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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA
COLÉGIO TENENTE RÊGO BARROS

CALEBE FREITAS
DICLEIVSON
ANDREI GIOVANNI
TORRES SAMUEL
VIEIRA

RELATÓRIO FINAL DE GESTÃO DE RESÍDUOS E PRÁTICAS


DE SUSTENTABILIDADE EM ESCOLAS

BELÉM - PA
2022
CALEBE FREITAS
DICLEIVSON
ANDREI GIOVANNI
TORRES SAMUEL
VIEIRA

RELATÓRIO FINAL DE GESTÃO DE RESÍDUOS E PRÁTICAS


DE SUSTENTABILIDADE EM ESCOLAS

Relatório final submetido ao Colégio de Ensino


Fundamental e Médio Tenente Rêgo Barros como
conclusão ao Projeto Integrador.

Professor Orientador: Luiz Carlos Fonseca Mendes

BELÉM - PA
2022
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURAS
Figura 1 - Lixeiras de coleta seletiva em frente ao SOED.................................................9
Figura 2 - Uma das ≅ lixeiras comuns no CTRB..............................................................10
Figura 3 - Disposição das lixeiras no CTRB......................................................................10
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos


CTRB – Colégio Tenente Rêgo Barros
BNCC – Base Nacional Curricular Comum
CPF – Cadastro de Pessoa Física
CNPJ – Cadastro de Pessoa Jurídica
SOED – Secretaria de Orientação Educacional
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................6
1.1. OBJETIVOS.................................................................................................................6
1.1.1. OBJETIVO GERAL......................................................................................................6
1.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................................7
2. METODOLOGIA........................................................................................................7
3. A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS..........................................7
4. COLETA SELETIVA.................................................................................................7
5. EDUCAÇÃO AMBIENTAL.......................................................................................8
6. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO CTRB.....................................................8
6.1. COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS..............................................................8
6.2. DESCARTE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS...................................................................9
6.3. PROPOSTAS DE SUSTENTABILIDADE.................................................................11
7. CONCLUSÃO.............................................................................................................11
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................11
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1. INTRODUÇÃO
Atualmente, considerando o período relativamente estável em que a humanidade se
encontra, respaldado pela ausência de grandes conflitos bélicos, avanços na medicina e
outras ciências, houve um constante crescimento populacional, o que foi visível
principalmente de 1950 a 1960, quando houve um salto na taxa de crescimento da
população mundial. Tal crescimento populacional veio acompanhado de um aumento
repentino na produção industrial, evento necessário para abastecer os crescentes mercados
consumidores, episódio também fomentado pelo crescimento do poder aquisitivo da
população, o que culminou numa produção nunca vista de resíduos sólidos tanto de parte
industrial, quanto civil.
Para tanto, tornou-se de extrema importância aos governos encontrar formas eficientes
de gerir a crescente quantidade de resíduos sólidos, sobretudo nos países
subdesenvolvidos, dada a dificuldade de ordenar e dispor a grande quantidade de lixo
gerada nesses lugares, devido a políticas de coleta e gestão de resíduos insuficientes.
Especificamente para o caso de resíduos sólidos, no Brasil, em 2010, ocorreu a
aprovação da Lei Federal Nº 12.305, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que
estabeleceu regulamentos, princípios, diretrizes e instrumentos para a gestão e descarte
dos resíduos sólidos.
Nota-se que a abordagem da problemática dos resíduos é tema que deve ser trabalhado
sobretudo no âmbito escolar, onde se possa construir no indivíduo e na coletividade
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, conforme descrito no Art. 1º da Lei Federal Nº 9.785, de
27 de abril de 1999 (Brasil, 1999). Com esse objetivo, a Base Nacional Curricular Comum
(BNCC), considera como competências necessárias aos alunos o estudo de Meio
Ambiente e Sustentabilidade. Portanto, a Educação Ambiental é temática importante à
construção do conhecimento dos discentes, pois sensibiliza os alunos a participação
assuntos relacionados às questões de responsabilidade socioambiental, permitindo ganhos
na realidade disciplinar do aluno aliados ao modo de pensar e aprender, sendo assim um
componente essencial e permanente da educação (Art. 2º da Lei Federal Nº 9.785, de 27
de abril de 1999 (Brasil, 1999).
1.1. OBJETIVOS
1.1.1. OBJETIVO GERAL
Explicar os conceitos de sustentabilidade, gestão de resíduos sólidos e as leis que os
regem, visando enfatizar a importância de tais conceitos para a formação dos
estudantes.
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1.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


