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DANNE

Educação inclusiva: medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão

 Medidas universais - dirigem-se a todos os alunos e têm como objetivo promover a


participação e o sucesso escolar; É muito fácil poder estar nesta fase; Como são
medidas superficiais e tem a ver com o exterior, por exemplo, estratégias, alterações
ao nível do ambiente, etc, muitas vezes não são suficientes, e quando encontramos
pessoas com uma limitação mais acentuada e que se estende ao longo de mais tempo,
temos de seguir as medidas seletivas.

 Medidas seletivas – Dirigem-se a alunos que evidenciam necessidades de suporte à


aprendizagem que não foram supridas em resultado da aplicação das medidas
universais.

 Medidas adicionais – alunos que apresentem dificuldades acentuadas e persistentes


ao nível da comunicação, interação, cognição ou aprendizagem, que exigem recursos
adicionais significativos.; Nas DAE não seguimos as medidas adicionais porque são
medidas que são muito restritivas e só podem ser aplicadas quando falamos em
perturbação ao nível do desenvolvimento que são acentuadas ou pessoas com
deficiências muito limitativas; Só se devem aplicar em ultimo caso, depois das seletivas
e universais serem aplicadas; Evitamos a aplicação destas até ao final do 1º ciclo, salvo
algumas exceções; Estas medidas podem por em causa o processo de inclusão porque
são medidas que precisam de mais individualização e de um suporte mais
personalizado, que muitas das vezes exigem a retirada daquele sujeito da sala de aula,
do grupo de amigos, etc.

Medidas universais:

Qualquer pessoa entra e sai facilmente destas medidas pois são medidas superficiais.

Se a criança ou jovem faz atividades em turma tem de haver obrigatoriamente medidas


universais na turma.

 Diferenciação pedagógica (ligada às acomodações; relação mais personalizada com o


professor; o professor conhece as dificuldades do aluno) (medida muitas vezes usada
em simultâneo com as acomodações curriculares).
 As acomodações curriculares (ligadas ás estratégias) (ex: lugar da sala de aula)
 O enriquecimento curricular (aplicação em caso de competências excecionais)
(trabalhar com um aluno algo que ele é realmente muito bom).
 A promoção do comportamento pro-social em contexto educativo dentro e fora da
sala de aula (preparar a turma para integrar)
 A intervenção com foco académico ou comportamental em pequenos grupos (com
foco académico – é necessário integrar um grupo com as mesmas dificuldades;
comportamental – seguir a oposição, não fazer gtarefas)

Medidas seletivas:

Um jovem com DA que não seja DAE, normalmente mantem-se apenas nas medidas seletivas

 Os percursos curriculares diferenciados (cursos diferentes – cursos de educação e


formações; tem de haver competências mínimas; normalmente aplicadas a partir do
7º ano mas mais comuns a partir do 9º ano; percurso alternativo)
 As adaptações curriculares não significativas (pequenas alterações como acréscimo de
pequenos objetivos ou retirada de pequenos objetivos)
 O apoio psicopedagógico (tende a implicar um recurso extra; Pode implicar um
professor de educação especial que considere que será uma mais valia para dar apoio
a determinado aluno; É importante este professor que vai prestar o apoio
psicopedagógico estar sempre em contacto com o psicólogo)
 A antecipação e o reforço das aprendizagens (só se aplica quando há competências
próximas da média; Relacionado com as explicações; ex: o aluno não aprende porque
tem um défice nos conteúdos do ano anterior e poderá ser pedido ao professor para
realizar algum tipo de auxilio e dar alguns conceitos por exemplo, da próxima aula, e
este aluno poderá preparar-se e tirar mais proveito da aula.)
 O apoio tutorial (possibilidade de uma determinada criança e jovem poder, com um
colega ou outra pessoas da turma, ou alguém que é mais velho, ou através de um
adulto (professor): ex: não consegue vestir-se em educação física; é um apoio
relacionado com áreas não académicas, no entanto também pode funcionar em áreas
académicas.

