Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Controle da Prevenção
Ambiental
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Fundamentos de
Controle da Prevenção
Ambiental
Brasília
2010
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor.
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis
L533f
Leite, José Roberto de Souza de Almeida
Fundamentos de controle da prevenção ambiental / José Roberto
de Souza de Almeida Leite. Brasília: SENAI/DN, 2010.
79p. : il. color ; 30 cm.
Inclui bibliografias.
CDU 504
Apresentação do curso.................................................................................. 07
Plano de estudos............................................................................................. 09
Unidade 1: Introdução à Questão Ambiental........................................ 11
Unidade 2: A Questão Ambiental no Âmbito da Economia.............. 23
Unidade 3: Plano de Controle Ambiental................................................... 33
Unidade 4: Reciclagem da Matéria e Fluxo de Energia............................. 45
Unidade 5: Crescimento Populacional, Biodiversidade e Controle
Ambiental............................................................................................................. 61
Conhecendo o autor ..................................................................................... 73
Referências ....................................................................................................... 75
Apresentação
do Curso
Prezado aluno, seja bem-vindo ao curso Fundamen-
tos de Controle da Prevenção Ambiental!
7
Plano de
Estudos
Carga horária
20 horas
Ementa
Introdução à Questão Ambiental: Reflexão sobre
desenvolvimento e meio ambiente; estabelecimento
de relações entre a questão ambiental e os resíduos
industriais. A Questão Ambiental no Âmbito da Eco-
nomia: estabelecimentos de relações entre econo-
mia ambiental e economia ecológica; caracterização
da economia ambiental; caracterização da econo-
mia ecológica; reflexão acerca da economia eco-
lógica e a Terceira Revolução Industrial. Estudo do
Plano de Controle Ambiental (PCA); reflexões acerca
de aquicultura e piscicultura. Reciclagem da Matéria
e Fluxo de Energia: a relação entre a energia solar
e os seres vivos; explicitação do fluxo de energia;
definição de cadeia alimentar; definição de produti-
vidade primária; estudo dos ciclos biogeoquímicos
e da reciclagem da matéria na Terra. Crescimento
Populacional, Biodiversidade e Controle Ambiental:
considerações acerca do crescimento populacional;
aspectos acerca da Teoria populacional malthusiana
e da Teoria populacional neomalthusiana; estabe-
lecimento das bases teporicas de Ecologia e cresci-
mento populacional; estabelecimento de relações
entre as projeções populacionais e econômicas e
seus impactos sobre a pobreza e o meio ambiente.
9
Capacitação Ambiental
Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
10
Introdução à
Questão Ambiental 1
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você terá subsídios para:
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, as seguintes aulas:
11
Capacitação Ambiental
Para Iniciar
Você está iniciando a primeira unidade do curso Fundamentos de Con-
trole da Prevenção Ambiental. Nesta etapa, você estudará de que forma
o desenvolvimento e os resíduos industriais afetam o meio ambiente.
Aula 1:
Desenvolvimento e meio
ambiente
Nesta aula, você estudará o desenvolvimento e suas consequências ao meio
ambiente.
Pergunta
Você sabe o que é meio ambiente?
É tudo que está à sua volta: fauna, flora, ar, solo e água, que permitem o desen-
volvimento, pois oferecem os recursos necessários para a sobrevivência.
12
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Unidade 1 13
Capacitação Ambiental
Silva (2009, p. 20) afirma que o desenvolvimento pode ser alcançado através do
desenvolvimento sustentável, um programa que satisfaz hoje as necessidades
dos indivíduos, sem destruir os recursos que serão necessários no futuro, base-
ado em planejamento a longo prazo e no reconhecimento de que, para manter
o acesso aos recursos que tornam a nossa vida diária possível, devemos admitir
os limites de tais recursos.
Reflita
A exploração inadequada dos recursos naturais, sem um plano de manejo
adequado, tem causado a extinção de centenas de espécies da fauna
brasileira. De acordo com a lista do IBAMA, lançada no dia 22 de maio
de 2003, existem cerca de 400 espécies em vias de extinguir-se e oito já
extintas.
