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Governo do Estado do Amapá – GEA

Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural – SEAF


Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá – RURAP

UM INSTUMENTO DE CONSOLIDAÇÃO DA PNATER PARA O ESTADO DO AMAPÁ

Técnico Responsável
Eng° Agr° Abemor Coutinho

Outubro/2007

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GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ
Antônio Waldez Góes da Silva
Governador

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO RURAL DO AMAPÁ


Jaezer de Lima Dantas
Diretor-Presidente

Iranir de Andrade Barleta


Chefe de Gabinete
Arnaldo Barbosa dos Santos
Coordenadoria de Assistência Técnica e Extensão Rural

Osvaldo Hélio Dantas Soares


Coordenadoria de Técnicas Agropecuárias

Nazaré de Fátima Guimarães Mareco


Coordenadoria de Processamento e Qualidade Agroalimentar

Fernando Antônio Van Erven Santos


Coordenadoria de Administração e Finanças

1. APRESENTAÇÃO

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2 – Título do Projeto
Projeto Capacitar

3 – Identificação da entidade
Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá – RURAP CNPJ: 34.926.188/0001-15
Endereço:
Rod. BR 156, Km 02 s/nº, Bairro São Lázaro.
Cidade: UF: CEP: DDD/Telefone: E.A.:
Macapá Amapá 68.909 – 130 (96) 3212-9546
Conta Corrente: Banco Agência: Praça de Pagamento:

Nome do Responsável: CPF:


JAEZER DE LIMA DANTAS 215.821.652-20
CI/Órgão Exp.: Cargo: Função: Matrícula:
092.790 – SSP, AC Diretor-Presidente Historiador 
Endereço: CEP:
Rua Almirante Barroso, 375, Bairro santa Rita 68.900-000

2. JUSTICATIVA

A extensão rural é por si mesma, um processo pedagógico, e na


perspectiva da agroecologia, supõe extenionistas preparados e competentes.
Neste sentido, os extensionistas têm que buscar os meios necessários para a

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capacitação e a formação como forma de interagir, diante das complexidades e
desafios atuais, uma vez que o extensionista não pode se reduzir a um mero
fazedor de atividades. Entretanto, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a
Secretaria de Agricultura Familiar, o Departamento de Assistência Técnica e
Extensão Rural e o RURAP, mesmo que com alguma dificuldade
evidentemente, vêm proporcionando as ferramentas oportunas para tal. Esse é o
aspecto indispensável da formação, pois cada extensionista representa a
Extensão Rural, através do estudo e do conhecimento entrelaçado com a nova
Política da Ater (marco teórico), através das dinâmicas ações práticas inerentes
as atividades de Ater (marco operacional), porque a deficiente formação o torna
inapto a desenvolver essas ações de assistência técnica e extensão rural, dentro
desse novo desenho. Daí porque no planejamento das atividades, ele deve
reservar para si, abundantes momentos de leitura, de pesquisa e de estudo, que é
a coluna vertebral na execução das ações, exatamente porque na hora de
executá-las, não vai tergiversar e nem enrolar. Portanto essa base de
conhecimentos é de suma importância, mas que infelizmente foi perdendo
terreno com o tempo, e que precisa ser urgentemente “retomada”, porque: a) o
planejamento; b) a leitura; c) o conhecimento da realidade nos aspectos
culturais, sociais, políticos, econômicos, religiosos, dentre outros; d) a ação são
a meu ver, os quatro pontos cardeais que constituem o mapa de referências, ou
seja, a carta de navegação que todo extensionista deve possuir para navegar
neste mundo de exigentes respostas.
Não se constrói a Extensão Rural com a cooperação de técnicos, mas de
extensionistas. Por outro lado, a Assistência Técnica não se constrói com a
cooperação de extensionistas, mas de técnicos. Por essa razão, há que se primar
pela totalidade dos técnicos extensionistas e dos extensionistas técnicos.
Eu não estou propondo aqui que o extensionista se converta num
intelectual, mas num agente facilitador, porque do ponto de vista de uma
pedagogia construtivista e humanista, ele tem que ser um verdadeiro obediente.
Obediência tem sua procedência do termo latino “Ob-audire”, que significa
saber ouvir. Para se conhecer, sobretudo, a agroecologia a partir do
desenvolvimento sustentável é preciso saber ouvir. Ouvir acima de tudo os
agricultores, os assentados da reforma agrária, os extrativistas, seringueiros,
ribeirinhos, indígenas, quilombolas, os pescadores artesanais, os povos da
floresta e etc, que possuem um conhecimento acumulado pela prática cotidiana.
Isso é uma atitude que impulsiona a pessoa a conhecer sempre e cada vez mais
além do que já se conhece. Essa prática normalmente se inicia pelos ouvidos.
Portanto, ser obediente, pelo menos etimologicamente falando, não tem nada a
ver com domesticação ou subserviência. Pois assim diz o ditado: “Essas coisas,
são outras coisas”. Deste modo, o extensionista não deve ser um atrevido, como

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aquele sujeito que sai por aí a ensinar o que não sabe, e ainda por cima aquele
que reluta em aprender. “É o velho jogo de cena do histrionismo brasileiro: dar
por pressuposto que o ouvinte sabe do que estamos falando, é um modo de
induzi-lo a crer que sabemos do que falamos” (O. de Carvalho, 2000).

