Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Habilidades em Grupos
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Desenvolvimento de
Habilidades em Grupos
Brasília
2010
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Fotografias
Coordenador de EaD – SENAI/PB Banco de Imagens SENAI/SC
Felipe Vieira Neto - Centro de Educação http://www.sxc.hu/
Profissional Prof. Stenio Lopes http://office.microsoft.com/en-us/images/
http://www.morguefile.com/
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis
D585d
Diniz, Washington José Pessoa Furtado Rodrigues
Desenvolvimento de habilidades em grupos / Washington José
Pessoa Furtado Rodrigues Diniz. Brasília: SENAI/DN, 2010.
96 p. : il. color ; 30 cm.
Inclui bibliografias.
CDU 658.013
Apresentação do curso.................................................................................07
Plano de estudos............................................................................................09
Unidade 1: Aspectos Relacionados à Perspectiva do
Comportamento Organizacional .............................................................11
Unidade 2: Aspectos Relacionados à Dinâmica de Grupo...............41
Unidade 3: Aspectos Relacionados à Dinâmica Intergrupos...........61
Unidade 4: Aspectos Relacionados à
Administração de Conflitos .......................................................................73
Conhecendo o autor......................................................................................93
Referências........................................................................................................95
Apresentação
do Curso
7
Desenvolvimento de Habilidades em Grupo
8
Plano de Estudos
Carga horária:
16h
Ementa
Aspectos relacionados à perspectiva do comporta-
mento organizacional. Aspectos relacionados à di-
nâmica de grupo. Aspectos relacionados à dinâmica
intergrupos. Aspectos relacionados à administração
de conflitos. Desenvolvimento das habilidades em
grupos.
Objetivos
Objetivo geral
9
Desenvolvimento de Habilidades em Grupo
Objetivos específicos
10
Aspectos
Relacionados à
Perspectiva do
Comportamento
Organizacional
1
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes.
11
Para Iniciar
Está pronto para iniciar o curso? Então, vamos lá!
Siga em frente!
Aula 1:
Comportamento
Organizacional
Vivemos a maior parte de nossas
vidas dentro de organizações
ou em contato com elas, seja
trabalhando, aprendendo,
divertindo-se, comprando ou
usando seus produtos ou serviços.
Por essa razão, é fundamental
que conheçamos como elas
são e, principalmente, como se
comportam. (CHIAVENATTO, 2004,
p. 4).
12
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
APRENDIZAGEM: é uma
mudança ou alteração
de comportamento em
função de novos conhe-
cimentos, habilidades ou
destrezas incorporados a
fim de melhorá-lo. Ocorre
como resultado da expe-
riência.
PERCEPÇÃO: Constitui o
processo ativo pelo qual
O campo de estudo do comportamento organiza-
as pessoas organizam e
cional é constituído pela compreensão do com-
interpretam suas impres-
portamento individual e dos grupos em situação
sões sensoriais no sentido
de trabalho. Investiga questões relacionadas com
de dar significado ao seu
lideranças e poder, estruturas e processos de
ambiente.
grupo, aprendizagem, percepção, atitude, pro
cessos de mdanças, conflito e dimensionamento CONFLITO: É uma situa-
de trabalho, entre outros temas que afetam os ção em que duas ou mais
indivíduos e as equipes nas organizações. pessoas ou grupos dis-
cordam entre si ou expe-
Existe uma diversidade de temas importantes para rimentam antagonismo
conhecer no mundo do trabalho. recíproco. O mesmo que
divergência ou contrapo-
Nota sição.
Unidade 1 13
Por meio de suas teorias e técnicas de pesquisa,
o comportamento organizacional está se estabe-
lecendo firmemente como um campo próprio de
estudo. Mas note que, embora o estudo do com-
portamento humano no trabalho seja sistemático
e rigoroso, é preciso ressaltar que as pessoas são
diferentes e a abordagem do comportamento
organizacional leva em conta uma estrutura con-
tingencial com variáveis situacionais para entender
as relações de causa e efeito.
Dica
Histórico
Você sabia que a Revolução Industrial dos séculos
XVIII e XIX originou o comportamento organiza-
cional de hoje? As invenções dessa época criaram
COMPORTAMENTO
novas formas de trabalho que tornaram obsoletos
ORGANIZACIONAL: É o
os métodos gerenciais empregados até aquela
estudo do comportamen-
época.
to de indivíduos e grupos
em função do estilo ad-
ministrativo adotado pela
organização.
14
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Unidade 1 15
nem com as pessoas e suas diferenças individuais
(CHIAVENATO, 2004). A teoria das relações huma-
nas surgiu nos Estados Unidos como consequên-
cia imediata, um movimento de reação e oposi-
ção à abordagem clássica da Administração.
Nota
16
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Relembrando
Unidade 1 17
Aula 2:
Processos psicológicos
básicos na compreensão
da vivência grupal
Você já ouviu falar sobre “como compreender a vivência em grupo” ou sobre o
“agir no grupo”? Sim? Não? Conviver em grupo é uma tarefa fácil?
E, para iniciar o estudo, vamos falar sobre percepção. Você sabe o que é?
Percepção
Com certeza você já ouviu o termo “percepção” nas mais diversas situações. As
pessoas utilizam muito essa palavra no cotidiano. Por exemplo, no ambiente
de trabalho, alguém poderá dizer que Antônio não teve a mesma percepção de
Pedro. Ficou mais claro agora?
Perceber a experiência da outra pessoa? Positivo. Essa atitude pode fazer a dife-
rença!
18
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Reflita
Quando você olha, toca, ouve, faz isso pela emoção e pela inteligência.
Isso resulta em ideias que o fazem compreender e distinguir os estímu-
los. Mas veja bem! A capacidade do ser humano de apreender o mundo
exterior é limitada. Isto acontece em decorrência da dinamicidade do
mundo, da complexidade de nosso sistema perceptivo e das limitações
de nossos sentidos.
Já parou para pensar que a cada momento estamos em contato com diversos
tipos de estímulos, vindos por diversos meios e percebidos por todos os nossos
sentidos?
Unidade 1 19
Nota
Para entender melhor, veja os quadrinhos a seguir e compare cada um, refletin-
do sobre a situação. Lembre-se de anotar em seu caderno de anotações!
