos cursos de água e
60 m de poços e áreas de mananciais;
• Destinar as embalagens de medicamentos e cloro para as
empresas que comercializaram estes produtos e que são tem a
responsabilidade fazer o recolhimento e dar a destinação final;
• Reutilizar as embalagens de cal virgem para embalar o esterco para
a comercialização;
• Fazer a impermeabilização do solo abaixo do assoalho do galpão
com canalização dos efluentes gerados pela limpeza do galpão para
um sistema de tratamento anaeróbio através da construção de um
tanque séptico, que são câmaras fechadas a reter os efluentes por
um período de tempo, de modo a permitir a decantação e
transformação dos sólidos contidos nas aguas de esgotos em
substancias e compostos mais simples e estáveis, o qual é
recomendado para empreendimentos com pouca demanda .

4.3 – SUINOCULTURA – INTRODUÇÃO


Na agricultura familiar, a suinocultura desempenha um papel
importante na subsistência, seja para consumo ou como uma renda
emergencial em casos de doenças e outras necessidades.
As dificuldades encontradas pelos pequenos produtores para se
conseguir uma produção rentável são, em geral, a falta de informações a
respeito de manejo, alimentação, instalações e sanidade adequadas.
Ao contrário do que pensa a maioria dos pequenos produtores, é
possível obter uma produção viável seja só para engorda ou uma
30
suinocultura completa (do início ao fim da gestação), utilizando material a
baixo custo, sendo o principal segredo a dedicação do produtor, tomando
o cuidado de não relaxar no manejo, na alimentação, na prevenção das
doenças e na higiene.
Os principais cuidados para quem deseja iniciar um
empreendimento de criação de suínos são relacionados a manejo
adequado e nutrição dos animais, aos cuidados com a higiene e a saúde,
bem como conhecimento e aprimoramento gerencial.

4.3.1 - SUINOCULTURA NA EFAN


A EFAN desenvolve a atividade de Suinocultura de pequeno porte
em um galpão rústico, construído em meia parede de alvenaria e
cobertura de telha e estrutura metálica, com um corredor central entre as
baias de recria e engorda.
O Sistema de criação é o Sistema intensivo - confinado tradicional.
Possui alta concentração de animais, porém em granja rústica e menos
tecnificada, ou seja, sem creche e gestação coletiva. A genética dos
animais é variável (raças comerciais). O nível de manejo e nutrição é
variável, assim como o desempenho zootécnico. O nível sanitário é
adequado, custo e produtividade são variáveis, pois dependem dos
fatores citados.
a atividade de Suinocultura é explorada com a finalidade de
propiciar aulas práticas de disciplina existente no Curso Técnico Agrícola
oferecido.
Parte da produção é consumida na própria Associação na
alimentação dos alunos, funcionários e professores. O excedente da
produção é comercializado nos PAs Saco do Rio Preto, Mongol,
Mamoneiros, pequenos produtores rurais circunvizinhos e no comércio
31
local do Município de Natalândia. A mão de obra necessária é proveniente
dos alunos e de funcionários da Associação.

4.3.2 - IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE


• Contaminação de águas superficiais e subterrâneas devido à
disposição imprópria ou uso inadequado dos dejetos de animais
depositados em rios, córregos ou lagos, e também pelo escoamento
superficial em pastagens e lavouras adubadas com esses dejetos,
alterando as características físicas, químicas e biológicas dos
corpos hídricos, cuja alteração traz prejuízos ao meio ambiente e
também aos seres vivos expostos a estes dejetos;
• Poluição do ar devido às concentrações de bactérias como
estafilococos, estreptococos, entres outros presentes no interior da
granja. Gases como a amônia, hidrogênio sulfídrico e dióxido de
carbono fazem parte dos dejetos oriundos da atividade. Os resíduos
dos suínos também contribuem para a emissão dos gases de efeito
estufa, como por exemplo, o metano (CH4), que é emitido para a
atmosfera através das fezes;
• Degradação ao meio ambiente, devido à sobrecarga da capacidade
de filtração do solo e a retenção dos nutrientes do dejeto, ocorrendo
quando o uso do adubo puro atinge as águas subterrâneas ou
superficiais.

4.3.3 – MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS


• Adotar o uso de esterqueiras. Elas funcionam como um sistema de
armazenamento dos dejetos, onde passam por um processo de
fermentação biológica reduzindo os resíduos que causam a
poluição do meio ambiente. Após passarem por esse processo de
32
fermentação, os resíduos podem ser usados como adubo na
agricultura;
• Utilizar os dejetos líquidos no processo de compostagem. Através
de um processo de fermentação aeróbica, os dejetos líquidos são
adicionados a uma fonte de carbono (substrato), resultando na
produção de um composto orgânico de um valor agronômico muito
alto e não ocasionando odor indesejável;
• Adotar a técnica da cama sobreposta conhecida também como
cama biológica. Nesta modalidade de cama, os dejetos são
produzidos e tratados via fermentação aeróbica diretamente no
galpão. Este sistema representa uma alternativa interessante para
pequenas propriedades não ocorrendo à necessidade de
investimento para tratar os dejetos, apenas a retirada do material do
galpão e a sua destinação final adequada. A cama biológica
funciona da seguinte maneira: o suíno defeca na cama e as partes
líquidas e sólidas do dejeto infiltram na cama biológica ocasionando
uma fermentação deste dejeto sem causar poluição, podendo
depois ser usado como adubo ou para fazer compostagem;
• Implantar lagoas de decantação para o tratamento do dejeto.
Nessas lagoas os dejetos passam por fases de decantação, a cada
lagoa os resíduos dos dejetos vão sendo acumulados no fundo da
lagoa, retirando assim as impurezas.

