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NEUROPSICOLOGIA

DISCIPLINA:
Avaliação Neuropsicológica da
Atenção e das Funções Executivas

PROFESSOR:
Jonatha Tiago Bacciotti
Especialista em Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva (IPq-HCFMUSP)
Mestre em Psicologia – Universidade São Francisco
Doutorando em Psicologia – Universidade São Francisco
Apresentações

Dinâmica em duplas
Programa do Módulo
CONTEÚDOS
✓ Introdução aos conceitos de Atenção e de Funções Executivas;
✓ Implicações das alterações na capacidade atencional e no funcionamento executivo
em quadros diagnósticos;
✓ Instrumentos para avaliação neuropsicológica da Atenção e das Funções Executivas;
✓ Apresentação de casos clínicos – discussão sobre a organização de processos de
avaliação | raciocínio clínico;
ATIVIDADES
✓ Atividade Avaliativa – treino de escrita de resultados
✓ Aplicação, correção e interpretação da BPA e FDT
Avaliação do Módulo

Atividades Específicas Modalidade Nota

Atividade Avaliativa I: treino de escrita de resultados. Em duplas 2,0

Atividade Avaliativa II: treino de escrita de resultados. Em duplas 2,0

Atividade prática: treino e aplicação da BPA em sala de aula. Dupla 2,0

Atividade prática: treino e aplicação do FDT em sala de aula. Dupla 2,0

Presença nas unidades do módulo (0,5 ponto por período) Individual 2,0

Total 10,0
Algumas Reflexões
A atenção e as funções executivas são domínios / habilidades cognitivas complexas;

A atenção é uma função mental inerente a praticamente todos os processos cognitivos


✓ O tempo que levamos para executar uma tarefa depende da velocidade de
processamento;

✓ A capacidade de focar e aprender alguma coisa está relacionada à atenção


concentrada;

✓ Para dirigirmos precisamos de diversas atenções, como por exemplo a dividida e a


concentrada;
Algumas Reflexões
Assim como a atenção, as funções executivas são responsáveis por subsidiar outros
processos mentais:

✓ A capacidade de planejar uma ação, bem como cada etapa necessária para chegar à
um objetivo é uma habilidade do Planejamento;

✓ A inibição da impulsividade e da distração são capacidades relacionadas ao Controle


Inibitório;

✓ A atuação em diferentes tarefas simultaneamente está relacionada ao bom


funcionamento da Flexibilidade Cognitiva;

✓ Para seguirmos instruções para encontrar um endereço, por exemplo, precisamos


acionar a Memória Operacional;
Algumas Reflexões

Observamos um aumento no interesse sobre a avaliação neuropsicológica de diferentes


habilidades cognitivas:
✓ Crescimento do número de pesquisas sobre a avaliação neuropsicológica;

✓ Aumento na oferta de testes e outros instrumentos para avaliação dos construtos;

✓ Avanço com a definição dos construtos e o conhecimentos sobre estratégias para avalia-
los;

✓ Avanço nas possibilidades de atuação clínica do psicólogo;


Crescimento das pesquisas

Avaliação do funcionamento dos idosos


como uma tentativa de compreender o
declínio cognitivo natural do
desenvolvimento humano.
Crescimento das pesquisas

Acompanhamento do
desenvolvimento dos
indivíduos;

Funções executivas mal


desenvolvidas podem ter um
impacto significativo na vida
dos indivíduos;
Crescimento das pesquisas

Investigação sobre o perfil


cognitivo dos transtornos
psiquiátricos, neurológicos e
do neurodesenvolvimento.

Ideia utilizada para outros


transtornos.

Questionamento se deveriam
existir normas específicas
para grupos específicos.
Na prática clínica
✓ A Avaliação Neuropsicológica (ANp) contribui significativamente para o processo de
diagnóstico diferencial;

✓ A ANp permite discriminar se o paciente tem um problema atencional ou um


problema no funcionamento executivo;

✓ Esta diferenciação e o conhecimento sobre o perfil do paciente permitirá o


planejamento de uma intervenção mais eficiente para ele;

✓ Em função disso tudo, é fundamental escolher bem os testes e técnicas e realizar


um bom processo de avaliação!
Algumas
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Considerações Iniciais
✓ A interação dos indivíduos com o ambiente ocorre por meio do Sistema Nervoso Central
(SNC);

✓ A capacidade humana de se adaptar é determinada pela capacidade de receber, analisar,


armazenar e responder à estímulos internos e externos.

COGNIÇÃO
Considerações Iniciais

COGNIÇÃO

✓ É o conjunto de atividades e processos pelos quais um organismo adquire e desenvolve


conhecimentos;

✓ Constituída por diferentes funções mentais organizadas em “módulos” responsáveis por


processar informações específicas, mas que estão interligadas entre si.

✓ Processo automático e contínuo caracterizado por processos iniciais, intermediários e


finais.
Considerações Iniciais

COGNIÇÃO

✓ É a ação de mecanismos mentais sobre a informação sensorial, buscando a sua


interpretação, classificação e organização
✓ Isso se dá por meio:
✓ Percepção
✓ Atenção
✓ Funções Motoras
✓ Linguagem e funções verbais
✓ Habilidades viso espaciais e praxia construtiva
✓ Memória e aprendizagem
✓ Funções Executivas
Processo Cognitivo

Recebe Analisa Armazena Responde

FASE INICIAL: há a necessidade de o estímulo ser processado → são


demandadas a sensação e a percepção, que possibilitam ao sistema cognitivo a
apropriação do estímulo
A sensação e a percepção constituem a base para a formação de todo nosso conhecimento
acerca do mundo externo e interno.
(Engelhardt, Laks & Rozenthal, 1995)

Sensação Percepção
Integração entre as informações que
É promovida a partir do input dos chegaram ao cérebro e as informações pré-
cinco órgãos existentes (experiências)
Processo Cognitivo

Recebe Analisa Armazena Responde

PROCESSOS ATENCIONAIS FUNCIONAMENTO EXECUTIVO

FASE INTERMEDIÁRIA (secundário): É necessária a manutenção/armazenamento das informações de


forma recente ou de forma permanente. Há a interação entre a demanda atual e os conhecimentos
prévios (armazenamento anterior).

Entre os processos primários e secundários, bem como a tomada de decisão estão as funções
executivas que permitem controlar gerenciar e integrar as experiências cognitivas, além de planejar e
autorregular ações cognitivas e comportamentais, visando um objetivo.
Processo Cognitivo
SENSAÇÃO PERCEPÇÃO COGNIÇÃO

Interpretação e
Entrada da
Características integração das
✓ Cor;
informação;
características Resposta
✓ Tamanho; do objeto aos
Ativação da
✓ Formato; conhecimentos
estrutura
✓ Textura; prévios do
cortical;
sujeito

Processo Perceptivo Processo Cognitivo


Desenvolvimento Cognitivo Humano

Se assemelha à uma curva normal de


distribuição
Desenvolvimento Cognitivo Humano

Se assemelha à uma curva normal de


distribuição;

Inicia com baixos níveis / capacidades;

Tende a alcançar altos níveis ao longo do


desenvolvimento;

Sofre um declínio durante o envelhecimento


Desenvolvimento Cognitivo Humano

✓ Não são apenas os indivíduos com alterações cognitivas que apresentam mudanças
na cognição;

✓ Indivíduos saudáveis também passam por alterações cognitivas a depender da sua


etapa de desenvolvimento;
JEITO DE FAZER
AS COISAS

✓ PLASTICIDADE CEREBRAL!!
Atividade Avaliativa I

Treino de escrita de resultados de testes.


