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Bananeiras - PB
2020
VITÓRIA SENA CRUZ
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Em atendimento ao edital 003/2019 CCHSA/UFPB no
item 9,7, apresentamos o relatório das atividades
desenvolvidas no programa responsabilidade social
através do Projeto Avaliação da Qualidade de Solos
Através de Metodologias Participativas, apresentado e
submetido para seleção conforme termo de compromisso
e plano de atividades previamente celebrados entre as
partes abaixo.
____________________________________
Vitória Sena Cruz
Graduanda em Agroecologia
E-mail: vick.sena@gmail.com
____________________________________
Alexandre Eduardo de Araújo
Professor Orientador
E-mail: alexandreeduardodearaujo@hotmail.com
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO………………………………………………………………… 5
DESENVOLVIMENTO………………………………………………………… 6
DESAFIOS…………………………………………………….….…………… 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………..……………… 26
REFERÊNCIAS………………………………………………………………… 27
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1. Introdução
Este relatório tem como objetivo apresentar as atividades que foram desenvolvidas no
projeto Avaliação da Qualidade dos Solos de Agroecossistemas Através de
Metodologias Participativas, durante o período de junho à dezembro de 2019, em três
agroecossistemas: Sítio Juazeirinho, Solânea - PB; Assentamento Cajazeiras, no lote
da família de Josefa e João Paulo, Serraria - PB; Assentamento Chê Guevara, no lote
da família de Adriana e Augusto, Casserengue - PB. Todas as atividades foram
pensadas e realizadas em conjunto com as famílias dos três agroecossistemas.
Houve também atividades executadas no Laboratório de Tecnologias Agroecológicas
e Desenvolvimento Sócio-Ambiental (ASDA), na Universidade Federal da Paraíba
(UFPB) - Campus III, com objetivo de avaliar a qualidade do solo dos
agroecossistemas.
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O uso metodologias participativas possibilita a construção de um diálogo horizontal
com as famílias, promovendo a valorização da ciência popular e do conhecimento oral,
epistemes que são constantemente deslegitimizadas pelo pensamento convencional
acadêmico, pois compreendemos que camponeses e camponesas são sujeitos que
constroem e transformam a sua realidade. Dessa maneira, o planejamento das
atividades é feito em conjunto com as famílias, a partir de suas próprias demandas,
buscando sempre socializar técnicas de baixo custo para a avaliação e manutenção
da saúde do solo, e da sustentabilidade do agroecossistema como um todo, a fim de
fortalecer as famílias no processo de transição agroecológica.
O presente projeto teve início em junho de 2019 como demanda dos outros projetos
(PIBIC, UFPB no seu município, PROBEX) que já estavam atuando nos três
agroecossistemas desde março de dois mil e dezenove, portanto as atividades aqui
relatadas fazem parte e são frutos de um processo continuado de pesquisa e
extensão, num exercício contínuo da práxis.
1.1 Integrantes
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2. Desenvolvimento
Sítio Juazeirinho
Caracterização do agroecossistema:
Está localizado no município de Solânea - PB, na Microrregião do Curimataú
Oriental paraibano. O local possui clima tropical chuvoso já com algumas
características de semiárido, a vegetação se encontra numa área de transição entre
a Caatinga e a Mata Atlântica. O núcleo familiar ativo nos processos do
agroecossistema é constituído por Joana (mãe), Cazuza (pai), Jardiel (filho) e
Severino (filho). O agroecossistema têm cerca de 10,7 ha, composto pelos
subsistemas de mata; casa e quintal produtivo, com uma grande variedade de
hortaliças; capineira; roçado e pastagem. Há duas cisternas na unidade produtiva,
uma de dezesseis mil litros, para consumo humano, conquistada através do Programa
Um Milhão de Cisternas (P1MC), a outra é uma cisterna calçadão de cinquenta e dois
mil litros, acessada através do Programa Uma Terra Duas Águas (P1+2), utilizada
para produção de alimentos para consumo interno e também para comercialização. A
família também fornece alimento para o Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE). Há também criação animal no agroecossistema, mas a renda familiar é
gerada principalmente pela venda de hortaliças na feira livre e na feira agroecológica
de Solânea.
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acontecimentos com processos que estavam acontecendo num contexto conjuntural
externo à família, como municipal, estadual e até nacional.
