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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ

CENTRO DE TECNOLOGIA
NÚCLEO INTERDISCIPLINAR PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL
MESTRADO PROFISSIONAL EM TECNOLOGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Introdução a Agroecologia

Resenha do texto:
A POLÍTICA NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA NO BRASIL
REGINA HELENA ROSA SAMBUICHI ... [ET AL.].

ALAN SOUZA HANSSEN


DRE: 122099709

AGOSTO DE 2202
Resenha do texto:
A POLÍTICA NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA NO BRASIL

O texto faz uma excelente abordagem sobre a luta pela garantia da qualidade dos
alimentos produzidos no Brasil, por meio de programas e projetos de políticas públicas para
garantir oportunidades de produção agroecológica e orgânica, por produtores familiares,
principalmente de origem camponesa, além de comunidades tradicionais.
A necessidade da criação dessas políticas, surgem para impedir que o agronegócio,
gerado a partir da Revolução Verde, possa inviabilizar os pequenos produtores de produzir, mas,
principalmente de prejudicar a saúde da população e de destruir todo o meio ambiente a partir de:
“suas monoculturas (...) muito danosas ao ambiente, pois reduzem a
biodiversidade dos agroecossistemas, diminuindo a sua estabilidade e tornando-
os especialmente vulneráveis aos ataques de pragas e doenças, assim como à
perda de fertilidade dos solos. Isso implica a necessidade de usar uma
quantidade cada vez maior e mais perigosa de agrotóxicos e fertilizantes
químicos, os quais, além de poderem impactar a saúde humana, podem também
poluir as águas e o solo, causando perda de biodiversidade e dos seus serviços
ecossistêmicos1”.

Assim, com o intuito de garantir uma Soberania Alimentar e Nutricional, como abordado no
texto da aula anterior, foi criado o Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica
(Pnapo), com o intuito de garantir um desenvolvimento rural sustentável, uma grande vitória dos
movimentos de agroecologia e orgânicos. A partir dele, diversas outras diretrizes foram
construídas como forma de garantir acesso a financiamentos, formação, a garantia da
compra/venda de produtos desses produtores de base agroecologia/orgânica, como o Plano
Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), criado pela Câmara
Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo), outra conquista do movimento.
Outras ações em esfera Federal também foram realizadas, como o caso de alguns conselhos,
como: Consea (extinta em 2019, pelo desmonte do Governo Bolsonaro) e o Condraf.
Interessante de se verificar, em termos atuais, são as políticas municipais voltadas a
produção agroecológica e orgânica, um grande avanço para os movimentos, uma vez que as
políticas federais vêm sendo desmontadas. Essas ações geram diversos apoios as feiras e
circuitos curtos de comercialização, além da produção dentro das áreas urbanas, assim como nas
áreas rurais. No total, segundo pesquisa realizada pela Articulação Nacional de Agroecologia
(ANA), atualmente, são mais de 700 iniciativas municipais comprometidas com a agroecologia e a
produção orgânica em nosso país, sendo que essas iniciativas abordam sobre 41 temas, nos

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A política nacional de agroecologia e produção orgânica no Brasil: uma trajetória de luta pelo
desenvolvimento rural sustentável / organizadores: Regina Helena Rosa Sambuichi ... [et al.]. – Brasília:
Ipea, 2017
Alan Souza Hanssen | DRE: 122099709 | +55 21 98755-1993 | alansouzahanssen@gmail.com 2
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A POLÍTICA NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA NO BRASIL