Atividade em dupla – tempo 20’

Informações dos Testes

APRESENTAÇÃO DO CASO
Atividade Avaliativa I

Pontuação inversamente proporcional;

“escores abaixo do percentil 25 indicam


Percentil 25 Percentil 75 dificuldades discretas no funcionamento
executivo e na velocidade de
Percentil 5 processamento, sem necessariamente
Percentil 95 possuir significado clínico. Escores abaixo
do percentil 5 são mais indicativos de
déficits mais proeminentes, possivelmente
de natureza clínica”.
Retomando o que é a
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
Avaliação Neuropsicológica

“A Avaliação Neuropsicológica através de técnicas de exame


especializadas e a compreensão das relações cérebro-
comportamento, tem como objetivo elucidar as
manifestações comportamentais das funções cerebrais
prejudicadas e preservadas”
(Lezak, 1995)
Avaliação Neuropsicológica

é um método para examinar o funcionamento cerebral a partir de seu produto


comportamental, sendo um processo essencial para a tomada de decisão e para o
desenvolvimento de estratégias de reabilitação de um paciente.
(Lezak, 1995)

O processo de ANp envolve a busca pelo conhecimento extensivo do comportamento


por meio de entrevistas, questionários e testes normatizados. A ANp deve ultrapassar a
mera classificação do indivíduo em relação ao grupo normativo do teste.
(Seabra & Capovilla, 2009)
Avaliação Neuropsicológica

✓ Tem por objetivo compreender as relações existentes entre cérebro e o comportamento.


✓ Para conhecer esta relação, são utilizadas diferentes técnicas:
✓Entrevistas
✓Jogos
✓Observação
✓Tarefas sistematizadas
✓TESTES Qual a diferença entre Avaliação
Psicológica e Neuropsicológica?
Avaliação Neuropsicológica versus Avaliação Psicológica

✓ A Avaliação Psicológica tem por objetivo identificar os aspectos deficitários ou


patológicos do paciente, reconhecendo seus recursos e suas potencialidades.

✓ A Avaliação Neuropsicológica é um processo avaliativo das funções cognitivas


emocionais e de comportamento relacionadas ao cérebro, onde se verifica o
desempenho do paciente em funções e tarefas. A importância da avaliação
neuropsicológica está centrada na identificação de pessoas com risco
aumentado para desenvolver doenças neurais e no estabelecimento de padrões
de desempenho normal.
Avaliação Neuropsicológica
✓ Este procedimento deve se prestar a conhecer e interpretar os distúrbios apresentados →
durante a realização das tarefas;

✓ A partir de uma amostra (desempenho) e de como o indivíduo responde ao teste (ou


tarefa) é possível fazer inferências de quais circuitos ou sistemas cerebrais estão
funcionando de modo esperado ou de modo alterado.

Importância de conhecer o processo necessário para a realização


da tarefa.
Avaliação Neuropsicológica
✓ Em um processo de avaliação
neuropsicológica é necessário conhecer “a
forma” como o teste avalia a habilidade que
queremos avaliar.

✓ Nenhum teste é “totalmente puro”.

✓ Os manuais muitas vezes não apresentam


informações complementares sobre a
estratégia de avaliação.

Velocidade de processamento
Qualidade Atencional – se existe ou não flutuação
Avaliação Neuropsicológica

Controle Inibitório
Memória Operacional

ANÁLISES QUALITATIVAS
Avaliação Neuropsicológica
É realizada quando:
✓ Há a necessidade de complementar um diagnóstico;
✓ Oferecer informações idiográficas sobre o manejo com o paciente;
✓ Acompanhamento de doenças neurodegenerativas;
✓ Planejamento de programas de reabilitação;
✓ Avaliação da eficácia de tratamentos;
✓ Fornecer informações para propósitos jurídicos;
✓ Pesquisa.
Avaliação Neuropsicológica

✓É importante para avaliar e conhecer os prejuízos e os recursos remanescentes;

✓É recomendável que se utilize dados “formais” – testes padronizados;

✓Conhecer o impacto do quadro atual na vida do indivíduo;

✓Também é recomendado que análises qualitativas sejam feitas de modo a explicar


clinicamente os resultados observados;
Avaliação Neuropsicológica

Uma avaliação neuropsicológica só tem sentido dentro de um CONTEXTO

A avaliação neuropsicológica tem que responder à questão/ demanda inicial!!

É importante planejar a sequência de testes…


Ao mesmo tempo que é preciso ter manejo clínico para flexibilizar o que foi
planejado quando for necessário
Avaliação Neuropsicológica

✓ A maioria dos testes utilizados na ANp são testes psicológicos → a interpretação feita
durante o processo tem um caráter neuropsicológico;

✓ A classificação do paciente é embasada em um grupo normativo → é fundamental


conhecer a amostra e ser crítico quanto à qualidade da generalização dos dados;
A interpretação dos
DADOS NORMATIVOS
Dados Normativos

Corrigir um teste é diferente de interpretar os seus resultados.

Para interpretarmos os resultados de um teste precisamos integrar as informações


QUANTITATIVAS (scores) e as QUALITATIVAS (funcionamento do paciente na realização de
tarefas).

Necessário juntar as vertentes:

NOMOTÉTICAS E IDIOGRÁFICA
Dados Normativos

Ao construirmos um teste, precisamos garantir que a interpretação que faremos dos


resultados é “segura”.

Para isso, utilizamos o procedimento de normatização (padronização).

Em um cenário ideal, deveríamos avaliar todas as pessoas do nosso país para sabermos
algumas informações sobre o nosso teste – qual a pontuação aceitável, estabelecimento de
normas específicas...
Dados Normativos

Para viabilizar o processo de pesquisa e


alcançarmos um teste que possa ser utilizado
em nossa prática profissional, precisamos
fazer escolhas.

São selecionados grupos que tenham


representatividade da população do nosso
país.

Utilização de tabelas estadunidenses para


interpretação dos resultados – WISC-IV
Dados Normativos

Além da representatividade amostral, muitas vezes os critérios que embasam a interpretação


dos testes não são tão claras quanto ao “real” desempenho do paciente.

Caso do FDT – faixa entre 25 e 75 no percentil.


Dados Normativos

Curva Normal
Dados Normativos

Cada teste possui um modo diferente de padronizar os resultados:


• Pontos Ponderados;
• T-Score;
• Ponto Composto;
• Ponto Padrão;
• Percentil;
• Z-score;

Todas essas formas buscam localizar o avaliando


no grupo normativo
Dados Normativos

Em alguns casos é recomendado que se faça a transformação da pontuação do paciente


para uma “mesma métrica”
O RACIOCÍNIO CLÍNICO
em neuropsicologia
Raciocínio Clínico
→ É um conceito “importado” da medicina.

