Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EM PROJ
ETOS
Aprendizagem baseada em projetos 0
APRENDIZAGEM BASEADA EM
PROJETOS
Edição revisada
Grupo A Educação
Porto Alegre 2022
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 1
© 2022 – Grupo A Educação. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito
dos autores e do detentor dos direitos autorais.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
_____________________________________________________
S581g
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-387-3102-3
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 2
Sumário
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA |03
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 3
Apresentação
Olá!
Neste livro, você verá o que é aprendizagem dentro das organizações e o modelo
conceitual para a gestão da aprendizagem organizacional.
Boa leitura.
Bons estudos!
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 4
UNIDADE I
Aprendizagem organizacional
APRESENTAÇÃO
Olá!
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 5
DESAFIO
INFOGRÁFICO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 6
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
RESUMO
INTRODUÇÃO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 7
Esta nova visão de mundo substituiu a visão reduzida da organização como uma
estrutura simplificada e departamentalizada, cujos elementos constituintes eram passíveis
de controle e predeterminação e cujo funcionamento poderia ser explicado a partir de
leis gerais. Em contrapartida, o paradigma sistêmico introduz uma visão da organização,
por meio da metáfora de organismo complexo, submetido à atuação de múltiplas e
indeterminadas variáveis e a relações não lineares.
A difusão dos pressupostos sistêmicos coincide com o declínio da burocracia e
do taylorismo como formas de gestão das organizações e do trabalho, em função das
mudanças ocorridas no contexto organizacional após a segunda guerra mundial. Estas
mudanças levaram a maiores exigências de inovação e qualidade de produtos
provocando, posteriormente, a crise do setor industrial em paralelo à expansão do setor
de serviços. Como consequência, há uma mudança sobre as demandas de qualificação
dos indivíduos. Nas organizações burocráticas, os trabalhadores deveriam restringir-se às
atividades previamente prescritas e à tomada de decisões baseada em categorizações
preexistentes, sendo submetidos a um controle direto. A hiperespecialização, exigida
pelos processos burocráticos, foi substituída pela necessidade de um trabalhador com
formação generalista, capaz de adaptar-se a diferentes processos e, principalmente,
capaz de exercer a autonomia para decidir rapidamente quando da ocorrência de
eventos inesperados no decorrer do seu trabalho. Em outras palavras, um indivíduo apto
a lidar com as organizações complexas preconizadas pela visão sistêmica.
Dentre as características exigidas por este tipo de organização encontra-se a
capacidade do indivíduo de aprender continuamente, formatando ao longo da sua
vida “produtiva” múltiplos conhecimentos sobre os novos processos de produção. Da
mesma forma, é demandada a capacidade de compartilhar o conhecimento adquirido
sobre as atividades de trabalho, a fim de possibilitar a constituição de sistemas produtivos
flexíveis (assim como a adaptação a estes sistemas). O discuro presente neste “novo”
tipo de gestão voltada para a obtenção da flexibilidade ressalta com frequência a
ampliação do espaço de autonomia e intervenção do sujeito sobre o seu próprio
trabalho, além de supostamente permitir uma compreensão mais abrangente da
organização, em contraposição à percepção fragmentada do indivíduo sobre o
processo de trabalho sob a gestão burocrática, possibilitando a constituição de um
ambiente mais propício ao desenvolvimento humano.
É na oposição a esta visão da aprendizagem organizacional que se situa a
análise que desenvolvemos neste capítulo, a saber, a discussão da aprendizagem
organizacional não como uma possibilidade de desenvolvimento humano no trabalho. A
nosso ver, a aprendizagem organizacional é utilizada como tecnologia de gestão que
amplia o controle da organização sobre os indivíduos, no que se refere ao controle de
suas premissas cognitivas, não obstante ela esteja fortemente revestida, nos meios
acadêmicos e empresariais, por um discurso de autonomia do trabalho e crescimento
dos indivíduos.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 8
Sistemas, segundo a qual “a propriedade das partes não são propriedades intrínsecas,
mas só podem ser entendidas dentro do contexto do todo maior” (Capra, 1998).
Prestes Motta (1971) entende por teoria dos sistemas um conjunto complexo de
elementos que estão em constante interação e intercâmbio com os diversos ambientes.
Esta teoria foi influenciada por diversas disciplinas científicas, entre elas biologia, ciências
sociais e relações humanas. Para o estudo da aplicação do modelo do sistema aberto à
teoria das organizações, a visão do processo simbiótico, pelo contato dessa abordagem
com a teoria sociológica, é fundamental, assim como o conhecimento do funcionalismo,
na concepção de Talcott Parsons.
Foram fundamentais as contribuições do biólogo Ludwig von Bertalanffy que
objetivava criar uma unidade entre as diversas ciências, sendo contra o reducionismo
científico presente na década de 50. Segundo este biólogo, “um sistema pode ser
definido como um complexo de elementos em interação que formam um todo
organizado no sentido de alcançar um propósito” (Bertalanffy, 1975, p. 33). Assim, Von
Bertalanffy especifica as funções básicas da Sociedade de Pesquisa Geral dos Sistemas,
fundada em 1954:
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 9
Outras influências também têm sido absorvidas por muitos estudiosos que
adotaram o modelo do sistema aberto na teoria das organizações. Entre elas se
encontra a psicologia social, pela obra de F. H. Allport, que desenvolveu suas ideias em
uma linha adequada à abordagem sistêmica das organizações, definindo estrutura
como ciclos de eventos paralelos ou tangenciais que ocorrem em um sistema social.
Da mesma forma, as ideias difundidas pela Teoria Geral de Sistemas e pelo
Funcionalismo Parsoniano influenciaram significativamente os pesquisadores do Instituto
Tavistock, de Londres, Fred Emery e Eric Trist, responsáveis pela elaboração do Modelo
Sociotécnico de Organização. O Modelo Sociotécnico baseia-se na valorização não
somente dos aspectos técnicos e tecnológicos do ambiente organizacional como
também dos aspectos humanos e sociais: “a organização eficiente precisa levar em
conta tanto as importações que o subsistema social faz do ambiente, isto é, valores e
aspirações, como também a que faz o subsistema técnico, ou seja, matérias-primas,
equipamentos, etc.” (Motta; Vasconcellos, 2006, p. 181).
A noção sociotécnica de organização compreende que a eficiência produtiva
seria, portanto, decorrente da integração entre os aspectos técnicos e sociais da
organização, entendendo-se o subsistema técnico como aquele capaz de conferir a
eficiência potencial do sistema como um todo, enquanto que o subsistema social seria
responsável por tornar a eficiência potencial em eficiência real. Em outras palavras, o
modelo aponta para o fato de que a eficiência técnica/tecnológica só é possível de ser
alcançada considerando-se a participação dos indivíduos nos processos organizacionais
de forma a mobilizar suas capacidades de aprendizagem e relacionamento mútuo,
promovendo desta forma a integração entre os diferentes subsistemas de forma
harmoniosa (e, consequentemente, produtiva).
A concepção sociotécnica está alicerçada, assim, em características que a
distinguem da concepção clássica de organização burocrática, uma vez que ela
pressupõe que o indivíduo possua uma visão sistêmica do seu trabalho, como um
conjunto de atividades integradas entre si, e não como uma série de tarefas parcelizadas
que não possibilitam a percepção do todo; há uma ênfase no trabalho em grupo, no
lugar do trabalho individualizado, sendo este grupo responsável pela organização de
suas atividades e da própria distribuição de tarefas, conferindo um alto grau de
autonomia ao grupo no que concerne à tomada de decisões relativas ao processo de
trabalho, excluindo a existência de controles do trabalho externos aos grupos.
