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NEUROPSICOLOGIA

NEUROPSICOLOGIA
Avaliação neuropsicológica da
atenção e funções executivas

PROFESSORA:
Natalie Helene van Cleef Banaskiwitz
Doutoranda em Psicologia pelo IP-USP
Mestre em Ciências pela FMUSP
Especialista em Neuropsicologia pelo CFP
• Conhecimento dos conceitos e modelos de compreensão da atenção.

• Construtos teóricos e desenvolvimento das funções executivas.

• Raciocínio Neuropsicológico

• Instrumentos de avaliação neuropsicológica da atenção e funções executivas


(Aplicação, Correção e Interpretação)
INTRODUÇÃO

• Cognição humana: multidimensional (formada por diversas funções cognitivas,


tais como atenção, percepção, memória, linguagem, visioconstrução, funções
executivas, etc).

• Por meio desta funções que as informações disponíveis no mundo são


percebidas, assimiladas, processadas e, da mesma forma, são modificadas e
reorganizadas.

Rochele Paz Fonseca. Tarefas Para Avaliaçao Neuropsicologica: Avaliaçao De Linguagem E Funçoes Executivas Em Crianças - Vol.1.Ed. Memnon
• Princípio da modularidade defende que as funções cognitivas estão organizadas
em módulos e que cada função processa informações específicas, mas existe
uma inter-relação entre elas.

• Considera-se que existe um contínuo no processamento da informação,


caracterizando processos iniciais, intermediários e finais.

• Inicialmente, o estímulo precisa ser processado e, para isso, tornam-se


demandadas em primazia funções como atenção e percepção, que direcionam
o sistema cognitivo para a apropriação do estímulo.

Rochele Paz Fonseca. Tarefas Para Avaliaçao Neuropsicologica: Avaliaçao De Linguagem E Funçoes Executivas Em Crianças - Vol.1.Ed. Memnon
• Em um segundo momento, torna-se necessária a manutenção da informação
(armazenamento), seja de forma recente ou mais cristalizada e permanente
para o processamento específico de uma dada informação e sua integração ao
conteúdo cognitivo já disponível e armazenado anteriormente.

• Entre os processos secundários e os finais, encontram-se recrutadas as funções


executivas, que permitem que o indivíduo consiga controlar, gerenciar e integrar
a experiência cognitiva, planejar e autorregular as ações cognitivas e
comportamentais para atingir um objetivo específico.

Rochele Paz Fonseca. Tarefas Para Avaliaçao Neuropsicologica: Avaliaçao De Linguagem E Funçoes Executivas Em Crianças - Vol.1.Ed. Memnon
ATENÇÃO
O que é atenção?
• A atenção é uma função crucial que permite a interação eficaz
do individuo com seu ambiente, além de subsidiar a
organização dos processos mentais. Com a atenção, nós
podemos selecionar qual estímulo será analisado em detalhes,
e qual será levado em consideração para guiar nosso
comportamento (Lima, 2005)
O que é atenção?
• Capacidade de selecionar e manter o controle sobre a entrada de
informações necessárias num dado momento (Luria, 1979)

• Aspectos relacionados a como o organismo se torna receptivo aos


estímulos e como ele pode começar a processar o que foi captado
(Lezak, 1955)

• Focalizar a consciência, concentrando os processos mentais em


uma única tarefa principal e colocando as demais em segundo
plano (Lent, 2005)
Características
• Função Básica

• Desenvolvimento Humano

• Processo inicial de percepção (interna e externa)

• Determinante no funcionamento de diversas capacidades

• Frágil
O que é atenção?
• Em linguagem coloquial “atenção” significa percepção
direcionada e seletiva a uma fonte particular de informação,
incluindo um aspecto semiquantitativo (por exemplo “preste
mais atenção”) e com duração definida. Esse uso coloquial do
termo sugere ainda a ocorrência de esforço.

• Trata-se, portanto, de um processo multifacetado.


O que é atenção?
• Psicólogos e neurofisiologistas têm tentado estreitar as
definições de atenção, por vezes negligenciando alguns desses
aspectos. Como consequência, surgiram diversas definições de
atenção, nenhuma delas satisfatória.
Subtipos de Classificação
Atenção Sustentada

• Manter a atenção por um


determinado tempo (Nahas, 2001)

• Capacidade de um indivíduo
manter o foco atencional em
determinado ou sequencia de
estímulos durante um período
de tempo para o desempenho
de uma tarefa (Dangalarrondo, 2000)
Observação.....

Manutenção da eficácia atencional no


desempenho de tarefas de longa duração
em que os eventos a que se deve reagir
são pouco frenquentes (V) ou muito
frequentes (AS)
Vigilância X Atenção Sustentada
Atenção Sustentada – Como avaliar

- Atenção Concentrada AC 15
- BPA - AC
- Teste de Atenção Concentrada TEACO – FF
- D2
- Teste AS
Atenção Dividida

• Executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo (Nahas, 2001)

• Envolve a habilidade de responder simultaneamente a


múltiplas tarefas ou múltiplas exigências da tarefa. Duas ou
mais respostas comportamentais devem ser requeridas, ou
dois ou mais tipos de estímulos podem necessitar ser
monitorados (Sohlberg, 2011)
Atenção dividida

• Este nível de capacidade


atencional é requerido quando
as múltiplas exigências
simultâneas devem ser
controladas. O desempenho sob
estas condições (por exemplo,
dirigir o carro enquanto escuta o
rádio) pode realmente refletir a
rápida e contínua atenção
alternada ou a dependência em
um processamento automático
inconsciente para pelo menos
uma das tarefas.
Atenção dividida – Como avaliar

- BGMF -2 (TECON 1, TECON 2, TECON 3)


- Teste de Atenção Dividida TEADI
- Atenção Concentrada AC
- BPA – AD
- Teste AD
Atenção Seletiva

A extensão do campo
varia, ajustando-se
em função do grau de
focalização atencional
exigido pela tarefa
Atenção Seletiva

• Definida como a capacidade do individuo privilegiar determinados


estímulos em detrimento de outros (Dalgalarrondo, 2000)

• Habilidade de manter uma série comportamental ou cognitiva


diante da distratibilidade ou de estímulos competidores (Sohlberg, 2011)
Atenção Seletiva

Indivíduos com déficits neste nível


retraem-se facilmente da tarefa
com estímulos estranhos e
irrelevantes, aqui incluídos sinais
externos, sons ou atividades, bem
como distrações internas
(preocupações)
Atenção Seletiva – Como avaliar

- Stroop Test
- Teste de Atenção Seletiva TAS
- Pontos Coloridos
- FDT
Pontos coloridos
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
Atenção Alternada

• É a capacidade do
individuo em alternar
o foco atencional, ou
seja, desengajar o foco
de um estímulo e
engajar em outro (Lima,
2005)
Atenção Alternada

• Capacidade de flexibilidade mental que permite aos indivíduos


mudar seus focos de atenção e se movimentar entre tarefas
com diferentes requisitos cognitivos, controlando dessa forma
qual informação será seletivamente processada (Sohlberg, 2011)
Atenção Alternada

• Problemas com a atenção alternada são evidentes no paciente que


tem dificuldade de mudar as tarefas do tratamento uma vez que o
“cenário” tenha sido estabelecido, e que necessitam de sinal extra
para pegar e iniciar os novos requisitos da tarefa.

• Exigências da vida real: considere uma secretária que precisa


continuamente alternar entre atender ao telefone, digitar e
responder às perguntas.
Atenção Alternada – Como avaliar

- Teste de Atenção Alternada TEALT


- Trail Making Test TMT (Parte B)
- Teste de Trilhas Coloridas (Forma 2)
- FDT
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
Trilhas Coloridas – Forma B
Trail Making Test - Adultos
Trail Making Test – versão intermediária
Teste de Trilhas – Parte B
(Seabra & Dias, 2012)
Outras facetas......

• Amplitude atencional: recrutar a atenção e focá-la em um estímulo


 Subteste Dígitos - Ordem Direta - da WISC III e WAIS III

• Varredura OU Rastreio visual OU Busca Visual: procurar


ativamente um estímulo em particular  Parte 1 do Teste das
Trilhas Coloridas, parte A do Trail Making Test e BGMF – 1 (Bateria
Geral de Funções Mentais Testes de Atenção Difusa)  TEDIF 1,
TEDIF 2, TEDIF 3
Trail Making
Parte A

FIM
2
8
INÍCIO
7
1 3

4
6
5

(Traduzido de Partington & Leiter, 1949)


TRILHAS COLORIDAS – FORMA A
Heminegligência – Como avaliar
Como avaliar a atenção

• Considerar a atenção frente ao desempenho em funções executivas


e memória

• Observar qualitativamente o desempenho atencional ao longo da


avaliação das demais funções

• Verificar as queixas atencionais subjetivas trazidas pelo próprio


paciente e seus familiares, e o contexto em que elas ocorrem
Alterações Atencionais
• Ocorrem na ausência de um transtorno instalado

• Permeiam diversos quadros clínicos

• Determinante no parecer (entrevista)

• Pode apresentar oscilações em diferentes momentos diante de


uma série de fatores
Condições
• Lesões e síndromes frontais
• Processos degenerativos
• Alterações homeostáticas (diabetes)
• Transtornos de humor
• Transtornos de personalidade
• Transtorno de desenvolvimento
• Transtornos hipercinéticos (TDAH)
• Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
• Esquizofrenia
• Dependência Química
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Primeiros estudos em neurologia → descrições elaboradas das
funções desempenhadas por várias partes do cérebro. Contudo,
pouco se conhecia acerca dos lobos frontais.

“Lobos Silenciosos”

Os lobos frontais não são dotados da especificidade de apresentar


uma função única.
1948: Caso Phineas Gage

O caso Gage foi um dos pilares de uma das primeiras propostas sobre a
relação entre a região frontal do cérebro e funções cognitivas mais
complexas.
Phineas Gage era um jovem supervisor de construção de ferrovias em Vermont,
EUA. Em 1848, enquanto estava preparando uma carga de pólvora para explodir
uma pedra, ele colocou uma barra de aço inadvertidamente no buraco. A explosão
projetou a barra contra o seu crânio, a alta velocidade. A barra entrou pela
bochecha esquerda, destruiu o olho, atravessou a parte frontal do cérebro, e saiu
pelo topo do crânio, do outro lado.