→ É a forma utilizada para fazer o diagnóstico de doenças. Caracteriza-se pelo


raciocínio mental que possibilita o médico chegar a um diagnóstico
correto/preciso.

→ Para isso, é considerado o problema apresentado pelo paciente (queixa).


Raciocínio Clínico - médico
Problema / queixa principal → é a queixa do paciente, fase inicial da consulta e do raciocínio clínico.

Anamnese → o médico coleta informações da história clínica: escuta as queixas; questiona e esclarece
sintomas.

Anamnese especial → são feitas perguntas sobre outros sistemas orgânicos em busca de doenças coexistes.

Exame Físico → o paciente é examinado em busca de sinais positivos e que possam ter relação com os
sintomas apresentados.

Exames auxiliares → o médico analisa alterações nos exames laboratoriais.

Formulação de H.D. → com base nas informações coletas e nos achados clínicos, toma-se uma decisão sobre
o diagnóstico do paciente.
Raciocínio Clínico - neuropsicológico
Problema / queixa principal → fase em que o neuropsicólogo deve, a partir da queixa do paciente, delimitar
sua(s) hipótese(s) diagnóstica(s) para o processo de avaliação.
Anamnese → momento de levantar junto ao paciente informações que possam explicar a queixa apresentada –
informações da vida diária, aspectos do desenvolvimento, história de vida, etc.

Anamnese especial → entrevistas complementares com o objetivo de reunir informações mais precisas sobre o
funcionamento do paciente.
Formulação de H.D. → com base nas informações coletas e na queixa do paciente, são formuladas hipóteses
que nortearão o processo avaliativo.

Observação ecológica → estabelecimento de tarefas menos sistematizadas para acessar o modo de funcionar
no paciente – tomar um café, brincar com jogos, etc.

Avaliação sistematizada → seleção e organização de testes psicológicos/neuropsicológicos em diferentes


momentos e condições.
Quadro diagnóstico → integrando as informações trazidas pelo paciente e suas fontes e os resultados das
observações e testagem, é estabelecido o DIAGNÓSTICO.
Raciocínio Clínico - neuropsicológico

A ANp deve ser capaz de fornecer explicações sobre o paciente que vão além das
frases “apresentou desempenho na média esperada” ou “apresentou resultado abaixo
da média esperada”.

Para que isso aconteça, é primordial que o neuropsicólogo desenvolva e aprimore o


R.C. – compartilhamento de sinais e sintomas entre os diferentes
transtornos/diagnósticos → é necessário ser capaz de remanejar o diagnóstico e não
incorrer em um erro clínico.

O R.C. deve ultrapassar o processo de avaliação neuropsicológica e ser capaz de


alcançar as pessoas e profissionais que terão acesso ao relatório da avaliação → os
resultados produzidos devem servir para a tomada de decisão e estabelecimento de
intervenção.
Vamos falar de

ATENÇÃO
Atenção

✓ É um dos domínios psicológicos/neuropsicológicos mais estudado em


pesquisas;

✓ Possui uma definição mais “robusta” e “consensual” entre os pesquisadores


e os profissionais;

✓ É compreendida como uma habilidade cognitiva essencial para o ser


humano;
Tentando uma definição sobre Atenção

A capacidade atencional é a habilidade de selecionar dentre todos os


estímulos ao redor, sejam eles externos (de ordem auditiva, visual,
olfatória, sensitiva e de paladar) ou internos (em relação às emoções,
memórias e pensamentos) quais deveriam ser considerados frente a
um determinado objetivo.
Tentando uma definição sobre Atenção

A capacidade de focar a atenção implica na procura de um estímulo-


alvo, assim como fixar a atenção neste; permite que nem tudo que
seja apresentado no campo dos sentidos seja percebido e
processado, sendo considerado apenas o que é relevante para a
intenção daquele determinado momento.
É por conta da Atenção
✓ que somos capazes de responder predominantemente a alguns estímulos em detrimento
de outros;
✓ que somos capazes de selecionar os estímulos que facilitam o processamento de
informação (tomada de decisão);
✓ que somos capazes de focalizar a consciência, de modo a concentrar os processos
mentais em uma única tarefa, colocando as demais em segundo plano;

LOGO, podemos afirmar que:


Os recursos atencionais são fundamentais para todos os aspectos do funcionamento
cognitivo
Atenção
✓ É composta por processos voluntários e automáticos;
✓ Nos permite responder predominantemente à estímulos significativos em
detrimento de outros menos relevantes;
✓ Permite a seleção de estímulos que facilitarão o processamento da informação;
✓ Pode ser compreendida como uma força interna que determina e direciona a
percepção;
✓ Nos permite focalizar a consciência, concentrando os processos mentais em uma
tarefa principal, deixando as demais em segundo plano (por exemplo, a leitura);
✓ Tem a capacidade limitada, isto é, não é possível atender diversos estímulos ao
mesmo tempo.
Atenção
Sistema de
redes
neurais

Estruturas
Sub-
corticais

É uma função complexa; Estruturas


É produto do funcionamento integrado de Corticais

Possui muitas definições


Tipos de ATENÇÃO
Processos Atencionais – Estado de Alerta
✓ É o estamos que ficamos a partir do momento em que acordamos;
✓ Está mais relacionado ao mecanismo fisiológico;
✓ Regula a responsividade frente à estimulação ambiental;
✓ Ciclo sono-vigília e nível de vigilância (foco)

✓ É o estado de alerta que dá início à recepção de estímulos provenientes dos


órgãos sensoriais.
Processos Atencionais – Estado de Alerta
✓ Promove a ativação e responsividade do SNC a estímulos internos e externos.
✓ Envolve a ativação de regiões subcorticais: tronco encefálico, tálamo e diencéfalo.
Processos Atencionais – Velocidade de Processamento
✓ Está relacionada a capacidade de compreender o estímulo ambiental e promover uma resposta.
✓ Processamento mental da informação;
✓ O tempo de resposta aumenta conforme o grau de complexidade da tarefa;
✓ Os prejuízos são mais observados em casos de:
✓TCE; TDAH;
✓Esclerose Múltipla; Deficiência Intelectual;
✓Demência;
✓Depressão.
Processos Atencionais – Velocidade de Processamento

✓ Geralmente é avaliada por testes de reação.