O modelo sociotécnico de organização foi aplicado em várias empresas
automobilísticas suecas na década de 70, como a Saab Scania e a Volvo. Nesta última,
principalmente, em duas plantas nas cidades de Kalmar e Uddevala (esta construída no
início da década de 90), que, em função de suas características únicas de organização
do trabalho, tornaram-se paradigmas organizacionais.
Ambas as fábricas da Volvo eram organizadas com base no trabalho em equipe:
todas as tarefas de montagem dos veículos eram definidas pelos grupos de trabalho,
assim como a distribuição das atividades e a organização de outras rotinas inerentes ao
processo produtivo. A participação dos funcionários, desde operadores até os níveis
diretivos, ocorreu desde o projeto da planta. Não havia níveis de supervisão na fábrica
para o controle do trabalho, e a verificação de qualidade era compartilhada pelos
próprios empregados.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 10
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 11
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 12
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 13
A segunda corrente tem sua origem nos estudos de uma tendência que ficou
conhecida, principalmente na Grã-Bretanha, como análise do processo de trabalho* e
que ganhou força e evidência a partir do trabalho seminal de Braverman (1974). De
acordo com ela, as organizações e os indivíduos se encontram em constante conflito
onde cada parte tenta ganhar algo em relação à outra para diminuir sua dependência
de poder. Este poderia ser entendido como um “jogo de soma zero”, onde uma
quantidade total de poder é distribuída em um sistema e, quando uma parte aumenta
seu volume de poder, o faz necessariamente a retirando da outra parte. Essa perspectiva
sustenta que as novas tecnologias de gestão são introduzidas pelas organizações para
aumentar o controle sobre a força de trabalho. É nessa direção, entendendo a
aprendizagem organizacional como uma tecnologia de gestão, que apresentamos
nosso argumento neste capítulo. O conflito, nesta visão, é entendido como parte
constituinte do sistema, já que as organizações não são sistemas cibernéticos ou
biológicos, mas sociais.
A questão do controle tem sido sempre central na teoria das organizações.
Como sugere Kouzmin (1980, p. 134) “organização significa um método de controle
social, uma forma de impor regularidade à sociedade ou à ação coletiva”. A
centralidade do controle na teoria das organizações também foi enfatizada por
Tannenbaum (1968, p. 3) que afirmou que:
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 14
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 15
CONCLUSÃO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 16
momento que entra no jogo a aprendizagem organizacional; uma regra segundo a qual
o indivíduo que aprendeu, e portanto ganhou poder para jogar, é obrigado a
compartilhar seu aprendizado em um suposto benefício mútuo, como se o jogo pudesse
ser considerado uma partida do tipo ganha-ganha. Esse argumento só pode ser
considerado razoável quando se aceita o paradigma sistêmico-funcionalista como
orientação epistemológica, origem da aprendizagem organizacional.
Não nos cabe discorrer agora sobre as formas como se dá a passagem da
aprendizagem individual para a organizacional. Este livro está cheio de exemplos nos
capítulos seguintes (treinamentos, cursos, institucionalização de regras e procedimentos,
etc.) Cabe-nos, entretanto, reafirmar o nosso argumento de que tanto quanto razoável,
no sentido de possuir lógica interna, consideramos a técnica de gestão, conhecida
como aprendizagem organizacional fundamentada na visão sistêmico-funcionalista de
organização social, se não ingênua, no mínimo perigosa para o indivíduo.
EXERCÍCIOS
B) Uma organização.
D) Uma escola.
A) São organizações que não estimulam o seu elemento humano para o alcance de um
objetivo comum.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 17
3) _______ é entendida como uma forma avançada de controle das premissas cognitivas
(controle visível), uma vez que tem sido considerada como uma questão estratégica
relacionada não apenas a questões técnicas, mas também a mudanças culturais nas
organizações.
A) A organização.
B) A aprendizagem organizacional.
C) A aprendizaqgem.
C) Adquirir uma postura flexível, em que o erro é visto como uma experiência positiva,
além de uma oportunidade na construção de um novo conhecimento.
A) Modelos mentais.
B) Domínio pessoal.
C) Aprendizado em grupo.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 18
D) Objetivo comum.
E) Raciocínio sistêmico.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 19
UNIDADE II
Dinâmica de equipe
APRESENTAÇÃO
Olá!
Você já ouviu a expressão de que o todo pode ser maior do que a simples equação de
soma das partes? Analogamente, o conjunto das performances individuais isoladas de
um grupo de determinada organização pode ser ampliada pela ideia de que em uma
equipe, as performances são desenvolvidas coletivamente, em torno de um objetivo
comum. Com o compartilhamento de metas e modos de fazer e operacionalizar o
trabalho, a integração de competências pode desdobrar-se em resultados otimizados
pela cadência na realização das atividades laborais.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as principais diferenças e entre
equipes e grupos, bem como as diferentes maneiras pelas quais uma equipe pode
contribuir para a consecução de metas e objetivos organizacionais, além de identificar
tipos de equipes, como a autodirigida e a virtual.
Bons estudos.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 20
DESAFIO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 21
INFOGRÁFICO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 22
DINÂMICA DE EQUIPE
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 23
vai trabalhar nas próximas três ou quatro semanas”, conta um líder de equipe na fábrica
de Hull, que produz o antiácido Gaviscon® e outros medicamentos de venda livre. Outro
líder de equipe se orgulha em dizer que sua equipe se tornou “uma das mais eficientes
do norte da Europa” porque “tivemos a oportunidade de assumir o controle em relação
à linha”.
O espírito de equipe da Reckitt Benckiser se estende ao marketing, pesquisa e
outras funções, muitas vezes com equipes virtuais. “Na maioria dos projetos de que
participei, os membros de equipe quase sempre estão em países diferentes”, explica
Gaonan, que trabalha no grupo de serviços de informação (SI) da RB. “O que você acha
que é a base das equipes globais?”, ele pergunta. “O elementos essencial é a
confiança. O pessoal de SI que está em um local confia que seus membros de equipe
que estão em outro continente entendem totalmente e podem ajudá-los a resolver seus
problemas”.
A cultura orientada para equipes da RB é reforçada pela socialização,
recompensas e eventos de formação de equipe. Por exemplo, 65 funcionários de 34
países se reuniram recentemente no Brasil para reformar instalações dedicadas a
crianças em idade pré-escolar em situação vulnerável e para levantar fundos com uma
caminhada na natureza. “Trabalho não faltava e todos trabalhamos incrivelmente bem
em equipe... é o estilo da RB, é claro!”, conta Mmalorato Mabaso, gerente da RB na
África do Sul que participou do evento no Brasil. “A equipe se reuniu com uma só objetivo
em mente: levar esperança às crianças”.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 24
Por que as equipes estão ficando tão importantes e como as empresas podem
reforçar seu potencial para a eficácia organizacional? Encontramos a resposta para essa
e outras perguntas neste capítulo sobre dinâmica de equipe, que começará definindo as
equipes e examinando as razões pelas quais as empresas se baseiam nelas e por que as
pessoas participam de grupos informais nos contextos organizacionais. Uma grande parte
deste capítulo examinará um modelo de eficácia da equipe, que inclui o ambiente da
equipe e o da organização, a formação de equipes e os processos de equipe: o
desenvolvimento, as normas, a coesão e a confiança. Depois voltaremos nossa atenção
para dois tipos específicos de equipes: autodirigidas e virtuais. A seção final deste
capítulo examinará desafios e estratégias para tomar melhores decisões em equipe.