14
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Colocando em Prática
Nesta aula, você estudou de que forma o desenvolvimento afeta o
meio ambiente. Agora acesse o AVA e realize a atividade de aprendi-
zagem. Em caso de dúvida, leia a aula novamente ou entre em contato
com seu tutor.
Aula 2:
A questão ambiental e os
resíduos industriais
Nesta aula, você vai estudar o que são resíduos industriais e o que eles causam
ao meio ambiente.
Pergunta
O que são resíduos industriais?
Unidade 1 15
Capacitação Ambiental
Ainda de acordo com Leripio (2004), nos EUA, o grande volume de lixo gerado
pela sociedade está fundamentado no famoso american way of life, que associa
a qualidade de vida ao consumo de bens materiais. Esse padrão de vida alimen-
ta o consumismo, incentiva a produção de bens descartáveis e difunde a utili-
zação de materiais artificiais. Na Europa, a situação dos resíduos é caracterizada
por uma forte preocupação em relação à recuperação e ao reaproveitamento
energético.
O Brasil produz, atualmente, cerca de 230 mil toneladas de lixo por dia, segun-
do pesquisa de saneamento básico consolidada pelo IBGE em 2000. O chamado
lixo domiciliar equivale a pouco mais da metade desse volume, ou seja, 125 mil
toneladas diárias. Do total de resíduos descartados em residências e indústrias,
apenas 4300 toneladas, ou aproximadamente 2% do total, são destinadas à co-
leta seletiva. Quase 50 mil toneladas de resíduos são despejadas todos os dias
em lixões a céu aberto, o que representa um risco à saúde e ao ambiente.
16
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Veja a classificação dos resíduos, segundo a Ambiente Brasil S/A Ltda. (2010):
Características físicas:
Composição química:
Unidade 1 17
Capacitação Ambiental
Origem:
18
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Unidade 1 19
Capacitação Ambiental
Resíduos industriais
Reflita
O consumo habitual de água e alimentos – como peixes de água doce
ou do mar – contaminados com metais pesados coloca em risco a saúde
das pessoas. As populações que moram em torno das fábricas de baterias
artesanais, indústrias de cloro-soda que utilizam mercúrio, indústrias
navais, siderúrgicas e metalúrgicas correm risco de serem contaminadas.
Colocando em Prática
Você chegou ao final da primeira unidade! Caso tenha ficado com dúvi-
das, retorne ao conteúdo e entre em contato com seu tutor, pois cer-
tamente ele ajudará você. Agora, acesse o AVA e realize as atividades
para testar seus conhecimentos!
Relembrando
Nesta unidade, você aprendeu que é preciso pensar em um desenvol-
vimento sustentável para que as gerações futuras possam usufruir das
mesmas coisas que a atual geração.
20
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Você estudou que o Brasil produz, atualmente, cerca de 230 mil tone-
ladas de lixo por dia e que o chamado lixo domiciliar equivale a pouco
mais da metade desse volume, ou seja, 125 mil toneladas diárias.
Saiba Mais
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, acesse os se-
guintes sites:
<www.amazonia.org.br>
<www.biologo.com.br>
<www.ibama.gov.br>
<www.ipam.org.br>
<www.socioambiental.org>
Alongue-se
Antes de partir para a próxima unidade, tente descansar um pouco sua
mente. Dê um passeio, faça um lanche leve. Quando sentir-se relaxado,
retome seus estudos com bastante atenção.
Unidade 1 21
A Questão
Ambiental no
Âmbito da
Economia
2
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você terá subsídios para:
Analisar
a questão ambiental no âmbito da
economia.
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, as seguintes aulas:
23
Capacitação Ambiental
Para Iniciar
Esta aula será voltada ao estudo da economia e ecologia, duas áreas
que estão muito próximas atualmente. Você vai observar de que forma
o crescimento econômico de diversos países, acompanhado por um
grande aumento da população mundial, pode afetar o meio ambiente.
Aula 1:
Economia ambiental e
economia ecológica
Nesta aula, você vai ver que o atendimento das demandas geradas pelo cresci-
mento econômico e a ampliação das necessidades de consumo da população
dão uma nova dinâmica ao contexto de exploração do meio ambiente.
