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APRESENTAÇÃO

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá – RURAP é uma Autarquia Estadual da


Administração indireta do Estado, com autonomia administrativa e financeira, criado pelo Decreto
Governamental nº 0122 de 23 de agosto de 1991, vinculado a Secretaria de Agricultura, Pesca, Floresta e
do Abastecimento – SEAF, com sede e administração na capital do Estado, sito a Rodovia BR 156, Km
02, no Município de Macapá e jurisdição em todo Território Amapaense, com personalidade Jurídica de
Direito Público, gozando no que se refere aos seus bens, rendas e serviços, das regalias, privilégios, e
imunidade deferidas á Fazenda Pública Estadual. Tem como missão, promover o desenvolvimento rural
sustentado do Estado do Amapá através de demonstrações práticas que promovam a agregação de valor
a terra e a produção com a melhoria de vida dos que vivem e trabalham no campo, o que certamente
possibilita a apropriação de conhecimento e informações por parte dos agricultores e suas organizações.
O Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá – RURAP, apresenta ao Banco da Amazônia S.A., o
“Projeto de Fortalecimento das Atividades de ATER - Estratégia para Conversão a um Modelo Agroecológico”.
Após dois anos de elaboração da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural –
PNATER, e participarmos de inúmeros eventos promovidos pelo MDA, fazem-se mister iniciar o processo
de transição da agricultura convencional dos agroquímicos para um modelo em bases agroecológicas.
Assim, o presente projeto pretende através das metodologias usuais de ATER, priorizando as
participativas e aglutinativas, introduzir uma série de práticas culturais e resgatar outras que foram
desprezadas em nome da modernidade. Entre elas podemos citar: confecção e uso do composto
orgânico, confecção e uso do biofertilizante, como o Super Magro - processo aeróbico e o biofertilizante
vairo - processo anaeróbico, o E.M. - microorganismos eficazes da fundação MOKITI OKADA/SP, a
calagem, a fosfatagem natural, o receituário caseiro do Milton Guerra, adubação verde, cultivos
consorciados, Saf’s, e criação de animais com ração produzida dentro da unidade familiar.
O custo orçamentário previsto para execução da proposta é da ordem de R $ 350.916,92
(Trezentos e Cinqüenta Mil, Novecentos e dezesseis Reais e Noventa e Dois Centavos), assim
distribuídos: R$ 35.316,92 (Trinta e Cinco Mil, Trezentos e Dezesseis Reais e Noventa e dois Centavos)
como contrapartida do proponente e R$ 315.600,00 (Trezentos e Quinze Mil e Seiscentos Reais) oriundos
da concedente.
O Público atual assistido pelo serviço de Extensão Rural está constituído pelos produtores
familiares, abrangendo adultos de ambos os sexos, jovens, famílias, escolas, organizações e
comunidades rurais, inclusive os indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas e assentados da reforma
agrária, totalizando 16.503 famílias rurais no ano de 2005. O RURAP assistiu de forma direta 12.711
famílias de agricultores familiares entre as varias modalidades já citadas. No entanto pela sua
capilaridade, foram atendidas ainda que indiretamente, 3.792 famílias dos mesmos seguimentos
anunciados, perfazendo o total de 16.503 famílias rurais, em 407 comunidades localizadas nos dezesseis
municípios do Estado.

1. TÍTULO DO PROJETO

Título do Projeto
Projeto de Fortalecimento e Apoio as Atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Amapá - Estratégia para
Conversão a um Modelo Agroecológico.

2. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE PROPONETE

Identificação da Entidade Proponente


Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá – RURAP CNPJ: 34.926.188/0001-15
Endereço:
Rodovia BR 156, Km 02 s/nº, Bairro São Lázaro.
Cidade: UF: CEP: DDD/Telefone: E.A.:
Macapá Amapá 68.909 – 130 (96) 9971-6196
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Conta Corrente: Banco Agência: Praça de Pagamento:

Nome do Responsável: CPF:


Jaezer de Lima Dantas 215.821.652-20
CI/Órgão Expeditor.: Cargo: Função: Matrícula:
092.790–Ac Diretor Executivo
Endereço: CEP:
Rua: Cândido Mendes Nº 286 – Bairro: Central 68.900 – 000

3. MISSÃO INSTITUCIONAL
O Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá – RURAP, autarquia estadual da administração
indireta do estado, com autonomia administrativa e financeira, foi criado pelo Decreto Governamental n.º
0122 de 23 de agosto de 1991, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca, Floresta e do
Abastecimento - SEAF, tendo como missão: Implementar políticas de desenvolvimento rural do estado,
através dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural aos agricultores familiares, assim como da
ação articulada junto a toda cadeia produtiva do setor primário, visando promover as condições de
sustentabilidade alimentar, social, econômica e ambiental do Estado do Amapá.

4. ENTIDADES PARCEIRAS

Para concretização, manutenção e apoio à execução do presente projeto o Rurap contará com o
apoio de entidades parceiras que atuarão direta ou indiretamente no processo formando uma rede
solidária em torno dos principais atores ou seja: agricultores familiares, extensionista e trabalhadores
rurais. Portanto, podemos relacionar entre essas entidades: a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária – EMBRAPA; Secretária Estadual de Agricultura, Pesca, Floresta e Abastecimento – SEAF;
a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá – DIAGRO; o Serviço nacional de
Aprendizagem Rural - SENAR; o Banco da Amazônia; a Federação dos Trabalhadores Rurais do Amapá -
FETAGRI, atraves das suas afiliadas; a Rede Estadual das Escolas Familias do Amapá - RAEEFAP,
através de suas afiliadas; e sobre tudo o MDA, através da SAF/DATER.

 Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca, Floresta e do Abastecimento (SEAF)


Endereço: Avenida FAB, 85, Bairro Central – Fone (96) 3212-9500.
Atuação: coordenação das atividades voltadas as instituições vinculadas do setor Produtivo

 Centro de Pesquisa Agroflorestal do Amapá (EMBRAPA/CPAFAP)


Endereço: Rodovia Juscelino Kubitschek, Km 05, CEP-68.903-000, Macapá-AP
Atualização: pesquisa científica.

 Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado do Amapá (FETAGRI)


Endereço: Avenida Feliciano Coelho de Carvalho, 751, Bairro do Trem, CEP 68900-260
Atuação: organização dos produtores

 Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Amapá (SENAR)


Endereço: Avenida Diógenes Silva, 2045, Buritizal – Fone (96) 3242-2595
Atuação: efetivação de cursos profissionalizantes voltados ao produtor rural.

 Banco da Amazônia
Endereço: Avenida Coaracy Nunes, 34 – Centro Fone (96) 3223-3233.
Atuação: Agente Financeira

 Rede das Escolas Famílias do Amapá


Endereço: Avenida Cora de Carvalho, 530 – Centro.
Atuação: Educação Formal rural

 Ministério do Desenvolvimento Agrário


Endereço: Rua Adilson José Pinto Pereira, 1409 – São Lázaro – CEP 68908-610.
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Atuação: Apoio às entidades de ATER.

5. OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

O projeto tem como objetivo principal fortalecer e dar apoio às atividades de Assistência Técnica e
Extensão Rural no Estado Amapá, focando como alternativa a produção de alimentos seguros, com o
incremento do modelo agroecológico, através da capacitação de técnicos extensionistas e agricultores
familiares, assim como, a instalação de Unidades Técnicas de Demonstração - U.T.D's, visando
proporcionar a inclusão social e o desenvolvimento rural em bases sustentáveis.

5.2 Objetivo específico

 Proceder à capacitação de técnicos e extensionistas visando seu aprimoramento dentro


de uma proposta agro-ecológica;
 Promover a capacitação de agricultores familiares com ênfase na inclusão social e
melhoria de renda;
 Estimular à produção de alimentos limpos e de qualidade biológica, utilizando técnicas de
manejo sustentável viável a agricultura familiar.
 Implantar, apoiar e incentivar metodologias participativas, que visem à construção
coletiva, relacionando a interação da teoria com a prática, com o uso de técnicas
demonstrativas.
 Contribuir para o restabelecimento estrutural para um melhor apoio ao cumprimento do
esforço de ater.

6. JUSTIFICATIVA

6.1 O porquê da mudança do modelo agrícola

A tão propalada “REVOLUÇÃO VERDE” capitaneada pelo cientista e agrônomo norte americano
Norman Borlaug, na década de 60, na verdade tem suas raízes bem mais no passado quando o cientista
francês Justus Von Liebig, no século XIX trouxe a ilusão de que através de testes de laboratórios seria
possível manter, indefinidamente, a fertilidade da Terra (Material Didático de Agroecologia - MDA), tendo
apenas de aplicar dosagens prescritas de substâncias químicas, com base nas recomendações de análise
do solo.
Nasceu assim, a “Química Agrícola” para beneplácito da agricultura do patronato e demérito da
agricultura familiar. Estas “inovações” desenvolvidas durante o século XIX, foram sendo gradativamente
“aprimoradas” durante o início do século XX, com o surgimento da indústria bélica que desenvolveu novos
sistemas mecânicos, utilizados na atual fabricação de máquinas pesadas (tratores, plantadeiras e
colheitadeiras), alem é claro do desvio funcional dos chamados produtos químicos de guerra para
confecção dos detestáveis pesticidas, um dos vilões da agricultura moderna.
Talvez imbuído do espírito guerreiro após duas guerras mundiais, o homem achou que pudesse
dominar a natureza como se fosse uma máquina qualquer inventada. Mas decorrido mais de quatro
décadas após a real introdução desse modelo agrícola (Agricultura dos Agro-químicos) no Brasil, o que
percebemos é uma verdadeira catástrofe, mormente nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, que foi e
continua sendo arte manhosamente escondida pela mídia em conluio com as transnacionais.
O pacote era completo trazia: Sementes melhoradas, mecanização, insumos químicos e
biológicos. E junto com ela uma política de créditos rural subsidiada, estrutura de ensino (colégios
agrícolas, universidades agrárias voltadas para o pacote) pesquisa e extensão rural associado a este
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modelo. A engrenagem funcionava da seguinte forma: “O produtor produzia matéria prima, e consumia
bens de capital. O extensionista difundia as inovações e viabilizava o crédito rural: A pesquisa testava os

pacotes, dosagens, aplicações e controles. O estado financiava e as indústrias transnacionais