Soto (2002) ressalta que percepção é o processo pelo qual os indivíduos orga-
nizam e interpretam suas impressões sensoriais, visando dar significado ao seu
ambiente.
Reflita
20
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Atitudes
Compreender um aspecto do comportamento humano, que são as atitudes, é
de extrema importância. Quer saber por quê?
Nota
A partir da percepção do meio social e dos outros, vamos organizando
as informações recebidas e as relacionadas com afetos, positivos ou
negativos, o que nos predispõe favorável ou desfavoravelmente com
relação às pessoas, objetos e situações. A estas predisposições cha-
mamos de atitudes. A aprovação de pessoas importantes para nós ou
do grupo social de que participamos exerce um efeito reforçador das
nossas atitudes, os que fazem com que estas sejam incorporadas ao
nosso repertório de comportamento, enquanto que, aquelas que são
criticadas, costumam ser rejeitadas. (MENDES, 2002, p. 4).
Pergunta
Percebeu como as pessoas influenciam nossas atitudes e como é im-
portante conviver?
Unidade 1 21
E os gerentes, como agem nesse contexto?
Nota
Para Chiavenato (2004, p. 219), atitude significa “um estado mental de
prontidão que é organizado pela experiência e que exerce uma influ-
ência específica sobre a resposta da pessoa aos objetos, situações e
outras pessoas”.
22
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Valores
Alguma vez você já se perguntou a maneira como as pessoas veem a vida, os
outros e o mundo? Vai depender dos valores que a pessoa tem.
Mas o que são valores? São componentes de nossos modelos mentais. Modelos
mentais? Isso mesmo. Têm-se modelos de boa qualidade, onde existe uma me-
lhor representação da realidade. Se forem de má qualidade, teremos uma visão
mutilada e deturpada do mundo.
Para entender melhor, vamos a um exemplo. Para uma pessoa que valoriza a
integridade e a competência, suas escolhas, decisões e implementações serão
sustentadas por esses valores. Desse modo, como as pessoas têm seus valores,
e esse é o ponto de partida para uma relação saudável ou não, as organizações
se constroem sobre seus valores.
Reflita
Hoje, fala-se muito em valores morais. Mas, afinal, o que são esses
valores? Quais os seus critérios? Quem os define ou quem os deveria
definir? Esses padrões de comportamento devem existir? Depende de
pessoa para pessoa? Qual a sua opinião?
Unidade 1 23
Relembrando
Muito bem! Você chegou ao final de mais uma aula. Conheceu os processos
psicológicos básicos na compreensão da vivência em grupo: percepção, atitu-
des e valores. Lembre-se de que esses são aspectos fundamentais do estudo.
Com certeza foi um grande desafio! Vá em frente e continue aprendendo!
Colocando em prática
Pronto para exercitar? Que tal responder às perguntas no AVA e aplicar
os conhecimentos adquiridos? Vamos lá!
Dica
Tente lembrar o que você leu até aqui e escreva, com suas palavras, em
seu bloco o que achou mais importante no conteúdo.
24
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Aula 3:
Valorização da
adversidade
Qual sua opinião sobre preconceito dentro de uma sociedade. Você acha que
ele ainda existe? A partir de agora, você estudará questões de caráter pre-
conceituoso em nossa sociedade. Resgataremos assuntos ligados aos valores
sociais na sociedade do século XXI. E, para iniciarmos o estudo, reflita sobre o
texto que segue.
Reflita
A pressão da sociedade sobre a questão da responsabilidade social
das empresas, a competitividade, a necessidade de produtos inovado-
res, talvez seja uma das razões para a emergência dessa nova postura.
É inegável que a forma como fomos educados não nos permite olhar
para a diversidade sem uma certa parcialidade. Desde tenra idade, so-
mos ensinados a ser iguais e a encarar a desigualdade como indicador
de distúrbio, anormalidade, problema e outras tantas designações. Nos
primeiros anos da escola, onde realizamos grandes aprendizagens, so-
mos solicitados a nos vestir da mesma forma, a nos sentarmos sempre
Unidade 1 25
na mesma carteira, a pintarmos o céu de azul e os campos de verde.
Quando adultos, na empresa, aprendemos que as diferenças são desa-
gregadoras e geradoras de conflitos. (MENDES, 2002, p. 7).
Reflita
O que você pode tirar de conclusões dessa leitura? Veja que o assunto
suscita várias reflexões. E quais os aspectos que você considera que
impede uma boa relação social no ambiente de trabalho?
26
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Nota
Barreto (2002), define assédio moral como um sentimento de
ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a, inferiorizado/a,
submetido/a, vexado/a, constrangido/a e ultrajado/a pelo/a outro/a.
É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado/a, revoltado/a,
perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a e
com raiva. A humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.
Unidade 1 27
Esses casos são muito sérios, você não acha? Que tal saber mais sobre o assun-
to? Confira uma dica para enriquecer seus conhecimentos!
Dica
Assista ao filme O diabo veste Prada, que mostra um conjunto de
condutas de desqualificação de um profissional pelo seu superior hie-
rárquico: Miranda Priestly (Meryl Streep). No filme, podemos ver um
exemplo desse tipo de patologia empresarial por meio de vários com-
portamentos: críticas ácidas sobre contribuições no trabalho ou sobre
o modo de vestir de subordinados; estabelecimento de tarefas difíceis
a serem realizados em prazos inexequíveis; desqualificação profissional
das pessoas ao redor (todos são incompetentes), bem como exigências
frequentes e descabidas de extrapolação de funções e do horário de
trabalho.
A ocorrência de assédio tem se tornado tão corriqueira nas empresas que a psi-
cóloga Margarida Barreto, mestre em Psicologia Social pela PUC de São Paulo,
caracterizou alguns tipos de chefes.
28
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Unidade 1 29
Relembrando
Colocando em prática
Está na hora de testar seus conhecimen-
tos. Para isso, utilize o aprendizado des-
ta aula e responda às questões no AVA.
Lembre-se também que as ferramentas do
AVA estão disponíveis para interagir com
o professor tutor e os colegas.
30
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Aula 4:
Mudança e as
organizações que
aprendem
“Mudar, mudar e mudar continuamente para ser sempre a mesma organização:
aquela que ocupa o primeiro lugar na cabeça do consumidor.”(PRESIDENTE DA
COMPANHIA SUL AMERICANA DE VIDRO – Savidro apud CHIAVENATTO, 2004,
p. 409)
A partir de agora, conversaremos sobre o tema mudança. Para você, será uma
nova experiência e um grande desafio. Para iniciar o estudo, pense no ditado:
“hoje, a única certeza é a certeza da mudança”.
