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Apontamentos Sistemas de
Memória - José Aniceto
2021/2022
Sistemas de Memória
Perspetiva Unitária vs. Sistemas Múltiplos
Perspetiva Unitária
Problemas decorrentes da perspetiva unitária
Perspetiva dos sistemas múltiplos de memória
Notas introdutórias:
Schacter e Tulvinh (1994) definem, pela negativa, um sistema de memória:
Sherry e Schacter (1987) propõem 4 propriedades para se distinguirem sistemas de
memória:
Critérios de Schacter e Tulving (1994)
Dissociações
Schacter e Tulvinh (1994): 5 sistemas de memória (11 subsistemas)
Problemas da perspetiva dos sistemas múltiplos de memória
Conclusão
Ponto de vista de Tulving e Schacter (1990)
Memória Sensorial
Tipos de memória sensorial mais estudados (e o mais recente)
Memória icónica (memória sensorial visual)
Exemplos de memória icónica
Funções da memória icónica
Sistemas de Memória
Designação oriunda da investigação sobre a organização da memória do cérebro, a
qual pressupõe que a memória se manifesta através de sistemas múltiplos. Apesar
desta ligação às neurociências, psicólogos como D. Schacter e E. Tulving
consideram que os sistemas de memória deveriam ser identificados, sobretudo,
com base em características de natureza psicológica.
Notas introdutórias:
Existem definições contraditórias de sistemas de memória
Independência estocástica
Incompatibilidade funcional
A função realizada por um sistema não deverá ser desempenhada por outro
sistema
Propriedades e relações
Dissociações convergentes
Apoio Empírico
Dissociações
Únicas
Uma VI tem efeito num teste/tarefa (ou medidas), a outro teste/tarefa (ou
medidas) ou efeito apenas num teste/tarefa (ou medidas) e não noutro
Duplas
Episódico
ex.: há tarefas de memória episódica que quase não são afetadas pelo
envelhecimento (evocaçáo guiada e reconhecimento), mas o mesmo não
sucede com outras (evocação livre)
Quanto às dissociações
Estas podem ser observadas não apenas entre sistemas, mas também intra-
sistemas de memória
Conclusão
Ponto de vista de Tulving e Schacter (1990)
A existência de muitas similaridades entre tarefas que se supõem depender de
diferentes sistemas de memória constitui os denominados “efeitos paralelos”, os
quais teoricamente não teriam interesse. Obviamente são esperadas algumas
diferenças entre todas as formas de memória, caso contrário a designação geral
“memória” não se justifica.
A perspetiva dos sistemas múltiplos de memória requer mais investigação com o
objetivo de se estabelecer uma explicação teórica que permite prever quais as V.
que provocam dissociações entre sistemas mnésicos diferentes e se comportam de
modo paralelo
Memória Sensorial
Codifica informação para processamento subsequente noutros armazéns de
memória
Alguém que está a conduzir à noite quando um coelho se atravessa à sua frente
na estrada. A pessoa pode visualizar imediatamente uma imagem do coelho a
atravessar a estrada iluminada pelos faróis.
Duração
Conteúdo
Sperling (1960)
Paradigma ou técnica do relato parcial
Responder 2 questões
Hipóteses
Limitação sensorial
Limitação mnésica
Programa de investigação
Resultados obtidos:
Conclusão
Resultados: relato parcial (4,5 itens) > relato total; diferença não
estatisticamente significativa
Estudos posteriores
Localização espacial
Cor
Forma
Brilho
Dimensão
Direção do movimento
Resultados
Outros resultados
Experiência de Broadbent (1958): técnica da escuta dicótica
Resultados
Reprodução apenas de uma das mensagens, aquela identificada pelo sinal
Um odor não pode ser experienciado como um flash de forma análoga a um flash
de luz. Os odores difundem-se gradualmente pelo ar e a sensibilidade olfativa
humana não está circunscrita no espaço, ou seja, diferentemente dos sentidos da
visão e da audição, não se consegue obter coordenadas espaciais exatas das
fontes olfativas na ausência de outras pistas físicas
Duração: 30 segundos para uma exatidão elevada, a partir dos 2 minutos dá-se
uma diminuição do desempenho
Resultados
Para o sufixo auditivo existe efeito de recência. Para o sufixo olfativo existe efeito do
sufixo na memória de odores.