4.4 – OVINOCULTURA DE CORTE – INTRODUÇÃO


Os ovinos são ruminantes, mamíferos herbívoros. São animais
de fácil adaptação a variados sistemas de produção. Podem ser
classificados de acordo com a idade, como carneiro, ovelha, borrego(a)
e cordeiro(a).

33
O crescimento da ovinocultura de corte tem sido impulsionado
pelo elevado potencial do mercado consumidor e pela crescente
aceitação da carne de cordeiro. O Brasil, porém, não dispõe de
produção suficiente para atender a própria demanda, aumentando,
assim, a importação de ovinos vivos, carcaças e carne congelada ou
refrigerada.
Para produzir cordeiros mais pesados em menor tempo, deve-se
adotar como principais cuidados a escolha das raças, os cruzamentos
e o sistema de criação adequados à realidade e ao clima da
propriedade associados com a utilização de técnicas reprodutivas e
conhecimentos de nutrição e prevenção de doenças.

4.4.1 - OVINOCULTURA NA EFAN


A EFAN adota o sistema de criação semi-intensivo de ovinos. Neste
sistema, os ovinos são soltos pela manhã, de preferência após as 9 horas
da manhã (o que diminui a contaminação de larvas de vermes), e presos
novamente na parte da tarde para que passem a noite confinados.
A Infraestrutura existente é composta por um aprisco rústico
construído com madeira de eucalipto e cobertura de telha de amianto,
com cochos e bebedouros no interior e piquetes de pastagem na área em
volta.
A atividade de ovinocultura de corte é explorada com a finalidade de
propiciar aulas práticas de disciplina existente no Curso Técnico Agrícola
oferecido.
Parte da produção é consumida na própria Associação na
alimentação dos alunos, funcionários e professores. O excedente da
produção é comercializado nos PAs Saco do Rio Preto, Mongol,
Mamoneiros, pequenos produtores rurais circunvizinhos e no comércio
34
local do Município de Natalândia. A mão de obra necessária é proveniente
dos alunos e de funcionários da Associação.

4.4.2 - IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE


• Contaminação da água, do ar e do solo devido o descarte
inadequado de dejetos e efluentes gerados na exploração da
atividade;
• Mau cheiro e poluição do ar devido à presença nos dejetos no piso
do aprisco que ocasionam grande concentração de gases
(amoníaco, metano, gás sulfídrico) bem como a poeira e germes
presentes no ar;
• Eliminação e/ ou redução da fauna e flora nativas, como
consequência do desmatamento de áreas para cultivo de
pastagens;
• Deterioração da fertilidade e das características físicas do solo
devido à eliminação da vegetação pelo super pastoreio e a com
compactação do solo pelo pisoteio intensivo;
• Redução da capacidade de infiltração da água no solo devido à
compactação;
• Contaminação dos animais e alimentos, devido ao uso inadequado
de produtos veterinários para o tratamento de enfermidades e
hormônios indutores de crescimento;
• Contaminação das áreas e dos animais devido ao uso inadequado
de agrotóxicos e fertilizantes para o manejo de pasto.

35
4.4.3 – MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS
• Implementação de medidas de armazenamento, tratamento,

utilização e disposição adequada dos resíduos líquidos e sólidos


gerados (Biodigestor, lagoa de decantação, Esterqueira,
compostagem, fossa séptica, etc.);
• Executar a rotação de pastagens;

• Limitar o número de animais por área;

• Controlar a duração do pastoreio;

• Mesclar espécies para otimizar o uso da vegetação;

• Restringir o acesso dos animais às áreas instáveis como por

exemplo encostas;
• Restringir o acesso dos animais às áreas de florestas nativas

(Reserva legal e áreas de preservação permanente) evitando


degradação destas áreas.

4.5 – BOVINOCULTURA DE LEITE – INTRODUÇÃO


A atividade leiteira constitui-se em uma atividade econômica de
suma importância para a economia do país e do estado de Minas Gerais,
em especial para os agricultores familiares.
A produção de leite proporciona autonomia relativa para os
produtores que contam com a mão-de-obra de cunho familiar no
desempenho das práticas produtivas. Assim, esta atividade constitui-se
em uma estratégia para o pequeno produtor, em função do baixo risco da
exploração, a elevada liquidez do capital imobilizado em animais e a
frequência diária, quinzenal ou mensal do fluxo de receitas da atividade,
a qual depende das relações com o mercado.
O mercado do leite vem sofrendo sérias transformações nos
aspectos, econômicos, de qualidade e higiene, desde sua produção até a

36
comercialização. As especificidades do produto final, em especial a
qualidade, se encontram intimamente ligada à sua matéria-prima advinda
da propriedade rural.
A implantação de tecnologias agrícolas na exploração desta
atividade mesmo em propriedades de pequeno porte e em caráter familiar
é primordial, para as devidas adequações nas transformações
mercadológicas e exigências das legislações pertinentes que
regulamentam a atividade.

