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e agricultura
familiar
A CIDADANIA
CULTIVADA EM FAMÍLIA
SEMANA DE
ALIMENTAÇÃO
ESCOLAR
2011
Semana de Alimentação Escolar
MAIO | 2011
Agricultura ou Agriculturas?
Aprender a cultivar vegetais para consumo alimentar representou um
grande salto para o desenvolvimento da humanidade. Por meio do domí-
nio desta técnica, o homem pôde fixar-se na terra e os povos puderam,
então, prosperar.
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• POR QUE AS FRUTAS QUE COMEMOS HOJE
TÊM SABOR DIFERENTE DAS DE ANTIGAMENTE?
As Formas de Produção
de Alimentos no Brasil
A necessidade de atender ao aumento da demanda por alimentos causa-
da pelo crescimento populacional, além da criação da propriedade privada
(cercamentos, séc XVI-XIX), a expulsão da população do campo para as
cidades com a finalidade de atender à demanda por força de trabalho nas
indústrias e o entendimento de que os alimentos são itens da pauta de
exportação (commodities) fizeram com que mudanças radicais ocorressem
no modo de produzir alimentos.
Transição Agroecológica
Na medida em que a sociedade passou a perceber o modelo de produção
agrícola convencional como uma das origens dos impactos ambientais e
expulsão das famílias do meio rural, começou um movimento em várias
partes do mundo para resgatar experiências tradicionais que poderiam ser
ampliadas em bases científicas como alternativas à este modelo. Passou-
se a utilizar os conhecimentos científicos que foram até então desenvolvi-
dos, para entender os processos físicos, químicos e biológicos que ocorriam
no solo, na água, no ar, nas plantas e nos animais que compõem todo o
agroecossistema, visando resgatar todo aquele conhecimento tradicional.
Mas, vale a pena investir, pois as vantagens são muitas e de grande impac-
to para a qualidade de vida no campo e na cidade, tais como:
Agricultura Familiar
Agricultura familiar é uma forma de organização da produção de alimen-
tos, na qual os próprios agricultores dirigem o processo produtivo, traba-
lhando com a diversificação e tendo como base da força de trabalho os
membros da família. Este modo de organização não é novo, porém tem
conquistado espaço cada vez maior nas políticas públicas.
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A SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL SE CONCRETIZA QUANDO:
• 87% DA MANDIOCA
• 70% DE FEIJÃO
• 46% DO MILHO
• 38% DO CAFÉ
• 34% DO ARROZ
• 21% DO TRIGO
• 16% DA SOJA
• 59% DE SUÍNOS
• 58% DO LEITE
• 50% DE AVES
• 30% DE BOVINOS
Dos anos 90 até o momento, ainda que de forma incipiente, várias políti-
cas voltadas a agricultura de base familiar foram sendo progressivamente
implementadas, desde assentamentos da reforma agrária, como forma de
democratizar o acesso à terra, como os recursos financeiros para custeio e
investimento dessas unidades produtivas familiares.
Estratégias de Estímulo
à Agroecologia e
à Agricultura Familiar
Um novo modelo de produção de alimentos se faz necessário e, para isso,
um novo modelo de consumo também precisa começar a ser discutido
entre os cidadãos. A seguir, serão apresentadas algumas estratégias, que
vêm sendo desenvolvidas por órgãos governamentais, ONG, produtores de
alimentos orgânicos, entre outros, visando à transição agroecológica e o
fortalecimento da agricultura familiar.
PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS
PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA)
Compreende ações vinculadas à distribuição de alimentos, oriundos da
agricultura familiar, a pessoas em situação de insegurança alimentar. Visa,
também, a formação de estoques estratégicos.