Unidade 1 31
Fazer as coisas de uma maneira diferente? Isso mesmo! Note que, assim como o
ser humano está em permanente mudança, as organizações em que ele partici-
pa estão incessantemente alterando suas disposições e estruturas. Se a mudan-
ça é um processo inevitável, todos os temas abordados pelo comportamento
organizacional influenciam ou são influenciados pelas exigências de mudança.
Esse assunto traz muitas reflexões, você não acha? Aproveite para aplicar esses
conhecimentos em sua prática diária!
Se você transportar essa ideia para dentro de uma organização, verá que os
gerentes são os principais agentes de mudança de uma organização, o que não
exclui a responsabilidade de cada membro em fazer a diferença. Entretanto, é
ele quem toma decisões e serve de modelo para o restante da empresa. De ma-
neira geral, um gerente enfrenta as mais diversas situações do mundo externo e
do contexto interno da organização (LEONNARDO, 2008).
32
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Questões Atuais
Segundo Mendes (2002), os temas e o entendimento das questões relacionadas
com o comportamento organizacional nunca foram tão importantes para os
gestores como nos dias atuais. Os diversos estudos e as mais variadas pesquisas
em andamento nas organizações estão trazendo contribuições importantes não
somente para os gerentes como para cada funcionário.
Unidade 1 33
Mas alguns assuntos merecem atenção especial no dia a dia das organizações.
Quer conhecê-los? Observe!
E agora? Como você imagina uma organização que aprende? Vamos colocar a
imaginação para funcionar!
34
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Nota
Aprender não deve ser confundido com
colecionar informações, mas implica
relacionar as informações com o mundo,
de forma a compreendê-lo e sermos
capazes de entender nossa relação com
ele, de desenvolver novas competências,
de inventar e se reinventar. É esta capaci-
dade que vai nos permitir lidar com a COMPETÊNCIAS:
mudança (MENDES, 2002, p. 13).
referem-se ao conjun-
to de conhecimentos e
habilidades utilizados de
maneira eficiente e eficaz
pelas pessoas ou pelas
organizações.
Unidade 1 35
a Domínio Pessoal: é a disciplina que possibilita continuamente esclarecer e
aprofundar nossa visão pessoal, concentrar nossas energias, desenvolver a
paciência e ver a realidade objetivamente.
b Modelos Mentais: muitas modificações administrativas não podem ser
postas em prática por serem conflitantes com modelos mentais tácitos e
poderosos.
c Visão Compartilhada: a empresa deve ter uma missão genuína para que as
pessoas deem o melhor de si e adotem uma visão compartilhada, na qual
prevaleça o compromisso e o comprometimento em lugar da aceitação.
d Aprendizagem em Equipe: a unidade de aprendizagem moderna é o grupo
e não o indivíduo. O diálogo facilita a aprendizagem em equipe e, quan-
do esta produz resultados, seus integrantes crescem mais rapidamente e a
organização também.
e Pensamento Sistêmico: esta é a quinta disciplina, a que integra todas as
outras, é o elo, fundindo-as em um corpo coerente de teoria e prática. O
pensamento sistêmico ajuda-nos a enxergar as coisas como parte de um
todo, não como peças isoladas, e a criar e mudar a sua realidade.
O todo é maior do que a soma das partes? Isso mesmo! Agora que você já
conhece os cinco ciclos da aprendizagem, conheça as deficiências de aprendi-
zagem.
a “Eu sou meu cargo”: as pessoas que se concentram demais nos cargos que
ocupam perdem o senso de relação com os demais cargos.
b “O inimigo está lá fora”: tendemos a pensar que o inimigo está lá fora,
pois não enxergamos que as nossas ações vão além do cargo que ocupa-
mos, por não termos visão sistêmica delas.
36
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Com toda essa explicação, vale a pena refletir sobre a frase de Geraldo Vandré,
na música Pra não dizer que não falei das flores: “Quem sabe faz a hora não
espera acontecer”.
Dica
Revise os conteúdos estudados até agora. Faça as anotações necessá-
rias no seu memorial.
Unidade 1 37
Relembrando
O objetivo desta aula foi mostrar a você que as organizações são sistemas
constituídos pela união dos esforços de várias pessoas em busca de um
propósito comum, por meio de um conjunto de elementos dinamicamente
inter-relacionados.
Colocando em prática
Agora é uma boa hora para treinar os conhecimentos adquiridos nesta
aula. Acesse o AVA e realize as atividades propostas. Mãos à obra!
Finalizando
Você chegou ao final da primeira unidade. No decorrer das aulas estu-
dadas, teve a oportunidade de ter uma visão sobre o que seja o com-
portamento organizacional.
38
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Unidade 1 39
Aspectos
Relacionados à
Dinâmica de Grupo
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
2
Compreender a natureza dos grupos;
Diferenciar as concepções da dinâmica dos
grupos;
Conhecer tipos de grupos e suas dinâmicas;
Diferenciar fatores do desenvolvimento do
grupo.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes.
41
Para Iniciar
Olá, prezado aluno! É um prazer estar iniciando uma nova unidade do
curso Desenvolvimento de Habilidades em Grupos. Na unidade pas-
sada, você estudou o comportamento organizacional e os processos
psicológicos básicos na compreensão da vivência grupal. Teve a opor-
tunidade de conhecer e entender o que é percepção, atitudes e valo-
res, bem como compreender a dinâmica e valorização da diversidade
no contexto atual, a mudança e as organizações que aprendem. Nesta
unidade, estudaremos os aspectos da dinâmica de grupo e sua impor-
tância para as organizações do século XXI.
Bons estudos!
Aula 1:
A natureza dos grupos
Reflita
A expressão dinâmica de grupo refere-se a vários tipos de atividades
exercidas por treinadores sobre grupos humanos (LIMA, 1980).
42
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Você já parou para pensar sobre os grupos que está inserido? Como eles fun-
cionam?