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2.2 Assentamento Chê Guevara - Lote de Adriana e Augusto
Caracterização do agroecossistema:
Está localizado no município de Casserengue - PB, na microrregião do Curimataú
Ocidental paraibano. O local possui clima semiárido, a vegetação faz parte do bioma
da Caatinga Hipoxerofila. O agroecossistema possui cerca de 15 hectares (ha),
composto pelos subsistemas de mata, roçado, palmal, palma mais nova, casa e
pastagem. Há duas cisternas na unidade produtiva, do P1MC e P1+2. Os membros
do núcleo familiar são Adriana (Mãe), Augusto (pai) e cinco filhos. Adriana e Augusto
são jovens experimentadores, envolvidos ativamente no processo de luta pela terra.
A renda da família vem principalmente da criação de caprinos e ovinos, mas há
também o roçado, onde a família produz anualmente Milho (Zea mays) e Feijão (Vigna
unguiculata) em sequeiro.
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Finalização do Reuso de Água
No dia doze de julho de dois mil e dezenove, foi realizada a segunda etapa da
construção da tecnologia do Reuso de Águas Cinzas. A primeira etapa foi realizada
em maio, pois a partir do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) se identificou o
descarte incorreto das águas utilizadas nas pias da cozinha e banheiro, que a longo
prazo causa enormes danos ao solo e consequentemente às plantas que ali vivem,
então foi proposta a construção de um sistema com filtros para a reutilização dessa
água para irrigação de algumas frutíferas. Estavam presentes os membros da equipe
Gabriel, Gerson, Paulo e Alexandre Eduardo. A atividade com objetivo de finalizar a
tecnologia de Reuso de Águas Cinzas foi desenvolvida em conjunto com as disciplinas
de Extensão Rural e Metodologias Participativas e Fundamentos de Economia. As/os
estudantes dessas disciplinas além de contribuir na finalização do sistema, também
puderam ouvir Augusto contar um pouco sobre sua experiência enquanto assentado
da reforma agrária, Augusto também partilhou com as turmas algumas estratégias de
convivência com o semiárido possibilitando (Figuras 5, 6, 7 e 8).
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Sal Agroecológico
Modo de preparo:
Passar todos os ingredientes na peneira e depois misturar até que a coloração ficar
homogênea, cada quilo dessa mistura deve ser incorporada a mais cinco quilos de sal
comum (Figuras 9 e 10).
Calculamos que foi gasto em torno de quinze reais para a feitura de 36 quilos
do sal agroecológico.
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Reajuste do Reuso de Águas Cinzas
No dia vinte oito de novembro de dois mil e dezenove houve o reajuste do
sistema de Reuso de Águas Cinzas. Depois da feitura em maio, o sistema esteve em
observação e análise para se atestar a qualidade da filtragem. Nesse processo foi
feita uma análise química da água, onde se constatou que estava acontecendo o
aumento de microrganismos patógenos ao longo dos filtros. Com isso, houve a
reflexão e foi decidido incrementar outro balde filtrante com caco de telha, brita, cal
virgem e areia. Assim sendo, no remodelamento, a configuração do Reuso de Águas
Cinzas ficou, em ordem: caixa de gordura; balde decantador; balde filtro contendo
caco de telha, brita, cal virgem e areia; balde filtro com caco de telha, brita, carvão e
areia e outro balde filtro com caco de telha, brita, carvão e areia.
Nessa ocasião, esteve presente a disciplina de Convivência com o Semiárido,
as e os estudantes participaram de uma travessia pelo agroecossistema, guiada por
Adriana, e participaram da confecção do Reuso de Águas Cinzas (Figuras 11, 12, 13
14).
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2.3 Assentamento Cajazeiras - Lote de João Paulo e Josefa
Caracterização do agroecossistema:
Está localizado no município de Serraria - PB, no Planalto da Borborema. O
clima da região é Tropical Chuvoso, a vegetação se encontra na transição entre os
biomas da Mata Atlântica e da Caatinga. O agroecossistema possui cerca de 6 ha,
composto pelos subsistemas de mata; casa; bananal; roçado; horta e o policultivo
junto com a cultura principal que é o urucum (Bixa orellana). A família que compõe a
unidade produtiva são Josefa (mãe), João Paulo (pai), filhos e netos. Há cerca de 20
anos, a família conquistou a terra pela reforma agrária. João Paulo é uma liderança e
uma referência na luta pela terra de sua comunidade. Hoje João Paulo está como
presidente da associação do assentamento. Também há, na unidade, a criação de
bovinos, galinhas de capoeira e de abelhas Uruçu. A renda da família vem
principalmente da venda de hortaliças na feira agroecológica de Serraria.