Segundo Souza (2008), com o passar do tempo, níveis de renda, hábitos e cul-
turas vão se modificando, o que leva à alteração e ao aumento dos padrões de
consumo. Constantes mudanças trazem a necessidade de adaptações – econô-
mica social e política – e geram alterações no ambiente, sendo que essas adap-
tações também provocam outras mudanças ambientais.
Reflita
Os efeitos gerados pela manutenção do atual padrão de consumo
sustentado pelo homem tornam cada vez mais evidentes sua
inviabilidade.
24
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
“A Economia Ambiental e a
Economia Ecológica são correntes
metodológicas que buscam
interpretar o problema ambiental
e determinar ações que busquem
resultados eficientes, partindo
de considerações acerca das
características de tais recursos”.
Aula 2:
Economia
ambiental
A principal discussão proposta pela economia
ambiental refere-se ao desenvolvimento de me-
canismos que objetivem a alocação eficiente dos
recursos naturais.
Valor de uso (VU): reflete o uso direto dos recursos ambientais. Como
exemplo, temos o valor dos peixes retirados dos rios, a madeira retirada da
floresta, a água extraída para a irrigação, a beleza de uma cena conferida
por uma bela vista.
Valor de opção (VO): reflete a disposição das pessoas a utilizar o recurso no
futuro, deixando de utilizá-lo no presente.
Valor de não uso (VNU), ou valor de existência (VE): tem-se como o valor
derivado da satisfação que as pessoas obtêm pelo simples fato de que um
recurso natural existe e está sendo preservado. Para a determinação de tais
valores, devem ser aplicadas técnicas de valoração econômica ambiental.
Hufschmidt et al. (1983) apresentam alguns dos métodos utilizados para a
valoração monetária de recursos naturais.
Custos de Viagem
Perda de Salários/
Aceitação
de Jogos de Leilão
Lucros
Compensação
Questionamento Direto
Valoração de de Escolha de Quanti-
Custos: dade (estimar indireta-
mente a DAP):
Gastos de
Reposição Métodode Escolha
Custos de Sem Custo
Reposição
Fonte: Adaptado de Nogueira et al., 2000
26
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Aula 3
Economia ecológica
Conforme Souza (2008), a economia ecológica parte do princípio de que, além
de alocar de forma eficiente os recursos, conforme defendido pela economia
ambiental, um sistema econômico deveria tratar da distribuição justa e da esca-
la de utilização desses recursos.
Unidade 2 27
Capacitação Ambiental
Dica
Acesse <http://www.ecoeco.org.br/conteudo/ecoeco/ecoeco.htm> para
ler o texto de Economia Ecológica, de Maurício de Carvalho Amazonas, no
qual ele relaciona vários aspectos sobre economia ecológica.
Aula 4:
Economia ecológica
exigirá Terceira Revolução
Industrial
Para iniciar esta aula, reflita acerca das palavras do secretário executivo do
Ministério do Meio Ambiente da Alemanha, Matthias Machnig, ditas durante o
Congresso Ecogerma 2009:
28
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Ecologia econômica
Segundo o cientista Romero (2010, p. 1),
Nesse cenário, Machnig estima que os serviços ecológicos estejam cada vez
mais próximos da economia. As emissões anuais de dióxido de carbono (CO2)
chegam ao patamar dos 28 bilhões de toneladas, e estimativas indicam que, em
2050, serão, pelo menos, 60 bilhões de toneladas emitidas na atmosfera.
Unidade 2 29
Capacitação Ambiental
Essa figura traz informações sobre os países do mundo que mais emitem gás
carbônico (CO2) e contribuem para o aumento da temperatura no planeta.
Atenção
Na antiguidade, quando não existiam equipamentos eficientes de
medida, as pessoas atribuíam os fenômenos da natureza a um desejo
divino. Acreditava-se que tudo fosse obra e vontade dos deuses,
portanto, os seres vivos não teriam controle sobre tais fenômenos. Ao
longo do tempo, muitas e diferentes explicações foram dadas a essas
inquietações. Acreditava-se que existiam, no interior da Terra, grandes
reservatórios de água, sendo que os maiores formariam rios, e os
menores, dariam origem a lagos e córregos. Acreditava-se, também,
que deuses e deusas carregavam grandes potes e derramavam água
para formar rios. Aristóteles, que viveu três séculos antes de Cristo, não
concordava com essas ideias e dizia que, se os rios tivessem sua origem
no interior da Terra, não haveria depósitos com volumes suficientes para
30
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Colocando em Prática
Você chegou ao final da segunda unidade! Caso tenha ficado com dúvi-
das, retorne ao conteúdo e entre em contato com seu tutor, pois cer-
tamente ele ajudará você. Agora, acesse o AVA e realize as atividades
para testar seus conhecimentos!
