Você está na página 1de 134

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL


E DE SISTEMAS PRODUTIVOS

HELEN CRISTIANE CAETANO RIBEIRO DE OLIVEIRA

Indicação geográfica da erva-mate como estratégia para articulação


do processo de desenvolvimento regional

PONTA PORÃ/MS
2021
HELEN CRISTIANE CAETANO RIBEIRO DE OLIVEIRA

Indicação Geográfica Da Erva-Mate, Como Estratégia Para


Articulação Do Processo De Desenvolvimento Regional

Dissertação de Mestrado apresentada ao


Programade Pós-graduação em Desenvolvimento
Regional e de Sistemas Produtivos da
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,
como requisito parcial à obtenção do Título de
Mestre em Desenvolvimento Regional e Sistemas
Produtivos.

Orientador: Prof. Dr. Moisés Centenaro.

PONTA PORÃ/MS
2021
HELEN CRISTIANE CAETANO RIBEIRO DE OLIVEIRA

INDICAÇÃO GEOGRÁFICA DA ERVA-MATE, COMO ESTRATÉGIA PARA


ARTICULAÇÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento


Regional e de Sistemas Produtivos para obtenção
do Título de Mestre em Desenvolvimento
Regional e Sistemas Produtivos pela
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Aprovada em: / /2021

Prof. Doutor Moisés Centenaro – UEMS

Prof. Doutor Carlos Otávio Zamberlan – UEMS

Prof. Doutora Rosele Marques Vieira – UEMS

Prof. Doutor Sérgio André Tapparo - IFMS


A minha querida e
amada família:
Marcelo, Victória e
Manuella.
AGRADECIMENTOS

Agradeço, inicialmente, ao Professor Dr. Moisés Centenaro pela oportunidade, paciência, tempo
dedicado e orientação.

Ao meu companheiro de jornada nessa vida, Marcelo, que sempre me apoiou e esteve ao meu lado
me insentivando a superar degraus que eu achava intransponíveis.

Às minhas queridas filhas Victória e Manuella: fontes de alegria e orgulho.

Agradeço, ainda, à Professora Dra. Eliana Lamberti pelas relevantes sugestões, quando eu me
achava perdida.

A querida Professora Dra. Rosele Marques Vieira, pelas excelentes colocações nesse trabalhado
e por quem tenho um carinho especial.

Ao Professor Dr. Sérgio André Tapparo, que muito colaborou para que esse trabalhado
fosse concluído.

Ao Professor Dr. Carlos Otávio Zamberlan por quem tenho grande admiração.

Por fim, agradeço a todos que, de alguma forma, me ajudaram e me apoiaram na elaboração
desta dissertação.
RESUMO

A Indicação Geográfica (IG) é uma forma de qualificação atribuída ao produto originário


de um território cujas características são inerentes ao local de sua origem podendo ser
utilizada para agregar valor aos produtos advindos de localidades com essa certificação,
contribuindo para divulgação de produtos com característica específicas da região e de
produtores e consequentemente com o desenvolvimento regional. Este trabalho teve
como objetivo avaliar a viabilidade da IG de acordo com a percepção dos produtores, indústrias e
consumidores de erva-mate de Ponta Porã, Amambai e Aral Moreira, pertencentes região sudoeste
do Mato Grosso do Sul divisa com Paraguai, os municípios foram escolhidos por apresentarem
produção mais elevada de erva mate. Para fins de compreensão de como a IG atua nas regiões em
que é instituída, um estudo do município de São Mateus do Sul – PR foi necessário. Nos
procedimentos metodológicos, o trabalho se classifica como um estudo qualitativo. Para a coleta
de dados, foram realizadas entrevistas através de questionários com produtores, dirigentes de
indústrias e consumidores de erva-mate além de entrevistas com membros da Associação dos
Amigos da Erva Mate de São Mateus do Sul. Os resultados obtidos na revisão da literatura e nas
pesquisas de campo, averiguaram que os produtos com IG não só teriam preferência no momento
da compra como também remeteriam um sentimento de diferenciação e valorização da erva-mate,
contudo observou-se que a IG é uma realidade ainda não explorada na região de estudo, mas que
pode contribuir agregando valor ao produto erva-mate, bem como ao seu resgate histórico,
econômico e cultural.

PALAVRAS-CHAVES: Indicação Geográfica; Desenvolvimento Regional; Erva-mate.


RESUMEN

La Indicación Geográfica (IG) es una forma de calificación atribuida al producto originário de un


territorio cuyas características son inherentes al lugar de origen y puede ser utilizados para agregar
valor a los productos provenientes de localidades con esta certificación, contribuyendo a la
difusión de productos con características específicas de la región y productores y
consecuentemente con el desarrollo regional. Este trabajo tuvo con el fin de evaluar la viabilidad
de la IG según la percepción de los productores, industrias y consumidores de yerba mate de Ponta
Porã, Amambai y Aral Moreira, pertenecientes a la región suroeste de Mato Grosso do Sul
fronteriza con Paraguay, los municipios fueron seleccionados para presentando mayor producción
de yerba mate. Para comprender el funcionamiento de la IG en las regiones donde está implantada,
fue necesario un estudio de la ciudad de São Mateus do Sul - PR. En los procedimientos
metodológicos, el trabajo se clasifica como estudio cualitativo. Para la recolección de datos, se
realizaron entrevistas a través de cuestionarios a productores, gerentes de industrias y
consumidores de yerba mate, así como entrevistas a miembros de la Asociación de Amigos de la
Yerba Mate de São Mateus do Sul. Los resultados obtenidos en la revisión de la literatura y en
investigación de campo, encontraron que los productos con IG no solo tendrían preferencia al
momento de la compra sino que también transmitirían un sentimiento de diferenciación y
valorización de la yerba mate, sin embargo se observó que la IG es una realidad que aún no ha sido
explorada en el región de estudio, pero que puede contribuir agregando valor al producto de yerba
mate, así como a su recuperación histórica, económica y cultural.

PALABRAS CLAVE: Indicación geográfica; Desarrollo regional; Hierba de mate.


ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

FIGURAS

Figura 1: Mapa das IGs do Brasil ................................................................................... 16


Figura 2:Patrimônio territorial e seus componentes ....................................................... 20

Figura 3: Representação cartográfica da área de ocorrência endêmica da erva-mate (ilex


paraguariensis st. Hill) na bacia do Prata com a indicação da região correspondente a dos ervais
nativos no antigo sul de mato grosso ............................................................................................ 23
Figura 4: Mapa de localização do município de ponta porã ........................................... 25
Figura 5: Monumento com cuia de chimarrão e outra de tereré na entrada de ponta porã,
evidencia o indicativo cultural proposto pela erva-mate .............................................................. 26
Figura 6: A atividade ervateira ilustrada no reservatório de água em forma de cuia
construída em 1967 ....................................................................................................................... 29
Figura 7: Selo da IG em São Mateus Do Sul .................................................................. 30

GRÁFICOS

Gráfico 1: Gênero dos consumidores de erva-mate de ponta porã/ms e cidades


circunvizinhas ............................................................................................................................... 35
Gráfico 2: Idade/faixa etária dos consumidores de erva-mate ........................................ 36
Gráfico 3: Formas de consumo da erva-mate dos consumidores de erva-mate.............. 36
Gráfico 4: Frequência do consumo da erva-mate dos consumidores de erva-mate em
Ponta Porã/MS .............................................................................................................................. 37
Gráfico 5: Preferência a marcas que contivessem selos relacionados a IG,
responsabilidade social/preservação ambiental/promoção regional ............................................. 38
Gráfico 6: Conhecimento das propriedades químicas da erva-mate segundo os
consumidores indagados ............................................................................................................... 38
Gráfico 7: Influência na decisão de aquisição do produto se destacadas as questões
históricas e culturais da erva-mate na embalagem do produto ..................................................... 39
Gráfico 8: Decisão do consumidor em adquirir determinada marca de erva-mate caso ela
fosse certificada com a IG............................................................................................................. 40
Gráfico 9: Nível de conhecimento sobre produtos com selos de identificação de origem
....................................................................................................................................................... 41
Gráfico 10: Nível de preferência a produtos com selos de identificação de origem (se
estes existissem) dos consumidores de erva-mate ........................................................................ 41
Gráfico 11: Nível de preferência a produtos com selos de identificação de origem (se
estes existissem) dos consumidores de erva-mate ........................................................................ 42
Gráfico 12: Influência na decisão de aquisição do produto caso houvesse marcas de
erva-mate comercializadas com selo de certificação orgânica ..................................................... 43
Gráfico 13: Índice de aceitação pelos consumidores de erva-mate caso o produto
certificado tivesse preço superior aos não certificados ................................................................. 43
Gráfico 14: Interesse em visitar e/ou conhecer pontos culturais e históricos relacionados
à produção de erva-mate ............................................................................................................... 44

TABELAS

Tabela 1: Principais vantagens da IG ............................................................................ 15


Tabela 2: Principais vantagens da IG.............................................................................27

QUADROS

Quadro 1: Pressupostos do associativismo elaborado pela autora a partir de dados do


SEBRAE, 2019. ............................................................................................................................ 18
Quadro 2: Repercussões na área geográfica e no mercado geradas por uma IG ............ 20
Quadro 3: Especificações técnicas requeridas pelo INPI ............................................... 22
Quadro 4: Etapas da pesquisa: ........................................................................................ 34
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DO – Denominação de Origem
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IG – Indicação Geográfica
INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial
IP – Indicação de Procedência
MS – Mato Grosso do Sul
PIB – Produto Interno Bruto
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 12

2 ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA .............................................. 13

2.1 A INDICAÇÃO GEOGRÁFICA COMO FOMENTADORA DE DESENVOLVIMENTO .............................................................. 16


2.2 ETAPAS PARA SOLICITAÇÃO DA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA............................................................................................ 21

3 A ERVA-MATE NO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL ................................................................ 22

3.1 PONTA PORÃ/MS .......................................................................................................................... 25


3.2 SÃO MATEUS DO SUL E A INDICAÇÃO GEOGRÁFICA ..................................................................................................... 28
3.3 IMPORTÂNCIA DOS SELOS DE CERTIFICAÇÃO ................................................................................................................. 31

4 METODOLOGIA .......................................................................................................................... 32

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 35

5.1 ANÁLISE DAS ENTREVISTAS ........................................................................................................................................... 44

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 46

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 48

ANEXOS............................................................................................................................... 56
12

1 INTRODUÇÃO

A erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.) é uma espécie nativa da América do Sul,
encontrada no Brasil, no Paraguai e na Argentina, e possui importância histórica na cultura e na
economia das fronteiras destas regiões (BONA et al., 2010). Com uma grande história entre as
fronteiras do Brasil com o Paraguai, no passado as folhas da erva-mate eram moídas em pilões e
secas nos antigos barbaquás. Atualmente, são processadas pela indústria e resultam no tereré, no
chimarrão e no chá mate. Além disso, sua folha também é utilizada em mercados, como os de
cosméticos, medicamentos, higiene, além de vários estudos fitoquímicos, em razão de suas
propriedades estimulantes, terapêuticas, antiinflamatórias, antirreumáticas, tônicas e diuréticas.
(BRACESCO et al., 2011).
Esse apelo cultural e o hábito do consumo da erva-mate chama a atenção como potenciais
para a criação de ações que colaborem no sentido de tornar essas atribuições como ferramenta do
desenvolvimento endógino.
Em se tratando de reconhecimento de um produto devido as suas qualidades, uso e apelos
socioculturais, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) intitula a Indicação Geográfia
(IG) como reconhecedora da identificação de um produto ou serviço como originário de um local,
região ou país e quando determinada reputação, característica e/ou qualidade possam lhe ser
vinculadas. A Indicação Geográfica refere-se à qualidade atribuída a um produto, originário de um
determinado território, cujas características sejam inerentes ao local de origem; e está divida em
duas categorias: (a) indicação de procedência, que se refere ao nome do local que se tornou
conhecido por produzir, extrair ou fabricar determinado produto ou prestar determinado serviço; e
(b) denominação de origem, que se refere ao nome do local que passou a designar produtos ou
serviços, cujas qualidades ou características podem ser atribuídas a sua origem geográfica e são
reguladas pela Lei da Propriedade Industrial 9.279 de 14 de maio de 1996 – LPI/96 (INPI, 2018).
No Brasil, estudos já realizados sobre a IG evidenciam seus benefícios, por exemplo, no
Vale dos Vinhedos, a IG proporcionou benefícios como o reconhecimento da região, a criação de
valor para o setor de turismo, o fortalecimento do comércio local e a geração de empregos, o
aumento do valor da terra e a preocupação com a preservação do meio ambiente e com o
embelezamento das propriedades rurais (SCHMIDT; SAES; MONTEIRO, 2014).
Segundo a Embrapa Pantanal, o mel produzido no Pantanal passou a integrar o time dos
13

produtos nacionais com IG, logo, foi possível desenvolver um produto com características
específicas, que são destacadas com o selo de origem, o que tem beneficiado apicultores e demais
interessados em produzir mel e derivados, na região. (EMBRAPA, 2018).
Em Minas Gerais, além do Serro e a Serra da Canastra, regiões conhecidas e que já têm a
IG concedida, há outras áreas produtoras, que são reconhecidas pelo mercado consumidor pela
qualidade e tipicidade da produção de queijos artesanais, que também buscam sua certicação. Entre
elas, o Cerrado Mineiro, a Serra do Salitre e Araxá. Em outros estados do país, buscam o registro
IG o Arquipélago do Marajó (PA), o Agreste Pernambucano (PE), o Seridó (RN), a região Serrana
(RS e SC) e a região do Jaguaribe (CE) (MAPA, 2016).
No Paraná, São Mateus do Sul é considerado a capital da erva-mate e a cidade é uma de
suas maiores produtoras brasileiras (SEBRAE, 2019). O selo de Indicação Geográfica, foi
concedido à erva produzida na cidade em 2017 (INPI, 2019). A valorização da erva-mate nesse
município serve de referência para outras cidades, uma vez que a procedência traz sustentabilidade
ambiental e social, agregando valores, garantindo a segurança alimentar e estimulando o
desenvolvimento regional e turístico.
É muito importante enterder a viabilidade da implementação da IG em São Mateus do Sul
– PR, pois a cidade vem apresentando crescimento turístico, desenvolvimento econômico e
valorização do setor ervateiro. Sua semelhança com os municípios estudados nesse trabalho em
relação a exploração da erva mate, cultura e saber fazer o tornam um modelo adaptavel as
necessidades da região.
Nas últimas décadas, as IGs foram também reconhecidas como uma estratégia capaz de
impulsionar o dinamismo, a inovação e a diversificação em áreas rurais de países da América
Latina (ANJOS, 2011).
Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade da IG de acordo com a
percepção dos produtores, indústrias e consumidores de erva-mate do município de Ponta Porã,
Amambai e Aral Moreira.

2 ASPECTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS DA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

Como já afirmamos, a IG se refere a uma qualidade atribuída a um produto originário de


um território e suas características são inerentes ao local de origem e está divida em duas
14

categorias: indicação de procedência que se refere ao nome do local que se tornou conhecido por
produzir, extrair ou fabricar determinado produto ou prestar determinado serviço; e denominação
de origem, que se refere ao nome do local, que passou a designar produtos ou serviços, cujas
qualidades ou características podem ser atribuídas a sua origem geográfica. O World Intellectual
Property Organization (WIPO) define IGs como "un signo utilizado para productos que tienen un
origen geográfico concreto y posuen cualidades o una reputación derivadas especificamente de
su lugar de origen" (apud LIMA, 2013, p. 214).
As IGs se deram por um constante desenvolvimento e pela necessidade de uma certificação
que evidenciasse a qualidade, tradição e modo de fazer. Segundo Kakuta (2006), esse processo se
iniciou com o vinho, no momento em que produtores, comerciantes e consumidores verificaram
que determinados produtos apresentavam qualidades e características atribuíveis à sua origem
geográfica e, consequentemente, passaram a denominá-los com nome geográfico de sua
procedência.
A IG está disciplinada no Título IV, do Art. 176 ao 182 da lei 9.279/96. O parágrafo único
do Art. 182 estabelece que o órgão responsável pela concessão e registro das Indicações
Geográficas é o INPI. Na legislação brasileira a IG está descrita sob duas modalidades: Indicação
de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO). De maneira objetiva, IP exige somente
notoriedade do local de origem dos produtos e/ou serviços. A DO exige que o produto e/ou serviço,
comprove qualidade ou característica que se devam, essencialmente, ao local de origem (meio
geográfico), considerando-se fatores naturais como clima, solo, dentre outros e fatores humanos,
como modo de fazer (BRUCH; VITROLLES; LOCATELLI, 2010).
Visto que, na atualidade, os setores de planejamento e desenvolvimento regional buscam
ferramentas que auxiliem o desenvolvimento de regiões, é possível apontar que a IG pode ser
utilizada como tal, Boechat e Alves (2013) evidenciam a importância da IG na valorização do
patrimônio cultural e do turismo, o que, segundo eles, pode trazer uma maior abertura de mercado,
a padronização dos produtos e o estímulo ao agroturismo. Na IG estão incurtidos uma gama de
proteções e valorização de aspectos que são únicos de uma região, Kakuta et al. (2006) evidenciam
que os benefícios do uso da Indicação Geográfica são a proteção ao patrimônio, o desenvolvimento
rural, a promoção e facilidades de exportação e o desenvolvimento.
O registro no INPI, Instituto Nacional da Propriedade Industrial é considerado, de modo
geral, um ponto de chegada, mas deveria ser visto como ponto de partida para fomentar novas
15

alianças entre turismo, serviços e demais setores. Para Pimentel (2013), ao utilizar o sistema de
propriedade intelectual, as nações buscam o crescimento e desenvolvimento, através de recursos
que podem ser explorados como ativos econômicos. Nesse sentido, entende-se que a certificação
de uma IG deve ter início com a intenção de transformar um recurso em um ativo com
especificidade territorial. Para tanto, é necessária a mobilização de pessoas para formar uma
associação ou cooperativa e, assim, obter o ato declaratório de IG.
Na tabela 1, apresentada abaixo, estão descritas as principais vantagens da IG em setores
primordiais para desenvolvimento:

Tabela 1: Principais vantagens da IG

Vantagens Sociais Vantagens Ambientais Vatagens Economicas


 Realação de confiança  Preservação da  Diferenciação da
entre consumidores e biodiversidade produção
produtores  Manutenção das  Agregação de valor à
 Garantia de origem características produção
 Desenvolvimento ambientais da região  Reconhecimento do
territorial que diferenciam a produto
produção  Estímulo ao turismo
Fonte: elaborado pela autor (2021)

O Brasil, a exemplo de outros países, vem aumentando o número de registro de IG e hoje


já são 62 IGs certificadas no Brasil, até junho de 2019, conforme dados da figura 2 (IBGE, 2021).
Neste processo diversos produtos e regiões receberam o presente selo, como destaque podemos
enfatizar erva mate, cafés, vinhos, queijos, mel, doces diversos, frutas in natura entre outros
(Anexo 1).
16

Figura 1: Mapa das IGs do Brasil em 2019

Fonte: INPI (2021)


Esse instrumento de reconhecimento da notoriedade de uma região e de um povo em
produzir bens e serviços específicos é uma forma de proteção à propriedade intelectual brasileira.

2.1 A Indicação Geográfica Como Fomentadora De Desenvolvimento

Para uma análise mais significativa do papel da IG, enquanto promotora de


desenvolvimento regional, parece, então, relevante que se faça uma abordagem mais detalhada do
conceito de desenvolvimento. Para Sen (2000), o desenvolvimento é um processo de expansão das
liberdades reais que as pessoas desfrutam, ou seja, a condição de agente livre e sustentável emerge
como motor fundamental do desenvolvimento.
Barquero (2001), afirma que o desenvolvimento econômico ocorre em consequência da
utilização do potencial e do excedente, gerados localmente. Nesse sentido, a valorização cultural
17

permite o surgimento de uma identidade endógena, capaz de adequar outras variáveis, como é o
caso dos processos econômicos, às necessidades locais (ROCHA, 2012).
Em se tratando do conceito de desenvolvimento regional, esse pode ser entendido como
processo de desenvolvimento socialmente equitativo e ecologicamente prudente, apoiado na
democratização em todas as escalas, participação ativa da cidadania na definição de seu paradigma
societário, na completa soberania dos sujeitos na escolha do seu futuro (SOUZA; THEIS, 2009).
Como destacou Guerreiro (2009), com isso o desenvolvimento passa a ser questionado, deixa de
seguir o caminho da necessidade e passa a se constituir como uma possibilidade. Isso significa que
o local passa a incorporar novas possibilidades, a partir das ressignificações de seus próprios
contextos internos (SCHUMACHER, 1977). Para Ávila (2006), o desenvolvimento local
pressupõe alterações nas maneiras de como as comunidades-localidades envolvidas se relacionam
com os paradigmas do desenvolvimento em curso.
Apresentadas essas colocações, e na busca por alternativas de desenvolvimento que
beneficiem os atores sociais, surge a IG como estratégia para estímulo ou fortalecimento do
desenvolvimento regional. Embora a dimensão econômica – presente na agregação de valor aos
produtos, aumento na produção, expansão de mercados, estímulos a atividades complementares –
seja a mais destacada, existem outras dimensões que podem ser estimuladas a partir do
reconhecimento de um produto com IG (PELLIN, 2016).
Outro fator que a IG exige é que a sua requisição seja interposta por uma associação de
produtores, esse tipo de organização trabalha a obtenção de finalidades comuns, segundo o
SEBRAE (2019) os pressupostos do associativismo estão descritos no quadro 1 abaixo:
18

Quadro 1: Pressupostos do associativismo elaborado pela autora a partir de dados do SEBRAE, 2019.

“As associações são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas


Princípio da Adesão Voluntária e aptas a usar os seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades de
Livre sócio, sem discriminação social, racial, política, religiosa e de género”

“As associações são organizações democráticas, controladas pelos seus


Princípio da Gestão Democrática sócios, que participam ativamente no estabelecimento das suas políticas e na
pelos Sócios tomada de decisões. Os homens e mulheres, eleitos como representantes, são
responsáveis para com os sócios”.

Princípio da Participação
Econômica dos Sócios “Os sócios contribuem de forma equitativa e controlam democraticamente
as suas associações através da deliberação em assembleia-geral”.
As associações são organizações autónomas de ajuda mútua, controlada
pelos seus sócios”. Podem entrar “num acordo operacional com outras
Princípio da Autonomia e
entidades, inclusive governamentais, ou recebendo capital de origem
Independência
externa, devendo fazê-lo de forma a preservar o seu controlo democrático
pelos sócios e manter a sua autonomia”.
“As associações devem proporcionar educação e formação aos sócios,
Princípio da Educação, Formação
dirigentes eleitos e administradores, de modo a contribuir efetivamente para
e Informação
o seu desenvolvimento”.
“As associações podem satisfazer as necessidades dos seus sócios mais
Princípio da Interação eficazmente e fortalecer o movimento associativista, se trabalharem juntas,
através de estruturas locais, nacionais, regionais e internacionais”.
“As associações trabalham pelo desenvolvimento sustentável das suas
Princípio do Interesse pela
comunidades, municípios, regiões, estados e país através de políticas
Comunidade
aprovadas pelos seus membros”.