Objetivos de aprendizagem
OA1 Discutir os benefícios e limitações das equipes e explicar por que os funcionários
participam de grupos informais.
OA2 Apresentar o modelo de eficácia da equipe e discutir como as características da
tarefa, o tamanho e a composição da equipe influenciam em tal eficácia.
OA3 Discutir como os quatro processos da equipe (desenvolvimento, normas, coesão e
confiança) influenciam em sua eficiência.
OA4 Discutir as características e fatores necessários para o sucesso das equipes
autodirigidas e das equipes virtuais.
OA5 Identificar quatro restrições à tomada de decisão da equipe e discutir as vantagens
e desvantagens das quatro estruturas destinadas a aprimorá-la.
Equipes são grupos de duas ou mais pessoas que interagem e influenciam umas
às outras, que se consideram mutuamente responsáveis por atingir objetivos comuns
associados aos objetivos organizacionais e que se percebem como uma entidade social
dentro de uma empresa.4 Essa definição tem alguns componentes importantes que
valem a pena ser enfatizados. Primeiro, todas as equipes existem para satisfazer alguma
finalidade, por exemplo, consertar linhas de transmissão elétrica, montar um produto,
conceber um novo programa de bem- -estar social, tomar uma decisão importante ou
atingir algum outro objetivo. Segundo, os membros da equipe são mantidos unidos pela
sua interdependência e necessidade de colaboração para atingir objetivos comuns.
Todas as equipes requerem alguma forma de comunicação para que os membros
possam coordenar e compartilhar objetivos comuns. Terceiro, os membros da equipe
influenciam uns aos outros, embora alguns possam ser mais influentes do que outros em
relação aos objetivos e atividades da equipe. Finalmente, uma equipe existe quando
seus membros se veem como uma equipe.
A Figura 8.1 descreve brevemente diversos tipos de equipes organizacionais.
Algumas equipes são permanentes, enquanto outras são temporárias; algumas são
responsáveis por criar produtos ou prestar serviços, enquanto outras existem para tomar
decisões ou compartilhar conhecimento. Cada tipo de equipe foi criado
deliberadamente para atender a um propósito organizacional. Algumas equipes, como
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 25
GRUPOS INFORMAIS
Por que os grupos informais existem? Uma razão para isso é que os seres humanos
são animais sociais. A evolução gerou um impulso inato de nos vincularmos, criando uma
necessidade de pertencer a grupos informais.6 Isso é evidenciado pelo fato de que as
pessoas investem tempo e esforço consideráveis formando e mantendo relações sociais
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 26
sem quaisquer circunstâncias especiais ou outros motivos. Outra razão pela qual as
pessoas participam de grupos informais é dada pela teoria da identidade social,
segundo a qual os indivíduos se definem pelos grupos aos quais são afiliados (ver
Capítulo 3). Desse modo, participamos de grupos, particularmente os que são vistos
favoravelmente pelas outras pessoas e que têm valores similares aos nossos, porque eles
moldam e reforçam nossos autoconceitos.
Uma terceira razão pela qual as pessoas são motivadas a formar grupos informais
é que tais grupos realizam tarefas que não podem ser realizadas por indivíduos que
trabalham isoladamente. Por exemplo, os funcionários às vezes se reúnem para
combater mudanças organizacionais porque esse esforço coletivo tem mais energia do
que quando os indivíduos tentam enfrentar a mudança sozinhos. Esses grupos informais,
chamados de coalizões, são discutidas no Capítulo 10. Uma quarta explicação para a
existência dos grupos informais é que nos sentimos confortados pela mera presença de
outras pessoas e, portanto, somos motivados a ficar próximos delas nas situações
estressantes. Quando estão em perigo, as pessoas se juntam, mesmo que isso não tenha
um efeito protetor. De modo similar, os funcionários tendem a socializar com mais
frequência após ouvirem rumores de que a empresa pode ser adquirida por um
concorrente. Como explicou o Capítulo 4, esse convívios social minimiza o estresse ao dar
apoio emocional e/ou informacional para amortecer a experiência de estresse.
Os grupos informais não são criados para atender aos objetivos organizacionais.
Todavia, eles têm uma profunda influência sobre as empresas e seus funcionários. Os
grupos informais têm potencial para minimizar o estresse do funcionário porque, como
acabamos de mencionar, os membros do grupo proporcionam apoio social emocional e
informacional. Tal capacidade melhora o bem-estar do funcionário e, no processo, a
eficácia organizacional. Os grupos informais também são a espinha dorsal das redes
sociais, fontes importantes de criação de confiança, compartilhamento de informações,
poder, influência e bem-estar dos funcionários no local de trabalho.9 O Capítulo 9
descreverá a importância crescente dos sites de rede social similares ao Facebook e ao
LinkedIn para estimular a formação de grupos informais e a comunicação a eles
associada. O Capítulo 10 explica como as redes sociais são uma fonte de influência em
ambientes organizacionais. Os funcionários com redes informais fortes tendem a ter mais
poder e influência porque recebem informações melhores e tratamento preferencial das
outras pessoas, e seu talento é mais visível para os principais tomadores de decisão.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 27
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 28
Apesar dos muitos benefícios do trabalho das equipes, elas nem sempre são tão
eficazes quanto os indivíduos trabalhando sozinhos.15 Geralmente, as equipes são mais
adequadas para o trabalho complexo, como projetar uma edificação ou auditar os
registros financeiros de uma empresa. Sob essas circunstâncias, uma pessoa sozinha
raramente possui todo o conhecimento e as habilidades necessárias. Em vez disso, os
trabalhos complexos são realizados com melhor qualidade com a divisão das tarefas
entre funções mais especializadas, com as pessoas em tais cargos especializados se
coordenando umas com as outras. Por outro lado, o trabalho normalmente é realizado
de maneira mais eficaz pelos indivíduos isoladamente quando possuem todo o
conhecimento e habilidades necessárias e quando ele não pode ser dividido em tarefas
especializadas ou não é suficientemente complexo para se beneficiar da
especialização. Mesmo quando o trabalho pode e deve ser especializado, uma estrutura
de equipe pode não ser necessária se as tarefas realizadas por várias pessoas exigirem
pouca coordenação.
O principal problema das equipes é que elas têm custos adicionais chamados
perdas de processo, que são os recursos (incluindo tempo e energia) despendidos para o
desenvolvimento e a manutenção da equipe em vez da tarefa.16 Para um indivíduo, é
muito mais eficiente trabalhar uma questão sozinho do que resolver diferenças de
opinião com outras pessoas. Para que uma equipe tenha um bom desempenho, seus
membros precisam entrar em acordo e compreender mutuamente seus objetivos, a
estratégia para alcançar tais objetivos, suas funções específicas e as regras de conduta
informais. Os membros da equipe precisam desviar tempo e energia que seriam
destinados à realização do trabalho para que possam desenvolver e manter esses
elementos necessários para a equipe. O problema das perdas de processo é
particularmente evidente quando mais funcionários são acrescentados ou substituem
outros na equipe. O desempenho da equipe sofre quando ela acrescenta membros
porque os funcionários precisam aprender como a equipe funciona e como se
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 29
Ócio social
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 30
social ocorre com menos frequência entre os membros que valorizam a participação na
equipe e acreditam trabalhar para atender aos objetivos dela.