Relembrando
Nesta unidade, você aprendeu que o atendimento das demandas ge-
radas pelo crescimento econômico e a ampliação das necessidades de
consumo da população dão uma nova dinâmica ao contexto de explo-
ração do meio ambiente.
Unidade 2 31
Capacitação Ambiental
Saiba Mais
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta unidade, veja, a
seguir, algumas obras que podem ser lidas.
Alongue-se
Preparado para seguir seus estudos? Caso ainda não esteja, que tal as-
sistir a um filme para relaxar? Quando você se sentir descansado, seus
estudos certamente renderão mais!
32
Plano de Controle
Ambiental 3
Objetivos do Aprendizagem
Ao final desta unidade, você terá subsídios para:
Avaliar os tipos de Plano de Controle Am-
biental.
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, as seguintes aulas:
33
Capacitação Ambiental
Para Iniciar
Aula 1:
Plano de Controle
Ambiental (PCA)
Nesta aula, vamos estudar o Plano de Controle Ambiental, que chamaremos de
PCA daqui em diante.
Pergunta
Você já sabe o que é PCA?
34
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Pergunta
O que é o Conama?
Unidade 3 35
Capacitação Ambiental
36
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Estabelecer,
mediante proposta do IBAMA, dos demais órgãos integrantes
do SISNAMA e de Conselheiros do Conama, normas e critérios para o licen-
ciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser conce-
dido pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios e
supervisionado pelo referido instituto.
Determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternati-
vas e das possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou priva-
dos, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais e às entidades
privadas informações, notadamente as indispensáveis à apreciação de
Estudos Prévios de Impacto Ambiental e respectivos Relatórios, no caso de
obras ou atividades de significativa degradação ambiental, em especial nas
áreas consideradas patrimônio nacional.
Decidir,após o parecer do Comitê de Integração de Políticas Ambientais,
em última instância administrativa, em grau de recurso, mediante depósito
prévio, sobre as multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA.
Determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de be-
nefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicio-
nal, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais de crédito.
Estabelecer,
privativamente, normas e padrões nacionais de controle da
poluição causada por veículos automotores, aeronaves e embarcações, me-
diante audiência dos Ministérios competentes.
Estabelecernormas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção
da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos
ambientais, principalmente os hídricos.
Estabelecer
os critérios técnicos para a declaração de áreas críticas, satura-
das ou em vias de saturação.
Acompanhar a implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conser-
vação da Natureza, SNUC conforme disposto no inciso I do artigo 6o da Lei
no 9.985, de 18 de julho de 2000.
Unidade 3 37
Capacitação Ambiental
Estabelecer
sistemática de monitoramento, avaliação e cumprimento das
normas ambientais.
Incentivar
a criação, a estruturação e o fortalecimento institucional dos
Conselhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente e gestão de recursos
ambientais e dos Comitês de Bacia Hidrográfica.
Avaliar
regularmente a implementação e a execução da política e de normas
ambientais do país, estabelecendo sistemas de indicadores.
Recomendarao órgão ambiental competente a elaboração do Relatório de
Qualidade Ambiental, previsto no inciso X do artigo 9o da Lei no 6.938, de
1981.
Estabelecer sistema de divulgação de seus trabalhos.
Promover a integração dos órgãos colegiados de meio ambiente.
Elaborar,
aprovar e acompanhar a implementação da Agenda Nacional do
Meio Ambiente, a ser proposta aos órgãos e às entidades do SISNAMA, sob
a forma de recomendação.
Deliberar,sob a forma de resoluções, proposições, recomendações e mo-
ções, visando ao cumprimento dos objetivos da Política Nacional de Meio
Ambiente.
Elaborar o seu regimento interno.