1) Analisar como ocorre a gestão de resíduos no Colégio Tenente Rego Barros
(CTRB), apontando possíveis falhas e sugerindo possíveis melhorias.
2) Compreender a importância do ensino da sustentabilidade e da educação ambiental.
3) Catalogar as formas como o descarte de resíduos ocorre no CTRB e os tipos de
resíduos encontrados no CTRB, observando também sua proporção e quantidades.
2. METODOLOGIA
No presente relatório, foi realizada uma pesquisa de campo, de caráter exploratório,
baseando-se numa estratégia quantitativa e descritiva de pesquisa. Optou-se também por
realizar uma pesquisa bibliográfica e documental sendo as fontes utilizadas de natureza
secundária e primária.
Segundo José Filho (2006, p.64) “o ato de pesquisar traz em si a necessidade do
diálogo com a realidade a qual se pretende investigar e com o diferente, um diálogo
dotado de crítica, canalizador de momentos criativos”, sendo assim a pesquisa de campo a
que mais se aproxima do tipo de estudo no presente trabalho.
3. A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Implantada em agosto de 2010, pela Lei Federal 12.305/2010, após ser fruto de
múltiplas discussões no Congresso Nacional, a PNRS foi uma lei sancionada para conferir
diretrizes ao gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil, visando a minimização da
geração de resíduos sólidos e rejeitos, com a adoção de políticas de redução, reutilização
e reciclagem de resíduos sólidos. A Lei 12.305/2010 reúne princípios, objetivos,
instrumentos, diretrizes, metas e ações a serem adotados pela União, isoladamente ou em
parceria com estados, o Distrito Federal, municípios ou particulares. A lei responsabiliza
todas as pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas (CPF e CNPJ), de direito público ou
privado, fazendo com que todos que produzam resíduos sejam responsáveis por descartá-
los corretamente. Sendo assim, é de responsabilidade do colégio lidar com o lixo
produzido em suas dependências. Através da PNRS, várias propostas de sustentabilidade
foram idealizadas e instituídas pelo país, tal como a coleta seletiva e a educação
ambiental.
4. COLETA SELETIVA
Coleta seletiva é um mecanismo de coleta dos resíduos, os quais foram previamente
separados segundo as suas constituições e tipagem, sendo depositados em contentores
indicados por cores. Através da separação e coleta dos resíduos secos e úmidos, a coleta
seletiva consegue garantir com que os resíduos se encaminhem para os seus devidos
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lugares, o que evita a disseminação de doenças e contaminação do solo e da água. A


coleta seletiva também promove a reciclagem, fazendo com que materiais, os quais,
outrora, seriam descartados, sejam reutilizados, economizando matérias-primas – a
chamada economia circular.
Em muitos lugares, a coleta seletiva é regulamentada e obrigatória várias leis. Em
Belém, é pela Lei Ordinária 7.631, de 2016 (Belém, 2016) que prevê a coleta seletiva para
restaurantes, supermercados, escolas públicas e particulares, entre outros.
5. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em agosto de 2010
representou o início de uma época histórica para a área ambiental e de saneamento básico
no Brasil. Com a introdução de novas formas de gestão e participação social, abriu-se
espaço para oportunidades, desafios e medidas inéditas. Uma dessas tais medidas foi a
instituição da educação ambiental em escolas. A educação ambiental já era legislada pela
Política Nacional de Educação Ambiental, instituída pela Lei Federal n° 9.795, de 2009
(Brasil, 2009), e faz parte da PNRS, sendo instrumento da mesma segundo o Art. 8º da
Lei nº 12.305 de 2010, inciso VIII.
A educação ambiental atenta para a importância de conscientizar as pessoas sobre a
preservação do meio ambiente, estimulando a conscientização pública sobre o dever de
proteger o meio ambiente por meio da educação. Ela é imprescindível para a formação de
valores e princípios das crianças, tornando-as cidadãos responsáveis e aptos a viver em
sociedade.
É interessante ressaltar que, no CTRB, os alunos participam de diversas atividades
que possuem, como tema, a temática ambiental, cumprindo assim com a Lei Federal
9.975, de 1999.
6. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO CTRB
6.1. COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Após uma análise da composição dos resíduos sólidos produzidos em um mês no
CTRB, foi possível determinar que a constituição dos resíduos era variada, sendo a grande
maioria dos resíduos papel. Em um levantamento realizado pelas turmas A1 e A2 do 1°
ano do Ensino Médio, foi determinado que, no período de um mês, foram produzidos
mais de 250kg de resíduos sólidos. Dessa quantidade, 192kg foram de papel. Notou-se
que a maioria do papel coletado advinha, em sua maioria, dos setores de Reprografia e
Seção Individual, haja vista que esses setores lidam com a impressão de documentos,
sendo o
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papel descartado por eles em sua maioria documentos picotados. Plástico foi o 2º resíduo
sólido mais abundante, seguido de metal e vidro.
Originando-se principalmente das lixeiras comuns, o lixo plástico era composto
principalmente de talheres, copos, canudos, pratos e cumbucas descartáveis. Embalagens
plásticas também foram comumente encontradas. Vidro e metal, apesar de raros, também
foram encontrados dentre os resíduos sólidos, na forma de garrafas e latas de refrigerante.
Embalagens cartonadas também compunham grande parte dos resíduos encontrados.
6.2. DESCARTE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
No CTRB, o descarte dos resíduos é realizado pela empresa Green Service,
encarregada da limpeza das dependências do colégio, realizando tarefas como a limpeza
das salas e corredores, descarte dos resíduos, jardinagem, e eventuais consertos. No
CTRB, o descarte dos resíduos sólidos ocorre notadamente em ≅ 120 lixeiras espalhadas
pelo colégio, nas quais tanto lixo orgânico quanto seco são descartados. Existem, ainda
que poucas, lixeiras de coleta seletiva espalhadas pelo colégio, localizadas em frente à
Secretaria de Orientação Educacional (SOED) e próximas aos ludários.
Figura 1: Lixeiras de coleta seletiva em frente ao SOED