Em uma análise mais profunda, esses princípios são importantes não só para as associações,
mas para a construção da sociedade mais justa e contribuem para o desenvolvimento econômico e
social de uma sociedade cada vez mais solidária, democrática e com autonomia de gestão, como
preconizado pelo Princípio do Interesse pela Comunidade, que deve ser objeto do bem estar social.
Segundo a EUROPEAN COMMISSION (s.d.), o reconhecimento da IG estimula dimensão social
na medida em que produtores precisam se associar para solicitar reconhecimento do produto ou
serviço. Nesse caso, ocorre inevitavelmente um fortalecimento dos vínculos sociais entre atores
locais e destes com atores externos, públicos e privados. Essa dimensão coletiva acaba
fortalecendo o capital social da região, elemento importante para promoção do desenvolvimento
regional.
Para Dullius (2009), por estar pautado nos saberes, modo de ser e de fazer local, o
reconhecimento de produtos e serviços com IG serve de apoio para preservação do patrimônio
19

material e imaterial. Representa importante ferramenta para o desenvolvimento regional, ao


permitir que regiões promovam produtos através da autenticidade da produção ou de
peculiaridades ligadas a sua história, cultura ou tradição, estabelecendo o direito reservado aos
produtores estabelecidos na referida região.
Nesse sentido, se constituem em exemplos concretos de como um conhecimento tácito, que
é socialmente distribuído, pode gerar importantes nichos de mercado servindo de suporte para uma
competitividade territorial sustentável. Um exemplo emblemático pode ser observado na região de
Midi-Pyrénées, na França, especificamente, em Roquefort. Nessa região, o conhecimento tácito
distribuído permitiu que essa pequena localidade fabricasse o queijo Roquefort. Não há fábricas
de queijo, mas todos da comunidade sabem como fabricar e qualquer consumidor, em qualquer
parte do mundo, sabe que se trata de um produto caro devido à qualidade elevada (BOISIER,
2002).
Ainda se faz importante destacar que as IGs promoverem preservação e valorização do
patrimônio biológico e cultural. Trata-se, por exemplo, de valorizar a biodiversidade. Como muitas
IGs estão baseadas em recursos genéticos locais, sua preservação acaba sendo fundamental, uma
questão de sobrevivência (EUROPEAN COMMISSION, s.d.). Como exemplos de IGs brasileiras
baseadas em recursos genéticos locais e que valorizam sua biodiversidade, pode-se apontar o vinho
dos Vales da Uva Goethe, que é produzido a partir de uma variedade de uva que estava
desaparecendo na região (variedade Goethe) e o regulamento de uso da produção de carne do
Pampa Gaúcho da Campanha Meridional que prevê uma exploração consciente dos campos do
Pampa Gaúcho para a alimentação do gado bovino (CERDAN et al., 2014).
A IG desempenha, ainda, um papel importante na proteção, gestão ou criação de paisagens,
pois seus produtos carregam a imagem do patrimônio territorial onde são produzidos – vinhedos
da região de Bordeaux na França, vinhedos da Serra Gaúcha, campos verdes do Pampa Gaúcho,
ou seja, permite uma relação possível entre produção e preservação ambiental (CERDAN, et al.,
2014).
Para deixar claro a contextualização de patrimônio territorial apresentamos na figura 3 os
seus diversos componentes:
20

Figura 2: Patrimônio territorial e seus componentes. (Dallabrida, 2016).

O desenvolvimento territorial pode ser entendido como um processo de mudança


continuada, situado histórica e territorialmente, integrado em dinâmicas intraterritoriais,
supraterritoriais e globais, sustentado na potenciação dos recursos e ativos (materiais e imateriais,
genéricos e específicos), com vistas à dinamização socioeconômica e à melhoria da qualidade de
vida de sua população (DALLABRIDA, 2014).

As IGs protegem produtos que resultam da combinação entre o saber fazer de uma cultura
e as condições geográficas daquele ambiente. Gollo e Castro (2008), fazem uma síntese dos
impactos na área geográfica e no contexto mercadológico, geradas a partir do reconhecimento de
produto ou serviço com IG. No quadro 2 estão elencadas as repercussões na área geográfica e no
mercado geradas por uma IG:

Quadro 2: Repercussões na área geográfica e no mercado geradas por uma IG. Adaptado (Gollo e Castro, 2008).

Repercussões na área geográfica Repercussões de caráter mercadológico


• Traz satisfação ao produtor, que vê seus produtos • Aumenta o valor agregado dos produtos e/ou gera maior
comercializados com a IG que corresponde a seu facilidade de colocação no mercado. Os produtos ficam menos
local de trabalho, valorizando sua propriedade. sujeitos à concorrência com outros produtos de preço e
qualidades inferiores.
• Estimula investimentos na própria zona de
produção - melhorias tecnológicas nos processos • Melhora e torna mais estável a demanda do produto, pois cria
produtivos etc. uma confiança do consumidor que, sob a etiqueta da IG, sabe que
21

Repercussões na área geográfica Repercussões de caráter mercadológico


vai encontrar um produto de qualidade e com características
• Aumenta a participação do produtor no ciclo de regionais.
comercialização dos produtos e estimula a elevação
do seu nível técnico. • Permite ao consumidor identificar perfeitamente o produto
dentre outros, inclusive de preços inferiores.
• Estimula a melhoria qualitativa dos produtos, já
que estes são submetidos a controles de produção e • Oportuniza mecanismos legais contra fraudes e usurpações,
de elaboração. facilitando a ação contra o uso indevido da IG.

• Contribui para a preservação das características e


da tipicidade dos produtos, que se constituem num
patrimônio de cada região / país.

• Possibilita desenvolver atividades paralelas à


produção reconhecida com IG, como por exemplo,
o turismo.

As indicações geográficas refrenciam os produtos tanto no mercado nacional quanto no mercado


internacional, agregam valor, influenciam a qualidade e cooperam para desenvolvimento
regional. O consumidor vem se mostrando mais exigente, questiona de onde vem e como foi
feito o que ele está comprando.
Para o produtor, a IG funciona como uma ferramenta coletiva de valorização de seus
produtos regionais e tradicionais corroborando ainda para a proteção da região produtora.

2.2 Etapas Para Solicitação Da Indicação Geográfica

Já que a IG se define como um sinal de uso coletivo, há algumas considerações que devem
ser obrigatoriamente cumpridas, segundo orientações do INPI:

[...] é essencial que o caderno de especificações técnicas seja redigido com a


participação dos produtores ou prestadores de serviço que estão estabelecidos
na área geográfica. Deve-se ainda considerar a necessidade de participação de
instituições técnicas e científicas, órgãos públicos e outras entidades de apoio
que possam contribuir com sua elaboração.
22

No quadro 3 estão elencados os requisitos mínimos, que devem constar no caderno de


especificações técnicas:

Quadro 3: Especificações técnicas requeridas pelo INPI.

1 – Nome Geográfico.
2 – Descrição do produto ou serviço objeto da IG.
3 – Delimitação da área geográfica.
4 – Descrição do processo de extração, produção ou fabricação do produto ou da prestação do serviço para pedidos
de registro da IP.
5 – Descrição das qualidade ou características do produto ou serviço que se devam exclusiva ou essencialmente ao
meio geográfico, incluindo os fatores naturais e humanos e seu processo de obtenção ou prestação, para pedidos de
registro DO.
6 – Descrição do mecanismo, de controle sobre os produtores ou prestadores de serviço que tenham o direito ao
uso da IG, bem como sobre produto ou serviço.
7 – Condições e proibições de uso da IG.
8 – Eventuais sanções aplicáveis.
Fonte: elaborado pelo autor, segundo dados do INPI

Segundo orientações do art. 6º da Instrução Normativa nº 95/2018 do INPI, o cumprimento


dos itens elencados no caderno de especificações técnicas deve ocorrer de forma verdadeira com
relação às características da IG a ser protegida.

3 A ERVA-MATE NO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

A erva-mate (illex paraguayensis St. Hil.) é uma planta nativa, originária da Mata Atlântica
e pode ser encontrada nas florestas dos três estados do sul do Brasil, no norte da Argentina,
Paraguai e Uruguai (LORENZI, 2012) (Figura 4).
23

Figura 3: Representação cartográfica da área de ocorrência endêmica da erva-mate (ilex paraguariensis st. Hill)
na bacia do Prata com a indicação da região correspondente a dos ervais nativos no antigo sul de mato grosso.
(DALLABRIDA et al. 2014)

Cientificamente descrita pelo botânico francês Auguste de Saint-Hilaire, em 1820, mas


muito antes disso já fora objeto de descoberta e consumo dos povos indígenas da América do Sul
(GERHARDT, 2013; MARQUES, 2014). Sua comercialização foi a principal atividade
econômica na fronteira do Brasil com o Paraguai, no final do século XIX e começo do século XX,
e as técnicas de elaboração foram difundidas pelos paraguaios que, por sua vez, herdaram a cultura
da tradição indígena guarani (GERHARDT, 2013).
Com a exploração da erva-mate nasceram cidades como Porto Murtinho (antigo porto de
24

embarque ervateiro), Bela Vista, Amambai, Itaporã, Ponta Porã, Dourados, Rio Brilhante,
Caarapó, Aral Moreira, Naviraí, Iguatemi, Caracol, Invinhema, Jateí, entre outras, que
funcionavam como portos de coleta da erva-mate e, mais tarde, transformados em municípios.
(BIANCHINI, 2000).
Historicamente, a erva-mate está consolidada na formação do estado do Mato Grosso do
Sul, além de ser considerada uma espécie que influencia a permanência do homem no campo, pelo
fato de sofrer pouco com as oscilações do clima, o que não ocorre com a maioria das espécies
agrícolas (VIDOR et al., 2002; LUZ et al., 2017).
O seu cultivo e exploração faz parte da economia desse estado e é importante destacar que
a cidade de Ponta Porã, localizada no cone sul do Estado, foi pioneira na produção industrial de
erva-mate no século passado com a criação da companhia Matte Laranjeira, empresa que surge
através de uma concessão imperial, Decreto Imperial nº 8799, de 9 de dezembro de 1882 ao
comerciante Thomaz Laranjeira, autorizado a explorar a erva mate nativa por um período de 10
anos, em 1892 é assinado novo contrato de concessão com o estado, com exclusividade para
exploração dos ervais (FERREIRA, 2007). A exploração da erva mate torna-se uma atividade
extremamente lucrativa. Em 1900 a região teve grande desenvolvimento graças a Companhia
Matte Laranjeira, e passou a embaracar chá para a Argentina. O transporte do mate – colhido num
vasto império extrativo no atual Mato Grosso do Sul – exigia 800 carretas e 20 mil bois (LOMBA,
2002).
Pouco tempo antes da divisão do Estado, na década de 70, a indústria chegou a produzir
dois milhões de hectares de ervais nativos (GUILLEN, 2007); e hoje, de acordo com dados do
IBGE (2018), o MS produz em média 1,4 mil toneladas da erva.
A erva-mate mostra sua importância em diversas dimensões; socialmente, por estar
presente em aproximadamente 180 mil propriedades rurais, sendo a maioria de pequenos
produtores, congregando cerca de 600 empresas e 700 mil empregos no Brasil (CHECHI et al.,
2017).
A atividade ervateira é famosa por seus tempos de glória e forte influência na economia,
está presente na cultura local e, atualmente, carrega a história como sua maior disseminadora, o
consumo diário da erva-mate em Ponta Porã, em cidades circunvizinhas e em Pedro Juan Caballero
representa quase uma obrigatóriedade, podendo ser consumida até 3 vezes ao dia seja em grupos
ou individualmente. Dallabrida (2016) sugere que esses atributos sejam tomados como referência
25

quando se trata de pensar qual padrão de desenvolvimento territorial se pretende instituir. Tais
atributos territoriais são representados na acepção de patrimônio territorial.
Sendo assim, há de se pensar numa estratégia de marketing territorial que corroboraria com
a instituição de uma IG. Para Sakr e Dallabrida (2015), o Marketing Territorial é apresentado como
estratégia de construção e divulgação da imagem dos territórios, tendo como foco experiências de
Indicação Geográfica.

3.1 Ponta Porã/MS

O município de Ponta Porã faz limites com Maracaju ao Norte, Dourados a Nordeste e a
Leste, Laguna Carapã a Sudeste, Aral Moreira ao Sul, República do Paraguai a Sudoeste, Antônio
João e Bela Vista a Oeste, Jardim e Guia Lopes da Laguna a Nordeste (URCHEI et al, 2002). Na
Figura 5 está a representação do mapa do minicípio:

Figura 4: Mapa de localização do município de Ponta Porã - MS (Sakamoto e Oliveira, 2006).


26

A população do município, em 2014, era de 77.872 habitantes; já em 2017, esse número


aumentou para 89.592 habitantes, um incremento de 15,04% da população, em 3 anos ou 5%
anualmente (IBGE, 2018).
Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) do município de Ponta Porã ultrapassou R$ 2 bi,
encontrando-se na 5ª posição no ranking do Estado (IBGE, 2018). O setor que mais gera valor para
o município é o de comércio e serviços, com cerca de 50% de participação no PIB, já a
agropecuária compõe cerca de 20%, enquanto as industrias e tributações são responsáveis pelo
restante (SEBRAE, 2018).
O município de Ponta Porã, conhecido como Princesinha dos Ervais devido à forte
influência econômica e cultural que a erva mate teve nas primeiras décadas da fundação do
município, a pertence ao eixo de desenvolvimento da fronteira e, por este motivo, possui grande
diferencial em relação às outras regiões, pois conta com a alternativa de incrementar o processo
de integração com o Paraguai e outros países do Mercosul (ZEE-MS, 2015). Os símbolos da cidade
são duas cuias (Figura 6), uma de chimarrão e outra de tereré, que representam duas culturas que
se tornam uma.

Figura 5: Monumento com cuia de chimarrão e de tereré, na entrada de Ponta Porã, evidencia o indicativo
cultural proposto pela erva-mate. (FUNDITUR-MS, 2021).
27

É importante destacar que a região de Ponta Porã foi pioneira na produção industrial de
erva-mate, no século passado, com a criação da companhia Matte Laranjeira, a história conta que
seu fundador Thomaz Laranjeira esteve presente na comissão demarcadora, cuja ordem era
estabelecer os limites entre Brasil e Paraguai, depois da guerra no ano de 1872. Segundo Fróes
(2007), sua atuação foi decisiva para aumentar o interesse na erva-mate e posteriormente receber,
por meio de decreto do Governo Imperial, uma concessão para a livre exploração dos ervais na
região, a partir do ano de 1882.
Os municípios de Amambai, Aral Moreira e Ponta Porã estão entre aqueles que lideram a
produção de erva-mate no Mato Grosso do Sul, conforme apresentado na tabela 1, entre os anos
de 2010 a 2020. Para se ter uma idéia da importância da erva mate na região em questão, em 2020,
foram 1.270 toneladas de folhas verdes, o que representa cerca de 92% da produção total de erva
mate do estado do Mato Grosso do Sul, onde os três municípios somam juntos um volume
produtivo significativo, gerando um valor total da produção de mais de R$ 750 mil (IBGE, 2021).

Tabela 2: Produção agrícola municipal – lavoura permanente de erva mate (IBGE, 2021)

ANO
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
MS 3100 2473 3793 2655 1313 1781 1449 1293 1564 1379
Amambai (MS) 364 286 600 90 90 150 240 300 300 220
Aral Moreira (MS) 1340 1086 1350 1500 600 600 600 450 900 720
Ponta Porã (MS) 255 213 750 840 350 840 420 300 180 280

Outro dado que merece destaque é a redução na produção total entre o referido período
com queda de mais de 55% no volume total produzido entre 2010 e 2020. Esses dados reforçam a
necessidade de estudos consistentes sobre o tema da valorização da erva mate no município, essa
justificativa ocorre, porque a IG procura trabalhar a diversificação na economia de uma localidade
ou território e é uma ferramenta atuante na forma de fazer de pequenos agricultores, proporciando
desenvolvimento e trabalho cooperativo. Considera-se nesse sentido, a ocorrência de uma
dinâmica própria e rentável na região conforme destaca Cimó (2015).
28

3.2 São Mateus do Sul e a Indicação Geográfica

Para fins de análise, passaremos a uma abordagem sobre São Mateus do Sul, um município
do estado do Paraná. Com uma área de 1.342,633 km², estima-se que sua população supere 40 mil
habitantes, sendo que a maioria, cerca de 58%, vive na sede urbana e 42%, na área rural,
distribuídos em cerca de 5 mil pequenas propriedades, IBGE (2018).
Dentre outros ramos, a indústria ervateira é uma atividade de destaque (Anexo 2),
demonstrando o interesse do mercado na erva-mate do município, considerado um dos maiores
produtores brasileiros, com 50% de sua área de florestas e ervais nativos ainda preservados.
Segundo dados informados pela Secretaria Municipal da Agricultura, em outubro de 2017, em São
Mateus do Sul, havia perto de 2.500 propriedades rurais onde se cultivava erva-mate.
A erva-mate São Mateus pode ser considerada uma das mais famosas, se não a erva-mate
mais conhecida do Brasil (Figura 7). Sua região produtora é formada por seis municípios, no Sul
do Paraná. Desde o princípio, a colônia chamada São Mateus, núcleo da colonização regional, teve
forte atividade ervateira. O porto, a beira do rio Iguaçu fez com que o município se tornasse “sede”,
centralizando a atividade ervateira da região, (DOSSIÊ HISTÓRICO DE SÃO MATEUS DO
SUL; PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MATEUS DO SUL, 2016).
29

Figura 6: A atividade ervateira ilustrada no reservatório de água em forma de cuia construída em 1967.
(SANEPAR, 2021)

Conforme pode ser observado pela figura 8, foi por meio desta cultura que São Mateus do
Sul teve a IG da erva-mate concedida a criação do selo, para tanto, houve uma ação em comum
entre lideranças, agricultores e agentes do mercado de seis municípios da mesorregião Sudeste do
Paraná – Antônio Olinto, Mallet, Rebouças, Rio Azul, São João do Triunfo e São Mateus do Sul.
O processo de requisição foi protocolado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial, em
novembro de 2015, e aprovado em outubro de 2016, confomre anexo 3 (ASSOCIAÇÃO DOS
AMIGOS DA ERVA-MATE DE SÃO MATEUS, 2016; PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO
MATEUS DO SUL, 2016).
30

Figura 7: Selo da IG em São Mateus Do Sul (INPI, 2021)

Para se obter o selo de IG basicamente é necessários seguir os seguintes etapas:


 Organização dos produtores ou prestadores de serviço da região, preferencialmente em
uma associação;
 No caso de Indicação de Procedência, deve ser realizado levantamento histórico-cultural
(comprovação da notoriedade da região).
 Para Denominação de Origem, deve ser comprovada a influência do meio geográfico
(incluindo fatores naturais e humanos) na qualidade ou características do produto ou
serviço;
 Construção de um regulamento de uso da indicação geográfica;
 Criação de uma estrutura de controle sobre os produtores, assim como do produto ou
serviço;
 Encaminhamento da solicitação de reconhecimento ao INPI.

Em 2015, os seis municípios responderam por 104.213 toneladas de erva-mate extraída na


região, sendo este valor 36% da produção total de erva-mate do Estado do Paraná (IPARDES,
31

2017) e 31% da produção brasileira, quando levado em conta os dados do IBGE para produção da
extração vegetal e da silvicultura (IBGE, 2016).
Um dos motivos que geraram a qualificação da IG foi a associação da erva-mate da região
com seus ambientes naturais, entre os quais os remanescentes de Floresta com Araucária, as
condições climáticas e de solo da região (ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA ERVA-MATE DE
SÃO MATEUS, 2016).

3.3 Importância dos Selos de Certificação

Segundo levantamento de dados um dos fatores decisivos na cadeia de produção e


comercialização de produtos voltados ao consumo humando é a utilização de selos de certificação
de qualidade, os quais garantem que durante o processo produtivo, segue-se critérios pré-
estabelecidos que buscam aprimorar a qualidade do produto final. Neste sentido, estudos vem
demonstranto que é crescente a preferencia dos consumidores por produtos com selo de
certificação, onde até 70% dos entrevistados relatam que são conhecedores destes selos
(BARCELOS, et al. 2012).
Devido ao crescente consumo de produtos que apresentam qualidades que os tornam
diferenciados ou com atributos únicos, a criação de selos que os identifique já vem sendo muito
utilizada no Brasil e em diversos países, o consumidor reconhece que essa certificação atribui
confiança e qualidade. Quando trata da confiança a literatura reconhece a forma como se constrói
a confiança inicial: confiança baseada no conhecimento; e confiança baseada na cognição. A
literatura que relacionada à confiança baseada em cognição explica que o estabelecimento da
confiança inicial pode se dar rapidamente em virtude de categorizações sociais, reputação, imagem
percebida, disposição, regras e estruturas institucionais, e postura (BENEDICKTUS, BRANDY,
DARKE, & VOORHEES, 2010; MCKNIGHT et el, 1988; MEYERSON, WEICK, & KRAMER,
1996).
Sendo assim os consumidores dão prioridade a produtos que devem primar por: (1) ser
seguro e saudável; (2) ter sabor autêntico; (3) ter aspecto visual superior; (4) ser ecologicamente
correto e (5) ser socialmente correto (CUNHA, 2011). Para identificar essas características os selos
de certificação se apresentam como colaboradores de qualidade e instrumentos que oficializam as
regras dentre as quais os produtos devem seguir para serem aptos a utiliza-los, desta forma tem-se
32

também a sensação de proteção e cuidado na sua produção conforme apresentado no anexo 4.


Os selos são considerados mecanismos de regulação da qualidade, que podem ser
concedidos por organismos governamentais, credenciados a eles ou ainda por organizações não
governamentais. Os motivos para a certificação são os mais diversos possíveis, destacando-se:
demanda de clientes internacionais, imagem dos produtos junto aos clientes, demanda de
consumidores mais exigentes ou ainda agregar valor ao produto ou serviço (PERETI e ARAÚJO,
2010).
Além dos selos de certificação de qualidade existem também os selos de identidade
regional, esses tem a finalidade de informar as qualidades de um produto produzido em local com
características próprias, tornando-o único, esses selos são mais conhecidos como selos de IG.
Como ensina Niederle (2009) e Brasil (2010), IGs são registros concedidos a produtos ou serviços
cujo reconhecimento e reputação estão atrelados à sua origem geográfica, seja pelas condições
edafoclimáticas de uma determinada região, seja pelas tradições e saber-fazer típico, não
permitindo que estes sejam reproduzidos em outro local.
Já Belletti e Marescotti (2011) consideram que os produtos com origem protegida exercem
influência positiva sobre diferentes aspectos do desenvolvimento como: sistema econômico local;
meio ambiente; paisagem; biodiversidade; cultura; identidade regional, entre outros.
Portanto tanto os selos de certificação de qualidade e os selos de IG corroboram para
agregar valor aos produtos pois evidenciam qualidades diferenciadas e assim se tornam uma
poderosa ferramenta de impulsionamento de vendas.

4 METODOLOGIA

Esse capítulo descreve os métodos utilizados nas diferentes etapas dessa pesquisa,
definindo o universo e as amostras dos entrevistados, as estratégias de coleta e de tratamento dos
dados.
A área de estudo é a fronteira do Brasil com o Paraguai, tendo como o município de Ponta
Porã-MS a sede do presente estudo. Localizando-se na porção sul do Estado de Mato Grosso do
Sul, entre as coordenadas UTM 591.732/708.400E, 7.607.260/7.481.883N (KLAIS et al., 2012).
Para esse estudo, além de todo arcabouço teórico, também foram analisadas algumas
informações documentais e entrevistas. Sendo assim, fez-se um recorte, considerando a percepção
33

que os consumidores de erva-mate residentes em Ponta Porã, Amambai e Aral Moreira teriam
sobre a IG nesse produto, juntou-se à pesquisa as informações de São Mateus do Sul/PR, cidade
localizada no Sul do país, exemplificando uma região que já tem a instituição da IG da erva mate
como uma realidade.
Os dados foram coletados de duas formas, primeiramente, foi elaborado um questionário
sobre o consumo da erva-mate, com 13 perguntas descritas no anexo 5 e remetido a 108 pessoas
das cidades de Ponta Porã, Amambai e Aral Moreira, via aplicativo Google Forms. Essas pessoas
foram escolhidas dentro de um grupo de contatos, de forma aleatória, e inclui produtores,
dirigentes de indústrias e consumidores. Todos os questionários foram respondidos e aproveitados
nessa fase.
As perguntas do questionário foram elaboradas com questões simples e diretas, procurando
analisar a percepção dos consumidores envolvidos em relação à possibilidade de registrar uma IG
da erva-mate, produzida na região de Ponta Porã, Amambai e Aral Moreira.
Além do questionário, foram feitas 6 entrevistas com integrantes da Associação dos
Amigos da Erva-Mate de São Mateus do Sul, via aplicativo de celular e transcritas sem edições.
Essa associação fez parte do projeto para concessão do registro da IG, em São Mateus do Sul. As
entrevistas foram enviadas aos associados em maio de 2021, gravadas pelos mesmos e autorizadas
a serem transcritas; a duração de cada entrevista foi de, aproximadamente, 40 minutos. São Mateus
do Sul foi escolhida por ter a atividade ervateira como uma das principais atividades econômicas
da cidade, tendo o reconhecimento da IG em 2017.
A abordagem da pesquisa é caracterizada como qualitativa que, segundo Dias (2000), busca
analisar as variáveis envolvidas em um fenômeno ou fato, a fim de explicá-los. Sendo essa
pesquisa realizada a partir da coleta de dados e da correlação de informações. É considerada,
também, uma pesquisa descritiva, a partir de seus objetivos, porque visa descrever a pesquisa e
seus resultados, comparando-os com a teoria e as práticas do setor. Para Gil (2008), a pesquisa
descritiva busca descrever os fatos ou fenômenos estabelecendo relações entre variáveis, sem que
o pesquisador interfira. A grande contribuição das pesquisas descritivas é proporcionar novas
visões sobre uma realidade já conhecida.
O método utilizando é o estudo de caso, no qual se pretende fazer a conexão entre uma IG
já implantada, em outro estado do Brasil (São Mateus do Sul), com a percepção de uma região de
fronteira (Ponta Porã, Amambai e Antônio João), entendendo que ambas têm a erva-mate como
34

estrutura cultural e histórica, fazendo parte de um patrimônio que agrega valor.


Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram a pesquisa bibliográfica,
questionário estruturado e entrevista. A pesquisa bibliográfica visa encontrar as fontes primárias e
secundárias e os materiais científicos necessários, para a realização do trabalho técnico-científico;
já o questionário estruturado busca levantar dados de acordo com a percepção dos respondentes, o
cruzamento desses dados resulta nas considerações finais. A entrevista registra a opinião do
entrevistado a respeito do tema abordado. De acordo com Yin (2005), a entrevista é uma das mais
importantes fontes de informações para o estudo de caso, pois é comum que as entrevistas sejam
conduzidas de forma espontânea, assim, os entrevistados podem tanto indagar o pesquisado,
quanto pedir a opinião sobre determinado acontecimento.

Quadro 4: Etapas da pesquisa:

Etapas Detalhamento
Realização de pesquisa  Caracterização do estado-da-arte do conhecimento e teorias de base;
bibliográfica

Identificação de teorias de  Leitura de obras de referência;


base  Consolidação de conceitos e constructos relacionados ao
projeto de dissertação;
 Estruturação de procedimentos para aplicação de pesquisa em campo;
Construção de protocolo de  Mapeamento de público-alvo;
pesquisa
 Seleção de amostra e aplicação de pré-teste;
 Ratificação de protocolo de pesquisa;
 Envio de projeto para Comitê de Ética;
Submissão para Comitê de
Ética  Aguardo de aprovação e/ou recomendações para
prosseguimento do projeto;
 Seleção de público-alvo;
Condução de trabalho de
campo para levantamento de  Condução de observação e entrevistas com atores
dados selecionados (agricultores e empresas);
 Relatórios de campo;
Análise de dados  Proposição de método para análise e interpretação de dados;
 Interpretação de dados coletados;
 Redação de relatórios finais com resultados;
Relato de resultados
 Elaboração de conclusão e apontamentos para trabalhos futuros;
Fonte: elaborado pela autora (2019).

A definição das etapas de pesquisa feita no quadro 4 colaborou para a pesquisadora desenvolver
as ideias de modo mais direcionado para alcançar os objetivos propostos.
35

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este estudo procurou levantar dados a respeito do uso da IG, na pretensão de analisá-la
como ferramenta de estímulo ao desenvolvimento da cadeia produtiva ervateira.
De acordo com os resultados apresentados no gráfico 1, primeiramente nos questionários
destinados a produtores, dirigentes de indústrias e consumidores, podemos observar que a maioria
dos entrevistados é do gênero feminino, o que pode indicar que a mulher, além de ter uma maior
preocupação com a qualidade dos produtos adquiridos, é uma possível responsável pela compra
deles.

Gráfico 1: Gênero dos consumidores de erva-mate de Ponta Porã/MS e cidades circunvizinhas no Oeste do Mato
Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Quanto a faixa etária dos entrevistados 44,9% possuem de 16 a 30 anos de idade, 37,4%
possuem de 31 a 45 anos, 12,1% possuem entre 46 e 60 anos de idade e 5,6% estão abaixo dos 15
anos de idade, o que sugere um público jovem (Gráfico 2).
36

Gráfico 2: Idade/faixa etária dos consumidores de erva-mate no Oeste do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Já os dados sobre as formas de consumo da erva-mate indicaram que a maioria dos


entrevistados cerca de 86,1%, consomem a erva-mate sob a forma de bebidas como tereré, 50,9%
o chimarrão e 40,7% consomem o chá-mate, deve-se levar em conta que os entrevistados podiam
escolher mais de uma opção, o que evidencia um alto consumo sob mais de uma forma de
industrialização da erva-mate, apenas 7,4% dos entrevistados não consomem nenhum tipo de
processamento da erva-mate conforme informações presentes no gráfico 3.

Gráfico 3: Formas de consumo da erva-mate dos consumidores de erva-mate no Oeste do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Quando perguntados sobre a frequência do consumo da erva-mate, 61,15% disseram


consumi-la, pelo menos, 3 vezes ao dia, o que corrobora para evidenciar o grande consumo na
37

região de Ponta Porã e cidades circunvizinhas, isso se justifica pelo fato desse consumo ser um
hábito cultural (Gráfico 4). Soma-se a isso a herança histórico-cultural brasileira, trazida pelas
diversas etnias que compõem o país, e a biodiversidade dos biomas nacionais. (MENEGAZZO,
2015). Já 31,5% consomem esporadicamente de duas a três vezes por semana a e os que não
consomem são 7,4%.

Gráfico 4: Frequência do consumo da erva-mate dos consumidores de erva-mate no Oeste do Mato Grosso do
Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Sobre a preferência por marcas que contivessem selos relacionados a IG, responsabilidade
social/preservação, preservação ambiental/promoção regional 79,6% dos entrevistados afirmaram
que essa característica influenciaria na compra do produto (Gráfico 5). Conforme aponta Silva
(2010), a fim de atender à demanda de clientes internacionais, melhorar a imagem dos produtos
junto aos clientes, atender à demanda de consumidores mais exigentes ou, ainda, agregar valor ao
produto ou serviço surgem certificados ou selos de qualidade desenvolvidos por iniciativa do
Estado e/ou do setor produtivo.
38

Gráfico 5: Preferência a marcas que contivessem selos relacionados a IG, responsabilidade social/preservação
ambiental/promoção regional no Oeste do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Embora o consumo da erva-mate seja considerado alto, cerca de 80,6% dos entrevistados
não conhecem suas propriedades químicas, esse dado pode sugerir um trabalho de conscientização
dos benefícios que o consumo diário pode trazer e, consequentemente, aumentar sua
comercialização (Gráfico 6). É importante evidenciar que, um dos principais constituintes das
folhas de erva-mate, utilizadas para chás, são as metilxantinas, cafeína (0,7% a 2,3%), teobromina
(0,3%) e traços de teofilina (SIMÕES, et al.; 2001), esses dados comprovam que a devida
utilização da erva-mate colabora para a melhora do organismo, já que a ação da cafeína tem sido
investigada como opção terapêutica em uma variedade de problemas relacionados à saúde e ao
desempenho humano (SMIT; ROGERS, 2002).

Gráfico 6: Conhecimento das propriedades químicas da erva-mate segundo os consumidores indagados no Oeste
do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).


39

Quanto as questões históricas e culturais da erva-mate, se estas fossem destacadas em sua


embalagem, 37% dos entrevistados afirmaram que essa informação teria pouca relevância sobre
sua decisão de compra, 33,3% disseram que não faria diferença e 29,6% disseram que sua decisão
de compra seria muito afetada no sentido de optarem por adquirir o produto, caso os aspectos
mencionados fossem evidenciados (Gráfico 7).

Gráfico 7: Influência na decisão de aquisição do produto se destacadas as questões históricas e culturais da erva-
mate na embalagem do produto no Oeste do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Entretanto, Mascarenhas e Wilkinson (2013) indicam que a diversidade étnico-cultural, a


grande extensão territorial do país, a riqueza de biomas e da biodiversidade, são elementos que
impulsionam a diferenciação e a valorização de produtos típicos, seja em função de um saber
fazer específico, como pela influência do meio onde são produzidos. São esses elementos que
oferecem um grande potencial de reconhecimento de IGs, no Brasil. Portanto, apesar de os
resultados da enquete mostrarem que uma maioria não se sente influenciada pelas questões
históricas e culturais apresentadas na embalagem da erva-mate, entendemos que tais
características colaboram de forma positiva na decisão de compra do consumidor.
Conforme se observa no gráfico 8, em relação à decisão de adquirir determinada marca de
erva-mate que fosse certificada com a IG 58,35% concordam que dariam preferência a esses
produtos. Há de se ressaltar que a IG é uma estratégia capaz de beneficiar todos os produtores
envolvidos em uma determinada região, além disso, Cerdan (2013) considera que os registros IGs
são potenciais instrumentos de promoção da agricultura familiar, dada à possibilidade de qualificar
e valorizar um produto, sobretudo em regiões que se destacam pela notoriedade desse produto e
40

que necessitam desenvolver-se localmente.

Gráfico 8: Decisão do consumidor em adquirir determinada marca de erva-mate caso ela fosse certificada com a
IG no Oeste do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Outra informação relevante é quanto ao conhecimento dos entrevistados sobre produtos


com selos de identificação de origem, dos quais 55,6% têm conhecimento desse fato e os outros
44,4% desconhecem tal informação (Gráfico 9). Quase a metade dos consumidores entrevistados
desconhecem as informações sobre selos de indicação de origem em diferentes produtos, o que
mostra necessidade de esclarecimento e divulgação do tema na região. Percebe-se um aumento da
valorização de produtos por sua qualidade, autenticidade, local de origem, entre outros, por parte
do consumidor (LIKOUDIS et al., 2016), contudo há falta de conhecimento da importância desses
selos, mais uma vez, podemos deduzir que um trabalho de conscientização desses selos se faz
necessário, para agregar valor a determinada marca e produto.
41

Gráfico 9: Nível de conhecimento sobre produtos com selos de identificação de origem no Oeste do Mato Grosso
do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Sobre a preferência a produtos com selos de identificação de origem os dados coletados


apontam que 49,1% dos entrevistados têm preferência sobre esses produtos e esse é um dado que
deve ser considerado (Gráfico 10). Segundo Niederle (2012) e Giesbrecht et al. (2014) as IGs
proporcionam agregação de valor aos produtos, além da proteção da região produtora, do saber-
fazer tradicional e da herança histórico-cultural, além de proteger a região de ações oportunistas e
falsificações.

Gráfico 10: Nível de preferência a produtos com selos de identificação de origem (se estes existissem) dos
consumidores de erva-mate no Oeste do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Ao decidir sobre a compra, caso houvesse marcas de erva-mate comercializadas com selo
de identificação da fronteira, os dados apontam que 49,1% dos entrevistados optariam por adquirir
esse produto e 30,2% se sentiriam indiferentes por adquiri-lo, isso indica que uma parte grande
dos entrevistados reconhece que a origem de um produto local o distingue dos demais e influencia
42

sua compra (Gráfico 11). Segundo Cerdan (2013), as IGs surgiram quando produtores e
consumidores passaram a reconhecer que um determinado produto se distinguia dos demais, dada
a sua ligação inerente às condições climáticas, culturais e o saber-fazer local.

Gráfico 11: Nível de preferência a produtos com selos de identificação de produtos orgânicos (se estes existissem)
dos consumidores de erva-mate no Oeste do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).


Da mesma forma os dados apontam que 49,1% dos entrevistados comprariam alguma
marca de erva-mate se esta fosse comercializada com selo de certificação orgânica; produtos
orgânicos já vêm sendo muito procurados, devidos as suas características livres de agrotóxicos e é
sabido que muitos ervais são cultivados ainda em florestas, de forma natural, sob o sistema de
sombreamento (Gráfico 12). Considerando que a erva-mate obtida de ervais sombreados possui
um melhor sabor, quando comparada à produzida sob pleno sol, algumas indústrias dão preferência
ou até exclusividade as folhas do tipo sombreada e/ou nativa para formação do blend comercial e,
por isso, até pagando um pouco mais pela arroba do produto (CARON et al.; 2014).
43

Gráfico 12: Influência na decisão de aquisição do produto caso houvesse marcas de erva-mate comercializadas
com selo de certificação orgânica no Oeste do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Em se tratando do índice de aceitação, caso o produto certificado tivesse preço superior aos
não certificados, 55,6% afirmam que comprariam mesmo assim, esse dado indica que o
consumidor presa não somente pelo preço, mas pela qualidade e originalidade do produto (Gráfico
13). A percepção pela origem do produto proliferou no mercado globalizado, e estes consumidores
estão dispostos a pagar um prêmio para consumir os produtos que tenham suas verdadeiras raízes
e possuam a qualidade original ao invés dos produtos padronizados (CAFAGGI et al., 2012;
LIKOUDIS et al., 2016).

Gráfico 13: Índice de aceitação pelos consumidores de erva-mate caso o produto certificado tivesse preço superior
aos não certificados no Oeste do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

A referida pesquisa revelou ainda que 63% dos entrevistados têm interesse em visitar e/ou
conhecer pontos culturais e históricos relacionados à produção de erva-mate, apresenta-se aqui
44

mais uma forma de desenvolvimento regional, a valorização e conhecimento da cultura pela


população local, há de se pensar em estratégias de resgate cultural e valorização da cultura local
(Gráfico 14). A revitalização de pontos turísticos enriquece a IG, segundo Requier-Desjardins
(2007), essas ações, se mais bem articuladas e coordenadas, poderão fortalecer o sentimento de
pertencimento ao território, contribuindo para o desenvolvimento deste, na medida em que o ativa
e proporciona o fomento da economia local como um todo.

Gráfico 14: Interesse em visitar e/ou conhecer pontos culturais e históricos relacionados à produção de erva-mate
no Oeste do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

5.1 Análise Das Entrevistas

A seguir serão apresentados os resultados das entrevistas realizadas com membros da


Associação dos Amigos da Erva-mate de São Mateus do Sul (Anexo 3 a , que é uma instituição
formada por historiadores, industriais e produtores da erva-mate e que teve papel fundamental para
que a IG fosse concedida a essa região.
Para a efetivação da IG é necessário muito trabalho, pesquisas, estudos, empenho,
negociação, parcerias sólidas e interesses comuns, para que este potencial se concretize, com a
formação de uma associação que representa esses interesses é possível distribuir as funções e
fortalecer as informações necessárias para sua concessão.
Em um primeiro momento os entrevistados perceberam a importância do planejamento e
da assessoria para a formulação do pedido de registro da IG, conforme relata Ronaldo Toppel, dos
membros da Associação:
45

“A gente começou pelo SEBRAE... eu faço parte desde dessa


primeira equipe, que foi, que foi pra Curitiba, foi descobrir o quê
que era indicação geográfica, se a gente tinha potencial ou não [...]
a parte de documentação, de estatuto, de regras, de tudo a gente
teve uma ajuda [...]” (informação verbal)1.

Antes da IG em São Mateus do Sul, a erva-mate já era muito consumida segundo os


indicativos já mencionados nessa pesquisa, o que ocorreu, depois da IG, foi que um leque de
possibilidades se abriu, devido a notoriedade conseguida, além do valor agregado à própria erva,
produtos diferenciados, eventos e o setor turístico. Segundo a professora Hilda Jocele Digner
Dalcomuni:

“[...] propostas, oportunidades, culturais, sociais, turísticas,


econômicas [...] gastronomia, cosmética, até pra remédios é... com
certeza. Bebidas né? Chopp da erva-mate.” (informação verbal)2.

Com a IG de são Mateus do Sul, não só a erva-mate em si foi beneficiada, foi observado
que a população entendeu os benefícios trazidos pela identificação, uma vez que o selo adquirido
despertou um sentimento de orgulho e valorização do pertencimento à localidade, a notoriedade
regional despertou o respeito às tradições e ao saber fazer. Segundo as palavras do produtor
Ronaldo Toppel:

“[...] eu sou apaixonado por essa cultura, é..., e vivo minha vida,
gira em torno da erva-mate [...] a visibilidade que a gente teve, a
gente teve muita, muita mídia espontânea em cima disso, é... o
processo de indicação geográfica gerou um processo de
identificação da nossa população com o produto erva-mate [...]o
município inteiro e a nossa região é... virou pra erva-mate, de... se
orgulhou de ser produtor de erva-mate, é... foi uma, uma, uma
mobilização muito grande, não, não só de indústrias e... e
produtores, mas da comunidade em geral. De vendo isso realmente
como potencial turístico, como um potencial de localização da

1
Entrevista fornecida por Ronaldo Toppel. Entrevista n. 1 [maio. 2021]. Entrevistadora: Helen C. C. R. de Oliveira.
São Mateus do Sul/PR, 2021. arquivo .mp3 (40 min.).
2
Entrevista fornecida por Hilda Jocele Digner Dalcomuni. Entrevista n. 2 [maio. 2021]. Entrevistadora: Helen C. C.
R. de Oliveira. São Mateus do Sul/PR, 2021. arquivo .mp3 (40 min.).
46

cidade no mapa, de saber onde que cê ta passando. Então isso foi


muito importante [...]” (informação verbal)3.

Quanto às dificuldades apontadas, visto que muitas propriedades já cumpriam boas práticas
agrícolas, a adaptação às novas regras não foi um obstáculo difícil de ser ultrapassado, a proposição
da delimitação, realização de pesquisas e estudos sobre práticas de manejo capacitou os produtores
que entenderam a importância das regras para oferecer um produto diferenciado, de acordo com o
presidente da associação, Fernando Vaccari Toppel:

“[...] vários produtores buscaram se especializar e se adequar para


produzir com IG. [...]. Foram poucas (as dificuldades), porque
como disse quando a propriedade já segue um padrão de boas
práticas a adequação é mais rápida.” (informação verbal)4.

No contexto apresentado, percebe-se que em São Mateus do Sul, a IG trouxe muitos


benefícios e, ainda que tenha existido dificuldades para montar o pedido para o processo da IG,
quando os atores envolvidos trabalham conjuntamente, de forma organizada, e buscam soluções
junto a órgãos capacitados, as barreiras são ultrapassadas.
A estratégia para a concretização da IG deve considerar atributos como a valorização
cultural, patrimonial, conservação do saber fazer; a conservação e reconstrução de sistemas tradi-
cionais de erva-mate, seguindo boas práticas agroflorestais.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pelos resultados observados, é possível verificar que há um alto consumo de erva-mate na


fronteira do Brasil com o Paraguai, mais precisamente nos municípios de Ponta Porã, Amambai e
Aral Moreira, o que é uma ótima opção de renda para a região. Além disso, podemos sugerir que
marcas que valorizem a história, o meio ambiente e o desenvolvimento regional são mais bem
aceitas pelos consumidores, porque há um apelo regional evidenciado.
Corroborando essa percepção, verifica-se que empresários da região também se

3
Entrevista fornecida por Ronaldo Toppel. Entrevista n. 1 [maio. 2021]. Entrevistadora: Helen C. C. R. de Oliveira.
São Mateus do Sul/PR, 2021. arquivo .mp3 (40 min.).
4
Entrevista fornecida por Fernando Vaccari Toppel. Entrevista n. 3 [maio. 2021]. Entrevistadora: Helen C. C. R. de
Oliveira. São Mateus do Sul/PR, 2021. arquivo .mp3 (40 min.).
47

manifestam favoravelmente em ralação a contrução de uma IG, visualizam o desenvolvimento


local, a valorização dos produtos e o marketing territorial.
O caso de São Mateus do Sul estdado como exemplo, evidencia que a IG transforma a
realidade econômica e traz contribuições para o desenvolvimento regional. Agregando valor aos
produtos, os produtores podem aumentar as vendas, visando novos mercados já consolidados ou
em expansão, sendo assim pode servir como modelo para uma futura implementação da IG. Além
disso, a IG pode proporcionar maior visibilidade e impulsionar atividades complementares como
o turismo, produção de produtos a base de erva mate e eventos gastronômico, fortalecendo a
economia pela geração de emprego e renda local.
Por fim, a valorização do setor ervateiro na região estudada, através do uso de selos de
Identificação Geográfica (IG) como ferramenta impulsionadora de desenvolvimento regional, se
mostra viável, pois poderia tornar a região reconhecida como produtora, além de agregar valor ao
produto. Ficou evidenciado que a população local daria prioridade a produtos com IG, o que
demostra uma satisfação em consumir algo que é proveniente do seu lugar de origem.
Contudo para que as potencialidades do território sejam exploradas de forma lucrativa, é
imprescíndivel a parceria entre a sociedade, o mercado e os orgãos púpblicos mediante ações
endógenas articuladas.
48

REFERÊNCIAS

BARCELLOS, J.O.J.; ABICHT, A.M.; BRANDÃO, F.S.; CANOZZI, M.E.A.; COLLARES,


F.C. Consumer perception of Brazilian traced beef. Revista Brasileira de Zootecnia , Viçosa, v.41,
n.3,p.771-774,2012.

BECKER, Bertha K. Amazônia. Ática: São Paulo, 1990.

BELLETTI, G. , Marescotti , A. , e Touzard , JM 2015 . Indicações geográficas, bens públicos e


desenvolvimento sustentável: Os papéis das estratégias dos atores e das políticas públicas.
Desenvolvimento Mundial, no prelo.

BENEDICKTUS, R. L., BRADY, M. K., DARKE, P. R., & VOORHEES, C. M. (2010).


Conveying trustworthiness to online consumers: reactions to consensus, physical store presence,
brand family, and generalized suspicion. Journal of Retailing86(4), 322-335. doi:
10.1016/j.jretai.2010.04.002

BIANCHINI, Odaléa da Conceição Deniz. A Companhia Matte Larangeira e a


ocupação da terra do sul de Mato Grosso (1880-1940). Campo Grande: Ed. UFMS, 2000.

BOECHAT, A. M. F.; ALVES, Y. B. O uso da Indicação Geográfica para o Desenvolvimento


Regional: o caso da carne do Pampa Gaúcho. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DE
PRODUÇÃO CIENTÍFICA CESUMAR (EPCC), 2011, Maringá. Anais eletrônicos... Maringá:
Cesumar, 25 a 28 out. 2011.

BONA, E. A. M.; PINTO, F. G. S.; BORGES, A. M. C.; WEBERD, L, C.; FRUETE, T. K.;
ALVESF, L. F. A.; MOURAG, A. C. Avaliação da Atividade Antimicrobiana de Erva-Mate (Ilex
paraguariensis) sobre Sorovares de Salmonella spp. de Origem Avícola. Ciencias Biologicas e da
Saude. v. 12, n. 3, 45-48p., 2010.

BRACESCO, N.; SANCHEZ, A. G.; CONTRERAS, V.; MENINI, T.; GUGLIUCCI, A.


Recent advances on Ilex paraguariensis research: Minireview. Journal Of
49

Ethnopharmacology, v. 136, n. 3, p.378-384, 2011.

CAFAGGI, F. et al. Accessing the global value chain in a changing institutional environment:
comparing aeronautics and coffee. IDB Working Paper, series-370, 2012.

CARON, Braulio Otomar et al . BIOMASSA E ACÚMULO DE NUTRIENTES EM Ilex


paraguariensis A. St. Hil. Ciênc. Florest., Santa Maria, v. 24, n. 2, p. 267-276, jun. 2014.
Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198050982014000200267&lng=pt&n
rm=iso>. acessos em 08 dez. 2020. http://dx.doi.org/10.5902/1980509814565.

CARVALHO, Paulo E. R. Espécies florestais brasileiras. Colombo: EMBRAPA Florestas, 2017.

CATANDUVAS. Benefícios da erva mate, 2018. Disponível em:


http://www.catanduvas.com/erva-mate/. Acesso em 24 de novembro de 2020.
CESAR, N. C. O mate no Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura, 1952. 43p.

CERDAN, C. Indicações geográficas e estratégias de desenvolvimento territorial. In: NIEDERLE,


P. A. (Org.). Indicações geográficas: qualidade e origem dos mercados alimentares. Porto Alegre:
Editora da UFRGS, 2013. Parte II, p. 125-50.

CHECHI, L. A.; SCHULTZ; G.; FERRPNATTO, E. M. O.; MONTAGNER, J. M. Ativos


territoriais e desenvolvimento: estudo da articulação pela indicação geográfica da erva mate no
polo ervateiro alto taquari - RS. Estratégia e Desenvolvimento, Santana do Livramento, v. 1, n. 1,
p. 16-34, 2017. Disponível em: http://seer.unipampa.edu.br/index.php/red/article/view/17258.
Acesso em 24 de novembro de 2020.