Gage perdeu a consciência imediatamente e começou a ter convulsões. Porém,


ele recuperou a consciência momentos depois, e foi levado a médico local.
Incrivelmente, ele estava falando e podia caminhar.
Embora barra de ferro tenha atravessado e destruído a parte anterior do cérebro,
o jovem podia tocar, ouvir, sentir, falar e movimentar seus músculos.

Porém, pouco tempo depois Phineas começou a ter mudanças surpreendentes na


personalidade e no humor. Ele tornou-se extravagante e anti-social, mentiroso,
com péssimas maneiras, e já não conseguia manter-se em um trabalho por muito
tempo ou planejar o futuro.

"Gage já não era Gage"


O caso Gage mostrou
a associação entre
lesões em regiões
frontais do cérebro e
alterações no
comportamento e na
personalidade.
Os lobos frontais são responsáveis
pelos processos cognitivos mais
complexos do nosso repertório
comportamental e, embora apareçam
também em outros animais, estas
funções atingiram o máximo do
desenvolvimento em nossa espécie.
Não existe um modelo teórico universalmente aceito sobre as FEs, porém há
uma relativa concordância de que consistem em um conjunto de processos
mentais que permitem o comportamento dirigido a metas. Estão
relacionadas à seleção de objetivos, escolha de estratégias para alcança-los e
o monitoramento da eficácia de tais estratégias, que podem ser
abandonados ou sustentados de acordo com o sucesso e com a identificação
de novos objetivos.
Os diversos modelos teóricos sobre as FEs diferem entre si em relação as
seguintes hipóteses:

1- as FEs são um construto único ou vários construtos paralelos e


integrados;

2- quais são os componentes das FEs.


Luria (“unidade executiva”) e Baddley e Hitch (“modelo de
memória operacional”) sustentam a afirmação de que as FEs
correspondem a um construto único.
O cérebro funciona, segundo a teoria Luriana (1973), como um
sistema totalizador que opera várias unidades funcionais
consideradas como subsistemas.
Primeira Unidade Funcional: sua função é a regulação do tônus corporal, atenção seletiva
das atividades conscientes e regulação de todas as funções vitais durante o sono.

Segunda Unidade Funcional: suas funções são: análise visual, análise auditiva e córtex
sensitivo, sendo estas áreas primárias, secundárias e terciárias de cada função.

Terceira Unidade Funcional: É formada estruturalmente pelos lobos frontais (área pré-
central e frontal), onde suas funções estão relacionadas a organização da atividade
consciente e motricidade propriamente dita. Esta unidade funcional depende do bom
funcionamento das outras duas unidades, logo, esta é a ultima a ser formada.
Alan Baddeley e Graham J. Hitch (1974) introduziram o modelo
multicomponente de memória de trabalho.

Essa teoria propõe que dois "sistemas escravos" (alça fonológica e esboço visuoespacial) e
um "executivo central"

A alça fonológica A alça fonológica está relacionada à representação e recitação da


informação verbal, isto ocorre na prática quando você fica repetindo para si mesmo que o
carro está na parte “C7″ do estacionamento do shopping ou um número de telefone que
alguém acabou de te dizer.

O esboço visuoespacial armazena informações visuais e espaciais. Pode ser usado, por
exemplo, para construir e manipular imagens visuais para a representação de mapas
mentais. É o equivalente ao imaginário da alça fonológica.
O executivo central é responsável por
direcionar atenção à informação relevante,
suprimindo informação irrelevante e ações
inapropriadas, e por coordenar processos
cognitivos quando mais de uma tarefa tem
de ser feita ao mesmo tempo.

Baddeley (2000) estende o modelo


adicionando um quarto componente,
o buffer episódico, responsável por buscar
informações na memória episódica,
disponibilizando-as temporariamente para a
realização de operações.
Outros autores consideram que as FEs compreendem diversos processos
relativamente independentes, os quais interagem entre si em uma estrutura
hierárquica ou paralela.

Barkley (2002) foca nos processos de controle inibitório (inibição de uma


resposta prepotente/importante; interrupção de uma resposta em curso;
controle de interferência de distratores).

Os processos inibitórios contribuem para a atuação eficaz de outras FEs:

- Memória operacional
- Fala internalizada
- Autoregulação
- Reconstituição
- Memória operacional: manutenção de informações temporárias.

- Fala internalizada: reflexão sobre o comportamento em curso.

- Autoregulação: controle sobre o afeto.

- Reconstituição: análise do comportamento.

- Estes 4 processos, quando otimizados, permitem comportamentos


dirigidos a metas, de forma persistente e com a concomitante inibição
de comportamentos irrelevantes.
Outros autores, como Lezak, Howieson, Blieger e Trandel (2012)
sugerem a existência de um processo composto por etapas sucessivas
e interdependentes.

As FEs apresentam 4 componentes principais:

1- volição
2- planejamento
3- ação proposital
4- desempenho efetivo
Volição: relacionada ao comportamento intencional, envolvendo formulação de
objetivos e motivação para iniciar um comportamento dirigido à realização de
metas.

Planejamento: identificação de etapas e elementos necessários para alcançar os


objetivos.

Ação proposital: transição da intenção e do plano para o comportamento em si.


O qual, por sua vez, deve ser sustentado ou alterado, interrompido e integrado
a outros contextos da solução de problemas atual.

Desempenho efetivo: capacidade de avaliar se um comportamento é


apropriado pra o alcance do objetivo, bem como a flexibilidade e capacidade de
modificá-lo caso não seja capaz.
Outros autores propõe a separação das FEs de acordo com circuitos cerebrais
a elas relacionados.

Zelazo e Muller (2002) sugerem a existência de FEs “quentes” mais


relacionadas ao processamento emocional e motivacional (incluindo
processos como tomada de decisão, cognição social e teoria da mente), e FEs
“frias”, mais relacionadas a processos predominantemente cognitivos
(incluindo categorização, flexibilidade cognitiva, fluência verbal, etc).

Enquanto as “quentes” teriam mais relação com o córtex pré-frontal


orbitofrontal, as “frias” teriam maior relação com o córtex pré-frontal
dorsolateral.
Por fim, vale ressaltar a proposta de que haveriam 3 FEs
nucleares – memória operacional, inibição e flexibilidade
cognitiva – que atuariam como base para o desempenho de FEs
mais complexas (solução de problemas, planejamento e
raciocínio abstrato).
(Miyake, 2000)
FUNÇÕES EXECUTIVAS NO CICLO VITAL

Evolutivamente, as FEs atingiram seu ápice em


nossa espécie.
Ontogeneticamente as FEs atingem a sua maturidade mais tardiamente se
comparadas às demais funções cognitivas.

Romine e Reynolds (2005) o desenvolvimento das FEs inicia-se no primeiro


ano de vida, desenvolvem-se com intensidade entre os 6 e 8 anos, e esse
desenvolvimento continua até o final da adolescência e início da idade adulta.
Cada componente possui um trajeto de desenvolvimento distinto, estando
relacionados principalmente com a maturação das estruturas das regiões
frontais e suas conexões com as regiões subcorticais.

Assim, entende-se que o desenvolvimento das funções executivas ocorre


em um contínuo de complexidade que acompanha os graus das demandas
das fases do desenvolvimento.

Quanto maior a demanda do ambiente de autonomia e independência,


maior será a estimulação natural para o desenvolvimento das funções
executivas.
No entanto... Se essa demanda for demasiadamente alta, pode ser menos
alcançável e gerar desenvolvimento insuficiente, e, em contrapartida, se for
reduzida a demanda, por economia cognitiva, as funções executivas não
serão desenvolvidas em seu nível ótimo.

OU SEJA.... Embora o desenvolvimento das funções executivas dependa da


maturação biológica, elas parecem também ser fortemente influenciadas
pelos aspectos ambientais, culturais e sociais.
Mantém uma relativa estabilidade na idade adulta, e por volta dos 50 anos já
pode ser observado um declínio sutil no desempenho de FEs como
categorização, organização, planejamento, solução de problemas e memória
de trabalho.

Habilidades como tomada de decisão efetiva e teoria da mente têm seu


declínio um pouco mais tarde.
NEUROBIOLOGIA DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS

Do ponto de vista neurobiológico, as FEs têm sido relacionadas à atividade


do córtex pré-frontal.
O córtex pré-frontal contitui-se de uma rede maciça que se liga a
regiões motoras, perceptivas e límbicas do cérebro (Goldman, 1995)
Goldberg (2002)

Os lobos pré-frontais atuam como uma espécie de maestro que coordena


os outros sistemas e estruturas neurais.

A orquestra continua existindo sem o mastro, assim como a atividade de


diversos sistemas neurais sem a atuação reguladora do córtex pré-frontal.

No entanto, do mesmo modo como a coordenação dos diferentes


membros da orquestra na produção musical é comprometida, a atividade
de diferentes sistemas neurais e suas funções subjacentes torna-se menos
eficiente nos casos de comprometimento do córtex pré-frontal.
Brandshaw (2001) sugere a existência de 5 circuitos frontais
subcorticais paralelos e inter-relacionados:

Circuito motor
Circuito óculo-motor
Circuito dorsolateral
Relacionados ao desempenho
Circuito orbitofrontal de diferentes aspectos das FEs
Circuito do cíngulo anterior
Circuito dorsolateral

Relacionado às FEs clássicas como planejamento, resolução de


problemas, fluência, abstração e categorização, memória operacional,
flexibilidade cognitiva, auto-regulação, julgamento e insights.

FEs “frias”
Circuito dorsolateral

O sistema de memória operacional ou de trabalho tem sido especialmente relacionado


ao córtex pré-frontal lateral (dorsolateral), que tem sido conceituado como um
depositário transitório de informações que depois poderão ser acessadas por outros
circuitos neurais.

Assim, a memória de trabalho permite a representação transitória de informações


relevantes para uma dada tarefa, informações estas que podem ser de uma experiência
passada armazenada na memória de longo-prazo ou que podem estar disponíveis no
ambiente atual.