4.5.1 – BOVINOCULTURA DE LEITE NA EFAN


A EFAN adota o sistema de criação semi-extensiva de Bovinos de
leite.
Neste sistema de produção são utilizadas instalações simples no
manejo do rebanho (curral rústico, construído com madeira de eucalipto
e cobertura de telha de amianto, cochos e bebedouros artesanais,
sistema de pastejo rotacionado e suplementação alimentar com silagem
e ração no período seco do ano.
A atividade de Bovinocultura de leite é explorada com a finalidade
de propiciar aulas práticas de disciplina existente no Curso Técnico
Agrícola oferecido.
Parte da produção de leite é consumida na própria Associação na
alimentação dos alunos, funcionários e professores. O excedente da
produção é comercializado nos PAs Saco do Rio Preto, Mongol,
Mamoneiros, pequenos produtores rurais circunvizinhos e no comércio
local do Município de Natalândia. A mão de obra necessária é proveniente
dos alunos e de funcionários da Associação.

37
4.5.2 - IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE
• Degradação de áreas verdes (superpastejo, queimada etc.), que
geram calor (retido pelos gases de efeito estufa) e restringem a
água residente pela impermeabilização de solos;
• Eliminação de estruturas ambientais que produzem serviços
essenciais, como as áreas cobertas por vegetação arbórea
permanente (p.ex., florestas, bosques, quebra-ventos, sombras);
• Pegada ecológica ampliada pelo uso pouco eficiente de recursos
naturais e de insumos;
• Pegada de carbono ampliada pelo uso pouco eficiente de energia e
outros insumos (concentrados, adubos);
• Pegada de água ampliada pelo uso pouco eficiente do recurso.
(Contaminação da água (eutrofização) por fosfato e nitrato pelo
acúmulo de fezes e urina em salas de ordenha ou confinamentos,
nascentes desprotegidas e matas ciliares destruídas);
• Emissão de Gases de efeito estufa - GEE: CH4 ruminal, além de
N2O (nitrato) em áreas de acúmulo de fezes e urina, em áreas de
produção de volumosos e grãos; e CO2 (carbono) gerado por
queimadas.

4.5.3 – MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS


• Restaurar cobertura vegetal permanentemente;
• Restaurar solo permeável;
• Reter água da chuva;
• Reduzir, reaproveitar e reciclar resíduos e efluentes;
• Educar para as boas práticas de manejo para redução da emissão
de gases de efeito estufa;

38
• Aumentar sequestro de carbono em pastagens (solo e plantas
forrageiras), manejando entrada de nitrogênio e outros nutrientes no
sistema, tomando medidas como: Ajustar a carga animal à
disponibilidade de forragem; Adotar sistemas rotacionados de
pastagem; Repor nutrientes do solo por meio de adubação
(produção integrada com suínos); Aumentar a eficiência do sistema
de produção, aumentando a produção animal ou reduzindo a idade
de abate para reduzir produção de metano por unidade de produto;
Evitar queimadas; Reposição da floresta nativa para
sombreamento; Proteção de nascentes e recuperação de matas
ciliares.

4.6 – HORTICULTURA – INTRODUÇÃO


Dentre os diversos tipos de produtos cultivados pelos agricultores
familiares, as hortaliças destacam-se, pois, além de enriquecer e
complementar a sua dieta, possibilitam um retorno econômico rápido,
servindo então de suporte a outras explorações com retorno de médio a
longo prazo.
Além disso, é uma cultura que se adapta à produção em pequenas
áreas ou mesmo em sistema de consorciação com outras lavouras.
Assim, é importante que os agricultores familiares se apropriem dos
conhecimentos e tecnologias disponíveis para o cultivo de hortaliças.
As hortaliças são plantas de consistência herbácea, geralmente de
ciclo curto e tratos culturais intensivos, cujas partes comestíveis são
diretamente utilizadas na alimentação humana, ou seja, in natura ou com
pouco processamento. Fornecem folhas, hastes, flores, frutos, raízes e
outras partes que são utilizadas na alimentação, cruas ou cozidas.

39
As hortaliças complementam a alimentação básica pois são
importantes. fontes de vitaminas, sais minerais e fibras, além de
apresentarem valor medicinal. Assim, a produção e utilização das
hortaliças é importante como alternativa para a agricultura familiar, tanto
pelo fornecimento de nutrientes, como pela facilidade de adaptação a
essa prática, principalmente por demandar mais mão-de-obra e menos
área.

4.6.1 – HORTICULTURA NA EFAN


Na EFAN a atividade de horticultura é explorada em modalidade
agroecológica onde, geralmente, o uso de insumos é moderado e
complementado pelas adubações orgânicas oriundas da esterqueira e da
compostagem, com a utilização dos defensivos biológicos no controle
fitossanitário.
A atividade de horticultura é explorada com a finalidade de propiciar
aulas práticas de disciplina existente no Curso Técnico Agrícola oferecido.
Parte da produção da horta é consumida na própria Associação na
alimentação dos alunos, funcionários e professores. O excedente da
produção é comercializado nos PAs Saco do Rio Preto, Mongol,
Mamoneiros, pequenos produtores rurais circunvizinhos e no comércio
local do Município de Natalândia. A mão de obra necessária é proveniente
dos alunos e de funcionários da Associação.

4.6.2 - IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE


• Alto consumo de insumos (fertilizantes minerais e agrotóxicos) em
relação ao volume produzido,
• necessidade de irrigação (alto consumo de água);

40
• Necessidade de utilização de áreas novas isentas de doenças do
solo;
• Alto volume de perdas;
• Ocorrência, de processos de contaminação e/ou poluição do solo,
dos recursos hídricos e dos alimentos;
• Desperdício de água e desequilíbrio da fertilidade do solo.