Em suma, as equipes podem ser forças poderosas de vantagem competitiva ou
significar mais problemas do que soluções, tanto que o desempenho e o moral no
trabalho diminuem quando os funcionários são colocados em equipes. Para
compreendermos quando as equipes são melhores do que os indivíduos trabalhando
sozinhos, precisamos examinar mais de perto as condições que tornam as equipes
eficazes ou ineficazes. As próximas seções deste capítulo discutirão o modelo de eficácia
da equipe.
Por que algumas equipes são eficazes enquanto outras fracassam? Para
responder a essa pergunta, precisamos esclarecer o significado de eficácia da equipe.
Uma equipe é eficaz quando beneficia a empresa, seus membros e sua própria
sobrevivência.22 Primeiro, as equipes existem para servir a algum propósito
organizacional, então a eficiência é medida parcialmente pela realização desse
propósito. Segundo, a eficácia de uma equipe se baseia na satisfação e no bem- -estar
dos seus membros. As pessoas participam de grupos para satisfazer suas necessidades,
então a eficácia é medida parcialmente pela sua satisfação. Finalmente, a eficácia da
equipe inclui sua própria viabilidade, sua capacidade para sobreviver, pois deve
conseguir manter o comprometimento dos seus membros, particularmente durante a
turbulência do desenvolvimento da equipe. Sem esse comprometimento, a equipe
desmorona. A equipe também deve garantir recursos suficientes e encontrar um
ambiente benevolente no qual atuar.
Os pesquisadores desenvolveram vários modelos ao longo dos anos para
identificar as características ou condições que tornam algumas equipes mais eficazes do
que outras. A Figura 8.2 reúne os principais componentes desses modelos de eficácia das
equipes. Examinaremos de perto cada componente ao longo das próximas páginas. A
melhor maneira de analisar a figura é como um metamodelo que conecta diversas
teorias, pois cada componente (desenvolvimento da equipe, coesão da equipe, etc.)
tem o seu próprio conjunto de teorias e modelos para explicar sua própria atuação.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 31
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 32
Características da tarefa
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 33
Tamanho da equipe
Qual é o tamanho ideal para uma equipe? A varejista on-line Amazon segue a
regra da “equipe de duas pizzas”, a saber, que a equipe deve ser pequena o suficiente
para ser alimentada confortavelmente com duas pizzas grandes. A regra produz equipes
de cinco a sete funcionários. No outro extremo da questão, alguns especialistas
argumentam que as tarefas estão ficando tão complexas que muitas equipes precisam
ter mais de 100 membros. Infelizmente, a primeira ideia (as equipes de duas pizzas) é
excessivamente simplista e a segunda parece ter perdido de vista o significado e a
dinâmica das verdadeiras equipes.
Em geral, as equipes devem ser grandes o bastante para proporcionar as
competências e perspectivas necessárias para realizar o trabalho, mas ainda pequenas
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 34
Composição da equipe
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 35
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 36
Diversidade da equipe
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 37
porque os respectivos membros levam mais tempo para se relacionar com pessoas
diferentes deles, particularmente quando as outras pessoas têm perspectivas e valores
diferentes (ou seja, quando têm um nível de diversidade profundo). As equipes
diversificadas são suscetíveis a “rachaduras”, linhas divisórias hipotéticas que podem
dividir uma equipe em subgrupos ao longo das dimensões de gênero, étnicas,
profissionais ou outras. Essas rachaduras diminuem a eficiência da equipe ao reduzir a
motivação para se comunicar e coordenar com os colegas de equipe no outro lado das
divisões hipotéticas. Em contraste, os membros das equipes com um nível de diversidade
mínimo sentem uma satisfação maior, passam por menos conflitos e têm melhores
relações interpessoais. Por consequência, as equipes homogêneas tendem a ser mais
eficazes nas tarefas que exigem um alto grau de cooperação e coordenação, como as
equipes de atendimento de emergência.
Desenvolvimento da equipe
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 38
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 39
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 40
Funções da equipe
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 41
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 42
Normas da equipe
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 43
Coesão da equipe
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 44
a reforçar sua coesão, pois os membros fortalecem sua identidade em relação à equipe
durante o processo.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 45
Toda equipe deve ter algum nível mínimo de coesão para manter sua existência.
Quem pertence a equipes de alta coesão se sente motivado a manter sua participação
e a ajudar a equipe a ter um desempenho eficaz. Em comparação com as equipes de
baixa coesão, os membros das de alta coesão passam mais tempo juntos, compartilham
informações com mais frequência e se sentem mais satisfeitos uns com os outros. Eles
também oferecem uns aos outros mais apoio social em situações de estresse.65 Os
membros das equipes de alta coesão geralmente são mais sensíveis às necessidades dos
outros membros e desenvolvem relações interpessoais melhores, reduzindo assim o
conflito disfuncional. Nas ocasiões em que surge o conflito, os membros tendem a
resolver suas diferenças de maneira rápida e eficaz. Com uma cooperação melhor e
maior conformidade às normas, as equipes de alta coesão geralmente têm um
desempenho melhor do que as de baixa coesão.
Entretanto, é preciso analisar duas questões importantes quanto à relação
coesão-desempenho. Primeiro, apesar de normalmente presumirmos que a coesão leva
ao melhor desempenho da equipe, explicamos anteriormente que o desempenho
(sucesso) é um preditor de coesão. Na verdade, um estudo recente estimou que o
desempenho da equipe possui um efeito mais forte sobre a coesão do que vice-versa.
Em outras palavras, o desempenho da equipe provavelmente afetará sua coesão,
enquanto sua coesão terá menos efeito sobre seu desempenho.
Segundo, o efeito mais fraco da coesão sobre o desempenho pode ser
explicado por outra questão que precisa ser trabalhada. Como vemos na Figura 8.6, a
coesão da equipe aumenta seu desempenho apenas quando as normas da equipe são
compatíveis com os valores e objetivos organizacionais. Quando as normas da equipe
são contraproducentes (por exemplo, quando encorajam o absenteísmo ou
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 46
Confiança na equipe
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 47
situações nas quais você está em risco, mas você acredita que elas não lhe
prejudicarão. A confiança inclui as suas crenças e seus sentimentos conscientes a
respeito da relação com os demais membros da equipe. Em outras palavras, uma pessoa
avalia logicamente a situação como confiável e sente que é digna de confiança. A
confiança é construída sobre três bases: cálculo, conhecimento e identificação (ver
Figura 8.7).
A confiança baseada no cálculo representa um cálculo lógico de que os outros
membros da equipe agirão adequadamente porque enfrentarão sanções se as
respectivas ações violarem expectativas razoáveis. Ela oferece o menor potencial de
confiança e é facilmente quebrada por uma violação das expectativas. Geralmente, a
confiança baseada no cálculo não consegue sustentar as relações de uma equipe
porque se baseia na dissuasão. A confiança baseada no conhecimento se baseia na
previsibilidade do comportamento de outro membro da equipe. Mesmo que não
concordemos com as ações de um determinado membro da equipe, sua consistência
gera algum nível de confiança. A confiança baseada no conhecimento também está
relacionada à confiança na capacidade ou competência da outra pessoa, como
aquela que existe quando confiamos em um médico. A confiança baseada no
conhecimento oferece um nível potencial mais alto de confiança e é mais estável, pois
se desenvolve ao longo do tempo.
