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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2

2 O PROGRESSO E O MEIO AMBIENTE..................................................... 3

3 GESTÃO AMBIENTAL ................................................................................ 6

4 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL ..................................................... 11

5 NORMAS ISO 14000 ................................................................................ 12

6 APLICAÇÃO DOS PADRÕES DA ISO 14001 .......................................... 16

7 O PROFISSIONAL DE GESTÃO AMBIENTAL ......................................... 20

7.1 Recuperação de áreas degradadas ................................................... 21

7.2 Educação ........................................................................................... 21

7.3 Certificação ........................................................................................ 22

7.4 Geoprocessamento ............................................................................ 22

7.5 Extração de Recursos Naturais .......................................................... 23

7.6 Elaboração de políticas públicas ........................................................ 23

7.7 Mercado de trabalho para o Gestor Ambiental ................................... 23

8 A GESTÃO AMBIENTAL E OS IMPACTOS AMBIENTAIS....................... 24

8.1 Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA ............................ 30

8.2 Avaliação de Impacto Ambiental – AIA............................................... 30

9 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PERTINENTE .............................................. 31

10 CONCEITO E NOÇÕES GERAIS DO DIREITO AMBIENTAL E SEUS


PRINCÍPIOS.............................................................................................................. 37

10.1 Princípios do direito ambiental ........................................................ 39

11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 49

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 O PROGRESSO E O MEIO AMBIENTE

Fonte: agazeta.com

A forma ágil de acessar a informação tem evoluído o ser humano em vários


aspectos. Uma delas é a preocupação com o meio ambiente, que ganha cada vez
mais destaque em diversos temas. O modo de vida atual, a produção e o consumo
acelerados e as preocupações com a natureza limitada dos recursos naturais são
fatores que têm afetado a mudança de hábitos de grande parte da população e
também a demanda por posicionamento de marca e a área comercial. Não só a
necessidade de se manter competitiva, mas também a necessidade da sociedade
impulsiona as empresas a assumirem compromissos ambientais (SALDANHA, 2021).
Essa competitividade empresarial, na qual a sociedade está de alguma forma
envolvida, cria dificuldades na implementação de uma gestão ambiental que gere
valor agregado ao produto/serviço, uma vez que essa competitividade está atrelada à
oferta de qualidade e sustentabilidade a um preço atrativo.
A Organização das Nações Unidas em seu conjunto de metas 2030 (2017)
aponta para a necessidade de criar políticas fortes que incentivem as empresas
públicas e privadas a reduzir ao máximo o uso de produtos químicos e compostos
orgânicos poluentes, matéria orgânica, além de incentivar as empresas,
especialmente grandes e transnacionais corporações, a adotar práticas sustentáveis.
Assim, percebe-se que a sociedade está se desenvolvendo nas questões ambientais,
mesmo pedindo socorro, ainda é um processo de amadurecimento (SALDANHA,
2021).

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Nos últimos anos, o tema Gestão Ambiental tem sido um dos assuntos mais
discutidos em uma série de mudanças que devem passar para se adaptarem aos
impactos contínuos da evolução tecnológica. Existem muitos artigos sobre gestão
ambiental. Porém, as principais definições da ciência ambiental, analisadas sob a
ótica do valor econômico do meio ambiente, são todas publicadas por autores
estrangeiros, não havendo, na maioria dos casos, participação de profissionais da
área de biologia, engenharia ambiental e ciências afins.
Entre as questões discutidas ganha destaque o conceito e a importância do
capital natural; o valor desse capital e os benefícios por ele proporcionados; as
funções da biodiversidade e a sua importância com relação às consequências diretas
de sua degradação no valor do capital natural e; também as relações entre
desenvolvimento tecnológico, economia mundial, responsabilidade social e
conservação da biodiversidade.
Existem vários campos de pesquisa: administração, biologia, economia,
contabilidade, entre outros campos que procuram subsídios de uma forma ou de outra
para que efetivamente valorizar o meio ambiente. Sejam economistas ou
administradores, biólogos ou políticos, cada vez mais os autores usam a mídia
científica para defender seus os argumentos de gestão ambiental.
A proteção ambiental ocupa um lugar tão importante na ciência e na opinião
pública que é difícil para qualquer projeto ou atividade produtiva ser construída sem
separar o impacto ambiental. Portanto, além da necessidade óbvia de proteger os
recursos naturais e as condições da Terra, a maioria das pessoas hoje acredita que
todos no mundo estão diretos ou indiretamente sob pressão para trazer os preços à
vida, governança ambiental na legislação e regulamentação da educação global.
Por muito tempo, a comunidade mundial aceitou ou ignorou a degradação
ambiental, pois os recursos naturais são sempre considerados infinitos e gratuitos
para quem deseja utilizá-los. Todos têm o direito de expulsar (despejar) no meio
ambiente, resíduos ou quaisquer resquícios de diversificadas atividades ao meio
ambiente. Esses resíduos e demais descartes perigosos gerados pelas atividades de
proteção não estão incluídos no custo total das atividades, de forma que os resultados
dessas atividades passam a ser de responsabilidade pública.
Porém, após o surgimento da economia ecológica, essa visão restrita de que o
meio ambiente não é parte integrante da economia mundial mudou nos últimos anos,
pelo menos no que diz respeito à formação sobre esse assunto. Os biólogos usam

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termos da economia ecológica em seus argumentos a favor da conservação da
biodiversidade, na esperança de que, uma vez que governos e empresas percebam
sua importância econômica, eles acreditam na necessidade de proteger o meio
ambiente.
Embora muitos autores tenham elaborado mais do que teorias relacionadas,
conclui-se que o meio ambiente tem valor econômico e que este valor é importante o
suficiente para que os recursos alocados para a conservação não sejam suficientes
para o sucesso do projeto da mesma forma, como o argumento para o valor
econômico pode ser falho, argumentando que a natureza fornece serviços
inestimáveis sem os quais não existiríamos. E, no caso da atribuição ambiental, esta
abordagem pode não ser a mais precisa sob o conceito de desenvolvimento
sustentável, uma vez que não captura as necessidades de recursos que as gerações
futuras precisam.
Deve-se entender que uma espécie humana e suas atividades estão incluídas
nesta definição, e que os humanos interagem com a natureza de uma forma muito
especial, afetando seu equilíbrio, alterando uma estrutura populacional e a dinâmica
da comunidade, sem falar na paisagem. Embora o desenvolvimento tecnológico nas
últimas décadas tenha sido relativamente impressionante, a natureza das atividades
humanas não mudou em uma escala suficiente para que as mudanças ambientais
tenham cessado ou pelo menos tenha sido necessário para ser tão destrutivas quanto
no passado. Portanto, o desenvolvimento tecnológico não se tornou um mediador
entre o crescimento econômico e a conservação da biodiversidade.
Portanto, é necessário adotar um novo contexto para discutir o pareamento
entre as metas de proteção e crescimento econômico. Os esforços para proteção da
biodiversidade devem se concentrar em outros objetivos, não apenas na obtenção de
benefícios econômicos do chamado capital natural, e nem mesmo na utilização de seu
valor econômico como principal referência para definir o valor do ecossistema, é
discussão atual é um dos pontos centrais, mas ainda não foi resolvido por
unanimidade.
Para tanto, ecologistas e conservacionistas devem trabalhar arduamente para
encontrar argumentos usando ferramentas das ciências biológicas, se elas não são
suficientes para fornecer um valor não econômico, mas satisfatório aos serviços
ecológicos e produtos ambientais que são permitidos para a tomada de decisões. Pelo
menos ajuda para fazer uma avaliação econômica. Justamente para esse objetivo, a

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discussão teórica para inserir o pano de fundo dessa temática, e da abertura de
espaço para os profissionais da área da biologia nessa discussão, que este trabalho
foi desenvolvido.

3 GESTÃO AMBIENTAL

Fonte: twenergy.com

A gestão ambiental permite que uma organização determine os impactos de


suas ações nas questões ambientais e priorize objetivos de forma a promover
continuamente suas operações em termos de proteção ambiental. Dessa forma, a
empresa pode atuar monitorando o descarte de resíduos pós-consumo, reavaliando
as atividades operacionais e os objetivos e metas ambientais.
Fundamentalmente falando, os problemas ambientais definidos na década de
1960, alcançaram o clímax na Conferência das Nações Unidas em Estocolmo em
1972; os resultados da Conferência de Estocolmo foram publicados em 1987 em um
relatório intitulado "Nosso Futuro Comum", também conhecido como “Relatório de
Brundtland”, porque a primeira-ministra da Noruega - Gro Harlem Brundtland, foi a
presidente do comitê.
A preocupação com o meio ambiente é também uma questão que surge cada
vez mais no mundo dos negócios e no mercado de trabalho, o que representa a
diferença entre as empresas que querem se destacar em termos de medidas
ambientais que visem a proteção dos recursos naturais.