Medidas adicionais:

 A frequência do ano de escolaridade por disciplinas (é a medida mais próxima das


medidas seletivas pois parte-se do princípio de que a criança apenas precisa de mais
tempo, ou seja, por exemplo, as disciplinas que faria num ano pode ser dividida por
dois anos) (é a menos restritiva das medidas adicionais; requer que haja competências;
pessoas com limitações, mas que com mais tem conseguem acompanhar)
 Desvantagens:
o Atraso da escolaridade (ou seja, turma com pessoas de idade
inferior; pode afetar a sua inclusão)
o Todos os anos a mudar de turma (pode também afetar a sua
inclusão)
 Esta medida deve então ser aplicada pontualmente e nas situações em
que temos bons indicadores do ponto de vista da intervenção, que
aquele jovem a médio prazo vai conseguir ultrapassar algumas das
limitações acentuadas; se for pontualmente podemos estar a segregar;
tem de ser acompanhada com medidas seletivas de apoio
psicopedagógico).

 As adaptações curriculares significativas (alterações profundas nos conteúdos


programáticos/reestruturação completa dos objetivos da disciplina especifica para
aquela pessoa; Continua a ter disciplinas fundamentais mas com conteúdos definidos
para as suas características psicológicas, diferentes das dos colegas; continuam no
mesmo currículo , mas com adaptações significativas; Normalmente quem beneficia
destas estratégias vai precisar de um extra, de um acompanhamento extra, por
exemplo, as medidas seguintes, principalmente das estratégias de desenvolvimento de
competências de autonomia pessoal e social.)
 O plano Individual de transição (apenas é aplicado dos 15 aos 18 anos) (crianças e
jovens com um determinado quadro que requer estratégias muito especificas (ex:
autismo, no autismo – requer estratégias próprias e espaços preparados com
determinado tipo de estímulos.) (disciplinas curriculares especificas, contemplando:
treino de visão, braile, atividade de vida de área, tic, etc; vem de alguma forma retirar
disciplinas do currículo; É feito um trabalho de colaboração com determinados centros
e instituições que vão preparar o jovem; estes jovens vão aprender determinadas
áreas mais tarde; Tem de ser preparados ao longo dos 3 anos)
 O desenvolvimento de metodologias e estratégias de ensino estruturado (associadas
ás adaptações curriculares significativas)
 O desenvolvimento de competências de autonomia pessoal e social (se não forem
colocadas com cuidado podem por em causa a própria inclusão.) (associadas ás
adaptações curriculares significativas)

Exemplo de acomodações:

o Disponibilizar notas fotocopiadas (ou um guia de estudo) a alunos com dificuldades na


coordenação oculo-manual, evitando que tenham de copiar do quadro.
o Utilizar organizadores gráficos.
o Organizar o espaço de sala de aula de forma a não conter estímulos que possam ser
distrativos para os alunos.
o Apresentar sugestões para a gestão do tempo, por exemplo, através da colocação de
post-its na mesa.
o Usar materiais visuais e concretos nas aulas.
o Usar tecnologia assistiva quando possível/necessário.
o Dar instruções claras aos alunos, uma de cada vez, não sobrecarregando os alunos com
muitas informações ao mesmo tempo.
o Colocar na sala de aula pistas visuais que induzam a comportamentos apropriados.
o Disponibilizar tempo extra para o processamento de informação.
o Utilizar um tamanho de letra superior sempre que adequado.
o Disponibilizar suportes auditivos para limitar a quantidade de texto que o aluno deve
ler.
o Manter a proximidade ao aluno.
o Colocar “lembretes” na mesa do aluno, como por exemplo, listas de vocabulário,
alfabeto, …
o Proporcionar o uso de espaços alternativos para trabalhar tarefas específicas.
o Dar feedback contínuo.
o Prestar atenção à iluminação do espaço da sala de aula.
o Permitir que o aluno dê respostas orais em vez de utilizar a escrita para demonstrar a
compreensão de conceitos.
o Permitir que o aluno disponha de mais tempo na concretização das tarefas.

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