A confiança baseada na identificação se baseia na compreensão mútua e na
ligação emocional entre os membros da equipe, e ocorre quando estes pensam, sentem
e agem uns como os outros. As equipes de alto desempenho exibem esse nível de
confiança porque compartilham os mesmos valores e modelos mentais. A confiança
baseada na identificação tem o potencial de ser o mais forte e sólido dos três tipos de
confiança. O autoconceito do indivíduo se baseia parcialmente na participação na
equipe e ele acredita que os valores dos membros são bastante parecidos, então
quaisquer transgressões por outros membros da equipe logo são perdoadas. As pessoas
relutam mais em reconhecer uma violação dessa confiança de alto nível porque ela
atinge o centro do seu autoconceito.
nós demonstra algum nível de confiança, no mínimo porque isso apoia o nosso
autoconceito de ser uma pessoa boa.74 Contudo, a confiança é frágil nos novos
relacionamentos, pois se baseia em pressupostos em vez de experiências estabelecidas.
Por consequência, estudos informam que a confiança tende a diminuir com o passar do
tempo, não a aumentar. É lamentável, pois os funcionários se tornam menos tolerantes e
menos cooperativos entre si à medida que seu nível de confiança diminui, o que mina a
equipe e a eficácia organizacional.
O modelo de eficácia da equipe é um guia útil para compreender como as
equipes funcionam (e não funcionam) nas organizações. A partir desse conhecimento,
investigaremos resumidamente dois tipos de equipes que receberam uma atenção
considerável entre os especialistas e profissionais em CO: equipes autodirigidas e equipes
virtuais.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 49
EQUIPES VIRTUAIS
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 50
Muitas de suas fábricas são operadas por equipes autodirigidas, mas a Reckitt
Benckiser costuma utilizar equipes virtuais em marketing, sistemas da informação e outras
atividades de escritório. As equipes virtuais são aquelas cujos membros atravessam
fronteiras de espaço, tempo e organizacionais e que são ligados pelas tecnologias da
informação para realizar as tarefas organizacionais.83 As equipes virtuais diferem das
equipes tradicionais de duas maneiras: (1) geralmente não se localizam no mesmo
espaço físico e, devido a esse fato, (2) os membros das equipes virtuais dependem
basicamente das tecnologias da informação em vez da interação pessoal para se
comunicar e coordenar seus esforços de trabalho.
As equipes virtuais se disseminaram na maioria das organizações, uma tendência
que deve continuar no futuro. Dois terços dos gerentes de recursos humanos estimam
que o uso de equipes virtuais crescerá rapidamente nos próximos cinco anos.84 Em
multinacionais como a IBM, quase todos os trabalhadores do conhecimento pertencem
a equipes virtuais. Um motivo para essas equipes serem tão comuns é que as tecnologias
da informação tornaram mais fácil do que nunca a comunicação e coordenação à
longa distância.85 A transição do trabalho baseado em produção para aquele baseado
em conhecimento é um segundo motivo para a viabilidade do trabalho em equipe
virtual. Ainda não é possível fabricar um produto físico quando os membros da equipe
estão distantes uns dos outros, mas hoje em dia quase todos nós trabalhamos
principalmente processando conhecimento.
As tecnologias da informação e o trabalho baseado no conhecimento
possibilitam a existência das equipes virtuais, mas a aprendizagem organizacional e a
globalização são duas razões para que elas sejam cada vez mais necessárias. As equipes
virtuais representam uma parte natural do processo de aprendizagem organizacional
porque estimulam os funcionários a compartilhar e usar o conhecimento quando a
geografia limita as formas de colaboração mais diretas. A globalização torna as equipes
virtuais cada vez mais necessárias porque os funcionários estão espalhados por todo o
planeta em vez de concentrados em um edifício ou uma cidade. Desse modo, os
negócios globais dependem do trabalho em equipe virtual para alavancar seu capital
humano.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 51
As equipes virtuais têm todos os desafios das tradicionais, além das complicações
da distância e do tempo. Felizmente, os pesquisadores de CO têm demonstrado um forte
interesse pelas equipes virtuais e seus estudos estão buscando maneiras de aumentar a
eficácia dessas equipes. Primeiro, além de ter as competências de equipe descritas
anteriormente neste capítulo, os membros das equipes virtuais bem-sucedidas devem ter
boas habilidades de tecnologia de comunicação, fortes habilidades de autoliderança
para motivá-los e guiar seu comportamento sem colegas e chefes em volta e uma
inteligência emocional mais alta para que possam decifrar os sentimentos dos outros
membros da equipe a partir do e-mail e de outros meios de comunicação limitados.
Segundo, as equipes virtuais devem ter uma caixa de ferramentas de canais de
comunicação (e-mail, lousas virtuais, videoconferência, etc.) e também a liberdade para
escolher os canais que funcionam melhor para elas. Isso pode parecer óbvio, mas
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 52
Qualquer pessoa que tenha passado tempo suficiente no local de trabalho pode
citar várias maneiras pelas quais as equipes tropeçam na tomada de decisão. Os quatro
problemas mais comuns são as restrições de tempo, o medo da avaliação, a pressão
para se conformar e os elementos do pensamento de grupo.
Restrições de tempo
Diz o ditado que as comissões registram minutas e desperdiçam horas. Isso reflete
o fato de que as equipes levam mais tempo do que os indivíduos para tomar decisões.
Ao contrário dos indivíduos, as equipes necessitam de tempo adicional para organizar,
coordenar e manter relações. Quanto maior o grupo, mais tempo é necessário para
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 53
tomar uma decisão. Os integrantes da equipe precisam de tempo para conhecer uns
aos outros e construir relacionamentos. Eles precisam gerir um processo de comunicação
imperfeito para que haja compreensão suficiente das ideias alheias, além de coordenar
funções e regras de ordem dentro do processo de decisão
Outra restrição relacionada ao tempo encontrada na maioria das estruturas de
equipe é que apenas uma pessoa pode falar de cada vez. Esse problema, conhecido
como produção de bloqueio, mina a geração de ideias de várias maneiras. Primeiro, os
membros da equipe precisam ouvir a conversa para encontrar um momento oportuno
para falar e esse monitoramento dificulta a sua concentração nas próprias ideias.
Segundo, as ideias são passageiras, então quanto mais eles esperarem para falar, mais
provável que as ideias venham a desaparecer. Terceiro, os membros da equipe se
lembram dos pensamentos passageiros ao se concentrar neles, mas isso os força a
prestar menos atenção à conversa. Ao ignorar o que as outras pessoas dizem, os
membros da equipe deixam passar outras ideias potencialmente boas e também a
oportunidade de transmitir as próprias ideias para os outros membros do grupo.
Medo da avaliação
Pensamento de grupo
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 54
harmonia dentro da equipe. Esse desejo de harmonia existe como uma norma do grupo
e fica mais evidente quando os membros da equipe têm uma forte identidade social
com o grupo. Supostamente, o pensamento de grupo ocorre com mais frequência
quando a equipe está isolada em relação às pessoas de fora, seu líder tem opiniões
fortes (em vez de ser imparcial), ela está sob estresse devido a uma ameaça externa,
passou por fracassos recentes ou outros problemas de tomada de decisão e não pode
contar com uma orientação clara a partir das políticas ou procedimentos da empresa.
O termo pensamento de grupo (groupthink) atualmente faz parte da linguagem
diária, mas os especialistas rejeitaram o conceito. O principal problema com o conceito
de pensamento de grupo é que ele consiste em diversos elementos que não se
aglutinam, e algumas de suas características melhoram em vez de minar a tomada de
decisão em algumas situações. Além disso, quase todo o apoio para o conceito de
pensamento de grupo vem de estudos de caso, muitos dos quais são problemáticos.