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Para tanto, algumas associações adotaram a norma ISO, que é uma
associação padronizada que visa aprimorar seu controle sobre a gestão ambiental de
forma a se destacar no mercado e buscar promover o compromisso da empresa com
a proteção ambiental. Além de promover o comércio entre empresas e as relações
entre diferentes órgãos ambientais, as normas ISO também promove as boas práticas
de gestão empresarial e o avanço tecnológico. Com isso, as principais certificações
ambientais são a ISO 9000, com foco em gestão da qualidade, e a ISO 14000 para a
gestão ambiental.
A certificação ISO 14000 diz respeito à um conjunto de atividades técnicas que
são voltadas para a gestão do meio ambiente da melhor forma. Tal preocupação é
que determina os padrões da gestão ambiental das empresas públicas e privadas. A
vantagem da empresa ao implementar a ISO 14000 é melhorar seu acesso ao
mercado, canais de seguro, capital de baixo custo e relacionamento com o cliente.

A aplicação da gestão ambiental pela organização mudou a sociedade, a


concorrência e a percepção do governo sobre seu ambiente operacional. A gestão
ambiental também tem dado uma importante contribuição para a redução do
desenvolvimento dos recursos naturais e a degradação ambiental resultante.
Por sua vez, as empresas com ferramentas técnicas pretendem atender essas
necessidades. Por esse motivo, colocam o meio ambiente em um processo de
agressão, fazendo com que ele diminua rapidamente, prejudicando sua capacidade
de equilibrar o meio ambiente. O referido autor destacou que a degradação do meio
ambiente e a sobre exploração dos recursos naturais têm despertado a atenção de
todos, por isso os problemas ambientais têm atraído cada vez mais as atenções.

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Portanto, o impacto da destruição do meio ambiente nas gerações
contemporâneas e nas gerações futuras, fazem com que as questões relacionadas à
proteção ambiental transcendam como fronteiras nacionais e se tornem globais. Pode-
se constatar que, segundo Gonçalves Dias (2006), ao longo do século XX, ocorreram
muitos acidentes industriais e resultantes. Isso finalmente despertou a preocupação
pública sobre a gravidade do problema.
Alguns problemas ambientais tornaram-se um problema global e, pela sua
visibilidade e causalidade perfeita de compreender, se a forma principal de sensibilizar
as pessoas para os problemas causados pela má gestão ambiental. Ou seja, a
organização é a principal responsável pelo desenvolvimento de matérias-primas e
mudanças no meio ambiente. Esta atividade desenvolvida pela empresa é básica e
necessária, mas, nos últimos anos, tal exploração tem gerado graves problemas
ambientais, cujo aspecto mais evidente é a degradação ambiental. Portanto, os
gerentes da empresa, especialmente os departamentos de proteção ambiental,
devem considerar as questões de proteção ambiental.
Nesse caso, o objetivo da empresa é evitar a divulgação de sua imagem de
agressora ao meio ambiente. Para tanto, desenvolveram e implementaram para assim
contribuir para a sustentabilidade ambiental. Além de atender às exigências
regulamentares do governo, uma organização também atrai mais consumidores
porque sua imagem natural e amigável trará bons resultados e o tornará mais
competitiva.
Isto posto, em uma competição global intensificada entre as empresas,
conforme as expectativas dos consumidores não foram simplesmente reduzidas a
encontrar um determinado produto de qualidade ao menor custo, e são mais exigentes
e dispostos a comprar e consumir os produtos que respeitem a natureza. E desta
forma, é bom para o meio ambiente e para uma organização, as vantagens ambientais
fornecem a sustentabilidade. Por outro lado, desde que o marketing ambiental seja
devidamente explorado, os interesses da empresa residem na melhoria da sua
imagem e no reconhecimento da sociedade e dos consumidores. Em outras palavras,
deixe seu mercado consumidor saber o que a organização está realmente fazendo
para proteger o meio ambiente.

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À medida que as empresas implementarem uma estratégia de reciclagem pós-
consumo, terá vantagens diferenciadas na concorrência. Essa estratégia pode não só
manter um relacionamento direto com os consumidores e cumprir as regulamentações
ambientais vigentes, mas também ganhar oportunidades de negócios, aumento assim
a da organização em seu mercado.

O termo gestão ambiental (GA), compreende um conjunto de políticas


e estratégiasadministrativas e operacionais voltadas aos aspectos de prevenção
do meio ambiente por meioda eliminação ou mitigação de impactos e danos
ambientais decorrentes do planejamento,criação, operação, ampliação,
realocação ou desativação de empreendimentos ou atividades,incluindo-
setodas asfases do ciclo devidadoproduto (SABONARO et al.,2017).
A Gestão Ambiental contempla uma série de procedimentos e medidas
adequadamente definidos e aplicados com vistas a redução e controle dos
impactos gerados por um empreendimento sobre o meio ambiente, a busca
de novos modelos de gestão inclui uma preocupação constante como meio
físico, biológico e social, de modo a contribuir para alcançar padrões de produção
e consumo sustentáveis. A transição para uma economia verde e inclusiva
apresenta oportunidades que no curto e médio prazo tornaria a indústria

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uma componente essencial do desenvolvimento sustentável
(SOUZA;CATTINI;BARBIERI,2014;STRASBURG;JAHNO,2017).
A urbanização impulsionou diversas mudanças no estilo de vida, principalmente
pela inserção da mulher no mercado de trabalho. Este desenvolvimento impulsionou
o aumento do consumo de alimentos adquiridos fora de casa, contribuindo para o
fortalecimento do setor ecoalimentar comercial (CHAMBERLEM; KINASZ; CAMPOS,
2012; ARAÚJO; MARTINS; CARVALHO, 2015).
O setor de refeições coletivas a inda apresenta dificuldades no quesito gerência
ambiental. Os resíduos sólidos provenientes de suas atividades constituem uma
parcela considerável de poluentes e este gerenciamento inadequado
Promove grandes impactos ambientais. Considerando que o problema tende a
se agravar, os resíduos sólidos ganharam notoriedade como um grave problema
ambiental contemporâneo (GOUVEIA, 2012; POSPISCHEK; SPINELLI; MATIAS,
2011).
Nesse sentido, a elaboração de refeições de forma sustentável não deve
estar apenasrelacionada à produção e a transformação dos alimentos até o seu
produto final, mas tambémaos processos que utilizam grandes quantidades de
recursos naturais e geram diversos tipos deresíduos. É preciso considerar ainda
o elevado consumo de energia e a geração de resíduossólidos, líquidos e
gasosos. Mesmo após o ciclo de produção estar completo e o produto final chegar
à mesa dos consumidores, o impacto continuará presente devido ao descarte das
sobras,embalagens e substâncias utilizadas na higienização dos utensílios,
equipamentos e instalações em geral (SILVA et al, 2021).

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4 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

Fonte: unichristus.edu.br

No início da década de 1990, os órgãos responsáveis pela normalização e


padronização, principalmente os localizados em países industrializados, passaram a
responder às necessidades da sociedade e do mercado, no sentido de sistematizar
os procedimentos das empresas que refletissem seus interesses para a qualidade
ambiental e conservação do patrimônio (NICOLELLA, 2004).
Essas abordagens levaram à criação e desenvolvimento de Sistemas de
Gestão Ambiental para orientar as empresas na adaptação a certos padrões
geralmente aceitos e reconhecidos. Esses sistemas são então configurados como
componentes-chave da estratégia de negócios. A Europa já deu os primeiros passos
nesse sentido, com especial destaque para o Reino Unido, que, através do UK
STANDARDS MECHANISM - BSI, criou, em 1992, o BS 7750 - um conjunto de
normas que inclui um sistema de gestão ambiental aplicável às empresas daquele
país.

A Comunidade Européia, em 1994, também criou uma legislação própria para


os países membros, estabelecendo normas para a concepção e implantação
de um sistema de gestão ambiental, como parte de um sistema de
gerenciamento ecológico e plano de auditoria, conhecido pelo nome de
EMAS - ECO MANAGEMENT AND AUDIT SCHEME. A CANADIAN
STANDARD ASSOCIATION padronizou procedimentos para a implantação
de sistema de gestão ambiental e para a obtenção de rotulagem ecológica
dos produtos. Estados Unidos, Alemanha e Japão adotaram normas para a
rotulagem ambiental de produtos (REIS, 1995 apud NICOLELLA, 2004).