produziam os insumos químicos (adubos, defensivos) e biológicos (sementes, variedades e espécies
melhoradas), mas, dependentes de insumo químicos. As conseqüências são funestas, (Material Didático
de Agroecologia – MDA) tais como:
 Êxodo rural de mais de 30 milhões de campesinos nos últimos 40 anos, criando um
contingente de “sem terras e sem rumo” em todo país, provocando o inchaço dos grandes
centros e o surgimento de uma economia informal que sonega imposto “os chamados
camelôs”;
 O Brasil perde em média 25 t/ha/ano de solo fértil, provocado pela adoção de técnicas de
revolvimento do solo, importadas da Europa;
 O Rio Grande do Sul perdeu só em 1.985, 240 toneladas de solos férteis, e estima-se que
dentro de 50 anos as áreas gaúchas desertificadas representarão 211.000 hectares;
 Também no Rio Grande do Sul, na região do “Planalto Médio e Missões” existe um dos
maiores índices de suicídio do mundo e o maior do Brasil, em decorrência do uso
indiscriminado de agrotóxicos;
 O saudoso professor Dr. José Lutzemberger, afirmava que a agricultura dos agro-
químicos na sua implantação, consome mais calorias do que retorna no fruto da terra
(colheita). Portanto, esse modelo agrícola é socialmente injusto, economicamente
concentrador, fundiariamente excludente, tecnologicamente inadaptado e ambientalmente
insustentável (Material Didático de Agroecologia do MDA).
No momento em que tomamos plena consciência das conseqüências danosas desse modelo, apraz-
nos saber que o Governo Federal coloca a disposição da sociedade brasileira todo seu aparato estatal e
serviços públicos no sentido de construir um “novo modelo agrícola”, fundamentado na sustentabilidade e
equidade social. É a vez da Agroecologia!
O Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural, em suas várias facetas, voltadas para
agricultores familiares, (assentados, quilombolas, pescadores artesanais, seringueiros, castanheiros,
povos indígena, ribeirinhos e outros), passou a ser coordenado pela SAF - SECRETARIA DA
AGRICULTURA FAMILIAR, DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – MDA como
estabelece o decreto nº4.739, de 13 de junho de 2003.
Entre os vários princípios e diretrizes adotadas nesse novo modelo, sem dúvida o mais importante é:
“Adotar uma abordagem” multidisciplinar e interdisciplinar, estimulando a adoção de novos enfoques
metodológicos participativos e de um paradigma tecnológico baseado nos princípios da AGROECOLOGIA
de acordo com a lei nº. 10.831 de 23 de dezembro de 2003 que dispõe sobre a agricultura orgânica e da
outras providências.
A extensão rural no estado do Amapá vem nos últimos 3 (três) anos se reerguendo, visto o quadro
em que se encontrava, e nesse tempo já resgatou grande parte da credibilidade, contratando 90 técnicos
extensionistas de várias categorias, recuperando os 22 escritórios locais, capacitando técnico e produtores
em diversas áreas do conhecimento, equipando os escritórios com computadores, meio de transporte
terrestre e fluvial, etc. No entanto muito ainda se tem a recuperar, tanto em capacitação, investimento,
mas principalmente em um modelo que possa proporcionar a condução de políticas públicas voltadas para
o homem do campo e que possa melhorar sua qualidade de vida, gerando renda e assegurando o bem
estar social e alimentar.

7. BENEFICIÁRIOS

O presente projeto beneficiará diretamente um total de 5.423 atores envolvidos no processo


pedagógico de ATER, entre técnicos extensionistas (73), agricultores familiares e trabalhadores rurais,
especificamente os ribeirinhos, assentados, quilombola, indígenas e extrativistas (5.350), em ações que 4
envolvem: capacitação, excursão, palestras, visitas, cursos, e a instalação de unidades técnicas de
demonstração – U.T.D.’s. O projeto abrange ainda investimentos em infra-estrutura operacional que
proporcionaram maior eficiência nas execuções das atividades de ater, beneficiando diretamente o homem
do campo.

Publico Assistido Pelo RURAP (ano 2005)


ORDEM SEDE LOCAL COMUNIDADE FAMÍLIA
1. ÁGUA BRANCA DO CAJARI 13 268
2. AMAPÁ 25 965
3. BAILIQUE 42 1.392
4. CALÇOENE 15 327
5. CARNOT 09 401
6. CUTIAS 24 1.068
7. FERREIRA GOMES 13 399
8. ITAUBAL 21 506
9. LARANJAL DO JARI 14 536
10. MACAPÁ 41 608
11. MARACÁ 15 447
12. MARUANUM 18 784
13. MAZAGÃO 19 1.355
14. OIAPOQUE 23 839
15. PEDRA BRANCA 13 529
16. PORTO GRANDE 17 480
17. PRACUÚBA 13 655
18. SANTANA 14 343
19. SÃO JOAQUIM DO PACUÍ 27 1.354
20. SERRA DO NAVIO 12 915
21. TARTARUGALZINHO 11 1.802
22. VITÓRIA DO JARI 08 530
TOTAL 407 16.503
Fonte: Núcleo Setorial de Planejamento/RURAP

Este projeto proporcionará uma contribuição significativa para as realizações das ações de ater no
ano de 2007.

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8. ÁREA DE ABRANGÊNCIA
A presente proposta abrangerá direta ou indiretamente as 22 Sedes Locais existentes nos 16
municípios do estado, conforme quadro abaixo:

Sede Locais e Suas Comunidades

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SEDE LOCAL COMUNIDADES

BR 156, Margem Direita do Rio Oiapoque, Rio Pantanary, Santa Izabel, Manga, Kumarumã, Kumenê, Encruzo,
OIAPOQUE Pikiá, Curupi, Kariá, Estrela, Ywaka, Samauma, Igarapé Grande, Espírito Santo, Galibi, Uaha, Kunanã, Ariramba,
Tukái, Ahwmâ, Sede.
CALÇOENE Goiabal, Cunani, BR 156, Rio Calçoene, Calçoene, Mutum, Ilha Grande, Asa Aberta, Irineu, Rego Velho, Felipe.
Carnot, Ramal da Sosp, Cassiporé, Samal São Benedito, Damal Barraco do Meio, Ramal Raio de Sol, Br 156,
CARNOT
Ramal do Cunani, Ramal Sol Nascente, Torrão.
Cruzeiro, Piquiá, Amapá Grande, Calafate, Fazendas, Base Aérea, Sede/Periferia, Ramudo, Santo Antônio, São
AMAPÁ João, Vista Alegre, Juncal, Vulcão do Norte, Tabocas, Espírito Santo, Bicudinho, Cajueira, Achuá, Bela Vista,
Celso, Coice da Bacaba, Livramento, Pedra Redonda, Pinheiro, Queimadas.
Itaubal do Amapá, Bom Jesus do Fernandes, Terra Firme, Região do Aporema, Lago Duas Bocas, Tartarugal
TARTARUZAL-ZINHO
Grande, Assentamento Governador Janary, Lago Novo, Cedro, Nova Vida, São Benedito do Aporema.
Cujubim, Pracuúba, Pernambuco, Flexal, Breu, São Miguel, Santa Tereza, Açaizal, Porto Franco, Tucumã, Porto
PRACUÚBA
Baixo, Tucunaré, Campo Alto.
Sede/Periferia, Paredão, Terra Preta, Água Viva, Triunfo, Acapuzal, Tracajatuba, Caldeirão, São Raimundo, Com.
FERREIRA GOMES
Ferreirinha, São Tomé, Nova Vida, Igarapé do Palha.
Colônia Agrícola do Matapi (Linhas: A,B,C,G e H), E.F.A (Km 132/142), Campo Verde, Porto do Limão, Cupixi e
PORTO GRANDE Vila Nova, Assentamento Manoel Jacinto, Assentamento Munguba, Rio Araguari, Vila Nova, Rio Araguari/Área
Fundiária, Munguba/Área Fundiária.
Assentamento do Silvestre, Água Branca, Cachaço, Sucuriju, Stephaneo, Anta, P. Socorro, Araguari, Escondido,
SERRA DO NAVIO
Assentamento Serra do Navio, Pedra Preta, São José.
Tucano I, Tucano II, Sete Ilhas, Riozinho, São Sebastião do Cachaço, Centro Novo, Arrependido, Água Fria,
PEDRA BRANCA
Pedra Branca, São José do Cachorrinho, Xivete, Stephaneo, Nova Divisão.
Campina Grande, Torrão do Matapí, Areal, Igarapé das Armas, Tessalônica, São Pedro dos Bois, Ariri, Ambé,
Peixe Boi, Curiaú, Casa Grande, Ressaca da Pedreira, Abacate da Pedreira, Lontra da Pedreira, Santo Antonio
MACAPÁ
da Pedreira, Tamanduá, retiro Santo Antonio, Alegre, Região Fluvial da Pedreira, Km 09, Curalinho, Pólo,
Minipolo.
Fátima, Santa Maria, São José, São Pedro, Carmo, Santa Luzia, Torrão, Conceição do Pirativa, São Sebastião,
MARUANUM São Benedito, Igarapé do Lago, Limão I, Limão II, Igarapé do Bispo e São Raimundo, Matão do Piaçacá, Pancada
do Camaipi, Pirativa do Maruanum.
Limão do Curuá, Ponta do Curuá, Igarapé Grande do Curuá, Itamatatuba, Jaburuzinho, Furo do Araguari, Foz do
Gurijuba, Arraiol, Igarapé Grande da Terra Firme, Livramento, Santo Antonio , Bom Jardim, Cubana, Buritizal,
Franco Grande, Freguesia, Igarapé do Meio, Marinheiro de Fora, Ponta da Esperança, Macedônia, Vila
BAILIQUE
Progresso, Uricurituba, Mupeva, Mauba, Jaranduba, Sabrecado, Viadinho, Franquinho, São Pedro, Andiroba,
Junco, Limão do Curuá, Jangada, Igarapé da Ponta, Igarapé da Cachaça, Filadélfia, Equador, Cristo Rei,
Carneiro, Capinal, Acari, Açaituba, Abacate.
Itaubal, Inajá, Santa Maria do Curicaca, Carmo do Macacoari, Tracajatuba III, São Miguel do Macacoari, Igarapé
Cobra, Igarapé Capim, Igarapé Novo, Igarapé Pau Mulato, Foz do Macacoari, Rio Jordão, Conceição do
ITAUBAL DO PIRIRIM
Macacoari, São Tomé do Macacoari, Igarapé do Porco, Ipixuna Grande, Igarapé do Uruá, Igarapé Jupari, Igarapé
Puraquê, Bom sucesso.
São Joaquim, Santa Luzia, Corre Água, Ponta Grossa, Dois Irmãos, Cantanzal, São Tomé, Garimpo, São
SÃO JOAQUIM DO Benedito, Lago Papagaio, São Francisco, São Sebastião, Tracajatuba I, Carobal do Piririm, Vila do Damásio,
PACUÍ Campina de São Benedito, Boa Vista, Liberdade do Pacuí, São Raimundo, São Francisco Vila, São Benedito do
Pacuí, Tracajatuba II, Vila Gordo, Vila do Armentino, Vila do Salamito, Vai-Quem-Quer, Anananzal e São Jorge.
Sagrado Coração de Maria, Livramento, São Sebastião, Bom Destino, Liberdade, Creio em Deus, Pracuúba, São
CUTIAS DO Paulo, Bom Amigo, Alta Floresta, Gurupora, Alegria, Deus por nós, Ramal do Alho, Capoeira dos Reis, Cutias,
ARAGUARÍ Bom Jesus, Ilha da Jacitara, Milagre de Jesus, Nova Esperança, Ramal Coração de Jesus, Ramal da Areia
Branca, Ramal do Jacamim, Santa Rosa.
Iratapuru, Cachoeira, Padaria, Tira Couro, Arapiranga, Igarapé do Meio, São Braz, Periferia da sede,França
LARANJAL DO JARI
rocha, Bacia branca/Fé em Deus, Muriaçá, Maicá, Retiro e Assentamento.
ÁGUA BRANCA DO Sororoca, Santa Clara, Água Branca, Mangueiro, Dona Maria, Marinho, Açaizal, Martins, Santarém, Boca do
CAJARÍ Braço, Acampamento, Ariramba.
VITÓRIA DO JARI Jarilândia, Marapi, Marajó, Arapiranga, Caracurú, Felipe, Muriacá, Beiradinho
Piquiazal, Mazagão Velho, Rio Preto, Carvão, Ajudante, Periferia de Mazagão, Recreio, Camaipi, Foz do
MAZAGÃO
Mazagão Velho.
Vila Maracá, Marvim, Pancada, Laranjal do Maracá, Itaubal, Ponte do Breu, Rio Preto, Central do Maracá,
MARACÁ
Conceição, Igarapé do Lago, Santa Maria, São Miguel, São José, São Jorge.
Ilha de Santana, Periferia de Santana, São José do Matapi, Pirativa, São João do Matapi, Mini Polo,
SANTANA Anauerapucu, Cinco Chagas, Maniva, Santo Antônio, Nossa Senhora do Desterro, Igarapé Banha, Foz do Vila
Nova, Igarapé da Fortaleza.
Fonte: Núcleo Setorial de Planejamento/RURAP

