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Diagnóstico
É notório que o mau gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) é um grande
problema no Brasil. De acordo com a Abrelpe (2020), no Brasil são descartados 170 Kg
de material orgânico por pessoa a cada ano. Ainda segundo a Abrelpe (2020), os
resíduos orgânicos constituem a principal parcela dos RSU, representando 45,3% do total
gerado, o que significa pouco mais de 36 milhões de toneladas de resíduos orgânicos.
Esses dados indicam que o reaproveitamento dos resíduos orgânicos não é algo comum
nos lares urbanos brasileiros.
Problema Ambiental
A destinação inadequada dos resíduos orgânicos ocasiona uma série de problemas
ambientais e de saúde pública, como a contaminação do solo e da água, emissões de
Gases do Efeito Estufa (GEE), geração de maus odores e proliferação de vetores de
doenças (BRASIL, 2019). Diante disso, a compostagem é uma técnica simples que
reaproveita os resíduos orgânicos e tem como resultado um adubo natural de uso seguro
no solo.
Devido à falta de espaço, muitas residências urbanas não possuem composteira e a
maior parte da população descarta os resíduos orgânicos de modo inapropriado
(PENTEADO et al., 2015). Visando demonstrar que é possível manter uma pequena
composteira nas residências urbanas, o projeto em tela delineará as etapas para a
elaboração de oficinas de compostagem com os estudantes do ensino fundamental 2 a
partir da construção de composteiras utilizando garrafas PET, que são simples e ocupam
pouco espaço.
O Projeto:
3. Objetivos
Objetivo Geral
Contribuir para a formação da consciência ambiental e do senso crítico dos
estudantes do ensino fundamental II por meio da construção de composteiras simples
utilizando garrafas PET.
Objetivos específicos
JUSTIFICATIVA
A educação ambiental é essencial na formação dos estudantes e deve ser
abordada da forma adequada. A Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, no Art. 1°, conceitua
a educação ambiental como “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para a conservação do meio ambiente”. A Lei supramencionada no Art. 4º, inciso III, versa
que um dos princípios básicos da educação ambiental é “o pluralismo de ideias e
concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade.” Assim, a
educação ambiental no ensino formal deve integrar
várias disciplinas e ensinar os estudantes a aplicarem no
cotidiano o que aprenderam.
Conforme Freire (1996), para ensinar é necessário ter confiança de que a mudança
é possível. Para o autor supracitado, o estudo deve ter o objetivo de interferir
positivamente na realidade, não deve ser algo descomprometido, como se o mundo
estivesse alheio aos estudantes e professores. Esse pensamento é essencial para a
educação ambiental, visto que por meio dela os educandos aprendem sobre a
necessidade de adotarem hábitos que causem menos impactos ao meio ambiente. Nesse
sentido, Gadotti (2009) afirma que a consciência socioambiental é essencial para a
sobrevivência da Terra e a formação dessa consciência depende da educação. Dessa
maneira, é necessário buscar sensibilizar os estudantes acerca dos problemas ambientais
para que eles sejam agentes transformadores do meio em que vivem e se tonem adultos
mais comprometidos com a preservação do meio ambiente.
A confecção de composteiras é capaz de proporcionar aprendizados significativos
aos estudantes. No trabalho realizado por Araújo et al. (2019) foi observado que a
utilização da compostagem como instrumento da Educação Ambiental contribuiu para
sensibilizar os alunos quanto à geração e o tratamento dos resíduos sólidos orgânicos de
forma ambientalmente correta. Conforme Guenther et al. (2020, p. 403):
O acompanhamento da composteira pelos alunos ao longo do tempo permite a
vivência in situ desse processo, atuando assim com um laboratório natural.
Independente da faixa etária trabalhada, é possível retomar os conceitos de
química, física e biologia trabalhados em sala de aula e trabalhá-los na prática
com essa atividade.
RESULTADOS ESPERADOS
Com a execução do projeto é esperado que os estudantes utilizem as composteiras
nas suas residências e assim evitem a destinação inadequada dos resíduos orgânicos e
reduzam o desperdício de alimentos. Outra expectativa é alcançar uma adesão maior à
separação dos resíduos sólidos na escola e na comunidade. Os alunos podem se tornar
agentes transformadores do meio em que vivem e os resultados podem refletir em toda a
comunidade.
METODOLOGIA
Inicialmente será elaborado o material informativo para os estudantes, composto
por slides para apresentação e folders para entregar aos participantes. Haverá uma
apresentação para com slides e vídeos sobre como a composteira será confeccionada.
Os estudantes responderão a um questionário para verificar o conhecimento deles acerca
dos resíduos sólidos e seus impactos ambientais, sobre o desperdício de alimentos e
também sobre o processo de decomposição.
Será solicitado que os estudantes levem para a escola garrafas PET para a
confecção das composteiras. Serão providenciados os outros materiais necessários,
como: tesoura; estilete; faca; brita; resíduos orgânicos vegetais; terra; folhas secas ou
serragem. Em seguida, as oficinas serão realizadas e os estudantes montarão as
composteiras em conjunto com os instrutores e monitores do projeto.
MESES
ATIVIDADES 1 2 3 4 5 6
Definição das turmas que X
participarão do projeto.
Elaboração do material didático. X
Apresentação do projeto aos X
estudantes.
Avaliação diagnóstica dos X
estudantes.
Adquirir os materiais para as X
oficinas.
Realização das oficinas. X X
Observação do húmus e chorume X X
formado
Avaliação da aprendizagem dos X
estudantes após as oficinas.
Apresentação dos seminários. X
Elaboração do relatório final. X
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2020. São Paulo: 2020. 51p.
Disponível em: https://abrelpe.org.br/panorama-2020/. Acesso em: 28 nov. 2023.