4.6.3 – MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS


• Rodízio de Culturas: quando os nutrientes do solo se tornam
insuficientes para certa lavoura, planta-se outra espécie e, assim,
diminui-se o uso de fertilizantes;
• Utilização de inseticidas biológicos: Podem-se usar espécies de
bactérias ou insetos que combatem as pragas, sem trazer prejuízos
para o meio ambiente;
• Optar por adubos naturais: Utilizar a compostagem, o resíduo
proveniente do biodigestor e esterco curtido da esterqueira.

4.7 – FRUTICULTURA – INTRODUÇÃO


A fruticultura é o ramo da agricultura que vista produzir
economicamente e racionalmente frutos em geral com o intuito de
comercializar os mesmos. A fruticultura é uma atividade de grande
importância para os homens, tanto considerando os aspectos econômicos
e sociais, como por representar uma importante fonte de nutrientes.

A fruticultura também é uma alternativa interessante para um tipo


de proprietário rural muito comum atualmente, que é aquele que exerce
diversas profissões em cidades e mantém paralelamente uma pequena
propriedade rural para lazer, mas que também apresenta potencial para
o desenvolvimento de uma atividade econômica, tornando a propriedade
41
autossuficiente em termos de recursos ou mesmo propiciando lucros,
além da disponibilidade de frutas para consumo doméstico.

A fruticultura comercial, especialmente para os agricultores


familiares, apresenta-se como opção econômica de grande importância,
pois são culturas intensivas que geralmente propiciam bom retorno
econômico, mesmo em áreas de terra relativamente pequenas,
contribuindo para a geração de empregos e renda.

4.7.1 – FRUTICULTURA NA EFAN


Na EFAN a atividade de Fruticultura é explorada em modalidade
agroecológica onde, geralmente, o uso de insumos é moderado e
complementado pelas adubações orgânicas oriundas da esterqueira e da
compostagem, com a utilização dos defensivos biológicos no controle
fitossanitário.
Para agregar valor à produção de frutas é realizado o
despolpamento dos frutos para a produção de polpa, que é congelada e
comercializada.
A atividade de Fruticultura é explorada com a finalidade de propiciar
aulas práticas de disciplina existente no Curso Técnico Agrícola oferecido.
Parte da produção das frutas é consumida na própria Associação
na alimentação dos alunos, funcionários e professores. O excedente da
produção é comercializado nos PAs Saco do Rio Preto, Mongol,
Mamoneiros, pequenos produtores rurais circunvizinhos e no comércio
local do Município de Natalândia. A mão de obra necessária é proveniente
dos alunos e de funcionários da Associação.

42
4.7.2 - IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE
• Desmatamento, eliminação de espécies importantes para o
ecossistema terrestre, como exemplo, espécies de animais, insetos
e plantas;
• contaminação na água e no solo e a degradação da qualidade de
águas subterrâneas e superficiais;
• Uso dos agrotóxicos ao longo do cultivo; em razão do número
elevado de pragas, que surge nas plantações, que pode causar um
desequilíbrio ecológico;
• mecanização intensiva, causando degradação da estrutura,
formação de crosta superficial e a erosão do solo;
• A monocultura que além de prejudicar o solo também causa
susceptibilidade às plantações no que se refere a doenças e pragas,
reduzindo assim, a produtividade primária e modificando as
propriedades físicas, responsáveis pela resistência do solo.

4.7.3 – MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS


• Rodízio de Culturas: quando os nutrientes do solo se tornam
insuficientes para certa lavoura, planta-se outra espécie e, assim,
diminui-se o uso de fertilizantes;
• Utilização de inseticidas biológicos: Podem-se usar espécies de
bactérias ou insetos que combatem as pragas, sem trazer prejuízos
para o meio ambiente;
• Optar por adubos naturais: Utilizar a compostagem, o resíduo
proveniente do biodigestor e esterco curtido da esterqueira.

43
4.8 – CULTURAS ANUAIS – INTRODUÇÃO
As culturas anuais, também conhecidas como culturas de ciclo curto,
são aquelas que finalizam seu ciclo produtivo em um ano ou em até
menos tempo. Após a colheita, há a necessidade de se realizar todas as
etapas novamente (preparo do solo, adubação, semeadura, manejo, etc.).
Muitas vezes, as culturas anuais de ciclo curto desenvolvem-se
vigorosamente apenas em uma parte do ano. Desse modo, após a
colheita, o solo permanece em pousio (descanso) até que condições
climáticas favoráveis se estabeleçam novamente para que a cultura possa
ser plantada mais uma vez.
O período que contempla o fim da colheita (pós-colheita) até o início
do novo plantio recebe o nome de entressafra. Durante a entressafra, o
solo fica sem atividade agrícola, o que faz com que alguns agricultores
plantem algumas culturas anuais de ciclo curto que consigam
desenvolver-se nesse período com as condições climáticas menos
favoráveis à cultura principal. Esta safra recebe o nome de safrinha, a
qual atualmente é chamada de 2ª Safra dado o crescimento de sua
importância.

4.8.1 – CULTURAS ANUAIS NA EFAN


Na EFAN a atividade de culturas anuais é explorada em regime de
sequeiro, ou seja, sem o uso de irrigação, cultivada no período chuvoso
da região. As principais culturas exploradas são o feijão, o milho e a
mandioca.
A atividade de culturas anuais é explorada com a finalidade de
propiciar aulas práticas de disciplina existente no Curso Técnico Agrícola
oferecido.