Unidade 2 43
Figura 1 – Modelo de Dinâmica de grupo
Fonte: Griffin (2006)
Dica
Uma boa dica para o tema é assistir ao filme Os deuses devem estar lou-
cos. Nele, uma garrafa de coca-cola jogada de um avião faz com que os
nativos acreditem que é um presente dos deuses. Mas, como isso gera
uma série de brigas, eles decidem devolvê-la aos deuses, escolhendo
um dos nativos para fazer a devolução. Vale a pena conferir!
Definições de Grupo
Você sabia que existem tantas definições de grupo como o estudo sobre eles?
Mas como podemos definir os grupos? Saiba que eles podem ser definidos de
acordo com a percepção, motivação, organização, interdependência e interação.
Não sabia disso? Então a partir de agora você conhecerá tudo sobre grupo, OK?
Vamos lá!
44
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Nota
Grupo: é certo número de pessoas que se comunicam entre si com fre-
quência durante certo tempo e que estejam em número suficientemen-
te pequeno, de modo que cada pessoa possa comunicar-se com todas
as outras, não de maneira indireta, mas diretamente face a face.
Unidade 2 45
Um grupo: é constituído por duas ou mais pessoas que interagem
entre si, de tal maneira que o comportamento e desempenho de uma
delas são influenciados pelo comportamento e pelo desempenho da
outra. Fonte: Chiavenato (2004)
46
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Segundo Chiavenato (2004), o conceito de grupo pode ser definido sob diferen-
tes maneiras, dependendo da perspectiva que se utiliza. Uma definição ampla e
abrangente salienta que, quando um grupo existe em uma organização, os seus
membros:
Chiavenatto (2004) ainda descreve que um grupo pode ser definido com duas
ou mais pessoas integrantes e interdependentes que se juntam para alcançar
determinados objetivos particulares.
Unidade 2 47
Uma observação importante que você deve lembrar é que, para compreender o
comportamento das pessoas em uma organização, é preciso entender as forças
que as afetam e como as pessoas afetam a organização. Afinal, o comportamento
dos indivíduos influencia o grupo – e suas realizações –, assim como também é
influenciado por ele.
Relembrando
Colocando em prática
Espero que tenha gostado, mas, antes de iniciar nossa próxima aula, reali-
ze os exercícios propostos no AVA para fixar os conhecimentos.
48
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Aula 2:
Concepções da
dinâmica de
grupo
Agora você centrará sua atenção nas concepções
da dinâmica de grupo. Saiba que existem diversas
concepções para a dinâmica grupal. No geral, cada
uma delas reflete uma posição particular do que
é e para que serve, observando este estudo como
uma especialidade do conhecimento que trata das
relações humanas em grupos sociais.
Unidade 2 49
dos fenômenos que ocorrem no aqui e agora do
mundo grupal. Ficou claro? Como exemplo, temos
a configuração espacial adotada regularmente por
uma unidade grupal.
TEORIA DE CAMPO:
Enunciada por Kurt Lewin,
aborda o comportamento
como decorrente de um Psicologia da Gestalt
campo dinâmico de forças
Dessa escola da Psicologia, o grande impulsiona-
que constitui seu espaço
dor da dinâmica grupal foi Kurt Lewin (1975), que,
de vida ou ambiente psi-
em sua Teoria de Campo, desenvolveu um esque-
cológico.
ma sui-generis para explicar as interações huma-
nas. Baseando-se nos princípios da topologia,
ramo da geometria que trata das relações espa-
CAMPO PSICOLÓGICO:
ciais sem considerar a mensuração quantitativa,
É um conceito criado por
estabeleceu uma teoria dinâmica da personalidade
Kurt Lewin para desig-
centrada na ideia de campo psicológico que
nar o espaço de vida que
mantém interdependência com múltiplas forças
contém a pessoa e seu
sociais. Campo psicológico? Isso mesmo!
ambiente psicológico.
50
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Para Lewin (1975), esse grupo age como uma totalidade dinâmica, buscando
formas de equilíbrio no seio de um campo de forças sociais, o que explica a
emergência de lideranças, fenômenos que aparecem como que reunindo um
campo social de alto privilégio e funciona como centro de atração de todos os
movimentos.
Vamos fazer uma pausa. Que tal você anotar em seu caderno as palavras difíceis
e depois consultar o dicionário? Faça isso agora mesmo!
Relembrando
Colocando em prática
A aula seguinte será muito interessante para compreender melhor o
assunto estudado, na qual você verá os tipos de grupos. Mas primeiro
realize as atividades propostas no AVA. Lembre-se de utilizar as fer-
ramentas do ambiente virtual para compartilhar informações e tirar
dúvidas com o professor tutor e os colegas. Preparado?
Unidade 2 51
Aula 3:
Tipos de grupos
Na aula anterior, tratamos das concepções da dinâmica de grupo. A partir de
agora vamos estudar os tipos de grupos. E você, já pensou sobre os tipos de
grupos que podemos encontrar?
Para entender os processos que envolvem grupos, nossa primeira tarefa será
desenvolver uma tipologia que facilite a compreensão de sua dinâmica. Os
grupos podem ser classificados genericamente de acordo com seu grau de
formalização (formal e informal) e de permanência (relativamente permanente
ou relativamente temporário). Vamos conhecer o significado de cada um deles?
Então siga em frente!
Pergunta
Mas como surgem as amizades dentro de um grupo? Você já refletiu
sobre isso?
52
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Relativamente Relativamente
permanentes temporários
Busca da comis-
Grupo dedesenvolvi-
Departamento de sãopara um novo
mento do novo pro-
controle de qualidade superintendente-
Formais
duto
da escola
Força-tarefa para
Grupo de controle controlar a quali-
de custos dade
do novo produto
muitas atividades
Grupo de boliche
juntos (vão a teatro,
Rede de mulheres
praticar esporte,
viajam)
Relembrando
Unidade 2 53
Colocando em prática
Vamos realizar uma atividade? Então aces-
se o AVA e bom trabalho!
Aula 4:
Estágios de
desenvolvimento
do grupo
Vamos lá, contagem regressiva! Falta pouco para
você concluir esta etapa do curso. Na aula anterior,
conhecemos dois tipos de grupos e sua dinâmica.
A partir de agora, trabalharemos os estágios do
desenvolvimento do grupo. Para iniciar o estudo
dessa nova abordagem, será necessário compreen-
der o que é aceitação mútua, comunicação e toma-
da de decisão, motivação, produtividade, controle
e organização.
