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a solução para o seu concurso!

SEE - SP
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
DE SÃO PAULO

Professor de Ensino Fundamental


e Médio - BIOLOGIA

EDITAL DE ABERTURA DE INSCRIÇÕES Nº 01/2023

CÓD: SL-114MA-23
7908433236436
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;

• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Conhecimentos
1. Do fluxo de matéria e energia; manutenção e impactos no ecossistema de processos produtivos que priorizem o desenvol-
vimento sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas...................... 7
2. Realizar previsões, avaliar intervenções e/ou construir protótipos para compreender as mudanças climáticas e importância
do efeito estufa para manutenção da vida. ................................................................................................................................ 7
3. Do conhecimento sobre acidentes radioativos e efeitos biológicos das radiações para avaliar as potencialidades e os riscos
na saúde e no ambiente.............................................................................................................................................................. 8
4. Dos benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente, considerando o uso e descarte indevido de resíduos e seus efeitos nas
cadeias tróficas, posicionando-se criticamente e propondo soluções individuais e/ou coletivas. ............................................. 12
5. Dos ciclos biogeoquímicos e efeitos de fenômenos naturais e da interferência humana sobre esses ciclos, promovendo ações
individuais e/ou coletivas que minimizem poluição do solo, água e ar....................................................................................... 13
6. De alternativas ecológicas para a produção de energia, considerando a disponibilidade de recursos, a eficiência energética,
a relação custo/benefício, as características geográficas e ambientais, a produção de resíduos e os impactos socioambientais
e culturais. .................................................................................................................................................................................. 15

Bibliografia Livros e Artigos


1. CACHAPUZ, Antonio; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel. A necessária renovação do ensino de ciências.
3. ed. São Paulo: Cortez, 2011..................................................................................................................................................... 19
2. CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (Org.). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de
aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.................................................................................................................................... 19
3. KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. São Paulo: Edusp, 2008............................................................................. 20
4. URRY, Lisa A. et al. Biologia de Campbell. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2022........................................................................... 20

Publicações Institucionais
1. SÃO PAULO (Estado). Currículo Paulista: Educação Infantil e Ensino Fundamental. São Paulo: SEDUC, 2019. Páginas 375 –
394............................................................................................................................................................................................... 25
2. SÃO PAULO (Estado). Currículo Paulista etapa Ensino Médio São Paulo: SEDUC, 2019. Páginas 133 – 140, 150 – 166, 218 –
228 e 249 - 250. .......................................................................................................................................................................... 41

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CONHECIMENTOS

- Degradação ambiental
DO FLUXO DE MATÉRIA E ENERGIA; MANUTENÇÃO E IM- A emissão de poluentes tóxicos, o desmatamento e a poluição
PACTOS NO ECOSSISTEMA DE PROCESSOS PRODUTIVOS do solo e da água interferem diretamente no fluxo de energia e de
QUE PRIORIZEM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, O massa dos ecossistemas. Com isso, toda a vida na Terra é compro-
USO CONSCIENTE DOS RECURSOS NATURAIS E A PRESER- metida.
VAÇÃO DA VIDA EM TODAS AS SUAS FORMAS. Os poluentes tóxicos, contaminantes do ar, do solo e da água,
impedem a produção de alimentos e também comprometem a re-
novação dos produtores. Assim como as áreas desmatadas, podem
- Introdução levar á desertificação, diminuindo a produção de energia respon-
A necessidade de desenvolvimento, é evidenciada pela ne- sável pela manutenção da vida. O uso de fontes de energia não re-
cessidade de atender as demandas de consumo e de geração de nováveis como os combustíveis fósseis (carvão petróleo) e os de
empregos para uma população global que não para de crescer. Tal origem nuclear são tóxicos e prejudiciais a todas as formas de vida.
ânsia por desenvolvimento, crescimento e ampliação da atividade A queima de combustíveis fósseis produz dióxido de carbono.
econômica nos levou à situação de degradação ambiental que en- Sua emissão em grande quantidade faz com que esse gás se acumu-
frentamos hoje e que coloca em risco a sobrevivência no planeta. A le na atmosfera, produzindo o aquecimento global.
escassez dos recursos naturais e a poluição do solo, do ar e da água
atingiu níveis insustentáveis que exigem mudanças nos processos - Energia limpa
produtivos, na busca por um desenvolvimento sustentável. A substituição das fontes de energia não renováveis por fon-
tes renováveis é o caminho para a obtenção do desenvolvimento
- Desenvolvimento sustentável sustentável.
O desenvolvimento sustentável consiste no estabelecimento São fontes renováveis de energia: hidrelétrica, solar, eólica e
de objetivos e estratégias que possibilitem produção e desenvolvi- das marés. Todas essas energias causam de uma forma ou de outra
mento sem que haja a degradação do meio ambiente. impactos ambientais, porém infinitamente menos danosos do que
O caminho para se obter desenvolvimento e preservação am- os combustíveis fósseis. Esses impactos são mais efetivos em torno
biental passa pelo uso de matérias primas de fontes renováveis e das instalações e modificações necessárias para a captação dos ele-
utilização de energia limpa no processo produtivo. Em relação ao mentos geradores da energia.
que é produzido, deve ser de longa vida útil e composto de material A energia de biomassa e o uso de combustíveis que produzem
reciclável. quantidades menores de gases estufa também pode ser considera-
da. Porém, as fontes de energia limpa são as mais indicadas para
- Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas que superemos a crise ambiental.
Pensando na manutenção dos ecossistemas e de sua impor-
tância para que a vida no planeta se mantenha, vamos entender
como acontecem os fluxos de matéria e energia nos ecossistemas. REALIZAR PREVISÕES, AVALIAR INTERVENÇÕES E/OU
As cadeias alimentares que se formam nos ecossistemas são CONSTRUIR PROTÓTIPOS PARA COMPREENDER AS MU-
constituídas de produtores, consumidores e decompositores. DANÇAS CLIMÁTICAS E IMPORTÂNCIA DO EFEITO ESTUFA
Os produtores são os seres vivos que realizam a fotossíntese. PARA MANUTENÇÃO DA VIDA.
No meio terrestre, os vegetais. No meio aquático, as algas. Através [
da fotossíntese, a energia luminosa é transformada em energia quí-
mica, armazenada na molécula de glicose. - Introdução
Os consumidores são os seres vivos não fotossintetizantes que As mudanças climáticas são resultado direto da ação humana
se alimentam à partir dos produtores. que degrada o ambiente e suas consequências são sentidas ago-
Os decompositores (bactérias e fungos) realizam a decomposi- ra. Como os especialistas sabem quais ações ocasionam os atuais
ção da matéria orgânica excretada pelos consumidores, bem como efeitos do aquecimento global, conseguem estimar a piora desse
decompõem toda a matéria orgânica morta originada à partir de cenário, caso não ocorram mudanças que cessem a degradação am-
produtores e consumidores, devolvendo seus componentes quími- biental, criando estimativas para os próximos anos.
cos a agua e ao solo, permitindo o seu reaproveitamento na consti-
tuição de nova matéria orgânica. - Emissões de carbono e metano na atmosfera
Carbono e metano são gases estufa que ao acumularem-se em
excesso, na atmosfera, aprisionam o calor, provocando o aumento
da temperatura.

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CONHECIMENTOS

O aumento do calor altera o regime de chuvas, provoca o derretimento das geleiras que leva ao aumento do nível do mar, além da
acidificação dos oceanos. Os impactos são diretos na produção de alimentos e na escassez hídrica, além do significativo aumento da tem-
peratura que atinge níveis ameaçadores à sobrevivência.

- Desmatamento
O desmatamento é outra atividade humana que impacta diretamente nas mudanças climáticas. As florestas absorvem calor e seques-
tram carbono da atmosfera através da atividade fotossintética. Sua eliminação, diminui a fotossíntese e ameaça a biosfera como um todo,
uma vez que é a fonte produtora de energia utilizada por todos os seres vivos.
Além disso, o solo de florestas, devido ao grande desenvolvimento dos vegetais, é pobre em nutrientes e depende da decomposição
da matéria orgânica produzida pelos próprios seres vivos locais. Uma vez desmatada, o solo pobre faz com que ela passe pelo processo de
desertificação.

- A importância do efeito estufa


O efeito estufa é essencial para a manutenção da vida no planeta uma vez que, sem carbono na atmosfera, o calor não ficaria retido
na Terra e as temperaturas ficaram muito baixas, impedindo a vida. Todos os seres vivos aeróbios liberam gás carbônico na atmosfera que
é utilizado pelos seres fotossintetizantes, especialmente vegetais e algas, para produzir matéria orgânica.
O problema é o excesso de gás carbônico liberado na atmosfera através da queima de combustíveis seja através dos meios de trans-
porte seja pelas queimadas e pela atividade industrial.
Esse acúmulo de carbono retém mais calor que o necessário, provocando aumento da temperatura acima do desejado.

- Impactos das mudanças climáticas


Os impactos das mudanças climáticas recaem, principalmente sobre as populações mais vulneráveis que sofrem com a escassez de
alimentos e aumento do preço, com a escassez hídrica e a degradação do solo, com as alterações no regime de chuva, que tornam-se mais
intensas, causando tragédias nas encostas, exatamente onde vivem essas populações.
No que tange à saúde, os impactos são inúmeros. Desidratação, insolação e doenças relacionadas a agua contaminada e aquelas
transmitidas por insetos como a malária.

DO CONHECIMENTO SOBRE ACIDENTES RADIOATIVOS E EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES PARA AVALIAR AS POTEN-
CIALIDADES E OS RISCOS NA SAÚDE E NO AMBIENTE.

Radioatividade (ou radiatividade) é a propriedade de determinados tipos de elementos químicos radioativos emitirem radiações, um
fenômeno que acontece de forma natural ou artificial. A radioatividade natural ou espontânea ocorre através dos elementos radioativos
encontrados na natureza (na crosta terrestre, atmosfera, etc.). Já a radioatividade artificial ocorre quando há uma transformação nuclear,
através da união de átomos ou da fissão nuclear. A fissão nuclear é um processo observado em usinas nucleares ou em bombas atômicas.
Em 1896, o francês Henri Becquerel percebeu que um sal de urânio era capaz de sensibilizar um filme fotográfico, mesmo quando este
era recoberto com papel preto ou até mesmo por lâminas metálicas finas. Becquerel, o descobridor do urânio, percebeu que esse material
emitia radiações semelhantes aos raios X, e essa propriedade ele chamou radioatividade.
Em 1897, Marie Sklodowska Curie (1867-1934) demonstrou que a intensidade da radiação é proporcional à quantidade de urânio na
amostra e concluiu que a radioatividade é um fenômeno atômico.
Nesse mesmo ano, Ernest Rutherford criou uma aparelhagem para estudar a ação de um campo eletromagnético sobre as radiações:

O esquema mostra o comportamento das radiações α, β e γ em um campo eletromagnético.


Rutherford concluiu que, como os raios alfa (α) e beta (β) sofrem desvio no campo magnético, logo devem apresentar carga elétrica,
ao passo que os raios gama (γ) não devem apresentar carga. Os raios β são atraídos pela placa positiva; devem, portanto, ter carga negati-
va. Com o mesmo raciocínio pode-se deduzir que os raios α têm carga positiva.

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CONHECIMENTOS

Os tipos de radiação que um elemento pode emanar são divididos, primeiramente, em duas formas: partículas ou ondas. Partículas
possuem massa e ondas são apenas energia. Isso é devido aos elementos que compõem esses tipos de radiação. Na categoria das partícu-
las, duas são as mais comuns: alfa e beta.

Partículas α (alfa): são partículas formadas por 2 prótons e 2 nêutrons − a mesma composição do Hélio – que são liberadas por ele-
mentos radioativos para fora de seu núcleo. Quando um átomo libera 2 prótons, muda seu número atômico e transforma-se em um novo
elemento, além de diminuir sua massa atômica em 4. Esse processo irá se repetir até que o núcleo do átomo esteja suficientemente está-
vel, transformando-se em um elemento que não é radioativo
Partículas β (beta): são elétrons disparados para fora do átomo, em forma de radiação, quando um próton se transforma em nêutron
ou vice-versa. Com a conversão de um próton em nêutron há a mudança do seu número atômico e, consequentemente, a transformação
em outro elemento menos radiativo. Quando o núcleo possui menos nêutrons do que deveria para ser estável, pode transformá-lo em um
próton ou mudar a relação n/p e diminuir a instabilidade nuclear até alcançar um elemento não radioativo. Um átomo instável irá liberar
partículas alfa ou beta como radiação, mas isso não é a única coisa emitida por um elemento radioativo. Em qualquer um dos casos será
emitido um terceiro tipo de radiação.
Raios γ (gama): este tipo de radiação não possui massa, é uma onda eletromagnética, como muitos outros tipos de radiação, e é re-
sultante do decaimento radioativo (liberação de partículas alfa ou beta). Em outras palavras, quando um átomo dispara uma partícula alfa
ou beta, ainda continua instável, pois a emissão da partícula não foi suficiente para estabilizar o átomo. Esta instabilidade é reduzida pela
emissão de raios gama, ou seja, energia pura.