(Gazzaniga & colaboradores, 2002).


Circuito dorsolateral

Apesar das memórias de longo prazo não estarem estocadas no córtex pré-frontal, mas
sim em regiões posteriores, principalmente temporais e parietais, o córtex pré-frontal
parece ser o responsável por resgatar estas informações e mantê-las ativas.
Circuito dorsolateral

Para executar esse resgate de informações pré-estocadas, bem como para manter
determinada informação ativa durante a realização de uma tarefa, é necessária uma
seleção das informações que são relevantes e, paralelamente, inibição de outras
informações irrelevantes àquela tarefa.

Assim, a seleção de informações é um segundo componente que tem sido associado às


funções executivas e ao córtex pré-frontal, estando mais relacionado à atenção do que
à memória. Nesta função o córtex pré-frontal pode ser considerado um mecanismo de
filtragem dinâmica de informações, atentando às que são relevantes e ignorando ou
inibindo as irrelevantes.

(Shimamura, 2000)
Circuito orbitofrontal

Relacionado a algumas dimensões do comportamento social como


empatia, cumprimento de regras sociais, controle inibitório de respostas
socialmente inadequadas e auto-regulação. Tomada de decisão afetiva
em situações de risco.

FEs “quentes”
Circuito do cíngulo anterior

Importante para aspectos da motivação, controle executivo da atenção e


para a seleção e controle de respostas.
Circuito do cíngulo anterior

Além das regiões e suas respectivas funções destacadas


anteriormente, o córtex cingulado anterior tem sido relacionado
às funções executivas, embora considerado por alguns autores
como uma região do sistema límbico e, por outros, como parte do
córtex pré-frontal (Gazzaniga e colaboradores, 2002). Ele está
envolvido no monitoramento não somente das funções
cognitivas, mas também das respostas do sistema
neurovegetativo a situações de dor ou ameaça.
Circuito do cíngulo anterior

Evidências de sua relação com as funções executivas surgiram com estudos


de neuroimagem que mostraram a ativação desta região em tarefas
executivas, por exemplo, durante tarefas de atenção dividida, em que o
sujeito deve considerar diversas características dos estímulos
simultaneamente (Gazzaniga e colaboradores, 2002). Esta ativação
também ocorre em tarefas de geração semântica, conforme exposto
anteriormente, em que o sujeito deve dizer uma palavra (verbo) que seja
semanticamente associada a um substantivo apresentado. Nesta condição,
além da ativação do córtex pré-frontal lateral, há a ativação do córtex
cingulado anterior.
Circuito do cíngulo anterior

Tal ativação desaparece se um mesmo substantivo for apresentado


repetidamente diversas vezes, pois, neste caso, a tarefa passa a ser muito
mais de memória do que de seleção e inibição, visto que o sujeito tende a
repetir sempre a mesma palavra inicialmente dada diante de um
substantivo (Raichle, 1994).
Circuito do cíngulo anterior

Como um terceiro exemplo da ativação do córtex cingulado anterior, esta


ocorre durante a emissão de uma resposta errada a uma dada tarefa. A
ativação ocorre milésimos de segundos após o início da resposta, desde
que o sujeito tenha consciência do seu erro (Dehaene, Posner & Tucker,
1994). Finalmente, a ativação do córtex cingulado anterior também ocorre
nas situações divergentes do Teste de Stroop, em que há conflito de
respostas (Leung, Skudlarski, Gatenby, Peterson & Gore, 2000). Diante
destas evidências, Gazzaniga e colaboradores (2002) conceituaram o córtex
cingulado anterior como sendo um sistema de supervisão de atenção que
atua em condições novas, tarefas mais difíceis e correção de respostas
erradas.
Destas três regiões, o córtex pré-frontal lateral (dorsolateral) e o córtex
cingulado anterior estão especialmente envolvidos no desempenho de
tarefas cognitivas, enquanto o córtex pré-frontal ventromedial
(orbitofrontal) está primordialmente relacionado à emoção.

Apesar de tanto o córtex pré-frontal lateral quanto o ventromedial


desempenharem funções de inibição e controle, as áreas laterais são
ativadas quando a decisão envolve estímulos cognitivos sem conteúdo
emocional positivo ou negativo, e as áreas ventromediais são ativadas
quando a decisão é baseada em informação afetiva.
TESTES PARA AVALIAÇÃO
DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS
Controle inibitório

• Stroop , GO-NO-GO, CPT, FDT

• Capacidade de inibir uma resposta automática ou de forte


tendência; capacidade de interromper uma resposta em
curso a medida que ela se mostra pouco eficiente; inibir um
estímulo distrator interferente.
Controle inibitório

• Controle inibitório ou inibição se caracteriza como a


habilidade ativa de inibir a expressão comportamental ou o
nível de manifestação cognitiva.
• Reflete, então, habilidades de controle na expressividade de
diferentes processos.
Controle inibitório

• Controle de Interferências:
o Relacionado ao componente cognitivo de inibição
o Se caracteriza pelo uso da atenção de forma voluntária (referida na literatura
como atenção seletiva, controle da atenção ou inibição cognitiva).
o Capacidade de inibição de pensamentos ou memórias durante o curso do
processo de um raciocínio (inibição cognitiva) e também no controle de
interferências ou estímulos distratores competitivos.
Controle inibitório

• Inibição de respostas:
o Maior relação com o componente comportamental da inibição.
o Caracteriza-se pela capacidade de resistir ao impulso da resposta inicial ou da
primeira resposta.
o Também caracterizada como autocontrole ou capacidade de resistir à
tentação/desejo/ resposta dominante.
STOOP COLOR TEST – VERSÃO VICTORIA
1 2

3
Cartão 1: Inicialmente, verifique se o examinando é capaz de nomear as
quatro cores do cartão. Caso não consiga, o teste não pode ser
aplicado. Caso identifique corretamente as cores, iniciar a aplicação
propriamente dita:

“Nomeie as cores dos retângulos o mais rapidamente que você puder.


Comece aqui (apontando para o primeiro retângulo da esquerda do
sujeito) e vá através das linhas da esquerda para direita até o final do
cartão”.
Cartão 2: “Desta vez, nomeie as cores das palavras o mais
rapidamente que você puder. Comece aqui e vá através das
linhas da esquerda para direita até o final do cartão”.
Cartão 3: “Novamente, nomeie as cores que estão impressas
em cada palavra o mais rapidamente que você puder”. Necessário
esclarecer “Não leia a palavra, diga-me a cor em que cada palavra
foi impressa”.
GO-NO-GO

• O sujeito dever erguer um dedo em resposta a um


toque, produzido pelo examinador com o lápis sobre a
mesa e, reprimir a resposta a dois toques.

• Após o acompanhamento dos dois exemplos, o


paciente deverá acompanhar a sequência:
1-1-2-1-2-2-2-1-1-2
CPT
(Tarefa de Performance Contínua)

*diversas versões

O sujeito é exposto a uma série de letras apresentadas rapidamente, uma


de cada vez, em intervalos curtos e nos quais ele deve pressionar um botão
toda vez que aparecer uma letra. Contudo, essa regra só vale se a letra não
for “X”. Caso apareça o “X”, o sujeito deverá inibir a resposta de apertar o
botão.

FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
Planejamento
EX: Torre de Londres; Labirinto de Chapui, Arranjo de Figuras (WAIS-III),
Figura de Rey (análise do tipo de cópia)

Capacidade de elaborar e executar um plano de ação, ou seja, de “pensar


antes” e de determinar quais serão as etapas necessárias para atingir um
objetivo. Este processo também inclui a organização, que se refere à
habilidade de sistematizar informações ou materiais necessários à
execução da tarefa.
Labirintos de Chapui
Labirintos
WISC III
Torre de Londres (TOL)
Torre de Hanói
Arranjo de figuras (WAIS-III):
Figuras Complexas de Rey – (análise
qualitativa da cópia)
Bom planejamento
Planejamento Ruim
Memória Operacional

• Corsi (WMS); Subteste Dígitos OI e Subteste SLN (WAIS-III e WISC


IV); Geração Aleatória de Números

Capacidade de armazenamento temporário de informações que


serão disponibilizadas para outros processos cognitivos com vistas
à realização de operações mentais.
WAIS III e WISC III e IV –subteste dígitos
Blocos de Corsi (subteste da bateria wechsler memory scale)
Ordem direta Ordem indireta
3-1 7-4
7-4 3-0
1-9-3 8-2-7
8-2-5 1-9-3
4-9-1-6 0-6-2-7
0-6-2-7 4-9-1-6
6-5-1-4-8 5-7-9-8-2
5-7-9-8-2 6-5-1-4-8
4-1-9-3-8-0 9-2-6-7-3-5
9-2-6-7-3-5 4-1-9-3-8-0
0-1-6-4-8-5-7 2-6-3-8-2-0-1
2-6-3-8-2-0-1 0-1-6-4-8-5-7
7-3-0-5-7-8-4-9 6-9-3-2-1-7-0-5
6-9-3-2-1-7-0-5 7-3-0-5-7-8-4-9
Total= Total=
Span Direto= Span Indireto=
WAIS III
Sequência de Números e Letras
WISC IV
Sequência de Números e Letras
Geração Aleatória de Números GAN

INFANTIL ADULTO
Fluência

Por ex: Fluência Verbal; Teste dos 5 Pontos.

Capacidade de emitir comportamentos (verbais e/ou não


verbais) em sequencia, obedecendo a regras
preestabelecidas, sejam estas explícitas ou implícitas.
Fluência Verbal
Tem por objetivo avaliar a produção de palavras sob condições
limitadas;

Para Fluência Verbal Fonêmica, são utilizadas as letras F. A. S.

Para Fluência Verbal Semântica, são utilizadas as categorias


animais, comidas.
Five Point Test
Teste de Fluência de Desenhos

Produzir o maior número possível de


figuras unindo os pontos de cada
retângulo:

• 3 minutos
• Pontua-se o numero de desenhos
descontando os repetidos
• Ponto de corte 15
Bateria de Avaliação Frontal (FAB)
teste de rastreio (screening) cognitivo

• Administração → 10 minutos

• Seis subtestes, que avaliam:


- Formação de conceitos (abstração)
- Fluência verbal (flexibilidade mental)
- Programação motora,
- Suscetibilidade à interferência (tendência à distração)
- Controle inibitório
- Autonomia.
Flexibilidade Cognitiva

• Wisconsin Card Sorting Test (WCST), Trail Making Test (TMT),


Trilhas Coloridas, FDT.