O conceito de pensamento de grupo pode estar dando seus últimos suspiros,
mas elementos específicos da ideia permanecem relevantes enquanto problemas na
tomada de decisão em equipe. Um desses elementos, o conformismo, foi identificado
anteriormente como um problema na tomada de decisão em equipe. O excesso de
confiança é outro elemento do pensamento de grupo que também merece continuar
recebendo atenção. Os estudos são consistentes em demonstrar que equipes altamente
confiantes possuem uma falsa sensação de invulnerabilidade, o que as torna menos
atenciosas na tomada de decisão do que as equipes com níveis moderados de
confiança.99 Esse efeito do excesso de confiança está relacionado com os problemas
da autovalorização descritos no Capítulo 3 e com os efeitos adversos de humores e
emoções positivos na qualidade da tomada de decisão (ver Capítulo 7).
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 55
Conflito construtivo
O conflito construtivo
Brainstorming
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 56
Brainstorming eletrônico
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 57
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 58
REFERÊNCIAS
EXERCÍCIOS
1) Se você deseja trabalhar em uma equipe ou se você, líder, deseja ter uma equipe de
alto desempenho prepara-se para lidar com a energia de pessoas inquietas e para ser
muito exigido” – diz reportagem da Revista Exame, Você S/A. Na cotidianidade
organizacional, a dinâmica do trabalho em equipe, desta maneira, pode ser relacionada
com multiplicidade de perspectivas sobre as relações que se estabelecem no
desenvolvimento das tarefas. Com relação ao trabalho em equipe, assinale, abaixo, uma
alternativa correta :
B) O trabalho individual terá mais sucesso diante das atividades mais complexas.
C) O ócio social somente ocorre quando as pessoas dependem uma das outras.
B) O exercício de liderança analisado pelo sociólogo tem poder formal sobre o grupo.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 59
E) A rede social formal independe das relações de poder, influência, confiança entre as
pessoas.
3) Leia o texto abaixo sobre equipes. A PSA Peugeot Citroën, a segunda maior montadora
da Europa, montou uma “sala de obeya” (“sala grande”, em japonês) para acelerar a
tomada de decisão em equipe. As paredes ficam forradas com gráficos e anotações
para que os membros da equipe possam visualizar as principais questões do momento. A
sala de obeya cria uma ambiente de equipe especial que encoraja a interação
presencial para resolver rapidamente decisões críticas e focadas. Em uma sessão, por
exemplo, os gerentes descobriram como reduzir significativamente os acidentes entre
trabalhadores temporários. “Os temas dos projetos em andamento são colocados nas
paredes, e marcados com vermelho quando algo está errado”, explica Philippe Varin,
executivochefe da PSA Peugeot Citroën. “Todos enfrentam o mesmo problema e tentam
resolvê-lo”. De acordo com o texto, pode-se afirmar que:
E) O trabalho dos gestores é mais importante que o dos outros trabalhadores, pois foram
eles que descobriram como reduzir significativamente os acidentes no trabalho.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 60
A) 4 – 3 – 1 – 2
B) 1 – 4 – 2 – 3
C) 3 – 2 – 4 – 1
D) 2 – 1 – 3 – 4
E) 1 – 2 – 3 – 4
5) As equipes, de modo geral, podem ser analisadas como eficazes quando beneficiam
a empresa, os seus membros e renovam sua própria sobrevivência, a qual depende de
planejamento e de ações contínuas. Deste modo, algumas equipes são eficazes por mais
tempo, com a renovação de propósitos; outras cumprem com um propósito definido e,
quando alcançado se desfaz; outras equipes, por fim, fracassam completamente. Com
relação ao modelo de eficácia de uma equipe, assinale, abaixo, uma alternativa
correta(MCSHANE, GLINOW, 2014):
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 61
UNIDADE III
Aprendizagem baseada em projetos
APRESENTAÇÃO
Olá!
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 62
DESAFIO
Pense nessas atividades. Para um projeto, pense em atividades que possam ser
trabalhadas de diferentes maneiras entre os alunos para que se possa ter resultados de
aprendizagem individual ou colaborativa.
a) Defina uma atividade em que seus alunos a realizem de forma individual e como você
avaliará a entrega dessa atividade.
b) Defina uma atividade em que seus alunos terão que trabalhar em grupo, ou seja, de
forma colaborativa, e explique como você avaliará a entrega dessa atividade.
Assim, você poderá planejar, ao longo de sua disciplina, diversas atividades individuais e
colaborativas, para atingir os objetivos de aprendizagem.
INFOGRÁFICO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 63
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 64
INTRODUÇÃO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 65
Metodologia de aplicação
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 66
A aprendizagem ativa é uma das metas mais importantes nos cenários europeus,
as quais incluem um conceito de uma sociedade de aprendizagem. A característica
mais importante dessa sociedade é desenvolver o próprio aprendizado e
responsabilidades pelo seu progresso (NIEMI, 2002).
O apoio do professor em uma sala de aula com condições climáticas saudáveis
é absolutamente essencial para o desenvolvimento do aluno, e inclinações naturais
destes para a aprendizagem podem ser facilmente interrompidas caso não haja suporte.
Estudos mostram que a percepção positiva dos alunos na realização autônoma de sua
tarefa, quando há suporte docente, podem levar a aumentos na motivação intrínseca,
na autorregulação, na percepção de competência, no interesse, no engajamento e no
desempenho acadêmico (STOLK et al., 2010). A motivação desenvolvida nos estudantes
é um fator preponderante para o sucesso da aplicação da aprendizagem ativa dentro
de uma disciplina, pois o aluno precisa entender os benefícios de trabalhar
desenvolvendo conceitos e buscando mais informações para uma conceitualização. Se
há motivação, o aluno tem um maior engajamento na disciplina; consequentemente,
consegue melhorar seu desempenho.
A utilização de métodos de aprendizagem ativa varia muito de acordo com sua
implementação, incluindo abordagens diversas para diferentes grupos — como
resolução de problemas, planilhas ou tutoriais concluídos durante a aula, utilização de
sistemas de resposta pessoais com ou sem instrução por pares — em ambientes de sala
de aula ou novos ambientes de aprendizagem (FREEMAN et al., 2014).
As metodologias ativas podem ser trabalhadas na sua íntegra para fortalecer os
conceitos de aprendizagem e desenvolverem competências e habilidades. A
aprendizagem baseada em projetos tem etapas que constituem a metodologia. Seu
modelo de aplicação é dividido em trabalhos prévios e extraclasses, práticas e estudos
conceituais presencias e apresentação de projetos e/ou produtos.
Para fazer a distribuição das atividades no semestre, é necessário planejar com
detalhes cada uma das aulas a ser ministrada, pois sugere-se que para um semestre com
média de 15 a 17 semanas, sejam trabalhados três projetos, ou seja, em média, a cada 5
a 6 semanas, apresenta-se um projeto.
É possível, entretanto, aplicar a metodologia em tempos variados, como em um
mês, ou uma semana, ou em um conceito dentro de uma aula.
O projeto ou produto a ser desenvolvido deve ser trabalhado e apresentado
continuamente em grupo para que se possa avaliar a participação dos componentes e
o aprendizado comum da equipe.
Aplicação
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 67
FIQUE ATENTO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 68
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 69
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 70
As práticas e a avaliação
REFERÊNCIAS
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 71
LIMA, R. M.; MESQUITA, D.; PEREIRA, G. Engenharia e gestão industrial em Portugal: uma
visão da procura profissional. In: CONGRESSO LUSO-MOÇAMBICANO DE ENGENHARIA, 5.,
2008, Maputo. Anais [...]. Porto: Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial,
2008. p. 941–942.
NIEMI, H. Active learning—a cultural change needed in teacher education and schools.