Sedes Locais Assistidas por Regionais

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Os Regionais constituem um elo de ligação entre as Sedes Locais e a Diretoria Executiva do
RURAP, a partir dos 04 pontos estratégicos do Estado, visando, sobretudo o assessoramento e o apoio
logístico nas atividades de assistência técnica e extensão rural.

Fonte: Núcleo Setorial de Planejamento/RURAP

9. PERÍODO DE EXECUÇÃO

O período contratual do projeto em apreço é de 03 meses (abril a junho de 2007).


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10. METAS

 Capacitar 73 (setenta e três) técnicos extensionistas, sendo 08 em permacultura, sistemas


agroflorestais e meliponicultura em intercambio técnico em experiências positivas em municípios
do Estado do Amazonas; 15 em manejo integrado de pragas e 50 em Transição para
Agroecologia.
 Capacitar 1.150 agricultores familiares, sendo 330 em curso sobre as práticas ecológicas –
confecção do composto orgânico, biofertilizantes e receituário caseiro, 30 em curso para
incrementar a produtividade da mandioca, 30 em cursos para o melhoramento da qualidade da
farinha de mandioca, 40 em intercâmbio sobre criação galinha caipira, 320 em orientações sobre
crédito rural com ênfase para jovens, mulheres e atividades agroecologicas, 320 em palestras
agroecologica e 80 em criação de galinha caipira com ração alternativa, buscando a
profissionalização e a melhoria da qualidade de vida destes.
 Implantar 68 unidade teste de demonstração (U.T.D.’s) distribuídos nos 16 municípios do Estado,
beneficiando 680 agricultores familiares, sendo 16 em compostagem, 16 em supermagro, 16 em
adubação verde, 04 em cultivo de olerícolas e 16 na formação de viveiro comunitário.
 Reaparelhar com infra-estrutura de apoio os serviços de ATER através da aquisição de 18
(dezoito) motocicletas de 125 cilindradas, 02 (dois) motores de popa de 15 Hp e 03 (três)
microcomputadores completos a serem alocados nas unidades locais, beneficiando 3.520
agricultores familiares, sendo, 880 ribeirinhos, 2.640 entre agricultores assentados da reforma
agrária, quilombolas, extrativistas, indígenas, entre outros; prestando serviço de assistência
técnica e extensão rural junto aos agricultores.

11. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES EDUCATIVAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

Meta 01. Capacitação de Técnicos e Extensionistas.

 Excursão a Manaus:
Essa excursão será composta por oito extensionistas do RURAP, que visitarão “Centro de
Permacultura da Escola Agrotécnica de Manaus” com seu projeto conjugado de horta orgânica/ criação de
galinha caipira; suinocultura/ piscicultura; saf’s; compostagem; minhocultura e confecção de
biofertilizantes. Na EMBRAPA e INPA – Manaus, assistirão palestras e farão visitas aos sistemas
agroflorestais com mais de treze anos de pesquisas. Em seguida se deslocarão até ao município de
Presidente Figueiredo, onde assistirão palestras e visitarão unidades de criação de abelhas nativas
(meliponicultura).

 Curso sobre Manejo Integrado de Pragas – MIP:


Esse curso será ministrado por pesquisador da Embrapa Meio Ambiente ou Agrobiológia, visando o
controle agroecológico de pragas, doenças e deficiências das culturas agrícolas.

 Oficina sobre Transição para Agroecológia:


Esse evento será ministrado por um especialista do MDA, enfatizando as vantagens do modelo
agroecológico e desvantagens do modelo atual, sugerindo um procedimento compatível com a nossa
realidade.

Meta 02 Capacitação de Produtores.

 Curso de Práticas Ecológicas:


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Esses cursos serão ministrados pelos extensionistas das sedes locais e centrais, em parceria com
as associações e cooperativas das comunidades envolvidas. Onde serão ensinadas algumas práticas
ecológicas como: confecção do composto orgânico, biofertilizante, receituário caseiro, capina seletiva e
cultivos consorciados.

 Curso Para Incremento da Produtividade da Mandioca:


Esse curso será ministrado por extensionistas do RURAP, visando o aumento da produtividade no
Amapá, que, diga-se de passagem, é muito baixa (em torno de 10t/ha), pretendendo-se alcançar o índice
recomendado pela pesquisa local de 20t/ha. Para tanto, o instrutor abordará os seguintes aspectos
técnicos: escolha da variedade, preparo da área, calagem, fosfatagem natural, consórcio com gramínea
( milho), leguminosa (feijão) e manejo da cultura.

 Curso para Melhoramento da Qualidade da Farinha da Mandioca:


Esse curso será ministrado por extensionistas do RURAP, visando o melhoramento da qualidade da
farinha quanto à competição com a farinha importada do Pará. Considerado os seguintes aspectos:
escolha da variedade, higiene na manipulação do processo de fabricação, uso das peneiras para
classificação quanto a granulométria, cor, sabor e textura.