As partículas alfa, como são formadas por um agrupamento de partículas, têm uma dimensão maior impedindo que ela atravesse
mesmo materiais finos. As partículas beta conseguem atravessar materiais como o papel, mas são detidas pelo alumínio. E apenas as par-
tículas gama conseguem atravessar boa parte dos materiais, mas não aqueles muito densos como o chumbo, por exemplo.

Para uma melhor compreensão segueo quadro abaixo:

RADIAÇÃO ALFA BETA GAMA


Alto, A partícula alfa captura
Médio. Por possuírem carga
Poder de 2 elétrons do meio, se
elétrica menor possuem Pequeno. Não possuem carga
ionização transformando em átomo de Hélio.
menos pode de ionização
(He)
Pequenos. São detidos pela Alto. Pode atravessar completamente
Médio. Podem penetrar até
Dano ao ser camada de células mortas da o corpo humano, causando danos
2cm e ionizar moléculas
humano pele, podendo no máximo causar irreparáveis como alteração na
gerando radicais livres
queimaduras estrutura do DNA
Velocidade 5% da velocidade da luz 95% da velocidade da luz Igual a velocidade da luz 3000000 Km/s
Médio. É 50 a 100 vezes mais
Alto. Os raios gama são mais
Poder de Pequeno. Uma folha de papel pode penetrante que a alfa. São
penetrantes que os raios. São detidos
penetração deter detidos por uma chapa de
por uma chapa de chumbo de 5cm
chumbo de 2mm

Benefícios da radioatividade
A radioatividade tem vários benefícios para o ser humano. Entre eles é importante realçar a sua utilização na produção de energia, na
esterilização de materiais médicos, no diagnóstico de doenças e no controle do câncer, através da radioterapia.

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CONHECIMENTOS

Em alguns alimentos, mais concretamente nas frutas, a radia- Decaimento e Meia-Vida


ção iônica emitida sobre elas, permite que a sua durabilidade au- Radioatividade – É a propriedade que os núcleos atômicos ins-
mente. Essa radiação não altera o sabor e as qualidades nutritivas táveis possuem de emitir partículas e radiações eletromagnéticas
dos alimentos. para se transformarem em núcleos mais estáveis. Para este fenôme-
no, damos o nome de reação de desintegração radioativa, reação
Leis da Radioatividade de transmutação ou reação de decaimento.
A reação só acaba com a formação de átomos estáveis.
1ª Lei: Lei de Soddy
A primeira lei da radioatividade, também conhecida como pri- Exemplos:
meira lei de Soddy, tem relação com o decaimento alfa. Veja o que U238 sofre decaimento até se transformar em Pb206.
essa lei diz: O tempo que os elementos radioativos levam para ficarem es-
“Quando um átomo sofre um decaimento alfa (α), o seu núme- táveis, varia muito.
ro atômico (Z) diminui duas unidades e o seu número de massa (A) Meia-Vida – É o tempo necessário para a metade dos isótopos
diminui quatro unidades”. de uma amostra se desintegrar.
Um conjunto de átomos radioativos pode estar se desintegran-
Genericamente, podemos representar essa lei pela seguinte do neste instante. Outro átomo pode se desintegrar daqui há uma
equação: hora. Outro, pode desintegrar daqui há três meses.
O U235 é o elemento com meia-vida mais longa. Tem cerca de
7, 04.108anos.
Exemplo de um gráfico de Meia-vida: Atividade x Tempo

Exemplo:
90
Th232→+2α4+88Ra228

228 + 4 = 232
88 + 2 = 90

2ª Lei: Soddy, Fajans, Russel


Quando um átomo emite uma partícula β, o seu número atô-
mico aumenta de 1 unidade e o seu número de massa permanece
inalterado.

Th234 → -1β0 + 91Pa234


90

Exemplo:
Dada a equação: X204 → xα + yβ + 92Y192
90
Determinar x e y

Resolução:
90
X204 → x+2α4 + y-1β0 + 92Y192 Exemplo de decaimento do bismuto- 210
Meia vida é a estimativa de tempo em que metade da massa
Montamos duas equações: de um isótopo haverá decaído. Um exemplo é a própria técnica de
a) uma para os índices superiores: datação por Carbono 14. Reforce que a meia vida do isótopo radio-
204 = 4x + 0y + 192 ativo do Carbono, cuja massa é 14, é de cerca de 5700 anos. Isso
x=3 quer dizer que a concentração de Carbono 14, após 5700 anos, cai
pela metade. Se esperarmos mais 5700 anos, haverá apenas 1/4
b) uma para os índices inferiores: de Carbono 14, e assim sucessivamente. O tempo de meia vida de-
90 = 2x + (-1y) + 92 pende diretamente do quão instável é o elemento e as variações
90 = 2(3) -1y +92 são muito acentuadas, tendo elemento cuja meia vida pode ser de
y=8 alguns minutos (isótopo iodo-131) e elemento cuja meia vida pode
ser de até milhões de anos (Urânio 238). É importante enfatizar que
X204 → 3+2α4 + 8-1β0 + 92Y192
90
meia vida não é a metade do tempo que o elemento radioativo leva
para decair e desintegrar-se. O nome deste fenômeno é vida-média,
Isso acontece com todo elemento radioativo que emite uma este sim determina o tempo necessário para a transmutação do ele-
partícula alfa, pois, conforme mostrado no texto emissão alfa (α), mento radioativo.
essa partícula é constituída por dois prótons e dois nêutrons — de
forma semelhante ao que ocorre com o núcleo de um átomo de
hélio — e é representada por 2α4.

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CONHECIMENTOS

Efeitos da Radioatividade Nos Organismos Quando o isótopo urânio-235 (235U) recebe um nêutron, ele
Os efeitos da radioatividade no ser humano dependem da passa para um estado excitado que corresponde ao urânio-236
quantidade acumulada no organismo e do tipo de radiação. A ra- (236U). Pouco tempo depois esse novo núcleo excitado se rompe
dioatividade é inofensiva para a vida humana em pequenas doses, em dois novos elementos. Esse rompimento, além de liberar novos
mas, se a dose for excessiva, pode provocar lesões no sistema ner- nêutrons, libera uma grande quantidade de energia.
voso, no aparelho gastrintestinal, na medula óssea, etc., Muitas ve- Os nêutrons provenientes do rompimento do núcleo excitado
zes pode levar a morte (em poucos dias ou num espaço de dez a vão encontrar novos núcleos, gerando, portanto, uma reação em
quarenta anos, através de leucemia ou outro tipo de câncer). cadeia. A fim de que os novos nêutrons liberados encontrem novos
Estar em contato com a radiação é algo sutil e impossível de núcleos, para assim manter a reação em cadeia, após a fissão do nú-
ser percebido imediatamente, já que no momento do impacto não cleo de urânio, deve-se ter uma grande quantidade de urânio-235.
ocorre dor ou lesão visível. Como a concentração de urânio-235 no mineral urânio é pouca,
A radiação ataca as células do corpo, fazendo com que os áto- obtém-se o urânio 235 em grande escala através do processo de
mos que compõem as células sofram alterações em sua estrutura. enriquecimento do urânio.
As ligações químicas podem ser alteradas, afetando o funcionamen-
to das células. Isso provoca, com o tempo, consequências biológicas
no funcionamento do organismo como um todo; algumas consequ-
ências podem ser percebidas a curto prazo, outras a longo prazo. Às
vezes vão apresentar problemas somente os descendentes (filhos,
netos) da pessoa que sofreu alguma alteração genética induzida
pela radioatividade.

Séries radioativas
A tabela a seguir indica a meia-vida de alguns isótopos radio-
ativos

Isótopo radioativo Meia-vida (P)


13
O 8,7 . 10-3 segundos
80
Br 17,6 minutos
99
Tc 6,0 horas
140
Ba 12,8 dias
14
C 5.730 anos
A fissão nuclear de um átomo de urânio libera grande quanti-
238
U 4,5 bilhões de ano dade de energia, cerca de 200 Mev. Se for descontrolada, a reação
será explosiva – é o que acontece com as bombas atômicas.
O período de semidesintegração é aproximadamente 70% do
valor da vida média (Vm): Fusão Nuclear
Praticamente toda energia que a Terra recebe diariamente é
P ≅ 0,7 Vm proveniente do Sol, que libera energia por reações termonucleares.
As temperaturas elevadas no centro do Sol fornecem a energia
Fissão Nucelar necessária para que átomos de hidrogênio (H) se unam, num pro-
A descoberta da reação de fissão nuclear ocorreu devido aos cesso chamado fusão nuclear.
trabalhos de Enrico Ferni, Otto Hahn e Lise Meitner.
A fissão nuclear é uma reação que ocorre no núcleo de um
átomo. Geralmente o núcleo pesado é atingido por um nêutron,
que, após a colisão, libera uma imensa quantidade de energia. No
processo de fissão de um átomo, a cada colisão são liberados novos
nêutrons. Os novos nêutrons irão colidir com novos núcleos, provo-
cando a fissão sucessiva de outros núcleos e estabelecendo, então,
uma reação que denominamos reação em cadeia.
Um parâmetro importante para analisar a estabilidade de um
núcleo é a razão entre o número de prótons e o número de nêu-
trons. Por um lado, a falta de nêutrons pode tornar a distância entre
prótons tão pequena que a repulsão se torna inevitável, resultando
na fissão do núcleo. Por outro lado, como a força nuclear é de curto
alcance, o excesso de nêutrons pode acarretar uma superfície de
repulsão eletromagnética insustentável, que também resultaria na
fissão do núcleo. Assim, um dos principais fatores para a estabilida-
de do núcleo é que tenhamos N = Z.
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CONHECIMENTOS

Cinética Radioativa1
Esta parte da Química nuclear nos mostra a diferença do tem- DOS BENEFÍCIOS E OS RISCOS À SAÚDE E AO AMBIENTE,
po de desintegração entre os elementos, enquanto alguns se de- CONSIDERANDO O USO E DESCARTE INDEVIDO DE RESÍ-
sintegram lentamente, outros se desintegram de maneira rápida. DUOS E SEUS EFEITOS NAS CADEIAS TRÓFICAS, POSICIO-
As seguintes fórmulas são as bases para determinar as grandezas NANDO-SE CRITICAMENTE E PROPONDO SOLUÇÕES IN-
desse estudo. DIVIDUAIS E/OU COLETIVAS.

- Velocidade de desintegração; é o número de átomos de um


material radioativo que se desintegram em determinado tempo: - Introdução
v = -∆n/∆t As nossas sociedades apresentam como característica marcan-
te o consumo excessivo e o descarte daquilo que já não lhe serve
Sua unidade de medida é chamada de desintegrações por se- mais, sem preocupar-se com o destino desses materiais.
gundo (dps), ou becquerel (Bq) Lixões, ruas e rios são os destinos de todos esses resíduos, sen-
do notória a falta de educação ambiental.
- Constante radioativa; comprova-se experimentalmente que a
velocidade de desintegração é proporcional ao número de átomos - Os impactos no ambiente e na saúde
radioativos de um material radioativo: Essa prática inconsequente de descarte de resíduos acarreta
v=C.n problemas diversos que impactam diretamente nos ecossistemas:
contaminação do solo, do lençol freático, dos rios e córregos, inun-
Onde C é a constante de proporcionalidade chamada de cons- dações, contaminação do ar, proliferação de doenças que afetam
tante radioativa. E para ∆t = 1, temos: diretamente a vida de pessoas mais vulneráveis.
C = -∆n/n O plástico por exemplo, leva de dezenas a centenas de anos
para desaparecer do ambiente. Sua presença acarreta prejuízos à
- Intensidade radioativa; é o número de radiações alfa ou beta fauna, pois muitos animais acabam ingerindo esses materiais ou fi-
emitidas por um material radioativo na unidade de tempo: cando presos neles e acabam morrendo.
i=C.n A contaminação do solo, não só pelo lixo comum, mas também
por resíduos industriais e hospitalares, prejudica a agricultura e
- Vida média; é a média aritmética dos tempos de vida de todos contamina os lençóis freáticos, contaminando consequentemente,
os átomos radioativos de um material radioativo. A vida média é o a água.
inverso da constante radioativa:
Vm = 1/C - Soluções
Políticas públicas voltadas para a  educação ambiental e para a
Não é possível prever a duração de vida de determinado áto- conscientização da população a respeito da importância de se ado-
mo, mas pode-se conhecer o tempo estatístico de sua duração. tar uma postura adequada em relação ao descarte de lixo.
Armazenamento correto, separação dos resíduos orgânicos e
Uso da energia nuclear e suas implicações ambientais dos sólidos, reaproveitamento e reciclagem de materiais, além da
A Energia nuclear é aquela gerada a partir da quebra dos áto- criação de políticas públicas de proteção ambiental são algumas das
mos de determinados elementos químicos, sendo o urânio o mais medidas necessárias, que envolvem a sociedade em todos os níveis. 
utilizado na atualidade. O processo de produção de energia ocorre Os lixões a céu aberto, além da deterioração da paisagem am-
nas Usinas Nucleares. De acordo com dados atuais, cerca de 15% da biental, contaminam o solo e os lençóis freáticos, devendo ser
energia gerada no mundo é proveniente destas usinas nucleares. substituídos por aterros sanitários cujo solo passa por impermeabi-
Uma das vantagens da usina nuclear é a produção de uma lização a fim de evitar a contaminação.
energia mais limpa, já que 10 g de urânio é o suficiente para produ- À compostagem destina-se o lixo orgânico que se transforma
zir a mesma quantidade de energia de 700 kg de petróleo e 1.200 kg em adubo para ser usado na agricultura.
de carvão. Outra vantagem das usinas nucleares é que não emitem Incineração cuidadosa e criteriosa de substâncias contaminan-
gases, e não contribuem para o aquecimento global. tes perigosas com utilização de sistema s de filtração que reduzam
As desvantagens apresentadas são a respeito do lixo radioati- a poluição gerada.
vo, uma vez que a energia elétrica produzida é por intermédio do Pilhas, baterias, lâmpadas e eletrônicos apresentam, em sua
processo de fissão nuclear, e não pode ser deixado exposto devido à composição, elementos químicos que podem gerar graves proble-
radiação, o que causaria problemas na fauna e flora da região. O lixo mas ambientais como a contaminação do solo e da água, devem
radioativo deve ser muito bem acondicionado, pois pode demorar ser separados e entregues em locais específicos a empresas espe-
centenas de anos para perder suas propriedades radioativas. cializadas.
Um outro fator de risco a ser considerado é a possibilidade de
explosão da usina nuclear. O processo de fissão resulta em um alto
aquecimento do urânio, e caso não seja controlado pode causar
fusão do reator causando acidente nuclear de grandes proporções
como as que acontecerem em Chernobyl na Ucrânia, e Fukushima
no Japão.