✓ FAS;
✓ Códigos (WAIS-III) e WISC-IV juntos formam o índice de velocidade de
✓ Procurar Símbolos (WAIS-III) e WISC-IV; processamento

✓ Teste de Trilhas Coloridas (tempo de execução);


✓ Trail Making (tempo de execução);
✓ FDT – processos automáticos: leitura e contagem;
FAS
✓ “Tarefa” neuropsicológica – interpretação
qualitativa;
✓ Não possui normatização brasileira;

Aplicação
✓ F → palavras (coisas) que comecem com a letra F;
✓ A → idem ao anterior;
✓ S → idem aos anteriores;
✓ Animais → todos os animais que o avaliando
souber.
✓ Não é permitido nome próprio, repetição e
derivação
Códigos – WISC-IV e WAIS-III

✓ Subteste da escala de inteligência;


✓ Normatização brasileira;

Aplicação
✓ Durante 120 segundos o paciente deve reproduzir o
símbolo correspondente ao número do modelo.
Procurar símbolos – WAIS-III e WISC VI
✓ Subteste da escala de inteligência;
✓ Normatização brasileira;

Aplicação
✓ Durante 120 segundo o paciente deve verificar se o
estímulo modelo está presente na linha correspondente.
Teste de Trilhas Coloridas &
Trail Making

✓ Normatização brasileira;
✓ Avalia processos atencionais
✓ Velocidade de processamento;
✓ Atenção dividida e alternada;
Aplicação
✓ O avaliando deve ligar todos os pontos o mais
rápido que conseguir. São considerados os erros
e omissões.
Teste dos Cinco Dígitos
FDT
✓ Normatização brasileira;

Aplicação
✓ Treino em sala de aula.
Processos Atencionais – Atenção Sustentada (Concentrada)
✓ É a capacidade de se concentrar em uma tarefa específica por um período contínuo de
tempo sem se distrair;
✓ Este tipo de atenção é usada quando precisamos nos concentrar em uma tarefa ou
atividade específica → ler, jogar vídeo game, estudar para a prova;
✓ É o tipo de atenção mais associada aos conceitos de foco, concentração;
✓ Capacidade de focar e manter o foco por tempo prolongado, mantendo o padrão de
consistência;
Processos Atencionais – Atenção Sustentada (Concentrada)
✓ Estruturas relacionadas (envolvidas) no processo de atenção sustentada: tálamo e o córtex
frontal anterior – controle inibitório
(Engelhardt et al 1996).
Processos Atencionais – Atenção Sustentada (Concentrada)
✓ É comum estar alterada em casos de:
✓ Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH;
✓ Transtornos de Humor;
✓ Transtornos de Aprendizagem;
✓ Quadros neurodegenerativos.

✓ Geralmente é avaliada por:


✓ BPA e Cancelamento (subteste específico);
✓ Teste de Trilhas Coloridas (erros);
✓ Trail Making (erros);
✓ Aritmética (WAIS-III);
✓ Tarefa informatizada VETOR.
BPA – Atenção Concentrada
✓ Normatização brasileira;
✓ Avalia processos atencionais

Aplicação
✓ Treinamento em sala de aula.
Teste de Cancelamento
✓ Normatização brasileira;
✓ Avalia processos atencionais
✓ Velocidade de processamento;
✓ Atenção dividida e alternada;
Aplicação
✓ O avaliando deve riscar sempre que encontrar
um estímulo alvo dentre os distratores.
Tempo de 60 segundos e 45 segundos.
Processos Atencionais – Atenção Dividida
✓ É a capacidade de processar duas ou mais respostas ou reagir a duas ou
mais demandas diferentes ao mesmo tempo → MULTITAREFA;
✓ Ao contrário da atenção alternada, a atenção dividida é utilizada quando
mudamos “parcialmente” a tarefa em execução e tentamos executar duas
tarefas distintas simultaneamente;
✓ Uma das atividades deve estar mediada pelo processo automático

CAPACIDADE DE DIVIDIR A ATENÇÃO.


Processos Atencionais – Atenção Dividida
No que se refere às regiões cerebrais, estão envolvidos neste processo o
córtex parietal anterior, o córtex pré-frontal e o tálamo.
Flexibilidade mental (Engelhardt et al., 1996)
Processos Atencionais – Atenção Dividida
✓ É comum estar alterada em casos de:
✓ Demências;
✓ Atividades da Vida Diária – funcionalidade;
✓ TCE;
✓ Lesões no lobo frontal;
✓ Usuários de substâncias psicoativas;
✓ TDAH** → BPA

✓ Geralmente é avaliada por:


✓ BPA e Cancelamento (subteste específico);
✓ Teste de Trilhas Coloridas;
✓ Trail Making;
BPA – Atenção Dividida
✓ Normatização brasileira;
✓ Avalia processos atencionais

Aplicação
✓ Treinamento em sala de aula.
Teste de Trilhas Coloridas &
Trail Making
✓ Normatização brasileira;
✓ Avalia processos atencionais
✓ Velocidade de processamento;
✓ Atenção dividida e alternada;
Aplicação
✓ O avaliando deve ligar todos os pontos o mais
rápido que conseguir. São considerados os erros
e omissões.
Processos Atencionais – Atenção Alternada
✓ Capacidade de mudar o foco de atenção. Engajar e desengajar em dois ou
mais estímulos diferentes, de modo alternado;
(Rao, 1996; Malloy-Diniz et al., 2010)

✓ Forte relação com a flexibilidade cognitiva;

✓ Pessoas com alterações nesta habilidade:


✓ Tem maior dificuldade para executar AVDs;
✓ Cometem erros ao realizar tarefas sequenciais;
Processos Atencionais – Atenção Alternada
✓ Processo que nos permite filtrar uma mensagem / estímulo frente a apresentação
de diversos estímulos simultaneamente;

✓ 3 estruturas estão relacionados à atenção seletiva:


✓ Córtex parietal superior → relacionado com a representação espacial exterior;
✓ Córtex pré-motor lateral → responsável pela orientação e movimentos de exploração;
✓ Giro do Cíngulo anterior → associado a monitoração de respostas.

✓ Casos de TDAH;
✓ Dificuldades de Aprendizagem;
✓ PAC;
✓ TCE;
✓ Quadros neurodegenerativos;
BPA – Atenção Alternada
✓ Normatização brasileira;
✓ Avalia processos atencionais

Aplicação
✓ Treinamento em sala de aula.
Processos Atencionais – Amplitude Atencional
✓ Amplitude atencional ou span atencional ou capacidade de armazenamento de curto prazo.
✓ Quão rápido o sistema atencional opera e o quanto de informação consegue processar de
uma só vez.
✓ O quanto de informação pode ser retida de uma só vez por curto período de tempo.
✓ Testes baseados em quantidade de informações verbais ou visuais retidas.

✓ Geralmente é alterado em:


✓ Sujeitos que foram expostos a solventes industriais – contaminação;
✓ Estágios iniciais de demência;
✓ TCE;
✓ AVC com alteração nas áreas visuais;
✓ Lesões no lobo frontal
Dígitos – WISC IV e WAIS III
✓ Normatização brasileira;
✓ Existem estudos que “normatizam” o span
Sequência Números e Letras – WISC IV e WAIS III
✓ Normatização brasileira;
✓ Existem estudos que “normatizam” o span
Cubos de Corsi

✓ Não possui normatização brasileira;


✓ Análise é qualitativa;
✓ Avaliação do input visual;
Vamos falar de FUNÇÕES EXECUTIVAS
Funções Executivas
✓ Assim como a atenção, as funções executivas podem ser classificadas como uma
habilidade complexa;
✓ Existem diversas teorias e explicações conceituais sobre o que seja essa
habilidade → fatores e componentes;
✓ Perfil neuropsicológico → identificação das funções executivas tem um importante
papel na caracterização do paciente e no tratamento a ser realizado.