Exemplos:
Lembrar-se de um número de telefone apenas durante o tempo necessário para
o discar/marcar
Amplitude/capacidade
G. Miller (1956)
Como definir um item? - A recodificação da informação em agrupamentos ou
unidades significativas - chunk
H. A. Simon (1974)
Alargamento da ideia de chunk - O nº de chunks recordados é variável
Limitações:
Cowan (2001)
“O mágico nº4 na memória a curto prazo: uma reconsideração
da capacidade de armazenamento mental”
Código (1)
Experência de Conrad (1964)
Material: listas de letras. Algumas das letras eram fisicamente similares, mas
acusticamente diferentes (ex.: V e X). Outras letras eram fisicamente
dissemelhantes, mas acusticamente parecidas (ex.: V e C)
Código (2)
Vários investigadores referem a possibilidade de existir um código semântico
também na memória a curto prazo.
Os sujeitos automaticamente corrigem “não palavras” em frases com palavras
semanticamente corretas.
💡 Ex.: “a criança deu comida aos pavtos do lago” - esta frase é evocada
com a palavra semanticamente correta “patos”.
Seguidamente acende-se uma luz verde que indica ao participante que nomeie
as cores de um tambor giratório durante um intervalo de tempo variável, mas
breve
Após esse intervalo ocupado, surge uma luz vermelha a sinalizar o início da
evocação serial
Resultados
LIP - cálculo
Idioma
Trigrama de consoantes
Esquecimento
Se for permitida a repetição mental do trigrama este pode ser retido indefinidamente
Resultados
Ritmo de apresentação - efeito pequeno e inconsciente
Recuperação
S. Sternberg (1966, 1969)
Técnica baseada na medição do tempo de resposta (TR)
Busca Serial
Auto-terminada
Exaustiva
Resultados
Sequências aleatórias - busca serial exaustiva
Sequências ordenadas - busca paralela
Memória de Trabalho
Exemplos
Manter na mente o endereço de uma pessoa enquanto ouve instruções sobre
como chegar lá
Ouvir uma sequência de eventos de uma história enquanto tenta entender o que
a história significa
Modelo Modal
O que é a MT?
Refere-se aos mecanismos ou processos que estão envolvidos no controlo,
regulação e manutenção ativa de informação de tarefas relevantes para a cognição
complexa, na qual se incluem tarefas especializadas familiares e novas.
Resultados esperados
Afirmações mais complexas - tempo de resposta mais longo
Memória de Trabalho
A conceção segundo a qual existe apenas um armazém unitário cuja capacidade
seria completamente esgotada quando se atinge o limite da amplitude (span) da
memória imediata - não explica os resultados obtidos
MCP vs. MT
A MCP pode ser pensada como uma parte da MT (MCP envolve apenas
armazenamento, a MT envolve ainda o processamento)
Modelos MT
MTLP (memória de peritos; Ericsson & Kintsch, 1999) - memória de trabalho como
memória a longo prazo ativada
2 sistemas “escravos”
Ciclo fonológico
Sistemas de processamento
Executivo central
O ruído não entra neste armazém - filtro que permite a distinção entre ruído e
discurso
Quanto mais comprida for uma palavra, maior o tempo gasto na repetição das
sílabas que a compõem - aumento da possibilidade de evanescência do traço
mnésico das primeiras palavras.
Papel Importante
Aprendizagem da língua materna
Aprendizagem da leitura
Aquisição de vocabulário
Perante uma letra maiúscula (F) responder “sim” se os cantos dessa letra
pertencem ao topo ou à base e “não” quando não é esse o caso, ao mesmo tempo
que se segue, com um ponteiro, a trajetória de um ponto luminoso
Resultado
Participantes tinham grande dificuldade em seguir o ponto luminoso enquanto
visualizavam a letra.
Outra tarefa: perseguição de um ponto luminoso + tarefa de memória imediata
baseada em imagens mentais (imagery).
Executivo Central
Componente mais complexo, mais difícil de estudar
Span de contagem
Procedimento: o participante deverá contar em voz alta, os itens alvo e dizer o total
dessa contagem. Após terminar uma série ou bloco, o participante deverá dizer, por
ordem, os resultados das contagens prévias.
É controlado pelo executivo central e interage com a MLP, tal como os outros
componentes
Aprendizagem não-associativa
Aprendizagem associativa
O processo no qual se adquire informação nova ou reforçante a partir da formação
de vínculos ou conecções entre elementos. Nos diferentes tipos de teorias de
aprendizagem associativista, estes elementos podem ser estímulos e respostas,
representações mentais de eventos ou elementos nas suas redes neutras.