1 Sardella, A.; Química – São Paulo, 2003. Editora Ática.


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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

DOS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS E EFEITOS DE FENÔMENOS NATURAIS E DA INTERFERÊNCIA HUMANA SOBRE ESSES CICLOS,
PROMOVENDO AÇÕES INDIVIDUAIS E/OU COLETIVAS QUE MINIMIZEM POLUIÇÃO DO SOLO, ÁGUA E AR.

Ciclos biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos dizem respeito ao processo natural de retirada de elementos químicos ou compostos de um habitat realiza-
do pelas espécies para sua sobrevivência e todo o ciclo que ocorre quando estes elementos são devolvidos ao ambiente após sua utiliza-
ção. Deste modo, nada se perde na natureza, mas se transforma, ainda que de modo diferente, a matéria, o ar, a água, o solo e todos os
outros componentes naturais presentes no meio ambiente como forma de energia são de algum modo devolvidos ao meio ambiente, o
estudo destes processos é chamado de ciclo biogeoquímico. Confira a seguir os diferentes tipos de ciclos presentes na natureza:

a) Ciclo da água
O ciclo da água ocorre por meio da transformação da água em seus diferentes estados. Inicia-se com a água em fase líquida, encon-
trada em rios, mares e lagos, passando para a fase do vapor, por meio da evaporação.
Em seguida o vapor da água passa pelo processo de condensação e volta a forma líquida como precipitação (chuva) ou, quando há o
resfriamento do vapor da água, ela é solidificada e retorna ao solo como neve ou granizo.
Ao chegar no meio terrestre, o solo infiltra a água, levando-a até os lençóis freaticos, de volta para os rios, lagos e mares. Esta água
presente no ambiente terrestre é consumida pelos animais, os quais também devolvem a água ao meio ambiente por meio dos processos
de respiração, transpiração e excreção.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

b) Ciclo do carbono
O ciclo do carbono ocorre de dois modos: em um ciclo biológico e outro geológico. O ciclo biológico do carbono inicia-se no proces-
so da fotossíntese, o qual se caracteriza pela ação dos seres autótrofos (árvores, plantas etc.) que retiram os nutrientes necessários da
atmosfera, assimilando os compostos carbônicos, tornando-os em matéria orgânica, a qual é consumida pelos seres heterótrofos (vacas,
bois, ovelhas).

Após este processo da cadeia alimentar, o carbono é novamente depositado no ambiente como dióxido de carbono (CO2) através dos
processos de respiração ou decomposição. O aumento go gás carbono na natureza também ocorre devido ao uso descompensado deste
gás pelos seres humanos em suas fábricas, causando desequilíbrio em um sistema feito para equilibrá-lo na natureza
O ciclo geológico do carbono tem a ver com a troca de CO2 que ocorre entre o ar, a água e o solo a fim de se obter equilíbrio deste
composto químico no ecossistema. A presença do carbono na atmosfera, quando dissolvida na chuva, se transforma em H2CO3, uma subs-
tância ácida que, quando em contato com o solo, acarreta a erosão do solo, liberando íons de Ca2+ e HCO3-.
Os íons destes compostos químicos, uma vez que liberados na água do mar contribuem para a formação das conchas que, após sua
decomposição acumulam-se de forma sedimentar, material que migra para regiões de altas temperaturas e, então, são fundidos, como
ocorre nas regiões vulcânicas. Os vulcões, por sua vez, liberam novamente o carbono na atmosfera, completando o ciclo geológico.

c) Ciclo do oxigênio
O ciclo do oxigênio tem seu início em seu principal meio de produção, a fotossintese, processo feito pelos seres autotrofos (plantas,
vegetais, algas etc.), estes organismos absorvem o CO2 e, então, liberam a matéria organica na natureza e, como consequência, o oxigênio.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

Este, uma vez presente na atmosfera, servirá como elemento


primordial para que os organismos realizem respiração celular. O DE ALTERNATIVAS ECOLÓGICAS PARA A PRODUÇÃO DE
resultado da respiração feita com o gás oxigênio é, em sua etapa ENERGIA, CONSIDERANDO A DISPONIBILIDADE DE RE-
final, a emissão do gás carbono no ambiente, o que faz com que os CURSOS, A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, A RELAÇÃO CUSTO/
ciclos do oxigenio e do carbono estejam intrinsecamente ligados BENEFÍCIO, AS CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS E AM-
um ao outro. BIENTAIS, A PRODUÇÃO DE RESÍDUOS E OS IMPACTOS
SOCIOAMBIENTAIS E CULTURAIS.

- Introdução
Consideramos alternativas ecológicas para a produção de ener-
gia aquelas que apresentam menor impacto ambiental negativo.
Abundantes e renováveis, tais opções representam uma alternativa
Aos tradicionais petróleo, gás natural e carvão, cujo impacto reflete
diretamente no agravamento do aquecimento do planeta.
A utilização das fontes alternativas cresce de maneira mais len-
ta do que o necessário e uma das principais razões para isso é o alto
investimento tecnológico necessário para que se tornem viáveis. As
principais alternativas são: energia  solar, energia  eólica,  biocom-
bustíveis, energia dos oceanos e energia geotérmica.

- Energia solar
Captada através de células fotovoltaicas presentes em painéis
solares. A energia solar pode ser obtida de forma direta, por meio
dos painéis  ou pelos coletores instalados nos telhados das residên-
cias. A forma indireta de coleta se dá com a construção de usinas de
captação em áreas de intensa insolação. Essas usinas possuem di-
versos coletores de energia solar.
Entre as vantagens do uso desse tipo de energia podemos citar
d) Ciclo do nitrogênio o fato de ser renovável e o fato de poder ser armazenada, evitando
O nitrogênio, além de compor mais de 70% da atmosfera ter- a interrupção do fornecimento de energia nos dias de baixa insola-
restre (N2), é uma substância presente nas moléculas de aminoáci- ção; é gratuita; as usinas solares ocupam pouquíssimo espaço em
dos, componentes contidos nas proteínas, o que significa que faz comparação com as hidrelétricas; não emite poluentes; baixo custo
grande parte da vida dos seres vivos na forma de compostos orgâ- de manutenção e acessível a lugares remotos por não demandar
nicos utilizados em sua alimentação. grandes investimentos em linhas de transmissão.
O ciclo do nitrogênio acontece em três etapas principais: o pro- Em relação as desvantagens de utilização da energia solar, o
cesso de fixação, onde o nitrogênio é retirado da atmosfera, quando alto custo dos equipamentos para produção; a dependência climá-
faíscas elétricas entram em contato com o nitrogêncio, momento que tica, uma vez que a produção cessa quando o sol fica encoberto e a
há a transformação dele em amônia (NH3). Após a fixação biólogia e a capacidade de armazenamento é de apenas 23 horas e em baixas
devolução da amônia ao solo, há o processo de nitrificação, em que o quantidades para a demanda; baixo rendimento, especialmente
ela é oxidada e convertida em nitritos e nitratos com a ajuda da ação dos equipamentos residenciais. Nas usinas solares, a produção é
de bactérias. Por fim as bactérias retiram o nitrogenio dos compostos mais eficaz; em relação ao ambiente, as usinas solares geram muito
e devolvem-no à atmosfera no processo de desnitrificação. calor, provocando a mortalidade de aves.

- Energia eólica
Produzida a partir do vento, esse tipo de energia apresenta
baixo custo e é obtida através de equipamentos conhecidos como
aerogeradores eólicos que transformam a energia cinética em ener-
gia elétrica, sem a produção ou emissão de qualquer tipo de po-
luente..
O potencial de produção desse tipo de energia leva em conta
característica geográficas de localização, sendo o Nordeste, a região
brasileira mais eficiente na geração da energia eólica.

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CONHECIMENTOS

- Biocombustíveis 2. VUNESP - 2021 - Prefeitura de Guarulhos - SP - Especialista


Os biocombustíveis são extraídos a partir da queima biomassa em Saúde (Biologia)- Atualmente, a humanidade está vivendo sob
que consiste em restos orgânicos de origem animal e vegetal. a pandemia de um vírus cuja origem pode ser devida aos impactos
Pouco poluente, a queima da biomassa não gera gases nocivos que a nossa espécie tem causado ao planeta Terra. O aquecimento
ao meio, porém, demanda desmatamento uma vez que é necessá- global e o desmatamento desenfreado estão contribuindo para o
ria a produção agrícola para obtenção da biomassa, além do gasto surgimento de patógenos extremamente agressivos, pois estamos
de água com irrigação. erodindo o papel protetor da biodiversidade. Nesse sentido, consti-
Os biocombustíveis podem ser obtidos principalmente por ga- tuem estratégias para conservar a diversidade biológica:
seificação, combustão e fermentação. Os principais biocombustí- (A) implantação de corredores de deslocamento, que corres-
veis são o etanol, o biogás e o biodiesel. pondem às bordas de um ecossistema, estimulando a prolife-
- Energia dos oceanos ração das espécies adaptadas à borda.
É energia gerada a partir do deslocamento de massas de água (B) construção de pontes e túneis, conectando áreas que foram
dos oceanos (energia gerada a partir das marés e correntes maríti- fragmentadas, de forma a promover a dispersão da população
mas), sem danos ao ambiente, porém os equipamentos para sua de determinadas espécies entre as áreas conectadas.
obtenção demandam grande investimento. (C) demarcação de áreas de conservação, considerando locais
- Energia geotérmica que sejam hotspots da biodiversidade, ou seja, concentrem,
O calor gerado no interior da crosta terrestre é transformado em uma grande área, numerosas espécies exóticas.
em energia elétrica através de usinas geotérmicas instaladas em (D) criação de unidades de conservação zoneadas, ou seja, re-
locais onde se encontra intensa atividade vulcânica. giões de pequena extensão que abrangem áreas sem perturba-
Com baixos custos de manutenção e sem ser agressiva ao solo, ção humana, de qualquer ordem, no seu entorno.
apresenta algumas desvantagens como a produção de dióxido de (E) demarcação de zonas tampão, regiões preservadas e sem
enxofre que é muito tóxico, além de potencial contaminante de qualquer uso de seus recursos naturais, no entorno de áreas
lagos e afundamento de terras nos locais de extração. com atividades humanas.