CUNHA, Christiano França da; SPERS, Eduardo Eugênio; ZYLBERSZTAJN, Decio. Percepção
sobre atributos de sustentabilidade em um varejo supermercadista. Rev. adm. empres., São Paulo
, v. 51, n. 6, p. 542-552, dez. 2011 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034
50

75902011000600004&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 07 dez. 2018.


http://dx.doi.org/10.1590/S0034-75902011000600004.

DALLABRIDA, V. R. (Org.). Desenvolvimento territorial: políticas públicas brasileiras,


experiências internacionais e a Indicação Geográfica como referência. São Paulo: LiberArs, 2016.

DALLABRIDA, V. R.; SANTOS, F. T.; PETRENTCHUK, L. W.; SAKR, M. R.; BARBOSA,


M. Z.; ZEITHAMMER, N.; MOREIRA, P.; SCOLARO, T. L.; MARCHESAN, J. Indicação
geográfica da erva mate no território do contestado: reflexões e projeções.
DRd – Desenvolvimento Regional em debate (ISSN 2237-9029). v. 4, n. 2, p. 44-77,
jul./dez. 2014.

EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Caracterização edafoclimática do


Assentamento Itamarati. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-
/publicacao/247989/caracterizacao-edafoclimatica-do-assentamento-itamarati-ms-e-analise-
socioeconomica-regional05>. Acesso: 30 de maio 2021.

FUNDTUR-MS. Fundação de Turismo de Mato Grosso Do Sul. Ponta Porã: O Turismo e a


Cultura de Fronteira. Disponível em: https://www.turismo.ms.gov.br/ponta-pora-o-turismo-e-a-
cultura-de-fronteira/. Acesso: 30 de maio 2021.

FRÓES, Milton Batista. Aral Moreira e Juvenal Fróes: Os caminhos da erva-mate na


fronteira sul-mato-grossense / Ed. Massoni. Maringá-PR, 2007.

GERHARDT, Marcos. História ambiental da erva-mate. 2013. 290 p. f. Tese (Doutorado em


História Cultural) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2013. Disponível em:
<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/107480/318857.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 24 de novembro 2020.

GERHARDT, Marcos; NODARI, Eunice S. Patrimônio Ambiental, História e Biodiversidade.


51

Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science, v. 5, n. 3, p. 54-71,


2016. Disponível em:
<http://revistas.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/1902>. Acesso em: 24
novembro de 2020.

GIESBRECHT, H. O. et al. Indicações geográficas brasileiras. Brasília: SEBRAE/INPI, 2014.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Institucional. Mapa de Indicações


Geográficas. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/saomateus/panorama>.
Acesso em: 25 maio 2021.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Institucional. População de Ponta Porã


Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/ponta-pora/panorama>. Acesso em: 30
maio 2021.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Institucional. Produção Agrícola


Municipal. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1613#/n3/50/v/214,215/p/last%2010
/c82/0,2729/l/v,p+c82,t/resultado. Acesso em: 30 maio 2021.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Institucional. Produção Agrícola


Municipal 2020. Rio de Janeiro: IBGE, 2021. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/ponta-pora/pesquisa/15/11863?tipo=grafico&indicador
=11943. Acesso em: 25 maio 2021.

INPI. Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Institucional. Disponível em:


<http://www.inpi.gov.br>. Acesso em: 28 de maio 2021.

INPI. Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Institucional. Disponível em:


http://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_do_brasil/sociedade_e_economia/indicacoes_ge
ograficas_2019_20190919.pdf
52

IPARDES. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômica e Social. Disponível em


http://www.ipardes.pr.gov.br. Acesso em: 02 de junho 2021.

KLAIS, Thalita Beatriz Antunes et al . Vulnerabilidade natural e ambiental do município de Ponta


Porã, Mato Grosso do Sul, Brasil. Rev. Ambient. Água, Taubaté , v. 7, n. 2, p. 277-
290, June 2012 .

LIKOUDIS, Z. et al. Consumers’ intention to buy protected designation of origin and protected
geographical indication foodstuffs: the case of Greece. International Journal of Consumer Studies,
v. 40, n. 3, p. 283-9, maio 2016.

LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arboóreas


Nativas do Brasil. vol.1, 3ª ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2012.

MARQUES, Anesio da C. As paisagens do mate e a conservação socioambiental: um estudo junto


aos agricultores familiares do Planalto Norte Catarinense. 2014. 434 f. Tese (Doutorado em Meio
Ambiente e Desenvolvimento) – Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e
Desenvolvimento, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2014. Disponível em: Federal do
Paraná, Curitiba, 2014. Disponível em: <
http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/35824/R%20-%20T%20-
%20ANESIO%20DA%20CUNHA%20MARQUES.pdf?sequence=1>. Acesso em: 24 novembro
2018.

MARTINS, S. R. O. Desenvolvimento local: questões conceituais e metodológicas. Interações,


Campo Grande, v. 3, n. 5, p. 51-59, Set. 2002.

MASCARENHAS, Gilberto C. C. Agregação de Valor a Produtos Agrícolas Através de Signos


Distintivos de Qualidade: Convergências entre Brasil e França. Rio de Janeiro, 2010. Proposta de
Pesquisa de Pós-Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina, 2010.

MENEGAZZO, Márcio Alexandre Diório. Implantação de indicações geográficas (ig): caso da


53

indicação de procedência “maracaju” para o produto linguiça.

PERETTI, Ana Paula de Rezende; ARAUJO, Wilma Maria Coelho. Abrangência do requisito
segurança em certificados de qualidade da cadeia produtiva de alimentos no Brasil. Gest. Prod.,
São Carlos, v. 17, n. 1, p. 35-49, 2010. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/gp/a/NfsKqFvVMRjKWd5HVTH4qMb/?lang=pt>. Accesso em 24 de
Nov. de 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2010000100004.

PIMENTEL, L. O. Os desafios dos aspectos legais na prática de estruturação das Indicações


Geográficas. In: DALLABRIDA, V. R. (Org.). Território, identidade territorial e
desenvolvimento regional: reflexões sobre Indicação Geográfica e novas possibilidades de
desenvolvimento com base em ativos com especificidade territorial. São Paulo: LiberArs, 2013. p.
135-143.

POPPER KR. A lógica da pesquisa científica. São Paulo, Cultrix, 1974.

PRODANOV, Cleber Cristiano; DE FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do Trabalho


Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico-2ª Edição. Editora Feevale,
2013.

QUEIROZ, PAULO. A Companhia Mate Laranjeira, 1891-1902: contribuição à história da


empresa concessionária dos ervais do antigo Sul de Mato Grosso. Territórios e Fronteiras. 8. 204-
228. 10.22228/rt-f.v8i1.336. 2015.

REQUIER-DESJARDINS, D. Systèmes agroalimentaires localisés et qualification: une relation


complexe. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE DESENVOLVIMENTO
TERRITORIAL SUSTENTÁVEL. Anais... Florianópolis, Brasil, 2007. p. 12.

SAKR, M. R.; ZEITHAMMER, N.; ABIB, S. W.; DALLABRIDA, V. R. Produtos com


identidade territorial no Estado de Santa Catarina: potenciais para a Indicação Geográfica. In:
DALLABRIDA, V. R. (Org.). Indicação Geográfica e Desenvolvimento Territorial: reflexões
54

sobre o tema e potencialidades no Estado de Santa Catarina. São Paulo: Editora LiberArs, p. 135-
172, 2015.

SANEPAR - Companhia de Saneamento do Paraná. Caixa D’água São Mateus do Sul-PR.


Disponível em: https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g1936503-d13319098-
i306183559-Reservatorio_de_Agua_em_Forma_de_Cuia-Sao_Mateus_do_Sul_State_of_
Paran.html. >. Acesso: 23 de maio 2021.

SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Institucional. Disponível


em: <https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/.../Livreto_PONTA %20PORÃ>. Acesso:
23 de maio 2021.

SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Disponível em:


https://www.sebraepr.com.br/indicacoes-geograficas-do-parana/sao-matheus-erva-mate/. Acesso:
22 de junho 2021.

SILVA, Vanessa Gomes da; PARDINI, Andrea Fonseca. Contribuição ao entendimento da


aplicação da certificaçao LEED TM no Brasil com base em dois estudos de caso. Ambient.
constr., Porto Alegre, v. 10, n. 3, p. 81-97, set. 2010. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167886212010000300006&lng=pt&n
rm=iso>. Acesso em 08 de dez. de 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S1678-86212010000300006.

SCHMIDT, C. M.; SAES, M. S. M.; MONTEIRO, G. F. A. Value creation and value


appropriation in networks: an empirical analysis of the role of geographical indication in the wine
industry in Vale dos Vinhedos, RS, Brazil. Organizações Rurais & Agroindustriais, Lavras, MG,
v. 16, n. 3, p. 343-62, 2014.

SMIT, H. J.; ROGERS, P. J., Effects of energy drinks on mood and mental performance: critical
methodology, Food Qual Pref. v.13: p.317-326. 2002.

VALDUGA, E. 1994. Caracterização estrutural e Química da Erva-mate (Ilex paraguariensis St.


55

Hill) e de espécies utilizadas na adulteração. Curitiba : s.n., 1994.

VIDOR, M. A.; RUIZ, C. P.; MORENO, S. V.; FLOSS, P. A. Marcadores moleculares em


estudos de caracterização de erva-mate (Ilex paraguariensisSt. Hil.): o sabor. Ciência Rural, Santa
Maria, v. 32, n. 03, p. 415-420, 2002.

ZEE-MS. Zoneamento Ecológico-Econômico de MS. Disponível em:


<www.semagro.ms.gov.br/zoneamento-ecologico-economico-de-ms-zee-ms>. Acesso em: 23 de
maio 2021.
INDICAÇÕES DE PROCEDÊNCIA RECONHECIDAS

DADOS BIBLIOGRÁFICOS REPRESENTAÇÃO


Número: IG200002
Requerente A. P. de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos – APROVALE
Nº de folhas 300 folhas
Nome Geográfico: Vale dos Vinhedos
País/UF: BR/RS
Produto/Serviço: Vinhos: tinto, branco e espumante.
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 19/11/2002
Delimitação: A região do VALE DOS VINHEDOS possui,uma área total de 81,23Km2, distribuida na sua maior parte no Município de Bento
Gonçalves, mas também nos Municipios de Garibaldi e Monte Belo do Sul. Considerando-se as coordenadas extremas, o VALE DOS
VINHEDOS localiza-se nos paralelos 20938* e 29^15' Oeste de Greenwich. Possui a forma aproximada de um triangulo isosceles,
cujos vertices localizam-se a Nordeste da cidade de Bento Gonçalves, a Leste da cidade de Monte Belo do Sul e ao Norte da cidade
de Garibaldi.
Número: IG990001
Requerente Cons. das Ass. dos Cafeicultores do Cerado – CACCER
Nº de folhas 443 folhas
Nome Geográfico: Região do Cerrado Mineiro
País/UF: BR/MG
Produto/Serviço: Café
Região do Cerrado Mineiro
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 14/04/2005
Delimitação: A área geográfica é delimitada pelos paralelos 16º37' a 20º13' de latitude e 45º20' a 49º48' de longitude, abrangendo as regiões de
Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e parte do Alto São Francisco e do Noroeste. caracteriza-se por áreas de altiplano, com altitude de
820 a 1.100m, com o clima ameno, sujeitas a geada de baixa intensidade e com possibilidade de produção de bebida fina, de corpo
mais acentuado.
Número: IG200501
Requerente Ass. Prod. Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional
Nº de folhas 161 folhas
Nome Geográfico: Pampa Gaúcho da Campanha Meridional
País/UF: BR/RS
Produto/Serviço: Carne Bovina e derivados
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 12/12/2006
Delimitação: A área geográfica compreende os municípios de Herval, Pinheiro Machado, Pedras Altas, Candiota, Hulha Negra, Bagé, Aceguá, Dom
Pedrito, Santana do Livramento, Lavras do Sul e São Gabriel. Situam-se na região sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, na
fronteira com o Uruguai, entre os paralelos 30º e 32º30' Sul e os meridianos 56º30' e 54º30' Oeste de Greenwich, ocupando área
aproximada de 30.000 Km².

1
Número: IG200602
Requerente Ass. dos Produtores e Amigos da Cachaça Artesanal de Paraty
Nº de folhas 248 folhas
Nome Geográfico: Paraty
País/UF: BR/RJ
Produto/Serviço: Produção de Aguardentes, dos tipos, cachaça e aguardente composta azulada
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 10/07/2007
Delimitação: A área está inteiramente compreendida no fuso 23, e possui o seguinte perímetro: partindo do ponto 1, de coordenadas aproximadas
541.250mE e 7.449.250mS (...) segue pela linha da costa (...) até atingir a ponta da Trindade que é o ponto 2 com coordenadas
528.250mE e 7.415.750mS que também é divisa do estado do Rio de Janeiro e o estado de São Paulo, deste ponto segue
inicialmente rumo aproximado Norte pela Divisa entre os estados citados (...) até atingir o ponto 3 de coordenadas 519.205mE e
7.447.750mS, deste ponto o perímetro deflete á direita, abandonando a divisa interestadual e assumindo a Serra de São Roque, que
é o divisor e águas dos rios São Gonçalo e do Funil, este ultimo é afluente do rio Manbucada com toda a sua sinuosidade, sempre
pelo divisor de águas principal, até atingir o ponto 1, onde iniciou a descrição deste perímetro, encerrando uma área de
aproximadamente 700 Km².
Número: IG200702
Requerente Associação das Industrias de Cortumes do Rio Grande do Sul - AICSUL
Nº de folhas 465 folhas
Nome Geográfico: Vale do Sinos
País/UF: BR/RS
Produto/Serviço: Couro Acabado
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 19/05/2009
Delimitação: Fica estabelecida como área da INDICAÇÃO GEOGRÁFICA delimitada para a produção do couro acabado da região conhecida como
"Vale do Sinos" os limites políticos dos Municípios de Araricá, Campo Bom, Canoas, Dois Irmãos, Estância Velha, Esteio, Ivoti, Nova
Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Igrejinha, Lindolfo Collor, Morro Reuter,
Parobé, Picada Café, Presidente Lucena, Riozinho, Rolante, Santa Maria do Herval, Taquara, Três Coroas, Alto Feliz, Barão, Bom
Princípio, Brochier, Capela Santana, Feliz, Harmonia, Linha Nova, Maratá, Montenegro, Pareci Novo, Salvador do Sul, São José do
Hortêncio, São José do Sul, São Pedro da Serra, São Sebastião do Caí, São Vendelino, Tupandi e Vale Real.
Número: IG200701
Requerente Conselho da União das Ass. e Coop.dos Produtores de Uvas de Mesa e Mangas do Vale do Submédio São Francisco - UNIVALE
1180 folhas
Nº de folhas Vale do Submédio São Francisco
Nome Geográfico: BR/NE
País/UF: Uvas de Mesa e Manga
Produto/Serviço: Indicação de Procedência
Espécie: 07/07/2009
Data do registro O vale do Submédio São Francisco localiza-se na região sertaneja no oeste do Estado de Pernambuco e norte do Estado da Bahia,
Delimitação: entre os paralelos 07º 0' 00'' e 10º 30' 00'' de latitude sul e entre os meridianos 37º 0' 00'' e 41º 0' 00'' de longitude oeste, com uma
área de 125.755 km². Abrange municípios dos dois estados (...), incluindo as sub-bacias dos rios Pajeú, Tourão e Vargem, além da
sub-bacia do rio Moxotó, último afluente na margem esquerda.

2
Número: IG200803
Requerente Associação dos Produtores de Vinhos Finos de Pinto Bandeira - ASPROVINHO
Nº de folhas 386 folhas
Nome Geográfico: Pinto Bandeira
País/UF: BR/RS
Produto/Serviço: Vinhos tintos, brancos e espumantes
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 13/07/2010
Delimitação: A área geográfica delimitada se situa na Região Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre a Serra Geral e o Planalto dos
Campos Gerais. A área geográfica delimitada totaliza 7.960,66 HA, sendo que, destes, 7.418 HA estão no município de Bento
Gonçalves e 543 HA estão no município de Farroupilha.
Número: IG200704
Requerente Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira
Nº de folhas 715 folhas
Nome Geográfico: Região da Serra da Mantiqueira de Minas Gerais
País/UF: BR/MG
Produto/Serviço: Café
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 31/05/2011
Delimitação: 45º53'24"W a 45º32'32"W de Longitude delimitada respectivamente pelos municípios de Heliodora e Baependi e 21º50'10"S a
22º15'16"S de Latitude delimitada respectivamente pelos municípios de Dom Viçoso e Campanha.
Número: IG200902
Requerente Associação dos Artesãos em Capim Dourado da Região do Jalapão do Estado de Tocantins - AREJA
Nº de folhas 758 folhas
Nome Geográfico: Região do Jalapão do Estado do Tocantins
País/UF: BR/TO
Produto/Serviço: Artesanato em Capim Dourado
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 30/08/2011
Delimitação: A região do Jalapão do Estado do Tocantins abrange os municípios de Mateiros, São Felix do Tocantins, Ponte Alta do Tocantins,
Novo acordo, Santa Tereza do Tocantins, Lagoa do Tocantins, Lizarda e Rio Sono.
Número: IG200901
Requerente Associação dos Produtores de Doces de Pelotas
Nº de folhas 394 folhas
Nome Geográfico: Pelotas
País/UF: BR/RS
Produto/Serviço: Doces tradicionais de confeitaria e de frutas
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 30/08/2011
Delimitação: Incluem os limites políticos dos municípios de Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo, Pelotas, São Lourenço do Sul e
Turuçu, no Rio Grande do Sul

3
Número: IG201003
Requerente Associação das Paneleiras de Goiabeiras – APG
Nº de folhas 566 folhas
Nome Geográfico: Goiabeiras
País/UF: BR/ES
Produto/Serviço: Panelas de barro
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 04/10/2011
Delimitação: A área delimitada para a Indicação Geográfica, identificada como Goiabeiras, situa-se na parte continental da cidade de Vitória e está
assim delimitada: Na parte leste da avenida Fernando Ferrari, desde a área da Universidade Federal do Espírito Santo até a Avenida
Adalberto Simão Nader. No flanco sul pelo manguezal e palo canal secundário da baía norte de Vitória. Na parte norte pela rua do
canal que separa os bairros de Maria Ortiz e Goiabeiras. Na parte oeste a área está delimitada por um morro e das ruas Agiu G. Salles
e Rua José Alves. No cetro desta delimitação estão as ruas João G. loretto, Leopoldo G. Salles, José Gomes Loretto, da Paneleiras,
das Mangueiras, Desenbargador Henrique C. de Souza, José Alves e Argeu G. Salles.
Número: IG201001
Requerente Associação do Produtores Artesanais de Queijo do Serro
Nº de folhas 401 folhas
Nome Geográfico: Serro
País/UF: BR/MG
Produto/Serviço: Queijo Minas Artesanal do Serro
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 13/12/2011
Delimitação: Compreende os municípios de Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho,
Sabinópolis, Santo Antonio de Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.
Número: IG201010
Requerente Associação dos Artesãos de Peças em Estanho de São João Del Rei
Nº de folhas 275 folhas
Nome Geográfico: São João del Rei
País/UF: BR/MG
Produto/Serviço: Peças artesanais em estanho
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 07/02/2012
Delimitação: O município de São João Del Rei abrange os distritos de Arcângelo, Emboabas, Rio das Mortes, São Gonçalo do Amarante (Ex-
Caburu) e São Sebastião da Vitória, tendo como limites municipais os municípios de Nazareno, Conceição da Barra de Minas,
Ritápolis, Coronel Xavier Chaves, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, Prados, Barbacena, Ibertioga, Piedade do Rio Grande, Madre de
Deus de Minas e Carrancas, todos no Estado de Minas Gerais.
Número: IG201012
Requerente Sindicato das Industrias de Calçados de Franca
Nº de folhas 599 folhas
Nome Geográfico: Franca
País/UF: BR/SP
Produto/Serviço: Calçados
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 07/02/2012
Delimitação: A delimitação corresponde aos limites do município de Franca/SP. Franca é um município brasileiro no interior do estado de São
Paulo, sede da microregião de Franca (14ª região administrativa de São Paulo). Faz limite com as cidades paulistas de Batatais,
Cristais Paulista e Patrocínio Paulista, e divisa com as cidades mineiras de Ibiraci e Claraval.

4
Número: IG201009
Requerente Associação dos Produtores da Uva e do Vinho Goethe
Nº de folhas 714 folhas
Nome Geográfico: Vales da Uva Goethe
País/UF: BR/SC
Produto/Serviço: Vinho Branco Seco, Vinho Branco Suave ou Demi Séc, Vinho Leve Branco Seco, Vinho Leve Branco Suave ou Demi Séc, Vinho INDICAÇÃO DE
Espumante Brut, ou Demi Séc obtidos pelo método “Champenoise”, Vinho Espumante Brut, ou Demi Séc obtidos pelo método PROCEDÊNCIA DOS
“Charmat”, Vinho Licoroso VALES DA UVA GOETHE
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 14/02/2012
Delimitação: Microrregião localizada entre as encostas da Serra Geral e o litoral sul catarinense nas bacias do rio Urussanga e rio Tubarão,
compreendendo os municípios de Urussanga, Pedras Grandes, Cocal do Sul, Morro da Fumaça, Treze de Maio, Orleans, Nova
Veneza e Içara.
Número: IG201002
Requerente Associação do Produtores do Queijo Canastra - APROCAN
Nº de folhas 429 folhas
Nome Geográfico: Canastra
País/UF: BR/MG
Canastra
Produto/Serviço: Queijo
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 13/03/2012
Delimitação: Compreende os municípios de Piumhi, Vargem Bonita, São Roque de Minas, Medeiros, Bambui, Tapirai e Delfinopolis, conforme
documento de delimitação da área geográfica, Portaria nº 694 de 17 de novembro de 2004 do Instituto Mineiro de Agropecuária.
Número: IG201014
Requerente Conselho da União das Associações e Cooperativas de Garimpeiros , Produtores, Lapidários e Joalheiros de Gemas de Opalas e de
Joias Artesanais de Opalas de Pedro II – IGO Pedro II
Nº de folhas 746 folhas
Nome Geográfico: Pedro II
País/UF: BR/PI
Produto/Serviço: Opala preciosa de Pedro II e joias artesanais de opalas de Pedro II
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 03/04/2012
Delimitação: Pedro II pertence a Mesorregião Centro-Norte Piauiense, situando-se especificadamente na Microrregião Campo Maior cuja sede
municipal está localizada entre os paralelos 04º 15' 24" e 04º 48' 52" de Latitude Sul e entre os meridianos 41º 07' 11" e 41º 44' 46" de
Longitude Oeste.
Número: IG201007
Requerente Centro Tecnológico de Mármore e Granito – CETEMAG
Nº de folhas 406 folhas
Nome Geográfico: Cachoeiro de Itapemirim
País/UF: BR/ES
Produto/Serviço: Mármore
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 29/05/2012
Delimitação: A delimitação da área de indicação de procedência para extração, beneficiamento e comercialização do mármore, conhecida como
“Cachoeiro de Itapemirim” corresponde aos limites políticos dos municípios de Cachoeiro de Itapemirim e Vargem Alta no Estado do
Espírito Santo.

