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CAMPO GRANDE - MS
2020.
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CAMPO GRANDE – MS
2020
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COMISSÃO EXAMINADORA:
________________________________________________
Prof. Dr. João Batista Sarmento dos Santos Neto
Orientador
________________________________________________
Eng. Regiane Schio
Avaliadora
________________________________________________
Prof. Dr. Carolina Lino Martins
Avaliadora
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço à Deus pela minha família e saúde da mesma. Meu pai Luiz
Carlos e minha mãe Monica Renata que sempre me apoiaram, deram força, passaram muitos
ensinamentos da vida e nunca mediram esforços para que eu conseguisse estar aqui hoje. Meu
irmão Eduardo Cândido, onde sempre me incentivou, esteve ao meu lado em todos os
momentos e me ensinou a aproveitar a vida. Com gratidão, a eles dedico a realização deste
trabalho e o fecho do ciclo que ele representa.
À minha namorada Isabela Assermann, por sempre acreditar em mim, me apoiar nos
diversos momentos difíceis e também por desfrutar ao meu lado dos momentos felizes.
Ao meu orientador João Batista Sarmento dos Santos Neto que aceitou me auxiliar no
desenvolvimento deste trabalho, onde sempre esteve disposto a solucionar minhas dúvidas, e
me ensinar sobre variados temas.
Às fortes amizades construída na faculdade, que se estenderá à toda vida.
Especialmente aos meus amigos Arthur Pegoretti, Caio Vinicius, Eduardo Ruhling, João
Magi, Luiz Siqueira, Matheus Rosa e Renato Thomé pela companhia nos grupos de estudos e
que também faziam minhas sextas-feiras mais alegres. E também a todos os amigos que
sempre estiveram ao meu redor.
À companhia de distribuição de gás natural, onde me deu a oportunidade de estagiar e
posteriormente de realizar este trabalho, à todas as amizades feitas na mesma. E
especialmente à Regiane Schio, por todos os ensinamentos transmitidos, possibilitando meu
crescimento profissional e também pessoal.
À esta universidade e seu corpo docente que me possibilitaram um grande crescimento
em conhecimento.
Por fim, agradeço a todos que de alguma forma estiveram presentes ao longo da minha
formação.
5
RESUMO
O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves que, em condições normais de pressão e
temperatura, permanece no estado gasoso, sua importância se deve a diversos motivos, sendo
um destes a versatilidade de utilização, podendo ser empregado em diversos segmentos da
atividade econômica. Diariamente, dentro das companhias de distribuição de gás natural são
tomadas diversas decisões, as quais influenciam o desenvolvimento da organização em
horizonte de curto, médio e longo prazo. Para lidar com esse desafio, há os modelos de
decisão multicritério para apoio à tomada de decisão, os quais têm como objetivo auxiliar os
processos decisórios que envolvem múltiplos objetivos conflitantes. Dessa forma, objetivo
geral deste trabalho é propor um modelo de decisão multicritério para priorização de trechos,
afim de consolidar a carteira de projetos, para a cidade de Campo Grande/MS, de uma
companhia do segmento de distribuição de gás natural. Para isso, foi utilizado o método
FITradeoff, onde no mesmo foi definido como decisor a gerente de produção da companhia,
como analista o acadêmico de Engenharia de Produção, o mesmo também faz parte dos
especialistas juntamente ao analista de projetos de engenharia. Para este problema foram
utilizados três critérios, sendo eles: parâmetro financeiro, parâmetro maturidade e parâmetro
relevância estratégica. O problema foi tratado sobre a problemática de ordenação e para o
espaço de ações, 47 trechos fazem parte do conjunto de alternativas, onde, com os resultados
obtidos, 16 destes entrarão na carteira de projetos da companhia, com a sua realização
prospectada para o ano de 2021, 17 para o ano de 2022 e 14 para o ano de 2023.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................10
1.1. OBJETIVOS...............................................................................................................12
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................13
2.1. MÉTODOS MULTICRITÉRIO DE APOIO À DECISÃO.......................................13
2.1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS MULTICRITÉRIOS.................................14
2.2. FITRADEOFF............................................................................................................15
2.2.1. FITRADEOFF PARA PROBLEMÁTICA DE ORDENAÇÃO............................18
2.3. SETOR DE GÁS NATURAL....................................................................................20
3. METODOLOGIA..........................................................................................................23
3.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA.....................................................................23
