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1.

Entenda a situação do aluno com dificuldade de aprendizagem


Antes de elaborar um plano de ação para alunos com dificuldades de aprendizagem, a
gestão escolar precisa entender a situação de cada aluno individualmente.

Em termos de conteúdo, pode-se realizar uma avaliação diagnóstica para identificar quais
conhecimentos acadêmicos a turma apresenta maior dificuldade.

Contudo, como foi apontado anteriormente, é necessário entender se há fatores externos


ligados à vida do aluno que interferem no desenvolvimento.

A escola precisa criar um vínculo de confiança e acolhimento com o estudante para que ele
se sinta à vontade para buscar ajuda quando necessário, a exemplo de situações de
bullying.

Nesse sentido, a escola pode promover rodas de debates com estudantes e/ou
disponibilizar um espaço reservado para o aluno conversar com a equipe pedagógica.

Outra maneira de verificar o que pode ser a causa para dificuldade e aprendizagem é
observar o desempenho do estudante ao longo do ano letivo. Para isso, a escola precisa
questionar:

O aluno sempre apresentou dificuldade, ou passou a ter após um determinado período?


A dificuldade de aprendizagem acontece em apenas uma disciplina?
O aluno apresenta mudança de comportamento com a dificuldade de aprendizagem?
Como é a situação socioeconômica em que o estudante está inserido?
Leia também: Conheça os principais tipos de avaliação escolar para aprimorar o ensino-
aprendizagem

2. Utilize a personalização do ensino


Em alguns casos, a falta de motivação para estudar pode ser resultado de uma abordagem
padronizada e engessada, que não considera as necessidades e potencialidades individuais
dos alunos. Afinal, cada pessoa tem o próprio ritmo de aprendizagem.
Para cativar a atenção do aluno e motivá-lo, a escola pode adotar a personalização do
ensino. Por meio da utilização de diferentes ferramentas e abordagens pedagógicas, é
possível flexibilizar o ensino conforme as características, competências e habilidades
individuais.

A Plataforma AZ oferece um recurso que auxilia na personalização do ensino. Por meio de


uma trilha personalizada de aprendizagem, o professor tem acesso às competências
aprendidas pelo aluno. Com essa informação, é possível montar um plano de aula de
acordo com a necessidade desse estudante.

Além disso, para implementar a personalização do ensino, a escola precisa:

realizar avaliações continuamente;


utilizar a tecnologia;
capacitar a equipe pedagógica e os professores;
utilizar materiais didáticos interativos;
construir um currículo pedagógico flexível e dinâmico.
Leia também: Entenda o que significa personalização do ensino e quais são as vantagens
dessa metodologia

3. Busque ajuda especializada caso seja necessário


Em alguns casos, não basta incluir a equipe pedagógica e os professores no plano de ação
para alunos com dificuldades de aprendizagem. Isso porque o estudante pode enfrentar
situações externas aos muros da escola.

Por exemplo, ter um psicopedagogo na escola é importante para os casos de alunos com
transtornos de aprendizagem. Esse profissional conseguirá identificar o problema e com a
família, escola e um profissional de saúde, elaborar ações para auxiliá-lo no aprendizado.

De mesmo modo, um aluno em vulnerabilidade social necessita de suporte de uma


assistente social. Afinal, é dever da escola comunicar às autoridades competentes ao
identificar crianças e adolescentes vítimas de abusos físicos, psicológicos e sociais.
Por isso, o plano de ação para alunos com dificuldades de aprendizagem precisa contar com
profissionais especializados para eventuais problemas que não sejam pedagógicos. Pode
ser necessário realizar contratações, ou buscar apoio junto aos órgãos públicos.

4. Trabalhe as competências socioemocionais na sala de aula


Além da parte cognitiva e acadêmica, o plano de ação para alunos com dificuldades de
aprendizagem precisa trabalhar as competências e habilidades socioemocionais dos alunos
— citadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como essenciais para a Educação
Básica.

As competências socioemocionais são um conjunto de capacidades ligadas ao lado


emocional e social de cada indivíduo. É necessário praticar o autoconhecimento para
entender essas emoções e sentimentos, e partir disso, criar mecanismos para enfrentá-los
de maneira saudável.

Ao lidar com o sentimento de frustração após uma nota baixa, por exemplo, o aluno pode
pensar em como melhorar nas próximas avaliações, em vez de desistir dos estudos. Para
entender melhor o que são competências socioemocionais, confira este conteúdo
disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC).

5. Seja flexível
A escola que deseja ajudar os alunos no rendimento escolar precisa ser flexível, pois
mudanças terão de ser feitas. Por isso, a flexibilidade é o pilar principal do plano de ação
para alunos com dificuldade de aprendizagem.

A flexibilidade precisa estar em todos os âmbitos da escola: no currículo acadêmico, nas


abordagens pedagógicas, na maneira como a escola se comunica com a família e alunos.
Para isso, é necessário que todos adotem um olhar observador, capaz de identificar
possíveis falhas no percurso educacional e corrigi-las.

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