5
Número: IG200903
Requerente Associação Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná
Nº de folhas 984 folhas
Nome Geográfico: Norte Pioneiro do Paraná
País/UF: BR/PR
Produto/Serviço: café verde em grão e industrializado torrado em grão e ou moído
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 25/09/2012
Delimitação: A delimitação da área geográfica refere-se aos 45 (quarenta e cinco) municípios das regiões administrativas do Estado do Paraná,
denominadas Norte Pioneiro do Paraná e Norte do Paraná, representadas pelas Associações de Prefeituras Municipais:
a) AMUNORPI - Associação de Municípios do Norte Pioneiro do Paraná, composta por 26 municípios, que são eles – Abatia, Andirá,
Barra do Jacaré, Cambará, Carlópolis, Conselheiro Mairinck, Curiúva, Figueira, Guapirama, Ibaiti, Jabotí, Jacarezinho, Japira, Joaquim
Távora, Jundiaí do Sul, Pinhalão, Quatiguá, Ribeirão Claro, Ribeirão do Pinhal, Salto do Itararé, Santana do Itararé, Santo Antônio da
Platina, São José da Boa Vista, Siqueira Campos, Tomazina, Wenceslau Braz.
b) AMUNOP -Associação dos Municípios do Norte do Paraná, composta por 19 municípios: Assai, Bandeirantes, Congonhinhas,
Cornélio Procópio, Itambaracá, Leópolis, Nova América da Colina, Nova Fátima, Nova Santa Bárbara, Rancho Alegre. Santa Amélia,
Santa Cecília do Pavão, Santa Mariana, Santo Antônio do Paraíso, São Jerónimo da Serra, São Sebastião da Amoreira, Sapopema,
Sertaneja e Uraí.
Coordenadas extremas: Norte: -22°47’43,7” S/50°57’39,9”W, Oeste: -23°21’16,6”S/51°00’19,1” W; Sul: - 24°07’29,56”
S/50°20’00,03”W; e Leste: - 23°44’01,8”S/49°32’53,3”W.
Número: IG200909
Requerente Associação dos Cacauicultores de Linhares
Nº de folhas 243 folhas
Nome Geográfico: Linhares
País/UF: BR/ES
Produto/Serviço: Cacau em amêndoas
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 31/07/2012
Delimitação: A delimitação está compreendida no território do município de Linhares no Estado do Espírito Santo, partindo-se do ponto de
coordenadas N7.825.873.49 e E412.485,48 no encontro do Rio Doce com o Oceano Atlântico, lado próximo a vila de regência, segue-
se ao norte com margem montante do Rio Doce até atingir o ponto 2 de coordenadas aproximadas N 7.845.435,53 e E394.239,33 daí
segue-se rumo sudeste com 13.850 metros envolvendo a região de Jataipeba e Palhal até atingir o ponto 3 de coordenadas
aproximadas N7.832.518,64 e E399.239,16 segue-se rumo oeste com 3.624 metros cruzando a es 440 até atingir o ponto 4 de
coordenadas aproximadas N7.831.683,22 e E395.699,14 segue- se rumo noroeste com 18.978 metros envolvendo a região de
Jataipeba e Palhal até o bairro de bebedouro do município de Linhares, até atingir o ponto 5 de coordenadas aproximadas de
N7.844.22,75 e E381.443,19 daí segue-se rumo sudoeste com 26.180 metros margeando as matas e montante ao Rio Doce até
próximo a divisa com o município de Colatina e atingir o ponto 6 de coordenadas aproximadas N7.835.985,72 e E356.592,76 segue-
se com rumo norte com 4.605 metros cruza o Rio Doce e atinge o ponto 7 de coordenadas aproximadas de N7.840.591,34 e
E356.643,13 segue-se rumo noroeste com 26.678 metros margeando as matas a jusante ao Rio Doce até o Vale do Rio Pequeno
atingindo o ponto 8 de coordenadas aproximadas N7.853.762,49 e E383.238,69 segue-se rumo sudeste com 7.600 metros até o
encontro do rio pequeno com o rio doce no ponto 9 de coordenadas aproximadas de N7.850.555,12 e E390.058,24 daí segue-se rumo
nordeste com 22.250 metros entre a cidade de Linhares e o Rio Doce até próximo a região de barro novo e atingir o ponto 10 de
coordenadas aproximadas E7.861.108,08 e E409.599,16 daí segue-se rumo sudeste com 25.300 metros passando pela região da
Lagoa do Zacarias até o ponto 11 de coordenadas aproximadas N7.837.465,95 e E418.554,95 próximo ao oceano atlântico, a vila de
povoação e Rio Monsaras, daí segue-se rumo sul margeando o Oceano Atlântico com 13.100 metros até o ponto 1 do início da
descrição, encerrando uma área de aproximadamente 760.638 quilômetros quadrados.

6
Número: IG200904
Requerente Cooperativa de produção têxtil de afins do algodão - COOPNATURAL
Nº de folhas 462 folhas
Nome Geográfico: Paraíba
País/UF: BR/PB
Produto/Serviço: Têxteis de algodão natural colorido
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 16/10/2012
Delimitação: O Estado da Paraíba localiza-se entre as seguintes coordenadas extremas: norte lat. 06°01’32” / long. 37°15’01”, sul lat.
08º18’09”/long. 36°59’27”, leste lat. 07°09’21”/long. 34°47’35” e oeste lat. 06°59’34”/long. 38º45’53”, limitando-se ao norte com o
Estado do Rio Grande do Norte, ao sul com o estado de Pernambuco, ao leste com o oceano atlântico e a oeste com o Estado do
Ceará. todos os limites naturais e coincidentes com limites estaduais, a não ser o limite leste onde o estado divisa com o Oceano
Atlântico.
Número: IG200908
Requerente Associação dos Produtores de Cachaça de Salinas
Nº de folhas 975 folhas
Nome Geográfico: Região de Salinas
País/UF: BR/MG
Produto/Serviço: Aguardente de cana tipo cachaça
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 16/10/2012
Delimitação: A área geográfica delimitada para produção possui uma área total de 2541,99 km², abrangendo a totalidade dos municípios de Salinas
e Novorizonte e parte dos municípios de Taiobeiras, Rubelita, Santa Cruz de Salinas e Fruta de Leite, todos situados ao norte do
Estado de Minas Gerais. considerando as coordenadas extremas, a região localiza-se entre os paralelos 16°18’01,2” e 15°50’59,4” ao
sul da linha do equador e entre os meridianos de 42°37’00,2” e 41°45’13,6” oeste de Greenwich.
Número: IG201103
Requerente Núcleo de Gestão do Porto Digital
Nº de folhas 673 folhas
Nome Geográfico: Porto Digital
País/UF: BR/PE
Produto/Serviço: Serviços de Tecnologia de Informação e comunicação através de desenvolvimento, manutenção e suporte
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 11/12/2012
Delimitação: Zona Especial do Patrimônio Histórico Cultural 09 – Zephc 09 – No Setor De Intervenção Controlada - Sic (...) No Centro da Região
Metropolitana de Recife, (...), Na Ilha de 100 hectares considerada como sítio histórico de Recife.
Quadrilátero do Bairro de Santo Amaro – Referente à área de expansão do Porto Digital (...), delimitada ao leste pela rua da Aurora
nos Trechos entre a Av. Mário Melo e a Avenida Norte; ao Sul pela Av. Mário Melo até o cruzamento com a Av. Cruz Cabugá; ao oeste
pela Av. Cruz Cabugá, nos trechos entre a Av. Mário Melo e Av. Norte; e, ao Norte Pela Av. Norte até a Av. Cruz Cabugá, conforme
Descrito Na Lei 17.762/2011.
Número: BR402012000002-0
Requerente Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes
Nº de folhas 338 fls.
Nome Geográfico: Altos Montes
País/UF: BR/RS
Produto/Serviço: Vinhos e espumantes
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 11/12/2012
Delimitação: A indicação de procedência Altos Montes é a área contínua localizada nos municípios de Flores da Cunha e Nova Pádua, totalizando

7
173,84km2, tendo como pontos extremos as seguintes coordenadas: 28°56’00” s e 51°16’38” WGR ao norte; 28°05’03” s e 51°10’53”
WGR ao sul; 28°58’50” S e 51°09’25” a Leste; 29°00’09” s e 51°22’38” WGR a Oeste.
Número: IG201107
Requerente Associação para o Desenvolvimento. da Renda Irlandesa de Divina Pastora
Nº de folhas 307 fls.
Nome Geográfico: Divina Pastora
País/UF: BR/SE
Produto/Serviço: Renda de agulha em Lacê
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 26/12/2012
Delimitação: A área delimitada para a Indicação de Procedência "Divina Pastora" fica estabelecida nos limites político-administrativos do município
de Divina Pastora no estado de Sergipe, localizado no território de planejamento do leste sergipano.
Criado através da Lei nº 554 de 06 de fevereiro de 1954, o Município limita-se ao norte com o município de Siriri, ao sul com o
município de Riachuelo, a oeste com os municípios de Maruim e Rosário do Catete. dista 39 km da capital Aracaju, cujo acesso à
sede dá-se através das rodovias, SE-160, SE-240 e SE-245, sendo esta última a principal rodovia de acesso, ligando Riachuelo à
Divina Pastora.
Segundo o IBGE, a área do Município é de 92 km², e o seu perímetro é de 66 km, estando totalmente inserida na folha topográfica SC
24-Z-B-IV (Aracaju), editada pelo MINTER/SUDENE, em 1974, e cuja sede está localizada na intersecção das coordenadas
geográficas 10°40'40" de latitude sul e 37°09'06"de longitude oeste.
Número: 201104
Requerente Associação São-Tiaguense dos produtores de biscoito
Nº de folhas 294 fls.
Nome Geográfico: São Tiago
País/UF: BR/MG
Produto/Serviço: Biscoito
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 05/02/2013
Delimitação: A delimitação da indicação de procedência São Tiago, compreende os limites geográficos do município de São Tiago no estado de
Minas Gerais, determinado pelas leis estaduais: nº336 de 27/12/1948, que define os limites entre os municípios de São Tiago e os
municípios de Bom Sucesso, Oliveira , Resende Costa; Lei estadual 2764 de 30/12/1962 que define os limites entre o município de
São Tiago e os municípios de Ritanópolis, Conceição da Barra de Minas (antiga Cassiterita) e pela Lei 1039 de 12/12/1953 que define
o limite entre o município de São Tiago e Nazareno. área total de 572,33 km2.
Número: IG200703
Requerente Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana
Nº de folhas 2865 fls.
Nome Geográfico: Alta Mogiana
País/UF: BR/SP
Produto/Serviço: Café
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 17/09/2013
Delimitação: A região delimitada de Alta Mogiana engloba os municípios de: Altinópolis; Batatais; Buritizal; Cajuru; Cristais Paulista; Franca;
Itirapina; Jeriquara; Nuporanga; Patrocínio Paulista; Pedregulho; Restinga; Ribeirão Corrente; Santo Antônio da Alegria e São José da
Bela Vista.

8
Número: IG201108 •

Requerente Comitê Executivo de fruticultura do RN


Nº de folhas 858 fls.
Nome Geográfico: Mossoró
País/UF: BR/RN
Produto/Serviço: Melão
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 17/09/2013
Delimitação: A área geográfica que delimita a Indicação de "Procedência Mossoró" está localizada no oeste do Estado do Rio Grande do Norte
entre os paralelos 4º 40' 55,2 “ e 5º 52' 37,2" de Latitude Sul e entre os meridianos 36º 25' 22,8" e 37º 47' 42" de Longitude Oeste,
compreendendo uma área de 8.340 km² segundo o IBGE. A área encontra-se a 250 km da zona metropolitana de Fortaleza e a 270
km de Natal. A área de produção delimitada abrange os municípios de Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Areia Branca, Açu,
Baraúna, Carnaubais, Grossos, Ipanguaçu, Mossoró, Porto do Mangue, Serra do Mel, Tibau e Upanema, todos do Estado do Rio
Grande do Norte, tendo os seguintes limites geográficos:
• Limite Norte: Oceano Atlântico;
• Limite Sul: Extremo Sul de Açu, Upanema e Mossoró;
• Limite Leste: Extremo sul de Alto do Rodrigues, Afonso Bezerra e Ipanguaçu;
• Limite Oeste: Extremo oeste de Baraúna, Mossoró e Tibau, que faz divisa com o Estado do Ceará.
Número: BR402012000005-5
Requerente Conselho Ass. Coop. Emp. Ent. Renda Renascença-Conarenda
Nº de folhas 240 fls.
Nome Geográfico: Cariri Paraibano
País/UF: BR/PB
Produto/Serviço: Renda renascença
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 24/09/2013
Delimitação: Mista
A delimitação da área da Indicação de Procedência para a produção da Renda Renascença da região conhecida como “CARIRI
PARAIBANO” corresponde aos limites políticos dos municípios de Monteiro, Camalaú, São João do Tigre, São Sebastião do
Umbuzeiro, Zabelê, Prata, Sumé e Congo.

Número: BR402012000006-3
Requerente Associação dos Vitivinicultores de Monte Belo do Sul
Nº de folhas 279 fls.
Nome Geográfico: Monte Belo
País/UF: BR/RS Estritamente
Produto/Serviço: Vinhos e espumantes
Convergecia
Espécie: Indicação de Procedência Façamos
Data do registro 01/10/2013
Fassamos
Delimitação: Mista
A região delimitada de “Monte Belo” é uma área continua localizada nos municípios de Monte Belo, Bento Gonçalves e Santa Tereza,
totalizando 56,09 km2, tendo como pontos cardeais extremos as seguintes coordenadas: 29º04’36”S e 51º40’19”WGr ao Norte (Ponto
3); 29º11’41”S e 51º38’24”WGr ao Sul (Ponto 9); 29º09’00”S e 51º36’23”WGr a Leste (Ponto 2); 29º08’49”S e 51º44’22”WGr a Oeste
(Ponto 6).

9
Número: BR402012000004-7
Requerente União das Associações e Cooperativas e Produtores de Cajuína do Piauí – PROCAJUÍNA
Nº de folhas 372 fls.
Nome Geográfico: Piauí
País/UF: BR/PI
Produto/Serviço: Cajuína
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 26/08/2014
Delimitação: A região delimitada de “PIAUÍ”, é a área definida pelo Estado do Piauí que limita-se com o Oceano Atlântico e, seguindo no sentido
horário, com os seguintes Estados: Ceará, Pernambuco, Bahia, Tocantins e Maranhão.
Número: BR2012000003-9
Requerente ORNAPESCA - Cooperativa P.P.A.P.O.M.A. Rio Negro
Nº de folhas 938 fls.
Nome Geográfico: Rio Negro
País/UF: BR/AM
Produto/Serviço: Peixes Ornamentais
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 09/09/2014
Delimitação: A região delimitada “Rio Negro”, para efeito de indicação de procedência para peixes ornamentais, está inserida no Estado do
Amazonas, sendo composta pelos municípios de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, conforme a declaração emitida pelo Centro
Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (CEPAM), órgão do Ministério do Meio Ambiente.
Número: BR402012000001-2
Requerente Associação dos Produtores de Aguardente de Qualidade da Microrregião Abaíra
Nº de folhas 385 fls.
Nome Geográfico: Microrregião Abaíra
País/UF: BR/BA
Produto/Serviço: Aguardente de Cana do Tipo Cachaça
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 14/10/2014
Delimitação: A área da indicação geográfica, na modalidade de Indicação de Procedência Microrregião de Abaíra. Para o produto aguardente de
cana, está localizada na região da Chapada Diamantina, estado da Bahia, abrangendo parte dos municípios da Abaíra, Jussiape,
Mucugê e Piatã, totalizando uma área de 272.914,6971ha conforme documento oficial nº 01/2013-DPDAG-BA expedido pelo
MAPA/SFA/BA-DPAG.
Número: BR2013000004-0
Requerente Conselho das Cooperativas, Associações, Entrepostos e Empresas de Afins a Apicultura do Pantanal do Brasil – CONFENAL
Nº de folhas 585 fls.
Nome Geográfico: Pantanal
País/UF: BR/MS/MT
Produto/Serviço: Mel
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 18/02/2015
Delimitação: A delimitação da área geográfica Pantanal corresponde ao bioma Pantanal que está presente em dois estados brasileiros, ocupa 25%
do Mato Grosso do Sul e 7% do Mato Grosso.
O Pantanal é subdividido em 11 pantanais, com suas respectivas delimitações:
O Pantanal de Porto Murtinho posiciona-se ao longo do Rio Paraguai, tendo como limites Norte e Sul os Rios Aquidauana e Apa,
respectivamente. Confinada entre a República do Paraguai e os relevos residuais do Complexo Rio Apa e Grupo Amonguijá e tendo a
Norte o Pantanal do Nabileque, essa unidade representa a extremidade meridional do Pantanal Sul-mato-grossense.
O Pantanal do Paraguai corresponde, em sua maior parte, à extensa planície de inundação do Rio Paraguai, desde a ilha do

10
Caracará, nos limites do Pantanal de Cáceres, até as bordas do Maciço do Urucum, ao Sul de Corumbá.
O Pantanal de Nabileque apresenta como limites: ao norte, o pantanal do Abobral, ao sul, a floresta chaquenha de Porto Murtinho; a
leste, o pantanal de Miranda; e a oeste, as matas situadas na fronteira boliviano-paraguaia. Está sob a jurisdição de Corumbá, sendo
um distrito do município. A área de Jacadigo é também incluída neste Pantanal.
O Pantanal de Porto Miranda apresenta os seguintes limites: ao norte, o pantanal de Abobral; ao sul, as florestas chaquenhas do
município de Porto Murtinho; a leste, o pantanal de Aquidauana; e a oeste, a Serra da Bodoquena e o pantanal de Nabileque.
O Pantanal de Aquidauana apresenta como limites: ao norte, o pantanal da Nhecolândia; ao sul, a própria cidade de Aquidauana; a
leste, a serra de Aquidauana; a oeste, os pantanais de Miranda e Abobral.
O Pantanal do Abobral limita-se, ao norte, com a Nhecolândia; ao sul, com os pantanais de Miranda e Nabileque; a leste, com o
pantanal de Aquidauana; e a oeste, com o rio Paraguai.
O Pantanal da Nhecolândia é um dos maiores da área considerada. A imensa maioria de seu território está situada dentro do
município de Corumbá, ficando apenas uma pequena parcela a leste sob jurisdição de Rio Verde de Mato Grosso. Segunda dados da
Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes (1974), sua área é de 23.574 km 2. Seus limites são: ao norte, o pantanal do
Paiaguás, sendo o rio Taquari o ponto de referência para a separação; ao sul, os pantanais de Abobral e Aquidauana, aparecendo o
rio Negro como importante marco divisório; a leste, o planalto central, atingindo-se o mesmo através da serra da Alegria e
desembocando-se na rodovia BR-163, de onde se atinge quase equidistantemente as cidades de Coxim e Rio Verde de Mato Grosso;
a oeste, o rio Paraguai.
O Pantanal de Paiaguás apresenta como limites, ao norte, o pantanal de Barão de Melgaço, servindo o rio Piquiri como marco
divisório entre os dois; ao sul, os pantanais da Nhecolândia e o Paiaguás; a leste, a serra de São Jerônimo, no limite com o planalto
central; e a oeste, as florestas dispostas na fronteira Brasil-Bolívia.
O Pantanal de Barão de Melgaço apresenta como limites, ao norte, uma linha imaginária que cruza a própria cidade, ao sul, o
pantanal de Paiaguás, ambos separados pelo rio Piquiri, a leste, o planalto central e, a oeste, o pantanal de Poconé, servindo aí o rio
Cuiabá como divisor de águas.
O Pantanal de Poconé limita-se, ao norte com a própria cidade de Poconé, zona mais alta de savana, ao sul com o rio São Lourenço,
no limite com o pantanal de Paiaguás, a leste com o pantanal de Barão de Melgaço e a oeste com o rio Paraguai.
O Pantanal de Cáceres apresenta como limites, ao norte, uma linha imaginária que cruza a própria cidade de Cáceres; ao sul, as
lagoas Uberaba e Gaiba e a zona do Caracará, no limite com o pantanal de Poconé, na junção dos rios Cuiabá e Paraguai; a leste, o
rio Paraguai; e a oeste, as florestas da fronteira boliviana.
Número: BR402014000006-9
Requerente Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos Espumantes, Sucos e Derivados – AFAVIN
Nº de folhas 408 fls.
Nome Geográfico: Farroupilha
País/UF: BR/RS
Produto/Serviço: Vinho Fino Branco Moscatel, Vinho Moscatel Espumante; Vinho Frisante Moscatel; Vinho Licoroso Moscatel; Mistela Simples
Espécie: Moscatel; Brandy de Vinho Moscatel
Data do registro 14/07/2015
Delimitação: A área geográfica contínua de 379,20 km2 que tem como pontos extremos as coordenadas 29º03’18”S e 51º24’10”WGr ao Norte;
29º19’39”S e 51º20’04”WGr ao Sul; 29º17’55”S e 51º15’10”WGr ao Leste; e 29º14’17”S e 51º29’03”WGr a Oeste, incluindo
integralmente o município de Farroupilha.
Número: BR402014000007-7
Requerente Associação dos Produtores da Tradicional Linguiça de Maracaju - APTRALMAR
Nº de folhas 360 fls.
Nome Geográfico: Maracaju
País/UF: BR/MS
Produto/Serviço: Linguiça
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 24/11/2015
Delimitação: Partindo do ponto denominado M1, de coordenadas geográficas (S 21º01’51” W 55º14’45”) cravado na margem do Ribeirão

11
Taquarussu, na barra do Córrego Cangalha; deste segue por este córrego acima até sua mais alta cabeceira, no espigão do divisor de
águas dos Rios Brilhante e Dois Irmãos do Buriti; deste segue por este espigão até o ponto confrontante com o afluente da margem
esquerda do Rio Dois Irmãos (braço esquerdo), ponto M2, de coordenadas geográficas (S 20º59’56” W 55º16’24”); deste segue por
este espigão, sentido nordeste, até a mais alta cabeceira do Rio Brilhante, ponto M3, de coordenadas geográficas (S 21º00’51” W
55º14’45”); deste segue por este Rio Brilhante abaixo até a barra do Rio Santa Maria, ponto M4, de coordenadas geográficas (S
20º49’54” W 54º49’49”); deste segue pelo Rio Santa Maria acima até a barra do Córrego Passa Cinco, de coordenadas geográficas
(S 21º50’55,8” W 55º29’54”), deste segue por este córrego acima até sua mais alta cabeceira, ponto M5, de coordenadas geográficas
(S 21º45’25” W 55º43’18”); deste segue em linha reta pelo divisor de águas até a mais alta cabeceira do Rio Feio, ponto M6, de
coordenadas geográficas (S 21º47’08” W 55º43’32”); deste segue por este Rio abaixo até a Barra com o Rio Santo Antônio, ponto
M7, de coordenadas geográficas (S 21º37’05” W 55º54’17”); deste segue por uma linha reta até a interseção com o paredão da Serra
de Maracaju, ponto M8, de coordenadas geográficas aproximadas (S 21º47’06” W 55º43’32”), deste segue por este paredão até a
referida barra do ponto inicial M1, fechado assim o perímetro descrito.
Número: BR402013000006-6
Requerente Cooperativa dos Produtores de Açafrão de Mara Rosa – COOPERAÇAFRÂO
Nº de folhas 563 fls.
Nome Geográfico: Região de Mara Rosa
País/UF: BR/GO
Produto/Serviço: Açafrão
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 02/02/2016
Delimitação: A área a ser considerada como indicação de procedência abrange os municípios de Mara Rosa, Amaralina, Formoso e Estrela do
Norte, compreendida no fuso 22 possuindo o seguinte perímetro: do primeiro ponto, de coordenadas aproximadas 49°57’48’’W e
13°41’58’’S, que é o ponto da extremidade oeste da região limitada pelos municípios descritos acima, seguindo pela linha da divisa ao
sul, tendo à esquerda o município de Mundo Novo e abaixo os municípios de Uirapuru, Santa Terezinha e Campos Verdes, até o
segundo ponto na extremidade sul do município de Mara Rosa, com coordenadas 49°16’41’’W e 14°12’48’’S fazendo divisa com os
municípios de Nova Iguaçu de Goiás e Alto Horizonte; seguindo rumo ao norte pela divisa dos municípios citados, tendo à direita o
município de Campinorte até o terceiro ponto de coordenadas 48°48’37’’W e 13°27’37’’S no município de Formoso na divisa com
Trombas; segue a partir daí rumo leste pela linha que limita a região delimitada até o quarto ponto com coordenadas 49°08’02’’W e
13°40’30’’S na divisa de Estrela do Norte e Mutunópolis, prosseguindo rumo leste até atingir o primeiro ponto, onde iniciou-se a
descrição deste. Finalizando com uma área total do perímetro de aproximadamente 4.250 Km²
Número: BR402014000012-3
Requerente Instituto Bordado Filé das Lagoas de Mundaú-Manguaba
Nº de folhas 768 fls
Nome Geográfico: Região das Lagoas Mundaú-Manguaba
País/UF: BR/AL
Produto/Serviço: Bordado Filé
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 19/04/2016
Delimitação: O território corresponde a aproximadamente 252 km2, abrangendo o Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba e áreas na sua
circunvizinhança.