 Excursão para Visita a UTD de Galinha Caipira em Mazagão:


Essa excursão será procedida com agricultores familiares do assentamento Padre Josimo, que se
deslocarão até o assentamento de Anauerapucu, onde visitarão U.T.D. de Galinha Caipira alimentada com
ração alternativa feita com produtos da floresta (muru-muru, buriti, tucumã, patauá e bacaba). Na ocasião
serão informados sobre os percentuais de cada produto na ração, bem como seu potencial químico.

 Palestra sobre Crédito Rural:


Esse evento será ministrado por extensionistas do Crédito Rural/RURAP abordando os seguintes
temas: As principais linhas de crédito do Pronaf, as normas, declaração de aptidão, limites de crédito,
carência e agentes financeiros.

 Palestra sobre Agroecológia:


Esse item será ministrado por extensionistas do RURAP, abordando os seguintes aspectos:
Conceito, vantagens, processo de transição e efeitos na interação homem e meio ambiente.

 Excursão na Criação de Galinha Caipira com Ração Alternativa:


Esse curso será ministrado por médico veterinário do RURAP, abordando os seguintes temas:
Conceito, localização, mercado, instalação do galinheiro, manejo, confecção das rações utilizando
produtos do ecossistema da comunidade ( murumuru, buçu, buriti, tucumã, patauá, etc ...).

Meta 03. Instalação de U.T. D’s de Agroecológia:


Essas unidades serão implantadas pelos extensionistas dos escritórios locais, coordenados pela
Coordenadoria Técnica - CATER, em parceria com as organizações rurais e escolas famílias existentes
nas comunidades envolvidas, que selecionarão os produtores. As organizações participarão tanto do
planejamento como manejo, monitoramento e avaliação das U.T. D.’s.

Meta 04. Investimento

 Aquisição de Veículos:
Aquisição de dezoito motocicletas de 125 cc, para uso em dezoito sedes locais, em virtude do baixo
consumo de combustível e alto poder de acesso e penetração em locais íngremes.

 Aquisição de Motor de Popa 10


Aquisição de dois motores de popa a diesel de 15 HP, para dar suporte de atendimento às áreas de
difícil acesso, em vista da peculiaridade de nossa região.

 Aquisição de Microcomputador
Aquisição de três microcomputadores completos, para dar suporte aos escritórios locais sobre tudo ao
sistema de informação de ater por nos iniciado,dando mais agilidade na socialização destas.

12. MATERIAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Materiais bibliográficos para técnicos e extensionista:


 Material didático de agroecológia – MDA
 Material didático de desenvolvimento sustentável – MDA
 Material didático de agricultura familiar – MDA
 Material didático Barbárie e Modernidade: O Agronegócio e as Transformações no Campo.
Oliveira, A. U., USP.
 Introdução à Permacultura, Mollison, B. e Slay R. M.
 Agroecologia: Alguns conceitos e princípios, Caporal, F.R.e Costabeber, J.A.

Materiais bibliográficos para Produtores:


 Biofertilizante Liquido, EMATER-RIO.
 A Teoria da Trofobiose, Chaboussou.
 Manual de Criação e Manejo de Avicultura – Lohmann LSL.
 Viveiro de Mudas - Construção, Custos e Legalizações – Embrapa – AP.
 Microrganismos Eficazes – EM na Agricultura, Fundação Mokiti Okada.
 Manual Prático de Mandioca: Do Cultivo ao Armazenamento

13. CUSTOS

O custo das 04 metas estabelecidas no projeto totaliza um valor de 350.916,92 como mostra no
quadro de cronograma físico-financeiro.

14. CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

O projeto em pauta pretende atingir um público de 5.423 beneficiários entre técnicos,


extensionistas, agricultores familiares e trabalhadores rurais, envolvendo um total de 148 ações e
atividades como demonstra o quadro a seguir:

METAS, CRONOGRAMA, BENEFICIÁRIOS E ESTIMATIVA DE CUSTO (R$ 1,00) 11


Indicador Físico  Duração (mm/aa) Beneficiários Custo
Meta Descrição
Unidade Qua Início Término Tipo Quant Unitário Total
EXERCÍCIO 2006

Meta 1 Capacitação de Extensionistas              


45.271,00
Excursão em Permacultura, SAF's
1.1 Excursão 01 Maio/07 Maio/07 Extensionista 8 22.370,00
e Meliponicultura. 22.370,00
Curso sobre Manejo Integrado de
1.2 Curso 01 Maio/07 Maio/07 Extensionista 15 12.277,00
Pragas - MIP 12.277,00
Oficina sobre Transição para
1.3 Oficina 01 Jun/07 Jun/07 Extensionista 50
Agroecologia 10.624,00 10.624,00

Meta 2 Capacitação de Produtores              


75.703,92
Curso de práticas ecológicas -
Agricultor
2.1 confecção do composto orgânico, Curso 16 Abril/07 Junho/07 330
Familiar
biofertilizantes e receituário caseiro
2.754,87 44.077,92
Curso para incremento da Agricultor
2.2 Curso 02 Maio/07 Junho/07 30
produtividade da mandioca Familiar
2.281,00 4.562,00

Curso sobre melhoramento da Agricultor


2.3 Curso 02 Maio/07 Junho/07 30
qualidade da farinha de mandioca Familiar
1.741,00 3.482,00
Excursão/ U.T.D/ galinha caipira/ Agricultor
2.4 Excursão 01 Junho/07 Junho/07 40
Mazagão Familiar 1500,00 1500,00
Agricultor
2.5 Palestras sobre crédito rural Palestra 16 Maio/07 Junho/07 320
Familiar 132,63 2.122,00
Agricultor
2.6 Palestras sobre agroecologia Palestra 16 Maio/07 Junho/07 320
Familiar 132,63 2.122,00
Curso de criação de galinha caipira Alunos/ E.
2.7 Curso 02 Maio/07 Junho/07 80
com ração alternativa Família 8.919,00 17.838,00
Instalação de
Meta 3               50.664,00
U.T.D's/Agroecológicas
Agricultor
3.1 U.T.D. de compostagem U.T.D 16 Maio/07 Junho/07 160 300,00
Familiar 4.800,00
Agricultor
3.2 U.T.D. de supermagro U.T.D 16 Maio/07 Junho/07 160 450,00
Familiar 7.200,00
Agricultor
3.3 U.T.D. de adubação verde U.T.D 16 Maio/07 Junho/07 160
Familiar 393,00 6.288,00
U.T.D. de cultivo protegido de Agricultor
3.4 U.T.D 04 Maio/07 Junho/07 40
olériculas. Familiar 2.226,00 8.904,00
Agricultor
3.5 U.T.D. de Viveiro Comunitário UTD 16 Maio/07 Junho/07 160
Familiar 1.467,00 23.472,00