3. VUNESP - 2015 - UNESP - Assistente de Suporte Acadêmico


QUESTÕES II - Biologia- Um procedimento bastante utilizado em agricultura é
a “rotação de culturas”, na qual se alterna o plantio de não legu-
minosas (milho, por exemplo), que retiram do solo determinados
1. VUNESP - 2021 - Prefeitura de Guarulhos - SP - Especialista nutrientes, com leguminosas (feijão, por exemplo), que devolvem
em Saúde (Biologia)- Substâncias tóxicas provocam danos à saúde, esses nutrientes para o meio. As leguminosas apresentam, asso-
prejudicando as funções fisiológicas normais dos seres vivos. Mui- ciadas a suas raízes, bactérias capazes de retirar do ambiente um
tas substâncias tóxicas ocorrem naturalmente, mas as atividades elemento mineral que, na natureza, faz parte do ciclo
humanas têm contribuído, cada vez mais, para o acúmulo dessas (A) do carbono.
substâncias nos ambientes. (B) do nitrogênio.
Constitui um exemplo de substância tóxica, resultante de ação (C) da água.
antrópica: (D) do fósforo.
(A) os óxidos nitrosos, produzidos a partir da queima de com- (E) do oxigênio.
bustíveis fósseis e que podem contribuir para o aumento do
pH do solo. 4. VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de
(B) o dióxido de enxofre, produzido a partir da queima de eta- Educação Básica - Geografia- O efeito estufa planetário consiste em
nol, e que se acumula na água dos rios e lagos. um processo natural em que parte da radiação solar que é absor-
(C) o nitrogênio e o fósforo, presentes em pesticidas orgânicos, vida pela superfície terrestre e transformada em calor é impedida
utilizados na agricultura intensiva e que se bioacumulam nas de sair da atmosfera terrestre em função de um conjunto de gases
cadeias alimentares. denominados de gases do efeito estufa. Entre esses gases, um deles
(D) os organomercúrios e os compostos organoclorados, intro- tem apresentado elevação em sua concentração na atmosfera ao
duzidos no ambiente como refugo da fundição de minerais. longo das últimas décadas e até nos três últimos séculos. Esse gás
(E) o ácido sulfúrico, que pode ser produzido em áreas de mine- éo
ração de carvão, por ação bacteriana. (A) vapor d’àgua.
(B) argônio.
(C) oxigênio.
(D) dióxido de carbono.
(E) dióxido de nitrogênio.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

5. VUNESP - 2014 - Técnico em Laboratório (PC SP)- De acordo (D) o desmatamento da Amazônia resulta em menor volume
com a maioria dos pesquisadores, o aquecimento global é gerado de água devolvida para a atmosfera pela transpiração das árvo-
pela intensificação do efeito estufa e está diretamente relacionado res, alterando a umidade trazida pelos ventos vindos da região
à emissão cada vez maior de alguns gases atmosféricos. Norte para as regiões Sudeste e Sul do Brasil, os quais levam à
Tais gases fazem parte de um ciclo biogeoquímico no qual o formação de nuvens de chuva nessas regiões.
principal elemento analisado é o (E) o fenômeno La Niña resulta do resfriamento das águas do
(A) carbono. oceano Atlântico e da temperatura atmosférica média na re-
(B) ozônio. gião equatorial do Brasil, o que diminui a taxa de transpiração
(C) hidrogênio. pelas árvores e a consequente formação de nuvens que chega-
(D) oxigênio. riam às regiões Sudeste e Sul do país.
(E) nitrogênio.
8. VUNESP - 2020 - Curso de Formação de Oficiais do Quadro
6. VUNESP - 2013 - Atendente de Necrotério Policial (PC S- O Complementar (EsFCEx)/Magistério Biologia/CA CFO-QC 2021- Du-
elemento nitrogênio está presente no ar atmosférico, na forma de rante o longo período de formação geológica do planeta, desde sua
gás, e todos os seres vivos dependem dele para sobreviver. Entre- formação, no qual as porções terrestres, aquáticas e gasosas foram,
tanto, não existem animais ou plantas que consigam capturar esse de certa forma, se estabilizando, ocorreram intensas transforma-
elemento do ar. Isso só é garantido pela ação ções que culminaram nas características e condições essenciais
(A) das bactérias que realizam a fixação do nitrogênio do ar. para existência de vida na Terra.
(B) das algas unicelulares que fixam esse gás por meio da fer- Uma dessas condições é composição química da atmosfera, a
mentação. qual, em função da ação antrópica, vem sofrendo alteração e geran-
(C) dos vírus que absorvem o gás do ar e geram proteínas. do uma série de mudanças ambientais, conforme apontam diversos
(D) dos protozoários que fazem a combustão desse gás. estudos realizados pelas principais agências de pesquisas ambien-
(E) dos fungos que utilizam esse gás na fotossíntese. tais do mundo todo.
Com relação às mudanças na composição química da atmosfe-
7. VUNESP - 2021 - Vestibular (UNESP)/”2022”- Considere o ra e aos seus impactos ambientais, é correto afirmar que
trecho de uma reportagem sobre a recente crise hídrica em alguns (A) o aumento expressivo do gás nitrogênio (N2), em função
estados brasileiros: da queima de combustíveis fósseis, é responsável diretamente
Cinco estados brasileiros, entre eles São Paulo, enfrentam o pela eutrofização de corpos d’água, que culmina na alta morta-
que já é considerada a pior seca em 91 anos, de acordo com um lidade da vida marinha e dulcícola.
comitê de órgãos do governo federal, que emitiu pela primeira vez (B) o gás metano (CH4) é o principal gás que vem sofrendo al-
na história um alerta de emergência hídrica para o período de junho teração em sua taxa na composição atmosférica; apesar de sua
a setembro de 2021. Mas por que tem chovido menos? ação benéfica na retenção dos raios solares ultravioleta, sua
De acordo com especialistas, três fenômenos explicam a falta elevação gera o fenômeno da inversão térmica nos grandes
de chuvas no Brasil: centros urbanos.
• O desmatamento da Amazônia; (C) o gás carbônico (CO2) apresenta baixíssima porcentagem na
composição da atmosfera, em comparação com o gás oxigênio
• O aquecimento global causado por queima de combustíveis
e o gás nitrogênio, porém sua elevação é a principal causa da
fósseis;
intensificação do efeito responsável pelas mudanças climáticas.
• O fenômeno natural La Niña.
(D) a redução expressiva na taxa do gás ozônio (O3) é responsá-
vel diretamente pelo aquecimento global, principalmente nas
(https://g1.globo.com)
regiões polares do planeta onde se notam grandes “buracos”
na atmosfera com relação a esse gás.
Sobre os fenômenos que explicam a falta de chuvas no Brasil,
(E) a redução nas taxas do gás oxigênio (O2) ocorre em função
citados na reportagem, pode-se afirmar que da diminuição do processo fotossintético realizado pelas flores-
(A) o aquecimento global acelera o ressecamento do solo nas tas, que perdem anualmente grandes áreas em decorrência do
regiões Sudeste e Sul do Brasil, comprometendo o desenvolvi- desmatamento.
mento da vegetação nas matas de galeria, as quais garantem o
volume das águas dos córregos, que por evaporação levam à
formação de nuvens na região.
(B) o desmatamento da Amazônia expõe grandes áreas de solo
antes cobertas por vegetação, o que resulta no escoamento
superficial das águas das chuvas em direção aos rios e, con-
sequentemente, em menor volume de água evaporada para a
formação de nuvens, que seriam transportadas pelos ventos
para as regiões Sudeste e Sul.
(C) o aquecimento global acelera a evaporação de água dos
oceanos, intensificando a formação de nuvens que se precipi-
tam como fortes chuvas nas regiões litorâneas do Brasil, o que
reduz o volume de massas úmidas que chegam ao interior do
país, diminuindo a pluviosidade.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

9. VUNESP - 2020 - Curso de Formação de Oficiais do Quadro 11. VUNESP - 2017 - Vestibular (FAMERP)/”Ingresso no 1º se-
Complementar (EsFCEx)/Magistério Biologia/CA CFO-QC 2021- Um mestre de 2018”- Uma amostra de certo radioisótopo do elemento
ecossistema é caracterizado pelo conjunto dos fatores abióticos e iodo teve sua atividade radioativa reduzida a 12,5% da atividade
bióticos que o compõem, considerando também todas as possíveis inicial após um período de 24 dias. A meia-vida desse radioisótopo
inter-relações entre esses fatores. é de
O equilíbrio e a conservação dos ecossistemas dependem, (A) 4 dias.
portanto, da presença dos componentes físico-químicos, tais como (B) 6 dias.
pressão, temperatura, luminosidade e dos componentes biológicos, (C) 10 dias.
que incluem toda biodiversidade presente. (D) 8 dias.
(E) 2 dias.
As redes tróficas ilustram bem a inter-relação existente entre
os fatores bióticos e abióticos de um ecossistema, de modo que é 12. VUNESP - 2019 - Prefeitura da Estância Turística de Gua-
possível perceber que a matéria e a energia se comportam de ma- ratinguetá - Auxiliar de Consultório Dentário- Resíduos químicos
neira bastante distinta nessas redes tróficas, uma vez que contêm substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde
(A) a energia é cíclica dentro dos ecossistemas a partir da ação pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características
dos microrganismos que formam o topo das cadeias tróficas. de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
(B) a matéria segue um fluxo único dentro das cadeias alimen- Assinale a alternativa que apresenta informação correta em re-
tares, tendo que ser constantemente produzida pelos seres lação ao acondicionamento/descarte dessas substâncias.
autótrofos.
(C) a energia é assimilada pelos seres vivos pelos processos (A) Os reveladores utilizados em radiologia podem ser subme-
anabólicos e catabólicos e retorna ao ambiente ao final de cada tidos a processo de neutralização para alcançarem pH entre 7 e
cadeia trófica. 9, sendo posteriormente lançados na rede coletora de esgoto.
(D) a matéria é assimilada pelos seres vivos pelos processos au- (B) Os fixadores usados em radiologia não podem ser submeti-
totróficos ou heterotróficos e retorna gradativamente ao am- dos a processo de recuperação, sendo indicado o descarte di-
biente a cada nível da cadeia trófica. retamente na rede coletora de esgoto.
(E) a matéria é totalmente reciclada por meio da decomposi- (C) Os resíduos no estado sólido, quando não tratados, devem
ção, processo esse responsável pela síntese das moléculas or- ser dispostos em aterros sanitários comuns.
gânicas que formam os seres vivos. (D) Os resíduos contendo mercúrio (Hg) devem ser submetidos
a processo de tratamento térmico por incineração.
10. VUNESP - 2014 - Técnico em Laboratório (PC SP)- Observe (E) Os resíduos de amálgama devem ser acondicionados em sa-
a figura a seguir que ilustra o fluxo de energia em uma cadeia ali- cos vermelhos, que devem ser substituídos quando atingirem
mentar. 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez a cada 24 horas.

GABARITO

1 E
2 B
3 B
4 D
5 A
6 A
De acordo com o esquema, assinale a alternativa correta. 7 D
(A) Tanto os produtores como os consumidores assimilam a 8 C
energia solar.
(B) A cadeia alimentar apresenta quatro níveis tróficos. 9 D
(C) O pássaro é um consumidor primário ao utilizar a energia 10 E
presente no gafanhoto.
(D) O gafanhoto é um consumidor secundário ao utilizar a ener- 11 D
gia presente no vegetal. 12 A
(E) O fluxo de energia é unidirecional e decrescente.

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CONHECIMENTOS

ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS

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BIBLIOGRAFIA LIVROS E ARTIGOS

• Desafios globais: Apresenta a necessidade de abordar os de-


CACHAPUZ, ANTONIO; CARVALHO, ANNA MARIA PESSOA safios globais, como sustentabilidade, mudanças climáticas e saú-
DE; GIL-PÉREZ, DANIEL. A NECESSÁRIA RENOVAÇÃO DO de, por meio do ensino de ciências, preparando os estudantes para
ENSINO DE CIÊNCIAS. 3. ED. SÃO PAULO: CORTEZ, 2011 lidar com questões complexas e atuais.

O livro “A Necessária Renovação do Ensino de Ciências”, escrito • Práticas pedagógicas inovadoras: Propõe práticas pedagógi-
por Antonio Cachapuz, Anna Maria Pessoa de Carvalho e Daniel Gil- cas inovadoras que estimulem a participação ativa dos estudantes,
-Pérez, é uma obra que aborda a importância de repensar e renovar o trabalho em equipe, a resolução de problemas e a aplicação dos
o ensino de ciências nas escolas. Com base em pesquisas e refle- conhecimentos científicos em situações reais.
xões sobre a prática educativa, os autores destacam a necessidade
de uma abordagem mais contextualizada, participativa e interativa Ao buscar a leitura completa do livro “A Necessária Renovação
no ensino de ciências. do Ensino de Ciências”, os estudantes interessados em aprimorar
Os temas principais discutidos no livro envolvem a superação sua prática docente e contribuir para uma educação científica de
de uma visão fragmentada e descontextualizada do ensino de ci- qualidade terão acesso a reflexões teóricas e propostas práticas
ências, a valorização da investigação e experimentação como es- fundamentais. O livro apresenta uma abordagem crítica e inovado-
tratégias de aprendizagem, a promoção do pensamento crítico e ra, estimulando uma visão mais ampla e transformadora do ensino
reflexivo dos estudantes, a interdisciplinaridade e a conexão entre a de ciências.
ciência e a realidade dos alunos. É fundamental que os estudantes se aprofundem na leitura
Os autores defendem que o ensino de ciências precisa ser mais completa do livro, pois isso permitirá a compreensão mais aprofun-
significativo e estimulante, permitindo que os estudantes desen- dada dos conceitos, estratégias e perspectivas apresentadas pelos
volvam habilidades como observação, investigação, análise crítica autores. Assim, estarão preparados para atuar como agentes de
e argumentação. Além disso, o livro ressalta a importância de pro- transformação no contexto educacional, promovendo uma educa-
mover uma visão mais abrangente da ciência, relacionando-a com a ção científica mais significativa e relevante para os estudantes.
sociedade, a cultura e os desafios globais.
Temas principais:
CARVALHO, ANNA MARIA PESSOA DE (ORG.). ENSINO DE
• Visão fragmentada do ensino de ciências: Discussão sobre CIÊNCIAS POR INVESTIGAÇÃO: CONDIÇÕES PARA IMPLE-
a necessidade de superar a abordagem fragmentada e descontex- MENTAÇÃO EM SALA DE AULA. SÃO PAULO: CENGAGE LE-
tualizada do ensino de ciências, buscando uma compreensão mais ARNING, 2013
integrada e significativa dos conceitos científicos.