12
Número: BR402015000008-8
Requerente Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis -APC
Nº de folhas 278
Nome Geográfico: Carlópolis
País/UF: BR/PR
Produto/Serviço: Goiaba
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 17/05/2016
Delimitação: Municípios de Carlópolis e Ribeirão Claro, no Estado do Paraná
Número: BR402014000001-8
Requerente Conselho do Café da Mogiana de Pinhal - COCAMPI
Nº de folhas 1258 fls.
Nome Geográfico: Região de Pinhal
País/UF: BR/SP
Produto/Serviço: Café Verde e Café Torrado e Moído
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 19/07/2016
Delimitação: “Os municípios que compõem a Região de Pinhal são Espírito Santo do Pinhal, Santo Antônio do Jardim, Aguaí, São João da Boa
Vista, Água da Prata, Estiva Gerbi, Mogi Guaçu e Itapira, todos localizados no Estado de São Paulo. A região possui coordenadas
extremas: Norte 21º49'6.33”S (município de Águas da Prata), Sul 22º35'9.66”S(município de Itapira), Leste 46º35'54.87”W (município
de Santo Antônio do Jardim) e Oeste 47º14'31.52”W (município de Mogi Guaçu). Dentro da Região de Pinhal, o município de Espirito
Santo do Pinhal é o maior produtor de café, sendo que já cultivava café em meados da década de 1980.ua área é de 394 km², a
altitude da sede atinge 870 m. Encontra-se a uma latitude 22º11'00” sul e a uma longitude 46º44'00” oeste, com clima temperado,
sujeito às variações moderadas; Seus limites são, ao norte com as cidades de Aguaí, São João do Boa Vista e Santo Antônio do
Jardim; ao sul, com Mogi Guaçu, Itapira e Jacutinga (MG); ao leste, com Jacutinga (MG) e Santo Antônio Jardim e a oeste, com Aguaí
e Mogi Guaçu. Sua distância é de 190 km da cidade de São Paulo capital do Estado. O Rio Mogi Guaçu corta o Município de Pinha l,
no extremo sudeste, a partir da Fazenda Guatapará até a confluência do Rio Eleutério, que é a nossa divisa natural com o município
de Itapira. Os rios do Espirito Santo do Pinhal pertencem às bacias hidrográficas do Mogi Guaçu e do Jaguari Mirim. O grande espigão
central sobre o qual a cidade funcional como um dispersor de águas, que demandam as citadas bacias. A Região de Pinhal se localiza
entre os contrafortes da face paulista da Serra da Mantiqueira, na parte noroeste do Estado de São Paulo e junto à fronteira estadual
com Minas Gerais. Pertencem à grande morfoestrutura, conhecida por Planalto Atlântico. Neste vasto planalto, temos variações
fisionômicas regionais, que possibilitam delimitar unidades geomorfológicas distintas. O relevo é composto por morros e cristas, com
topos convexos, típica dos chamados “mares de morros”. As altitudes variam de leste para oeste, na divisa com o Estado de Minas
Gerais estão entre 900 a 1.100 metros e, parte central, onde está a sede municipal, variam entre 800 a 900 metros. As rochas desta
parte morfológica são constituídas por gnaisses e magmatitos e os solos são do tipo Cambissolos e Podzólicos vermelho-amarelado,
sendo que nestes solos são comuns os afloramentos rochosos nas encostas mais inclinadas. São facilmente encontradas, ainda,
grandes rochas arredondadas formadas pelas intempéries, chamadas matacões. Ao norte do Espirito Santo do Pinhal, um desses
esporões recebe o nome local de Serra do Bebedouro, com altitudes que podem atingir 1.200 metros, onde esta Fazenda Santa Inês
e vizinhanças. A Serra do Bebedouro serve, em alguns segmentos, de divisa estadual com Minas Gerais e, também, divisa com o
município vizinho de Santo Antônio do Jardim. Ao sudeste está a Serra da Boa Vista, onde encontramos as fazendas Juventina,
Floresta, Boa Vista, Funil, Guatapará e outras

13
Número: BR402014000004-2
Requerente Associação dos Produtores de Inhame São Bento do Espirito Santo - APISBES
Nº de folhas 670 fls.
Nome Geográfico: Região São Bento de Urânia
País/UF: BR/ES
Produto/Serviço: Inhame
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 20/09/2016
Delimitação: A área delimitada da Indicação de Procedência “Região São Bento de Urânia” para inhame abrange os municípios de Alfredo Chaves,
Castelo, Domingos Martins, Marechal Floriano, Venda Nova do Imigrante e Vargem Alta conforme laudo da delimitação da área.
Número: BR402015000003-7
Requerente Associação Norte Noroeste Paranaense dos Fruticultores - ANFRUT
Nº de folhas 604 fls.
Nome Geográfico: Marialva
País/UF: BR/PR
Produto/Serviço: Uvas Finas de Mesa
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 27/06/2017
Delimitação: A área geográfica a ser protegida está restrita às regiões produtoras de uva dos municípios de Marialva e Sarandi, no estado do
Paraná.
Número: BR402015000011-8
Requerente Associação dos Amigos da Erva Mate de São Mateus
Nº de folhas 1471 fls.
Nome Geográfico: São Matheus
País/UF: BR/PR
Produto/Serviço: Erva-mate
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 27/06/2017
Delimitação: Municípios de Antônio Olinto, Mallet, Rebouças, Rio Azul, São Mateus do Sul e São João do Triunfo
Número: BR402015000012-6
Requerente Cooperativa Agrofamiliar Solidária – COOFAMEL
Nº de folhas 458 fls.
Nome Geográfico: Oeste do Paraná
País/UF: BR/PR
Produto/Serviço: Mel de abelha Apis Melífera Escutelata (Apis Africanizada) - Mel de abelha Tetragonisca Angustula (Jataí)
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 04/07/2017
Delimitação: A área geográfica denominada Oeste do Paraná corresponde à Mesorregião Geográfica Oeste Paranaense, e que é composta pelos
seguintes municípios: Anahy, Assis Chateaubriand, Boa Vista da Aparecida, Braganey, Cafelândia, Campo Bonito, Capitão Leônidas
Marques, Cascavel, Catanduvas, Céu Azul, Corbélia, Diamante do Sul, Diamante do Oeste, Entre Rios do Oeste, Formosa do Oeste,
Foz do Iguaçu, Guaíra, Guaraniaçu, Ibema, Iguatu, Iracema do Oeste, Itaipulândia, Jesuítas, Lindoeste, Marechal Cândido Rondon,
Maripá, Matelândia, Medianeira, Mercedes, Missal, Nova Aurora, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Pato Bragado,
Quatro Pontes, Ramilândia, Santa Helena, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, Santa Terezinha de Itaipu, São Jose das Palmeiras,
São Miguel do Iguaçu, São Pedro do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo, Três Barras do Paraná, Tupãssi, Vera Cruz
do Oeste.

14
Número: BR402015000002-9
Requerente Central das Cooperativas dos Produtores Familiares do Vale do Juruá - CENTRAL JURUÁ
Nº de folhas 766 fls.
Nome Geográfico: Cruzeiro do Sul
País/UF: BR/AC
Produto/Serviço: Farinha de Mandioca
Espécie: Indicação de Procedência
Data do registro 22/08/2017
Delimitação: A área geográfica delimitada para a indicação de procedência "Cruzeiro do Sul" é coincidente com a área da Regional Juruá, estando
localizada na Região Oeste do Estado do Acre, abrangendo os municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul. Porto
Walter e Marechal Thaumaturgo.

Total – 45 IP
Nacionais – 45

15
Anexo 2. Referência bibliográfica sobre a importância da erva-mate em São Mateus Do Sul. (CESAR, 1952).
1

FICHA TÉCNICA DE
REGISTRO DE INDICAÇÃO
GEOGRÁFICA
1. INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

País de origem:
Brasil
Nome da Indicação Geográfica:
São Matheus
Espécie: ( X ) IP ( ) DO
Número do registro no Brasil:
BR402015000011-8
Data de concessão do registro:
27/06/2017
Publicação da concessão do registro:
http://revistas.inpi.gov.br/pdf/Indicacoes_Geograficas2425.pdf
Caderno de Especificações Técnicas:
https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/indicacoes-geograficas/arquivos/cadernos-de-especificacoes-
tecnicas/SoMatheus.pdf
Representação figurativa/gráfica: ( ) Não se aplica

2. REQUERENTE DO REGISTRO

Nome ou razão social: Associação dos Amigos da Erva Mate de São Mateus

CPF / CNPJ: 22.982.156/0001-58

Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 1376 – piso superior, Prohmann

Cidade/UF: São Matheus do Sul/PR CEP: -


2

Telefone: +55 42 3532-1336 Fax: -


E-mail: -

3. PROCURADOR (X) Não se aplica

Nome do Procurador

4. ÁREA GEOGRÁFICA

Delimitação da área geográfica:


Municípios de Antônio Olinto, Mallet, Rebouças, Rio Azul, São Mateus do Sul e São João do
Triunfo.

5. DESCRIÇÃO DO PRODUTO/SERVIÇO

Natureza: (X) Produto ( ) Serviço

Nome: Erva-mate
Especificações e características:
Os produtos da Indicação de Procedência São Matheus serão elaborados a partir de partes vegetais de
erva-mate (Ilex paraguariensis St HilI.) 100% procedentes da região delimitada para esta Indicação.
São protegidos pela IG, os seguintes produtos: sementes de erva-mate, mudas de erva-mate, erva-
mate cancheada, erva-mate para chimarrão, erva-mate pare tererê e chá mate.
Relação com área geográfica:
A erva-mate São Matheus pode ser considerada uma das mais famosas, se não a erva-mate mais
conhecida do Brasil. Sua região produtora é formada por seis municípios no sul do Paraná. Já ao
final do século XIX, com a chegada de colonizadores europeus, a colônia chamada São Matheus
tinha forte atividade ervateira. O porto, à beira do rio Iguaçu, fez com que o então município se
tornasse “sede”, centralizando a atividade ervateira da região.
A região de São Matheus é a principal responsável pela produção de erva-mate e responde por 14%
da produção nacional, o que representava cerca de 50 milhões de toneladas no ano de 2009.
A análise dos mapas (cartas climáticas e mapas geológicos) apresentados no estudo da UFPR mostra
que a região próxima a São Mateus do Sul (antiga colônia São Matheus) possui condições
edafoclimáticas peculiares. O volume colhido a cada ano, em áreas de ocorrência natural da planta
(ervais nativos), torna a região uma das maiores produtoras de erva-mate do país. Isso permite que o
ambiente favoreça o desenvolvimento da atividade e é capaz de conferir tipicidade à erva-mate
colhida e aos produtos elaborados.
3

6. ESTRUTURA DE CONTROLE

Controle feito por: Conselho regulador

O Conselho Regulador é constituído por:


I - Cinco membros eleitos pela Assembleia Geral Ordinária dentre os
Observações: associados efetivos ou fundadores;
1I - Um membro de instituição técnico cientifica, com conhecimento
em erva-mate e eleito pela Assembleia Geral.
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

Favor responder o questionário abaixo


sobre o consumo de ERVA-MATE na
fronteira do Brasil com Paraguai
A identidade de um produto busca evidenciar os seus atributos e qualidades bem como os
benefícios em adquiri-lo; essa pesquisa tem como propósito analisar a possibilidade de compra da
Erva-mate, que pode contribuir para a proteção, conservação e restauração domeio ambiente,
representando uma fonte de renda para pequenos agricultores familiares que veem na extração da
cultivar seu sustento garantido.

Para saber mais: Ponta Porã no Mato Grosso do Sul é historicamente conhecida como a “Princesinha
dos Ervais”, apelido oriundo da grande produção ervateira no século XIX. Asconstruções e
elementos culturais no município fronteiriço ao Paraguai possuem ligaçãoa este período de produção
da erva-mate. Desta feita, todos estes elementos sociais somados à cultura orgânica e artesanal da
Cooperativa Erva-Mate Princesinha revelam seu valor inestimável.

A Indicação Geográfica ou de origem é usada para identificar a origem de produtos eserviços


de um local que tenha se tornado conhecido pela sua origem.

Embalagem Fictícia:

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 1/11
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

Embalagem Fictícia:

1. 1) Gênero

Marcar apenas uma oval.

Feminino

Masculino Prefiro

não dizer

2. 2) Idade/faixa etária

Marcar apenas uma oval.

Abaixo de 15 anos

16 a 30 anos

31 a 45 anos

46 a 60 anos Acima

de 61 anos

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 2/11
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

3. 3) Você consome a erva-mate em alguma das formas abaixo? (Assinale quantas


alternativas desejar).

Marque todas que se aplicam.

Chimarrão
Tereré
Chá-mate
Não, mas gostaria de experimentarNão
consumo

4. 4) Com que frequência você consome a erva-mate?

Marcar apenas uma oval.

Diariamente

EsporadicamenteNão

consumo

5. 5) Se consome, possui alguma marca preferida?

6. 6) Você comprou ou compraria erva-mate pela internet?

Marcar apenas uma oval.

sim

Não

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 3/11
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

7. 7) Você daria preferência a marcas que contivessem SELOS relacionados a


responsabilidade social/preservação ambiental/promoção regional?

Marcar apenas uma oval.

Sim

Não

Indiferente

8. 8) Você conhece as propriedades químicas da erva-mate?

Marcar apenas uma oval.

Sim

Não

9. Se sim, cite até 3 propriedades:

10. 9) Se destacadas as questões históricas e culturais da erva-mate na embalagem


do produto, isso influenciaria na sua decisão de aquisição?

Marcar apenas uma oval.

Muito Pouco

Indiferente

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 4/11
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

11. 10) Caso a produção promovesse o desenvolvimento social de agricultores


familiares, isso influenciaria na sua decisão em adquirir determinada marca de
erva-mate?

Marcar apenas uma oval.

Muito Pouco

Indiferente

12. 11) Você tem conhecimento sobre produtos com SELOS DE IDENTIFICAÇÃO DE
ORIGEM?

Marcar apenas uma oval.

Sim

Não

13. 12) Quando vai as compras você costuma dar preferência a produtos com
SELOS DE IDENTIFICAÇÃO DE ORIGEM?

Marcar apenas uma oval.

Sim

Não

Indiferente

14. 13) Caso houvesse marcas de erva mate comercializadas com SELO DE
IDENTIFICAÇÃO DA FRONTEIRA, isso influenciaria na sua decisão em adquiri-
las?

Marcar apenas uma oval.

Muito Pouco

Indiferente

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 5/11
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

15. 14) Neste sentido se houvesse marcas de erva-mate comercializadas com SELO
DE CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA, isso influenciaria na decisão de aquisição do
produto?

Marcar apenas uma oval.

Muito Pouco

Indiferente

16. 15) Caso o PRODUTO CERTIFICADO tivesse preço superior aos não certificados
você estaria disposto a pagar um pouco mais pelo produto certificado?

Marcar apenas uma oval.

Sim

Não

Indiferente

17. 16) Você teria interesse em visitar e/ou conhecer pontos culturais e históricos
relacionados à produção de erva-mate?

Marcar apenas uma oval.

Muito Pouco

Indiferente

18. 1) Gênero

Marcar apenas uma oval.

Feminino

Masculino Prefiro

não dizer

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 6/11
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

19. 2) Idade/faixa etária

Marcar apenas uma oval.

Abaixo de 15 anos

16 a 30 anos

31 a 45 anos

46 a 60 anos Acima

de 61 anos

20. 3) Você consome a erva-mate em alguma das formas abaixo? (Assinale quantas
alternativas desejar).

Marque todas que se aplicam.

Chimarrão
Tereré
Chá-mate
Não, mas gostaria de experimentarNão
consumo

21. 4) Com que frequência você consome a erva-mate?

Marcar apenas uma oval.

Diariamente

EsporadicamenteNão

consumo

22. 5) Se consome, possui alguma marca preferida?

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 7/11
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

23. 6) Você comprou ou compraria erva-mate pela internet?

Marcar apenas uma oval.

sim

Não

24. 7) Você daria preferência a marcas que contivessem SELOS relacionados a


responsabilidade social/preservação ambiental/promoção regional?

Marcar apenas uma oval.

Sim

Não

Indiferente

25. 8) Você conhece as propriedades químicas da erva-mate?

Marcar apenas uma oval.

Sim

Não

26. Se sim, cite até 3 propriedades:

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 8/11
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

27. 9) Se destacadas as questões históricas e culturais da erva-mate na embalagem


do produto, isso influenciaria na sua decisão de aquisição?

Marcar apenas uma oval.

Muito Pouco

Indiferente

28. 10) Caso a produção promovesse o desenvolvimento social de agricultores


familiares, isso influenciaria na sua decisão em adquirir determinada marca de
erva-mate?

Marcar apenas uma oval.

Muito Pouco

Indiferente

29. 11) Você tem conhecimento sobre produtos com SELOS DE IDENTIFICAÇÃO DE
ORIGEM?

Marcar apenas uma oval.

Sim

Não

30. 12) Quando vai as compras você costuma dar preferência a produtos com
SELOS DE IDENTIFICAÇÃO DE ORIGEM?

Marcar apenas uma oval.

Sim

Não

Indiferente

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 9/11
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

31. 13) Caso houvesse marcas de erva mate comercializadas com SELO DE
IDENTIFICAÇÃO DA FRONTEIRA, isso influenciaria na sua decisão em adquiri-
las?

Marcar apenas uma oval.

Muito Pouco

Indiferente

32. 14) Neste sentido se houvesse marcas de erva-mate comercializadas com SELO
DE CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA, isso influenciaria na decisão de aquisição do
produto?

Marcar apenas uma oval.

Muito Pouco

Indiferente

33. 15) Caso o PRODUTO CERTIFICADO tivesse preço superior aos não certificados
você estaria disposto a pagar um pouco mais pelo produto certificado?

Marcar apenas uma oval.

Sim

Não

Indiferente

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 10/11
09/10/21, 16:07 Favor responder o questionário abaixo sobre o consumo de ERVA-MATE na fronteira do Brasil com Paraguai

34. 16) Você teria interesse em visitar e/ou conhecer pontos culturais e históricos
relacionados à produção de erva-mate?

Marcar apenas uma oval.

Muito Pouco

Indiferente

Este conteúdo não foi criado nem aprovado pelo Google.

Formulários

https://docs.google.com/forms/d/1WFhU_hT9L99FqqDwME8C5F8E0Jl5yszbp3XDuO8kPZI/edit 11/11
Firefox about:blank

1 of 3 07/07/2021 14:31
Firefox about:blank

2 of 3 07/07/2021 14:31
Firefox about:blank

3 of 3 07/07/2021 14:31
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

Questionário sobre o reconhecimento da erva-mate (Indicação Geográfica) em


São Mateus do Sul - PR
Pesquisadora: Helen Cristiane Caetano Ribeiro de Oliveira
helen.caetano@hotmail.com
Mestranda em Desenvolvimento Regional e Sistemas Produtivos
UEMS – Unidade Ponta Porã – MS
Orientador: Prof. Dr. Moises Centenaro
Entrevistado: Ronaldo Toppel

Boa tarde Helen, como cê falou pra mim que eu podia responder por

áudio pra você... eu me sinto mais à vontade.

Qualquer dúvida depois pode perguntar... diferente ou mandar um áudio

que eu respondo de outra forma. Então vamô lá.

1) Qual a sua relação com a Associação dos Amigos da Erva-Mate de São

Mateus?

Qual a sua relação com a Associação dos Amigos da Erva-Mate de São

Mateus... É... desdo começo da, da ideia de indicação geográfica de, de,

que a gente começou pelo SEBRAE... eu faço parte desde dessa primeira

equipe, que foi, que foi pra Curitiba, foi descobrir o quê que era indicação

geográfica, se a gente tinha potencial ou não... daí eu fui eleito o primeiro

presidente né, antes da, da... da gente tê a indicação geográfica mesmo,

pra antes, na formação da associação sócio fundador, eh... e o primeiro

presidente e o... fui reeleito pra mais dois anos, que é o mandato nosso

aqui, então eu fiquei quatro anos como presidente. Nos primeiros a gente

conseguiu, teve todo apoio, pra, pra fazer a associação, até antes da

associação na verdade, é... a parte de documentação, de estatuto, de

regras, de tudo a gente teve uma ajuda, é...muito, muito, muito grande do
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

professor Agenor Macari que foi o técnico do SEBRAE que orientou a

gente aqui, ele é um apaixonado por erva-mate também, e... até acho que

cê podia mandar esse questionário pra ele também. Qualquer coisa eu

passo o contato. É... ele deu todo o apoio ao SEBRAE, vinha com as

coisas, as demandas que a gente tinha pra, pra formar essa associação.

Então... desde lá até hoje, depois eu fui vice presidente, hoje sou membro

do conselho regulador.

2) É produtor de erva mate, proprietário de ervateira ou outro profissional

ligado a exploração da erva mate?

Resposta número dois:

É produtor de erva-mate, proprietário de ervateira ou outro profissional

ligado a exploração da erva-mate? Eu sou produtor da erva-mate, a minha

família, meu pai já teve indústria mate, mas era uma empresa familiar, a

gente dividiu a empresa e eu fiquei com a parte do campo. Então eu sou

produtor de folha. É... eu sou apaixonado por essa cultura, é... e, e vivo

minha vida, gira em torno da erva-mate. E... se cê entrar aqui no meu

escritório tudo que tem nele é ligado a erva-mate. É... meu pai já foi

presidente sindicato das industrias no (incompreensível) do Paraná

também, então eu já vem de família, essa, essa paixão pela erva-mate.

3) Antes da concessão da Indicação Geográfica como estava a produção

da erva mate em São Mateus do Sul?

Antes da concessão... a pergunta número três.

Antes da concessão da indicação geográfica como estava a produção de

erva-mate em São Mateus do Sul? A produção da erva-mate aqui na


UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

nossa região, ela sempre foi bem vista, pelo fato de, de fazer parte dessa

região de erva-mate sombreada, de ser uma planta nativa da nossa

região, é... a erva-mate nativa só existe do Mato Grosso até o Paraguai,

de forma nativa, e... especificamente no Planalto norte de Santa Catarina

e Região Sul do Paraná, que fica essa região de erva-mate sombreada,

que realmente é o diferencial que a gente tem. Então... sempre ela foi

bastante valorizada, é... mais com a indicação geográfica, a gente adotou

as técnicas diferentes e... conduções diferentes... pra, pra melhorar a

qualidade do nosso produto que foi a implantação das boas práticas

agrícolas, que acredito que isso tenha sido uma, um, um processo

pioneiro de qualificar os produtores, pra ter, ter qualidade além da, do

produto, qualidade na produção. É... que, que cuida da, de toda parte

ambiental, de toda parte legislação... toda parte trabalhista, toda a parte

de higiene, por ele ta trabalhando com alimento, então... é... essa

qualificação veio depois da, da ideia de indicação geográfica. Então a

cada ano, a associação faz um curso de boas práticas agrícolas em torno

de... dez, vinte ou trinta produtores são qualificados todos, todos os anos,

pra implantar as boas práticas agrícolas. Que também além disso, tem

toda a parte de rastreabilidade, de controle, de... de realmente você saber

o que cê está fazendo na sua propriedade.

4) Depois que o município recebeu a certificação da Indicação Geográfica

quais mudanças ocorreram para o seu negócio?

Pergunta número quatro:


UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

Depois que o município recebeu a certificação da Indicação Geográfica

quais as mudanças ocorreram para o seu negócio? Na verdade a

visibilidade que a gente teve, a gente teve muita, muita mídia espontânea

em cima disso, é... o processo de indicação geográfica gerou um processo

de identificação da nossa população com o produto erva-mate, porque ele

tem um, uma, eles são, são três pilares importantes aqui em São Mateus

que, que funciona é... na parte de, de, de turismo, ou de origem que, que

basicamente é a cultura polonesa, que é uma cidade que foi fundada

oficialmente por quatro Colônias polonesas, a navegação do Rio Guaçu,

que aconteceu, que fez o primeiro ciclo de erva-mate, que, que até tem

muitas fotos, muitas coisas bonitas com relação aos vapores que subiu o

Rio Guaçu até Curitiba, carregado com erva-mate que depois pegava o,

a estrada de ferro pra Paranaguá pra fazer exportação dessa erva-mate,

então, o primeiro ciclo econômico da, da nossa cidade além da madeira,

foi a erva-mate, inclusive o Estado, também virou o Estado de Paraná, por

causa da erva-mate, tanto que na, nos dois brasões e nas bandeiras do

município do estado tem ramos de erva-mate. É... e depois a gente

conseguiu agregar um valor com relação a, a... ao produto em si, que isso

que é a parte que, que é mais importante pro nosso bolso obviamente...

era o que a gente procurava, mas sabia que isso acontece com o decorrer

do tempo, não é de um dia pro outro, que pelo fato de ter indicação

geográfica você vai ter imediatamente um... um retorno financeiro. Mais

que gradativamente isso tá acontecendo, com o lançamento do nossos

produtos, com uma procura maior, com uma, é... isso valorizou o nosso

produto.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

5) Você observou mais oportunidades relacionadas a exploração da erva

mate?