44
Não existe excedente de produção destas culturas, onde 100% da
produção é consumida na própria associação. A mão de obra necessária
é proveniente dos alunos e de funcionários da Associação.
obra necessária é proveniente dos alunos e de funcionários da
Associação.

4.8.2 - IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE


• Desmatamento, eliminação de espécies importantes para o
ecossistema terrestre, como exemplo, espécies de animais, insetos
e plantas;
• contaminação na água e no solo e a degradação da qualidade de
águas subterrâneas e superficiais;
• Uso dos agrotóxicos ao longo do cultivo; em razão do número
elevado de pragas, que surge nas plantações, que pode causar um
desequilíbrio ecológico;
• mecanização intensiva, causando degradação da estrutura,
formação de crosta superficial e a erosão do solo;
• A monocultura que além de prejudicar o solo também causa
susceptibilidade às plantações no que se refere a doenças e pragas,
reduzindo assim, a produtividade primária e modificando as
propriedades físicas, responsáveis pela resistência do solo.

4.8.3– MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS


• Correto descarte de embalagens: o manuseio inadequado das
embalagens pode contaminar o solo, os alimentos e os recursos
hídricos. Por isso, é preciso planejar o correto descarte desses
recipientes vazios.

45
• Florestamento e reflorestamento: A vegetação densa e permanente
como a das florestas é capaz de reduzir problemas de baixa
fertilidade e o alto potencial à erosão. Além disso, pode recuperar
solos já degradados e proteger cursos de água e mananciais.
• Rotação de culturas: A rotação se refere à ação de alternar as
culturas em determinada área de plantio. Essa prática contribui para
a fertilidade do solo por meio dos diferentes sistemas radiculares
entre as espécies (como gramíneas e leguminosas), melhorando
também a drenagem, a diversidade biológica e o controle de doenças
e pragas.

• Plantio direto: Nesse sistema, o plantio é realizado sem a aração e a


gradagem do solo, evitando ao máximo o revolvimento da área. A
semeadura é realizada por meio de plantadeiras que abrem um sulco
de profundidade e largura suficientes apenas para inserir e cobrir a
semente no solo.

• Integração entre Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF):Esse sistema


combina a criação de animais (pecuária) e o cultivo de espécies
arbóreas comerciais, forrageiras e grãos, seja ao mesmo tempo
(simultânea), seja uma após a outra (sequencial). Isso permite usar
uma única área para produzir o máximo de alimentos possível.

5.0 – ATIVIDADES AGROECOLÓGICAS DESENVOLVIDAS PELA


EFAN

5.1– SISTEMA AGROFLORESTAL – SAF


É uma forma de uso do solo que combina, em uma mesma área e
em um determinado tempo, o cultivo de:
46
• Elementos perenes - espécies arbóreas ou arbustivas, frutíferas,
madeiráveis ou adubadoras. A importância destes elementos é a
capacidade de capturar nutrientes mais profundos do solo, renda a
médio e longo prazo.

• Elementos semi-perenes – espécies que permanecem no sistema por


dois a três anos sendo implantadas no início do sistema. A importância
destes elementos é a geração de renda a curto e médio prazo.
• Elementos de ciclo curto - componentes agrícolas. A importância
destes elementos é a opção de renda a curto prazo.

• Elemento eventual - componente animal. A importância deste


elemento é a diversificação de renda.

O Sistema agroflorestal possibilita vários sistemas que podem se


aproximar ecologicamente de uma vegetação nativa através da sucessão
natural, reestabelecendo processos ecológicos importantes como a
ciclagem de nutrientes, atração de fauna, fixação de carbono dentre
outros até sistemas mais simplificados, os quais também são conhecidos
como policultivos, onde existem espécies carro-chefe, cultivos anuais nas
entrelinhas enquanto houver entrada de luz e outras espécies que
complementam a renda. Trata-se de um sistema de produção
interessante para a Agricultura Familiar, devido à diversidade de espécies
e consequentemente de produtos e receitas.

5.2– BIODIGESTOR
A EFAN implantou o Biodigestor para fins didáticos e de
conscientização ambiental dos alunos sobre o aproveitamento de
resíduos agrícolas gerados na escola e a produção de adubação orgânica

47
de qualidade para a utilização consciente nas diversas culturas agrícolas
existentes na propriedade.
Biodigestor é um compartimento fechado onde ocorre
decomposição de matéria orgânica, produzindo biogás e biofertilizante.
Os materiais orgânicos utilizados no biodigestor podem ser os resíduos
de produção vegetal (folhas, palhas, restos de cultura), de produção
animal (como esterco e urina), de atividades humanas (fezes, urina, lixo
doméstico) e resíduos industriais.

5.3 – MINHOCULTURA
A EFAN implantou a atividade de Minhocultura para fins didáticos e
de conscientização ambiental dos alunos sobre o aproveitamento de
resíduos agrícolas gerados na escola e a produção de adubação orgânica
de qualidade para a utilização consciente nas diversas culturas agrícolas
existentes na propriedade.
A minhocultura ou vermicompostagem é o processo de reciclagem
de resíduos orgânicos por meio de criação de minhocas em minhocários,
oferecendo importante alternativa para resolver economicamente e
ambientalmente os problemas dos dejetos orgânicos, como o lixo
domiciliar.
O produto final da vermicompostagem constitui num excelente
fertilizante orgânico (húmus), capaz de melhorar atributos químicos
(oferta, melhor retenção e ciclagem de nutrientes), físicos (melhoria na
estruturação e formação de agregados) e biológicos do solo (aumento da
diversidade de organismos benéficos ao solo).