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Com a ampla aceitação internacional da família de normas ISO 9000 - a norma
do sistema de gestão da qualidade e o início da disseminação das normas ambientais
em todo o mundo, a ISO1 INTERNATIONAL STANDARDS ORGANIZATION realizou
pesquisas para avaliar a necessidade de normas internacionais aplicáveis à gestão
ambiental, culminando na criação do padrão da série ISO 1 0012. Como BS 7750 e
EMAS, a série ISO 1 001 É também um padrão de uso voluntário que orienta a criação
e implementação de um sistema de gestão ambiental em nível corporativo, e é o único
amplamente aceito e padrão internacional aplicado para o sistema de gestão
ambiental. Para obter a certificação da série ISO 1 001, assim como outras normas
ISO, as empresas devem passar por etapas formais de implementação, que são
confirmadas por auditorias externas (NICOLELLA, 2004).

5 NORMAS ISO 14000

.
Fonte: consultoriaiso.org

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A norma da ISO 14000 corresponde a um sistema de gestão ambiental, ao qual
a International Organization for Standardization – ISSO publicou, e esta série de
padrões incluem orientações sobre: auditoria ambiental; avaliação de desempenho
ambiental; rotulagem ambiental e; análise do ciclo de vida do produto. Em outras
palavras, estabelece os requisitos do sistema de gestão ambiental que permitem à
organização desenvolver diretrizes e objetivos que levem em consideração os
requisitos legais e comuniquem impactos ambientais significativos.

O objetivo desta série de normas é conciliar a proteção ambiental e a poluição


ambiental com as necessidades sociais e econômicas.
O cenário econômico atual está levando as empresas a mudar, melhorar e se
adaptar a uma nova realidade para se manterem competitivas. Apesar do objetivo
principal da empresa de obter lucro, as questões ambientais têm se tornado cada vez
mais relevantes devido à conscientização do consumidor, às pressões sobre os
negócios verdes e à disseminação do conceito de desenvolvimento sustentável.
(ALVES, 2019. p. 11)
Existe a obrigação legal das empresas de cumprirem as normas legais em vigor
independentemente da implementação do sistema de gestão. No entanto, a norma
ISO 14001 é uma ferramenta estratégica para as empresas, facilitando a
conformidade e ajudando-as a entrar nos mercados mais ecológicos. É uma norma
com aplicação optativa e que apoia de forma efetiva no processo a priorizar o uso
racional dos recursos e a prevenção da poluição. (CASTRO, 2016. p. 1)
Com a demanda de preparar as organizações no processo de
acompanhamento jurídico, defendemos a necessidade de definir os limites das
competências institucionais entre os diferentes níveis de governança, de forma a

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reduzir os conflitos e / ou sobreposições entre os agentes envolvidos. (OLIVEIRA,
2009 apud ALVES, 2019)
Portanto, é necessário que as empresas monitorem, controlem, estimulem e
cumpram as exigências da legislação brasileira com as diversas ferramentas e
softwares oferecidos pelo século XXI, demonstrando, monitorando e controlando os
resultados de seu sistema de gestão ambiental. (ALVES, 2019. p. 12)
De acordo com SOUZA (2011), A ISO está organizada em vários comitês
técnicos compostos por especialistas de diferentes países membros. O comitê de
gestão ambiental (Comitê Técnico TC - 207) fundado em 1993 tem como objetivo
desenvolver normas internacionais de gestão ambiental, com o objetivo de certificação
por organismos de certificação. O TC 207 está dividido em subcomitês temáticos
diferentes:

A ISO 14000 apresenta uma abordagem estratégica para a organização,


implementa a definição e implementação dinâmica de uma política ambiental,
sistematicamente identifica, examina e avalia mudanças ambientais causadas por
elementos dos produtos, serviços ou atividades da organização. Importante também
destacar, a sua flexibilidade e adaptabilidade a qualquer setor produtivo, o incentivo
que proporciona à melhoria do desempenho ambiental e o contributo para uma visão
global e proativa da organização.

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Quando as propostas de cada subcomitê são concluídas, os padrões TC207
são aprovados e se tornam padrões internacionais. A série ISO 14000 pode
ser vista em dois grandes blocos, um voltado para a organização e outro para
o processo, conforme demonstrado na figura abaixo. (MAIMON, 1996 apud
SOUZA, 2011)

Gestão Ambiental
ISO 14000

Rotulagem Ambiental
Sistema de Gestão Ambiental
Análise de Aspecto
Ciclo de Ambiental
Vida dos
Avaliação de Auditoria Produtos
Desempenho Ambiental Padrões
Ambiental Avaliação do Produto
Avaliação da
Organização

Fonte: Adaptado de SOUZA, 2011.

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6 APLICAÇÃO DOS PADRÕES DA ISO 14001

Fonte: https://bit.ly/3rr9pF3

Como pode ser visto, um SGA permite que a organização atue em seus
processos de forma a garantir a proteção do meio ambiente e a redução dos impactos
causados por suas atividades. Para isso, devem ser incluídos elementos
interdependentes, como a estrutura organizacional, a divisão de responsabilidades e
o planejamento de práticas, procedimentos e processos (OLIVEIRA e SERRA, 2010)
Existem dois tipos de sistemas de gestão ambiental mais amplamente
utilizados em todo o mundo, EMAS e IS0 14001, ambos com o objetivo comum de
garantir uma boa gestão ambiental e determinar a responsabilidade ambiental
corporativa. A mais conhecida e utilizada no Brasil é a família NBR ISO 14000, na qual
a NBR ISO 14001 foi desenvolvida para especificar requisitos para sistemas de gestão
ambiental, auditorias ambientais, avaliações de desempenho ambiental e análises de
ciclo de vida. (SOLEDADE et al., 2007; SOUZA, 2009)
De acordo com SEIFFERT, (2011). Os temas da NBR ISO 14001 são, além da
análise e revisão, a definição da política ambiental, a definição de metas e objetivos,
o monitoramento e medição, bem como a correção dos desvios identificados, sempre
buscando a melhoria contínua do desempenho ambiental.

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Os tópicos da NBR ISO 14001 são o estabelecimento da política ambiental
nacional, a definição de objetivos e metas, o monitoramento e medição e correção dos
desvios identificados, bem como sua análise e verificação, buscando sempre a
melhoria contínua de seu desempenho ambiental. (PEDROZA; REIS; VARONI, 2018)

A versão mais recente da norma abordará as tendências mais recentes nas


quais as empresas devem levar em consideração fatores internos e externos que
afetam seu impacto ambiental, como flutuações no clima e o ambiente competitivo em
que operam. Desse modo, as organizações que já possuíam a NBR ISO 14001:2004
teriam um período de três anos de transição para se enquadrarem às novas exigências
da versão. NBR ISO 14001:20015 (ABNT, 2017)
Um SGA conforme a NBR ISO 14001, é fundamentado no conceito do Ciclo
PDCA, em que é utilizado visando a melhoria contínua. Funciona da seguinte forma:

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A verificação se inicia com os métodos listados como monitoramento e
medição, avaliação de conformidade, ações corretivas e preventivas. A última parte

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de verificação são as auditorias internas, como uma forma sistemática para rever os
processos do SGA e para validar se estão dentro dos objetivos definidos.
A NBR ISO 14001/2015 tem uma estrutura conhecida como anexo SL que
facilita a integração com a NBR ISO 9001/2015 (gestão da qualidade), junto à outras
normas que foram e serão publicadas posteriormente, como a NBR ISO 5001:2018.
Essa estrutura possui um texto central idênticos e termos e definições que são comuns
a ambos os padrões.

Depois da liderança, além de focar em ações preventivas e corretivas, o


planejamento também inclui riscos e oportunidades. Outro ponto que faz parte dessa
estrutura é o suporte para uma discussão de recursos, recursos e questões de
comunicação para atingir os objetivos organizacionais. As operações são a menor
parte dessa estrutura e são projetos para controlar os processos internos e as
mudanças. Na última parte do escopo está a avaliação de desempenho, na qual todos
os pontos do sistema de gestão são monitorados, aplicada e medidos, na qual
auditorias internas comprovam a eficácia do sistema de gestão. Finalmente, melhore
e resolva não conformidades, bem como ação e melhoria contínua para fornecer
melhorias reais.