DECISÃO: É uma esco-
lha racional entre várias Preparado? Então pegue lápis e papel e inicie já
alternativas disponíveis de seus estudos!
cursos ação.
54
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Unidade 2 55
Motivação e produtividade: a ênfase se desloca das preocupações e dos
pontos de vista pessoais para as atividades que beneficiarão o grupo. Os
membros executam tarefas que lhes foram designadas, cooperam entre si e
ajudam os outros a atingirem suas metas. Ficam então altamente motivados
e conseguem executar suas tarefas com criatividade, indo em seguida para a
etapa final do desenvolvimento.
Controle e organização: o grupo trabalha especificamente para atingir seus
objetivos. As tarefas são distribuídas de comum acordo e conforme a habi-
lidade de cada um. Em um grupo maduro, as atividades são relativamente
espontâneas e flexíveis, em vez de se submeter às restrições estruturais
rígidas. Os grupos maduros avaliam suas atividades, os resultados potenciais
e executam ações corretivas, caso seja necessário. As características de flexi-
bilidade, espontaneidade e autocrítica são muito importantes para o grupo
continuar produzindo por um longo período.
Relembrando
Colocando em prática
Para reforçar todo esse conhecimento, não deixe de realizar as ativida-
des propostas no AVA, certo?
56
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Aula 5:
Fatores de desempenho
do grupo
Você chegou à quinta aula desta unidade! Aqui verá que o desempenho de
qualquer grupo é afetado por diversos fatores, além dos motivos para sua for-
mação e das etapas para seu desenvolvimento. Em um grupo de desempenho
elevado, a sinergia entre os membros costuma evoluir para algo que supera
a soma de suas contribuições individuais. Uma série de outros fatores pode
também contribuir para esse desempenho acelerado. E quais são esses fatores
de desempenho do grupo? Os quatro fatores de desempenho do grupo são:
composição; tamanho; normas; e coesão.
Unidade 2 57
pos grandes, que tendem a fixar pautas para reuniões e seguir um protocolo
ou procedimento negociado entre todos, a fim de controlar as discussões.
Grupos grandes também apresentam maiores oportunidades para relações
interpessoais, o que leva a mais interações sociais e menos interações profis-
sionais. O ócio social consiste na tendência de alguns membros do grupo de
não fazer tanto esforço quanto fariam se trabalhassem sozinhos. Portanto, o
tamanho mais adequado para um grupo é determinado pela capacidade de
seus membros interagirem e influenciarem uns aos outros de modo eficaz.
A necessidade de interação é afetada pela maturidade do grupo, por suas
tarefas, pela maturidade de cada membro e pela habilidade do líder ou ad-
ministrador em conduzir a comunicação, os conflitos potenciais e as adversi-
dades de trabalho.
Normas: uma norma é um padrão, segundo o qual a adequação de um
comportamento é avaliada, determinando o comportamento desejado em
cada situação. As normas resultam de combinações das características de
personalidade dos membros, das situações, da tarefa e das tradições his-
tóricas do grupo. Na organização, as normas atendem a quatro propósi-
tos. Primeiro, ajudam a sobrevivência dos grupos, que, em geral, rejeitam
comportamentos que não ajudem a cumprir suas metas ou não contribuam
para sua sobrevivência caso esteja ameaçada. Em segundo lugar, as normas
simplificam e tornam mais previsíveis os comportamentos que as pessoas
esperam dos componentes dos grupos. Terceiro, as normas ajudam o grupo
a evitar situações constrangedoras. Por último, elas expressam os principais
valores referenciais dos grupos e o identificam com outros.
Coesão: a coesão no grupo revela até que ponto ele está empenhado em
se manter unido e resulta das forças que fazem os membros permanece-
rem juntos. As forças que geram a coesão consistem em atração ao grupo,
resistência em abandoná-lo e motivação para continuar membro do grupo.
Para alguns grupos de tomada de decisão, a coesão também pode ser um
fato fundamental no desenvolvimento de determinados problemas. Como
você verá na figura que segue, a coesão do grupo se relaciona com diversos
aspectos da dinâmica grupal.
58
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Relembrando
Nesta aula, você encontrou elementos que permitem fazer análise sobre
como o desempenho de qualquer grupo poderá ser afetado por diversos
fatores, além dos motivos para sua formação e das etapas para seu desen-
volvimento.
Unidade 2 59
Colocando em prática
Não deixe de fazer uma nova leitura de todo o conteúdo estudado. Sua
revisão também poderá ser feita por meio das atividades no ambiente
virtual. Confira!
Finalizando
Nesta unidade, você estudou os fatores de desempenho do grupo e
percebeu que o desempenho de qualquer grupo é afetado por diversos
fatores. Você conheceu quatro fatores importantes: composição; tama-
nho; normas; e coesão.
60
Aspectos
Relacionados
à Dinâmica
Intergrupos
3
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes.
61
Para Iniciar
Quando falamos em dinâmicas intergrupais, qual a ideia que vem a
você? A partir de agora, você conhecerá mais profundamente a di-
nâmica intergrupos. Ampliará sua compreensão sobre os fatores que
influenciam essas interações, os conflitos em grupos organizacionais e
as reações ao conflito em grupo.
Aula 1:
Dinâmica intergrupos
Você sabia que a contribuição do grupo para a organização e sua própria pro-
dutividade dependem da interação com outros grupos? Positivo! Para entender
a dinâmica intergrupal, é preciso prestar atenção nas interações. A orientação
para objetivos ocorre sob um conjunto altamente complexo de condições, que
determinam o relacionamento do grupo.
62
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
E esses fatores são bem importantes, você não acha? Conheça cada um deles
para entender melhor!
Unidade 3 63
Fatores que influenciam as interações intergrupos
A natureza da interação depende das características dos grupos envolvidos, do
ambiente organizacional e das bases para a interação situacional e de tarefa.
Confira!
64
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Qual a conclusão que você chega com a figura anterior? Você notou que as
características-chave dos grupos de interação afetam profundamente sua di-
nâmica? Isso se deve ao fato de cada um levar para o conjunto seus próprios
aspectos. Ah, é verdade!
Pergunta
E quando os indivíduos passam a fazer parte de um grupo, qual a influ-
ência deste em suas opiniões?
Unidade 3 65
Reflita
Que tal fazer uma pausa! Veja se você entendeu o assunto. Se não
compreendeu, volte a fazer uma nova leitura. Lembre-se de fazer as
anotações no seu caderno, certo?