Capacidade de mudar o curso das ações ou dos pensamentos de


acordo com as exigências do ambiente. Esta se refere à mudança
ou alternância de objetivos, e é essencial quando o plano inicial
não é sucedido devido a imprevistos, ou quando é necessário
alternar entre dois ou mais objetivos distintos.
Trail Making Test – Parte A
Trail Making Test – Parte B
TRILHAS COLORIDAS – FORMA A
Trilhas Coloridas – Forma B
Wisconsin Card Sorting Test (WCST)
WISCONSIN (WCST)

 Adaptação e padronização brasileira: Dra.


Jurema Alcides Cunha e equipe de
pesquisadores UFRGS

 Sujeitos: 6 anos e seis meses a 89 anos de


idade.
WISCONSIN (WCST)
- Posicionamento das cartas -

Examinador

Paciente
Categorização

• Wisconsin Card Sorting Test (WCST),Semelhanças (WAIS III, WISC


III e WISC IV), Conceitos Figurativos (WISC IV)

Identificação de traços comuns entre objetos e capacidade de


agrupamento destes em uma categoria definida (cão e gato=
animais).
Semelhanças (WAIS III, WISC III e IV)
Conceitos Figurativos (WISC IV)
Conceitos Figurativos (WISC IV)
Conceitos Figurativos (WISC IV)
Velocidade de Processamento

• FDT (Leitura); Subtestes Códigos e Procurar Símbolos (WISC e WAIS); testes que
exigem uso de cronômetro em geral e observação qualitativa durante toda
avaliação.

Tempo de desempenho cognitivo das diferentes funções e sua relação com a


acurácia de resposta. Pode ser medida pelo tempo de desempenho (tempo que o
indivíduo leva para realizar uma determinada tarefa) e também pelo tempo de
reação (tempo em que o indivíduo leva para iniciar a resposta).
APLICAÇÃO
CORREÇÃO
INTERPRETAÇÃO
• CORREÇÃO E INTERPRETAÇÃO

• DEPENDEM DA ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA

• Idiográfica X Nomotética
NOMOTÉTICA
IDIOGRÁFICA

PRÓPRIO DESEMPENHO DO INDIVÍDUO

ELE COM ELE MESMO


DESCREVENDO OS ESCORES

INDEPENDENTE DA MEDIDA DADA PELO TESTE (t score,


ponto ponderado, ponto composto/pontopadrão/ percentil/
zscore), TRANSFORMAR TUDO PARA UMA ÚNICA MEDIDA.

Posição na Curva Normal


Spreen, 3ª Ed
NOMOTÉTICA

DESCREVENDO OS ESCORES

Poucos indivíduos leigos entendem o significado de


resultados de testes , incluindo percentis.

Assim , a comunicação das pontuações é facilitada pelo uso


de descritores.

Os sistemas comumente aceitos de classificação são


fornecidos por Wechsler (1997) e por Heaton et ai (2004) .
Sistema Wechsler de Classificação
MUITO ALTA

ALTA

MÉDIA

Classificação conforme
coleção Capovila e Seabra

BAIXA

MUITO BAIXA
SUPERIOR

MÉDIA SUPERIOR

MÉDIA

MÉDIA INFERIOR

Classificação conforme
Manuais Pearson e Vetor INFERIOR
• Sempre transformar as diferentes linguagens (ponto
ponderado, t score, percentil, etc) em uma única linguagem...
PRIORIZAR PERCENTIL

• Quando a tabela te oferecer apenas média e desvio padrão,


fazer o cálculo do zscore
• CORREÇÃO E INTERPRETAÇÃO

• DEPENDEM DA ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA

Raciocínio Neuropsicológico

Subteste:
1- função principal
2- funções secundárias
3- tipos de erros

OBS: Resultados devem ser consistentes


STOOP COLOR TEST – VERSÃO VICTORIA

1 2 3
Paradigma Stroop

Stroop Versão Vitória

Cartão 1: Inicialmente, verifique se o examinando é capaz de nomear as


quatro cores do cartão. Caso não consiga, o teste não pode ser
aplicado. Caso identifique corretamente as cores, iniciar a aplicação
propriamente dita:

“Nomeie as cores dos retângulos o mais rapidamente que você puder.


Comece aqui (apontando para o primeiro retângulo da esquerda do
sujeito) e vá através das linhas da esquerda para direita até o final do
cartão”.
Cartão 2: “Desta vez, nomeie as cores das palavras o mais
rapidamente que você puder. Comece aqui e vá através das
linhas da esquerda para direita até o final do cartão”.
Cartão 3: “Novamente, nomeie as cores que estão impressas
em cada palavra o mais rapidamente que você puder”. Necessário
esclarecer “Não leia a palavra, diga-me a cor em que cada palavra
foi impressa”.
• O erro de nomeação deve ser sempre corrigido, se não espontaneamente
pelo sujeito, o examinador deverá apontar o erro e deixar que ele corrija
para poder prosseguir. Não interrompa a contagem do tempo
cronometrado.

• Na folha de respostas, cada erro é assinalado na letra equivalente. Ao


final de cada cartão, são anotados o tempo gasto e o número de erros
cometidos. Os erros corrigidos espontaneamente não são considerados
como erro, mas sim analisados apenas qualitativamente.
Cartão 1 / Cartão 2 / Cartão 3
IDADE/ ESCOLARIDADE
tempo esperado − tempo do paciente (em segundos)
Calcular z-score →
Desvio padrão
tempo esperado − tempo do paciente (em segundos)
Calcular z-score →
Desvio padrão
tempo esperado − tempo do paciente (em segundos)
Calcular z-score →
Desvio padrão

13,11 − 13
z-score → = 0,04
2,7
Color = Cartão 1
Word = Cartão 2
Incongruent= Cartão 3
Diferencial desta tabela:

Cálculo da Interferência: Tempo do cartão 3 / Tempo do cartão 1

Quantidade de erros

Quanto maior o tempo, pior foi.


Quanto mais erros, pior foi.
Quanto maior o resultado da interferência, maior o tempo, pior foi.
TABELA DOS 12 AOS 14 ANOS
Diferencial: Diferença entre escola particular e pública
Quantidade de Erros
Pontos coloridos
Pontos coloridos

- Encontra-se no livro do Zazzo.

- Pontos coloridos é apenas um dentre os testes que Zazzo aplica, como uma
“bateria”, e o resultado ele acrescenta aos demais utilizando uma fórmula.

- Investiga velocidade de atenção seletiva e controle inibitório (suprimir uma


resposta habitual em favor de uma resposta menos familiar)
Pontos coloridos

APLICAÇÃO

1ª) “Nomeie as cores em voz alta, apontando com o dedo, até eu mandar parar:
amarelo, verde ... Você seguirá as linhas da esquerda para a direita e irá o mais
rápido possível. Já. (20”). Pare”

*Marcar o tempo de 20 segundos. Anotar a letra e o número de onde ele parar.


Pontos coloridos

2ª) “Você vai apontar com o dedo neste quadro todos os pontos vermelhos e
azuis dizendo em voz alta: vermelho, azul...Você seguirá todas al linhas da
esquerda para a direita e irá o mais depressa possível. Atenção... Já! (20”).
Pare.”

*Anotar , servindo-se das letras e algarismos da margem onde ele pára. Ex:
H5
3ª) “Agora preste bem atenção. É preciso dizer vermelho quando for azul e
azul quando for vermelho. Logo, sempre o contrário. Aqui também você irá o
mais depressa possível. Atenção...Já! (20”).Pare!”

*Verificar se houve boa compreensão

*Até 2 erros no total das aplicações não é considerado dificuldade. A


omissão é considerada um erro.

*Erros de nomeação de cor devem ser imediatamente corrigidos. Se não


forem pelo avaliado deverá ser pelo avaliador.
Como corrigir...

Z = acertos (tudo que não era para ser assinalado e não foi)
Y = acertos (tudo que era pra ser assinalado e foi)
E = erros (tudo que não era para ser assinalado e foi)
O = omissões (tudo que era pra ser assinalado e não foi)
TRÊS MEDIDAS

CONCENTRAÇÃO (C) C= Y – (E + 0)
VELOCIDADE COM QUALIDADE (VQ) VQ= (Y + Z) – (E + O)
SUSTENTAÇÃO (S) 1 = (Y + Z) – (E + O)
2 = (Y + Z) – (E + O)
Pontos= Acertos – (Erros + Omissões)
Como corrigir...

Z = acertos (tudo que não era para ser assinalado e não foi)
Y = acertos (tudo que era pra ser assinalado e foi)
E = erros (tudo que não era para ser assinalado e foi)
O = omissões (tudo que era pra ser assinalado e não foi)
DUAS MEDIDAS

CONCENTRAÇÃO (C) C= Y – (E + 0)
VELOCIDADE COM QUALIDADE (VQ) VQ= (Y + Z) – (E + O)
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção

(BPA)

Público Alvo: Crianças de 6 anos até idosos de mais de 80 anos

Aplicação: Individual ou coletiva

Ordem de Aplicação:
1) Teste de Atenção Concentrada
2) Teste de Atenção Dividida
3) Teste de Atenção Alternada

Deve ser respeitada essa ordem!


Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção

(BPA)

Antes de entregar a folha, dizer:

“ Você irá responder a três testes de atenção. Primeiro será respondido


um teste de atenção concentrada, depois um teste de atenção dividida, e
finalmente um que avalia a atenção alternada.”