Específica a um estímulo
Sensibilização
Aumento da resposta de um organismo a estimulação repetida
Habituação
A. Com a passagem do tempo, a
resposta diminui
C. Se o tempo do intervalo de
descanso for suficiente, existe
recuperação espontânea completa
2. Procedimentos do condicionamento
3.
Privilégio da análise de respostas de sujeitos individuais - exige a obtenção do nível
operante de resposta ou da linha-base da tarefa operante livre (free operant
baseline).
4.
O interesse nas variáveis que afetam a aquisição de operantes é secundário;
conhecimento daquelas que influenciam a manutenção do comportamento/resposta
operante.
A atenção é dirigida para os fatores implicados na execução de uma operante, após
se ter alcançado um nível estável ou a assímptota.
Para que uma determinada operante ocorra (por ex.: um rato pressionar uma
alavanca) é necessário proceder a um treino do animal.
Condicionamento Operante
Tipos e programas básicos de reforço intermitente
Distinguem-se, habitualmente, 4 programas básicos consoante o critério utilizado
(fixo ou variável) se refira: ao nº de respostas necessárias à obtenção do reforço; ao
tempo decorrido desde a distribuição do último reforço.
Programas IF
Apresentam um aspeto recortado em
forma de concha: após a obtenção do
reforço, o ritmo de resposta é
consideravelmente lento; à medida que
se aproxima o momento de receber um
novo reforço, a taxa de resposta torna-
se positivamente acelerada.
Programas IV
O desempenho exibe um ritmo de
resposta uniforme e estável: utilizado
para a obtenção de linhas-base;
respostas treinada segundo este
Programas RF
Imediatamente após a apresentação do
reforço há uma pausa que Skinner
comparou à abulia: pausas pós-reforço
variam diretamente com o valor
escolhido da razão; seguindo-se um
período em que o ritmo de resposta é
abruptamente muito elevado e regular.
Programas RV
Produzem um ritmo de resposta:
uniforme; elevado - irrupções rápidas
de resposta tendem a alcançar o
reforço mais rapidamente e,
consequentemente, são
preferentemente reforçadas.
Programas concorrentes
De taxas baixas.
De taxas elevadas.
Programas mistos
Programas concorrentes
Duas ou mais respostas diferentes são possíveis, estando cada uma delas sujeita a
um programa próprio separado ou independente.
Comportamentos de escolha
No condicionamento operante, o comportamento de escolha é habitualmente
estudado recorrendo a programas concorrentes.
Herrnstein (1961) - lei de matching que estabelece uma relação entre as taxas de
resposta e de reforço
Experiência de Herrnstein:
Vários pombos foram colocados em situações com programas concorrentes IV IV
Lei de matching
Exemplo: programa a - IV=1 min, programa b - IV=2min aplicados durante uma
sessão de 1 hora.
Conclusão
Perante 2 programas desiguais quanto à frequência do reforço - os animais não
escolhem simplesmente aquele que, isoladamente, lhes é mais favorável, mas
distribuem as suas respostas por ambos de acordo com a proporção de reforços
disponíveis em cada um deles.
A lei de matching - predizer a repartição das operantes, bastando para tal conhecer
as taxas de reforço.
Mas esta lei não permite prever qual dos programas RV será escolhido pelos
sujeitos. A preferência exclusiva por qualquer deles satisfaz a equação de matching.
Aprendizagem de probabilidades
Resultados
Procedimento:
Resultados:
Início, os participantes adivinham chuva ou sol ao acaso em cada ensaio, mas com
muitos ensaios de prática, melhora significativamente as suas previsões do tempo.
Porém, os indivíduos desconhecem que estão a melhorar, isto é, não conseguem
estabelecer o que está a reger as suas respostas com êxito.