3.2. MODELO DE PESQUISA........................................................................................23
4. RESULTADOS..............................................................................................................27
4.1. CARACTERIZAÇÃO DOS DECISORES E ATORES............................................27
4.2. IDENTIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS......................................................................27
4.3. ESTABELECIMENTO DOS CRITÉRIOS...............................................................28
4.3.1. PARÂMETRO FINANCEIRO..............................................................................28
4.3.2. PARÂMETRO MATURIDADE............................................................................29
4.3.3. PARÂMETRO RELEVÂNCIA ESTRATÉGICA.................................................31
4.4. ESTABELECIMENTO DO ESPAÇO DE AÇÕES E PROBLEMÁTICA...............33
4.5. DESENVOLVIMENTO DA MODELAGEM DE PREFERÊNCIAS......................35
4.6. EXECUÇÃO DA AVALIAÇÃO INTRACRITÉRIOS.............................................36
4.7. AVALIAÇÃO DAS ALTERNATIVAS....................................................................37
4.8. EXECUÇÃO DA ANÁLISE DE SENSIBILIDADE................................................40
4.9. ANÁLISE DOS RESULTADOS E RECOMENDAÇÕES.......................................42
5. CONCLUSÃO...............................................................................................................43
REFERÊNCIAS....................................................................................................................44
APÊNDICE "A" - Fluxograma do processo decisório .........................................................47
10
1. INTRODUÇÃO
1.1.OBJETIVOS
12
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo apresenta a base conceitual utilizada para este estudo, para isso são
abordados conceitos sobre métodos multicritérios de apoio a decisão com ênfase no modelo
FITradeoff. Gestão de projetos e o setor de gás natural.
13
sobre elas, ou melhor, para que o decisor possa realizar uma análise de acordo com uma
problemática específica. Roy (1996) aponta quatro problemáticas que podem fornecer apoio,
sendo elas:
1) Problemática de escolha (α): procura identificar a melhor alternativa ou selecionar um
conjunto limitado de melhores alternativas;
2) Problemática de classificação (β): tem como objetivo alocar cada alternativa em uma
classe predefinida;
3) Problemática de ordenação (γ): consiste em alocar as alternativas conforme uma
ordem de classificação;
4) Problemática de descrição (δ): visa apoiar a decisão através da descrição das ações e
de suas consequências.
Segundo Roy (1996), os métodos multicritérios podem ser classificados nas seguintes
classes:
Utilização de um único critério de síntese sem incomparabilidades: trata-se da
abordagem mais comum para problema de agregação, ocorre nas situações de
indiferença e preferência estrita, mas não admite incomparabilidade. A agregação de
todos os critérios é feita com um único critério de síntese. Os métodos mais utilizados
a essa forma de agregação são SMARTS, SMARTER, MACBETH, AHP, FITradeoff,
MAUT e outros (ALMEIDA, 2013);
Síntese por superação ou prevalência (outranking) com incomparabilidades:
fundamenta-se em uma regra explícita para abordar o problema de agregação de
desempenho, de uma maneira sintetizadora, exaustiva e definitiva. Diferente da
anterior, não exige transitividade entre as relações binárias e admite
incomparabilidades. Os métodos que se destacam são as famílias ELECTRE e
PROMETHEE (ALMEIDA, 2013);
15
Julgamentos locais interativos com interações de tentativa e erro: esta abordagem não
tenta tornar explícita qualquer regra que aborda o problema de agregação de
desempenho, igual a anterior. Faz referência ao processo constante de interação entre
o analista e o decisor durante a construção do modelo e a delimitação de preferências.
Os métodos de PLMO utilizam tais procedimentos (ALMEIDA, 2013).
2.2.FITRADEOFF
O método Flexible and Interactive Tradeoff (FITradeoff) que, por ser categorizado
dentro dos modelos aditivos, disponibiliza um diferencial proposto para o processo de
elicitação das constantes de escalas, visto que estas se tornam uma questão relevante quando o
objetivo é estabelecer um critério único de síntese (DE ALMEIDA et al., 2017).
O FITradeoff é baseado no procedimento do Tradeoff tradicional, que possui uma
estrutura axiomática robusta (KEENEY; RAIFFA, 1993). Ambos assumem que as
consequências consideradas no procedimento de elicitação variam entre ( b i ) (melhor
desempenho, v i ( b i )=1 e ( wi ) (pior desempenho, v i ( wi )=0), sendo esta a razão de o modelo de
agregação aditivo ser aplicado juntamente com o procedimento de elicitação de pesos do
FITradeoff (DE ALMEIDA et al. 2016).