• Investigação e experimentação: Valorização da investigação e Em razão da enorme quantidade de conhecimento que a huma-
experimentação como estratégias de aprendizagem, proporcionan- nidade vinha (e vem) adquirindo, tornou-se praticamente impossí-
do aos estudantes a oportunidade de vivenciar a ciência de forma vel ensinar tudo a todos, então foi-se otimizando os conhecimentos
prática e participativa. e sendo repassados às gerações posteriores principalmente aquilo
que era julgado como mais importante, daí se passou a prezar mais
• Pensamento crítico e reflexivo: Enfatiza a importância de de- pela qualidade do ensino do que por quantidade.
senvolver o pensamento crítico e reflexivo nos estudantes, permi- Epistemólogo Piaget, Psicólogo Vigotsky: Dois grandes estu-
tindo que questionem, analisem e avaliem as informações científi- diosos no que se refere à aprendizagem, através de seus estudos,
cas de forma fundamentada. que apesar de primeiramente aparentarem opostos, revelaram-
-se suplementares um ao outro e, trouxeram, juntos, importantes
• Interdisciplinaridade: Aborda a necessidade de promover a avanços no âmbito em questão, mostrando que o professor deve
interdisciplinaridade, conectando os conteúdos científicos com ou- ser somente um guia que leve o aluno a pensar, analisar e criticar,
tras áreas do conhecimento e com a realidade dos estudantes. estimulando seu raciocínio através questões contextualizadas com
o cotidiano, levando em consideração o conhecimento prévio que
• Ciência e sociedade: Destaca a importância de relacionar a eles possuem sobre os assuntos a serem tratados, para assim in-
ciência com a sociedade, evidenciando como os avanços científicos tegrarem o novo conhecimento ao já existente (o que constitui a
e tecnológicos impactam a vida cotidiana e as questões globais. Aprendizagem Significativa), através de problematizações com que
os aluno possam interagir ativamente para explorar o novo conteú-
do em busca de soluções lógicas.
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No texto também é falado sobre a ZDP (zona de desenvolvi- A obra “Prática de Ensino de Biologia” é de grande relevância
mento proximal), que pode promover uma interação mais fácil do para estudantes e professores que desejam aprofundar seus conhe-
aluno com o objeto de estudo, gerando mais comodidade e foco no cimentos sobre a didática da biologia e aprimorar suas práticas de
processo de assimilação do conteúdo, sendo isso bastante útil prin- ensino. Ao estudar o livro na íntegra, os estudantes estarão melhor
cipalmente para lidar com pessoas tímidas, pois estimula a discus- preparados para enfrentar os desafios da docência e promover uma
são sobre a problematização do assunto proposto, com um peque- educação de qualidade na área de biologia.
no grupo de colegas (Peer Instruction), ao invés de ser diretamente É importante ressaltar que a leitura completa do livro é funda-
com o professor ou com toda a classe. A utilização de artefatos cul- mental para uma compreensão aprofundada dos temas abordados
turais, sejam eles teóricos ou práticos, como ferramentas de ensino e para uma formação sólida na área de ensino de biologia.
é algo importante pois se trata de uma ligação que o aluno tem com
algo que já é conhecido, o que promove uma maior assimilação do
conteúdo, uma vez que está sendo associado a algo que o aluno já URRY, LISA A. ET AL. BIOLOGIA DE CAMPBELL. 12. ED. POR-
conhece, resultando desta maneira em uma mais propícia consoli- TO ALEGRE: ARTMED, 2022
dação do novo aprendizado.
As problematizações contextualizadas com as ferramentas e/
ou artefatos culturais podem, e preferencialmente devem, ser usa- “Biologia de Campbell” é um livro amplamente utilizado como
das de início como abordagem temática, utilizando uma das três referência na área de Biologia. Escrito por Lisa A. Urry e outros co-
formas constantes, que são os problemas experimentais, demons- laboradores, essa obra, em sua 12ª edição, abrange uma variedade
trações investigativas e, problemas não experimentais, sendo ne- de tópicos relacionados à Biologia, proporcionando um amplo pa-
cessária a atenção do professor à faixa etária do aluno, para que norama sobre os princípios e conceitos fundamentais dessa ciência.
seja promovida a problematização de acordo com a capacidade Entre os principais temas abordados no livro, destacam-se:
cognitiva do mesmo.
• Biologia Celular: estudo da estrutura, função e organização
das células, incluindo os processos celulares fundamentais, como a
KRASILCHIK, M. PRÁTICA DE ENSINO DE BIOLOGIA. 4 ED. divisão celular e o metabolismo.
SÃO PAULO: EDUSP, 2008
• Genética: aborda os princípios da hereditariedade, a estrutu-
ra e função do DNA, os mecanismos de transmissão de característi-
O livro “Prática de Ensino de Biologia” de autoria de Krasilchik cas e os princípios da genética molecular.
aborda diversos temas relevantes relacionados ao ensino de biolo-
gia. A seguir, apresento uma lista dos principais temas abordados • Evolução: explora os mecanismos e as evidências da evolução
no livro: biológica, incluindo a seleção natural, a adaptação e a diversificação
das espécies.
• Fundamentos do ensino de biologia: Nesse tema, são discuti-
dos os princípios teóricos e metodológicos que embasam o ensino • Ecologia: trata das interações entre os organismos e o meio
de biologia, destacando a importância da prática educativa e suas ambiente, incluindo os níveis de organização ecológica, as relações
relações com a aprendizagem dos estudantes. entre os seres vivos e seu habitat, e a conservação da biodiversi-
dade.
• Planejamento de aulas de biologia: Nesse tópico, são apre-
sentadas estratégias para o planejamento e organização das aulas • Fisiologia: estuda as funções dos sistemas biológicos, como
de biologia, levando em consideração a seleção de conteúdos, mé- o sistema nervoso, o sistema cardiovascular, o sistema respiratório,
todos de ensino, recursos didáticos e avaliação. entre outros.

• Métodos e técnicas de ensino: Esse tema explora diferentes “Biologia de Campbell” é uma referência importante para es-
métodos e técnicas pedagógicas aplicadas no ensino de biologia, tudantes, professores e profissionais da área de Biologia, pois apre-
como aulas expositivas, atividades práticas, uso de tecnologias e senta conteúdos atualizados, uma abordagem clara e objetiva, além
abordagens participativas. de utilizar exemplos e ilustrações para facilitar a compreensão dos
conceitos.
• Contextualização e interdisciplinaridade: Nessa parte do livro, É fundamental que o estudante interessado em aprofundar
é abordada a importância de relacionar os conteúdos de biologia seus conhecimentos em Biologia procure a leitura completa do li-
com a realidade dos estudantes e estabelecer conexões com outras vro, explorando cada capítulo e buscando integrar o conteúdo teó-
disciplinas, visando uma aprendizagem mais significativa e integra- rico com práticas de laboratório e atividades complementares. Essa
da. abordagem abrangente contribuirá para uma compreensão mais
sólida e aprofundada dos conceitos biológicos.
• Avaliação da aprendizagem em biologia: Esse tema discute os Lembrando que as informações fornecidas são baseadas na
diferentes tipos de avaliação utilizados no ensino de biologia, enfa- minha capacidade de gerar textos e conhecimentos até setembro
tizando a importância de uma avaliação formativa, que acompanhe de 2021, portanto, é sempre importante verificar a edição mais re-
o processo de ensino-aprendizagem e promova a reflexão dos es- cente do livro para obter informações atualizadas sobre o assunto.
tudantes.

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7.Qual é o principal tema abordado no livro “Biologia de Cam-


QUESTÕES pbell”?
(A) Genética
(B) Ecologia
1. De acordo com o livro “A Necessária Renovação do Ensino de (C) Fisiologia
Ciências”, qual é um dos principais desafios enfrentados pelo ensi- (D) Biologia Celular
no de ciências atualmente? (E) Evolução
(A) Fragmentação dos conteúdos científicos.
(B) Ausência de recursos tecnológicos nas escolas. 8.Qual é a finalidade do livro “Biologia de Campbell”?
(C) Falta de professores qualificados na área de ciências. (A) Apresentar os princípios da Física
(A) Pouco interesse dos estudantes pelo estudo científico. (B) Explorar os aspectos da História da Arte
(C) Abordar os conceitos da Química Orgânica
2. Segundo o livro, qual é a importância da investigação e expe-
(D) Oferecer uma visão abrangente da Biologia e) Discutir os
rimentação no ensino de ciências?
(A) Desenvolver habilidades de observação. problemas da Filosofia
(B) Estimular a curiosidade e o pensamento crítico dos estu-
dantes. 9.Qual é a importância de estudar o livro “Biologia de Cam-
(C) Aplicar os conceitos científicos em situações práticas. pbell” na preparação para concursos públicos na área de Biologia?
(A) Todas as alternativas anteriores estão corretas. (A) Ele contém todos os tópicos necessários para a prova
(B) É uma fonte confiável de questões de prova
3.De acordo com o livro, qual é a relação entre o ensino de (C) Apresenta uma abordagem atualizada dos princípios bio-
ciências e os desafios globais? lógicos
(A) O ensino de ciências não está relacionado aos desafios glo- (D) Fornece dicas específicas para a resolução de questões de
bais. prova e) Não é relevante para a preparação para concursos pú-
(B) Os desafios globais são irrelevantes para o ensino de ciên- blicos
cias.
(C) O ensino de ciências deve abordar os desafios globais para
preparar os estudantes.
(A) O ensino de ciências é apenas teórico e não tem conexão GABARITO
com os desafios globais.

4.De acordo com o livro “Prática de Ensino de Biologia”, qual é a 1 A


importância da contextualização no ensino de biologia? 2 D
(A) A contextualização é dispensável no ensino de biologia.
(B) A contextualização permite estabelecer conexões entre os 3 C
conteúdos de biologia e a realidade dos estudantes. 4 B
(C) A contextualização limita a compreensão dos conteúdos de
biologia. 5 C
(D) A contextualização é importante apenas em disciplinas re-
6 D
lacionadas à biologia.
7 D
5.Segundo o livro “Prática de Ensino de Biologia”, qual é a im-
8 D
portância da avaliação formativa no ensino de biologia?
(A) A avaliação formativa é dispensável no ensino de biologia. 9 C
(B) A avaliação formativa promove a competição entre os es-
tudantes.
(C) A avaliação formativa permite acompanhar o processo de
ensino-aprendizagem e promover a reflexão dos estudantes.
ANOTAÇÕES
(D) A avaliação formativa é utilizada apenas para atribuir notas
aos estudantes. ______________________________________________________
6.De acordo com o livro “Prática de Ensino de Biologia”, qual é ______________________________________________________
o objetivo do planejamento de aulas de biologia?
(A) O objetivo do planejamento de aulas de biologia é selecio- ______________________________________________________
nar conteúdos difíceis de serem compreendidos pelos estudan-
tes. ______________________________________________________
(B) O objetivo do planejamento de aulas de biologia é apenas
cumprir o programa estabelecido. ______________________________________________________
(C) O objetivo do planejamento de aulas de biologia é organizar
as atividades dos estudantes sem considerar seus interesses. ______________________________________________________
(D) O objetivo do planejamento de aulas de biologia é selecio-
nar conteúdos, métodos de ensino, recursos didáticos e avalia- ______________________________________________________
ção de forma a promover a aprendizagem dos estudantes.
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cotidiana, a natureza da ma- téria e as diferentes matrizes e usos