Fonte: Autoria Própria


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Figura 2: Uma das ≅ 120 lixeiras comuns no CTRB

Fonte: Autoria Própria

Figura 3: Disposição das lixeiras no CTRB

Fonte: Autoria Própria

Ainda que de quantidade copiosa, o lixo escolar não é separado; quando ele é coletado
para ser descartado, todos os resíduos, independentemente da sua natureza, são jogados no
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lixo comum. Percebe-se também que praticamente todos os estudantes descartam o lixo
reciclável nas lixeiras comuns, ainda que tenham ciência da existência das lixeiras
recicláveis, notavelmente, pelo seu baixo número e capacidade.
Existem também lixeiras presentes em cada uma das salas de aula no CTRB. Estas,
porém, são dedicadas ao descarte de papel. No entanto, por conta da inviabilidade de
acessar as lixeiras comuns durante as aulas dos docentes, os estudantes acabam por
descartar outros tipos de resíduo nessas lixeiras.
6.3. PROPOSTAS DE SUSTENTABILIDADE
Como abordado no tópico 6.2, a gestão dos resíduos sólidos no CTRB é
ecologicamente incorreta, com o descarte irregular de lixo e falta de coleta seletiva. Uma
abordagem mais eficaz para o descarte dos resíduos sólidos seria o aumento do número de
lixeiras de coleta seletiva, incentivando o seu uso pela maioria do corpo estudantil.
Também se faz necessário o incentivo por parte dos professores e orientadores
pedagógicos, para que haja uma aplicação dessas propostas por parte dos estudantes.
Propõe-se, também, a idealização de outras oficinas cujo tema é a temática ambiental,
a fim de envolver os discentes em atividades que melhorem seu senso crítico e
consciência ambiental.
7. CONCLUSÃO
Conclui-se que a Educação Ambiental, e, por conseguinte, projetos que tenham como
enfoque a temática ambiental são impreteríveis para o desenvolvimento acadêmico dos
discentes, dada a crescente importância que a temática ambiental leva atualmente. Foram
discutidos também, no presente trabalho, as leis e regulamentos que regem ações de
sustentabilidade a nível nacional – como a Lei Federal 12.305, de 2010 – e municipal –
como a Lei Ordinária 9.226, de 2016. Foram sugeridas também mudanças à gestão de
resíduos sólidos no CTRB, depois de uma minuciosa análise da composição, descarte,
geração e manejo dos resíduos sólidos em suas dependências, cumprindo, assim, com os
objetivos estabelecidos no tópico 1.1.
Como as tentativas de contactar representantes da empresa Green Service no CTRB, a
fim de conseguir dados e estatísticas a despeito dos resíduos gerados no CTRB foram
malsucedidas, mão foi possível encontrar as estatísticas a respeito do lixo gerado no
CTRB, tampouco seu destino e método de transporte.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DIANA, Daniela. Coleta Seletiva. Toda Matéria, “s.d.”. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/coleta-seletiva/. Acesso em: 20 de junho de 2022.
LEGNAIOLI, Stella. O que é coleta seletiva e qual a sua importância. eCycle, “s.d.”.
Disponível em: https://www.ecycle.com.br/coleta-seletiva/. Acesso em: 21 de junho de
2022.
POTENZA, João Luiz. Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). 2014.
Relatório. Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/386949/. Acesso em 20 de
junho de 2022.
BELÉM, Lei Orgânica N° 7.631 (Belém (PA), 2016)
BRASIL, Constituição (1988), Lei 12.305 de 2010 (Brasil, 2010)
BRASIL, Constituição (1988), Lei 9.795 de 1999, Art 1º (Brasil, 1999)
BRASIL, Constituição (1988), Lei 9.795 de 1999, Art 2º (Brasil, 1999)
LAMENDOLA, Gabriela. Educação Ambiental na Política Nacional de Resíduos
Sólidos. Portal Resíduos Sólidos, 20 de julho de 2018. Disponível em:
https://portalresiduossolidos.com/educacao-ambiental-na-politica-nacional-de-
residuos-solidos/. Acesso em 20 de junho de 2022.
FLORIO, Caio. Meio Ambiente na Sala de Aula. 2015. Relatório. Disponível em:
https://slideplayer.com.br/slide/2923015/. Acesso em 21 de junho de 2022.
BRUNI e BARBOSA. Plano de Gerenciamento de Resíduos Nas Escolas Paranaenses.
Curitiba, 2016. PDF. Acesso em 22 de junho de 2022.
PESSOA, Alquimarino da Silva. A Gestão dos Resíduos Sólidos em uma Escola do
Ensino Profissionalizante, Baseada no Sistema de Coleta Seletiva e Educação
Ambiental. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 01,
Vol. 03, pp. 116-196, janeiro de 2018. ISSN: 2448-0959.

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