48
6.0 – GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

6.1– INTRODUÇÃO
A população residente em áreas rurais representa número
considerável de famílias, sendo diversas as atividades geradoras de
resíduos sólidos realizadas por elas.
A produção de resíduos sólidos no meio rural tem se tornado
tão preocupante quanto no urbano, uma vez que a coleta de lixo rural no
Brasil é realizada em apenas 31,6% dos domicílios, sendo o restante,
cerca de 70% dos domicílios rurais, queimam, enterram ou lançam
os resíduos em terrenos baldios, rios, lagos, igarapés ou açudes (PNRS
, 2011, p. 46). Em grande parte das regiões brasileiras o serviço de coleta
de resíduos domésticos rurais é deficiente (PNRS, 2011, p. 46).
A situação de destinação dos resíduos conduzida pelos
próprios geradores apresenta-se como um fato comum na zona rural
de muitos municípios do país. Esta destinação errônea aliada à crença
que a pouca quantidade de resíduos gerados na área rural não são
suficientes para afetar o meio ambiente e a carência de coleta seletiva
gera um grave problema, o qual merece de importante atenção (FREIRE
et al.,2016, p. 53).

6.2– PROGRAMA DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS NA


EFAN

A EFAN implantou a coleta seletiva do lixo doméstico, para compor


o PGRS – Plano de Gestão de Resíduos Sólidos e para fins didáticos e

49
de conscientização ambiental dos alunos sobre o aproveitamento de
resíduos sólidos e da necessidade de preservação do meio ambiente.
Todo o lixo que pode ser reciclado (papel, plástico, metal, vidro) é
coletado separadamente em tambores devidamente identificados com as
cores da reciclagem e com adesivo identificador correspondente.
Posteriormente são armazenados em baias até atingir o volume
satisfatório para posterior comercialização.
O lixo orgânico (restos de comida, casca de ovo, ossos, casca de
frutas, etc.) são usados como matéria prima na compostagem para a
produção do composto orgânico, usado na horta da associação como
adubo.
O Lixo que não pode ser reciclado (lixo de banheiro) é
acondicionado em um local separado para posterior destinação final no
lixão de Natalândia-MG.

7.0 – A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NO CAMPO E OS


IMPACTOS SOCIAIS GERADOS
Define-se a educação no Campo como uma instituição de ensino
que trabalha junto a órgãos ligados a Terra e as Secretarias municipais e
estaduais, procurando qualificar profissionais e alunos para o mercado de
trabalho e para uma vida escolar e acadêmica que lhes propicie qualidade
de ensino para toda vida.
A Educação do Campo veio para suprir uma demanda antiga da
população rural, que carecia de conhecimento das diversas ciências
existentes e de uma formação educacional e profissional, mas por motivos
óbvios como dificuldade de deslocamento, ausência ou falta de frequência
do transporte escolar, necessidade de permanecer a maior parte do dia
nas atividades do rurais para sobrevivência e subsistência, ausências de
50
escolas nas proximidades, muitas vezes se tornava uma tarefa árdua
conciliar o trabalho e afazeres inerentes da zona rural com a vida escolar.
Através da união de pequenos produtores integrantes dos Projetos
de Assentamento Saco do Rio Preto, Mongol, Mamoneiros, pequenos
produtores da região, o apoio do poder público e da secretaria de
educação do Município de Natalândia se conseguiu concretizar a criação
da EFAN.
Na criação da EFAN, alguns impactos sociais foram observados:
• Contenção do fluxo migratório de jovens do campo para a cidade;
• Elevação do nível educacional dos jovens da região e formação de
profissionais da agropecuária;
• Disseminação entre os alunos e os assentados de conceitos como:
Ecologia, desenvolvimento sustentável e qualidade de vida;
• Disseminação de técnicas agrícolas ambientalmente corretas entre
os assentados da reforma agrária e pequenos produtores da região,
pautadas num modo de vida alternativo, natural, sustentável;
• Incentivo ao trabalho coletivo, envolvendo diversos sujeitos sociais;
• Sensibilização dos assentados e dos alunos e a busca conjunta de
soluções para problemas locais;
• A superação das fronteiras entre o mundo escolar, a vida real e o
trabalho.

8.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS


As escolas rurais, enfrentam inúmeros problemas relativos à
estrutura física, ao financiamento, aos recursos humanos e aos materiais
pedagógicos. O poder público tem um importante papel na gestão e
resolução dos problemas acima citados.

51
Os dados aqui apresentados objetivam subsidiar todas as ações de
planejamento do poder público municipal, promovendo a educação rural
através da formação técnica profissional de jovens da região,
disseminação da conscientização ecológica de preservação ambiental e
sustentabilidade, estabelecimento de estratégias de desenvolvimento dos
assentamentos rurais, geração de renda e melhoria da qualidade de vida
da população rural.
A Prefeitura, A Secretaria Municipal de Educação, os Projetos de
Assentamento Saco do Rio Preto, Mongol e Mamoneiros, a Associação
Escola Família Agrícola de Natalândia - AEFAN, juntamente com outras
associações de agricultores familiares do entorno, deverão realizar uma
análise da atual conjuntura acerca da criação da EFAN e da necessidade
de adoção de técnicas agrícolas para viabilizar o desenvolvimento rural
sustentável (DRS), buscando identificar as atuais estratégias produtivas
e de geração de renda mais adequadas ao alcance deste objetivo de
desenvolvimento econômico aliado à preservação do meio ambiente.
Deverão ser analisadas também, as condições de qualidade de vida
das famílias, a composição dos agroecossistemas implantados, os
desafios e as perspectivas desse modelo.