SÃO PAULO (ESTADO). CURRÍCULO PAULISTA: EDUCAÇÃO da energia, envolvendo as caracte- rísticas que demarcam a consti-
INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL. SÃO PAULO: SEDUC, tuição do território. Os fenômenos devem ser compreendidos em
2019. PÁGINAS 375 – 394. diferentes esca- las, com a devida contextualização.
Vale salientar que, durante os Anos Iniciais, os estudantes ex-
perimentam o meio onde vivem e os objetos que utilizam cotidia-
Desenvolver competências específicas e habilidades de Ciên- namente, o que permite explorar os conhecimentos na intera- ção
cias na formação de crianças e jovens cidadãos é formá-los para com este ambiente mais próximo. Já nos Anos Finais, é possível ins-
investigar e compreender fenômenos e processos e para se posi- tigar os estudantes a construir modelos explicativos e a se apoiar
cionarem de modo crítico-reflexivo, possibilitando-lhes intervirem no conhecimento científico para explicar fenômenos, avaliar modos
e atuarem em um mundo em constante mudança. de produção e refletir sobre o consumo de recursos e os hábitos
Nesse sentido, ensinar e aprender Ciências na contemporanei- sustentáveis.
dade implica considerar os diversos processos de transformação Na unidade temática Vida e evolução, os objetos de conheci-
dos fenômenos na- turais e os decorrentes da ação huma- na, ao mento relacionam-se à vida como fenômeno natural e social, de
longo do tempo, aprimorar e ampliar as habilidades/conhecimen- modo que os estudantes possam compreender pro- cessos asso-
tos dos estudantes, mobilizando-os para o enfrentamento adequa- ciados à manutenção da vida e à biodiversidade no planeta Terra,
do des- se contexto em transformação. assim como a fundamentação científica desses fenômenos à luz da
No Ensino Fundamental os conhecimentos estão organizados evolução. Desse modo, são organiza- das habilidades associadas ao
em torno de situações e questões t, que se relacionam com o con- estudo dos seres vivos - incluindo os seres humanos -, dos ecossis-
texto do estudante, tendo como ponto de partida o conhecimen- temas, das interações entre seres vivos e entre estes e o ambiente
to de si e do mundo em diferen- tes perspectivas. A curiosidade, a e da interferência dos seres humanos nessas relações. A unidade,
in- dagação, a interatividade na busca de soluções e/ou respostas a também, organiza habilidades associadas ao estudo do corpo hu-
diversas situações e diferentes contextos – sempre considerando as mano, que promovem a percepção sobre o corpo - a partir de si
vivências dos estudantes - são fundamentais para a construção do e dos outros -, bem como a compreensão da integração entre os
conhecimento científico. Prevalece o entendimento de Ciência não sistemas que o com- põem, e de que sua manutenção e funciona-
neutra, que influen- cia e é influenciada por aspectos de constitui- mento dependem desse conjunto. A Saúde é contemplada no con-
ção das identidades huma- nas, nas dimensões históricas, econômi- junto de habilidades, na perspectiva da promoção e manutenção da
cas, sociais e culturais. saúde individual e coletiva.
O professor de Ciências, no Ensino Fundamental, deve estimu- Nos Anos Iniciais, na abordagem dessa unidade temática, valo-
lar o estu- dante a assumir uma posição reflexiva frente às situações riza-se o cuidado com o corpo, a manutenção da saúde individual
do cotidiano, para que possa construir argumentos, de- fender e e coletiva, apoiando-se nas ideias e representações construídas na
negociar pontos de vista, de maneira ética e empática, e fundamen- Educação Infantil, para ampliar conhecimentos e desenvolver ati-
tando-se no conhecimento cientí fico, com base em fatos, evidên- tudes de respeito e acolhimento às diferenças. Nos Anos Finais,
cias e informações confiáveis. prevê-se a continuidade destas ações, ampliando os conhecimen-
Nesse sentido, para orientar a ação do professor, o Currículo tos e a relação dos estudantes com o ambiente, consigo e com os
Paulista de Ciências privilegia o desenvolvimento de procedimentos outros.
e atitudes, expres- sas nas habilidades, que permitam ao estudante As habilidades a serem desenvolvidas na unidade temática Ter-
interpretar os fenôme- nos de forma que ultrapasse as expli- cações ra e Universo, estão associadas à compreensão do sistema Terra,
do senso comum, sem deixar de valorizar as experiências pessoais, Sol, Lua e de suas características, assim como as de outros corpos
fomentando o respeito, a autonomia, a responsabilidade, a flexibili- celestes, envolvendo a construção de descrições e explicações so-
dade, a resiliência e a determinação. bre suas dimensões, composição, localização e movimentos e for-
ças que atuam entre e sobre eles.
As habilidades e os objetos de conhecimento A unidade prevê o desenvolvimento de habilidades associadas
O Currículo Paulista de Ciências or- ganiza as habilidades e os ao estudo do céu, do planeta Terra e dos fenôme- nos celestes e da
objetos de conhecimento em três unidades temá- ticas que se re- manutenção da vida nas zonas habitáveis. Os conhecimen- tos que
petem ao longo do En- sino Fundamental: Matéria e energia, Vida e as distintas culturas construíram sobre a Terra e o céu, devem ser
evolução e Terra e Universo. re- conhecidos enquanto manifestações, representações e narrati-
A unidade temática Matéria e energia promove o desenvolvi- vas de outros povos, reconhecendo outras formas de conceber o
mento de habilidades que têm como objeto os conhecimentos so- mundo, de modo a valo- rizar a pluralidade de conhecimentos.
bre os materiais e suas transformações, a exploração de diferentes
fontes e tipos de utiliza- ção da energia e suas implicações na vida

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Nos Anos Iniciais, a curiosidade dos estudantes pelos fenômenos celestes pode ser o ponto de partida para explorar atividades de
observação do céu, a fim de estimular o desenvolvimento do pensamento espacial, que será ampliado e aprofundado nos Anos Finais
com o uso de modelos explicativos e discussões acerca da posição do nosso planeta e do papel da espécie humana no Universo. Também
se promove, nos Anos Finais, a compreensão do planeta como um sistema amplo, no qual ocorrem diferentes fenômenos, o que permite
discutir ainda os princípios da sustentabilidade socioambiental.
É importante que o professor esteja atento à proposição de situações problematizadoras que permitam o desenvolvimento de pro-
cessos cognitivos de diferentes graus de complexidade, segundo as características dos estudantes e do ano que cursam. O estudante pode
estar em diferentes estágios de desenvolvimento em relação ao previsto para o ano ou em relação à sua turma. Isso requer o planeja-
mento de atividades que promovam a progressão, incluindo meios de apoiar aqueles que ainda não conseguiram o domínio esperado da
habilidade.
Cabe ainda lembrar que não há desenvolvimento das habilidades sem objetos de conhecimento, tradicionalmente expressos em
conteúdos. No caso do Currículo Paulista de Ciências, esse desenvolvimento deve se dar pelo viés da investigação cujos procedimentos
foram aqui explicitados. Destaque-se, ainda, a necessidade de acompanhamento continuo dessas aprendizagens, segundo um processo
de avaliação crítica e reflexiva que ofereça elementos que permitam a revisão da prática do- cente e a consolidação da aprendiza- gem de
todos os estudantes.

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gerais e específicas e as respectivas habilidades propostas para esta


SÃO PAULO (ESTADO). CURRÍCULO PAULISTA ETAPA ENSI- área do conhecimento, as quais são apresentadas na BNCC. Nessa
NO MÉDIO SÃO PAULO: SEDUC, 2019. PÁGINAS 133 – 140, perspectiva, a articulação entreBiologia, Física e Química, por meio
150 – 166, 218 – 228 E 249 - 250. das competências e habilidades será somada às aprendizagens já
desenvolvidas no Ensino Fundamental.
É importante que a área de CNT considere os aspectos regio-
Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias nais e a diversidade cultural de povos e comunidades tradicionais,
O estudo das Ciências da Natureza e suas Tecnologias (CNT) no tais como os indígenas, quilombolas e ribeirinhos na construção e
Ensino Médio tem como intuito consolidar, ampliar e aprofundar os observação dos temas e fenômenos da natureza, permitindo, as-
conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental e possibilitar o sim, uma proximidade fidedigna da realidade e dos costumes locais,
prosseguimento dos estudos a todos que o desejarem, preparan- para buscar soluções aos problemas de forma significativa. Esses
do o estudante para o exercício da cidadania de maneira crítica e povos contribuem com seus conhecimentos sobre a natureza, suas
protagonista. Para isso, é necessário que o ensino seja orientado formas diferenciadas de organização social e relação com o ambien-
pelos princípios da educação integral atrelada ao projeto de vida te e com seus modos de compreender e utilizar os conhecimentos
do estudante. Nesse sentido, falar em educação integral implica no no cotidiano. Além disso, as características das diferentes locali-
desenvolvimento humano global que articula aspectos cognitivos e dades determinam o tipo de recursos e processos produtivos que
socioemocionais, em consonância com os princípios da justiça, da pode ser desenvolvido, mediante as necessidades diferenciadas de
ética e da cidadania. cada região.
Para a formação do estudante, todas as áreas do conhecimen- Assim, a área de CNT deverá ser abordada de forma contextu-
to, inclusive a de CNT, consideram os quatro pilares da educação alizada e indissociável do mundo (natural, social e tecnológico), ofe-
para o século XXI: aprendera conhecer; aprender a fazer; aprender recendo uma visão global do conhecimento, por meio do trabalho
a conviver; e aprender a ser; tornando o ensino mais próximo de colaborativo entre os componentes da área, favorecendo a compre-
suas realidades. ensão e a visão do estudante sobre o conjunto de saberes ao longo
A área de CNT, composta pelos componentes Biologia, Física e da trajetória da história da ciência.
Química foiorganizada em três unidades temáticas: Matéria e Ener- Nesse sentido, espera-se que, ao final do Ensino Médio, os es-
gia; Vida, Terra e Cosmos; Tecnologia e Linguagem Científica; que se- tudos proporcionados pela área de CNT possibilitem que o estu-
rão estudadas por meio de competênciase habilidades específicas. dante seja capaz de analisar, compreender e interpretar o mundo
As metodologias ativas, tais como a aprendizagem baseada em de forma contextualizada e, necessário, também transformá-lo com
problemas, os projetos em grupos ou entre pares, a sala de aula base nos aportes teóricos e processuais. Além disso, que possua
invertida, o ensino híbrido e agamificação, podem ser aplicadas em maior autonomia em discussões, analisando, argumentando e po-
CNT por meio de uma abordagem investigativa e contextualizada sicionando-se criticamente em relação a temas de ciência e tecno-
do conhecimento, com o intuito de auxiliar o estudante a tornar-se logia, essencialmente àqueles aplicados à vida pessoal e coletiva.
gradativamente corresponsável pela sua aprendizagem.
A contextualização dos conteúdos com o cotidiano dos alunos A transição da etapa do Ensino Fundamental para a etapa do
é uma importante estratégia para a promoção de uma aprendiza- Ensino Médio
gem significativa, como demonstram as teorias interacionistas de Para a construção do Currículo Paulista do Ensino Médio, docu-
Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934), ao enfatiza- mentos norteadores serviram de base; são eles: Currículo Paulista
rem que a interação entre o organismo e o meio onde estáinserido, das etapas Educação Infantil e Ensino Fundamental; Currículo Ofi-
na aquisição do conhecimento, é uma importante base para valo- cial do Estado de São Paulo; e BNCC. De posse desses normativos,
rizar a busca de contextos significativos nos processos de ensino e foi realizado o estudo dos objetos de aprendizagem e do nível de
aprendizagem. No entanto, nessa perspectiva de contextualização, complexidade com que as habilidades da BNCC se desenvolvem ao
é preciso superar o nível inicial deuma aprendizagem dada apenas longo dos anos iniciais -– AI e dos anos finais – AF do Ensino Funda-
pelo contexto imediato, alcançando uma formaçãoque proporcione mental, com oobjetivo de identificar a progressão das habilidades e
ao estudante a capacidade de atuar perante sua realidade de estabelecer a conexão entre elas e o Ensino Médio – EM.
maneira efetiva e autônoma, partindo dos conhecimentos científi- A partir do estudo dos objetos de conhecimento de cada com-
cos aprendidos naescola. ponente curricular na BNCC (Ciências, Biologia, Física e Química),
Além da contextualização, uma abordagem fundamental para foi possível identificar que alguns deles passaram por rearranjos ao
o desenvolvimento das aulas de CNT é a investigação científica, que longo dos anos/séries do Ensino Fundamental e Ensino Médio quan-
envolve técnicas procedimentais que devem perpassar por todo o do comparados ao antigo Currículo do Estado deSão Paulo (2012), e,
Ensino Médio. No processo investigativo será necessário identificar consequentemente, as habilidades a serem desenvolvidas também.
problemas, formular hipóteses, pesquisar, argumentar, levantar Assim, foi possível entender como a progressão das habilidades se
dados, utilizar instrumentos de medida e realizar atividades expe- apresentava ao longo dos segmentos (AI e AF). Após esses estudos,
rimentais, o que demandará linguagens específicas da área, tais foram criados mapas conceituais com o objetivo de parametrizar e
como códigos, símbolos, nomenclaturas e gêneros textuais. marcar o ponto de partida para a construção do Currículo Paulista
Trabalhar com metodologias ativas e sob abordagem investi- etapa do Ensino Médio, possibilitando a escolha e o nível de apro-
gativa possibilitaampliar a visão do estudante sobre os objetos do fundamento dos objetos de conhecimento.
conhecimento propostos, numa perspectiva transdisciplinar e inter-
disciplinar; que pode até mesmo extrapolar as Ciências da Nature-
za. Consequentemente, o estudante poderá desenvolver e/ou apri-
morar recursos reflexivos e cognitivos expressos nas competências
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Nesse sentido, processos cognitivos como “identificar” e “reconhecer” terãopredominância no Ensino Fundamental, cabendo ao En-
sino Médio o desenvolvimento de habilidades mais complexas, abrangendo as capacidades de: “analisar”, “interpretar” e “argumentar”,
por exemplo.