“Em cada um deles será dada uma instrução diferente para responder.
Portanto, é muito importante que fiquem atentos para a orientação que
será dada em cada um dos testes”
Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção

(BPA)

Pontos= A − (E + O)

Fórmula para Obtenção da Atenção Geral:

Pontos AC + Pontos AD + Pontos AA = Pontos na Atenção Geral


Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção

(BPA)

Tabelas Normativas
Acertos: Quando assinala o estímulo alvo
Erros: Quando assinala um estímulo que não era pra ter sido assinalado
Omissões: Quando deixa de assinalar um estímulo alvo

Pontos= Acertos – (erros + omissões)


Tabela por idade
Tabela por escolaridade
Acertos: Quando assinala o estímulo alvo
Erros: Quando assinala um estímulo que não era pra ter sido assinalado
Omissões: Quando deixa de assinalar um estímulo alvo

Pontos= Acertos – (erros + omissões)


Tabela por idade
Tabela por idade e sexo
Tabela por escolaridade
Acertos: Quando assinala o estímulo alvo
Erros: Quando assinala um estímulo que não era pra ter sido assinalado
Omissões: Quando deixa de assinalar um estímulo alvo

Pontos= Acertos – (erros + omissões)


Tabela por idade
Tabela por idade e sexo
Tabela por escolaridade
Instruções: Assinalar todos os estímulos alvos. Se errar, circule e continue. Fazer da
esquerda pra direita, linha por linha, até que o avaliador peça para parar.
Interromper após 3 minutos e 30 segundos

Pontuação = Acertos – (omissões + erros)


Tabela por escolaridade
Tabela por escolaridade
Tabela por escolaridade
Trail Making Test Parte A
(versão Adulto e intermediária)
• Parte A – avalia busca visual

• Instruções Parte A:

• Exemplo A - Colocar a folha de amostra da Parte A na frente da criança,


dar-lhe um lápis e dizer: “Nesta página (apontar) estão alguns números.
Inicie no número 1 (apontar o nº “1”) e trace uma linha até o número 2
(apontar o nº 2 ), do 2 ao 3 (apontar o nº 3), do 3 ao 4 (apontar o 4), e
assim por diante, em ordem, até chegar ao fim (apontar o círculo
marcado “FIM” ). Trace as linhas o mais rápido que puder. Não levante o
lápis do papel. Pronto! Pode começar!”
Trail Making Test– Parte B
(versão adulto e intermediária)
• Parte B – avalia capacidade de engajar e desengajar a atenção sem perder rendimento;
flexibilidade cognitiva.

• Instruções Parte B:

• Exemplo B - Ponha a folha do exemplo da Parte B para cima, na frente da criança, na


mesma posição em que a folha da parte A foi colocada.

• Aponte com a mão direita para a amostra e diga: “Nesta página (apontar) estão alguns
números e letras. Inicie no número 1 (apontar o nº “1”) e trace uma linha até a letra A
(apontar o “A”), do A para o 2 (apontar o nº “2”), do 2 para o B (apontar o “B”), do B
para o 3 (apontar o “3”), do 3 ao “C” (apontar para o “C”), e assim por diante, em
ordem, até chegar ao fim (apontar o círculo marcado “FIM” ).

• Trace as linhas o mais rápido que puder. Pronto! Comece!”


• Se o sujeito for bem sucedido desta vez, vá para
o teste. Se não, repita o procedimento até o
sujeito acertar ou tornar-se evidente que não
pode fazê-lo.
• Marque o tempo. Se o sujeito cometer algum
erro, chame sua atenção imediatamente e o
sujeito tem que proceder do ponto onde
ocorreu o erro. Não pare de cronometrar o
tempo.
Trail A/ Trail B
IDADE/ ESCOLARIDADE
Pontuação do paciente − média da tabela
Calcular z-score →
Desvio padrão
Teste das Trilhas

Estudo normativo mais recente


O que muda?????
TRILHAS COLORIDAS – FORMA A
TRILHAS COLORIDAS – FORMA A Pré-Teste

Solicitar que o examinando conte de 1 a 25 em voz


alta. Caso existam problemas de fala, solicitar que
ele escreva os números, de 1 a 25. Se o examinando
não conseguir, não aplicar o teste.

Monitorar os seguinte aspectos:

Tempo (de execução): Anotar o tempo em segundos.

Erros: Anotar número de ocorrências em que o


examinando ligar os círculos desrespeitando a ordem
numérica.

Quase erro: Ocorre quando o examinando inicia o


traçado em direção a um círculo incorreto, mas
corrige espontaneamente.
Dos 18 aos 86 anos.
Avisos: após 10 segundos sem encontrar o próximo
círculo correto, indicar ao examinando, apontando.
TREINAMENTO
Trilhas Coloridas – Forma B
Monitorar os seguinte aspectos:
Trilhas Coloridas – Forma B Tempo (de execução): Anotar o tempo em segundos.

Erros de cores: Anotar número de ocorrências em


que o examinando liga dois círculos na sequencia de
cor incorreta, independentemente da sequencia
numérica.

Erros numéricos: Anotar número de ocorrências em


que o examinando, ao ligar dois círculos, desrespeita
a ordem numérica.

Quase erro: Ocorre quando o examinando inicia o


traçado em direção a um círculo incorreto, mas
corrige espontaneamente.

Avisos: após 10 segundos sem encontrar o próximo


círculo correto, indicar ao examinando, apontando.
Trilhas Coloridas – Forma B

Treinamento
Trilhas Coloridas – Forma B

Treinamento
Administração
Teste de Trilhas – Parte A e B

• Público: crianças de 6 a 14 anos.

• Aplicação: individual.
Teste de Trilhas – Parte A
Teste de Trilhas – Parte A
Teste de Trilhas – Parte B
Teste de Trilhas
Realizar o mesmo cálculo de Pontuação Padrão

Inclui as duas etapas da Parte A (12 + 12= 24 pontuação máxima)


Teste de Trilhas
Realizar o mesmo cálculo de Pontuação Padrão
Teste de Trilhas
Realizar o mesmo cálculo de Pontuação Padrão
Teste de Trilhas para Pré-escolares

• Público: crianças de 4 a 6 anos.

• Aplicação: individual.
Teste de Trilhas para Pré-escolares
Teste de Trilhas para Pré-escolares
Teste de Trilhas para Pré-escolares
Teste de Trilhas para Pré-escolares
Teste de Trilhas para Pré-escolares
Teste de Trilhas para Pré-escolares
Teste de Trilhas para Pré-escolares
CORREÇÃO:

A apuração do teste deve ser realizada em termos de “sequências”, “conexões”


e “tempo de execução” para a parte A e parte B.

Assim, serão obtidos os seguintes resultados:

Sequencias da Parte A
Conexões da Parte A
Tempo de Execução da Parte A

Sequencias da Parte B
Conexões da Parte B
Tempo de Execução da Parte B
Teste de Trilhas para Pré-escolares
CORREÇÃO:

Para correção de “sequências” → contar o número de itens ligados


corretamente até que haja interrupção. Neste caso, não se devem considerar itens
ligados corretamente após a presença de um erro.

Para correção de “conexões” → contar o número de “linhas” ou “ligações”


realizadas corretamente (e não de itens, como no caso de sequências). Neste
caso, consideram-se todas as conexões corretas, mesmo após o primeiro erro.

Para apuração do tempo de “execução” → cronometrar o tempo que a criança


levou para realizar cada uma das partes. Deve-se considerar o tempo real, mesmo
que haja erros ao longo da execução do teste.

Realizar o mesmo cálculo de Pontuação Padrão


Ponderado %ile Clas
17 99 MtS
16 98 MtS
15 95 S
14 91 S
13 84 MS
12 75 MS
11 63 M
10 50 M
9 37 M
8 24 MI
7 16 MI
6 9 L
5 5 L
4 2 D
3 1 D
2 0,4 D
1 0,1 D
1 0,1 D
Five Point Test
Teste de Fluência de Desenhos

Produzir o maior número possível de


figuras unindo os pontos de cada
retângulo:

• 3 minutos
• Pontua-se o numero de desenhos
descontando os repetidos
• Ponto de corte 15
• Instruções:

O examinador coloca uma folha de protocolo na


frente do paciente e explica que o objetivo do teste
é produzir o maior número de figuras ou desenhos
diferentes quanto possível em três minutos, ligando
os pontos em cada retângulo.

O paciente é também informado que só poderão


usar linhas retas, que todas as linhas devem ligar
pontos, que as figuras não podem ser repetidas. Um
aviso é dado na primeira (e apenas na primeira)
violação de cada uma dessas regras. As regras não
são repetidas em qualquer outro momento.
• No início do ensaio, dois exemplos são
elaborados pelo examinador.

• Sugere-se fazer o primeiro desenho da


amostra usando todos os cinco pontos e o
segundo desenho usando apenas dois
pontos para demonstrar ao paciente que
ele pode fazer desenhos simples ou
complexos usando alguns ou todos os
pontos.
• O paciente pode copiar os exemplos
dados pelo examinador. A maioria dos
pacientes não usa mais do que duas
folhas do teste.

• Quando um paciente esgota uma página,


o examinador sem problemas e
rapidamente dá ao paciente uma nova
página enquanto reposiciona a primeira
de modo que o sujeito possa vê-la
Pontuação do paciente – pontuação esperada
Calcular z-score →
Desvio padrão
Figura Complexa de Rey
Figura Complexa de Rey

Análise dos resultados :


A figura de Rey é subdividida em
18 unidades, cada unidade é
registrada separadamente por
precisão e posicionamento tal como
mostra a figura ao lado →
Pontuação do paciente – pontuação esperada
Calcular z-score →
Desvio padrão
Pontuação
Percentil
Tipos de Cópias

Estão classificados do mais ao menos racional:

I Construção a partir da armação: A figura é desenhada com base no grande retângulo,


que serve de referência e de ponto de partida. É característica do adulto (56%). Contudo
está presente desde os 4 anos, aumentando ao longo das idades.
Tipos de Cópias

II Detalhes incluídos na armação: Inicia por um ou outro dos detalhes próximos ao retângulo
grande (por exemplo, a cruz superior esquerda), ou traça esse retângulo grande incluindo nele
um ou outro detalhe(como o quadrado no canto inferior esquerdo do retângulo grande),
depois termina a reprodução de retângulo central, utilizando-se em seguida como armação de
seu desenho. Aparece aos 6 anos, desenvolve-se regularmente até os 12 anos, quando atinge
sua maior frequência (42%), diminuindo em seguida até a fase adulta.
Tipos de Cópias

III Contorno geral: Realiza inicialmente o contorno integral da figura, sem


diferenciar nele o retângulo central. Não é dominante em qualquer idade, mas se
mantém ao longo de toda a evolução. Exceto aos 10 anos, quando tem sua
frequência máxima (35%), ela diminui de maneira geral a partir dos 6 anos e se
torna totalmente sem importância no adulto.
Tipos de Cópias

IVJustaposição de detalhes: Sobrepõe os detalhes uns aos outros, procedendo,


pouco a pouco, como se estivesse montando um quebra cabeça. Sua frequência
cresce dos 4 aos 7 anos, atinge seu máximo aos 8 anos (70%), para diminuir de
maneira regular até a fase adulta.