Uma forma para aproximar estes dois mundos - urbano e rural, que não são
independentes - e chamar atenção para as diferenças entre as formas de
produzir os alimentos que comemos diariamente é o estímulo à agricultu-
ra urbana. Além de contribuir para a produção de alimentos e o acesso à
alimentação saudável, ainda que em pequena escala, a agricultura urbana
favorece o resgate cultural da relação do homem com a terra, mantendo
viva a produção de diferentes espécies de alimentos e animais (biodiversi-
dade), e a valorização da culinária tradicional brasileira, por meio de recei-
tas que atravessam gerações. Esta pequena produção caseira de alimentos
e animais aproxima famílias, contribuindo para a socialização, a solidarie-
dade e as relações de cuidado entre as pessoas e destas com o ambiente
em que vivemos.
REDES AGROECOLÓGICAS
A Rede Agroecologia Rio é formada por sete instituições: a Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária por meio do Centro Nacional de
Pesquisa de Agrobiologia (EMBRAPA/CNPAB), a Universidade Federal Rural
do Estado do Rio de Janeiro (UFRRJ), a Empresa de Pesquisa Agropecuária
do Estado do Rio de Janeiro (PESAGRO-RIO), a Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (EMATER-RIO), a
Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA), a
Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (ABIO) e
Agrinatura Alimentos Naturais Ltda. (AGRINATURA).
MATERIAL
• meia de seda
• botões (boca e olhos)
• linha
• tesoura
• pó de serragem
• garrafa PET (só o fundo para a base do boneco)
• sementes de alpiste (por no fundo da meia)
• água
MODO DE FAZER
• colocar as sementes de alpiste no fundo da meia;
• colocar o pó de serragem molhada dentro da meia, em cima
das sementes, apertando bem, tendo o cuidado de não
espalhar as sementes;
• preencher a meia formando uma bola;
• dar um nó para fechar a bola;
• em um dos lados da bola, fazer uma bolinha para formar o nariz;
• costurar os botões no lugar dos olhos e da boca;
• molhar a meia (bola) e colocá-la sobre o pratinho feito
com garrafa PET.
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
ALTAFIN, I. Reflexões sobre o conceito de agricultura familiar. Disponível em:
http://redeagroecologia.cnptia.embrapa.br/biblioteca/agriculturafamiliar/
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Consultoria UTF/036-FAO/INCRA, 1996.
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do Programa Nacional de Alimentação Escolar
BRASIL. Lei 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação
da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.
BRASIL. Lei 10.696, de 02 de julho de 2003.
Institui o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
BRASIL. Decreto 6.447, de 07 de maio de 2008.
Regulamenta o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
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MACHADO, A. T. e MACHADO, C. T. de T. Agricultura Urbana. Documentos.
Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2002.
SCHNEIDER, S. A Pluriatividade na Agricultura Familiar. Porto Alegre: UFRGS, 2003.
SILVA, E. C. R. S. Agricultura urbana como instrumento para a educação ambiental e
para a educação em saúde: decodificando o protagonismo da escola. Dissertação
(Mestrado em Educação em Ciências e Saúde) - NUTES/UFRJ, Rio de Janeiro, 2010.
SOARES, A.C. A multifuncionalidade da agricultura familiar.
Revista Proposta, n. 87, 2000/2001.
ELABORAÇÃO DE CONTEÚDO E PRODUÇÃO
Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro
Subsecretaria de Promoção, Atenção Básica e Vigilância em Saúde
Superintendência de Promoção da Saúde
Instituto de Nutrição Annes Dias
PESQUISA E REDAÇÃO
Ana Maria Ferreira Azevedo | INAD/SMSDC
Emília Santos Caniné | INAD/SMSDC
Luciana Azevedo Maldonado | INAD/SMSDC e INU/UERJ
Antonio Maciel Botelho Machado | Embrapa Florestas
PROJETO GRÁFICO
Paralaxe Design | Renata Ratto
ILUSTRAÇÕES
Mauro Britto
PARCEIROS
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Governo do Estado do Rio de Janeiro
União dos Dirigentes Municipais de Educação
Conselho Regional de Nutricionistas – 4ª região
Associação de Nutricionistas do Estado do Rio de Janeiro
MAIO 2011