Construto neuropsicológico ainda em construção, isto é, não existe uma definição


consensual de o que seja Função Executiva, tão pouco uma definição de qual a
estrutura desta habilidade.
Funções Executivas

✓ Começou a ser alvo de investigação científica no século XIX;


✓ Caso Phineas Gage
✓ Alterações comportamentais depois de ter sofrido acidente;
✓ Manteve a capacidade de trabalhar;
✓ Parecia ser outra pessoa – ter outra personalidade;
✓ Forte influência da neuropsicologia localizacionista
Funções Executivas - Definição

Conjunto de habilidades e capacidades que permitem ao indivíduo controlar, regular seus


pensamentos e comportamentos, executando as ações necessárias para atingir um objetivo, ou
seja, a realização de ações voluntárias, independentes, autônomas, organizadas e direcionadas para
metas específicas.
(Gazzaniga et al, 2006; Lezak, 2012; Gil, 2002)

“As funções executivas são habilidades de controle cognitivo utilizadas na realização de tarefas para
as quais nosso “piloto automático” ou instinto se mostram inadequados ou insuficientes”.
(Branco, Ponsoni & Cotrena, 2017)
Funções Executivas - definição
✓ Necessitamos de nossas funções executivas para praticamente todas as atividades
da nossa vida;
✓ Alguns pesquisadores afirmam que é esta a habilidade responsável pela nossa
capacidade humana de nos adaptarmos aos ambientes e situações;
✓ As funções executivas são uma espécie de MAESTRO do nosso cérebro;
Funções Executivas – desenvolvimento
Funções Executivas
✓ Alterações nas funções executivas → principal causa de incapacidade em distúrbios
neuropsiquiátricos
✓ Predomínio do comprometimento de circuitos frontais específicos:
– Córtex pré-frontal dorsolateral;
– Córtex pré-frontal orbito frontal;
– Cíngulo anterior;
✓ Sintomas:
– Cognitivos;
– Comportamentais; e
– Emocionais
Funções Executivas – regiões cerebrais
Funções Executivas – regiões cerebrais

✓ALTERAÇÕES:
✓Planejamento
✓Memória Operacional
✓Flexibilidade
✓Estabelecimento de Metas
✓Solução de Problemas
✓Monitoração
Funções Executivas – regiões cerebrais

✓SINTOMAS:
✓Diminuição da capacidade de compreender
o ambiente – processamento de risco;
✓Dificuldades na tomada de decisão.
Funções Executivas – regiões cerebrais

✓SINTOMAS:
✓Apatia
✓Falta de Motivação
✓Dificuldade no controle atencional;
✓Desinibição de respostas instintivas;
Funções Executivas – o impasse conceitual
ABORDAGEM NEUROPSICOLÓGICA
– Luria (1973) – funcionamento cerebral dividido em três unidades funcionais:

Unidade 1 Unidade 2 Unidade 3

• Regulação das funções • Áreas posteriores do cérebro: • Funções de programação,


básicas: tônus cortical, vigília e região parietal, temporal e regulação e verificação das
batimentos cardíacos, occipital, responsável por atividades mentais,
associada à estruturas obter, analisar e armazenar compreendendo
subcorticais. informações por meio das principalmente, os lobos
modalidades visual, auditiva e frontais
tátil.
Funções Executivas – o impasse conceitual

✓Unidade 3 – papel executivo de auto regulação e monitoramento do indivíduo.

✓Lobos frontais sintetizam informações acerca do mundo e são o meio pelo qual o
comportamento é regulado conforme o efeito produzido por suas ações.

✓Danos nesta unidade provocam mau funcionamento na formulação de planos,


planejamento das ações, controle dos impulsos conscientes, entre outras
competências mais complexas do comportamento.
Funções Executivas – o impasse conceitual
✓ Modelo de Funções Executivas Frias e Quentes
Funções Executivas – o impasse conceitual
✓ Modelo de Funções Executivas Diamond (2013)
E o que a gente faz na clínica?
Funções Executivas - na prática clínica
✓ Compreensão de que as funções executivas são componentes (habilidades específicas);
✓ O conjunto de características executivas do paciente + outras funções cognitivas, formam o seu perfil
neuropsicológico;

✓ Os componentes de Função Executiva que avaliamos na clínica são:


✓ MEMÓRIA OPERACIONAL – MEMÓRIA DE TRABALHO;
✓ FLEXIBILIDADE COGNITIVA;
✓ PLANEJAMENTO;
✓ CONTROLE INIBITÓRIO;
✓ Iniciação / Iniciativa;
✓ Autorregulação;
✓ Tomada de Decisão;
✓ Julgamento Crítico;
✓ ...

Para cada uma dessas habilidade existem diferentes testes e tarefas que possibilitam sua avaliação.
Funções Executivas – na prática clínica

✓ A investigação do perfil neuropsicológico dos pacientes, mais especificamente no que se refere às


funções executivas tem sido realizada nos casos de:
✓ TDAH;
✓ Autismo;
Transtorno Obsessivo Compulsivo;

Importantes contribuições nos
✓ Depressão
✓ Transtorno Afetivo Bipolar; processos de diagnóstico
✓ Transtorno Alimentares; (diferencial) e tratamento (reabilitação)
✓ Dificuldades de Aprendizagem;
✓ Doenças não psiquiátricas → Diabetes
Funções Executivas – Memória de Trabalho
Sistema temporário de armazenamento de dados que permite a monitoração e o manejo
mental de informações; é o responsável por manter ativado um volume de informações
durante um determinado período de tempo, servindo de base para outros processos
cognitivos.

Memória Operacional ≠ Memória de Curto Prazo


(manipulação de informação)
Exemplos
✓ Memorizar um contato telefônico de cabeça;
✓ Quando pedimos informação na rua sobre como chegar em um endereço;
✓ Quando lemos uma informação e precisamos memorizar por um tempo breve;
Funções Executivas – Memória de Trabalho
✓ Alterações na Memória Operacional
✓ Incapacidade de armazenas e utilizar informações a curto prazo;
✓ Dificuldades para se lembrar de ordens e sequências importantes para a vida diária;
✓ Dificuldade para seguir instruções;

✓ Bastante frequente
✓ Pacientes com TDAH;
✓ Pacientes com transtornos de humor;
✓ Crianças com dificuldade de aprendizagem / para alfabetização;
Funções Executivas – Memória de Trabalho (avaliação)

Dígitos (WISC e WAIS)


Funções Executivas – Memória de Trabalho (avaliação)

Sequência de Números e Letras


(WISC e WAIS)

Aritmética
Funções Executivas – Memória de Trabalho (avaliação)