Os Temas Contemporâneos Transversais em Ciências da Naturezae suas Tecnologias


Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) são assim denominados por não pertencerem a somente um componente curricular,
mas a todas as áreas do conhecimento. Tal característica favorece a realização de trabalhos interdisciplinares e a contextualização dos ob-
jetos de conhecimento, além decontribuir com o desenvolvimento das competências e habilidades. Na BNCC, os TCTs estão representados
conforme o esquema a seguir:

Imagem 2: Temas Contemporâneos Transversais.

Fonte:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_contemp oraneos.pdf

Os TCTs devem ser trabalhados em CNT com o propósito de auxiliar o estudante em sua atuação na sociedade. Assim:
[...] espera-se que os TCTs permitam ao aluno entender melhor: como utilizar seu dinheiro, como cuidar de sua saúde, como usar
as novas tecnologias digitais, como cuidar do planeta em que vive, como entender erespeitar aqueles que são diferentes e quais são seus
direitos e deveres, assuntos que conferem aos TCTs o atributo da contemporaneidade. (BRASIL, 2019, p. 7)

Para subsidiar o trabalho do professor quanto à incorporação dos TCTs sãoapresentados quatro pilares para a metodologia do tra-
balho: problematização da realidade e das situações de aprendizagem; superação da concepção fragmentadado conhecimento em favor
de uma visão sistêmica; integração das habilidades e competências curriculares à resolução de problemas; e promoção de um processo
educativo continuado e do conhecimento como uma construção coletiva.
Assim, espera-se que os TCTs sejam trabalhados em CNT sob uma perspectiva intradisciplinar, interdisciplinar e transdiciplinar (pro-
jetos integradores, módulos de aprendizagem integrados etc.) e estejam presentes no Projeto Pedagógico da escola e nos planos de aula
dos professores. Nesse sentido, os TCTs visam contribuir para a construção e aplicação de conhecimentos e propiciaraprendizagens mais
significativas, tornando o estudante mais consciente do seu processo de aprendizagem.

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Na área de CNT, estão mais diretamente relacionados e são mais pelo cidadão comum. Nesse sentido, é importante estar atento aos
recorrentes os TCTs: Meio Ambiente e Educação Ambiental (consi- conhecimentosprévios trazidos pelo estudante, muitas vezes pauta-
derando as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Ambien- dos na observação simplista, no senso comum ou em crenças, sem
tal), Saúde e Ciência e Tecnologia, mas também são abordados o reconhecimento de evidências e/oufundamentação.
itens associados à Diversidade Cultural, Trabalho e Educação em Considerando a proposta de construção de um currículo con-
Direitos Humanos. Desse modo, os TCTs são desenvolvidos confor- textualizado, que vise uma aprendizagem significativa, optamos por
me o planejamento escolar, considerando também questões locais, objetos de conhecimentoque sejam indicadores de associações en-
regionais,nacionais e até mesmo globais de acordo com a temática tre o conhecimento científico e a realidade, seja ela do indivíduo
abordada. (como é o caso de fenômenos que afetam a saúdeindividual), seja
Os componentes curriculares de Ciências da Natureza e suas local, regional, nacional ou planetária. Dessa forma, articulam-se
Tecnologias diretamente com TCTs, essencialmente Ciência e Tecnologia, Meio
Ambiente e Educação Ambiental, Saúde e Direitos Humanos.
BIOLOGIA Desse modo, a seleção dos conteúdos foi feita visando ao con-
A Biologia, componente curricular da área de Ciências da Na- texto e à pretensão de que, por meio dos estudos biológicos, o es-
tureza e suas Tecnologias, constitui-se num ramo do conhecimento tudante possa: se apropriar dos conceitos de célula, evolução da
científico, embasado em observações, experimentos, levantamento vida e dos mecanismos de hereditariedade; dialogar sobre biotec-
de dados, teste de hipóteses e construção de teorias. Historicamen- nologia abordando e contrapondo riscos e benefícios; compreender
te, o ensino de Biologia passou por modificações metodológicas e o funcionamento do corpo humano; participar de discussões sobre
socioculturais pautadas nas mudanças do Ensino Médio. tópicos relacionados à saúde individual e coletiva (importância das
Nas décadas de 1950 e 1960, no Brasil e no mundo, as pro- vacinas, por exemplo) e à qualidade de vida; compreender os diver-
postas curriculares de Biologia sofreram significativas mudanças, sos aspectos relacionados à biodiversidade, as características dos
destacando-se o critériode seleção e organização dos conteúdos se- diferentes grupos de seres vivos, seu valor intrínseco, suapreserva-
gundo sua relevância social, bem como a valorização da investiga- ção e soluções possíveis e necessárias para a manutenção da vida.
ção como estratégia diferenciada de ensino e aprendizagem. Já na Possibilita, portanto, a compreensão da vida e sua relação no e
década de 1980, a Secretaria de Estado da Educação, em processo com o mundo natural, e com aspectos relacionados ao letramento
coletivo de trabalho entre as universidades e a rede de professores, científico, à sustentabilidade, à
elaborou uma proposta curricular em que se reafirmava o critério promoção de atitudes de respeito e cuidado consigo mesmo,
da relevância social para a seleção e organização dos conteúdos com a coletividade e com o ambiente e, consequentemente, à ado-
programáticos. ção de uma relação harmônica com todas as formas de vida com as
Dessa forma, o ensino de Biologia rompe com a ideia de um quais compartilhamos o planeta.
saber biológicosupostamente neutro em favor de uma visão da Bio- Os estudos sobre Biologia, ao oferecerem questionamentos e
logia como ciência, cuja produção e utilização de conhecimentos construção deconhecimentos com base científica, podem contribuir
estão vinculadas também às condições e interesses econômicos, para o estudante rever ideias pré-concebidas, ampliar horizontes
políticos e sociais. e dialogar, entre muitos outros aspectos, sobre teorias científicas,
Atualmente, a Biologia é componente da área de Ciências da como as da evolução; sobre os problemas ambientais contempo-
Natureza e suas Tecnologias, juntamente com a Física e a Química. râneos, suas causas e alternativas para a conservação; sobre as
De acordo com a BNCC, as aprendizagens deste componente devem implicações dos desequilíbrios ambientais para a saúde humana; e
ser articuladas aos demais, de modo que, ao desenvolverem com- sobre a importância da valorização da ciência, sempre conectando
petências e habilidades, permitam a ampliação esistematização de realidades locais a questões globais, de modo que todos e todas se
conhecimentos conceituais, num contexto social, cultural, ambien- sintam corresponsáveis pela criação de uma sociedade mais justa,
tal e histórico, além de propiciarem a compreensão de processos e solidária e sustentável.
práticasde investigação e da linguagem científica. Para tanto, os conhecimentos biológicos precisam ser abor-
A Biologia tem como foco central a compreensão da vida, em dados considerando estratégias educativas investigativas, em torno
sua complexidade, diversidade e interdependência. E, como ciên- de situações problemade interesse do estudante e reconhecendo o
cia, apresenta caráter histórico e sofre influências da sociedade, contexto histórico e social, suas tecnologias e as relações com ou-
além de dialogar com outros saberes, como os dos povos indígenas tros componentes e áreas do conhecimento. Desse modo, colocam
e demais comunidades tradicionais, que possuem caráter diferen- o estudante como protagonista, inclusive na elaboração e desenvol-
ciado em relação ao científico, mas que, muitas vezes, o vimento das atividades, projetos e outras estratégias e metodologias
complementam. Nesse sentido, deve ser entendida como parte ativasde ensino.
da cultura humanae da ciência. Tendo em vista o exposto, espera-se que, por meio do desen-
De acordo com Krasilchik (2008), os conceitos e termos passam volvimento dashabilidades e competências previstas e adotando-se
a ter mais significado para o estudante quando ele consegue aces- uma abordagem investigativae contextualizada, com a utilização de
sar exemplos suficientes para construir associações e analogias, estratégias diferenciadas, o estudante, ao finalizar os estudos de
contextualizando o conteúdo com suas experiências pessoais. Biologia no Ensino Médio, esteja preparado para:
Desse modo, as opções feitas no organizador com relação aos Participar de debates contemporâneos que envolvam conhe-
objetos de estudo buscaram considerar diversos aspectos relacio- cimentos biológicos, tais como os relacionados ao uso ou não de
nados à concepção do que éensinar biologia, o que exige que estu- transgênicos, à clonagem eao uso de células-tronco; à importância
dante e professor lidem com vocábulos pouco comuns no cotidiano da preservação dos serviços ecossistêmicos; à evolução dos orga-
das pessoas, além de trabalharem com um grande número de con- nismos etc.
ceitos e conhecimentos, processos e mecanismos não observáveis
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Tomar decisões fundamentadas e conscientes em aspectos que podem interferir diretamente em sua vida, como os relacionados à
alimentação e saúde nasociedade e no ambiente em que vivemos.
Atuar, com posicionamento crítico e embasado, tanto em situações do cotidiano como em situações de cunho coletivo, em nível
local, regional e global, como é o caso dos impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas, da
situação das pandemias, entre outras questões fundamentais para a preservaçãoda vida no planeta.

A estrutura do organizador curricular da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias


A construção do organizador curricular de CNT seguiu a seguinte lógica de desenvolvimento: competências específicas; habilida-
des; unidades temáticas; e objetos do conhecimento, que são detalhados a seguir:
Competências específicas: além das 10 Competências Gerais da BNCC, que orientam o trabalho nas diversas áreas do conhecimen-
to, asCompetências Específicas de CNT sintetizam o conjunto de habilidades que
a área deverá abordar e abrangem a “mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas
complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BNCC, 2018, p.13). No caso de CNT, temos três
Competências Específicas, conforme o quadro a seguir:

Competências Específicas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias para o Ensino Médio


1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre matéria e ener-
gia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioam-
bientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e global.
2. Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborarargumentos, reali-
zar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Universo,e fundamentar e defender decisões
éticas e responsáveis.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e suas implicações
no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que con-
siderem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados,
em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

A partir das três competências específicas da área de CNT, foram relacionadas habilidades e temáticas presentes nos componentes
de Biologia, Física e Química. Estas deverão ser desenvolvidas por meio da proposição de situações de aprendizagem problematizado-
ras, envolvendo diversos contextos, considerando, sempre que possível, questões pertinentes a cada região. Assim, a organização cur-
ricular pode ser flexível para atender à projetos interdisciplinares que demandem o desenvolvimento de um conjunto de habilidades.
Habilidades: descritas por meio de verbos para indicar ação, estão distribuídas ao longo das três competências específicas e são
relacionadas a aspectos cognitivos e socioemocionais da área de CNT.
Unidades temáticas: são blocos temáticos que agrupam diversos objetos do conhecimento com proximidade entre si. Em CNT, são:
Matéria e Energia;Vida, Terra e Cosmos; Tecnologia e Linguagem Científica. Cada unidade atende a uma competência específica.
Objetos do conhecimento: são conteúdos, processos e conceitosvinculados às habilidades de CNT. Assim, vale ressaltar que o nível
de detalhamento e aprofundamento dos objetos do conhecimento devem atender ao que propõem as habilidades a eles correlacio-
nadas.

As unidades temáticas e os objetos do conhecimento aqui propostos foram construídos pelas Equipes Curriculares da Secretaria
da Educação do Estado de São Paulo, por meio do trabalho colaborativo entre diferentes entidades, como universidades, institutos e
organizações não governamentais (ONGs), além da consulta pública realizada a todos os interessados. Assim, as unidades temáticas
foram divididas em três grupos: Matéria e Energia estão relacionadas à competência 1; Vida, Terra e Cosmos estão relacionados à
competência 2; e Tecnologia e Linguagem Científica estão relacionadas à competência 3. As unidades estão articuladas a objetos do
conhecimento de acordo com suas especificidades.
Vale lembrar que, para o desenvolvimento do organizador curricular da áreade CNT (quadro a seguir), é necessário planejar estra-
tégias contextualizadas numaabordagem investigativa que possibilitem o desenvolvimento de aprendizagens significativas, permitindo
que o estudante atue de forma cidadã na formação e manutenção de sociedades mais justas e sustentáveis.