38
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Resolução 009/90
O Conama, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 79, inciso II, do De-
creto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, para efetivo exercício das responsabili-
dades que lhe são atribuídas pelo artigo 17 do mesmo Decreto, e considerando
a necessidade de serem editadas normas específicas para o Licenciamento
Ambiental de Extração Mineral das classes I, III, IV, V, VI, VII,VIII e IX (Decreto-Lei
nº 227, 28 de fevereiro de 1967), e tendo em vista o disposto no artigo 18, do
Decreto nº 98.812, de 09/01/90, resolve:
Unidade 3 39
Capacitação Ambiental
40
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Aula 2:
Aquicultura e piscicultura
Segundo Amaral e Fialho (2006), a sociedade precisa preocupar-se com mo-
radia, educação e alimento para bilhões de seres humanos, o que demanda pro-
duzir energia, domesticar plantas e animais, criar artefatos científicos e tecnoló-
gicos, e tudo isso acarreta custos ambientais em âmbito local e global.
Naymanovich (2001) afirma que o ser humano faz parte da natureza, e o co-
nhecimento sobre ela está ligado à transformação de cada um. Estudos sobre
questões ambientais mostram, de maneira bastante clara, que as falhas existen-
tes nesse âmbito não estão na falta de informação ou no desconhecimento dos
problemas, mas na sensação de distância entre a ação individual e a coletiva.
Figura 4 – Aquicultura
Unidade 3 41
Capacitação Ambiental
Amaral e Fialho (2006) afirmam ainda que a piscicultura, para fins de consumo,
é muito difundida em todo o mundo por possibilitar o fornecimento do alimen-
to in natura ou conservado ao homem. Portanto, a exploração racional das mais
diversas fontes proteicas, como os peixes, é uma medida necessária para torná-
las economicamente acessíveis à população. A criação de peixes (piscicultura) é
um dos ramos promissores da zootecnia.
Cria-se peixes não só para fins de consumo, mas para fins de ornamentação, de
povoamento e repovoamento de rios e lagos, de higiene e testes de laboratório.
No ano de 475 a.C., o chinês Fan Li já afirmava que a criação de peixes era uma
atividade lucrativa. A aquicultura moderna está embasada em três pilares – a
produção lucrativa, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social
– considerados essenciais e indissociáveis para uma atividade perene. Segun-
do afirmam os autores citados, a aquicultura depende, fundamentalmente, dos
ecossistemas em que se insere, os quais devem estar em equilíbrio para possi-
bilitar a manutenção da atividade.
Nota
Aquicultura e a pesca, agora, têm lei para desenvolvimento sustentável.
Foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a norma que
estabelece a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da
Aquicultura e da Pesca. A Lei no 11.959 foi publicada na edição 30 de
junho de 2009, do Diário Oficial da União, e foi criada para promover o
desenvolvimento sustentável da pesca e da aquicultura como fonte de
alimentação, emprego, renda e lazer, além de garantir o uso sustentável
dos recursos pesqueiros e melhores resultados econômicos e sociais,
junto com a preservação e a conservação do meio ambiente.
42
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Colocando em Prática
Parabéns! Você concluiu mais uma unidade do curso Fundamentos de
Controle da Prevenção Ambiental. Você conseguiu compreender tudo
ou restou alguma dúvida? Como você já sabe, seu tutor está sempre à
sua disposição para sanar suas dúvidatender aos seus questionamentos.
Agora, acesse o AVA e realize as atividades.
Relembrando
Nesta unidade, você estudou que os conceitos de educação ambiental
contribuem para o desenvolvimento do espírito de responsabilidade,
cooperação e solidariedade entre os produtores rurais, de modo que os
novos modelos de desenvolvimento sustentável possam ser aceitos e
incorporados por tais comunidades rurais, melhorando a produtividade
e a qualidade do ambiente de suas populações.
Vimos que o ser humano faz parte da natureza, e que o conhecimento sobre
ela está ligado à transformação de cada um. Estudos sobre questões
ambientais mostram, de maneira bastante clara, que as falhas existentes
nesse âmbito não estão na falta de informação ou no desconhecimento
dos problemas, mas na sensação de distância entre a ação individual e
coletiva.
Saiba Mais
Para complementar seus estudos, acesses os seguintes sites:
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, as seguintes aulas:
45
Capacitação Ambiental
Para Iniciar
Nesta unidade, você estudará a energia solar e suas características.
“Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando
o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come.”
(Greenpeace)
Aula 1:
A energia solar e os seres
vivos
Nesta aula, você vai estudar a relação entre a energia solar e os seres vivos.
Pergunta
Você sabe o que é radiação solar?
46
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Nota
A razão entre a radiação refletida e a incidente chama-se albedo.
Absorção atmosférica
Entre a irradiância do Sol medida fora da atmosfera e a energia que atinge a
superfície da Terra existem diferenças substanciais resultantes da absorção at-
mosférica. Esta é seletiva, atingindo o seu máximo em torno dos pontos centrais
dos espectros de absorção dos gases atmosféricos.
Transmissão
De toda a radiação solar que chega às camadas superiores da atmosfera, ape-
nas uma fração atinge a superfície terrestre, devido à reflexão e à absorção dos
raios solares pela atmosfera. A fração que atinge o solo é constituída por uma
componente direta (ou de feixe) e por uma componente difusa.
Unidade 4 47
Capacitação Ambiental
48
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
51% são absorvidas pela superfície (note que os valores apresentados são
valores médios. Por exemplo, nos pólos, a reflexão da radiação solar inciden-
te é, geralmente, maior do que 24%, e nos oceanos, menor do que 24%).
No entanto, em média, a superfície absorve mais radiação da que emite, e a
atmosfera radia mais energia do que a que absorve. Em ambos os casos, o ex-
cedente de energia é de cerca de 30% da energia da radiação solar incidente no
sistema Terra/atmosfera:
A vida aqui na Terra é movida pela luz solar e quase todos os processos vitais
dependem de um fluxo regular dessa energia. Uma imensa quantidade de ener-
gia solar, estimada em 13x1023 calorias por ano, alcança a Terra. Cerca de 30%
Unidade 4 49
Capacitação Ambiental
Da energia solar que alcança a terra, menos de 1% é capturada pelas células das
plantas e outros organismos fotossintetizantes e convertida por elas em ener-
gia que movimenta quase todos os processos da vida. Os sistemas convertem a
energia de uma forma em outra, alterando a energia radiante do sol em energia
química, elétrica e mecânica, utilizadas pelos organismos vivos.
50
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Aula 2:
Fluxo de energia
Todos os organismos necessitam de energia para realizar as suas funções vitais.
A energia necessária para a vida na Terra provém, praticamente, toda do Sol. No
entanto, nem todos os seres vivos têm capacidade para utilizá-la.
Atenção
A fotossíntese é o processo por meio do qual alguns seres vivos
produzem o seu próprio alimento a partir da energia solar. Durante a
fotossíntese, as plantas transformam a água, os sais minerais e o dióxido
de carbono, que retiram do meio, em matéria orgânica e oxigênio.
Aula 3:
Cadeias alimentares
Nesta aula, você vai estudar a cadeia alimentar, ou trófica.
Pergunta
Você sabe o que é uma cadeia alimentar?
Unidade 4 51
Capacitação Ambiental
52
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Pergunta
Você lembra o que são decompositores?
Unidade 4 53
Capacitação Ambiental
Pergunta
Você sabia que cada organismo consome boa parte de sua energia
disponível em suas próprias atividades metabólicas, reduzindo a
quantidade de energia disponível para os níveis tróficos superiores?
Aula 4:
Produtividade primária
Beltrão et al. (2000) descreveram que a produtividade primária pode ser defini-
da em meio ambiente como o rendimento da conversão da energia radiante em
substâncias orgânicas. Isto é, a produção primária designa a quantidade de ma-
téria orgânica que é produzida pelos organismos autotróficos a partir da ener-
gia solar (organismos fotossintéticos) ou da energia química (quimiossintéticos).
54
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Unidade 4 55
Capacitação Ambiental
Nos diferentes ecossistemas mundiais, existe uma série de fatores que exercem
influência na produtividade primária. Dentre eles, destacam-se a disponibilidade
de nutrientes no solo, a disponibilidade de água, o período da estação do cres-
cimento, a temperatura e os níveis de luz.