3.OBJETIVOS

3.1. GERAL:

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Dotar o Centro de Desenvolvimento Rural – CD RURAL, de infraestrutura e equipamentos
necessários a assegurar um processo de capacitação continuada, destinada aos extensionistas
e agricultores, aumentando a qualidade dos serviços de Ater, como forma de consolidação do
desenvolvimento sócio-econômico do Estado, de forma sustentável, eqüitativa e humana,
dentro de um enfoque holístico.

3.3. ESPECÍFICOS

· Propor o processo de capacitação aos extensionistas e agricultores, num espaço propício


a prática do “aprender a fazer fazendo”.

· Fortalecer a Extensão Rural através da capacitação continuada aos extensionistas;

· Qualificar agentes de desenvolvimento comunitário para atuarem na melhoria do


processo produtivo das unidades familiares;

· Capacitar técnicos e líderes sobre práticas e manejo de sistemas de produção, bem como
sobre sua importância para a melhoria da qualidade de vida e da preservação ambiental;

· Capacitar extensionistas para contribuírem no enfrentamento da problemática sócio-


ambiental decorrente do modelo convencional de desenvolvimento;

· Fortalecer apoiar agricultura em áreas indígenas respeitando as etnias e o contexto


ambiental;

· Contribuir com o fortalecimento do Programa Fome Zero no país;

· Desenvolver um trabalho de extensão com participação efetiva de agricultores familiares


e técnicos no processo de reflexão do seu cotidiano;

Com a efetivação do referido projeto, a expectativa é que mude positivamente as condições


atuais de higiene do leite e seus derivados, utilizando as boas práticas de fabricação, o que conduzirá a
uma maior produção concomitantemente à comercialização, promovendo o desenvolvimento com
qualidade e sustentabilidade local das famílias rurais, inserindo o trabalho feminino na inclusão da
renda da família.

4. METAS
 Capacitar 120 (cento e vinte) produtores de leite dos Municípios de Ferreira Gomes, Pracuúba,
Tartarugalzinho, Amapá, Calçoene e Cutias do Araguari.
 Treinar 15 (quinze) produtores por município.

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 Treinar o maior contingente com público feminino (no mínimo 60%) e obter 70% de
aproveitamento para o mercado de trabalho rural caseiro.
 Aumentar a fonte alternativa de renda da família em pelo menos 20% assim como a qualidade
de vida.
 A comercialização dos produtos no próprio município através da merenda escolar, feiras e/ou
pontos de venda específicos e só posteriormente em outros mercados.
 Estimular as prefeituras na orientação e fiscalização da comercialização dos produtos.

5. METODOLOGIA

O curso será realizado em 06 (seis) meses no período de junho a dezembro de 2005,


com produtores previamente selecionados por técnicos da extensão rural e entidades organizacionais
(cooperativas, associações, sindicatos, etc).
Após a realização do curso a equipe de monitoramento e avaliação fará um acompanhamento
posterior durante 6 (seis) meses junto ao produtor, orientando-o para a continuação do pequeno
negócio.
A prioridade será dada ao público feminino, com número não superior a 15 (quinze) pessoas
por turma (município) para facilitar a boa execução das atividades.
As atividades serão ministradas em um período de 40 (quarenta) horas semanais por
profissionais capacitados. As aulas serão expositivas, dinâmicas com teóricas e práticas com o uso de
linguagem de fácil acesso e metodologia adequada ao produtor.
Durante a realização do curso haverá uma equipe de monitoramento e avaliação do ensino-
aprendizagem.
O material será elaborado com boa visualização e fácil compreensão e no final do curso
haverá entrega de certificado de participação, que para tal exigirá 75% de freqüência mínima.
O curso será ministrado no próprio município.

6. PERÍODO DE EXECUÇÃO

O projeto “Projeto de Agregação de valor no Agronegócio dos Produtos Derivados do Leite no


Estado do Amapá” será executado no período de 6 (seis) meses, com início das atividades previsto
para junho de 2005 e término em dezembro de 2005, com acompanhamento por mais 6 (seis) meses
posteriores ao curso.