Dica
Relembrando
Você está indo muito bem! O estudo que acaba de realizar lhe dará con-
dição de ter uma visão sobre a dinâmica intergrupos. Você já deve ter em
mente que o grande mobilizador para entender a dinâmica intergrupal está
nas interações.
Colocando em prática
Na próxima aula, você conhecerá novas situações dessa convivência em
grupo. Mas primeiro acesse o AVA e responda às atividades preparadas
especialmente para você. Vamos ao estudo!
66
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Aula 2:
Conflitos em grupos e
organizações
Agora você já está familiarizado com o assunto, não é mesmo? Com certeza
não encontrará dificuldades com as temáticas subsequentes. Então esteja moti-
vado e seja um vencedor!
Para iniciar o estudo, o que você acha que seja um conflito? Em geral, os confli-
tos ocorrem no momento em que os grupos interagem. Em sua forma mais sim-
ples, o conflito é um desacordo entre as partes. Em termos específicos, ocorre
sempre que uma pessoa ou um grupo acredita que suas tentativas de alcançar
um objetivo são dificultadas por outras pessoas ou grupos.
Atenção
Embora o conflito seja quase sempre considerado prejudicial e, portan-
to, algo a ser evitado, ele também pode ser vantajoso.
Unidade 3 67
O conflito sob a ótica do antigo paradigma
nada mais é que percepções e interpretações
divergentes das partes sobre um determina-
do assunto. É sempre visto como algo nega-
tivo, um rompimento, um fim. Mas pela nova
ordem sistêmica o conflito é um meio, uma
oportunidade de reconstrução de realidades
e motor gerador de energia criativa.
Conflitos podem ser verificados nos diversos setores da vida humana. No con-
texto familiar, de trabalho e com amigos, sempre haverão conflitos a serem
resolvidos.
Esse assunto traz reflexões interessantes, certo? Está curioso para aprender
mais? Avance!
68
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
No dia a dia das organizações e até mesmo de nossa vida pessoal, vivemos o
conflito de diferentes maneiras. Pensou em algum exemplo? Quantas vezes as
pessoas não atravessam nosso caminho dificultando ou mesmo nos impedindo
de atingir nossos objetivos?
Reflita
Dessa forma, o conflito não deve ser visto apenas como impulsionador
de agressões, disputas ou ataques físicos, mas como um processo que
começa em nossa percepção e termina com a adoção de uma ação
adequada e positiva.
Os conflitos surgem e é nosso dever estar situado quanto às suas causas. Mas
note que normalmente eles ocorrem por muitos aspectos. Como exemplo, po-
demos citar as diferenças em termos de informações e percepções. Costumei-
ramente, tendemos a obter informações e analisá-las à luz de nossos conheci-
mentos e referenciais, sem levar em conta que isso ocorre também com o outro
lado e, neste sentido, é preciso conversar ou apresentar nossas ideias, obser-
vando que as outras pessoas podem ter uma forma diferente de ver as coisas.
Relembrando
Nesta aula, você pôde ter uma visão sobre conflitos em grupo e organiza-
ções. A partir de agora, o seu entendimento em relação ao tema com cer-
teza será diferente e construtivo, não é mesmo? Lembre-se que o manejo
de situações de conflito é essencial para as pessoas e as organizações como
fonte geradora de mudanças. São das tensões conflitivas e dos diferentes
interesses das partes envolvidas que nascem oportunidades de crescimento
mútuo.
Colocando em prática
Preparado para mais um exercício? Então acesse o AVA e responda-o.
Utilize também as ferramentas para trocar conhecimentos. Vamos lá!
Unidade 3 69
Aula 3:
Reações ao conflito
Seja bem-vindo à terceira aula desta unidade. Você agora estudará as reações
ao conflito. Já pensou sobre isso? Esse assunto é muito interessante e certa-
mente será de grande valia para você. As reações mais comuns ao conflito são
fuga, acomodação, competição, colaboração e concessão. Sempre que acontece
um conflito entre grupos ou organizações, na realidade são os indivíduos que
entram em choque.
Está pronto para conhecer cada uma das reações? Então vá em frente em sua
aprendizagem! Lembre-se de sempre aplicar a teoria estudada em seu contexto
diário. Assim, a compreensão dos conteúdos será mais fácil.
70
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Ficou claro com todas essas explicações? Agora você já sabe o que representa
cada uma das reações mais comuns ao conflito. Siga em frente!
Relembrando
Nesta aula, você observou que as reações ao conflito são elementos impor-
tantes na vida orgânica do grupo. Conheceu as reações mais comuns em
situações de conflito, que são ferramentas poderosas para análise de intera-
ção do grupo.
Colocando em prática
Chegou a hora da atividade. Verifique no ambiente virtual e bons estu-
dos!
Finalizando
Parabéns! Você chegou ao final de mais uma unidade de estudos. Aqui,
aprendeu que as reações ao conflito são importantes e necessárias
na convivência em grupo. Nesta etapa, foi possível ter uma visão sim-
plificada das reações que são ferramentas poderosas para análise de
interação do grupo.
Unidade 3 71
Aspectos
Relacionados à
Administração de
Conflitos
4
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta unidade, você estará apto a:
73
Para Iniciar
Nesta unidade, você estudará um assunto muito interessante. Vamos
conduzi-lo para o campo relacionado à administração de conflitos.
Aqui, apresentaremos uma visão positiva do conflito para que você
possa diferenciar os diversos níveis e diferentes tipos de conflitos, bem
como entender suas consequências na sua vida cotidiana ou no am-
biente de trabalho.
Aula 1:
Administração de
conflitos
Quando se fala em administração de conflitos, a qual conclusão você chega? Já
parou para pensar quantos conflitos você já teve em sua vida e quantas ve-
zes administrou esses conflitos? Pois bem, veja você que administrar conflitos
envolve ter capacidade de negociação. Capacidade de negociação? Sim, e ela
é muito importante! Qualquer método de negociação precisa resultar em um
acordo sensato, eficiente e contribuir para aprimorar, ou pelo menos não preju-
dicar, o relacionamento.