Teaching and Teacher Education, [S. l.], v. 18, n. 7, p. 763–780, Oct. 2002.
EXERCÍCIOS
B) ao inverter a sala da aula e trabalhar o PBL, o aluno deve fazer um esforço individual e
aprender o conteúdo pesquisando sozinho na internet para a realização do projeto.
D) ao inverter a sala de aula, o professor espera que o aluno pesquise, estude, busque os
conceitos a serem aplicados no projeto sozinho, de forma a entregar o resultado para a
verificação da aprendizagem.
E) ao inverter a sala de aula, o professor espera que o aluno pesquise, estude, busque os
conceitos a serem aplicados no projeto para a construção protótipos pesquisados na
internet e, assim, atinja os objetivos de aprendizagem.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 72
C) A avaliação deve ser somativa, para que o aluno tenha nota a cada atividade
realizada.
A) ao dar o feedback das atividades trabalhadas em aula, o aluno foca nos pontos
importantes a serem fixados.
C) o feedback é o momento da aula que o professor explica aos alunos como foram os
resultados das atividades.
E) o feedback é realizado apenas para mostrar aos alunos a correção das avaliações e
fixar os conhecimentos trabalhados.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 73
B) a tecnologia não deve ser utilizada dentro da sala de aula, pois distrai a atenção do
estudante e atrapalha o rendimento do professor.
E) pode ser usada como metodologia ativa de aprendizagem e utilizada livremente pelo
aluno e com o professor direcionando com feedbacks contínuos.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 74
UNIDADE IV
Aprendizagem baseada em projetos
e em problemas
APRESENTAÇÃO
Olá!
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 75
INFOGRÁFICO
A ABP entende que o problema é usado para ajudar os alunos a identificarem suas
próprias necessidades de aprendizagem, à medida que tentam entendê-lo, reunir,
sintetizar e aplicar informações para o problema e começar a trabalhar efetivamente
para aprender com os membros do grupo e tutor (o professor).
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 76
INTRODUÇÃO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 77
FIQUE ATENTO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 78
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 79
FIQUE ATENTO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 81
Além dessas dicas, é importante que o professor tenha claro seu objetivo e evite
“armadilhas”, pois a questão norteadora deve promover a reflexão por parte dos alunos.
Isso o possibilitará a melhora de possíveis futuros aspectos que acabaram não
funcionando em determinada atividade. A avaliação contínua permite uma melhor
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 82
SAIBA MAIS
A ABP pode ser implementada em um ambiente on-line, sem alterar sua filosofia
fundamental. A riqueza de mídias que podem ser utilizadas no ambiente on-line acaba
fundamentando a experiência. Apesar da curva de aprendizado ser íngreme, o
treinamento e o planejamento podem ajudar estudantes e tutores a se adaptarem e a
desenvolverem a alfabetização on-line para se utilizar a ABP em educação a distância.
Apesar de seus desafios, a ABP on-line tem potencial para apoiar a aquisição e a
aplicação de novos conhecimentos em diversos contextos, além de criar a possibilidade
de aprendizagem interdisciplinar.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 83
Analisando o Quadro 1, temos uma visão geral de como a ABP pode contribuir
para a formação de um aluno com habilidades necessárias para atuar em nossa atual
sociedade por meio da comunicação, do raciocínio lógico, do desenvolvimento da
criatividade e do pensamento inovador.
A seguir, podemos analisar uma sequência didática de aplicação da
metodologia da ABP.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 84
Para enriquecer sua proposta, o professor pode organizar o projeto fazendo uso
das tecnologias disponíveis para o ensino. Quando bem utilizadas, estas aumentam a
eficácia da aprendizagem e o envolvimento dos alunos na atividade, abrindo
oportunidade para integrar, enriquecer e expandir os materiais educacionais,
apresentando novas maneiras de interação. É importante utilizar tecnologias nas
metodologias adotadas pelo professor, pois ao mesmo tempo em que inovam a prática
docente, elas também vão ao encontro da realidade dos alunos.
Quando aplicadas à ABP, as tecnologias se tornam ferramentas que
proporcionam possibilidades de aprendizagem que colaboram para o professor estreitar
laços de fala e interação com os educandos. É possível planejar atividades que utilizem a
internet, softwares, celulares, câmeras fotográficas e de vídeo, quadros interativos,
aplicativos, jogos digitais, entre outros.
EXEMPLO
Para entender melhor como a ABP pode ser usada na prática pedagógica,
vamos imaginar que o professor, após ter trabalhado o conteúdo de alimentação
saudável, lança o seguinte desafio: como conscientizar as pessoas sobre a importância
de uma alimentação saudável? Pode ser que um grupo crie uma campanha com
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 85
panfletos e cartazes que informem os benefícios dos alimentos funcionais; outro grupo
pode criar um aplicativo com receitas saudáveis; enquanto o outro pode entrevistar um
nutricionista para aprofundar a questão. Portanto, na ABP não há um único caminho
para encontrar a solução de um problema: a aprendizagem é construída a partir da
curiosidade, da criatividade e da autonomia.
REFERÊNCIAS
BRUNER, J. S. Uma nova teoria de aprendizagem. 4. ed. Rio de Janeiro: Bloch, 1976. 162 p.
EXERCÍCIOS
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 86
B) A avaliação acontece de forma somativa, uma vez que somente o professor pode
atribuir uma nota ao aluno por a cada atividade realizada.
E) Na ABP, o aluno não realiza a sua autoavaliação nem a avaliação do seu grupo. O
professor é o único responsável pelo processo avaliativo.
B) Pode fazer com que o aluno, ao perceber que errou, fique frustrado e desista projeto
junto ao seu grupo.
C) Faz com que o aluno avalie o progresso da aprendizagem de outros grupos, gerando
competição entre as equipes.
E) faz com que o grupo, receber o feedback, não se sinta motivado a fazer revisões do
caminho percorrido.
4) Sabendo que o mundo globalizado traz cada vez mais desafios para o homem,
entende-se que a escola assume papel fundamental na formação de um aluno que
corresponda às necessidades da sociedade. Nesse sentido, algumas das habilidades
necessárias para o aluno do século XXI são:
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 87
5) Analisando o perfil de seus alunos, o professor pode escolher pela melhor metodologia
a ser utilizada por ele em sua prática. Porém, ele pode enriquecer ainda mais seu
trabalho fazendo uso de recursos tecnológicos. Na ABP, estes recursos também podem
ser utilizados. Nesse sentido, o que é correto afirmar?
D) O professor pode permitir que os alunos utilizem dos recursos tecnológicos da forma
como quiserem, sem se preocupar com os objetivos propostos
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 88
UNIDADE V
Estilos de Aprendizagem
APRESENTAÇÃO
Olá!
Você sabia que os estilos de aprendizagem são úteis para classificar e analisar os
comportamentos humanos? Eles nos dão base para chegar a conclusões sobre a forma
como as pessoas agem. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os estilos de
aprendizagem nas organizações, identificando sua abordagem conceitual no ciclo de
aprendizagem.
Bons estudos.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 89
DESAFIO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 90
Leia os perfis dos colaboradores Cristina, Cristiano e Ronaldo e associe esses perfis
aos estilos de aprendizagem citados por Kolb. Qual o estilo de cada um dos funcionários?
INFOGRÁFICO
OBJETIVOS DO CAPÍTULO
RESUMO
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 91
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 92
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 93
ação: teoria e modos de prática de aprender de Kolb, Rubin e McIntyre (1990) e formas
explícitas e tácitas de conhecimento dos autores Nonaka e Takeuchi (1997). Desde que a
teoria possa ser vista como uma estrutura que desafia as suposições da prática, faz
sentido combinar o modo de aprender com a ação. (Schön, 2000).