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7 O PROFISSIONAL DE GESTÃO AMBIENTAL

Fonte: anchieta.br

A gestão ambiental é um processo complexo que engloba diversas áreas do


conhecimento. O especialista responsável por sua implantação deve possuir,
preferencialmente, formação multidisciplinar. Por exemplo, o conhecimento da
legislação ambiental é necessário para alinhar as operações da empresa com as leis
relevantes. Por sua vez, a experiência administrativa pode ser bem-vinda na gestão
de atividades e recursos, definição de metas e implementação de planos de ação.
Finalmente, os conhecimentos de engenharia, engenharia e biológicos são essenciais
no controle do meio ambiente e na implementação de tecnologias de mitigação. O
treinamento multidisciplinar é, portanto, um diferencial entre excelentes gestores
ambientais.
Há de se concluir com tudo que já foi apresentado, que a gestão ambiental traz
benefícios diretos, tanto para a organização quanto para a sociedade. Destacando-se
entre eles: reduzir os riscos regulatórios; evitar multas e revisões regulatórias;
aumento da eficiência operacional; reduzir o desperdício; e promover o uso racional
dos recursos naturais, levando à redução de custos. Recentemente, verificou-se que
as empresas líderes em gestão ambiental superam seus concorrentes e possuem
uma vantagem competitiva. Falamos mais sobre isso em avaliação de impacto
ambiental.

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Os profissionais dessa área atuam também em empresas privadas, em órgãos
públicos e em terceiro setor. Para melhor entendimento, veja algumas áreas de
atuação:

7.1 Recuperação de áreas degradadas

Os Gestores Ambientais são responsáveis pela identificação das áreas


desmatadas ou contaminadas, e pela elaboração de relatórios sobre a situação
dessas áreas, criando programas específicos de restauração da biodiversidade,
estabelecendo um cronograma completo das atividades a serem realizadas. Bem
como por coordenar e acompanhar a execução de projetos de restauração de áreas
desmatadas ou poluídas.

7.2 Educação

Nesse campo de atuação, os gestores ambientais organizam programas de


conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente,
implementando e coordenando programas de educação ambiental em escolas,
empresas ou para o público em geral, através de material educativo, palestras sobre

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os temas ambientais. E com isso orientando os cidadãos sobre como ajudar o meio
ambiente e ensinando quais são as atitudes sustentáveis no seu dia a dia.

7.3 Certificação

É preciso que o gestor ambiental entenda sobre os processos a legislação e


licenciamento ambiental, pois ele é responsável por atualizar e controlar as licenças
que a lei exige:

Documento que autoriza a instalação do empreendimento ou atividade, de


acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes.

Por exemplo, para obter o certificado ISO 14000, a empresa precisa de todo o
processo de produção, descarga de poluentes e gestão de resíduos de acordo com a
legislação nacional e os padrões definidos pela ISSO, e o responsável por
implementar essas mudanças na empresa é o gestor ambiental.
Além de ajustar os procedimentos o gestor ambiental responsável pela
certificação, também precisa treinar toda a equipe de trabalho, acompanhando os
avaliadores durante as visitas à empresa e fiscalizando todas as áreas da empresa
para garantir o cumprimento das normas.

7.4 Geoprocessamento

Geoprocessamento nada mais é do que processar dados e informações


geográficas por meio de programas específicos, um exemplo é o Sistema de
Informação Geográfica - SIG. E essas informações são utilizadas pelo Gestor
Ambiental para a elaboração de projetos de ocupação humana; redes de
infraestrutura; gerenciamento urbano; entre outros.
O Sistema de Informação Geográfica tem importância na sua utilização por
causa da gestão de bacias hidrográficas; para o controle e monitoramento ambiental
de áreas de preservação; na elaboração de estudos de impacto ambiental; no
mapeamento da vegetação, etc.

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7.5 Extração de Recursos Naturais

O gestor ambiental supervisiona a extração de recursos naturais visando


garantir que a tecnologia utilizada seja a mais adequada, para assim, produzir o
mínimo impacto ao meio ambiente. Esse profissional acompanha o processo de
exploração dos recursos naturais, orientando que a técnica utilizada seja a mais
adequada, pois assim o meio ambiente sofrerá menos impacto.
Ele analisa a área a ser explorada e elabora planos de lavra para esses
recursos, identifica as técnicas a serem utilizadas, bem como as ações a serem
tomadas após a lavra, para reparar os danos. E nessa categoria entram as empresas
de água, petróleo, extração de pedras e minérios variados.

7.6 Elaboração de políticas públicas

Por exemplo, em órgãos públicos, como secretarias de governo, municípios e


secretarias estaduais de meio ambiente, os gestores ambientais podem formar
equipes para políticas públicas de restauração ambiental e planejamento geral.

7.7 Mercado de trabalho para o Gestor Ambiental

O mercado de trabalho dos gestores ambientais está em constante expansão


e eles buscam oportunidades em empresas públicas, privadas e ONGs,
desenvolvendo planos de responsabilidade socioambiental, regulamentando a
proteção ao meio ambiente, examinando, analisando e minimizando os impactos das
atividades produtivas. Você também pode atuar como um especialista independente,
aconselhando governos e empresas.

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8 A GESTÃO AMBIENTAL E OS IMPACTOS AMBIENTAIS

Fonte: https://bit.ly/3IbGhaN

Para implementar uma gestão ambiental vale lembrar que, primeiramente


consiste em identificar e gerenciar os aspectos e os impactos ambientais. E para
administrar uma empresa com ênfase na sustentabilidade, basicamente, é o mesmo
que dizer que se administra uma empresa economicamente viável, ambientalmente
correta e socialmente justa.
Para isso, há um método chamado GAIA - Gerenciamento de Aspectos e
Impactos Ambientais, que possibilita levantar quais são os impactos e aspectos
ambientais da organização e a forma para gerenciá-los da melhor forma. Esse método
tem os mesmos princípios da ISO 14001, que são: melhorias contínuas, a prevenção
da poluição e o atendimento à legislação.
Por definição, os fatores ambientais são todos os fatores que podem causar
algum tipo de mudança no meio ambiente, ou seja, são interações entre as operações
da empresa e o meio ambiente, sejam elas benéficas ou prejudiciais.
Impacto ambiental, como o nome indica, refere-se a todas as mudanças
possíveis no meio ambiente causadas pelas atividades de negócios de uma empresa.
Estão relacionadas a consequências, ou seja, relacionadas aos danos ou impactos de
fatores ambientais ao meio ambiente.
Para tanto, o CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), através da
Resolução 001/86, que conceitua da seguinte forma impacto ambiental:

24
“Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas
e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou
energia resultante de atividades humanas que, direta ou indiretamente,
afetem: a saúde, segurança e o bem-estar da população; as atividades
sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias e o meio
ambiente e a qualidade dos recursos ambientais”. (CONAMA, 2000)

Observe dois exemplos para melhor entendimento destes conceitos:

Porém, muitas são as situações relacionadas às coisas benéficas à natureza


que a empresa consome, produz ou emite. Por exemplo, captar água de rios para a
produção fabril é uma questão ambiental, mas se a empresa trata o esgoto e o
reaproveita em seus processos, isso terá um impacto positivo.

25
Após intercalar os dados da planilha, é feita uma análise global dos aspectos e
impactos sob a ótica do método FMEA (Failure Mode ans Effect Analysis, em
português, Análise de Modos de Falhas e Efeitos). Em seguida, ações serão geradas
para abordar todos os aspectos da empresa e todos os impactos ambientais.

26
O FMEA diz respeito à um método que é utilizado visando identificar, delimitar
e descrever as não conformidades geradas pelo processo das empresas (seus efeitos
e causas), para através da ação de prevenção poder diminuí-los ou eliminá-los.
As etapas de concepção do FMEA são:

De várias perspectivas, os aspectos ambientais são de suma importância em


relação aos impactos ambientais. Inicialmente, a gestão ambiental, previne dos riscos,
que são necessários, porque não se pode gerenciar o desconhecido.
A LAIA tem importância também para a gestão do risco operacional, pois o
desconhecimento ou não tratamento dos impactos ambientais pode ocasionar riscos
com potenciais ao meio ambiente.
Outro fator importante a considerar sobre o LAIA, é de fornecer aos
administradores e acionistas informações sobre os fatores ambientais da empresa e
os possíveis impactos econômicos de seu impacto. É claro que os acionistas sempre
querem saber o valor das possíveis responsabilidades ambientais relacionadas às
operações da empresa para realizar análises de gestão.
A investigação dos fatores e impactos ambientais pode ser realizada pelos
colaboradores próprios da empresa, desde que possuam conhecimentos de gestão
ambiental.