Figura Complexa de Rey

TAREFAS ECOLÓGICAS
Funções Executivas – Planejamento
Habilidade de, a partir de um objetivo, estabelecer a melhor maneira para alcançá-lo,
cuidando da organização dos passos a serem seguidos, além da utilização de
estratégias para alcançar a meta. Este componente compreende a habilidade do
indivíduo de elaborar e executar um plano de ação, ‘pensando’ antes de estipular os
passos necessários para chegar a um objetivo.
Exemplos
✓ Organizar antecipadamente os ingredientes e passos de uma receita;
✓ Organizar as etapas de um trabalho / projeto;
Funções Executivas – Planejamento
✓ Alterações na capacidade de Planejamento
✓ Comportamento desorganizado provocado pela não sistematização de uma ação;
✓ Dificuldade para cumprir prazos e finalizar trabalhos e projetos;

✓ Bastante frequente
✓ Diagnósticos do neurodesenvolvimento;
✓ Crianças com dificuldade de aprendizagem / para alfabetização;
✓ Diagnóstico de transtorno de humor;
✓ Em sujeitos saudáveis;
Funções Executivas – Planejamento (avaliação)

Figuras de Rey e Taylor


Funções Executivas – Planejamento (avaliação)
Torre de Londres e Hanói;
Funções Executivas – Flexibilidade Cognitiva
Capacidade de alternar o curso das ações ou dos pensamentos, conforme as
exigências ambientais. A habilidade de mudar de foco e de considerar diferentes
alternativas, promovendo, deste modo, a capacidade do indivíduo de se adaptar à
diferentes contextos e demandas.
Exemplos
✓ Avaliar se o comportamento emitido está “agradando” as pessoas e promovendo a
consequência desejada;
✓ Capacidade de se adaptar à diferentes condições a partir da própria percepção;
✓ Mudar de comportamento quando se distancia do objetivo final;
Funções Executivas – Flexibilidade Cognitiva
✓ Alterações na capacidade de Flexibilidade Cognitiva
✓ Faz com que a pessoa fique desajustada e tenha dificuldades nas relações sociais;
✓ Gera a incapacidade de buscar novas soluções diante de dificuldades;
✓ Incapacidade de alternar o foco em diferentes tarefas;

✓ Bastante frequente
✓ Pacientes com Autismo;
✓ Diagnóstico do neurodesenvolvimento;
✓ Diagnóstico de transtorno de humor;
Funções Executivas – Flexibilidade Cognitiva (avaliação)

Teste de Trilhas Coloridas


Funções Executivas – Flexibilidade Cognitiva (avaliação)

Trail Making
Funções Executivas – Flexibilidade Cognitiva (avaliação)
✓ FDT
Funções Executivas – Flexibilidade Cognitiva (avaliação)
✓ Wisconsin
Funções Executivas – Controle Inibitório
Consiste na capacidade de um indivíduo inibir respostas prepotentes, principalmente
aquelas que o sujeito apresenta uma forte tendência a emitir; a incapacidade de ignorar
estímulos distratores que interrompam a execução da tarefa, bem como a interrupção
de respostas que estejam em curso
Exemplos
✓ Se manter atento a aula mesmo quando há um barulho na sala de aula;
✓ Segurar um xingamento à alguém que fez algo que o desagradou;
✓ Ser capaz de não comer chocolate para chegar ao peso desejado;
Funções Executivas – Controle Inibitório
✓ Alterações na capacidade de Flexibilidade Cognitiva
✓ Maior probabilidade de emitir comportamentos impulsivos;
✓ Dificuldade para se manter em tarefas chatas, correndo o risco de se prejudicar;
✓ Dificuldade para prestar atenção nas coisas à sua volta

✓ Bastante frequente
✓ Pacientes com transtornos do neurodesenvolvimento;
✓ Transtornos de Personalidade;
✓ Transtornos Alimentares;
Funções Executivas – Controle Inibitório (avaliação)
✓ STROOP

CADA NUNCA H O JE TU D O

H O JE TU D O NUNCA CADA

NUNCA CADA TU D O H O JE

TU D O H O JE CADA N U NMA
C AR R O M A ZU L R O SA V ER D E

CADA NUNCA H O JE A ZU L
TU D O V ER D E MA R R O M R O SA

MA R R O M R O SA V ER D E A ZU L
NUNCA TU D O CADA H O JE

V ER D E A ZU L R O SA MA R R O M

MA R R O M V ER D E A ZU L R O SA

R O SA A ZU L V ER D E MA R R O M
Funções Executivas – Controle Inibitório (avaliação)
✓ FDT
Funções Executivas – Controle Inibitório (avaliação)
✓ Hayling
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Fabián Rueda, 2013
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Ficha Síntese

Objetivo:
Tem por objetivo mensurar a capacidade geral de atenção, assim como realizar uma avaliação
individualizada de tipos de atenção específicos:
✓ ATENÇÃO CONCENTRADA;
✓ ATENÇÃO DIVIDIDA; e
✓ ATENÇÃO ALTERNADA.

População:
As normas de interpretação do teste foram propostas para indivíduos com idades entre 6 e 82 anos.
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Ficha Síntese

Contextos:
Avaliação de processos atencionais em diversas áreas:
→ Contexto clínico;
→ Escolar;
→ Organizacional;
→ Trânsito.

Material:
✓ Folhas de resposta – AC, AD e AA;
✓ Caneta;
✓ Cronômetro;
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Ficha Síntese

Aplicação:
✓ Pode ser aplicada individualmente ou coletivamente;
✓ Necessário bom rapport;
✓ Aplicar o teste na sequência dos processos atencionais;
✓ Atenção Concentrada → 2 minutos;
✓ Atenção Dividida → 4 minutos;
✓ Atenção Alternada → 2 minutos e 30 segundos
✓ Importância de seguir a linha de estímulos;
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Atenção Concentrada

Indica a capacidade de uma pessoa selecionar


apenas uma fonte de informação diante de vários
estímulos distratores em um tempo
predeterminado.

→ Verificação da velocidade de processamento –


quando o paciente não consegue avançar muito
no teste;

→ Capacidade de focar a atenção;

→ Inibição de respostas automáticas;


Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Atenção Dividida

Indica a capacidade de uma pessoa para procurar


dois ou mais estímulos simultaneamente em um
tempo predeterminado, e com vários distratores
ao redor.

→ Verificação da velocidade de processamento;

→ Capacidade de dividir a atenção – pacientes com


TDAH;

→ Inibição de respostas automáticas;


Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Atenção Alternada

Indica a capacidade de uma pessoa em focar sua


atenção e selecionar ora um estímulo, ora outro
por um determinado período de tempo e diante
de vários estímulos distratores.

→ Verificação da velocidade de processamento;

→ Capacidade de dividir a atenção – pacientes com


TDAH;

→ Inibição de respostas automáticas e flexibilidade


cognitiva;
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Na hora da aplicação

Importante prestar
atenção na forma como
o avaliando executa o
teste.
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Na hora da aplicação
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Na hora da aplicação
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Na hora da correção
Lembretes:
→ A correção dos testes deve ser realizada considerando o último
estímulo assinalado pela pessoa, ou seja, se no final do tempo
previsto o testando se encontrava na metade da oitava linha, é
até esse ponto que será considerado para realizar a correção;

→ Todas as orientações apresentadas na seção “Normas de


correção” devem ser realizadas sempre com a utilização do
respectivo crivo do teste – diminuição da ocorrência de erros.