Diferente do Tradeoff tradicional, o FITradeoff apresenta a possibilidade de utilização
de informações parciais por parte do decisor que pode não estar disposto a conceder a
16
informação ou então não há no momento. Sendo assim, o FITradeoff não exige do tomador de
decisão a realização de ajustes em casos de indiferença na comparação de consequências (DE
ALMEIDA et al.,2016).
O FITradeoff tem como objetivo selecionar a melhor alternativa em um conjunto de
ações estabelecidos, baseado nos julgamentos de tradeoffs dados pelo decisor. O mesmo é
considerado flexível e interativo pois o processo pode ser adaptado e modificado a diferentes
situações e circunstâncias à medida que ocorrem e é dirigido de maneira interativa com o
decisor por meio de um Sistema de Apoio à Decisão (SAD), onde irá ser fornecida uma
visualização gráfica para ajudar o decisor na análise de resultados parciais (FREJ et al., 2017).
Deste modo, pode haver circunstâncias nas quais o decisor se sinta confortável para tomar
uma decisão com base apenas nos resultados parciais demonstrados (SILVA et al., 2017).
De forma resumida, a Figura 2 mostra o fluxograma da aplicação do método
FITradeoff.
Após
ter as
resultados. Se não, ele/ela continua respondendo às perguntas até que uma solução única seja
encontrada ou então o decisor não seja capaz de fornecer mais informações (FREJ et al.,
2017).
O FITradeoff é associado ao método de agregação aditiva, o qual se caracteriza por
agregar a avaliação das alternativas feitas para cada critério individualmente através de uma
função valor global, representada na equação 1 (DE ALMEIDA et al., 2013).
n
(1) V ( a ) =∑ k c v c (a)
c=1
Onde:
V(a) é a função global da alternativa a;
v c(a) é a função valor marginal para cada critério c;
k c é a constante de escala para cada critério c;
n é o número de critérios.
E sabendo que:
n
∑ k c =1 e k c ≥ 0.
c=1
Para analisar o valor ótimo de uma alternativa, o valor aj é maximizado (4) mediante
um modelo de programação linear, na qual a variável de decisão é o peso K c , sujeitas as
restrições (2) e (3).
n
(4) Max ∑ k c v c ( x ca )
c=1
18
Caso o problema encontra uma solução para a alternativa aj, então aj é potencialmente
a solução ótima para o problema, se não, aj é eliminado do processo. Se for encontrada
somente uma alternativa após realizar o processo para todas as x alternativas, logo esta seria a
solução para o problema. Caso contrário, o decisor deve confrontar duas consequências
hipotéticas, considerando compensação entre os critérios (de Almeida et al. 2016).
O método trabalha apenas com a relação de preferências e com informações parciais
na forma de inequações (5) e (6), enquanto outros métodos exigem que o decisor estabeleça o
ponto em que duas consequências são indiferentes, fator que muitas vezes não está claro (Frej
et al. 2017).
(5) k c+1 ≤ k c v c ( x 'c )−ε Para c =1 até n−1
(6) k c+1 ≥ k c v c ¿
6). A cada interação, portanto, o modelo de programação linear descrito a seguir, nas
equações (7 – 12) é rodado para cada par de alternativas Ai , A k (i=1, ..., m; k=1, ..., m; i≠k)
(FREJ et al., 2017).
m m
(7) Max D ( A i , A k )=∑ w j v j ( A i )−∑ w j v j ( Ak ) , ∀ i, k ; i≠ k
j=1 j=1
(8) w 1 ≥ w 2 ≥ … ≥ w j ≥ w j +1 ≥ … ≥ wm
(12) w j ≥ 0 , j=1 … m
Onde:
Max D ( Ai , A k) é a função global do par de alternativas;
υ j ( Ai ) é a função valor marginal para cada critério j;
w j é a constante de escala para cada critério j;
m é o número de critérios.
Entretanto, como indicado pela International Energy Agency - (IEA 1998), a indústria
do gás natural (IGN) possui características de ― indústria de rede, exigindo grandes
investimentos iniciais devido aos altos custos marginais e riscos técnicos e financeiros
envolvidos, na realização de sua cadeia de produção. Segundo Kupfer (2002) cadeia produtiva
é um conjunto de fases consecutivas pelos quais diversos tipos de insumos vão sendo
transportados e transformados.