74
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Unidade 4 75
Nota
Alguns profissionais viam o conflito de forma negativa, como resultan-
te da ação e do comportamento de pessoas indesejáveis, associado à
agressividade, ao confronto físico e verbal e a sentimentos negativos,
os quais eram considerados prejudiciais ao bom relacionamento entre
as pessoas e, consequentemente, ao bom funcionamento das organiza-
ções. (MENDES, 2002, p. 47).
Relembrando
Colocando em prática
Continue estudando sobre o tema e não deixe de realizar os exercí-
cios propostos no AVA! Eles são muito importantes para relembrar os
assuntos estudados.
76
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Aula 2:
Visão positiva do conflito
Você sabia que muitas vezes o conflito é salutar para o equilíbrio psicológico
dos envolvidos? Sim? Não? Para entender melhor, pense da seguinte maneira: o
conflito é fonte de ideias novas, podendo levar a discussões abertas sobre de-
terminados assuntos. Isso é muito positivo, você não acha? E permite a expres-
são e exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores.
Administrando conflitos
Depois de conhecer a visão positiva do conflito, como poderemos administrá-
lo? A administração de conflitos consiste exatamente na escolha e implementa-
ção das estratégias mais adequadas para lidar com cada tipo de situação. Para
isso, que tal voltarmos ao conceito de conflito?
Unidade 4 77
Isso quer dizer que no dia a dia vivemos o conflito de diferentes maneiras.
Pense na seguinte situação: quantas vezes as pessoas atravessam seu caminho,
dificultando ou impedindo que você atinja seus objetivos? Assim, o conflito não
deve ser visto apenas como impulsionador de agressões, disputas ou ataques
físicos, mas como um processo que começa na nossa percepção e termina com
a adoção de uma ação adequada e positiva. Chegou a hora de conhecer as pos-
síveis causas do conflito. Vá em frente!
Reflita
Quais os fatores que levam ao conflito?
Podemos afirmar que vários são os fatores que levam ao conflito. Segundo
Mendes (2002, p. 48), para a correta administração do conflito é importante que
sejam conhecidas as possíveis causas que levaram ao seu surgimento. Dentre
elas, é possível citar:
Experiência
de frustração de uma ou ambas as partes; incapacidade de atin-
gir uma ou mais metas e/ou de realizar e satisfazer os seus desejos, por al-
gum tipo de interferência ou limitação pessoal, técnica ou comportamental.
Asdiferenças de personalidade são invocadas como explicação para as
desavenças tanto no ambiente familiar como no ambiente de trabalho, e
78
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Nota
“A administração de conflitos consiste exatamente na escolha e imple-
mentação das estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo
de situação” (MENDES, 2002, p. 48).
Neste sentido, cada situação exigirá uma postura na hora de administrar o con-
flito. E, para isso, é fundamental que fique claro que as informações que se tem
nem sempre são as mesmas percepções das outras pessoas.
Unidade 4 79
Relembrando
Nessa aula você encontrou elementos que permitem ter uma visão positiva
do conflito. Entendeu que o conflito é salutar para a vida das pessoas em
uma organização e que é uma fonte de ideias novas para dirimir o conflito.
Certamente, a partir de agora você terá uma nova visão dos conflitos, não é
mesmo? Mas não pense em sair por aí brigando com as pessoas e com seus
colegas de trabalho. Veja os conflitos sob pontos de vistas diferentes.
Colocando em prática
Agora você já sabe! Os exercícios estão aguardando por você no AVA.
Siga em frente com atenção e entusiasmo!
Aula 3:
Níveis de conflito
Na aula anterior, você teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre o tema
conflito. Apesar de ser positivo em alguns aspectos, quando é possível extrair
proveito dos conflitos, também é necessário entender sua natureza e olhar o
lado positivo de cada situação.
80
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
O lado positivo dos conflitos nas organizações é que, quando resolvidos com
base na razão e na natureza, a mobilização dos recursos e da energia entre as
partes promove a busca criativa de soluções, eleva a habilidade das pessoas
para o trabalho em equipe e, acima de tudo, estimula a confiança e o relaciona-
mento entre as partes.
Níveis de conflito
Nível
1 – Discussão: é o estágio inicial do conflito; caracteriza-se normal-
mente por ser racional, aberta e objetiva.
Nível2 – Debate: neste estágio, as pessoas fazem generalizações e buscam
demonstrar alguns padrões de comportamento. O grau de objetividade exis-
tente no nível 1 começa a diminuir.
Nível3 – Façanhas: as partes envolvidas no conflito começam a mostrar
grande falta de confiança no caminho ou alternativa escolhida pela outra
parte envolvida.
Unidade 4 81
Nível4 – Imagens fixas: são estabelecidas imagens preconcebidas com re-
lação à outra parte, fruto de experiências anteriores ou de preconceitos que
trazemos, fazendo com que as pessoas assumam posições fixas e rígidas.
Nível5 – Loss offace (ficar com a cara no chão): trata-se da postura de con-
tínuo neste conflito, onde custe o que custar lutarei até o fim, o que acaba
por gerar dificuldades para que uma das partes envolvidas se retire.
Nível6 – Estratégias: neste nível, começam a surgir ameaças e as punições
ficam mais evidentes. E o processo de comunicação, uma das peças funda-
mentais para a solução de conflitos, fica cada vez mais restrito.
Nível7 – Falta de humanidade: no nível anterior evidenciam-se as ameaças
e punições. Neste, aparecem com muita frequência os primeiros comporta-
mentos destrutivos. As pessoas passam a se sentir cada vez mais desprovida
de sentimentos.
Nível8 – Ataque de nervos: nesta fase, a necessidade de se autopreservar
e se proteger passa a ser a única preocupação. A principal motivação é a
preparação para atacar e ser atacado.
Nível9 – Ataques generalizados: neste nível chega-se às vias de fato e não
há outra alternativa a não ser a retirada de um dos dois lados envolvidos ou
a derrota de um deles.
Relembrando
Colocando em prática
Mas antes de iniciar nossa próxima aula, que tal realizar a atividade
proposta no AVA?
82
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Aula 4:
Tipos de conflito
Nas aulas anteriores da unidade 4, você conheceu um pouco sobre o conflito.
Mas o estudo não está completo. Vamos estudar os tipos de conflito existentes
nas relações?
Quer conhecer cada um deles? Então vamos aprender juntos no decorrer dessa
aula.
De acordo com Mendes (2002, p. 50-51), existem alguns tipos de conflitos. Con-
fira!