Figura 8 – Produção primária líquida anual (tonelada de substância seca/hectare) no planeta Terra
Fonte: Schultz (1995)
Aula 5:
Ciclos biogeoquímicos e
reciclagem da matéria na
Terra
O ciclo biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por um ele-
mento químico essencial à vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é absorvido
e reciclado por componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (ar, água, solo)
da biosfera e, às vezes, pode se acumular durante um longo período de tempo
em um mesmo lugar. É por meio dos ciclos biogeoquímicos que os elementos
químicos e compostos químicos são transferidos entre os organismos e entre
diferentes partes do planeta (SPILHAUS, 1942).
56
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Unidade 4 57
Capacitação Ambiental
Capacitação Ambiental
Ciclo do carbono
Em uma escala geológica, existe um ciclo entre a crosta terrestre (litosfera), os
oceanos (hidrosfera) e a atmosfera. O dióxido de carbono (CO2) da atmosfe-
ra, combinado com a água, forma o ácido carbônico, o qual reage lentamente
com o cálcio e com o magnésio da crosta terrestre, formando carbonatos. Por
meio dos processos de erosão (chuva), esses carbonatos são arrastados para os
oceanos, onde se acumulam no seu leito em camadas ou são assimilados por
organismos marinhos que, eventualmente, depois de morrerem, também se
depositam no fundo do mar.
Atenção
A Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos e 510,3 milhões de
quilômetros quadrados. Cerca de 90% do planeta são compostos por
água. A quantidade de água salgada é 30 vezes maior do que a água
doce.
Colocando em Prática
Você chegou ao final de mais uma unidade. Para que você possa veri-
ficar se entendeu o que foi abordado, acesse o AVA e faça a atividade.
Lembre-se de que, em caso de dúvidas, você pode consultar seu tutor.
Relembrando
Nesta unidade, você viu que o Plano de Controle Ambiental (PCA),
elaborado nas diretrizes estabelecidas pelo órgão ambiental competen-
te, contém informações que permitem caracterizar o empreendimento
58
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Saiba Mais
Selecionamos as obras a seguir para que você possa complementar
seus estudos em relação a esta unidade. Por isso, procure dar atenção
às seguintes obras:
Unidade 2 59
Capacitação Ambiental
Alongue-se
Chegamos ao final da penúltima unidade. Para seguir adiante, é impor-
tante que você esteja com a mente descansada. Então, aproveite este
tempo para fazer algo relaxante, como caminhar, assistir a um filme,
tomar uma água. Quando se sentir preparado, retome seus estudos.
Lembre-se de que estamos quase no final do curso!
60
Crescimento
Populacional,
Biodiversidade e
Controle Ambiental
5
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você terá subsídios para:
Compreender crescimento populacional, bio-
diversidade e controle ambiental.
Aulas
Acompanhe, nesta unidade, as seguintes aulas:
61
Capacitação Ambiental
Para Iniciar
Nesta unidade, serão abordados temas como o crescimento populacio-
nal, a teoria populacional malthusiana e a teoria populacional neomal-
thusiana. Você verá a relação entre ecologia e o crescimento populacio-
nal e as considerações sobre projeções populacionais e econômicas e
seus impactos sobre a pobreza e o meio ambiente.
Aula 1:
Crescimento populacional
Segundo dados relacionados no portal livre de informações Wikipedia (2010, p. 1):
62
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Aula 2:
Teoria populacional
malthusiana
A teoria populacional malthusiana foi desenvolvida por Thomas Malthus, eco-
nomista, estatístico, demógrafo e estudioso das Ciências Sociais. Malthus ob-
servou que o crescimento populacional, entre 1650 e 1850, dobrou decorrente
do aumento da produção de alimentos, das melhorias das condições de vida
nas cidades, do aperfeiçoamento do combate às doenças, das melhorias no
saneamento básico. Os benefícios obtidos com a Revolução Industrial fizeram
com que a taxa de mortalidade declinasse, ampliando, assim, o crescimento
natural.
Unidade 5 63
Capacitação Ambiental
No caso da população humana, esse controle vem sendo feito com guerras,
doenças e miséria. Nossa população está em explosão demográfica desde a
Revolução Industrial, que começou na Inglaterra, por volta de 1650. A solução
defendida por Malthus seria: a sujeição moral de retardar o casamento; a prá-
tica da castidade antes do casamento; ter somente o número de filhos que se
pudesse sustentar (WIKIPÉDIA, 2008).