Coleta de Solo
No dia dezenove de agosto de dois mil e dezenove foi coletado solos de todos
os subsistemas para que fossem realizados testes de cromatografia, para dar
continuidade ao acompanhamento da saúde do solo. Nesse mesmo dia se iniciou o
planejamento para a construção do Reuso de Água.
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construção foi feita junto com a disciplina de Extensão Rural e Metodologias
Participativas, sendo um momento de muito aprendizado. (Figuras 15 e 16)
No dia seis de dezembro de dois mil e dezoito a atividade teve como objetivo a
remodelação do sistema de Reuso de Águas Cinzas. Na ocasião estavam presentes
os membros da equipe Paulo e Gerson, e da família estava João Paulo. Houve o
acréscimo de mais um balde filtrante com brita, areia e cal. Também foi trocado todo
material dos outros baldes, pois o processo de filtragem estava comprometido já que
as camadas tinham se misturado dentro dos baldes. Para facilitar, foi feita uma
abertura nos baldes. Entretanto, não foi colocado carvão, mas João Paulo se
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comprometeu de acrescentar o carvão posteriormente. Dessa forma, com o
remodelamento do sistema, a configuração dos baldes ficou: caixa de gordura; balde
decantador; balde filtro contendo caco de telha, brita, cal virgem e areia; balde filtro
com caco de telha, brita e areia e outro balde filtro com caco de telha, brita e areia.
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desenhos do cromatograma (PINHEIRO, 2012). O holograma é formado pelo
processo físico de separação dos diferentes componentes pelo seu grau de
complexidade, usando o princípio da retenção seletiva. (MELO et al., 2019). Desse
modo, é possível observar as dimensões físicas, químicas e biológicas do solo de
maneira em que todos esses aspectos se integram e são interdependentes. A
importância da CP está em ser uma alternativa mais acessível de acompanhamento
da saúde do solo podendo ser feita pelas próprias populações camponesas.
Descrição do método, que foi realizado para obtenção dos cromatogramas dos
agroecossistemas, desenvolvido por Pfeiffer de acordo com Rivera e Pinheiro (2011):
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solo vão se separando por capilaridade e formando a figura cromatográfica.
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matéria orgânica e Zona externa (ZE) é a zona que aponta a atividade microbiana e
atividade húmica.
Seguem as figuras 26, 27 e 28, com os subsistemas dos três agroecossistemas, onde
foi utilizado um recurso visual, para facilitar a interpretação, nas cores vermelho
(deficiente), amarelo (suficiente), verde (bom) e azul (excelente):
a) Sítio Juazeirinho
Figura 26: Cromatogramas dos principais subsistemas do Sítio Juazeirinho - a1: macaxeira, a2: batata,
a3: quintal, a4: pasto e a5: mata. Fonte: David Melo.
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b) Assentamento Chê Guevara, lote Adriana e Augusto
Figura 27: Cromatogramas dos principais subsistemas do Lote de Adriana e Augusto.- b1: feijão; b2:
milho; b3: palma; b4: palmal; b5: mata. Fonte: David Melo
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c) Cajazeiras - Lote Josefa e João Paulo
Figura 28: Cromatogramas dos principais subsistemas do Lote de João Paulo e Josefa - c1: banana; c2:
horta; c3: policultivo, c4: capim, c5: mata. Fonte: David Melo
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Análise Química dos Solos
As análises químicas dos solos dos agroecossistemas foram feitas no
Laboratório de Solos da UFPB - CAMPUS III.
Segue as análises química dos solos dos três agroecossistemas:
a)
Amostra Ph P K Na Ca Mg Al H+AL SB CTC m V M.O
Batata 5,73 166,28 169,4 0,06 3,92 1,77 0 4,04 6,19 10,23 0 62,79 22,42
Macaxeira 5,78 199,96 159,28 0,07 2,55 2,42 0,06 5,48 5,45 10,94 1,13 50,03 19,77
Pasto 5,58 144,16 208,91 0,18 1,87 2,35 0,1 3,46 4,94 8,41 2,02 62,06 19,08
Quintal 5,53 159,63 214,07 0,12 3,22 2,05 0,05 6,52 5,94 12,46 0,85 47,93 24,15
Mata 6,57 141,35 213,39 0,09 7,42 2,45 0 2,35 10,51 12,86 0 82,65 70,65
Tabela 1: Análise química do solo dos principais subsistemas do Sítio Juazeirinho, Solânea.