27
Porém, mais comumente, a LAIA é executada por uma empresa de consultoria
ambiental com experiência na área, pois se os aspectos e impactos principais
excluídos da lista, a empresa assumirá definitivamente a responsabilidade por si
mesma para o plano de processamento e ação, que é extremamente perigoso.

O cumprimento das legislações aplicáveis à organização é um dos parâmetros


utilizados para a realização de pesquisas de fatores e impactos ambientais. Para as
empresas que desejam obter uma certificação padrão, o LAIA é obrigatório.
No entanto, não são apenas as empresas que desejam ser certificadas que
precisam desse levantamento, ou melhor dizendo, as grandes empresas fazem a
apresentação do LAIA para firmar contrato com outras companhias. Pois, se ocorrer
algum acidente ambienta elas poderão sofrer responsabilização solidária pelos danos
causados.
A gestão de resíduos será um dos projetos mais estudados durante as
investigações ambientais e de impacto. Isso ocorre porque a forma como as empresas
gerenciam o transporte e o descarte de resíduos, geralmente tem algum impacto
ambiental. Se é positivo, como 100% de reciclagem de resíduos, ou negativo, como
incineração ou aterro.
A gestão desses resíduos, geralmente ocupa grande parte das planilhas de
resíduos e impactos ambientais. A melhor forma de minimizar o impacto ambiental
dos resíduos operacionais é, primeiramente, coletar todos os dados, processar as
informações e desenvolver um plano de ação para a destinação de cada resíduo.
Depois de investigar o impacto dos resíduos, a melhor maneira de tomar medidas para
melhorar o plano original para tratar os resíduos de uma forma mais ecológica é
gerando ações de melhoria nos planos.

28
A VG Resíduos pode auxiliar na investigação dos aspectos e impactos
ambientais dos resíduos gerados pela empresa por meio de relatórios detalhados
sobre cada tipo de resíduo gerado, transportado e descartado pela empresa.
Por meio desse sistema, é possível saber, por exemplo, quantos destinos foram
realizados no último período selecionado, a quantidade de cada lixo enviado, cada
tipo de forma de destino, para onde a empresa envia cada tipo de lixo e qual empresa
gera mais ou menos, quanto a empresa gasta (ou arrecada) em cada destino, etc.
Existem muitas opções de relatórios que auxiliam no gerenciamento de
resíduos. O mais interessante é que eles são gerados automaticamente sem
necessidade de fornecer novamente os dados de cada geração ao sistema. Basta
usar o sistema todos os dias e ele coletará automaticamente todas as informações
necessárias para gerar o relatório.
Portanto, o levantamento de aspectos é um fator de responsabilidade, além dos
impactos ambientais, que é um método importante para uma gestão ambiental eficaz.
O LAIA inclui o diagnóstico das condições ambientais da empresa e auxilia na tomada
de decisões, como já mencionado. A pesquisa pode ser realizada por meio de um
sistema especializado em gestão ambiental, como o software VG Resíduos.

29
8.1 Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA

Todo o processo de licenciamento ambiental começa na diretoria. Além disso,


é composto por: representantes dos governos federal, estadual e municipal,
empresários, organizações não governamentais e, demais membros da sociedade
civil organizada.
Sendo assim, fica claro que é o CONAMA que estabelece critérios e normas
para o licenciamento ambiental. Como também, para o estabelecimento de padrões
de controle da poluição ambiental, sendo que essas atribuições são exercidas por
meio de atos administrativos normativos chamados de “resoluções”.

8.2 Avaliação de Impacto Ambiental – AIA

30
A elaboração do estudo de impacto ambiental é apoiada por pesquisas
ambientais, que são elaboradas por uma equipe multidisciplinar que diagnostica, aula,
análise e avaliação dos possíveis impactos ambientais do projeto.
Portanto, uma Avaliação de Impacto Ambiental pode ser entendida como uma
ferramenta de planejamento ambiental, ou seja, uma atividade técnico-científica que
visa identificar, prever e explicar o impacto de um projeto no meio ambiente.
Apesar disso, em uma perspectiva mais ampla, o AIA pode ser visto como um
procedimento inserido no âmbito das políticas públicas nacionais. Nesse sentido, é
caracterizado por um conjunto de procedimentos, incluindo:

9 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PERTINENTE

Fonte: sanityconsultoria.com

31
As mudanças climáticas são resultado de ações humanas, principalmente
corporativas. Muitos deles não seguem boas práticas em seus processos produtivos
e colocam em risco o meio ambiente. Derramamentos de óleo no oceano, transporte
de gases poluentes e descarte derrotado de resíduos são alguns exemplos de danos
causados por empresas ao ecossistema. Para evitar esses danos, existe uma
legislação ambiental. A legislação ambiental inclui leis, decretos e soluções
destravadas a estabelecer regras para as operações da empresa e o comportamento
ambiental dos cidadãos. Essas disposições legais também estipulam atos ilegais e
penalidades em caso de violação da lei.
Municípios, governos estaduais e governos federais podem editar seus próprios
regulamentos ambientais. No entanto, os dois primeiros precisam seguir as diretrizes
em nível federal.
A legislação ambiental tem um papel muito importante no desenvolvimento
sustentável, por ser uma forma legal de exigir que as empresas ajustem suas práticas
para proteger os recursos naturais. Prevenindo assim, os danos à natureza e às
comunidades do entorno da base produtiva da organização, o cumprimento das
regulamentações ambientais beneficia diretamente a imagem da empresa. Os
consumidores estão cada vez mais atentos e, portanto, buscando comprar produtos
de empresas ecologicamente corretas.

São as leis ambientais que definem as normas e as violações que devem ser
compreendidas e praticadas por se tratar de regras. Por haver um processo de
mudança de comportamento na sociedade civil e no mundo dos negócios, que não
está apenas relacionado a possíveis penalidades legais, mas também em que todos
assumam uma postura de compartilhamento de responsabilidades para superar os
desafios ambientais que já vivenciamos.
O quadro abaixo apresenta duas leis que podem ser consideradas como
marcos em questões relativas ao meio ambiente:

32
Há outras leis de suma importância que necessitam ser citadas. Veja o quadro
abaixo, que especificará cada um:

33
34
Vale lembrar que, as leis aqui enumeradas, são apenas parte do Direito
Ambiental do País. Ainda possui inúmeras outras matérias como: decretos, atos
normativos e resoluções. Existe também, regulamentações de órgãos comprometidos
com o cumprimento da lei, como por exemplo o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) e o Ministério do Meio Ambiente.
Assim como é preciso ter conhecimento da legislação específica de cada
Estado, considerando que as normas que são estabelecidas pela legislação federal
ou estadual, são sempre aconselháveis optar pelas mais restritivas, visando assim,
não correr o risco de sofrer punições. Toda lei ambiental que integra a legislação
ambiental brasileira tem um objetivo. Por exemplo, a política nacional de resíduos
sólidos busca administrar os resíduos sólidos para evitar o descarte incorreto. Para

35
tanto, foram ferramentas de redução, reaproveitamento, reaproveitamento, tratamento
e destinação final ambientalmente correto. A Lei de Proteção dos Recursos Hídricos
visa proteger os corpos hídricos do país, etc. Para tanto, é evidente que os objetivos
da legislação ambiental brasileira se resumem em:

36
10 CONCEITO E NOÇÕES GERAIS DO DIREITO AMBIENTAL E SEUS
PRINCÍPIOS

Fonte: ambientelegal.com

A sociedade vive em um ambiente que resulta de suas próprias ações, e estas


geram impactos ambientais. Diante dessas leis, o direito ambiental surge para
proporcionar direitos e segurança à sociedade. Para Carvalho (2001, p. 126):

Direito ambiental é o conjunto de princípios, normas e regras destinados à


proteção preventiva do meio ambiente, à defesa do equilíbrio ecológico, à
conservação do patrimônio cultural e à viabilização do desenvolvimento
harmônico e socialmente justo, compreendendo medidas administrativas e
judiciais, com a reparação material e financeira dos danos causados ao meio
ambiente e aos ecossistemas, de um modo geral. SALDANHA., 2021

A necessidade de proteger o meio ambiente em que a sociedade se insere não


é nova, mas ganhou notoriedade quando foi afirmada pela Constituição Federal (BV)
de 1988 no artigo 225:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondose ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

O citado artigo mostra que a sociedade tem direito a um meio ambiente de


qualidade, mas também tem o dever de preservá-lo para as gerações futuras.
Segundo Mazzaroto e Berté (2013, p. 15):

37
É o meio ambiente que nos proporciona vida. É importante compreender que
o meio ambiente não é um simples objeto de pesquisa ou um armazém de
matérias-primas.[...] ele tem um significado muito maior e nós, seres
humanos, somos apenas uma parte desse contexto.