É... você observou mais oportunidades relacionadas a exploração da

erva-mate? Eu vejo que sim. É... a gente tem... apensar da gente ta no

meio da floresta, é... a gente tem uma, uma, um apelo ambiental muito

forte, muito forte. Só que ao mesmo tempo a gente tem alguns problemas

na parte ambiental, porque a gente não pode, necessariamente fazer um

manejo que a gente desejaria pra melhorar o cultivo de erva-mate, então...

é... a gente precisa disso, ta, ta lutando pra esse tipo de coisa ser

reconhecido como uma cultura, uma, um apelo ecológico que mantem a

floresta cultivando a erva-mate, que se não... a maioria da, da, das outras

regiões tiram floresta pra fazer agricultura, e na, a erva-mate não

necessariamente cê vai fazer isso... inclusive quando é a, o, ela

dificilmente na nossa região ela é vista como uma monocultura, sempre

ela ta inserida no meio da floresta, e ela tem um alcance muito grande,

porque é...é feito de muitos pequenos agricultores, e quase todos eles

tem erva-mate na propriedade e vão aproveitar isso. E as oportunidades

também com isso, é... o fato da indicação geográfica me fez e... e, e, a...

conhecer muito mais lugares e... e outras, outras ideias de indicações

geográficas de outras regiões que, que eu pude conhecer, que você faz

uma troca de experiência muito importante na, na base de que, de que cê

vê uma dificuldade que eles, que a outra, o outro pessoal tem e você não

tem, você consegue ajudar, uma dificuldade que você tem e eles tem uma
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

solução pra você, então essa troca e essa experiência relacionada com

erva-mate é... foi bem importante.

Então... espero que eu tenha conseguido responder as suas perguntas,

tô disposto a responder qualquer outra que cê, que você quiser, e.. e tô a

disposição pra te ajudar, ta bom?

6) Se é produtor da erva mate, há exigência para que seu produto seja

comercializado com o selo da Indicação Geográfica?

Voltando hehehe, eu não vi que tinha as seis aulas aqui, respondi só até

a cinco. Se é produtor da erva-mate, há exigência para que seu produto

seja comercializado com selo da Indicação Geográfica? É...

quando...porque não... não é toda propriedade que é com indicação

geográfica, são estalhões específicos ou como a gente diz é a cereja do

bolo da minha propriedade, é... os melhores lotes que tão separados e

são conservados pra, pra que possa ser colhido ali como Indicação

Geográfica. E... nessas áreas com certeza, quando tem essa colheita que

faz todo o controle em cima disso... é... eu quero e me orgulho muito de

que seja comercializado com selo, sem dúvida nenhuma, é... esse...

7) Se sim, foi fácil adaptar-se às exigências?

Ahhh desculpe! Agora entendi... a pergunta também... exigência sim... é

aquilo que eu já te falei antes das boas práticas agrícolas, é... no

começo a... tudo que é novo tem uma certa dificuldade mais a partir do

momento que a, que a... você... a... as pessoas que trabalham com

você, se adaptam aquilo vira, já vira uma rotina então... é... hoje em dia

eu não tenho dificuldade nenhuma de... de trabalhar com essa

exigências, é... mesmo porque eu já tentava faze tudo da melhor forma


UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

possível. Mas de forma normatizada, como foi no boas práticas agrícolas

foi depois da certificação.

8) Na sua opinião os produtores ou pessoas ligadas de alguma forma a

exploração da erva mate se mobilizaram em um esforço comum para

alcançar a Indicação Geográfica?

Pergunta número oito. Na sua opinião os produtores ou pessoas ligadas

de alguma forma a exploração da erva-mate se mobilizaram em um

esforço comum para alcançar a Indicação Geográfica? Isso sem dúvida

nenhuma, por já ter respondido na outra, na outra questão, é... o município

inteiro e a nossa região é... virou pra erva-mate, de... se orgulhou de ser

produtor de erva-mate, é... foi uma, uma, uma mobilização muito grande,

não, não só de indústrias e... e produtores, mas da comunidade em geral.

De vendo isso realmente como potencial turístico, como um potencial de

localização da cidade no mapa, de saber onde que cê ta passando. Então

isso foi muito importante, tanto que, é... desde o começo a gente já tinha

essa ideia que todo mundo tinha que participa. Não necessariamente

precisa se indústria você se é... produtor de, de folha, pra você faze parte

da associação. Qualquer pessoa que seja amigo da erva-mate ela pode

ta na associação obviamente que ela só não pode ser o presidente, mas

pode até fazer parte, desde que seja um membro efetivo contribuinte, ele

pode fazer parte da diretoria sem dúvida nenhuma. Inclusive, é... em

alguns casos tem é... por exemplo, a gente tem advogados que fazem

parte da associação e não são produtores, eles ajudam a gente na parte

jurídica, é... pessoal de indústria que ta ligado com, com controles de, de
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

ISO, de uma coisa assim, eles tem muita coisa pra contribui com a gente

pro nosso controle, então... a gente faz questão que todas as pessoas

façam parte dessa associação.

9) Quais as principais dificuldades encontradas?

Pergunta número nove. Quais as principais dificuldades encontradas?

É... pela colonização polonesa que a gente tem é... o povo polonês num,

num primeiro momento, ele, ele é bastante fechado. É... então ele vê

sempre com uma certa desconfiança o que cê ta falando pra ele, mas a

partir do momento em que ele acredita ele, ele ajuda você da melhor

forma possível.

10) A IG contribui para o desenvolvimento de outros produtos à base de

erva-mate?

A IG, pergunta número dez. A IG contribui para o desenvolvimento de

outros produtos à base de erva-mate? Também... isso foi, foi feito, a gente

teve na cidade já..., antes teve festival gastronômico, em que todos os, os

restaurantes lanchonetes que participaram da, da do festival

gastronômico tinha que ter um produto é... a base de erva-mate no

cardápio, então apareceu farofa de erva-mate, apareceu é... bolo de erva-

mate, apareceu pão de queijo com erva-mate, apareceu... uma calda doce

com erva-mate, um risoto de erva-mate, é... sorvete de erva-mate, licor

de erva-mate, já tem muitos cosméticos a base de erva-mate, não tem a

ver com festival gastronômico mas tem desenvolvido e alguma parte na,

na, na parte de medicamentos ta sendo estudado pra utilizar é... derivado

de erva-mate pra, pra desenvolve alguns remédios. Até parece que tem

um, um, um que já é utilizado na indústria, na indústria não, na


UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

odontologia, que é um anestésico com ... que vai algum composto que foi,

saiu da erva-mate. Tem algumas pesquisas baseadas nisso. Então isso

ajudou bastante pra esse tipo de coisa também. É... ah... e tem também

um, um... não vou chamar de capuchino porque capuchino é com café,

então a gente inventou o “matotino” que cê, cê vai nos hotéis aqui as

vezes tem esse, esse “matotino”.

11) Você diria que a Indicação Geográfica agrega valor ao produto e

provoca a melhoria das condições econômicas, culturais e turísticas?

Você diria... pergunta número 11. Você diria que a indicação geográfica

agrega valor ao produto e provoca a melhoria das condições econômicas,

culturais e turísticas? Isso sem dúvida nenhuma, com certeza, como eu

falei, é... a erva-mate em si, no geral ela ganhou, ela agregou valor, os

produtos com Indicação Geográfica agregaram mais valor ainda, e... na

parte cultural e turística é... isso... é... muito mais ainda é... a gente fez

mas não pode inaugurar ainda, não sei se você já viu ele, mas se não

procura ou te mando foto, que a gente fez a rua do mate que tem o

chimarródromo, a nossa caixa d’água é uma cuieira de chimarrão, caixa

d’água da compania de, de água da cidade... é... é uma caixa d’água que

é uma cuia de erva-mate, é... então toda a parte cultural ela vai ta ligada

naquele três pilares que eu te falei, na erva-mate, na cultura polonesa, e

navegação do rio Guaçú, então... é... sem dúvida nenhuma que a gente

aflorou nas pessoas a... o orgulho de... de... dessa cultura e das outras

que vem junto dessa daí. Tá certo? Espero que tenha te ajudado e de

novo, se você não entendeu uma resposta que eu sou meio confuso

mesmo, eu leio uma pergunta e de repente eu esqueço de responder


UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

metade, cê pode me perguntar, pode é... se quiser fazer outro tipo de

conversa também pode ser sem problema nenhum, ta bom? Um abraço

e espero que tenha te ajudado. E como te disse, talvez se você falar com

o.. o professor Agenor Macari Junior é... sobre essa pesquisa eu acho que

é bastante importante porque ele fez parte dessa associação também,

desde o começo e é um apaixonado por erva-mate.


UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

Questionário sobre o reconhecimento da erva-mate (Indicação Geográfica) em


São Mateus do Sul - PR
Pesquisadora: Helen Cristiane Caetano Ribeiro de Oliveira
helen.caetano@hotmail.com
Mestranda em Desenvolvimento Regional e Sistemas Produtivos
UEMS – Unidade Ponta Porã – MS
Orientador: Prof. Dr. Moises Centenaro
Entrevistado: Hilda Jocele Digner Dalcomuni

Bom dia Helen! Então vamos lá...

1) Qual a sua relação com a Associação dos Amigos da Erva-Mate de São

Mateus?

Número um. Qual a sua relação com a Associação dos Amigos da Erva-
Mate de São Mateus do Sul? É... eu entrei pra fazer a parte da
documentação histórica né? O dossiê histórico pra comprovação, que é,
que é uma parte, é uma parte do processo pra indicação. Eu sou
professora né? E trabalho no museu público municipal e... a... meu, meu
principal trabalho é em relação a história loca. Então por isso que eu
participei disso.
2) É produtor de erva mate, proprietário de ervateira ou outro profissional

ligado a exploração da erva mate?

Dois. É produtor de erva-mate, proprietário ou outro profissional ligado?


Eu sou professora de história, e trabalho no município de São Mateus do
Sul, na Casa da Memória Padre Bauer que é nosso museu público.

3) Antes da concessão da Indicação Geográfica como estava a produção

da erva mate em São Mateus do Sul?

Número três. Ah... antes da Indicação claro que tínhamos, sempre


tivemos uma boa produção de erva-mate né? Mas ela melhorou né? Mas
nunca foi ruim nesse sentido, sempre foi boa.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

4) Depois que o município recebeu a certificação da Indicação Geográfica

quais mudanças ocorreram para o seu negócio?

Quatro. Depois que o município recebeu a certificação da Indicação


Geográfica quais, quais mudanças ocorreram para o seu negócio? No
meu caso em específico que não é (risos) um negócio né? Mas não deixa
de ser um... alguma coisa que faço para as pessoas é... muitas pessoas
começaram a me procurar por conta da, da... da história da erva-mate, no
nosso município. É... e principalmente nesse sentido que sou procurada
em relação à Indicação Geográfica, como começou, é... e falar sobre a
história do, do município também... esse tipo de ah... de assuntos.

5) Você observou mais oportunidades relacionadas a exploração da erva

mate?

Cinco. Você observou mais oportunidades relacionadas a exploração da

erva-mate? Ah... sim. E com certeza. É... eu achei assim que ele eram

bem mais é... propostas, oportunidades, culturais, sociais, turísticas,

econômicas, mas como eu falei... é... do meu ponto de vista né? Da, da

minha, daquilo que eu percebo.

6) Se é produtor da erva mate, há exigência para que seu produto seja

comercializado com o selo da Indicação Geográfica?

Seis. Se é produtor da erva-mate... não, não, não sou.

7) Se sim, foi fácil adaptar-se às exigências?

Na sete também não... é...

8) Na sua opinião os produtores ou pessoas ligadas de alguma forma a

exploração da erva mate se mobilizaram em um esforço comum para

alcançar a Indicação Geográfica?


UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

Eu acredito que sim, a oito, os produtores é... eles, é... se mobilizaram


sim, para alcançar a indicação geográfica de alguma maneira, não sei
exatamente te dizer como.

9) Quais as principais dificuldades encontradas?

Nove. Quais as principais dificuldades encontradas? Essa pergunta


também não posso te responder.
10) A IG contribui para o desenvolvimento de outros produtos à base de

erva-mate?

Dez. A IG contribui para o desenvolvimento de outros produtores à base


de erva-mate? Com certeza. Nos... acho que já comentei com você a
questão da gastronomia, cosmética, até pra remédios é... com certeza.
Bebidas né? Chopp da erva-mate.

11) Você diria que a Indicação Geográfica agrega valor ao produto e

provoca a melhoria das condições econômicas, culturais e turísticas?

Onze. Você diria que a Indicação Geográfica agrega valor ao produto e


provoca a melhoria das condições econômicas, culturais e turísticas?
Com certeza. Agregou muito valor.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

Questionário sobre o reconhecimento da erva-mate (Indicação Geográfica) em


São Mateus do Sul - PR
Pesquisadora: Helen Cristiane Caetano Ribeiro de Oliveira
helen.caetano@hotmail.com
Mestranda em Desenvolvimento Regional e Sistemas Produtivos
UEMS – Unidade Ponta Porã – MS
Orientador: Prof. Dr. Moises Centenaro
Entrevistado: Heliton Lugarini

1) Quando surgiu Associação dos Amigos da Erva-Mate de São Mateus?

Oi Hellen!
Então vamos lá... eu vô...
Cada áudio vai ser a resposta de uma pergunta beleza?
Então a primeira:
É... quando surgiu a associação amigos da erva-mate. Ela surgiu
por conta do processo de indicação geográfica, que começou, por sua
vez, esse processo é... de estruturação da IG né, em 2013, através de um
diagnóstico realizado pelo SEBRAE e na sequência, em 2014, começou-
se o processo de estruturação. Eu não lembro a data de fundação da, da,
da erva-mate que é a nossa associação aqui... mas foi entre 2014/2015.

2) Foi através dela que vocês pensaram em como obter a IG?

Respondendo a dois... Não foi... é... se foi através dela que a


gente pensou em obter o IG, foi ao contrário, foi o SEBRAE que realizou
um diagnóstico, falou que a gente teria potencial pra ter uma indicação
geográfica, e ai no processo, precisa de uma associação que representa
a coletividade pra ser proponente dessa indicação geográfica. É, o...
termo certo é.. é substituto processual. Então nós criamos essa
associação pra que ela fosse a substituta processual, no processo de
indicação geográfica de São Mateus.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

3) Qual o papel da associação para o reconhecimento da IG?

É... pergunta três: qual o papel da associação para o


reconhecimento da IG?
É... Além da parte... é... é... Legal né? De, de, de ser necessário...
um substituto processual que representa a coletividade, além disso, a
associação ela articula com todos os atores da cadeia, na região que ela
está situado. Então no nosso caso aqui, nós temos representantes, é...
de, da, das seis cidades praticamente, dentro dessa associação, e a
tendência é que ela cresça né?
Ela é uma associação sem fins lucrativos, então a tendência é que
ela, que ela cresça e possa representar cada vez mais essa região.
Então... e depois, isso durante a fase de, de, de, de processos né? E
depois que a IG, que a indicação geográfica é reconhecida, ai é essa
associação que realiza os controles que uma indicação geográfica
necessita.
Então... durante o processo lá, você cria algumas regras que
produtores precisam seguir pra que tenha essa indicação geográfica,
quem regulamenta, quem controla e quem garante essas, que essas
regras são cumpridas, é essa associação, entende? Então o principal
papel dela é esse.

4) O poder público teve participação em todo o processo da IG?

Respondendo a quatro, em relação ao poder público... teve uma


participação, mas muito superficial. É... a não ser o SEBRAE né? Que
sempre encabeçou esse processo é... mas eu não considero que ele é do
poder público, mas em relação a prefeitura, outros órgãos assim teve uma
participação muito, muito superficial, alguma coisinha, alguns eventos,
mas não, não tivemo muito apoio não, é... do, do poder público, ele deixou
muito a desejar, inclusive a gente busca uma participação maior porque
ao, o que acontece em outras indicações geográficas e não é o que
acontece aqui com nós.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

5) Quais as etapas do processo?

Respondendo a cinco. Quais as etapas do processo? Então


vamos lá... primeiro lugar: faz-se um... um diagnóstico de potencial de
indicação geográfica, quem fez isso foi o SEBRAE, e agora o SEBRAE ta
realizando isso a nível nacional de novo, então levantam alguns produtos,
que são produzidos em algumas regiões, e diz lá se eles têm potencial de
ser indicação geográfica, ou marca coletiva ou nenhum dos dois. Tendo
esse diagnóstico em mãos... passa por, por um segundo processo...
segunda fase né? Que é a parte de estruturação da indicação geográfica.
Então você levanta toda a documentação, escreve o processo e protocola
no INPI. Ai a terceira fase: a terceira fase ela é a análise do, por parte do
INPI desse processo, ao final dessa analise ele vai falar se é uma
indicação geográfica ou não, se reconhece ou não, né? E daí, depois
disso, tendo sido reconhecida essa indicação geográfica, ai entra na fase
que nois tamo agora, que é a manutenção e busca por mercado. Tá?

6) Quanto tempo para que o reconhecimento ocorresse?

É... respondendo a seis: quanto tempo... é... Demorou? Então


entre 2013 diagnóstico, 2014/15 é estruturação, daí foi protocolado em
dezembro de 2015, e nós tivemos o reconhecimento concedido em julho
de 2017, então demorou um ano e meio depois de protocolado, mas o
processo inteiro foi de 2013 até 2017.

7) Como foi a mobilização dos produtores?

A mobilização dos produtores no nosso caso da erva-mate, é, veio


muito por conta de, de, de alguns produtores que tinha familiaridade com
o tema, ou que foram é, mobilizados no começo do processo na fase de,
de, de diagnóstico, mas muito por conta das indústrias que chamaram
esses produtores pra que participassem né? Então além de chamadas
públicas que foram feitas, é... as industrias indicaram que os produtores
participassem desse, desse processo ai.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

8) Quais critérios precisam ser respeitados para que haja tal

reconhecimento?

Respondendo a oito, é, indicação geográfica no Brasil ela tem


boas espécies, indicação de procedência: que é pautada em história, é,
reputação, e a outra é denominação de origem, que é onde você
consegue ter diferenciação comprovadamente é... por parte científica
inclusive, certo? Então no nosso caso, que é uma indicação geográfica da
espécie indicação de procedência, os critérios que foram respeitados na,
na, no levante do processo, na, no, no, na elaboração do dossiê, foram
comprovações históricas que o nosso produto erva-mate era reconhecido
pela nossa região São Mateus, e pelos produtores que aqui estão
localizados. Então nos levantamos é, um acervo histórico enorme, é...
onde nos tinha, tínhamos que colocar é... comprovações que, que São
Mateus já foi um polo ervateiro e continua sendo, que... a.. A mídia sempre
é... referenciava né? A, a, a São Mateus como, como uma referência em
indicação geográfica, é... um reconhecimento de mercado, então o
mercado.. é referenciava a nossa região com uma erva-mate de
qualidade, então tudo isso foi levantado no documento, no processo né,
só pra você ter uma ideia, foi mil e setecentas páginas ou mil e
quatrocentas páginas, então foram bastantes evidencias que nós tivemos
que, evidencias históricas e de notoriedade, evidencias de notoriedade
né? Que nós tivemos que colocar no processo pra endossar o processo
de indicação geográfica na modalidade de indicação de procedência.

9) Houve uma aceitação desses critérios por parte dos produtores?

Respondendo a nove, se ouve uma aceitação desses critérios por


parte dos produtores... é... isso é um levantamento mais técnico né? os
produtores eles, eles contribuíram com o depoimento, com alguma coisa
de fotos ou de antepassados que tinham os seus, alguma espécie de
evidencia pra levantar no processo né? Mas... é... o... os produtores na
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

verdade eles, eles endossam todas essas evidencias que foram


levantadas tecnicamente, então são esses produtores falam não! Tudo
isso que ta sendo levantado é verdade e prova disso é o que nós fazemos
hoje, que aprendemos com os nossos antepassados e continuamô
cultivando uma erva-mate que é diferenciada e reconhecida pelo mercado
né?

10) Quais as principais dificuldades encontradas?

Dez! Quais as principais dificuldades encontradas? Eu não digo


nem durante o processo, porque o processo foi relativamente tranquilo,
apesar de ser demorado... mas a grande dificuldade hoje não só pra
nossa IG como pra todas as indicações geográficas, são duas: primeiro:
é... mecanismos de controle pras indicações geográficas, pra que elas
possam comprovar que todos aqueles critérios, todas aquelas regras que
eles colocaram no processo são, é, devidamente seguidas pelos
produtores, no nosso caso aqui, a gente inventou um método digital, isso,
a gente fez um aplicativo, e resolveu esse problema, agora o segundo
problema que nois, que nois é, tamo, estamos tendo né? E buscamos
agora pra solução, é a colocação no mercado. Nós precisamos que o
mercado reconheça e busque por esses produtos pra que eles tenham de
fato a valorização e a procura e ai com isso a gente consiga aumentar as
nossas vendas e aumentar até os nossos, a quantidade de produtores
dentro da, da associação, ou então produzindo com indicação geográfica,
então esses dois pontos ai é controles, métodos de controle e mercado.

11) Quanto a experiência do reconhecimento da IG, os produtores sentem

os benefícios que ela trouxe? Quais são esses benefícios?

Respondendo a 11... é relativo. Alguns produtores sentem os


benefícios sim... porque... já vou entrar no complemento das respostas
né? É... os produtor busca valorização por preço. Um produtor busca
pagarem mais caro pela matéria prima, nós entendemos que esse não é
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

o principal benefício que nós, que nos identificamos aqui, nos


desenvolvimentos muito nosso território, nos capacitamos os produtores,
nois, nos tivemos muito ganho com mídia, com evidencia, e isso não
necessariamente todos os produtores reconhecem, mas são os principais
benefícios, então... dentre eles né: desenvolvimento territorial,
capacitação dos produtores, acesso a novos mercados, ainda que
pequenos mas nós já estamos conseguindo acessar nossos mercados,
então tem alguns benefícios que são indiretos que vem por conta da
indicação geográfica, mas que nem... não necessariamente os produtores
ainda visualizam isso, porque eles buscam mesmo a valorização dos
produtos deles.

12) A produção da erva-mate aumentou?

A 12 né? A produção da erva-mate aumentô... não digo que


aumentô, a IG não faz que aumente essa produção, mas a IG faz com
que qualifique-se essa produção, né? Então, por enquanto não aumentô,
mas a gente acredita que assim que o mercado demande mais produtos
com indicação geográfica é fácil da gente convertê isso em aumento de
produção.

13) A IG contribui para o desenvolvimento de outros produtos à base de

erva-mate?

Treze... se a IG contribui pra o desenvolvimento de produtos à


base da erva-mate. Com certeza absoluta. É... um bom exemplo disso é
a evidência que ela dá. Então tem, tem energéticos por exemplo, a erva-
mate tem potencial enorme em energético, e tava quieto até a IG começar
a evidenciar esse produto. Quando existe um processo de identificação
geográfica e o mercado começa a falar daquele produto, daquela, daquele
cultivo né? É... outras empresas que podem se beneficiar do, das
características desses produtos, entra em contato e buscam sim, é... por...
por, por desenvolver nossos produtos. Ainda não aconteceu na prática,
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

é... com a nossa erva-mate, mas já tivemos vários casos de sondagens


ai, de trailers que querem vender nosso produto fora do Brasil, ou até de,
de empresas que fazem outros, esses, esses produtos diferenciados e
pretendem ter a erva-mate com apelo ou como matéria-prima.

14) Como a população vê a IG da erva mate em São Mateus do Sul?

Catorze... como a população vê a IG da erva-mate em São


Mateus do Sul? Ahhh... a, a população, quem, quem se propõem a... a se
envolver, gosta muito do tema, é muito difícil a gente não ter aceitação
por parte de quem se envolve. É... porem a gente tem convicção que a
gente vai ter mais aceitação e mais apoio, assim que, esses produtores ai
começarem ganhar dinheiro... de fato com a indicação geográfica. É, hoje
a população vê com muito bons olhos porque traz, atrai o turismo, é, gera
uma demanda por cursos, enfim, várias outras coisas né? Mais, mais tem
como melhorar bastante. Mas eu me dou por satisfeito hoje, como que a
população vê, ainda que temo um percentual pequeno da população que
entende o conceito de indicação geográfica, mas quem entende sim...
apoia e se envolve.

15) Que impactos o turismo sofreu com a implementação da IG?