→ No momento de consultar as normas de interpretação dos


testes, pode ocorrer que uma determinada pontuação bruta
fique localizada entre dois percentis. Nesse caso deve-se
considerar o percentil menor.
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA
Na hora da correção
Neuropsicologia:
→ Quando a pontuação ou percentil do paciente não é
exatamente igual aos apresentados no manual, é
recomendado que se “beneficie” o paciente, isto é,
assumimos a pontuação a cima.

→ Em alguns casos, um critério de desempate pode ser


o valor mais próximo;

→ Quando a pontuação do avaliando estiver bem


centralizada, recomenda-se que o paciente seja
beneficiado

→ Pontuação = 45
→ Pontuação = 96
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção - BPA

Correção:

Pontuação = Acertos – (Erros + Omissões).

Atenção Geral = Pontuação no AC + pontuação no AD + pontuação no AA


Teste dos Cinco Dígitos – FDT
Manuel Sedó | Jonas Jardim de Paula & Leandro Malloy-Diniz 2015
Teste dos Cinco Dígitos - FDT
Ficha Síntese

Objetivo:
Medir a velocidade de processamento, a atenção e as funções executivas (subcomponentes
controle inibitório e flexibilidade cognitiva).
População:
As normas de interpretação do teste foram propostas para indivíduos a partir dos 6 anos.
Contextos:
Avaliação no contexto clínico.
Material:
Folheto de estímulos;
Folha de anotação do aplicador;
Lápis;
Cronômetro.
Teste dos Cinco Dígitos - FDT
Etapas
Etapa I → Leitura – é a mais simples e apresenta dígitos em quantidades que
correspondem exatamente a seus valores (ou seja, um 1, dois 2, três 3 e etc) e o indivíduo
só precisa reconhecer e ler esses valores – automático;

Etapa II → Contagem – apresenta grupos de um a cinco asteriscos, e o indivíduo tem que


reconhecer o “conjunto” e contar o número de asteriscos existentes – automático;

Etapa III → Escolha – o avaliando deve contar quantos dígitos são apresentados dentro do
quadro, independente de qual dígito se trata – controle; e

Etapa IV → Alternância – o avaliando deve contar quantos dígitos são apresentados dentro
do quadro, no entanto, quando se deparar com um quadro com borda larga, a regra muda e
o avaliando deve dizer qual é o número que é apresentado.
Teste dos Cinco Dígitos - FDT
Análise Funcional
Velocidade de processamento → é geralmente alterado em pacientes com sinais ou
quadros neurológicos / psiquiátricos;

Acesso a conceitos verbais → para responder o paciente deve olhar para um estímulo e
emitir uma resposta motora verbal, forçando a recuperação de informações diferentes as
que foram reconhecidas;

Produção Serial→ velocidade de aprendizagem e adaptação à tarefa / demanda; e

Mobilização voluntária de recursos adicionais → verificação das diferenças de desempenho


nos processos automáticos e nos processos controlados (TTC).
Teste dos Cinco Dígitos - FDT

Índice de Inibição = Escolha – Leitura

Índice de Flexibilidade = Alternância – Leitura


Teste dos Cinco Dígitos - FDT
Teste dos Cinco Dígitos - FDT
DISCIPLINA:
Avaliação Neuropsicológica da
Atenção e das Funções Executivas

PROFESSOR:
Jonatha Tiago Bacciotti
Especialista em Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva (IPq-HCFMUSP)
Mestre em Psicologia – Universidade São Francisco
Doutorando em Psicologia – Universidade São Francisco
CASO CLÍNICO
Caso clínico - Infantil
✓ L.F., 7 anos;
✓ Foi encaminhado para a avaliação neuropsicológica pelo neurologista → H.D.: Transtorno do
Déficit de Atenção e Hiperatividade;
✓ De acordo com a mãe:
✓ o paciente apresenta dificuldade para prestar atenção nas coisas que acontecem à sua
volta;
✓ Tem dificuldades para a rotina escolar – organização de materiais, não acompanha o que
a professora pede, não apresenta queixa de comportamento;
✓ Não consegue se lembrar das coisas que fez na escola, mesmo quando questionado
logo depois que chega da escola;
✓ Não estava alfabetizado.
✓ Encontrava-se em acompanhamento fonoaudiológico.
Caso clínico - Infantil
✓ Exame de Processamento Auditivo Central – alterações importantes;
✓ Não apresentou intercorrências durante a gestação e os primeiros anos de vida;
✓ Apesar de não estar alfabetizado, o paciente não apresentava queixa escolar. Nos
primeiros anos de escolarização a professora dizia que ele se desenvolvia de acordo com
o esperado;
✓ Não gostava de se envolver em atividades físicas (futebol) preferindo os jogos
eletrônicos;
✓ Não apresentava dificuldades para dormir ou acordar;
Caso clínico - Infantil

✓ Dinâmica Emocional

Os resultados do Pfister
sugere que o funcionamento
de pouco interesse por
situações ambientais (escola e
relação com o pai);

Traços importantes de
impulsividade
Caso clínico - Infantil

Eficiência Intelectual
Caso clínico - Infantil

✓ Aspectos Atencionais
Caso clínico - Infantil

Funções Executivas
Cópia
Memória
Imediatada
Memória Tardia
Caso clínico - Infantil

Funções Executivas
Cópia
Memória Tardia
Caso clínico - Infantil

Resultados
Aspectos Neuropsicológicos
✓CONTROLE INIBITÓRIO
✓FDT→ importante prejuízo na velocidade de processamento | Não apresentou
prejuízos severos na inibição de impulsos
✓PLANEJAMENTO
✓Em condição natural → prejuízos na habilidade de planejar as ações;
✓Com medicação → melhora significativa na capacidade de executar uma
tarefa de modo ordenado, indicando melhora do planejamento.
Caso clínico - Infantil
Resultados
Aspectos Neuropsicológicos
✓MEMÓRIA OPERACIONAL
✓Em condição natural → prejuízos na recuperação imediata das informações;
✓Com medicação → melhora significativa na capacidade recuperar elementos
da tarefa, favorecendo a manipulação das informações.
✓Recuperação tardia → melhora muito importante com a medicação.
✓FLEXIBILIDADE COGNITIVA
✓FDT→ prejuízos na habilidade de alternar o foco em duas ou mais tarefas;
Desfechos
✓ Ao final do processo de ANp, concordamos com o encaminhamento médico de que o
paciente tinha TDAH;

✓ A testagem sob efeito de medicação demonstrou que o paciente se beneficiava, portanto,


optou-se por medicar o paciente durante o período escolar → alfabetização rápida,
diminuição dos prejuízos acadêmicos;