Por se tratar de um fator essencial para a existência da vida, surge a


necessidade de proteger esse direito. Em seu artigo de 2017, Silveira e Berté ilustram
um caso em que a degradação ambiental levou ao desaparecimento da civilização
local. O caso aconteceu na Ilha de Páscoa, onde viveu a civilização Rapa Nui, o local
sofreu com uma intensa exploração do meio ambiente devido ao desenvolvimento,
isso levou a migração da civilização devido à escassez de recursos naturais. Na visão
de Silveira e Berté (2017, p. 37):

A sociedade dá significados ao meio ambiente e aos recursos naturais em


função de sua condição histórica, porém não reconhecer o elo que tem com
a natureza torna rarefeitos os significados que podem ser atribuídos por meio
dessa relação. Quanto mais consciente de sua relação com o meio ambiente,
mais consciente de si mesma e de sua cultura estará a sociedade.

Nesse contexto, é necessário desenvolver uma relação saudável entre


sociedade, governo e empresas e o meio ambiente. Disso emerge o direito ambiental,
ramo do direito que possibilita regular esse equilíbrio. A Lei do Meio Ambiente entrou
em vigor na Constituição Federal de 1988 no citado artigo 225 e não abrange apenas
o meio ambiente, mas também assegura a proteção dos animais, bens culturais e
atividades que norteiam a atividade humana.
A CF introduziu a proteção dos valores ambientais em
e se caracteriza por ser um direito que vai além de um bem público ou privado, pois
vai além do direito tradicional e é classificado como direito difuso. Os direitos difusos
são classificados como tal porque não podem medir seu impacto se as questões forem
indefinidas. O direito vital ao ar puro pode ser usado como exemplo, mas seu alcance
não pode ser medido porque todos são afetados. Para Fiorillo (2021, p. 69):

O art. 225 estabelece quatro concepções fundamentais no âmbito do direito


ambiental: a) de que todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado; b) de que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado
diz respeito à existência de um bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, criando em nosso ordenamento o bem ambiental; c)
de que a Carta Magna determina tanto ao Poder Público como à coletividade
o dever de defender o bem ambiental, assim como o dever de preservá-lo; d)
de que a defesa e a preservação do bem ambiental estão vinculadas não só
à presentes como também às futuras gerações. SALDANHA., 2021

38
Nesse momento, o compromisso e a seriedade de exercer essa obrigação
imposta a todos é extremamente valioso, pois todos compartilham o mesmo ambiente
e as consequências afetam a todos. Ressalte-se que o artigo 225 do CF utiliza o termo
“todos” em sua composição. A palavra tudo se dirige não só ao homem, mas também
a tudo que tem vida. Portanto, os humanos são limitados em sua exploração dos
animais e da natureza. Como todos são protegidos pela própria CF
, há um conflito legal que leva a visões conflitantes.
Como exemplo, tome-se a farra do boi, questão abordada pelo STF no RE
153.5318, onde sua prática foi proibida por crueldade animal. Quando uma tradição
cultural é confrontada com ações que violam o direito imposto pelo artigo 225 da CF,
surge a questão de até onde a tradição cultural pode ir. O artigo 225 da CF é claro em
sua disposição quando afirma:
“Toda pessoa tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado
, bem de uso comum do ser humano e essencial à sadia qualidade de vida[...]”, de
modo que se pode dizer que as tradições culturais que produzem crueldade, tortura e
ilegalidade não se apresentam como elemento essencial da qualidade de vida. Assim,
o direito ambiental visa proteger cada vida e proteger o que é essencial para os seres
humanos. O advento da CF resultou na recepção da Lei 6.938/81, que tem como
objetivo o exposto no art. 2:

[...]tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade


ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à
proteção da dignidade da vida humana.

A Lei 6.938/81 é de extrema relevância, pois desenvolveu o funcionamento e


as diretrizes das políticas públicas em matéria ambiental. Apesar da existência desses
requisitos legais e do posicionamento do ordenamento jurídico, ainda existem conflitos
de entendimento sobre esse tema. Para que haja um equilíbrio entre esses
entendimentos há a existência de princípios básicos (SALDANHA., 2021).

10.1 Princípios do direito ambiental

Os princípios do direito ambiental não são apenas instrumentos que conduzem


a um sistema saudável entre a sociedade e o meio ambiente, mas também visam
orientar e promover a consolidação da proteção ambiental. Para Fiorillo (2021, p. 87):

39
Aludidos princípios constituem pedras basilares dos sistemas políticojurídicos
dos Estados civilizados., sendo adotados no Brasil e internacionalmente
como fruto da necessidade de uma ecologia equilibrada 10 e indicativos do
caminho adequado para a proteção ambiental, em conformidade com a
realidade social e os valores culturais de cada Estado.

Os princípios do direito ambiental orientam e regem sua correta execução.


Princípio do Desenvolvimento Sustentável. Este princípio engloba o uso sustentável
dos recursos ambientais de forma a atender às necessidades da sociedade e das
gerações futuras. O termo desenvolvimento sustentável tem sua origem no relatório
Brundtland (Our Common Future de 1987), realizado pela Comissão Mundial sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento, onde foi definido que desenvolvimento sustentável
é:
Aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades. Ele
contém dois conceitos-chaves: O conceito de “necessidades”, sobretudo as
necessidades essenciais dos pobres do mundo, que devem receber a máxima
prioridade; A noção das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social
impõe ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e
futuras.

Até os anos 1980 o termo sustentável era mais utilizado por profissionais da
área ambiental como referência a um ecossistema que permanece robusto e
estável (resiliente), apesar de agressões decorrentes da exploração humana.
Por exemplo, pesca sustentável é aquela que não compromete a reprodução
dos cardumes, isto é, não afeta a sua estrutura enquanto nicho ecológico.

O Relatório Brundtland publicou dados alarmantes sobre a necessidade de


mudança ambiental, como conciliar crescimento e desenvolvimento sem
consequências ambientais. Este relatório é baseado nas políticas públicas, ou seja,
nas ações do Estado. Relatório sobre o conteúdo do relatório “Nosso Futuro Comum”:

O mundo deve desenhar, rapidamente, estratégias que permitam que as


nações saiam de seu processo de crescimento e desenvolvimento atual,
geralmente destrutivo, em direção ao desenvolvimento sustentável. Isso vai
exigir uma orientação das políticas [públicas] em todos os países, tanto no
que diz respeito ao próprio desenvolvimento e a seus impactos sobre o
desenvolvimento de outras nações.

Tal estratégia para alcançar o desenvolvimento sustentável requer ação de


governos, empresas e sociedade. O Relatório Brundtland foi o ponto de partida para
trazer o tema para mais debates internacionais e também para ganhar visibilidade e

40
foco necessários para a implementação do plano estratégico. Para atingir as metas
propostas em anos anteriores, a ONU promoveu a Agenda 21, lançada na Rio 92.
Segundo Pereira, Silva e Carbonari (2011, p. 72) a Agenda 21:

[...] foi concebida como um plano de ação para ser adotado nos níveis
internacional, nacional e local, envolvendo diversos tipos de atores sociais
(governos, empresas, organismos internacionais e Organizações Não
Governamentais) que podem cooperar para a solução dos problemas
socioambientais.

