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IRENE CADIME
imcadime@braga.ucp.pt
LICENCIATURA EM PSICOLOGIA
2018-2019
Reconhecimento de
objetos
Processos envolvidos no reconhecimento
de objetos (RO)
Principais processos envolvidos no RO
Objetos cobrem outros ou são cobertos por outros no ambiente: decidir onde
cada objeto começa e acaba
Objetos reconhecidos com precisão à distância e com orientações diferentes
Alocar estímulos visuais díspares a um mesmo objeto: Reconhecimento do
objeto apesar das suas variações em termos de cor, tamanho, etc (e.g. livro)
Reconhecimento de
padrões
Reconhecimento de padrões (2D)
Identificação ou categorização de padrões bidimensionais
Reconhecimento de símbolos alfabéticos e numéricos
Limitações:
Variabilidade dos estímulos visuais
Melhorias:
Normalização do estímulo visual
Existe mais do que um molde para cada estímulo visual
RP: Teoria das características
Padrão: conjunto específico de características ou atributos
2. Esboço 2 ½ -D (2 ½ -D sketch)
Incorpora descrição de profundidade e orientação das superfícies visíveis,
utilizando informação proveniente da sombra, textura, movimento, disparidade
binocular
Representação centrada no observador
Teoria computacional de Marr
Três tipos de representação (ou descrição) sobre o ambiente visual
Unidades primitivas de descrição dos objetos são cilindros com maior eixo
Organizados hierarquicamente
concavidades
Teoria de RO por
componentes
Teoria de reconhecimento por componentes
Biederman (1987, 1990)
Objetos consistem em formas básicas ou componentes “geons” (iões
geométricos)
Exs: blocos, cilindros, esferas, arcos e contornos possíveis
Possibilidade de diferentes relações espaciais entre os “geons”
Comparação da informação recolhida com a representação ou modelo
estrutural que contenha informação sobre a natureza dos geons relevantes, suas
orientações, tamanhos, etc
Reconhecimento pelo melhor “encaixe”
Teoria de reconhecimento por componentes
Como são determinados os geons?
Extração de contornos
Pontos em curvatura
Pontos em paralelo Deteção de propriedades Análise das regiões
Cantos em co-
não acidentais côncavas (segmentação)
terminação
Pontos em linha reta
Determinação de
componentes
Emparelhamento de
componentes com as
representações de objetos
Teoria de reconhecimento por componentes
Reconhecimento por componentes de Biederman
Porque é que o RO nem sempre ocorre em situações normais?
Propriedades invariantes podem ser detetadas só em parte do objeto
Desde que as concavidades estejam visíveis, é possível reconstruir a parte
omissa
Informação redundante disponível
Semântico
Sistema de Sistema de
input verbal input visual
Modelo de Farah e McClelland (1991)
Sistema semântico dividido em:
Unidades visuais – informação sobre as características visuais dos objetos (3x
mais)
Unidades funcionais ou semânticas – informação semântica sobre a utilidade
ou forma apropriada de interação com o objeto
Desvantagens
• Processo de RO mais complexo do que o sugerido
• Unidades visuais e percetivas do sistema semântico interligadas?
• Riddoch & Humphreys (1993): pacientes apresentam memória funcional intacta mas défice
na memória visual para os mesmos objetos
Modelo de Farah e McClelland (1991)
Avaliação
Desvantagens
• Sistema semântico organizado em subsistemas
visual e funcional?
• Sistema semântico organizado segundo uma
base categorial?
Integração da
informação
Identificação das propriedades
não acidentais
Teoria geral da visão de nível elevado
Simulação computacional
Simultagnosia
Dano parcial no sub-sistema de propriedades espaciais responsável pela produção de
representação espacioscópica
Teoria geral da visão de nível elevado
Avaliação
Vantagens
• Primeira teoria a propor sub-sistemas de processamento computacional
subjacentes a um nível de visão elevada
• Base de trabalho para os neuropsicólogos cognitivos perceberem as
observações em pacientes com dano cerebral
• Integra fenómenos atencionais e percetivos
Desvantagens
• Nível geral
• Reduzida operacionalização dos processos que ocorrem em cada sub-sistema
Leituras recomendadas
Eysenck, M. W. & Keane, M. T. (2010). Cognitive Psychology: A Student’s
Handbook. New York: Psychology Press. (capítulo 4)