Apesar de o GN apresentar poucas transformações ao longo da cadeia de produção, o
processo que envolve levar o gás do poço exploratório até o consumidor final é bastante
complexo e custoso. A cadeia de produção é dividida em dois grandes blocos. O primeiro
bloco, chamado de upstream, agrega as atividades relacionadas com a aquisição do produto
em si, como exploração e produção, já o segundo, conhecido como downstream, relaciona-se
com as atividades de aplicações do produto e focaliza-se no transporte e distribuição de gás
natural até o consumidor final (PINTO JR. et al, 2007).
De acordo com Moutinho dos Santos et al. (2002) as atividades da IGN dividem-se em
quatro etapas: a) exploração e produção; b) processamento; c) transporte; d) distribuição:
a) Exploração e Produção - Nesta etapa, a indústria se assemelha com a do petróleo.
As atividades de produção e exploração podem ocorrer onshore ou offshore, e tem um risco
elevado de capital. Sendo assim, os procedimentos que englobam as pesquisas geológicas,
como as tecnologias de perfuração podem ser compartilhadas entre as duas indústrias.
Entretanto, podem haver casos onde no campo exploratório ocorra pouco ou nenhum óleo,
nesta situação, o gás seria do tipo não associado.
b) Processamento - Nesta fase, o gás é levado até as Unidades de Processamento de
Gás Natural (UPGN) para ser tratado. Nestas unidades, o gás é separado e a sua composição é
padronizada, adequando-o ao consumo final. Através deste método, obtêm-se o gás natural
seco, GLP e a gasolina natural.
c) Transporte - Nesta etapa, o custo do transporte do gás representa quase 2/3 do custo
total da cadeia de produção do GN. Agora, o gás é transportado das UPGNs até os City-Gates
das distribuidoras, ou então aos grandes consumidores. O transporte do GN pode ser realizado
de três maneiras: a principal delas são os gasodutos; o gás pode ainda ser transportado
comprimido (GNC), ou líquido (GNL) (PINTO JR. et al, 2007).
d) Distribuição – A rede de distribuição é a etapa final do sistema, onde no caso é
quando o gás chega ao consumidor, o qual pode ser de diferentes segmentos. Nessa fase, o gás
já deve satisfazer a padrões rígidos de especificação e estar praticamente isento de impurezas,
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para não causar danos aos equipamentos nos quais será utilizado como combustível ou
matéria-prima. Os ramais de distribuição transportam volumes menores de gás natural a
menores pressões, com tubulações de diâmetros menores que na rede de transporte. É esta
rede que leva o gás até as indústrias e aos centros urbanos e por fim, até o consumidor final,
por meio de ramificações menores de modo a atender os bairros ou distritos (ANP, 2001).
23
3. METODOLOGIA
Este tópico tem o intuito de descrever o método de pesquisa utilizado para alcançar os
objetivos deste trabalho. Ele é dividido em duas partes: caracterização da pesquisa e descrição
do modelo de pesquisa.
3.1.CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
3.2.MODELO DE PESQUISA
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Para alcançar os objetivos dessa pesquisa, um modelo de pesquisa foi adaptado com base
nas 3 fases para solução de um problema de decisão multicritério de De Almeida (2013),
conforme fluxograma da Figura 4.
A identificação dos objetivos terá uma forte interferência inicial no modelo final, uma
vez que os valores dos decisores serão explicitados nos mesmos. Tais objetivos são as bases
de interesses em qualquer problema decisório, se o conjunto de objetivos não for adequado
para um contexto de decisão, o poder de insights para a decisão é diminuído. Caso esse
conjunto seja vago ou incompleto, as alternativas podem não ser reconhecidas e a informação
de prós e contras de cada alternativa será prejudicada.
Para cada objetivo definido, será estabelecida na etapa 3, uma variável para
mensuração do nível de desempenho com que os objetivos devem ser atingidos.
Posteriormente, este detalhamento dos critérios de decisão, irá permitir a identificação o
conjunto de alternativas potenciais (DE ALMEIDA, 2013).
Conforme Roy (1996) uma família de critérios dever ser estabelecida, e para tal deve
atender a três propriedades: não redundância, todos os critérios devem estar presentes, no
intuito de representar todos os objetivos do problema e as preferências do decisor em relação
a cada critério devem ser coerentes com a avaliação global.
Esta etapa de estabelecimento dos critérios é muito importante para várias outras
etapas, sendo imprescindível para quantificar um modelo de valor para as variadas
alternativas, em destaque a avaliação intracritério.
A próxima etapa envolve três atividades:
O estabelecimento da estrutura do espaço de ações;
A determinação da problemática; e
A geração de alternativas.