Esta conferência encorajou e provocou o compromisso de todos com o


desenvolvimento sustentável. Portanto, os Estados devem tomar medidas que
possam representar resultados efetivos do desenvolvimento sustentável.
O desenvolvimento sustentável, para ser efetivo, deve ser composto por ações
de governo, empresas e pessoas, pois pequenas ações como reciclagem, redução de
resíduos e atitudes conscientes geram resultados de longo prazo, daí surgirá o
conceito principal de desenvolvimento sustentável.
Em recente conferência realizada pela ONU em 1997 para avaliar os resultados
dos planos elaborados em 1992, concluiu-se que esses resultados eram pouco
visíveis e que era necessário um plano que pudesse concretizar e colocar em prática
o desenvolvimento sustentável. Diante dos resultados analisados, a Agenda 2030 da
ONU foi criada em 2015, onde 193 países se reuniram e estabeleceram 17 metas
fundamentais para alcançar um desenvolvimento verdadeiramente sustentável, pois
cada meta deve ser alcançada para que seja considerada uma meta, são exibidos no
site da ONU:

Objetivo 1: Erradicação da pobreza – Acabar com a pobreza em todas as


suas formas, em todos os lugares; Objetivo 2: Fome zero e agricultura
sustentável – Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria
da nutrição e promover a agricultura sustentável; Objetivo 3: Saúde e bem-
estar – Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em
todas as idades; Objetivo 4: Educação de qualidade – Assegurar a educação
inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de
aprendizagem ao longo da vida para todos; Objetivo 5: Igualdade de gênero
– Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;
Objetivo 6: Água potável e saneamento – Assegurar a disponibilidade e
gestão sustentável da água e saneamento para todos; Objetivo 7: Energia
limpa e acessível – Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a
preço acessível à energia para todos; Objetivo 8: Trabalho decente e
crescimento econômico – Promover o crescimento econômico sustentado,
inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para
todos; Objetivo 9: Indústria, inovação e infraestrutura – Construir
infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável
e fomentar a inovação; Objetivo 10: Redução das desigualdades – Reduzir a
desigualdade dentro dos países e entre eles; Objetivo 11: Cidades e

41
comunidades sustentáveis – Tornar as cidades e os assentamentos humanos
inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; Objetivo 12: Consumo e
produção responsáveis – Assegurar padrões de produção e de consumo
sustentáveis; Objetivo 13: Ação contra a mudança global do clima – Tomar
medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos;
Objetivo 14: Vida na água – Conservação e uso sustentável dos oceanos,
dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;
Objetivo 15: Vida terrestre – Proteger, recuperar e promover o uso
sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as
florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e
deter a perda de biodiversidade; Objetivo 16: Paz, justiça e instituições
eficazes – Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o
desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e
construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis;
Objetivo 17: Parcerias e meios de implementação – Fortalecer os meios de
implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento
sustentável;

Esses objetivos apenas serão alcançados com a consciência de todos, desde


o micro até macro, com a cooperação entre os povos, para que assim possa ocorrer
o real desenvolvimento sustentável com resultados permanentes (SALDANHA.,
2021).

Princípio do Poluidor-Pagador

Tal princípio pode ser visto como reparador dos danos ambientais, tanto quanto
possível. É importante ressaltar que esse princípio exime da obrigação de manter e
reparar os danos causados ao meio ambiente, mas isso não significa que haja direito
à sua deterioração. Para Fiorillo (2021, p. 109):

É correto afirmar que o princípio do poluidor-pagador determina a incidência


e aplicação de alguns aspectos do regime jurídico da responsabilidade civil
aos danos ambientais: a) a responsabilidade denominada “civil” objetiva; b)
prioridade da reparação específica de dano ambiental; e c) solidariedade para
suportar os danos causados ao meio ambiente.

A Constituição Federal de 1988 prevê esse princípio no Art. 225, § 3º e no Art.


170: “§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente incorrem
em sanções penais e administrativas contra os autores, pessoas físicas ou jurídicas,
independentemente de a obrigação de repará-los dos danos sofridos.

” Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano


e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme
os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...] VI -
defesa do meio ambiente;

42
Este tema já foi abordado pelo STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade
3.378-6-DF de 2008, com a seguinte decisão:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 36 E SEUS §§ 1º, 2º


E 3º DA LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. CONSTITUCIONALIDADE
DA COMPENSAÇÃO DEVIDA PELA IMPLANTAÇÃO DE
EMPREENDIMENTOS DE SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL.
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL DO § 1º DO ART. 36. 1. O
compartilhamento-compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº
9.985/2000 não ofende o princípio da legalidade, dado haver sido a própria
lei que previu o modo de financiamento dos gastos com as unidades de
conservação da natureza. De igual forma, não há violação ao princípio da
separação dos Poderes, por não se tratar de delegação do Poder Legislativo
para o Executivo impor deveres aos administrados. 2. Compete ao órgão
licenciador fixar o quantum da compensação, de acordo com a compostura
do impacto ambiental a ser dimensionado no relatório - EIA/RIMA. 3. O art.
36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o princípio usuáriopagador, este a significar
um mecanismo de assunção partilhada da responsabilidade social pelos
custos ambientais derivados da atividade econômica. 4. Inexistente
desrespeito ao postulado da razoabilidade. Compensação ambiental que se
revela como instrumento adequado à defesa e preservação do meio ambiente
para as presentes e futuras gerações, não havendo outro meio eficaz para
atingir essa finalidade constitucional. Medida amplamente compensada pelos
benefícios que sempre resultam de um meio ambiente ecologicamente
garantido em sua higidez. 5. Inconstitucionalidade da expressão "não pode
ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação
do empreendimento", no § 1º do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. O valor da
compensação-compartilhamento é de ser fixado proporcionalmente ao
impacto ambiental, após estudo em que se assegurem o contraditório e a
ampla defesa. Prescindibilidade da fixação de percentual sobre os custos do
empreendimento. 6. Ação parcialmente procedente. (STF - ADI: 3378 DF,
Relator: CARLOS BRITTO, Data de Julgamento: 09/04/2008, Tribunal Pleno,
Data de Publicação: DJe-112 DIVULG 19-06- 2008 PUBLIC 20-06-2008
EMENT VOL-02324-02 PP-00242).

Essa decisão, baseada no princípio do poluidor-pagador, prevê que esse


princípio é composto não apenas pela necessidade de reparação do dano, mas
também pela responsabilidade de arcar com os custos de manutenção e preservação
do meio ambiente afetado por tal dano ambiental. Essa decisão também assumiu
importantes proporções em uma interpretação legítima desse dever imposto a todos,
o que possibilitou a assinatura desse princípio perante a Constituição Federal
. Portanto, quem é responsável pelas atividades e ações que causam ou podem
causar danos ao meio ambiente deve ser quem deve pagar pelos gatos, seja por meio
de remediação ou prevenção. O único responsável pela reparação do dano causado
é aquele que o causou e esta obrigação não recai sobre nenhum terceiro, seja o
Estado ou a sociedade. Para Machado (2004, p. 54):

O princípio do usuário-pagador não é uma punição, pois mesmo não existindo


qualquer ilicitude no comportamento do pagador ele pode ser implementado.

43
Assim, para tornar obrigatório o pagamento pelo uso do recurso ou pela sua
poluição não há necessidade de ser provado que o usuário e o poluidor estão
cometendo faltas ou infrações. O órgão que pretenda receber o pagamento
deve provar o efetivo uso do recuso ambiental ou a sua poluição. A existência
de autorização administrativa para poluir, segundo as normas de emissão
regularmente fixadas, não isenta o poluidor de pagar pela poluição por ele
causada.

Neste contexto, pode-se dizer que o princípio do poluidor-pagador tem como


finalidade a prevenção e a reparação. Assim, o princípio que polui paga mais de uma
finalidade, evocando a ação estatal nas políticas públicas, a prevenção pelo usuário e
a conscientização da sociedade, uma vez que uma ação que causa dano atinge não
apenas o usuário, mas todos que o fazem usufruírem do entorno. (SALDANHA.,
2021).

Princípio da Prevenção

Há danos ambientais que podem ser irreparáveis ou irreversíveis, para que tal
deterioração não ocorra, ressalta-se o princípio da prevenção. A Constituição Federal
garante em seu texto a obrigação de todos de evitar o meio ambiente na acepção do
Art. 225 caput. Este princípio coloca em prática a prevenção de danos intencionais ou
desastres que são conhecidos por ocorrer. Em um exemplo prático, construindo um
negócio e uma área a ser desmatada, a causa desse dano precisa tomar medidas que
forneçam esses dados ou minimizem ao máximo, e uma dessas ações pode ser o
plantio de árvores em áreas desmatadas. Segundo Machado (2002, p. 67) baseia-se
no princípio da prevenção:

1º- identificar, inventariar espécies animais e vegetais de um determinado


território, visando conservação e controle da poluição; 2º- identificar e
inventariar ecossistemas, elaborando o mapa ecológico; 3º- realizar o
planejamento ambiental e econômico integrados; 4º- ordenamento territorial
ambiental para valorização das áreas com sua aptidão; 5º- realizar o estudo
de impacto ambiental.

Nesse contexto, o princípio da precaução protege o meio ambiente de perigos


já reconhecidos e conhecidos, apesar de todos os avanços tecnológicos e aceleração
do consumo. Ainda segundo Machado (2013, p. 123):

A aceitação do princípio da prevenção não para somente no posicionamento


mental a favor de medidas ambientais acauteladoras. O princípio da
prevenção deve levar à criação e à prática de política pública ambiental,
através de planos obrigatórios.