E a, respondendo a 15, impactos sob o turismo, é... esse daí é o


primeiro setor que ganha de fato com um... a indicação geográfica, antes
mesmo dos produtores. Então quando (incompreensível) evidencia uma
região, um produto e as pessoas, É... gera demanda, por, por várias,
várias, várias pessoas, é... pra buscar sabe o que que é, do que se trata,
o que que eles estão fazendo de diferente enfim, e quem ganha primeiro
com isso é o turismo, de uma forma ou de outra né? Nós tivemos várias
missões técnicas que nós recebemos aqui ano passado, nós tivemos um
recurso do governo do estado pra construi uma rua coberta aqui
exatamente pensando no turismo, enfim, eu acho que a... essa pasta
turismo é quem ganha de imediato com a indicação geográfica. É... eu
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

acho que tem que ser muito bem trabalhada e muito, e vista com muito
bons olhos. Penso que o turismo tinha que ta envolvido com todos os
processos de indicação geográfica.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

Questionário sobre o reconhecimento da erva-mate (Indicação Geográfica) em


São Mateus do Sul - PR
Pesquisadora: Helen Cristiane Caetano Ribeiro de Oliveira
helen.caetano@hotmail.com
Mestranda em Desenvolvimento Regional e Sistemas Produtivos
UEMS – Unidade Ponta Porã – MS
Orientador: Prof. Dr. Moises Centenaro
Entrevistado: Miguel Kuligoski

Muito bom dia Helen (risos) Inicialmente peço mil perdões por demora
responde tua pesquisa. Foi muito corrido esses dia, meu Deus do céu...
mas vô responde pro cê aqui ó... vou tenta responde, pra tenta te atende
ali na verdade né?

1) Qual a sua relação com a Associação dos Amigos da Erva-Mate de São

Mateus?

Então quanto a... a, a pergunta número um, é... qual a sua relação com a
Associação dos Amigos da Erva-Mate de São Mateus do Sul? Eu sou
sócio da associação, inclusive sou vice-presidente.

2) É produtor de erva mate, proprietário de ervateira ou outro profissional

ligado a exploração da erva mate?

Quanto a pergunta número dois. É produtor de erva-mate, proprietário de


ervateira ou outro profissional ligado a exploração da erva-mate? Eu sou
produtor de erva-mate em folha sabe? Não tenho ervateira.

3) Antes da concessão da Indicação Geográfica como estava a produção

da erva mate em São Mateus do Sul?

É... quanto... só vou falar o número, o número da pergunta né? Não


precisa responde repetida assim... é... antes da concessão de Indicação
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

Geográfica, produção de erva-mate era normal, vamos dizer assim né?


E depois da concessão de, da Indicação ouve mais interessados né? E...
e inteira, a Indicação Geográfica no seu erval né? Pra que agregasse mais
valor.

4) Depois que o município recebeu a certificação da Indicação Geográfica

quais mudanças ocorreram para o seu negócio?

Quanto a pergunta número quatro né? Dia depois do município recebeu


a certificação da Indicação geográfica, quais as mudanças ocorreram pro
seu negócio? Sim, é... como o meu erval é sombreado né? Dai eu
consegui a indicação geográfica lá no meu erval né? Em vários lotes, de
muitos lotes né? Consegui em vários lotes, é... só que dai eu tive que fazê
uma mudança que ocorreu que ai agregou mais valor pra a parte vendida
com o IG, porque é o seguinte, ainda é... a demanda de erva-mate com
IG é muito pequena, é... as indústrias se mobilizaram pouco na parte de
divulgação da erva-mate com IG sabe? E... só tem Abaldo que, ela pega
pouco de, pega um pouco de cada produtor sabe? Ela não pega toda a
erva-mate de IG, pelo menos não pego até então, é que tinha, não sei
como vai ser esse ano. Dai ela preparou e mandou pro Uruguai né? Que
ela, ela vende toda a erva-mate dela pro Uruguai, então ela fez lá uma
quantidade X lá de, é... erva-mate com IG e mandou pro Uruguai. Só que
dai segundo olhando o do Abaldo lá, que é o vice presidente lá da
empresa, falou que foram assim, (incompreensível) prejudicado na
divulgação por causa da pandemia né? Essa pandemia assim dificultou
segundo ele, ah... a tirar a expansão do negócio, da, com IG segundo ele
sabe?

5) Você observou mais oportunidades relacionadas a exploração da erva

mate?

Quanto o item cinco né? Que se observei mais oportunidade relacionadas


a exploração da erva-mate? É como eu acabei de falar ali atrás, por
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

enquanto ta muito limitado né? Tem mais uma outra ervateira que faz
pouca coisa de pacotes com IG mas ela tem erval dela com IG. E a
terceira ervateira que fazia erva-mate e empacotava com IG ta meio
quieta não sei se ta fazendo.
Então só continuando... mais oportunidades assim depois, por enquanto
ta bem, bem assim, bem modesta as oportunidade sabe? Precisava que
mais ervateiras é... que entrasse nesse ramo de vende com IG né? E ter
divulgação mais sabe? Por exemplo, isso ai a erva-mate com Indicação
Geográfica, elas, qualquer produto é muito bem recebido lá nos países de
primeiro mundo né? Na Europa por exemplo tudo né? Lá o pessoal
valoriza e paga mais pelo produto, aqui no nosso região, o pessoal pra
pagar mais... e difícil. Poucas pessoas aceitam, sabe? É... quando a
pessoa sabe que mesmo assim IG são erva-mate boa de nossa região, to
falando da nossa região né? Erva-mate é muito boa, e o pessoal, todo
mundo é caprichoso, o pessoal acaba comprando a mais barata né? Que
é sem Indicação. Então, assim... de momento ainda ta bem, bem modesta
essa parte assim, tamo, to tentando achar a palavra certa pra fala sabe?

6) Se é produtor da erva mate, há exigência para que seu produto seja

comercializado com o selo da Indicação Geográfica?

Quanto a pergunta número seis ai né? Se é produtor de erva-mate eu já


respondi que sim. Dai: há exigência para que seu produto seja
comercializado com a Indicação Geográfica? Sim... Pra vende tem que
toda rastreabilidade né? Daqueles lotes que são certificados com
Indicação Geográfica né? Então tem muita exigência sabe? Não pode
usar produtos químicos, é... em outra é... também pode mas nessa nem
pensar né? Vamos dizer assim, é... o químico que eu digo é adubação é
Abaldo, pelo menos não aceita que eu usa adubação química né? É... no
erval. E... a... A associação permite que use adubo químico né?
Respeitando ai as carências de cada produto né? Mas Abaldo, que a
gente vende pra Abaldo e eles não aceitam que a erva-mate vendida pra
eles com IG tenha sido usado adubo químico sabe? E tem toda aquela,
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

tem que, tudo que é usado, como que é o manejo, tem que ser tudo
colocado no, ou no caderno ou tem um aplicativo que eu to, e o Adinho
tem né? Que dai você vai alimentando aquele aplicativo pra ter a
rastreabilidade desses lotes com indicação geográfica, que dai antes de
vende teve que apresenta tudo isso né? Pra associação avalia se o teu
produto no caso, o meu produto né? Pode ser vendido com IG ou não
sabe?

7) Se sim, foi fácil adaptar-se às exigências?

Ali no item sete, se sim, foi difícil adaptar ou fácil? A verdade como eu já
vinha, tem assim o sistema bem assim, organizado lá no meu erval sabe?
Pra mim não foi difícil, eu já tenho Indicação, além da Indicação
Geográfica tem é... por exemplo, é... a certificação de boas práticas
agrícola, pessoal todo registrado, tem os podadores com tesoura elétrica,
dai o outro pessoal, pessoal pra fazer as bolas tem que por um pano
embaixo, onde vai por as bolas pra carrega a gente estende uma lona,
onde vai as bolas pra dai carregar o caminhão. A gente já vinha fazendo
essas coisas assim sabe? Então pra mim foi fácil sabe? Adaptar nessa
parte.

8) Na sua opinião os produtores ou pessoas ligadas de alguma forma a

exploração da erva mate se mobilizaram em um esforço comum para

alcançar a Indicação Geográfica?

É... no item oito: na sua opinião os produtores ou pessoas ligadas de


alguma forma a exploração da erva-mate se mobilizaram em um esforço
comum para alcançar a Indicação Geográfica? Sim... ouve um grupo de
pessoas que se dedico integralmente assim sabe? Se mobilizaram com
muito esforço pra consegui essa Indicação Geográfica sabe? Pra atender
toda as exigências do órgão que, que chama cela né? Ah... o local, com
Indicação Geográfica, no caso aqui a região de São Mateus né? Teve
muito esforço de várias pessoas sabe.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

9) Quais as principais dificuldades encontradas?

É... quanto o item nove... eu, eu no começo eu também participei desse


grupo sabe? Mas depois eu não fiquei até o final, então eu não saberia te
dizer assim... quais as dificuldades, na verdade foram muitas, mas não
conseguiria te especificar, certo? Vou ter que pular essa.

10) A IG contribui para o desenvolvimento de outros produtos à base de

erva-mate?

Na... no item dez né? A pergunta assim: a IG contribui para o


desenvolvimento de outros produtos à base de erva-mate? Com certeza
né? É... já ta tendo assim... muitos subprodutos né? Da erva-mate né?
E... tendo a rastreabilidade que é o caso pra ter ai a IG né? Com certeza
ajuda muito sabe.

11) Você diria que a Indicação Geográfica agrega valor ao produto e

provoca a melhoria das condições econômicas, culturais e turísticas?

Quanto o item onze, que pergunta: você diria que a Indicação Geográfica
agrega valor ao produto e provoca a melhoria das condições econômicas,
culturais e turísticas? E... sim... ela agrega valou ao produto né? Pela sua
rastreabilidade né? E por exemplo, pra que ela, a... a erva-mate tenha
conseguido é... certificação de IG, é um produto de qualidade excepcional
né? Tanto quanto a sua origem das sementes, das mudas no caso assim
né? É... que tem que ser de erva-mate nativa ou de um daqui da região...
dai esse erval já formado tem que se sombreado... então... em cima de
toda essa qualidade do produto, que... que tem que ter né? A qualidade e
a rastreabilidade que ta tendo pra podê o manejo que tem né? Até na hora
da colheita, isso agrega valor. É... tanto é que a indústria paga mais por
produto, e tem que pagar mais, ele, ele custa mais pro produtor também
sabe? Mas agrega valor sim. E... com isso provoca melhoria nas
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

condições econômicas com certeza né? Culturais e turísticas né? Então


sabendo explorar essa parte ai, né? Da Indicação Geográfica a parte
turística com certeza vai desenvolver bastante sabe? Ta um pouco
devagar na nossa região aqui sabe? Porque é... como muita gente se
interessou e... e foi atrás da Indicação Geográfica pro seu erval a
demanda ta bem lenta sabe? Ta pouca procura por erva-mate com
Indicação Geográfica ainda por parte das indústrias. Então isso também
deu assim, uma, uma segurada daquela, na aceleração que deu no inicio
assim, no momento ta meio calmo sabe? Mas tem muito futuro pra sempre
só precisamos colocar em prática né? E... e fazer grupos de pessoas
digamos assim pra fazer sabe? Sabe como é, sozinho vai, vai, nada
acontece né? E... e dai como ta meio “moroso” eu tenho que ta
(incompreensível) essa parte ai de procura, de erva-mate com Indicação
Geográfica, o pessoal assim acaba se meio é... desmobilizando um pouco
assim né? Fica meio com cautela, beleza? Mas se quiser perguntar mais
alguma coisa fora do questionário pode passar ali que dai eu... eu
respondo pro ocê, ta ok? Peço desculpa pela demora ai, beleza? Grande
abraço.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

Questionário sobre o reconhecimento da erva-mate (Indicação Geográfica) em


São Mateus do Sul - PR
Pesquisadora: Helen Cristiane Caetano Ribeiro de Oliveira
helen.caetano@hotmail.com
Mestranda em Desenvolvimento Regional e Sistemas Produtivos
UEMS – Unidade Ponta Porã – MS
Orientador: Prof. Dr. Moises Centenaro
Entrevistado: Heliton Lugarini

1) Quando surgiu Associação dos Amigos da Erva-Mate de São Mateus?

Oi Hellen!
Então vamos lá... eu vô...
Cada áudio vai ser a resposta de uma pergunta beleza?
Então a primeira:
É... quando surgiu a associação amigos da erva-mate. Ela surgiu
por conta do processo de indicação geográfica, que começou, por sua
vez, esse processo é... de estruturação da IG né, em 2013, através de um
diagnóstico realizado pelo SEBRAE e na sequência, em 2014, começou-
se o processo de estruturação. Eu não lembro a data de fundação da, da,
da erva-mate que é a nossa associação aqui... mas foi entre 2014/2015.

2) Foi através dela que vocês pensaram em como obter a IG?

Respondendo a dois... Não foi... é... se foi através dela que a


gente pensou em obter o IG, foi ao contrário, foi o SEBRAE que realizou
um diagnóstico, falou que a gente teria potencial pra ter uma indicação
geográfica, e ai no processo, precisa de uma associação que representa
a coletividade pra ser proponente dessa indicação geográfica. É, o...
termo certo é.. é substituto processual. Então nós criamos essa
associação pra que ela fosse a substituta processual, no processo de
indicação geográfica de São Mateus.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

3) Qual o papel da associação para o reconhecimento da IG?

É... pergunta três: qual o papel da associação para o


reconhecimento da IG?
É... Além da parte... é... é... Legal né? De, de, de ser necessário...
um substituto processual que representa a coletividade, além disso, a
associação ela articula com todos os atores da cadeia, na região que ela
está situado. Então no nosso caso aqui, nós temos representantes, é...
de, da, das seis cidades praticamente, dentro dessa associação, e a
tendência é que ela cresça né?
Ela é uma associação sem fins lucrativos, então a tendência é que
ela, que ela cresça e possa representar cada vez mais essa região.
Então... e depois, isso durante a fase de, de, de, de processos né? E
depois que a IG, que a indicação geográfica é reconhecida, ai é essa
associação que realiza os controles que uma indicação geográfica
necessita.
Então... durante o processo lá, você cria algumas regras que
produtores precisam seguir pra que tenha essa indicação geográfica,
quem regulamenta, quem controla e quem garante essas, que essas
regras são cumpridas, é essa associação, entende? Então o principal
papel dela é esse.

4) O poder público teve participação em todo o processo da IG?

Respondendo a quatro, em relação ao poder público... teve uma


participação, mas muito superficial. É... a não ser o SEBRAE né? Que
sempre encabeçou esse processo é... mas eu não considero que ele é do
poder público, mas em relação a prefeitura, outros órgãos assim teve uma
participação muito, muito superficial, alguma coisinha, alguns eventos,
mas não, não tivemo muito apoio não, é... do, do poder público, ele deixou
muito a desejar, inclusive a gente busca uma participação maior porque
ao, o que acontece em outras indicações geográficas e não é o que
acontece aqui com nós.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

5) Quais as etapas do processo?

Respondendo a cinco. Quais as etapas do processo? Então


vamos lá... primeiro lugar: faz-se um... um diagnóstico de potencial de
indicação geográfica, quem fez isso foi o SEBRAE, e agora o SEBRAE ta
realizando isso a nível nacional de novo, então levantam alguns produtos,
que são produzidos em algumas regiões, e diz lá se eles têm potencial de
ser indicação geográfica, ou marca coletiva ou nenhum dos dois. Tendo
esse diagnóstico em mãos... passa por, por um segundo processo...
segunda fase né? Que é a parte de estruturação da indicação geográfica.
Então você levanta toda a documentação, escreve o processo e protocola
no INPI. Ai a terceira fase: a terceira fase ela é a análise do, por parte do
INPI desse processo, ao final dessa analise ele vai falar se é uma
indicação geográfica ou não, se reconhece ou não, né? E daí, depois
disso, tendo sido reconhecida essa indicação geográfica, ai entra na fase
que nois tamo agora, que é a manutenção e busca por mercado. Tá?

6) Quanto tempo para que o reconhecimento ocorresse?

É... respondendo a seis: quanto tempo... é... Demorou? Então


entre 2013 diagnóstico, 2014/15 é estruturação, daí foi protocolado em
dezembro de 2015, e nós tivemos o reconhecimento concedido em julho
de 2017, então demorou um ano e meio depois de protocolado, mas o
processo inteiro foi de 2013 até 2017.

7) Como foi a mobilização dos produtores?

A mobilização dos produtores no nosso caso da erva-mate, é, veio


muito por conta de, de, de alguns produtores que tinha familiaridade com
o tema, ou que foram é, mobilizados no começo do processo na fase de,
de, de diagnóstico, mas muito por conta das indústrias que chamaram
esses produtores pra que participassem né? Então além de chamadas
públicas que foram feitas, é... as industrias indicaram que os produtores
participassem desse, desse processo ai.
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

8) Quais critérios precisam ser respeitados para que haja tal

reconhecimento?

Respondendo a oito, é, indicação geográfica no Brasil ela tem


boas espécies, indicação de procedência: que é pautada em história, é,
reputação, e a outra é denominação de origem, que é onde você
consegue ter diferenciação comprovadamente é... por parte científica
inclusive, certo? Então no nosso caso, que é uma indicação geográfica da
espécie indicação de procedência, os critérios que foram respeitados na,
na, no levante do processo, na, no, no, na elaboração do dossiê, foram
comprovações históricas que o nosso produto erva-mate era reconhecido
pela nossa região São Mateus, e pelos produtores que aqui estão
localizados. Então nos levantamos é, um acervo histórico enorme, é...
onde nos tinha, tínhamos que colocar é... comprovações que, que São
Mateus já foi um polo ervateiro e continua sendo, que... a.. A mídia sempre
é... referenciava né? A, a, a São Mateus como, como uma referência em
indicação geográfica, é... um reconhecimento de mercado, então o
mercado.. é referenciava a nossa região com uma erva-mate de
qualidade, então tudo isso foi levantado no documento, no processo né,
só pra você ter uma ideia, foi mil e setecentas páginas ou mil e
quatrocentas páginas, então foram bastantes evidencias que nós tivemos
que, evidencias históricas e de notoriedade, evidencias de notoriedade
né? Que nós tivemos que colocar no processo pra endossar o processo
de indicação geográfica na modalidade de indicação de procedência.

9) Houve uma aceitação desses critérios por parte dos produtores?

Respondendo a nove, se ouve uma aceitação desses critérios por


parte dos produtores... é... isso é um levantamento mais técnico né? os
produtores eles, eles contribuíram com o depoimento, com alguma coisa
de fotos ou de antepassados que tinham os seus, alguma espécie de
evidencia pra levantar no processo né? Mas... é... o... os produtores na
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

verdade eles, eles endossam todas essas evidencias que foram


levantadas tecnicamente, então são esses produtores falam não! Tudo
isso que ta sendo levantado é verdade e prova disso é o que nós fazemos
hoje, que aprendemos com os nossos antepassados e continuamô
cultivando uma erva-mate que é diferenciada e reconhecida pelo mercado
né?

10) Quais as principais dificuldades encontradas?

Dez! Quais as principais dificuldades encontradas? Eu não digo


nem durante o processo, porque o processo foi relativamente tranquilo,
apesar de ser demorado... mas a grande dificuldade hoje não só pra
nossa IG como pra todas as indicações geográficas, são duas: primeiro:
é... mecanismos de controle pras indicações geográficas, pra que elas
possam comprovar que todos aqueles critérios, todas aquelas regras que
eles colocaram no processo são, é, devidamente seguidas pelos
produtores, no nosso caso aqui, a gente inventou um método digital, isso,
a gente fez um aplicativo, e resolveu esse problema, agora o segundo
problema que nois, que nois é, tamo, estamos tendo né? E buscamos
agora pra solução, é a colocação no mercado. Nós precisamos que o
mercado reconheça e busque por esses produtos pra que eles tenham de
fato a valorização e a procura e ai com isso a gente consiga aumentar as
nossas vendas e aumentar até os nossos, a quantidade de produtores
dentro da, da associação, ou então produzindo com indicação geográfica,
então esses dois pontos ai é controles, métodos de controle e mercado.

11) Quanto a experiência do reconhecimento da IG, os produtores sentem

os benefícios que ela trouxe? Quais são esses benefícios?

Respondendo a 11... é relativo. Alguns produtores sentem os


benefícios sim... porque... já vou entrar no complemento das respostas
né? É... os produtor busca valorização por preço. Um produtor busca
pagarem mais caro pela matéria prima, nós entendemos que esse não é
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

o principal benefício que nós, que nos identificamos aqui, nos


desenvolvimentos muito nosso território, nos capacitamos os produtores,
nois, nos tivemos muito ganho com mídia, com evidencia, e isso não
necessariamente todos os produtores reconhecem, mas são os principais
benefícios, então... dentre eles né: desenvolvimento territorial,
capacitação dos produtores, acesso a novos mercados, ainda que
pequenos mas nós já estamos conseguindo acessar nossos mercados,
então tem alguns benefícios que são indiretos que vem por conta da
indicação geográfica, mas que nem... não necessariamente os produtores
ainda visualizam isso, porque eles buscam mesmo a valorização dos
produtos deles.

12) A produção da erva-mate aumentou?

A 12 né? A produção da erva-mate aumentô... não digo que


aumentô, a IG não faz que aumente essa produção, mas a IG faz com
que qualifique-se essa produção, né? Então, por enquanto não aumentô,
mas a gente acredita que assim que o mercado demande mais produtos
com indicação geográfica é fácil da gente convertê isso em aumento de
produção.

13) A IG contribui para o desenvolvimento de outros produtos à base de

erva-mate?

Treze... se a IG contribui pra o desenvolvimento de produtos à


base da erva-mate. Com certeza absoluta. É... um bom exemplo disso é
a evidência que ela dá. Então tem, tem energéticos por exemplo, a erva-
mate tem potencial enorme em energético, e tava quieto até a IG começar
a evidenciar esse produto. Quando existe um processo de identificação
geográfica e o mercado começa a falar daquele produto, daquela, daquele
cultivo né? É... outras empresas que podem se beneficiar do, das
características desses produtos, entra em contato e buscam sim, é... por...
por, por desenvolver nossos produtos. Ainda não aconteceu na prática,
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

é... com a nossa erva-mate, mas já tivemos vários casos de sondagens


ai, de trailers que querem vender nosso produto fora do Brasil, ou até de,
de empresas que fazem outros, esses, esses produtos diferenciados e
pretendem ter a erva-mate com apelo ou como matéria-prima.

14) Como a população vê a IG da erva mate em São Mateus do Sul?

Catorze... como a população vê a IG da erva-mate em São


Mateus do Sul? Ahhh... a, a população, quem, quem se propõem a... a se
envolver, gosta muito do tema, é muito difícil a gente não ter aceitação
por parte de quem se envolve. É... porem a gente tem convicção que a
gente vai ter mais aceitação e mais apoio, assim que, esses produtores ai
começarem ganhar dinheiro... de fato com a indicação geográfica. É, hoje
a população vê com muito bons olhos porque traz, atrai o turismo, é, gera
uma demanda por cursos, enfim, várias outras coisas né? Mais, mais tem
como melhorar bastante. Mas eu me dou por satisfeito hoje, como que a
população vê, ainda que temo um percentual pequeno da população que
entende o conceito de indicação geográfica, mas quem entende sim...
apoia e se envolve.

15) Que impactos o turismo sofreu com a implementação da IG?

E a, respondendo a 15, impactos sob o turismo, é... esse daí é o


primeiro setor que ganha de fato com um... a indicação geográfica, antes
mesmo dos produtores. Então quando (incompreensível) evidencia uma
região, um produto e as pessoas, É... gera demanda, por, por várias,
várias, várias pessoas, é... pra buscar sabe o que que é, do que se trata,
o que que eles estão fazendo de diferente enfim, e quem ganha primeiro
com isso é o turismo, de uma forma ou de outra né? Nós tivemos várias
missões técnicas que nós recebemos aqui ano passado, nós tivemos um
recurso do governo do estado pra construi uma rua coberta aqui
exatamente pensando no turismo, enfim, eu acho que a... essa pasta
turismo é quem ganha de imediato com a indicação geográfica. É... eu
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PONTA PORÃ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL E SISTEMAS PRODUTIVOS (MESTRADO ACADÊMICO) – PPGDRS

acho que tem que ser muito bem trabalhada e muito, e vista com muito
bons olhos. Penso que o turismo tinha que ta envolvido com todos os
processos de indicação geográfica.

Você também pode gostar