4. RESULTADOS
Nesta seção será descrito os resultados obtidos através do modelo de pesquisa utilizado, o
mesmo é divido nas 9 etapas também descritos na metodologia.
Após ter identificado os atores, no passo seguinte, foram levantados junto ao decisor
os objetivos relacionados ao problema de decisão. Com isso, foi definido o objetivo de avaliar
os trechos candidatos a expansão sob os horizontes de curto prazo (até 1 ano) e médio prazo
(entre 1 e 3 anos), sob o olhar dos parâmetros:
Contribuição financeira do trecho de expansão, para calcular a viabilidade do projeto;
Desenvolvimento das tarefas do planejamento do projeto, para verificar o andamento do
projeto;
28
Com base nos objetivos identificados, o próximo passo foi estabelecer os critérios e
suas consequências para calcular o desempenho de cada alternativa. Foram definidos três
critérios: parâmetro financeiro, parâmetro maturidade e parâmetro relevância estratégica.
Com o desempenho identificado por meio das escalas para avaliação da TIR e do
payback o critério ‘Parâmetro financeiro’ é calculado através de uma média ponderada, onde
para o valor da faixa da taxa interna de retorno é associado um peso 2, enquanto para o valor
da faixa do payback um peso 1.
Para facilitar o cálculo do desempenho de cada alternativa para este critério, foi
desenvolvido uma tabela elencando todas as etapas e o executado ou obtido para as mesmas
em para cada alternativa, conforme a Figura 5, vale ressaltar que o mesmo cálculo para a
maturidade já está consolidada na companhia, sendo utilizado em diferentes áreas. A seguir
foi desenvolvido uma breve descrição de cada etapa, com o intuito de auxiliar seu
entendimento e preenchimento da realização.
Projetos:
Projeto Básico
Caso o trecho já possua Projeto Básico: 100%, caso esteja realizando: 50%, se não
0%. Tem um peso de valor 5.
EVTE Básico
30
O EVTE Básico seria esse próprio modelo que está sendo realizado, portanto assume o
valor de 100%. Tem um peso de valor 2.
Se o Projeto Executivo do trecho estiver pronto: 100%, caso esteja realizando: 50%, se
não 0%. Tem um peso de valor 10.
Licenciamento:
LP Solicitada
Se a Licença Prévia do trecho já foi solicitada: 100%, caso contrário 0%. Tem um
peso de valor 2.
LP Obtida
Se a Licença Prévia do trecho já estiver obtida: 100%, caso contrário 0%. Tem um
peso de valor 10.
LI Solicitada e Obtida
Se a Licença de Instalação do trecho já foi obtida: 100%, caso esteja solicitada: 50%,
se não 0%. Tem um peso de valor 13.
Se as autorizações foram solicitadas: 100%, caso contrário, 0%. Tem um peso de valor
3.
Autorizações Concedidas
Se as autorizações foram obtidas: 100%, caso contrário, 0%. Tem um peso de valor 7.
Observação: as autorizações são SISEP, AGETRAN, GDU e DNIT. A GDU tem
como pré-requisito o projeto básico. O DNIT tem como pré-requisito o projeto executivo e só
é solicitado em caso de trecho federal.
Contratação:
Financiamento
Contrato Comercial
Se o cliente âncora já assinou contrato comercial: 100%, caso contrário: 0%. Tem um
peso de valor 7.
Licitação Materiais e Contratação
Se a licitação para aquisição de materiais tem aviso de licitação: 25%, caso já tenha
um vencedor: 50%, se o contrato já foi assinado pela empresa vencedora do certame: 100%.
Tem um peso de valor 3.
Licitação Obras/Serviços
Irá analisar a região do trecho prospectado, podendo ser não explorada, explorada ou
saturada, sendo associado as escalas de 3, 2 e 1, respectivamente.
Volume Potencial Deslocável
Irá analisar o volume potencial deslocável da região, ou seja todos os clientes que
enxergam o gás natural como uma oportunidade de economia frente ao energético em
substituição (por exemplo o GLP e a energia elétrica) abrangendo uma área de raio de até 300
m, podendo ser alto se o volume total for superior a 350 m³/dia, médio se o volume total
estiver entre 350 m³/dia e 250 m³/dia ou baixo, se for inferior a 250 m³/dia, tendo as escalas
de 3, 2 e 1, respectivamente.