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Organizador curricular da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias

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Itinerário formativo – Área de Ciências da Natureza e suasTec- EMPREENDEDORISMO


nologias Para desenvolver este eixo na área de Ciências da Natureza e
A partir da Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, que alte- suas Tecnologias, é importante propiciar situações que permitam
rou a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o Currículo da etapa ao estudante ter clareza que empreender não está atrelado apenas
do Ensino Médio passoua ser composto pela BNCC e por Itinerários a desenvolver um produto ou abrir uma empresa. Trata-se de traçar
Formativos. Ambos estão organizados por meio da oferta de dife- e executar metas de modo a colocar em prática seu projeto de vida.
rentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contex- Nesse sentido, é importante que o estudante conheça modelos de
to local e a possibilidade dos sistemas de ensino. E, para comple- ambientes empreendedores (incubadoras, aceleradoras, feiras de
mentar essa normativa, foi publicada a Portaria nº 1.432, de 28 de negócios, startups e outros) e possa testar suas hipóteses, buscar
dezembrode 2018, que estabelece os referenciais para elaboração caminhos e parcerias para colocar em prática suas ideias ou mesmo
dos itinerários formativos conforme preveem as DCNEM e norteia aprofundar os estudos acadêmicos. Assim, espera-se que o estu-
os eixos estruturantes. dante tenha entendimento de comoempreender para produzir ou
A Portaria apresenta quatro eixos estruturantes, que são com- desenvolver um produto, um serviço ou para atingir seus objetivos
plementares e devem estar presentes nas diversas situações de de vida pessoal e/ou profissional, de forma inovadora, crítica, ética
aprendizagem ao longo de todo o itinerário formativo, a fim de ecidadã.
permitir ao estudante a produção de conhecimento, a criação e a Ressaltamos que, para o desenvolvimento do itinerário de
intervenção na realidade para empreender projetos presentes e fu- modo a atender ao proposto nos eixos estruturantes, poderão ser
turos. São eles: utilizadas metodologias ativas, inclusive com a elaboração de proje-
tos envolvendo temas transversais, nos quais oestudante é protago-
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA nista do processo e o professor, mediador de aprendizagem.
A investigação científica é parte integrante da área de Ciências É importante salientar também que não há uma ordem deter-
da Naturezae suas Tecnologias, uma vez que tem como cerne pro- minada para o desenvolvimento dos eixos estruturantes, pois isso
piciar, desde os anos iniciais,o desenvolvimento da curiosidade, da depende da realidade de cada escola e dos interesses demonstra-
elaboração de perguntas, da observação e coleta de informações dos pelo estudante. Porém, recomenda-se que, no percurso do iti-
sobre fenômenos da natureza. Por meio deste eixo estruturante,
nerário formativo de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, todos
portanto, espera-se que o estudante, a partir de seus interesses in-
os eixos sejam contemplados, pois contribuem para a formação in-
dividuais e coletivos atrelados ao projeto de vida, possa aprofundar
tegral do estudante.
e consolidar as aprendizagens que promovem o letramento cientí-
Além dos eixos estruturantes são elencadas habilidades dos
fico. Desse modo, espera-se que seja capaz de elaborar, levantar e
itinerários formativos associadas às competências gerais e habili-
investigar situações problema e, por meio depesquisas embasadas
dades do itinerário de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. As
em critérios científicos e fontes confiáveis, propor soluções éticas
habilidades associadas às competências gerais devem ser desenvol-
para problemas de cunho pessoal e coletivo.
vidas por todos os itinerários e abrangemo fazer científico; o fazer
PROCESSOS CRIATIVOS criativo; a convivência e atuação cultural e o autoconhecimento;
Em Ciências da Natureza e suas Tecnologias, o desenvolvimen- empreendedorismo e projeto de vida. Já as habilidades de CNTestão
to deste eixoestruturante envolve propiciar ao estudante situações correlacionadas às de natureza específica da área, conforme consta
para que possa elaborar projetos e propostas de ação, com dife- no quadro do organizador curricular do itinerário formativo.
rentes objetivos, tais como: projetos de pesquisa e propostas de
intervenção na escola, na comunidade e em demais A estrutura do organizador curricular do itinerário formativo
instâncias, até mesmo globais. É importante, também, que o daárea de Ciências da Natureza e suas Tecnologias
estudante seja estimulado a utilizar a criatividade e se sentir livre e A partir das habilidades do itinerário formativo de CNT, foram
seguro para compartilhar suasideias. Espera-se, portanto, que, por relacionadas as habilidades da formação geral básica que deverão
meio do desenvolvimento das habilidades propostas para este eixo, ser aprofundadas e ampliadaspara que o estudante tenha uma visão
o estudante se sinta capaz de, a partir de seus interessese de proble- de mundo ampla e heterogênea e seja capazde tomar decisões indi-
mas observados in loco e na sociedade em geral, formular propos- viduais e coletivas, considerando conhecimentos científicos e apre-
tas e projetos aplicáveis que possam contribuir para a melhoria da sentando argumentação embasada, de modo a intervir de forma
sua qualidade de vidae da sociedade. consciente na escola, no trabalho e na vida.
De posse desses elementos, foram construídos organizadores
MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL curriculares que norteiam o trabalho docente e fornecem exemplos
Trata-se de promover, em Ciências da Natureza e suas Tecno- de objetos de conhecimentoa serem trabalhados em sala de aula.
logias, a formulação e/ou aplicação de projetos e propostas junto Para a construção do Organizador Curricular do Itinerário Formati-
à comunidade. Para tanto,é preciso estudar os problemas e as so- vo de CNT, foram elencados eixos estruturantes, habilidades espe-
luções propostas de modo a oferecer uma intervenção significati- cíficas do itinerário formativo integradas aos eixos estruturantes de
va e respeitosa, que possa, de fato, contribuir para a promoção da Ciências da Natureza e pressupostos metodológicos do itinerário.
melhoria da qualidade de vida de determinada comunidade. Assim, Os pressupostos metodológicos abordam metodologias e ob-
cabe ao professor a postura de mediador dos processos, de modo jetos de conhecimentos que poderão ser trabalhados e aprofunda-
a propiciar as condições para que o estudante, por meio do desen- dos em cada itinerário, pormeio de exemplos presentes na Biologia,
volvimento das habilidades previstas neste eixo, se sinta capaz de Física e Química, e que auxiliam a gestãoe a prática do professor em
intervir na sociedade com protagonismo, tendo em vista a promo- sala de aula. Neles também são apresentados os perfisde saída do
ção da equidade e de sociedades éticas e ambientalmente mais estudante em cada eixo estruturante.
equilibradas.
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A seguir apresentamos o quadro organizador curricular do itinerário formativo, indicando as habilidades específicas, associadas aos
eixos estruturantes,a serem desenvolvidas no itinerário formativo da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e os pressupostos
metodológicos que visam orientar e indicar possibilidades para a concretização das aprendizagens esperadas.

Organizador Curricular do Itinerário Formativo da Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias

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Itinerários Formativos Integrados


Os itinerários formativos, parte flexível do currículo, serão ofertados por meio de diferentes arranjos curriculares. Além dos itinerários
por área do conhecimento, também poderão ser organizados de forma integrada, ou seja, articulando diferentes áreas do conhecimento.
As integrações poderão ser entre duas áreas, três áreas ou mesmo entre as quatro áreas do conhecimento. Trazemos neste documento
exemplos de itinerários integrados entre duas áreas do conhecimento:
Itinerário integrado entre a área de Matemática e a área de Linguagens.
Itinerário integrado entre a área de Matemática e a área de Ciências Humanas.
Itinerário integrado entre a área de Matemática e a área de Ciências da Natureza.
Itinerário integrado entre a área de Ciências Humanas e a área de Linguagens.
Itinerário integrado entre a área de Ciências da Natureza e a área de Linguagens.
Itinerário integrado entre a área de Ciências da Natureza e a área de Ciências Humanas.

Além das integrações entre as áreas do conhecimento, os arranjos também podem ser feitos entre elas e a formação técnica e profis-
sional. Tanto os itineráriosformativos por área do conhecimento quanto os integrados entre áreas e entre a formação técnica e profissio-
nal, deverão mobilizar as competências e habilidades relacionadas aos eixos estruturantes explicitados anteriormente, de forma a garantir
a apropriação de procedimentos cognitivos e o uso de metodologias que favoreçamo protagonismo.
A seguir, são apresentados, como exemplos, os organizadores curriculares dos itinerários formativos integrados entre duas áreas do
conhecimento. Neles são definidas as habilidades específicas dos itinerários formativos de cada área, com asrespectivas habilidades relacio-
nadas às competências gerais em cada eixo estruturante.
Os pressupostos metodológicos abordam metodologias e objetos de conhecimentos que poderão ser trabalhados e aprofundados
em cada itinerário deforma a integrar todos os componentes da área, com indicativos para ajudar os professores a trabalharem de forma
articulada entre as áreas em cada eixo estruturante.
São algumas considerações para que, mediante o tema a ser desenvolvido, que é de livre escolha das escolas em conjunto com seus
estudantes, os professores possam se orientar para algumas demandas e a práticas. Não apresentam metodologia específica, mas orien-
tações fundamentais sobre os aportes e ferramentas educativas que podem ser considerados mediante a perspectiva da autonomia e dos
diferentes interesses do estudante.

QUESTÕES

1. Segundo o currículo paulista de Ciências para o Ensino Fundamental, quais são os eixos temáticos abordados nessa disciplina?
(A) Água, solo e ar.
(B) Energia e matéria.
(C) Vida e evolução.
(D) Todos os anteriores.
(E) Nenhuma das opções anteriores.

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2. De acordo com o currículo paulista de Ciências, qual é o ob- 7. Qual é o objetivo principal da abordagem contextualizada no
jetivo principal do ensino dessa disciplina no Ensino Fundamental? currículo de Biologia?
(A) Proporcionar uma base de conhecimentos científicos para (A) Relacionar os conteúdos biológicos com situações cotidia-
os estudantes. nas e do mundo real.
(B) Estimular o desenvolvimento do pensamento crítico e cien- (B) Reforçar a importância dos conceitos teóricos em detrimen-
tífico. to das aplicações práticas.
(C) Promover a alfabetização científica. (C) Promover a memorização isolada de conceitos biológicos.
(D) Todas as opções anteriores. (D) Limitar a compreensão da Biologia a um contexto acadê-
(E) Nenhuma das opções anteriores. mico.

3. O currículo paulista de Ciências no Ensino Fundamental en- 8. Qual é o objetivo do estudo da genética no currículo de Bio-
fatiza a importância do trabalho experimental. Qual é o objetivo logia no Ensino Médio?
desse enfoque? (A) Compreender as relações ecológicas entre os seres vivos.
(A) Estimular o raciocínio dedutivo dos estudantes. (B) Analisar as interações entre os fatores bióticos e abióticos
(B) Promover a aprendizagem ativa e significativa. de um ecossistema.
(C) Desenvolver habilidades de observação e registro. (C) Identificar as diferentes formas de reprodução dos seres
(D) Todas as opções anteriores. vivos.
(E) Nenhuma das opções anteriores. (D) Compreender a hereditariedade e a diversidade da vida,
analisando os mecanismos e as consequências das variações
4. De acordo com o currículo paulista de Ciências, quais são as genéticas.
habilidades cognitivas que devem ser desenvolvidas nos estudan-
tes? 9. Qual é a importância da educação ambiental no currículo de
(A) Observar, identificar e descrever fenômenos. Biologia?
(B) Formular perguntas, elaborar hipóteses e realizar experi- (A) Desenvolver a conscientização sobre a interdependência
mentos. entre os seres vivos e o meio ambiente.
(C) Analisar, interpretar e comunicar resultados. (B) Promover a memorização de informações sobre diferentes
(D) Todas as opções anteriores. ecossistemas.
(E) Nenhuma das opções anteriores. (C) Estudar os processos de fotossíntese e respiração celular.
(D) Analisar as características das diferentes camadas da at-
5. O currículo paulista de Ciências para o Ensino Fundamental mosfera.
recomenda a integração dessa disciplina com outras áreas do co-
nhecimento. Qual é o objetivo dessa abordagem?
(A) Estimular uma visão interdisciplinar e contextualizada do GABARITO
conhecimento.
(B) Promover uma abordagem mais prática e aplicada da Ci-
ência. 1 D
(C) Desenvolver habilidades de trabalho em equipe.
(D) Todas as opções anteriores. 2 D
(E) Nenhuma das opções anteriores. 3 B

6. Quais são os eixos temáticos abordados no currículo paulista 4 D


de Biologia? 5 A
(A) Origem da vida, diversidade dos seres vivos e evolução;
6 A
Ecologia e sustentabilidade; Hereditariedade e diversidade da
vida; Saúde e qualidade de vida. 7 A
(B) Ecologia e sustentabilidade; Origem da vida, diversidade 8 D
dos seres vivos e evolução; Saúde e qualidade de vida; Heredi-
tariedade e diversidade da vida. 9 A
(C) Saúde e qualidade de vida; Origem da vida, diversidade dos
seres vivos e evolução; Hereditariedade e diversidade da vida;
Ecologia e sustentabilidade. ANOTAÇÕES
(D) Hereditariedade e diversidade da vida; Saúde e qualidade
de vida; Origem da vida, diversidade dos seres vivos e evolu-
ção; Ecologia e sustentabilidade. ______________________________________________________

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