quais envolvem cerca de 531 municípios, em 26 estados. Esses dados mostram que mesmo com
o interesse constante dos grandes complexos agroindustriais, em parceria com a política da morte
do atual Governo Federal, todos os estados da federação vêm realizando algum tipo de ação na
qual garanta o direito a produção e comercialização de produtos vindos de um processo correto e
responsável com a preservação do meio ambiente local, da saúde da população que os consome
e claro, de seus produtores.
Em cada região do país, podemos identificar as áreas de maior atuação, que atuam de
acordo com as necessidades específicas das mesmas, por exemplo: No Norte do país, há uma
grande atuação no “apoio a feiras e circuitos curtos de comercialização; compras institucionais da
agricultura familiar e outros instrumentos de geração de demanda pela produção da agricultura
familiar; educação do campo/contextualizada e educação em agroecologia; fomento à produção; e
reconhecimento e proteção a territórios de povos e comunidades tradicionais 2”. No Nordeste,
devido ao seu clima mais árido, do que o restante do país, as ações estão voltadas ao “apoio a
feiras e circuitos curtos de comercialização; as compras institucionais da agricultura familiar e
outros instrumentos de geração de demanda pela produção da agricultura familiar; fomento à
produção; Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater); e Cisternas e outras políticas de
estocagem de águas3”. No Centro-Oeste, há uma ação muito importante, na qual apoiam ações
de género, da preservação entre outros, como por exemplo: o “apoio a feiras e circuitos curtos de
comercialização; compras institucionais da agricultura familiar e outros instrumentos de geração
de demanda pela produção da agricultura familiar; Ater; apoio a grupos e coletivos de mulheres;
extrativismo, conservação, uso e comercialização de produtos da sociobiodiversidade;
alimentação escolar; e fomento à produção4”. Já, no Sudeste, nossa região há diversas ações
espalhadas, com o principal atuação em São Paulo, Minas Gerais e, também no Espírito Santo e,
embora no Rio de Janeiro haja ações, ainda nos deparamos com o veto do Governador do
Estado, Claudio Castro, na destinação de 20 milhões para o desenvolvimento das produções
agroecológicas. Mas, dentro do contexto geral da região, constam, o “apoio a feiras e circuitos
curtos de comercialização; abastecimento alimentar; construção do conhecimento agroecológico;
agricultura urbana e periurbana; e alimentação escolar5”. Por fim, mas não menos importante,
inclusive por ser uma região de grande desenvolvimento da agroecologia e da produção orgânica,

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Retirado do trabalho sobre “Políticas Públicas”, da Disciplina de Introdução a Agroecologia, apresentado
por Débora Batista.
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Retirado do trabalho sobre “Políticas Públicas”, da Disciplina de Introdução a Agroecologia, apresentado
por Débora Batista.
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Retirado do trabalho sobre “Políticas Públicas”, da Disciplina de Introdução a Agroecologia, apresentado
por Débora Batista.
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Retirado do trabalho sobre “Políticas Públicas”, da Disciplina de Introdução a Agroecologia, apresentado
por Débora Batista.
Alan Souza Hanssen | DRE: 122099709 | +55 21 98755-1993 | alansouzahanssen@gmail.com 3
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está o Sul do Brasil, onde os governos realizam ações de “fomento à produção; educação
alimentar e nutricional e promoção da alimentação adequada e saudável; alimentação escolar;
apoio a feiras e circuitos curtos de comercialização; e compras institucionais da agricultura familiar
e outros instrumentos de geração de demanda pela produção da agricultura familiar6”.
É importante fazer uma breve análise dos dados acima, onde podemos visualmente,
verificar os itens sublinhados em cada região, para verificar que a Região Sudeste é a que menos
desenvolve ações, as quais podem ser entendidas pela grande urbanização, assim pelos
governos que vem, nos últimos anos, fazendo a gestão pública de nossa região.
Em conclusão, faz-se o registro da importância que as políticas públicas são fundamentais
para a garantia da produção agroecológica e orgânica, como forma de gerar conhecimento,
preservação ambiental, geração de renda, possibilitando da igualdade de oportunidades, saúde
nutricional e segurança alimentar. Cabe a sociedade trabalhar e lutar para que as políticas sejam
restabelecidas e ampliadas para garantir o futuro do planeta.

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Retirado do trabalho sobre “Políticas Públicas”, da Disciplina de Introdução a Agroecologia, apresentado
por Débora Batista.
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