Prazo para Ligação
Irá analisar o tempo para realizar as interligações da maioria dos clientes prospectados
do trecho, podendo ser de curto (menor que 6 meses), médio (de 6 meses a 1 ano) ou longo
prazo (maior que 1 ano), tendo as escalas de 3, 2 e 1, respectivamente.
Infraestrutura Operacional da Rede
Irá analisar a quantidade total de unidades consumidoras do trecho. Caso seja maior
que 200, será representado como alto, se for maior que 100 e menor que 200, será
representado como médio, e se for menor que 100, será baixo. Tendo as escalas de 3, 2 e 1,
respectivamente.
33
Irá analisar o volume médio do segmento preponderante, ou seja, aquele que obtiver o
maior número de clientes, e não unidades consumidoras. Para o Residencial, Comercial e
Serviço será analisado da seguinte forma:
≤15 m³/dia, será representado como baixo.
≤ 30 m³/dia, será representado como médio.
> 30 m³/dia, será representado como alto.
Alternativas Trechos
A1 Av. das Bandeiras
A2 Av. Duque de Caxias
A3 Av. Júlio de Castilho
A4 Av. Três Barras
A5 Rua Ana Luísa de Souza
A6 Av. Hiroshima
A7 Av. Mascarenhas de Moraes
A8 Rua Montese
A9 Rua Rio Negro
A10 Rua Antônio Maria Coelho
A11 Rua das Garças
A12 Rua Euclides da Cunha
A13 Rua Oliva Enciso
A14 Rua Rotterdan
A15 Rua Tamandaré
A16 Av. Consul Assaf Trad
A17 Av. Gunter Hans
A18 Av. Manoel da Costa Lima
A19 Av. Marechal Deodoro
A20 Av. Ministro João Arinos
A21 Av. Rodoviária
A22 Av. Senador Filinto Muller
A23 Av. Senhor do Bonfim
A24 Expansão Divisão
A25 Polo Norte
A26 Presídio
A27 Rua 14 de Julho
A28 Rua Plutão
A29 Rua Rogério Cavalari
A30 Rua Sunko Yonamine
A31 Av. Aracruz
A32 Av. Calógeras
35
Critérios
Alternativas Financeir Maturidad Relevância
o e Estratégica
Tipo 1-ContMax 1-ContMax 1-ContMax
A1 1 63 6
A2 4,7 63 18
A3 3 65 14
A4 2,7 60 12
A5 4,7 58 11
A6 1 79 12
A7 1 90 6
A8 4,7 85 15
A9 0,5 90 7
A10 3,7 60 8
A11 4,7 90 10
A12 0,5 60 4
A13 1,7 60 9
A14 1 60 13
A15 3,7 48 13
A16 1 90 11
A17 1 42 12
A18 1 42 8
A19 1 42 8
A20 1 42 13
A21 4,7 42 11
A22 0,5 42 4
A23 2,7 42 10
A24 1 12 11
A25 1 42 10
A26 1 42 11
A27 4,7 42 10
A28 1 42 10
A29 1,7 42 9
A30 4,7 42 11
A31 1 42 8
A32 1,7 42 6
A33 0,5 2 10
38
A34 0,5 2 12
A35 1 42 9
A36 1 42 9
A37 0,5 42 6
A38 1 42 6
A39 1 42 6
A40 0,5 22 9
A41 1 42 6
A42 1 42 6
A43 3 42 8
A44 1 22 10
A45 0,5 2 11
A46 4,3 42 9
A47 1 22 10
Fonte: Autor (2020).
Com a matriz de decisão gerada na etapa anterior, a mesma foi utilizada no método do
FITradeoff, onde o mesmo foi utilizado em 2 rodadas de ordenação dos trechos. A primeira
rodada foi realizada com o intuito de ordenar os trechos que serão executados no ano seguinte
seus projetos, com isso, o decisor optou-se pela seguinte ordenação dos critérios, representada
na Tabela 4.
16 primeiros trechos para a carteira do ano de 2021, sendo estes trechos representados na
Tabela 5. Para esta seleção, foi definido como restrição a expansão total entre 25 – 30 km, de
acordo com o decisor e objetivos da companhia.
Com a ordenação dos critérios já definidas, o método foi rodado para os trechos, e
com o resultado obtido foi realizado a separação dos mesmos para os anos, ficando os 17
melhores trechos para 2022 e os demais para 2023, conforme a Tabela 7.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). (2020). Estudo sobre o
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http://www.anp.gov.br/publicacoes/livros-e-revistas. Acessado: 2020-10-21.
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