V Detalhes sobre fundo confuso: Grafismo pouco ou não estruturado, no qual


não consegue reconhecer o modelo, mas certos detalhes deste são claramente
reconhecíveis. É mais frequente aos 4 anos (50%), mas deve desaparecer aos 8
anos.
Tipos de Cópias

VI Redução a um esquema familiar: Associa a figura a um esquema familiar


(casa, peixe, igreja, etc). Reação presente aos 4 e 5 anos, mas sempre muito rara
e que desaparece aos 6 anos.

VII Garatuja: Quando não se consegue reconhecer nenhum dos elementos do


modelo, tampouco sua forma global.
Tipos de Cópias
Osterrieth estabeleceu uma tabela dos tipos de cópia.
WAIS – III Subteste Sequencia
de Números e Letras
• Este subteste tem um pequeno treino antes de seu inicio. O
examinador instrui ao examinando a organizar os números e
letras ditados por ele, em ordem crescente e alfabética
respectivamente (são 5 tentativas). Feito esse treino o teste
inicia seguindo a mesma lógica, porém aumentando
gradativamente a quantidade de números e letras.
WAIS – III Subteste Sequencia
de Números e Letras
WAIS – III Subteste Sequencia
de Números e Letras
• Se ele cometer um erro em
qualquer item de treino, corrigir e
repetir as instruções.

• Mesmo que ele fracassar em todos


os itens de treino, continuar com o
subteste.
WAIS – III Subteste Sequencia
de Números e Letras
WAIS – III Subteste Sequencia
de Números e Letras
• 3 pontos se acertar as três tentativas
• 2 pontos se acertar duas tentativas
• 1 pontos de acertar uma tentativa
• 0 pontos se errar todas as tentativas

• Pontuação máxima: 21 pontos


WAIS – III Subteste Dígitos

• Consiste na repetição de sequencias


de números após a leitura pelo
examinador, com evocação em ordem
direta e inversa.

Ordem Inversa – memória de trabalho


WAIS – III Subteste Dígitos
• As duas partes do Dígitos são aplicadas separadamente.

• Aplicar o Ordem Inversa mesmo que o examinando


tenha obtido pontuação zero no Ordem Direta.

• Não é permitido repetir a série de números.

• Ler os dígitos em média de um dígito por segundo,


baixando a inflexão de sua voz levemente no último
dígito da sequencia.
WAIS – III Subteste Dígitos
Ordem Inversa
Instruções:

• Dizer: “AGORA EU VOU DIZER MAIS ALGUNS NÚMEROS,


MAS DESTA VEZ, QUANDO EU PARAR, QUERO QUE VOCÊ OS
REPITA NA ORDEM INVERSA. POR EXEMPLO, SE EU DISSER 7
– 1 – 9 , O QUE VOCÊ DEVERÁ DIZER?

• Se responder corretamente, dizer “Muito bem” e passar


para item 1.
WAIS – III Subteste Dígitos
Ordem Inversa
Instruções:

• Se ele responder errado, dar a resposta correta e dizer:


“NÃO. VOCÊ DEVERIA DIZER 9 – 1 – 7. EU DISSE 7 – 1 – 9,
ENTÃO PARA FALAR DE TRÁS PARA FRENTE, VOCÊ DEVERIA
DIZER 9 – 1 – 7. AGORA TENTE ESTES NÚMEROS. LEMBRE
QUE VOCÊ DEVE FALAR OS NÚMEROS NA ORDEM INVERSA:
3 – 4 – 8.

• Não oferecer ajuda neste exemplo ou em qualquer outro


item do teste. Independente de ele acertar, passar para a
tentativa 1 do item 1.

• Interrupções: Após ocorrer erro nas duas tentativas do


mesmo item.
WAIS – III Subteste Dígitos
Ordem Inversa

• 2 pontos se acertar ambas as tentativas


• 1 ponto de acertar uma tentativa
• 0 pontos de errar ambas as tentativas

• Pontuação Máxima para Ordem Inversa: 14 pontos


• Pontuação Máxima para Ordem Direta: 16 pontos
• Pontuação Máxima no subteste: 30 pontos
Máximo de dígitos alcançados OD − Máximo de dígitos alcançados OI

5-3=2

Ir na tabela B.7. da página 223 do Manual do WAIS-III


para calcular se essa diferença está ou não dentro do
que é esperado para a idade do paciente.
1,31 - 2
5-3=2 Calcular
Z-score
= - 0,6
1,15
Blocos de Corsi
O que o teste avalia
• Memória de curto prazo vísuo espacial
• Atenção
• Manipulação da informação
Blocos de Corsi
• Instrução:

Ordem direta – Instrução – “Eu vou


apontar alguns destes cubos e você
deve prestar atenção, somente
quando eu terminar de apontar
quero que você mostre os mesmos
que apontei”.
Ordem Inversa – Instrução – “Agora
eu vou apontar alguns cubos, eu
quero que você preste atenção,
porque eu quero que você aponte
do último cubo para o primeiro,
quero que você faça a ordem
contrária”
Ordem direta Ordem indireta
3-1 7-4
- Apontar sempre as duas
7-4 3-0 sequencias dos itens.
1-9-3 8-2-7
8-2-5 1-9-3 - Apontar com intervalo de 1 seg
4-9-1-6 0-6-2-7 para cada bloco.
0-6-2-7 4-9-1-6
6-5-1-4-8 5-7-9-8-2
5-7-9-8-2 6-5-1-4-8
- Interromper após dois erros
4-1-9-3-8-0 9-2-6-7-3-5
consec.
9-2-6-7-3-5 4-1-9-3-8-0
0-1-6-4-8-5-7 2-6-3-8-2-0-1
2-6-3-8-2-0-1 0-1-6-4-8-5-7
7-3-0-5-7-8-4-9 6-9-3-2-1-7-0-5
6-9-3-2-1-7-0-5 7-3-0-5-7-8-4-9
Total= Total=
Span Direto= Span Indireto=
• FAS – Controlled Word Associative Test
Avalia capacidade de criação de estratégias, e exige flexibilidade
cognitiva.
FAS
•Instrução:
“Eu vou dizer uma letra do alfabeto e eu quero que você diga quantas palavras
conseguir que comecem com essa letra e o mais rápido que puder. Por exemplo se eu
disser ‘P’ você pode dizer: pegar, puxar, pulo, pomba...Mas você não pode me dizer
nomes como Pedro, Paula, Pernambuco, Piracicaba. Também não pode me dizer
palavras com apenas o final diferente como p.ex. pedra, pedreiro, predraria,
predregulho... Alguma dúvida? Então a primeira letra é ‘F’. Comece!” (dar 1 minuto)
“Agora a mesma coisa com a letra A” (1 minuto)
“Agora a mesma coisa com a letra S” (1 minuto)
FAS e Categoria

• Foram testadas outras letras, mas o FAS têm palavras mais comuns na
língua inglesa.

• Existem outras versões no Spreen III


• CFL → língua inglesa
• ABS → língua espanhola
• Categoria (animais, frutas, comida , roupa e vegetais)

• Erros comuns são: dificuldade de inibir nomes próprios, palavras


derivadas e repetições.
FAS e Categoria
Table 11-9 Norms for FAS COWA Stratified for Age and Years of Education
Strauss, E.; Sherman, E.M.S.; Spreen, O. (2006).

Age 16-59 Age 60-79 Age 80-95


0-8 9-12 13-21 0-8 9-12 13-21 0-8 9-12 13-21
Percentile yrs ed. yrs ed. yrs ed. yrs ed. yrs ed. yrs ed. yrs ed. yrs ed. yrs ed.
Score (n=12) (n=268) (n=242) (n=12) (n=268) (n=242) (n=12) (n=268) (n=242)

90 48 56 61 39 54 59 33 42 56
80 45 50 55 36 47 53 29 38 47
70 42 47 51 31 43 49 26 34 43
60 39 43 49 27 39 45 24 31 39
50 36 40 45 25 35 41 22 29 36
40 35 38 42 22 32 38 21 27 33
30 34 35 38 20 28 36 19 24 30
20 30 32 35 17 24 24 17 22 28
10 27 28 30 13 21 27 13 18 23

Mean 38.5 40.5 44.7 25.3 35.6 42.0 22.4 29.8 37.0
(SD) (12.0) (10.7) (11.2) (11.1) (12.5) (12.1) (8.2) (11.4) (11.2)
Normative data for healthy elderly on the phonemic verbal fluency task – FAS
Dementia & Neuropsychologia 2009 March;3(1):55-60
Thais Helena Machado, Helenice Charchat Fichman, Etelvina Lucas Santos,Viviane Amaral Carvalho, Patrícia Paes
Fialho, Anne Marise Koenig, Conceição Santos Fernandes, Roberto Alves Lourenço, Emylucy Martins de Paiva
Paradela, Paulo Caramelli
Fluência Verbal
Versões recentes com normatização brasileira:
(Livro verde “Avaliação de linguagem e funções executivas em crianças” . Tarefas para
Avaliação Neuropsicológica. Rochele P.F., Mirella L. P., Nicolle Zimmermann. Mnemon
2016)

Fluência Verbal Livre (FVL) – 2 minutos e 30 segundos

Fluência Verbal Fonêmica (FVF), letra “P” 2 minutos

Fluência Semântica (FVS), “roupas”, “vestimentas” 2 minutos


Fluência Verbal
Fluência Verbal Livre (FVL) – 2 minutos e 30 segundos

Orientar a criança a permanecer com os olhos fechados, uma vez


que ela pode citar os objetos da sala. Se o examinando não evocar
nenhuma palavra nos primeiros 30 segundos, diga “qualquer
palavra, como árvore”. Se ela interromper antes do término,
dizer “temos mais tempo, vamos esperar vir mais palavras”.
Fluência Verbal
Fluência Verbal Livre (FVL) – 2 minutos e 30 segundos

“Você deve dizer o maior número possível de palavras em dois


minutos e meio, sempre com os olhos fechados, sem dizer nomes
próprios, de pessoas, cidades, países, nem números. Entendeu
bem? Podemos começar?”
Fluência Verbal
Fluência Verbal Fonêmica (FVF), letra “P” 2 minutos

“Você deve dizer o maior número de palavras que começam com


a letra “P”, em dois minutos. Não pode dizer nomes próprios (de
pessoas, cidades, países)”.
Fluência Verbal
Fluência Semântica (FVS), “roupas”, “vestimentas” 2 minutos

“Você deve dizer o maior número de palavras que sejam


roupas/vestimentas em dois minutos”
Geração Aleatória de Números GAN

INFANTIL ADULTO
Geração Aleatória de Números GAN
• Usado para a avaliação da memória de trabalho, uma vez que o
avaliando precisa atualizar o conteúdo das informações
mantidas para gerar números diferentes.