44
Com o conhecimento do mal ou perigo que isso pode representar para a
sociedade, fica fácil agir e não precisa sofrer a necessidade de recuperação. Nesse
sentido, o direito ambiental tem como objetivo fundamental a prevenção de danos
ambientais.
Princípio da precaução
Embora este princípio seja equivalente ao anterior, eles são diferentes entre si
e são aplicados de formas diferentes no campo jurídico. Segundo Bonjardim e Aguiar
(2010, p. 111):

O princípio da precaução designa ações de proteção contra o perigo abstrato


ambiental, ou seja, em momento anterior à identificação da lesão, em
atividade cujos efeitos danosos ainda não estão determinados pela ciência e
tecnologia, mas há verossimilhança da produção de tais efeitos nocivos, ou
seja, há a potencialidade de dano, cuja ocorrência não se pretende arriscar.
Seu conteúdo exige que as autoridades responsáveis façam a gestão
ambiental da atividade, avaliando os riscos e deferindo sua atuação ou
abstenção com o intuito de impedir a agressão ambiental.

A Declaração do Rio de 1992 incluiu esse princípio em seu texto como um dos
fundamentos para alcançar seus objetivos. O Princípio 15 da Declaração, que leva em
conta este princípio, implica a existência de medidas governamentais. O texto afirma
(1992, p. 5): Para proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser
amplamente observado pelos Estados em conformidade com os dois poderes.
Quando houver ameaça de dano grave ou irreversível, a falta de certeza científica
absoluta não deve ser utilizada como razão para retardar a adoção de medidas
efetivas e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental. Machado
em sua obra Direito Ambiental Brasileiro cita a visão do autor Marchisiso (2011, p. 69):

O princípio da precaução emergiu nos últimos anos como um instrumento de


política ambiental baseado na inversão do ônus da prova: para não adotar
medida preventiva ou corretiva é necessário 17 demonstrar que certa
atividade não danifica seriamente o ambiente e que essa atividade não causa
dano irreversível.

Este princípio não deve ser visto como um obstáculo ao desenvolvimento e


progresso, mas sim como um aliado na garantia da qualidade de vida e da segurança
desse direito.

Princípio da Participação

45
Um meio ambiente saudável e equilibrado é um direito de todos, mas também
a obrigação de mantê-lo. Esta obrigação de cada parte não implica obrigação do poder
público e da sociedade em geral, conforme previsto no artigo 225.º da CF. Este
princípio também é apoiado pelo Princípio 10 da Declaração da Rio 92, que afirma
(1992, p. 4):

A melhor maneira de tratar as questões ambientais é assegurar a


participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível
nacional, cada indivíduo terá acesso adequado às informações relativas ao
meio ambiente de que disponham as autoridades públicas, inclusive
informações acerca de materiais e atividades perigosas em suas
comunidades, bem como a oportunidade de participar dos processos
decisórios. Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a
participação popular, colocando as informações à disposição de todos. Será
proporcionado o acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos,
inclusive no que se refere à compensação e reparação de danos. (Grifo
nosso)

É óbvio dizer que a vida depende de um meio ambiente saudável e equilibrado,


pois sem a existência de recursos naturais não haveria sequer a possibilidade de
sobrevivência e desenvolvimento. Portanto, para a existência de todos, é necessária
a participação de todos para o cumprimento deste princípio. O inciso VI do artigo 225
da CF enfatiza que o Estado: “deve promover a educação ambiental em todos os
níveis de ensino e conscientizar os cidadãos para a conservação do meio ambiente”;
São pequenos atos que podem levar à restauração ambiental, não só no presente,
mas também impactar as gerações futuras. O objetivo é obter resultados que durem
para sempre. Para Fiorillo (2021, p. 135): 18

Ao falarmos em participação, temos em vista a conduta de tomar em alguma


coisa, agir em conjunto. Dadas a importância e a necessidade dessa ação
conjunta, esse foi um dos objetivos abraçados pela nossa Carta Magna, no
tocante à defesa do meio ambiente.

Diante isto, é necessária uma ação do Estado, para promover a efetivação


deste princípio. Pode-se usar como exemplo a educação ambiental à nível nacional,
para que assim seja cultivado desde cedo nas raízes este princípio. Ainda segundo
Fiorillo (2021, p. 137):

Educar ambientalmente significa: a) reduzir os custos ambientais, à medida


que a população atuará como guardiã do meio ambiente; b) efetivar o
princípio da prevenção; c) fixar a ideia de consciência ecológica, que buscará
sempre a utilização de tecnologias limpas; d) incentivar a realização do
princípio da solidariedade, no exato sentido perceberá que o meio ambiente
é único, indivisível e de titulares indetermináveis, devendo ser justa e

46
distributivamente acessível a todos; e) efetivar o princípio da participação,
entre outras finalidades.

É a união de cidadãos e Estado com atos geradores de recuperação e


precaução que garantirão a garantia ao meio ambiente de qualidade.

Princípio da Informação

Este princípio caminha lado a lado ao princípio da participação, pois se


complementam. No princípio 10 da Declaração Rio 92, já citado, expressa-se este
princípio (1992, p. 4): [...]

No nível nacional, cada indivíduo terá acesso adequado às informações


relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas,
inclusive informações acerca de materiais e atividades perigosas em suas
comunidades, bem como a oportunidade de participar dos processos
decisórios. Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a
participação popular, colocando as informações à disposição de todos. Será
proporcionado o acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos,
inclusive no que se refere à compensação e reparação de danos. (Grifo
nosso)

O Estado deve, portanto, ser o fiador de todas as informações ambientalmente


relevantes, uma vez que todos estão interessados nela. Com as informações
necessárias, os cidadãos sabem quais ações tomar e criam uma maior consciência
das ações que estão sendo tomadas.. Segundo Fiorillo (2021, p. 136):

Ressalta-se ainda que a informação ambiental é corolário do direito de ser


informado, previsto nos arts. 220 e 221 da Constituição Federal.
O citado art. 220 engloba não só o direito à informação, mas também o direito
a ser informado (faceta do direito de antena), que se mostra como um direito
difuso, sendo, por vezes, um limitador da liberdade de informar.

Ainda seguindo a lei, há a Lei 6.938/81 em seu parágrafo 9 e incisos VII e XV


citam esse direito:

Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: [...] VII - o


sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; [...] XI - a garantia
da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o
Poder Público a produzí-las, quando inexistentes;

O acesso à informação tira a venda da ignorância do cidadão e permite que ele


aja antes que o dano seja irreversível.

47
Princípio da Cooperação entre os Povos

Para alcançar um equilíbrio ambiental global que permita que todos se


desenvolvam em pé de igualdade, é necessária a cooperação entre os povos.
Este princípio é fortemente enfatizado na Declaração Rio 92, conforme abaixo
(1992, p. 2):

5. Todos os Estados e todas as pessoas deverão cooperar na tarefa essencial


de erradicar a pobreza como requisito indispensável do desenvolvimento
sustentável, a fim de reduzir as divergências nos níveis de vida e responder
melhor às necessidades da maioria dos povos do mundo. 6. Dever-se-á dar
especial prioridade à situação e as necessidades especiais dos países em
desenvolvimento, em particular os países menos adiantados e os mais
vulneráveis desde o ponto de vista ambiental. Nas medidas internacionais
adotadas com respeito ao meio ambiente e ao desenvolvimento, também
dever-se-iam ter em conta os interesses e as necessidades de todos os
países.
7. Os Estados deverão cooperar com espírito de solidariedade mundial para
conservar, proteger e restabelecer a saúde e a integridade do ecossistema
da Terra. Considerando que têm contribuído em diferente medida à
degradação do meio ambiente mundial, os Estados têm 20 responsabilidades
comuns mas diferenciadas.
Os países desenvolvidos reconhecem a responsabilidade que lhes cabe na
busca internacional do desenvolvimento sustentável, em vista das pressões
que suas sociedades exercem no meio ambiente mundial e das tecnologias
e dos recursos financeiros de que dispõem.

Para que haja pleno desenvolvimento global e um meio ambiente saudável e


de qualidade para todos, deve haver cooperação, apoio e empatia entre os Estados,
pois nem todos dispõem de recursos e estruturas para oferecer e usufruir. Isso
significa não apenas ter meios materiais sólidos, mas também conhecimentos,
conselhos e informações para que as pessoas possam caminhar juntas sem prejuízo
de um Estado. (SALDANHA., 2021).

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