Meta 4 Investimento
179.278,00
Agricultor
4.1 Motocicleta 125 cc Unidade 18 Abril/07 Abril/07 1.760
Familiar 8.800,00 158.400,00
Agricultor
4.2 Motor de popa a diesel de 15 HP Unidade 02 Abril/06 Abril/07 880
Familiar 5.000,00 10.282,00
Agricultor
4.3 Microcomputador Unidade 03 Abril/07 Abril/07 880
Familiar 3.532,00 10.596,00

TOTAL GERAL 149 5.423


350.916,92

15. CONTRAPARTIDA
12
O Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá - RURAP participará com 10% do total do projeto
em bens de serviços economicamente mensuráveis, correspondente ao valor de R$ 35.916,92 (Trinta e
Cinco Mil, Novecentos e Dezesseis Reais e Noventa e Dois Centavos) como contrapartida, sendo este
montante destinado em parte para a capacitação de técnicos extensionistas e agricultores familiares para
o serviço de assistência técnica e extensão rural, no período de abril a junho de 2007.

16. ESTRATÉGIA METODOLÓGICA

Após participar-mos de um amplo processo de busca para formação de uma nova política de
assistência técnica e extensão rural – PNATER, liderada pelo MDA, enfocando principalmente os
fundamentos de um novo paradigma centrado no modelo agroecológico.
Essa conversão da agricultura convencional dos agroquímicos para um modelo agroecológico,
entendemos que em principio abordaria pelo menos quatro aspectos importante: o educativo, o biológico,
o sócio-cultural e o normativo. O educativo é o “do querer fazer ecológico” implicando em mudança de
mentalidade, diz respeito ao aprendizado que pode ser ministrado através de métodos discursivos
(palestra, oficinas, seminários), a extensionistas e agricultores familiares. O aspecto biológico enfatiza a
construção de modelos agrícolas que primem pelas condições ideais do solo e o equilíbrio dos
agrossistemas, ou seja, a garantia dos ciclos biogeoquimicos. O aspecto sócio-cultural refere-se ao fato
de respeitar-mos as questões de raça, etnias, hábitos, costumes e sabedoria popular de um determinado
grupo. Já os aspectos normativos referem-se às normas e princípios do que é proibido ou permitido fazer
dentro de um processo produtivo que se autodenomine ecológico.
Face ao exposto, a primeira providencia seria ministrar palestras ou oficinas a técnicos e
extensionistas abordando o porquê da transição, quais as vantagens do modelo agroecológico e as
desvantagens do atual. Em seguida esses técnicos e extensionistas levariam essa mensagem aos
agricultores familiares, através das metodologias discursivas ( palestras, oficinas e seminários). O
segundo passo seria a inserção de práticas agrícolas de base agroecológicas como: as U.T. D’s, ou seja,
priorizando as metodologias participativas.
Assim, nosso primeiro passo será a capacitação de técnicos e extensionistas através de uma
oficina ministrada por especialista do MDA e a excursão a Manaus, a um centro de permacultura na
Escola Agrotécnica de Manaus, seguida de visita aos sistemas agrofloretais da EMBRPA, INPA e visitas a
criação de abelhas nativas (Meliponicultura), na cidade de Presidente Figueiredo, a uma hora e meia de
Manaus. Após esse aprimoramento os técnicos extensionistas levarão essas mensagens aos agricultores
familiares através das organizações rurais e o planejamento participativo levando em consideração os
aspectos: econômico, social, cultural, ambiental, político e ético, como preceituam a cartilha “Agroecológia
– alguns conceitos e princípios” do Caporal e Costabeber.
Observamos que na proposta em pauta pretendemos atingir pelo menos dois aspectos
importantes: O educativo e o biológico.

17. INFRA-ESTRUTURA OPERACIONAL


13
17.1 Recursos Humanos

O quadro abaixo demonstra o quantitativo da força de trabalho do RURAP disponível para as


implementações das metas propostas neste projeto.

Item Categoria Funcional Quantidade


01 Engenheiros Agrônomos 23
02 Engenheiros Florestais 01
03 Médicos Veterinários 06
04 Técnico Florestal 01
05 Zootecnista 01
06 Técnicos em Agropecuária 89
07 Apoio Administrativo 70
Total 192

17.2 Estrutura Física

O RURAP dispõe de 22 escritórios locais, distribuídos nos 16 municípios, com 06 distritos,


apresentando a seguinte estrutura física:

Item Categoria Funcional Quantidade

01 Veiculo 2X2 32
02 Veículo 4x4 (Toyota Bandeirante) 06
03 Motor Fluvial/Ubá 21
04 Motor Rabeta 01
05 Motocicleta 16
06 Microtrator 02
07 Kombi 01
08 Computadores 30
09 Impressoras 20
10 Escritórios Locais 22
11 Escritório Central 01
12 Residências para Técnicos 33
13 Centros de Treinamentos 02
14 Biblioteca 01
15 Oficina Mecânica 01