9.0– RESPONSÁVEL TÉCNICA PELO ESTUDO

-----------------------------------------------------------------------
Ana Michele de Souza
Engenheira Ambiental e de Segurança do Trabalho
CREA-MG 178421/D

52
10.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NAREZI, G. A agroecologia como estratégia de gestão de Unidades de
Conservação de Uso Sustentável no Vale do Ribeira – SP, Brasil. Tese
(Doutorado em Ciências) - Escola Superior de Agricultura "Luiz de
Queiroz". Centro de Energia Nuclear na Agricultura. 2012.
Breve Histórico da EFAN. https://www.efan.com.br/historia. Acesso em
22/06/2020.
A Cidade. http://natalandia.mg.gov.br/a-cidade/ . Acesso em 23/06/2020.

Embrapa Caprinos. In: LIMA et al. Criação familiar de caprinos e ovinos


no Rio Grande do Norte: orientações para viabilização do negócio rural.
Natal: EMATER-RN, EMPARN, Embrapa Caprinos, Cap. 8. p.193-210.
2006.
O processo educativo na Escola Família Agrícola de Natalândia - MG. /
Daiane Aparecida Ribeiro Queiroz; Mad’Ana Desirée Ribeiro de Castro
coautora – – Anápolis: IFG, 2019. 22 p.
MAGRINI, A. A avaliação de impactos ambientais. Brasília, DF: CENDEC,
1989.
BAASCH, SANDRA SULAMITA NAHAS. In apostila - Avaliação de
impactos Ambientais. Programa de Pós-graduação em Engenharia da
Produção – UFSC- Florianópolis-Sc. 1999.
BRANDENBURG, A. Agricultura familiar, ongs e desenvolvimento
sustentável. Ed. UFPR. Curitiba-Pr. 1999.
BURSZTYN, M. A. A. Gestão Ambiental- instrumentos e práticas. 1994.
IBAMA- BRASILIA.
CHEVERRY, C; MENETRIER, Y; BORLOY, J; HEBUIT, M. Distribuição
do chorume de suínos e fertilização. Curitiba: ACARPA, 1986. 43p.
CHRISTMANN, A. Sistema de manejo e utilização dos estercos de suínos
nas pequenas propriedades rurais. Florianópolis, ACARESC, 1988.
BUAINAIM, A. M.; ROMEIRO, A; A agricultura familiar no Brasil:
agricultura familiar e sistemas de produção. Projeto: UTF/BRA/051/BRA.
Março de 2000. 62 p. Disponível em:http://www.incra.gov.br/fao.

QUIRINO, T. R.; IRIAS, L. J. M.; WRIGHT, J. T. C. Impacto


agroambiental – perspectivas, problemas e prioridades. São Paulo:
Edgard Blücher, 1999. 184 p.
53
ALMEIDA, P. G. et al.. Impactos ambientais causados pela agricultura e
a pecuária nas propriedades São João e Areia Branca, Pombal-PB.
Revista Brasileira de Gestão Ambiental, Pombal, v.4, n.1, p.34-63, 2010.
SOUZA, L. D.; JALES, A. G. O.. Impactos ambientais da fruticultura
irrigada na comunidade de pau branco em Mossoró – RN. Mercator, n.7,
p.75-82, 2005.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Casa de escola: cultura camponesa e
educação rural. Campinas: Papirus, 1984.
EHLERS, Eduardo. Agricultura sustentável: origens e perspectiva de um
novo paradigma. 2. ed. Guaíba: Agropecuária, 1999.
MOLINA, Mônica Castagna; JESUS, Sonia Meire Santos Azevedo de
(Orgs.). Contribuições para a construção de um projeto de educação do
campo. Brasília: Articulação Nacional por uma educação do campo, 2004.
BADO, C. Gestão de Resíduos Resultantes da produção de frango de
Corte. Dissertação de Mestrado, UEM, 2006.
BELUSSO, D. HESPANHOL, A. N. A evolução da avicultura industrial
brasileira e seus efeitos territoriais. Revista Percurso – NEMO, Maringá,
v.2, n. 1, p. 25-51. 2010.

COTTA, T. Frangos de corte: criação, abate e comercialização. Viçosa:


Aprenda Fácil, 2003. 237 p.