✓ Orientação para a família e encaminhamento para psicoterapia favorecendo o


acompanhamento do desenvolvimento psicológico do paciente;

✓ Reabilitação cognitiva de habilidades específicas (jogos, atividades eletrônicas) e


habilidades com impacto funcional (desenvolvimento de um viveiro de minhocas);
Conclusões

Os resultados do presente processo de avaliação permitem a afirmação de que L. F. possui uma boa
capacidade cognitiva, o que é muito favorável para o seu desenvolvimento. O perfil neuropsicológico
observado somado às queixas relatadas pela mãe são bastante condizentes com o diagnóstico do
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade moderado, subtipo desatento, segundo a proposta
do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtorno Mentais (DSM-5).
Caso clínico - Adulto
✓ V., 23 anos
✓ Nível de escolaridade: Ensino Médio Completo;
✓ Encaminhada para a avaliação neuropsicológica pela terapeuta e neurologista → H.D.: Transtorno
do Déficit de Atenção e Hiperatividade;
✓ É amasiada, tem uma filha de 1 ano e 6 meses, está sem trabalhar há quatro anos;
✓ Queixa:
✓ Tem dificuldade para ser aprovada em processos seletivos – nunca consegue compreender o que é solicitado para
ela fazer; Se distrai facilmente, esquece das coisas com frequência, passa o dia no celular e assistindo TV, enquanto
cuida da filha;
✓ Tem explosões de raiva e discute com o marido;
✓ Dificuldades motoras e de compreensão – histórico de agressão na infância;
Caso clínico - Adulto

✓Funcionamento da personalidade desajustado – Pfister e BFP;

✓Capacidade Atencional – alteradas em todos os subtipos;

✓Memória – funcionamento na faixa média;

✓Funções Executivas → alteração de controle inibitório, flexibilidade cognitiva,


memória operacional e baixo controle da regulação emocional;
Caso clínico - Adulto
Intervalo
Ponto Confiança
Índices Fatoriais Percentil Classificação
Ponderado (95%)
Compreensão Verbal 78 7 71 – 87 Limítrofe
Organização Perceptual 94 37 83 – 106 Média
Memória Operacional 74 4 66 – 86 Limítrofe
Velocidade de 78 – 98
87 18 Média inferior
Processamento
Q.I. Verbal 83 13 77 – 89 Média inferior
Q.I. Execução 92 30 82 – 102 Média
Q. I. Total 77 6 72 – 83 Limítrofe
Caso Clínico - Desfechos

✓ Ao final do processo de ANp, concordamos com o encaminhamento médico de que o


paciente pode ter TDAH, mas é importante ressaltar que a eficiência intelectual da
paciente pode explicar muitos dos sinais e sintomas relatados – teste da medicação;
✓ Necessidade de exames neurológicos que possam descartar lesões estruturais da
paciente – histórico de agressão;
✓ Continuidade do processo terapêutico;
✓ Encaminhamento para reabilitação cognitiva + acompanhamento psicopedagógico –
tentativa de reverter o quadro limítrofe para deficiência intelectual;
REABILITAÇÃO COGNITIVA
Reabilitação - Definição

“Implica na restauração dos mais altos níveis possíveis de adaptação física,


psicológica e social dos pacientes. Inclui todas as medidas para reduzir o impacto de
condições incapacitantes e desvantajosas e para possibilitar às pessoas incapacitadas
alcançar um nível ótimo de integração social”.
(OMS)
Reabilitação Cognitva - Definição

“Processo no qual indivíduos que sofreram dano neurológico, trabalham em conjunto


com profissionais de saúde, para tratar as disfunções cognitivas, com o objetivo de
capacitar pacientes e familiares a conviver, enfrentar, remediar ou reduzir as
deficiências”.

“Capacitar pessoas com inabilidades decorrentes de déficits cognitivos a alcançar


maior nível de bem estar possível, reduzir o impacto de seus problemas na vida diária
e ajudá-los a retornar ao seu ambiente de forma mais adaptada”
(Wilson, 1989)
Reabilitação - Objetivos

Habilitar pessoas com problemas cognitivos e seus familiares a atingir o melhor nível de bem
estar, reduzir o impacto de seus problemas no dia-a-dia e ajudá-los a voltar de maneira mais
adaptada ao seu ambiente.

Melhorar os déficits cognitivos, sociais e emocionais causados por prejuízo do cérebro.

Usar todos os meios disponíveis para melhorar a independência e qualidade de vida de


pessoas com prejuízos neuropsicológicos.
Reabilitação - Indicações

Doenças neurológicas (TCE, Epilepsia, Doenças Vasculares, Quadros Demenciais,


etc.) com patologias psiquiátricas associadas ou não.

Desordens psiquiátricas (esquizofrenia, TDAH, alcoolismo, etc.), cujas alterações


cognitivas estejam interferindo em sua rotina de vida diária e em sua auto percepção
positiva.

Problemas de Aprendizagem (dislexia, discalculia, etc.)


Reabilitação – O prognóstico dependerá

Localização da lesão;

Extensão e severidade do comprometimento neuropsicológico;

Etiologia e curso de progressão do processo patológico;

Idade de início;

Nível educacional – reservas cognitvas;


Reabilitação – O prognóstico dependerá

Tempo transcorrido desde o início do quadro;

Variações na organização cerebral das funções (ex. variações na lateralização ou na vascularização);

Condições ambientais, sócio demográficas e estilo de vida;

Fatores internos (motivação, insight, etc.) e externos (suporte familiar e social).


Reabilitação – O papel do neuropsicólogo
✓ Estabelecer os objetivos do treinamento, em conjunto com o paciente.
✓ Planejar o treino, identificando qual o melhor ponto de partida e em que ordem os objetivos serão
trabalhados.
✓ Identificar reforçadores.
✓ Registrar os dados, de modo a avaliar continuamente o desempenho de seu paciente.
✓ Introduzir mudanças quando necessário.
✓ Planejar a generalização.
✓ Ser flexível, considerando que o paciente pode não responder ao planejado
✓ Ser claro quando ao objetivos e etapas alcançadas
Reabilitação – Estratégias de intervenção
Treino cognitivo
Tarefas específicas para a estimulação de algumas funções mentais, por exemplo a atenção,
memória, praxia construtiva, linguagem, funções executivas, etc.

Funcionamento na vida diária


Estruturação da rotina diária.
Utilização de diferentes recursos para monitoramento dos comportamentos – agenda,
alarmes, etc.

Interação social
Promover / estimular a inserção do paciente em grupos e relações sociais.
Reabilitação – Estratégias de intervenção
Adaptação Familiar
Orientação com relação às dificuldades do paciente – consciência da necessidade de aprender a
lidar com as dificuldades.
Promover o engajamento dos familiares na execução das atividades.

Adaptação Profissional
Treinamento Pré-Profissional.
(Re)colocação profissional.

Adaptação Emocional e Crítica


Representação e Expressão dos sentimentos – adequação das emoções para impulsionar a
reabilitação → fornecer feedback sobre a evolução.
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