Memória episódica:
Resultados
Resumo
Aprendizagem de probabilidades permite aprendizagem de frequências
Condicionamento Clássico
Exemplos de respostas adquiridas por condicionamento
clássico
Respostas autonómicas
Salivação
Glicemia
Secreção da bílis
Estímulos incondicionais
Ciclofosfamida
Insulina
Substância ácida
Aquisição
EI - estímulo incondicional
RI - resposta incondicional
EN - estímulo neutro
RO - reação de orientação
EC - estímulo condicional
RC - resposta condicional
Ensaios de condicionamento
EN + EI - salivação
EC desacompanhado do EI - RC (salivação)
Técnicas/procedimentos ulteriores
Resultado: após vários ensaios com o par EC+EI - supressão da resposta (da
pressão da alavanca) durante a apresentação de EC
Caráter necessário do ISI (intervalo interestímulos) ser breve (+/- 0,5 seg.) -
podem utilizar-se intervalos EC-EI com duração de horas
Generalização da aquisição
Generalização semântica
Razran (1939)
Salivação com as palavras homófonas, mas esta foi superior no caso das
palavras sinónimas - generalização para o som e o significado
Discriminação condicional
Treino discriminativo:
Pavlov (1927)
2 condicionamentos indiretos
Interferência
Pré-exposição ao EC
Eficácia do EC é diminuída
Pré-exposição ao EI
Anexo
Bykov
Administração de ácido (EI) no estômago - secreção da bílis do fígado (RI ao
excesso de acidez estomacal)
💡 Nota: a insulina diminui a glicose cujo nível no sangue fica abaixo do nível
ótimo o que vai desencadear uma resposta compensatória de aumento da
glicose (para que o equilíbrio do organismo se restabeleça).
Problema de identificação do EI e da RI
EI = diminuição da glicose
Resultados
O grupo 1 teve uma reação normal do sistema imunitário (resposta de combate ao
germes). O grupo 2 teve uma resposta imunitária fraca - supressão da resposta
imunitária (RC).
O novo sabor (EC) desencadeia uma resposta que incondicionalmente era
provocada pela ciclofosfamida.
Sombreamento
Emparelhamento de 2 ENs+EI (repetidas vezes)
Grupo 2 (ratos)
Luz desencadeia RC
Para um E ser inibidor condicional deverá existir alfo para inibir - excitação
produzida durante o emparelhamento repetida EC-EI (teste de atraso) e E
excitatório condicional (teste de adição)
Se existir inibição condicional, esta operação será mais lenta - situação cujo
tratamento deixou o E neutro
Contingência
Década de 1960, surge uma teoria alternativa proposta por Robert A. Rescorla:
a Teoria da Contingência
Este sistema de memória foi teorizado por Tulving e Schacter (1990) e pensa-se
que explica os efeitos de priming percetivo do objeto ou da palavra. Segundo os
autores, esse sistema está envolvido na identificação perceptiva de objetos e
palavras, mas sem referência ao seu significado. O sistema deve funcionar em
estreita colaboração com a memória semântica.
SRP - sistema com funcionamento implícito, isto é, que pode operar sem
consciência
Efeito de priming
É um fenómeno de memória. Um efeito que mostra a influência do processamento
de estímulo na performance de uma tarefa subsequente.
tratamento percetivo
Exemplo
Intervalo
Priming semântico
Interpretação: é-se mais rápido a dizer “vermelho” após a palavra cereja do que da
palavra papel porque a ativação de cereja propaga-se a vermelho e, assim,
vermelho já tem um avanço (fica com vantagem) quando a palavra vermelho é, de
facto, apresentada.
Memória Declarativa
Memória semântica: modelos de representação do
conhecimento ou da organização semântica
A memória semântica é o conhecimento geral do mundo sem referência a contextos
espaciotemporais: palavras e o seu significado; factos; categorias (uma baleia é um
cetáceo); esquemas.
Esquemas
Exemplo
atributos
protótipos
exemplares
redes semânticas
Se o grau de sobreposição não bastar para desencadear uma resposta sim rápida,
então
Efeitos de tipicidade
Teoria de protótipos
Representação abstrata de uma categoria contendo atributos salientes, que são
verdadeiros na maior parte dos exemplos: atributos característicos que descrevem
que membros de um conceito são parecidos.
Permite ter em conta conceitos imprecisos, isto é, que não podem ser facilmente
definidos (ex.: juntar água até a massa do pão ficar com a consistência certa). Para
categorizar, basta comparar com o protótipo (representação abstrata).
Exemplo
ex.: uma vez que a maioria das aves pode voar, esta propriedade está ligada à
categoria geral (supra-ordenada) “ave” e não a cada exemplo de ave voadora
No caso das aves que não voam, esta propriedade está representada no modo
relevante a essa ave particular.