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7. ÁREA DE ABRANGÊNCIA

A área de abrangência do projeto limita-se em atender produtores pecuaristas de pequenos


portes das regiões norte e oeste do Estado do Amapá, envolvendo 06 (seis) municípios que apresentam
predominância da pecuária como atividade de impactos, estando a maior concentração de rebanhos
neste, com destaque para o município de Amapá.

8. BENEFICIÁRIOS / PÚBLICO-ALVO

Os beneficiários do projeto serão homens e mulheres, jovens ou adultos, produtores familiares


de atividade direta ou indiretamente ligada à pecuária de leite que atuam ou pretendam atuar no
processamento de produtos derivados do leite como fonte principal ou alternativa de lucro para a
melhoria do padrão de vida da família rural.
Pré-requisitos:
 Jovem ou adulto que seja pequeno produtor, trabalhador rural, trabalhador rural sem
terra, assentado da reforma agrária, liderança, cooperado, associado, sindicalizado,
que trabalhe com a pecuária de leite.
 Tenha residência no município a ser ofertado o curso.
 Ser indicado por entidades de base representativa.
 Ser aprovado em entrevista pela comissão de seleção.

9. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O acompanhamento e a avaliação das atividades serão realizados sistematicamente por meio


de uma equipe coordenadora do projeto, que terá a missão de proceder ajustes na condução do
trabalho junto à equipe técnica responsável pela capacitação do curso. Neste acompanhamento serão
observados os cumprimentos dos objetivos e metas estabelecidas, a metodologia utilizada e o processo
de aprendizagem das turmas de treinamento.

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A avaliação deverá demonstrar as realizações, os resultados e as melhorias obtidas em função
das ações previstas no projeto, destacando o avanço e os gargalos que por ventura dificultarem o
alcance dos objetivos.
O sistema de monitoramento e avaliação será executado durante e após o curso. Já na inclusão
do produtor na prática de execução deverá haver um acompanhamento por um período de 06 (seis)
meses, observando as metas ora mencionadas no projeto.
O resultado será amplamente divulgado e apresentado às entidades governamentais, e não
governamentais, assim como aos parceiros do projeto e a imprensa escrita e falada.
Durante os 06 (seis) meses de acompanhamento e orientação haverá relatório técnico dos
resultados.

10. PARCERIAS
As parcerias serão realizadas com as prefeituras municipais, associações de produtores,
cooperativas, sindicatos, EMBRAPA, IEPA, SEBRAE e RURAP

11. CURSO

O curso de capacitação a ser oferecido ao público alvo do projeto, deve alcançar o objetivo
pretendido buscando sobre tudo um perfil da visão empreendedora.

Ementa do curso de processamento do leite e agronegócio.


Carga Horária: 40h

 O agronegócio do leite no Brasil e no Amapá


 Produção Higiênica do Leite
 Tratamento do Leite
 Análise do Leite
 Processamento do leite agronegócio

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Queijo Regional e frescal
Bebida Láctea Achocolatada
Iogurte
Doce de Leite Cremoso e Pastoso
Manteiga
Requeijão
Nata
Ricota
 Análise sensorial
 Fiscalização e Legislação
 Embalagem
 Comercialização
 Boas Práticas de Fabricação de Derivados do Leite

ANEXO 01. CRONOGRAMA FÍSICO – FINANCEIRO

Nº CURSO Nº DE DURAÇÃO Nº DE CUSTO POR


CURSO DO CURSO PARTICIPANTES CURSO
POR CURSO
01 Processamento do 06 (40 h) 15 450,00
Leite e Agronegócio

ANEXO 02. VALOR DO CURSO

CURSO MUNICÍPIO CUSTO P/ Nº DE TOTAL


PESSOA PARTICIPANTES
Amapá 300,00 15 4.500,00

Pracuuba 300,00 15 4.500,00

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Tartarugalzinho 300,00 15 4.500,00
Processamento
Do leite e o Calçoene 300,00 15 4.500,00
Agronegócio
Cutias do 300,00 15 4.500,00
Araguari

Ferreira Gomes 300,00 15 4.500,00

TOTAL GERAL 27.000,00

ANEXO 03. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO

MUNICÍPIO PERÍODO LOCAL C.H EXECUÇÃO CURSO


F.Gomes 4 a 8 de julho Sede local do 40 hs Rurap
município
Pracuuba 25 a 28 de Sede local do 40hs Rurap
julho município
Tartarugalzinho 08 a 12 de Sede local do 40 hs Rurap Processamento do
agosto município leite e o agronegócio

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Cutias do 22 a 26 de Sede local do 40 hs Rurap
Araguari agosto município
Amapá 12 a16 de Sede local do 40 hs Rurap
setembro município
Calçoene 3 a7 de Sede local do 40 hs Rurap
outubro município