DE LUCAS JUNIOR, J; SANTOS, T. M. Impacto ambiental causado pela


produção de frango de corte. In: CONFERÊNCIA APINCO DE CIÊNCIA
E TECNOLOGIA AVÍCOLA. São Paulo, 2003.
SEGANFREDO, M. A. A questão ambiental na utilização de dejetos de
suínos como fertilizante do solo. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves,
Circular Técnica 22. 2000.
EMBRAPA/ CAMPOS, Oriel Fajardo. Gado de Leite: o produtor pergunta,
a Embrapa responde. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica,
2004.
EMBRAPA/ Alexandre Machado Auad...[et al.]. Manual de bovinocultura
de leite. Brasília: LK Editora: Belo Horizonte: SENAR-AR/MG; Juiz de
Fora: Embrapa Gado de Leite, 2010.
BITTENCOURT, G. A.; BIANCHINI, V. Agricultura familiar na região sul
do Brasil. Consultoria UTF/036FAO/INCRA, 1996.
54
SÁNCHEZ, L. E. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos.
São Paulo: Oficina de Textos, 2006. 495p.
ÁVILA, L. F.; MELLO, C. R.; YANAGI, S. N. M.; NETO, O. B. S.
Tendências de temperaturas mínimas e máximas do ar no estado de
Minas Gerais. Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 49, n. 4, p.
247-256, 2014.
SILVA, E. D. Estudo da Precipitação no Estado de Minas Gerais – MG.
Dissertação de Mestrado em Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Universidade Federal de Itajubá, 2013.
ABRAMOVAY, Ricardo (Coord.). Juventude e agricultura familiar:
desafios dos novos padrões sucessórios. Brasília: Unesco,1998.
FERREIRA, Eudson C.; FERNANDES, Antonio J.C. Impactos regionais
dos assentamentos rurais: o caso de Mato Grosso. Cuiabá: 2002.
Relatório preliminar da pesquisa. Mimeo.
Produção de leite na agricultura familiar / Rosangela Zoccal... [et al.]. –
Juiz de Fora :Embrapa Gado de Leite, 2OO5.2O p. (Embrapa Gado de
Leite. Boletim de Pesquisa, 17).
SEBRAE. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
Diagnóstico da Pecuária Leiteira do Estado de Minas Gerais:
Relatório de Pesquisa. FAEMG – Belo Horizonte: SEBRAE-MG,
1996, 102p.
Solos e avaliação do potencial agrossilvipastoril das microrregiões
Paracatu e Unaí - Minas Gerais/Uebi Jorge Naime... [et al.]. – Belo
Horizonte: EPAMIG, 2014. 106p.
CETEC. 2o plano de desenvolvimento do noroeste mineiro: recursos
naturais. Belo Horizonte, 1981. 2v. (CETEC. Publicações Técnicas, 2).
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro
de Classificação de Solos. 2.ed. Brasília: EMBRAPA-SPI, 2006. 306p.
ALBUQUERQUE, N.I. de; FREITAS, C.M.K.H. de; SAWAKI, H.; QUANZ,
D. Manual sobre criação de suínos na agricultura familiar: noções
básicas. Belém: Embrapa-CPATU, 1998. 37p.
BÍSCARO, G. A. Meteorologia agrícola básica. Cassilândia: UNIGRAF,
2007. 86 p.
MACHADO, M. A. M. Caracterização e avaliação climática da estação de
crescimento de cultivos agrícolas para o estado de Minas Gerais. 1995.
61 p.

55
VIANELLO, R. L.; ALVES, A. R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa,
MG: UFV, 1991. 449 p.
FURUYA, W. M., FURUYA V. R.,1997. Reprodução de peixes; Módulo
VII; Curso de atualização em piscicultura de água doce por tutoria a
distância; Maringá: Azopa-UEM; 21p.
GARUTTI, V. Piscicultura ecológica, ed. UNESP- São Paulo, 2003, 332p.
MENEZES, J.R.R. & YANCEY, D.R. Manual de criação de peixes,
CANPINAS, 1998. 116p.
Sistemas Agroflorestais (SAFs): conceitos e práticas para implantação no
bioma amazônico/ Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). —
1. ed. Brasília: SENAR, 2017. 140 p.
ANDRADE, C.M.S. de; SALMAN, A.K.D.; OLIVEIRA, T.K.. Guia
Arbopasto: manual de identificação e seleção de espécies arbóreas para
sistema silvipastoris. Brasília, DF: Embrapa, 2012.
Minhocultura : produção de húmus / Gustavo Schiedeck ... [et al.]. 2. ed.
rev. e ampl. – Brasília, DF : Embrapa, 2014. 56 p.
MIGDALSKI, M. C. Criação de minhocas: guia prático. Viçosa: Aprenda
Fácil, 2001. 118 p.
LONGO, A.D. Minhoca: de fertilizadora do solo a fonte alimentar. 4. ed.
São Paulo: Ícone, 1995. 75 p.
Cartilha simplificada e adaptada de MATTOS, Luis Cláudio Mattos;
FARIAS JÚNIOR, Mário. Manual do biodigestor sertanejo/ Luis Cláudio
Mattos, Mário Farias Júnior. – Recife: Projeto Dom Helder Camara, 2011.
55 p.
- ALMEIDA, Fernanda Araújo de; MELO, Ricardo José Silva; VIDIGAL,
Rafael Celestino; PEREIRA, Elizabeth Marques Duarte.4º Encontro de
energia no meio rural - eficientização energética da Fazenda Exp. PUC-
Minas - biodigestor de baixo custo (GreenSolar). An. 4. Enc. Energ. Meio
Rural, 2002.

56
11.0 – ANEXOS

FOTO 01: Estrutura Granja de Suínos.

FOTO 02: Estrutura Granja de Aves.


57
FOTO 03: Reservatório escavado para piscicultura.

FOTO 04: Sistema agroflorestal – SAF.

58
FOTO 05: Estrutura para criação de minhocas (minhocário).

FOTO 06: Estrutura para criação de Ovinos (Aprisco).

59
FOTO 07: Estrutura para criação de Gado de Leite (Curral).

FOTO 08: Biodigestor.

60
FOTO 09: Escola Família Agrícola de Natalândia EFAN.

61

Você também pode gostar