• Entre os demais componentes executivos:


o Controle inibitório: inibição de resposta automatizada, como sequencia e repetição
estereotipada de números);
o Flexibilidade: alternar sequencias numéricas
Geração Aleatória de Números GAN
• Medidas:
• Total de Acertos
• Total de Erros
• Omissões
• Erros Perseverativos
• Erros por verbalizações de sequencias
Geração Aleatória de Números GAN
• Materiais
• Áudio padronizado com estímulos sonoros (disponível para download gratuito)

• Tempo de aplicação: Aproximadamente 5 minutos


• Não há critério de Interrupção
Geração Aleatória de Números GAN
Geração Aleatória de Números GAN
Geração Aleatória de Números GAN
Geração Aleatória de Números GAN
• Correção:

ACERTOS: total de números evocados de acordo com o critério


de aleatoriedade, ou seja, sem formar sequencias, sem repetir os
números muito próximos (com intervalo de cinco números entre
eles)
Geração Aleatória de Números GAN
• Correção:

ERROS: números evocados em desacordo com o critério de


aleatoriedade:
- Intrusões: números evocados que não estão entre 1 a 10, por exemplo “11”.
- Omissões: quando o avaliando não falar nenhum número em resposta a um
estímulo sonoro.
- Perseveração: repetição de números até quatro estímulos após a última evocação.
- Sequencias diretas e indiretas: (1,2,3.... 5,4,3....)
Tabela de Adulto por Idade e Escolaridade
De 19 a 75 anos
Tabela Infantil por Idade e Tipo de Escola
De 06 a 12 anos
Torre de Londres (TOL)

• Público: crianças de 11 a 14 anos.

• Aplicação: individual.
Torre de Londres (TOL)

A Torre de Londres consiste em um bloco


de madeira de aproximadamente 25 cm
por 9 cm de comprimento com 3 pinos
centralizados.

Nos pinos são colocadas as 3 bolas, verde,


azul e vermelha, do jogo.

Cada pino possui alturas diferentes e,


portanto capacidades diferentes para a
alocação das bolas. No primeiro pino
podem ser colocadas as três bolas, já o
segundo tem capacidade para duas bolas
enquanto o terceiro tem capacidade
apenas para uma bola.
Administração

Posicione a Torre e as esferas sobre a mesa, em frente ao sujeito e com a


configuração ilustrada da posição inicial. Dê a seguinte instrução:

Nesta atividade você tem este tabuleiro com três pinos e três bolinhas, uma
vermelha, uma verde e outra azul, que estarão sempre nesta posição.
Continuação:

O objetivo é movimentar as bolinhas para chegar à posição da figura


mostrada no papel. Mas existem três regras para você chegar ao objetivo.

1- Na primeira haste só cabem três bolas, na segunda duas, e na terceira,


uma (mostrar)

2- Quando você tira uma bola de uma haste e coloca em outra, isso é
chamado de movimento. Cada figura que eu mostrar terá um número de
movimentos que você poderá fazer.

3- Você só poderá mexer uma bola de cada vez; então, se você tiver que
retirar a bola verde, antes você deve tirar a bola vermelha e colocar em
algum dos pinos (mostrar).Não vale tirar a bola e colocar na mesa ou
qualquer outro lugar que não seja no pino.
Continuação:

Então, você pode perceber que por causa dessas regras, principalmente pelo
número de movimentos que deverá cumprir, você terá que planejar o que
você vai fazer antes de começar a mexer com as bolas, senão você erra.

No total eu mostrarei 12 figuras, uma de cada vez. Para cada uma delas você
terá três chances.

Vou contar o tempo que você usa para fazer cada uma delas, mas não se
preocupe em fazer rápido, pois não é o tempo que importa, mas que você
faça corretamente o problema.
Continuação:

Então vamos fazer um exemplo

As bolinhas sempre ficarão nesta posição quando iniciar o problema


(mostrar ilustração). Veja essa figura de exemplo: as bolinhas deverão ficar
nesta posição com apenas dois movimentos. Tente fazer!
Continuação:

Se o sujeito fizer corretamente, mostre a ele como seria fazer incorretamente,


com três movimentos.

Se o sujeito fizer incorretamente, mostre o que ele errou e, depois que ele
desempenhar-se corretamente, mostre uma execução incorreta e reforce a
correta.
• O sujeito pode realizar cada um dos 12 problemas em três tentativas que
possuem escores diferentes para graduar o desempenho no teste.

• Três pontos → problemas resolvidos na 1ª tentativa.

• Dois pontos → problemas resolvidos na 2ª tentativa.

• Um ponto → problemas resolvidos na 3ª tentativa.

• Nenhum ponto é computado caso o sujeito falhe nas três tentativas do


teste.

Pontuação máxima: 36 pontos


Pontuação TOL
• Na folha de registro são anotados os movimentos e o tempo de
execução de cada problema do teste.

• Os movimentos são registrados obedecendo o código das bolas (Vm, Vr e A)


e dos pinos (1, 2, e 3).

• Por exemplo, o problema 1 pode ser registrado como Vm-1/Vr-2 (bola


vermelha no pino 1 seguida de bola verde no pino 2).

• Uma sequência de movimentos é julgada correta se a posição final é


alcançada com o mínimo dos movimentos exigidos sem violação da regra. A
violação da regra ocorre quando o participante tenta movimentar duas
bolas ao mesmo tempo.
Realizar o mesmo cálculo de Pontuação Padrão

Exemplo: Menino de 12 anos


Pontuação para 4 mov: 9
Pontuação Padrão: 122
Pontuação do paciente – pontuação esperada
Calcular z-score →
Desvio padrão
Exemplo: Homem 65 anos
Pontuação 29
Pontuação do paciente – pontuação esperada
Calcular z-score →
Desvio padrão

29 – 31,53 = − 0, 77
3,281
Bateria de Avaliação Frontal (FAB)
teste de rastreio (screening) cognitivo

• Administração → 10 minutos

• Seis subtestes, que avaliam:


- Formação de conceitos (abstração)
- Fluência verbal (flexibilidade mental)
- Programação motora,
- Suscetibilidade à interferência (tendência à distração)
- Controle inibitório
- Autonomia.
• Semelhanças: medida da capacidade de abstração.

O examinador pergunta "De que modo X e Y são


semelhantes?“

• Cada acerto representa um ponto e são consideradas as


respostas mais completas como corretas (ex: banana e
laranja são frutas; mesa e cadeira são móveis; tulipa,
rosa e margarida são flores).

• Se, na pergunta inicial (banana e laranja), o paciente


falhar totalmente, o examinador deverá ajudar o
paciente, dizendo "banana e laranja são ...". De
qualquer forma, o paciente não receberá ponto neste
item).
• Fluência verbal (flexibilidade cognitiva): a pessoa
deve falar quantas palavras conseguir, começando
com a letra S, no período de um minuto.

• Instruções: "Diga o máximo de palavras que


conseguir começando com a letra S, quaisquer
palavras, exceto variações de verbos e nomes
próprios".

• Se o paciente não responder nos primeiros cinco


segundos, o examinador poderá dar um exemplo. Se
ficar em silêncio por 10 segundos, estimular
novamente.
• Séries motoras: O examinador, sentado na
frente do paciente, pede que o examinado
olhe com atenção a sequência motora
"punho-palma-lado (PPL)", realizada
somente com a mão esquerda. Então, solicita
que o paciente realize este movimento, só
que com a mão direita, inicialmente
acompanhando o examinador e, logo depois,
sozinho.
• Se o paciente acompanha o examinador nas três sequências iniciais,
mas falha ao realizar os movimentos sozinho, recebe um ponto. Agora,
se consegue acompanhar pelo menos três sequências sem a ajuda do
examinador, recebe dois pontos, e se atinge seis ou mais sequências
(PPL) sozinho, recebe três pontos (pontuação máxima).
• Instruções conflitantes: o paciente deve emitir
uma resposta motora logo após a emissão de
um estímulo sonoro produzido pelo examinador,
que contrasta com o comportamento inicial.

• O examinador explica ao paciente que ele deve bater na mesa duas vezes,
quando ouvir uma batida. É então efetuado o exemplo e o paciente é requisitado
a acompanhar. Logo após, insere-se a nova regra, indicando que o paciente deve
bater apenas uma vez, caso ouça duas batidas na mesa.

• Após a compreensão dos exemplos, o paciente deverá acompanhar as regras,


quando o examinador irá mesclar uma batida com duas, na seguinte sequência:
1-1-2-1-2-2-2-1-1-2.

• Um ponto será fornecido para aqueles pacientes que exibirem mais que dois
erros. Caso apresente de um a dois erros, recebe dois pontos, e três pontos são
dados quando não houver erro.
• Controle inibitório (Go - No Go): tarefa similar à
anterior, porém a ordem dos movimentos se
modifica.