Além da teoria e da prática, a outra dimensão incorporada foi a distinção entre
formas explícitas e tácitas de conhecimento. Aprendizagem na ação requer uma
epistemologia de prática que busca não somente explorar as instruções explícitas e as
diretrizes disponíveis no local de trabalho, mas também os processos tácitos invocados
pessoalmente pelos gestores, como eles resolvem os problemas de gerenciamento diário.
Conhecimento explícito é a forma classificada familiar, a qual é transmissível pela
linguagem formal e sistemática. Conhecimento tácito é o componente de
conhecimento que não é facilmente relatado, na medida em que está profundamente
vinculado à ação e implicado num contexto específico (Polanyi, 1966).
Há dois níveis de atividade nos quais se aprende pela ação e pelo trabalho. Um
deles é que se pode aprender no nível individual, quando a interseção entre os modos
de aprendizagem e as formas de conhecimento desafiam as estruturas pessoais de
ação. Porém, aprender numa extensão de aprendizagem que vá além da individual já
diz respeito a outro nível, o da aprendizagem em nível coletivo. Este é constituído, entre
outros, por colegas de trabalho, estejam eles presentes dentro ou fora do ambiente de
trabalho ou de ensino.
Na tentativa de responder a indagação lançada no início desta seção, a partir
da literatura sobre o assunto, propõe-se considerar a articulação do desenvolvimento de
projetos – seja em ambiente organizacional ou de formação – à concepção do ciclo de
aprendizagem experiencial de Kolb, Rubin e McIntyre (1990). O pressuposto é que, ao
associar o ciclo de desenvolvimento de projetos ao ciclo de aprendizagem experiencial,
de forma que aumente a sinergia entre ambos, possa se propiciar o desenvolvimento de
competências gerenciais.
Tomou-se, como parâmetro e eixo norteador, a proposta experimental realizada
por Ruas (2001, p. 255) de “desenvolver um método de intervenção que contribua para
geração, difusão, sistematização e compartilhamento de competências no âmbito das
organizações”. Este autor desenvolveu e implementou uma intervenção orientada para
o desenvolvimento de competências com a finalidade de “[…] orientar o processo de
apropriação e aplicação, no ambiente de trabalho, dos conteúdos e experiências
vivenciadas em programas de formação e treinamento”(Ruas, 2001, p. 254), através,
dentre outras estratégias de aprendizagem, da elaboração de miniprojetos
experimentais de desenvolvimento de competências. Esta proposta abrange diversas
estratégias com as quais se compactua, mas, aqui, a ideia é aprofundar a questão da
relação entre os dois ciclos mencionados – de desenvolvimento de projeto e da
aprendizagem experiencial e a conversão do conhecimento (Nonaka; Takeuchi, 1997),
como apresentado no Quadro 20-1.
Considera-se que o ciclo de aprendizagem experiencial de Kolb, Rubin e
McIntyre (1990) e a noção de conversão do conhecimento de Nonaka e Takeuchi (1997)
oferecem uma epistemologia que, ao ser integrada aos domínios de programas de
desenvolvimento de competências, pode ser útil. Ela pode auxiliar os gestores a
atribuírem significado à experiência, elevar a consciência da sua teoria-em-uso e ajudá-
los a desenvolver, testar e continuamente refinar teorias subjetivas de ação, facilitando
sua formação/desenvolvimento de competências.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 94
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 95
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 96
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 97
O desenho dos cursos em questão (vide Figura 20-1), em que são apresentadas
as grandes linhas e referências de sua programação, ressalta a relevância da associação
entre os conhecimentos originários de disciplinas teóricas e as experiências no ambiente
de trabalho, a partir de uma metodologia específica.
A abordagem adotada pretendia desencadear um processo de
desenvolvimento de competências gerenciais que atingisse resultados muito mais amplos
do que uma proposta de curso convencional. Tinha como objetivo identificar, explorar e
buscar o desenvolvimento de competências gerenciais e organizacionais, considerando
o atual ambiente de negócios, destacando a dinâmica, a problemática e as
perspectivas do setor de telecomunicações. Objetivava alavancar um processo
sistemático e integrado de desenvolvimento de competências, explorar e integrar esse
esforço ao fortalecimento e à consolidação das chamadas competências essenciais da
empresa: gestão do negócio, sensibilidade ao cliente, prontidão para mudanças e
gestão humana do trabalho.
A metodologia adotada para os cursos baseava-se em princípios e métodos de
formação e capacitação, orientados para o ambiente de trabalho, visando associar os
conteúdos e as vivências desenvolvidas no curriculum de disciplinas e seminários às
experiências e práticas dos participantes. Permitia que cada participante selecionasse
duas competências que desejasse desenvolver, num processo de aprendizagem e
experimentação que fosse apropriado pelo coletivo da empresa e não por alguns
gestores de forma individual. Os programas dos cursos compreendiam três fases básicas
(Ruas, 2001).
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 98
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 99
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 100
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 101
Identificou-se que ocorreu uma preocupação bem direcionada por parte dos
gestores em desenvolver a capacidade de atuar como facilitador e mobilizador de sua
equipe de trabalho para:
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 102
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 103
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 104
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 105
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 106
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 107
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 108
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 109
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 110
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 111
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 112
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 113
CONSIDERAÇÕES FINAIS
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 114
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 115
REFERÊNCIAS
DUNCAN, R.; WEISS, A. Organizational learning: Implications for organizational design. In:
CUMMINGS, L. L.; STAW, B.M. (Ed.). Research in organizational behavior. Greenwich: JAI
Press, 1979. p. 75-123.
KIM, D. H. The link between individual and organizational learning. Sloan Management
Review, v. 35, n. 1, p. 37-50, 1993.
KOLB, D.; RUBIN, I.; McINTYRE, J. Psicologia organizacional. São Paulo: Atlas, 1990.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 116
ORNER, M. Teaching for the moment. Theory into Practice, v. 35, n. 2, p. 72-78. 1996.
POLANY, M., The tacit dimension. Garden City, NY: Doubleday, 1983.
RAELIN, J. Work based learning in practice. Journal of Workplace Learning, v. 10, n. 6/7, p.
280-283, 1998.
SHON, D. The reflective practitioner: how professionals think in action, basic books. New
York: Basic Books, 1983.
EXERCÍCIOS
A) Epistemologia de prática.
B) Prática.
C) Teoria.
D) Competências.
E) Estratégias.
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 117
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 118
E) Pela prática.
5) Há dois níveis de atividade nos quais se aprende pela ação e pelo trabalho. Quais são
esses níveis?
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 119
UNIDADE I:
Questão Resposta
01. A
02. E
03. B
04. C
05. E
UNIDADE II:
Questão Resposta
01. E
02. C
03. D
04. B
05. E
UNIDADE III:
Questão Resposta
01. C
02. B
03. A
04. A
05. A
UNIDADE IV:
Questão Resposta
01. A
02. A
03. A
04. A
05. A
UNIDADE V:
Questão Resposta
01. D
02. C
03. B
04. E
05. A
EAD UNIFACVEST
Aprendizagem baseada em projetos 120
EAD UNIFACVEST
Capa:Núc
leodePr oduçãoEADUnifacvest
I
magem dacapa:Copyri
ght©2010-2022FreepikCompany| I
magem livr
edeDi r
eit
oAut
oral
Centr
oUni ver
sit
ári
oUnifacves
t©2022- Todososdirei
tosr
eservados
.