Anexo 04. Quadro orçamentário para o curso de processamento do leite e o


agronegócio
Discriminação Unidade Quant. Valor R$
Unitário Total
Material de Consumo
Leite In Natura Litro 300 1,00 300,00
Iogurte Natural de 185g Unidade 06 2,00 12,00
Açúcar Refinado Quilo 50 1,50 75,00
Sal Refinado Quilo 03 0,50 1,50
Leite em Pó de 400g Lata 02 4,90 9,80
Chocolate em Pó de 400g Lata 02 4.50 9,00
Fermento em Pó Royal com 250g Pacote 04 1,00 4,00

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Manteiga Quilo 01 6,00 6,00
Polpa de Fruta Regional Quilo 05 10,00 50,00
Bicarbonato de Sódio com 200g Pacote 02 1,00 2,00
Garrafas Plásticas de 200ml Unidade 100 0,40 40,00
Coco Ralado Pacote 03 3,00 9,00
Castanha do Pará Quilo 01 10,00 10,00
Qualho em Pó de 180g Pote 05 2,00 10,00
Essências de Frutas Unidade 03 2,00 6,00
Cloreto de Cálcio Unidade 01 2,50 2,50
Embalagem para Doce Unidade 25 1,00 25,00
Embalagem para Queijo Unidade 10 2,5 25,00
Embalagem para manteiga Unidade 10 1,50 15,00
Esponja de Aço Unidade 03 1,00 3,00
Esponja Comum Unidade 02 0,80 1,60
Papel Toalha com 4 rolos Pacote 02 4,00 8,00
Guardanapo de Papel Pacote 04 1,10 4,40
Sabão em tablete Unidade 02 1,00 2,00
Sabão em pó de 500g Caixa 01 5,00 5,00
Álcool 96° L Litro 01 2,50 2,50
Cloro Litro 01 5,00 5,00
Água sanitária Litro 01 2,00 2,00
Gás de Cozinha Unidade 01 35,00 35,00
Copo Descartável para Café Cento 03 1,50 1,50
Copo Descartável para Água Cento 03 2,50 7,50
Material instrucional
Papel para Rascunho Pacote 01 2,00 2,00
Lâminas para Retroprojetor Unidade 15 2,00 30,00
Cartucho para impressora Unidade 02 80,00 160,00
Rótulo para Embalagem Padronizado Unidade 100 0,50 50,00
Caneta esferográfica Unidade 15 1,50 22,50
Lápis preto 2B Unidade 15 1,00 15,00
Pasta Classificador Unidade 15 3,50 52,50
Cartolina Unidade 15 1,00 15,00
Pincel Atômico Unidade 02 5,00 10,00
Pincel para Quadro Branco Unidade 04 5,00 20,00

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Papel A4 Resma 01 12,00 12,00
Borracha Branca Unidade 15 0,50 7,50
Bota Branca de Borracha Unidade 15 25,00 375,00
Goro Branco com Elástico Unidade 15 10,00 150,00
Jaleco Branco Unidade 15 15,00 225,00
Morim Branco Metro 02 10,00 20,00
Luvas Unidade 15 10,00 150,00
Medidor Plástico de 2 litros Unidade 01 5,00 5,00
Faca de Aço Inox Unidade 01 15,00 15,00
Colher de Pau Unidade 01 8,00 8,00
Crivo Grande Unidade 01 10,00 10,00
Concha de Alumínio Unidade 01 10,00 10,00
Apostilas Unidade 15 5,00 75,00
Alimentação
Refeição Unidade 15 6,00 90,00
Lanche Unidade 15 3,00 45,00
Água Mineral com 20 litros Unidade 01 7,00 7,00
Combustível
Gasolina Litro 150 2,60 390,00
Diárias
Instrutor Diárias 05 103,20 516,00

Supervisor Coordenador Diárias 05 103,20 516,00

Apoio Diárias 05 72,00 360,00

Motorista Diárias 05 72,00 360,00

Material de Divulgação
Folders Unidade 100 1,50 150,00
Cartilhas Unidade 100 6,00 500,00
Banners Unidade 04 150 600,00
TOTAL DE UM CURSO
TOTAL GERAL DOS SEIS CURSOS

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Anexo 05. RELAÇÃO DE MEMBROS DA EQUIPE TÉCNICA DA INSTITUIÇÃO

 20 Engenheiros Agrônomos
 02 Engenheiros Florestais
 06 Médicos Veterinários
 01 Especialista em Tecnologia de Alimento
 01 Técnico Florestal
 01 Técnico em agroindústria
 89 Técnicos Agrícolas

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