O paciente, nesta fase, deve inibir o que aprendeu


previamente, controlando a tendência de repetir o
comportamento. A tarefa consiste em o paciente
bater uma vez na mesa, quando ouvir uma batida.
Após o exemplo, deve deixar de bater quando ouvir
duas batidas. Após o acompanhamento dos dois
exemplos, o paciente deverá acompanhar a mesma
sequência anterior: 1-1-2-1-2-2-2-1-1-2.

• Um ponto é dado para o paciente que apresenta dois erros ou mais, e dois pontos
vão para quem exibe de um a dois erros. A pontuação máxima é dada a quem não
apresenta erros durante a tarefa.
• Preensão manual (Autonomia): o examinador se
posiciona na frente do paciente e pede que ele não
segure suas mãos. O paciente deve inibir a
tendência observada em pacientes frontais, que
acabam apertando espontaneamente a mão do
examinador.
• Se o paciente pega as mãos do examinador, é
orientado a não fazê-lo novamente, e então o
exercício é repetido.

• O paciente não recebe ponto se pega nas mãos do examinador mesmo


após a segunda instrução. Se pega apenas na primeira tentativa, recebe
um ponto. Se, ao sentir as mãos do examinador, hesita (ex: mexe as
mãos) e fica na dúvida entre pegar ou não, recebe dois e, se não pega,
recebe a pontuação máxima (três pontos).
Pontuação total
Conforme exposto, cada um dos subtestes equivale a, no máximo, três pontos.
Somados, o seis subtestes totalizarão 18 pontos, que se referem à pontuação máxima
possível obtida na FAB.

Pontuação do paciente − pontuação esperada


Calcular z-score →
Desvio padrão
FDT
FIVE DIGIT TEST
TESTE DOS CINCO DÍGITOS
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
FDT
(Teste dos Cinco Dígitos)
INIBIÇÃO= Escolha – Leitura

FLEXIBILIDADE= Alternância – Leitura


Mesmo raciocínio do efeito stroop: interferência
Questionário DEX
• Cuidador
• Paciente

• Análise qualitativa sobre o funcionamento executivo no dia-a-


dia
VERSÃO PACIENTE
VERSÃO CUIDADOR
Questionário ABAS
• Avalia comportamento adaptativo, porém a área autodiração
avalia aspectos das funções executivas.

• 0-5 anos
• 5-21 anos
• 16 a 89 anos
Exemplo de 5 a 21 anos
Wisconsin Card Sorting Test (WCST)
WISCONSIN (WCST)

 Adaptação e padronização brasileira: Dra.


Jurema Alcides Cunha e equipe de
pesquisadores UFRGS

 Sujeitos: 6 anos e seis meses a 89 anos de


idade.
WISCONSIN (WCST)
- Posicionamento das cartas -

Examinador

Paciente
Instruções Iniciais
• “Este teste é um pouco diferente porque não posso lhe dizer muito
sobre como fazê-lo. Você vai ter que combinar cada um dos cartões
desta pilha (apontar) com um destes quatro aqui (apontar para os
cartões estímulo). Você deve sempre pegar o primeiro cartão da pilha
e colocar embaixo daquele que você acha que combina. Eu não posso
te dizer como combinar os cartões, mas eu vou dizer a cada vez se
você está certo ou está errado.
• Se você estiver errado, deixe o cartão onde você pôs, e tente fazer
certo da próxima vez. Use primeiro esta pilha, depois continua com a

seguinte. Não existe tempo limite neste teste.”


Procedimento na aplicação
O examinador começa dizendo “certo” toda vez
que o indivíduo combina com COR (C), que é o
primeiro critério avaliado, e errado quando não
combina. Isto continua até que ele complete 10
respostas de COR consecutivas.

O examinador, então, muda para FORMA (F),


como resposta certa, e assim por diante.
Sequência: C-F-N; C-F-N.

O examinador NUNCA deve dizer ao paciente


que mudou o critério (Exemplo: de Cor para
Forma).
Folha de Respostas
CFNCFN

CFNO CFNO CFNO


CFNO CFNO CFNO
CFNO CFNO CFNO
CFNO CFNO CFNO
CFNO CFNO CFNO
CFNO CFNO CFNO
CFNO CFNO CFNO
CFNO CFNO CFNO
Correção do Teste
CFNO Resposta não ambígua
CFNO Resposta ambígua
1o) Numerar todas as respostas corretas e
circular as incorretas
1 CFNO Resposta correta
CFNO Resposta incorreta (erro)
2o) Marcar p ao lado das respostas que
obedecem ao “princípio de perseveração”
Ex: CFNO p
Anotações do examinador

CFNCFN

C 1 CFNO 9 CFNO 5 CFNO


2 C F N O 10 C F N O 6 CFNO
3 CFNO F CFNO Ep 7 CFNO
4 CFNO CFNO 8 CFNO
5 CFNO 1 CFNO 9 CFNO
6 CFNO 2 CFNO 10 C F N O
7 CFNO 3 CFNO CFNO Ep
8 CFNO 4 CFNO N1CFNO
Princípio de Perseveração (p)
A partir do primeiro erro não ambíguo

CFNCFN
C CFNO 3CFNO F CFNO Ep

CFNO 4CFNO CFNO


CFNO Ep 5CFNO CFNO
CFNO Ep 6CFNO CFNO Ep

CFNO 7CFNO
CFNO 8CFNO
1 CFNO 9CFNO
2 CFNO 10 C F N O
Princípio de Perseveração (p)
Mudança de categoria: o princípio de
perseveração passa a ser regido pela
categoria anterior (a partir do primeiro
erro não ambíguo)
Obs: Respostas ambíguas (corretas ou erradas) também
podem obedecer ao princípio de perseveração, caso
satisfaçam as seguintes condições:
a) A resposta ambígua deve combinar com o princípio
de perseveração vigente
b) Regra do “sanduíche”: a(s) resposta(s) ambígua(s)
deve(m) estar entre respostas não ambíguas que
combinam com o princípio de perseveração
Princípio de Perseveração (p)
Regra do ”sanduíche”*
CFNCFN
C
1 CFNO 9 CFNO CFNO p
2 CFNO 10 C F N O CFNO p
3 CFNO F CFNO p 1 C F N O Rp
4 CFNO 1 CFNO Rp CFNO p
5 CFNO CFNO p
6 CFNO CFNO p
7 CFNO CFNO p
8 CFNO 1 CFNO Rp
*Assegura que a resposta é produto de um padrão perseverativo
Princípio de Perseveração (p)

Mudança do padrão de resposta


perseverativa (a e b):

a) 3 erros não ambíguos (que não são corretos


nem obedecem ao princípio vigente)
b) todas as respostas entre o primeiro erro não
ambíguo e o último obedecem ao novo
princípio.

Obs. Esse novo padrão torna-se o princípio de


perseveração, mas será contabilizado como
perseverativo (p) a partir do segundo erro não
ambíguo
Princípio de Perseveração (p)

Mudança do padrão de resposta perseverativa


CFNCFN
C
CFNO CFNO CFNO
CFNO CFNO p 1 CFNO
CFNO CFNO p 2 CFNO
CFNO p 1CFNO 3 CFNO
CFNO CFNO
1 CFNO CFNO
CFNO p CFNO p
CFNO p 1CFNO
Obs: respostas ambíguas entre as três: marcar a partir do segundo erro não ambíguo
Avaliação

 Quantitativa
Erros perseverativos, categorias, etc

 Qualitativa
Integração com dados de outros testes, médicos,
psicossociais e com a história do indivíduo
Pontuação
• Corretas: respostas numeradas
• Erros perseverativos: circuladas com p
• Erros não-perseverativos: circuladas sem p
• Respostas perseverativas: todas as respostas com p
• Perda de set: erro após 5 respostas corretas
consecutivas
• Categorias: 10 corretas consecutivas
• Nível Conceitual de respostas: respostas corretas
consecutivas que ocorrem no curso de três ou mais.
Exemplo – Caso Clínico
FOLHA DE
REGISTRO
Número de tentativas:
Qnt. de cartas
utilizadas.
Respostas
numeradas
Total de erros
(respostas
circuladas)
% de erros :
Quantidade de
erros / n° de
tentativas X 100
Respostas
Perseverativas : Todas
as respostas com p
% de Respostas
Perseverativas : Quant.
Respostas
perseverativas / n° de
tentativas x 100
Erros Perseverativos :
Circuladas com p
% de erros
Perseverativos :
Circuladas com p / n° de
tentativas x 100
Erros não-
perseverativos :
Circuladas sem p
% de erros não-
Perseverativos :
Circuladas sem p / n° de
tentativas x 100
Nível Conceitual de
respostas : Respostas
corretas consecutivas
que correm no curso de
três ou mais.
% Nível Conceitual de
respostas : Qnt. Nível
conceitual de respostas
/ n° de tentativas x 100
Numero de categorias
completadas,ver na
tabela o percentil
correspondente na pág.
146-147.
Numero de tentativas
para completar a 1°
categoria,ver na tabela o
percentil
correspondente na pág.
146-147.
Cinco ou mais respostas
consecutivas corretas
seguidas por um erro
antes de completar a
categoria,ver na tabela o
percentil
correspondente na pág.
146-147.
APRENDENDO A
APRENDER: Só poderá ser
calculado se o paciente
completar no mínimo 3
categorias.
Quantidade de tentativas
para completar a 1°
categoria
Quantidade de erros para
completar a 1° categoria
% de erros: Erros / N°
tentativas x 100
Fazer o mesmo
procedimento para as
outras categorias.
Escore da diferença % de
erros: Diminuir a % de erros
da 1° categoria – a % de
erros da 2° categoria
Escore da diferença % de
erros: Diminuir a % de erros
da 2° categoria – a % de
erros da 3° categoria.
Somar os escores de diferença
percentual de erros,dividir
essa soma pelo número de
escores que foram somados.
Soma da % da diferença de
erros / 3
Ver na tabela o percentil
correspondente na pág. 146-
147.
Conclusão do Estudo de Caso

• Apresentou discreto comprometimento da flexibilidade


mental, busca de estratégias alternativas quando necessário
perceber mudanças de regras.
Dúvida?
Obrigada!

nataliebanas@gmail.com

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