Para valores de pH, todos os subsistemas atingiram valores entre 5,50 à 6,60,
valores que são considerados bons para solos agricultáveis, pois é a faixa ideal para
a maioria das culturas produzidas no Brasil (RODRIGUES, 2019).
Para os valores de Saturação por Bases (V), apenas o subsistema da Mata foi
satisfatório. Pasto, Batata e Macaxeira apresentaram valores médios e o subsistema
Quintal apresentou valor baixo. A V é uma variável muito importante para a análise
química do solo, porque indica a porcentagem do total de cargas negativas ocupadas
por bases (K, Ca, Na, Mg). Solos com menos de 50% indicam baixa fertilidade.
(PREZOTTI, 2013)
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Já para acidez potencial (H+AL) apenas o subsistema Quintal obteve bom
resultado, com valor de 6,52. Os outros quatro Batata, Macaxeira, Pasto e Mata
obtiveram valores médios.
b)
Feijão 6,45 182,19 216,8 0,1 7,3 2,9 0 3,96 10,85 14,81 0 73,27 14,68
Palma nova 6,85 164,88 214,46 0,09 6,7 2,7 0 3,8 10,04 13,83 0 72,57 3,11
Mata 6,35 170,18 215,63 0,17 7 4,5 0 6,44 12,22 18,66 0 65,51 22,36
Palmal 5,08 107,87 211,36 0,07 6,2 3,2 0 1,82 10,01 11,83 0 84,65 20,73
Milho 6,42 159,91 214,46 0,11 5,8 2,7 0 1,65 9,16 10,81 0 84,73 4,89
Tabela 2: Análise química do solo dos principais subsistemas do lote de Augusto e Adriana, Assentamento
Chê, Casserengue.
c)
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Amostra Ph P K Na Ca Mg Al H+AL SB CTC m V M.O
Banana 6,22 117,6 155,3 0,1 3,5 4,3 0 4,95 8,3 13,25 0 62,63 18,95
Roçado 6,25 110,03 191,5 0,43 5,5 3,1 0 5,94 9,52 15,46 0 61,58 27,14
Mata 6,15 91,85 209,4 0,09 5 2,2 0 4,13 7,83 11,95 0 65,48 16,28
Horta 6,2 88,07 209,01 0,07 4 3,3 0 3,47 7,9 11,37 0 69,52 21,44
Urucum 6,12 123,45 214,85 0,41 5 3,5 0 3,14 9,46 12,59 0 75,11 32,48
Tabela 3: Análise química do solo dos principais subsistemas do lote de Josefa e João Paulo,
Assentamento Cajazeiras, Serraria
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3. Desafios
Para a realização das atividades, foi muito desafiante a falta de transporte
disponibilizado pela universidade, já que as atividades são desenvolvidas em três
cidades diferentes. Esse fator limita não só a ida das pessoas que fazem parte da
equipe, mas também a ida de outras/os estudantes que possam ter interesse em
participar de alguma atividade.
Vale também apontar que essa disparidade está presente inclusive dentro da
equipe, composta pela maioria masculina, que muitas vezes acaba por reproduzir
frases e atitudes machistas em campo e em demais ambientes universitários. É
preciso refletir internamente sobre as questões de gênero e sobre como iremos nos
posicionar quanto a isso.
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4. Considerações finais
Esses meses de intenso trabalho foram de muito crescimento e aprendizado.
As metodologias participativas se mostram como uma ferramenta importante no
diálogo com as famílias, pois por muitos anos a Extensão Rural foi e muitas vezes
ainda é um processo antidialógico, em que é negado à agricultoras e agricultores a
posição de sujeito que entende e constrói sobre sua realidade. A Extensão Rural
nesse modo se intenciona à condicionar essas pessoas ao conhecimento que vem de
fora e a resolver problemas que também são externos às famílias agricultoras. Assim,
o conhecimento agroecológico vem em contrapartida a essa lógica dominadora, se
propondo a construir paradigmas mais justos. A Universidade tem um papel muito
significativo nessa construção, por isso a importância da pesquisa e extensão
comprometida com a transformação da realidade.
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5. Referências
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