Tipos de conflitos
Conflitolatente: não é declarado e não há, mesmo por parte dos elemen-
tos envolvidos, uma clara consciência de sua existência. Eventualmente não
precisam ser trabalhados. Para lidar com conflitos, é importante conhecê-los,
saber qual é sua amplitude e como estamos preparados para trabalhar com
eles.
Conflito percebido: os elementos envolvidos percebem, racionalmente, a
existência do conflito, embora não haja ainda manifestações abertas dele.
Conflitosentido: é aquele que já atinge ambas as partes e em que há emo-
ção e forma consciente.
Conflito manifesto: trata-se do conflito que já atingimos ambas as partes,
já é percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da organização.
Unidade 4 83
Ah, você percebeu que os conflitos podem ser de diversos gêneros, não é mes-
mo? Mas em que áreas eles podem acontecer? Prossiga para saber mais!
Áreas de conflito
Os conflitos podem ser divididos nas seguintes áreas (MENDES, 2002, p. 51):
84
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Relembrando
Colocando em prática
Pronto para mais uma atividade? Então acesse o AVA. Além de trocar
informações com os colegas e professor tutor, os exercícios estão dis-
poníveis!
Aula 5:
Conflitos interpessoais
nas organizações
Depois de conhecer os tipos e as áreas de conflito, você já se perguntou como
os conflitos ocorrem nas relações interpessoais do dia a dia? É esse assunto que
veremos a partir de agora!
Segundo Mendes (2002, p. 52), os conflitos se dão entre duas ou mais pessoas
e podem ocorrer por vários motivos: diferenças de idade, sexo, valores, crenças,
por falta de recursos materiais, financeiros, por diferenças de papéis, podendo
ser divididos em dois tipos. Está pronto para conhecê-los?
Mendes (2002, p. 52) observa alguns conflitos nas relações interpessoais. Acom-
panhe com atenção!
Unidade 4 85
Conflitos das relações interpessoais
Hierárquicos:colocam em jogo as relações com a autoridade existente.
Ocorre quando a pessoa é responsável por algum grupo, não encontrando
apoio nos seus subordinados e vice-versa. Neste caso, as dificuldades en-
contradas no dia a dia deixam a maior parte das pessoas envolvidas desam-
parada quanto à decisão a ser tomada.
Pessoais:dizem respeito ao indivíduo, à sua maneira de ser, agir, falar e to-
mar decisões. As rixas pessoais fazem com que as pessoas não se entendam
e, portanto, não se falem. Em geral esses conflitos surgem a partir de peque-
nas coisas ou situações nunca abordadas entre os interessados. O resultado
é um confronto tácito que reduz em muito a eficiência das relações.
Consequências do conflito
Depois de verificar como os conflitos acontecem dentro das relações interpes-
soais, o que precisa ser observado são as consequências que as atitudes podem
ocasionar. Segundo Mendes (2002), lidar com o conflito implica trabalhar com
grupos e tentar romper alguns dos estereótipos vigentes na organização. Al-
guns podem ser considerados negativos e aparecem com frequência.
86
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Mas veja bem! Se por um lado dentro de cada organização existem os estere-
ótipos genéricos referentes às categorias profissionais, além dos modelos que
fazem parte de sua cultura individual, como heróis, mitos, tipos ideais, come-
çam a surgir os perdedores, ganhadores, culpados e inimigos.
Unidade 4 87
Depois dessas explicações sua visão sobre o assunto está bem diversificada,
certo? Que tal agora relembrar o estudo respondendo às atividades no AVA e
seguir para a próxima aula? Adiante!
Relembrando
Colocando em prática
Vamos agora testar seu conhecimento referente ao que você acabou de
estudar, OK? Veja as atividades no AVA e siga em frente!
Aula 6:
Como administrar os
conflitos
Vamos passar agora para a última aula do curso. Na aula anterior, você estudou
as consequências do conflito e agora verá como administrar os conflitos. Então
siga em frente! Certamente esses assuntos serão muito úteis para você!
88
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Mas o que é preciso para solucionar os conflitos? Lembre-se que, para uma
eficaz resolução dos conflitos, é preciso compatibilizar alguns passos a serem
seguidos. Conhecer e aplicar alguns saberes e definir o estilo a ser adotado são
de suma importância para dirimir os conflitos.
Na sequência, você verá o que Mendes (2002) elege como passos importantes
para seguir em seu dia a dia. Note que eles podem ser aplicados na vida pesso-
al e profissional.
Para que a negociação possa ocorrer, é necessário que ambas as partes tenham
as seguintes capacidades: saber comunicar, saber ouvir e saber perguntar.
Para ficar mais claro, vamos observar alguns estilos e algumas características
definidas por Mendes (2002, p. 55).
Unidade 4 89
Ah, então existem vários estilos de comportamentos diante dos conflitos, não
é mesmo? Você se enquadra em algum deles? Para finalizar o estudo, que tal
refletir sobre a questão seguinte?
Reflita
Como você avalia a administração de conflitos na sua empresa? Envol-
ve-se mais com que tipo de conflito? Se listasse as principais causas
dos conflitos nos quais se envolve, o que encontraria? Quais são as
suas limitações para lidar com essas causas?
Relembrando
Nesta aula, você estudou o conflito. Mas é importante que você tenha em
mente que
Colocando em prática
Vamos realizar mais um exercício para fixar o conteúdo? Então acesse o
Ambiente Virtual de Aprendizagem. Lá você também poderá interagir
com o professor tutor e os colegas. Compartilhe e aprenda cada vez
mais!
90
Desenvolvimento de Habilidades em Grupos
Finalizando
Parabéns!
Foi muito bom ter compartilhado com você alguns saberes sobre o De-
senvolvimento de Habilidades em Processo de Grupos. Tenho a certeza
de que os conhecimentos adquiridos servirão para o seu dia a dia na
vida profissional e pessoal. Mas lembre-se de procurar sempre atualiza-
ções sobre o que você acabou de estudar. É muito importante!
Para finalizar, fica a reflexão de que o maior debate no futuro não será
sobre ciência ou tecnologia, mas sim sobre boa convivência, ética e
moralidade humana. Pense nisso!
Unidade 4 91
Conhecendo o
autor
93
Referências
95
Desenvolvimento de Habilidades em Grupo
96