18. RESULTADOS ESPERADOS 14


Ao final da execução do projeto, a expectativa é de se obter alguns resultados
mensurados e concretos de melhorias, principalmente em termos de adoção de tecnologias voltadas a
sustentabilidade ambiental e econômica, assim como a oferta de alimentos seguros.
Os resultados esperados para o projeto em epígrafe levarão em consideração os seguintes
aspectos:
1 - A mudança de atitude dos atores envolvidos (agricultores familiares, trabalhadores rurais,
jovens e técnicos extensionistas). Esperando-se um melhor trato com os ecossistemas, e sua interação
com o homem;
2 - Melhoria na quantidade e qualidade dos alimentos ofertados, alimentos estes, parcialmente ou
totalmente isentos de agroquímicos;
3 - Que os 73 técnicos extensionistas capacitados multipliquem os seus conhecimentos e
experiências a outros extensionistas e estes aos seus assistidos, mudando a concepção do uso
indiscriminado de agrotóxico em todos os municípios do Estado.
4 - Que pelo menos 60% dos 680 beneficiários das unidades teste de demonstração passem a
adotar conscientemente as alternativas tecnológicas propostas e sirvam como multiplicadores para os
demais.
5 - Uma melhoria no atendimento aos 5.423 beneficiários por uma melhor logística, principalmente
em transporte e equipamento de informação, facilitando a emissão de laudos, elaboração de projetos,
visitas técnicas, entre outros.

19 - MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O monitoramento das metas programadas será realizado pelos chefes dos escritórios locais (22),
pelos regionais (04), e pelas coordenadorias de assistência técnica e extensão rural (CATER),
coordenadoria de qualidade agroalimentar (CQA) e coordenadoria de pesquisa e experimentação (CPE),
orientando e acompanhando mensalmente a correta execução das metas propostas, assim como, com os
registrando os acontecimentos.
Quanto à avaliação, esta será trimestral envolvendo o executor do projeto, os regionais, os chefes
locais e técnicos responsáveis; bem como representantes das organizações rurais das comunidades
beneficiadas. Os cursos, palestras e excursões constarão de lista de presença com a relação dos
cursando, avaliação do instrutor, local de realização, e conteúdo utilizado. Toda e qualquer modalidade de
atividade desenvolvida neste projeto, inclusive as excursões serão avaliadas no seu grau de
aprendizagem e como foi aproveitado pela instituição e seus parceiros. O quadro abaixo mostra com
clareza os objetivos, os indicadores de resultados e os meios de verificação.

Objetivo Específico Indicadores de Resultados Meios de Verificação


Treinar 73 técnicos extensionistas 8 técnicos treinados em permacultura, Relatórios dos cursos, Implantação de
em Permacultura, Sistemas sistemas agroflorestais e melipolicultura, 15 U.T.D’s em permacultura, sistemas
agroflorestais e Meliponicultura em manejo integrado de pragas e 50 em agroflorestais, e melipolicultura, uso de
(excursão), Manejo Integrado de transição agroecologia métodos de manejo integrado de pragas
Pragas e Transição para no campo e a adoção da transição
Agroecologia (oficina). agroecologica.
Treinar 1.150 Agricultores 330 produtores treinados em atividades Relatórios dos cursos, excursões ou
familiares em práticas ecológicas práticas ecológicas na confecção de palestra; grau de organização dos
(confecção do composto orgânico, compostos orgânicos, biofertilizantes e beneficiários; melhoria da qualidade dos
biofertilizantes e receituário receituário caseiro; 30 em atividades para o produtos; aumento da produtividade e
caseiro), incremento da incremento da produtividade da mandioca; de mandioca; agregação de valores dos
produtividade da mandioca, 30 em atividades para o melhoramento da produtos agropecuários; aumento da
melhoramento da qualidade da qualidade da farinha de mandioca, 40 em renda familiar; menor custo de
farinha de mandioca, criação de conhecimentos para criação de galinha produção, manejo agroecológico no
galinha caipira (excursão), caipira, 320 em conhecimentos sistema de produção; diversificação
agroecologia (palestra), crédito agroecológico, 320 em crédito rural e 80 em planejada na linha de produção do
rural (palestra), criação de galinha criação de galinha caipira com ração agricultor; diminuição da inadimplência 15
caipira com ração alternativa. alternativa e aumento no acesso ao crédito
familiar.
Implantar 68 Unidades Teste de 160 agricultores familiares beneficiados em A adoção da tecnologia de campo por
Demonstração em agroecologia U.T.D. de compostagem, 160 em U.T.D. de parte dos agricultores familiares;
beneficiando 680 agricultores supermagro, 160 em U.T.D. de adubação melhoria de qualidade de renda e da
familiares verde, 40 em U.T.D. de cultivo protegido de vida.
olériculas e 160 em U.T.D. de Viveiro
Comunitário.
Melhorar a estrutura de apoio aos 1.760 agricultores beneficiados com as Melhoria de atendimento na assistência
serviços de ATER nas 22 unidades visitas no apoio das 18 motocicletas de 125 técnica e extensão ao PRONAF;
locais do RURAP com a melhoria CC, 880 com o apoio dos 02 motores de aumento da quantidade e qualidade da
da estrutura de transporte (fluvial e popa de 15 HP, 880 com o apoio de 03 produção; melhor aparelhamento dos
terrestre) e equipamentos de microcomputadores. escritórios locais.
informática, beneficiando 3.520
agricultores

19.1 Cronograma do Monitoramento e Avaliação

Meses/2007
Discriminação
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Monitoramento X X X
Avaliação X X X

20. EXECUÇÃO FÍSICA

DISCRIMINAÇÃO MESES
DAS METAS
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

Capacitação para Técnicos X X


Extensionista
Capacitação para Agricultores X X X
Familiares
Instalação de U.T.D.’s X X X
Agroecológicas
Apoio de infra-estrutura X

16

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