Efeitos de tipicidade (TR variável: para as aves menos típicas demora-se + tempo
do que para aves mais típicas)
Nível de integração: uma única ação isolada ou fazer parte de uma cadeia mais
ou menos complexa
Planos cujo conteúdo é novo e estão integrados num conjunto de planos inter-
relacionados apresentam probabilidade de recordação mais elevada. Planos novos
extremamente prioritários, baseados em eventos e que constituem parte de uma
cadeia são mais facilmente recordados.
Pulse
Step
Pistas de recuperação
Focais
Não focais
Após a leitura de frases que descreveriam atividades simples, em que algumas das
ações descritas seriam executadas mais tarde e outras deveriam ser recordadas,
registou-se um reconhecimento mais elevado (mais rápido) para as palavras
provenientes das frases que deveriam ser executadas relativamente àquelas que
pertenciam ao material a ser recordado - “efeito de superioridade da intenção”.
Relação MP-MT
O componente executivo central da MT, parece desempenhar um papel importante
na programação, controlo e monitorização de ações.
Consciência auto-noética
Não acompanha o uso de qualquer outra capacidade baseada na memória -
característica única da memória episódica.
A partir da memória episódica, não se tem apenas uma memória, mas recorda-
se algo sobre o contexto em que a informação recordada foi aprendida
Episódica
Lista de 15 itens
3 condições:
Após cada um dos itens de uma lista, execução de uma tarefa distrativa
durante 2 segundos
Os últimos itens da lista, antes da tarefa distrativa, poderiam ter transitado para
MLP - efeito de “recência a longo prazo”
Codificação e Recuperação
Hipótese/princípio da codificação específica
Lista de palavras
Tarefa de rimas
Exemplos
Controvérsia
Serão as memória flashbulb realmente exatas?
Será a sua exatidão mais elevada em comparação com memória não flashbulb?
Brown e Kulik (1977) não sabiam se as memória eram ou não rigorosas, pois não
houve uma avaliação independente da exatidão.
Exemplo de um questionário
Resultado: a recordação deste evento era mais exata e mais duradoura nos
participantes do Reino Unido.
Resultados:
20 min
45 min
70 min
95 min
120 min
Repetição da história
Intenção
Resposta fisiológica
Quantidade de Expoisção
Os grandes acontecimentos são discutidos durante dias seguidos nas notícias e em
vários locais onde as pessoas se encontram (ex.: cafés, escritórios…). A maior
exposição pode levar a uma maior recordação.
Mas isto não explica porque é que as circunstâncias em que as pessoas ouviram
falar, pela primeira vez, dos acontecimentos (não referidas nas notícias) são tão
bem recordadas.
Repetição da história (Neisser, 1982)
Quantas mais vezes uma história é contada, melhor é a sua recordação. As próprias
pessoas ligam-se à história.
Quanto mais intensa for a reação fisiológica, mais forte seria a memória flashbulb.
Conclusão geral
Apesar da controvérsia, Medin, Ross e Markman (2005) afirmaram que embora as
memórias flashbulb sejam sentidas como diferentes das restantes memórias
episódicas, não existe prova objetiva de que assim é. Afirmaram também que
poderá existir um mecanismo especial, que implique que acontecimentos com
consequências importantes sejam menos vulneráveis ao esquecimento, parece ir ao
encontro de uma regulação adaptativa, mas é necessário prosseguir com os
estudos.
Metamemória
Refere-se ao conhecimento, perceções e crenças que as pessoas têm acerca do
funcionamento, desenvolvimento e capacidades da sua própria memória e também
do sistema mnésico humano.
Esquecimento
Método da economia
Curva de retenção/esquecimento
Material: conceitos e nomes respeitantes a uma unidade curricular da licenciatura
em Psicologia (PARP) da FPCEUC.
Dadas suas associações com a mesma força, mas de idade diferente, a mais antiga
terá declínio mais lento com a passagem do tempo.
Esquecimento: mecanismos
Teoria do declínio (a memória vai-se perdendo com a passagem do tempo). A
capacidade de recuperar um item da MLP perde eficácia ao longo do tempo.
O ritmo do declínio depende do nível/profundidade da codificação ocorrida e das
circunstâncias em que ocorre a recuperação da informação.
Teoria da interferência a partir de outra informação adquirida - (i) degradação o traço
mnésico ou (ii) défice da pista de recuperação*:
Resultado superior na condição mesmos pares - existe alguma recordação dos itens
“esquecidos”, caso contrário ambos os grupos teriam = desempenho mnésico.