64
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Aula 3:
Teoria populacional
neomalthusiana
Pergunta
Você sabe o que é teoria populacional neomalthusiana?
Nota
Para os neomalthusianos, uma população numerosa seria um obstáculo
ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao
desemprego e à pobreza (WIKIPÉDIA, 2010).
Unidade 5 65
Capacitação Ambiental
Aula 4:
Ecologia e crescimento
populacional: bases
teóricas
Segundo Sonia Lopes (1996, p. 48):
O potencial biótico
O potencial biótico de uma população corresponde à sua capacidade potencial
para aumentar seu número de indivíduos em condições ideais, isto é, sem que
nada haja para impedir esse aumento.
66
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Unidade 5 67
Capacitação Ambiental
Pergunta
E a resistência ambiental? A população humana não sofre a ação da
seleção natural?
Densidade populacional
A densidade corresponde ao número de indivíduos de uma população em uma
determinada área ou volume.
68
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Unidade 5 69
Capacitação Ambiental
Aula 5:
Projeções populacionais
e econômicas e seus
impactos sobre a pobreza
e o meio ambiente
Durante o século XX, o impacto do crescimento populacional e econômico
sobre o meio ambiente foi enorme. Em 1804, a população mundial atingiu um
bilhão de pessoas. O impacto desse contingente de habitantes e as consequên-
cias iniciais da Primeira Revolução Industrial sobre o planeta não foram muito
grandes. Em 1922, a população mundial atingiu dois bilhões de pessoas, e as
transformações econômicas provocadas pela Segunda Revolução Industrial
começaram a transformar o mapa do mundo. Nas décadas seguintes, paralela-
mente à difusão do modo de produção e ao consumo industrial, o volume da
população mundial aumentou em mais quatro bilhões de habitantes, dobrando
o estoque existente e atingindo mais de seis bilhões de pessoas no ano 2000.
70
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Colocando em Prática
Parabéns! Você chegou à última unidade do curso Fundamentos de
Controle da Prevenção Ambiental! Agora, acesse o AVA e faça a ativida-
de que foi desenvolvida sobre esta unidade. Em caso de dúvidas, releia
o conteúdo ou entre em contato com seu tutor.
Relembrando
Nesta unidade, você estudou o crescimento populacional. Em seguida,
a teoria populacional malthusiana e teoria populacional neomalthusia-
na foram abordadas. Você viu a relação entre ecologia e o crescimento
populacional e as considerações sobre projeções populacionais e eco-
nômicas e seus impactos sobre a pobreza e o meio ambiente.
Alongue-se
Preparado para o desafio? Ainda não? Então, relaxe por alguns mo-
mentos! Movimente-se, faça uma caminhada, escute uma boa música.
Quando se sentir disposto, volte sua atenção para o desafio.
Desafio
Chegou o momento de você realizar o desafio! Lembre-se de que você
se dedicou ao estudo, e esta questão vai garantir sua certificação no
curso Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental. Agora, acesse
o AVA, observe atentamente a questão e faça o que é pedido.
Unidade 5 71
Conhecendo o
Autor
73
Referências
75
Capacitação Ambiental
76
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
HUFSCHMIDT, M. M.; JAMES, D. E.; MEISTER, A. D.; BOWER, B. T.; DIXON, J. A. En-
vironment, natural systems, and development: an economic valuation guide.
Baltimore, EUA: Johns Hopkins University Press, 1983.
INTERNATIONAL GRAINS COUNCIL – IGC. Grains Trade and Food Security Co-
operation. 2005. Disponível em: <http://www.igc.int/en/aboutus/default.aspx>.
Acesso em: 19 out. 2010.
JACOBSON, M.; CHARLSON, R. J.; RODHE, H.; ORIANS, G. H. Earth System Sci-
ence, from Biogeochemical Cycles to Global Change. International Geophy-
sics Series: Elsevier, 2008.
77
Capacitação Ambiental
LOPES, Sônia Godoy Bueno Carvalho. Bio: completo e atualizado. São Paulo, SP:
Saraiva, 1996.
78
Fundamentos de Controle da Prevenção Ambiental
Jun. 2010.
79