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Um PEI para ser efetivo é necessário que seja elaborado de forma colaborativa com professores,
coordenadores pedagógicos, pais e profissionais de educação que fazem o acompanhamento da criança na
escola. O aluno também pode opinar sobre o processo de aprendizagem.
O ambiente escolar também deve ser adaptado e adequado para que o aluno possa participar. Em outras
palavras, o PEI é uma proposta de organização curricular que direciona a forma pedagógica do professor,
para que ele possa desenvolver os potenciais dos alunos. Para isso, é possível seguir algumas etapas.
Conhecer o aluno: é importante que o professor e responsáveis pela educação da criança ou jovem com
limitações saibam quais são as habilidades e as necessidades de cada aluno – sua história, seus gostos
pessoais e conhecimentos já adquiridos, além de saber o que sente mais dificuldade e ainda precisa
aprender. É preciso observar e identificar o desempenho do aluno de acordo com sua comunicação oral,
leitura e escrita, raciocínio lógico-matemático e conhecimentos em informática e tecnologia. O aluno
pode participar ativamente dessa avaliação. É importante saber quais são seus assuntos prediletos, o que é
mais difícil ou mais fácil para ele na escola.
Criar metas e objetivos: é necessário ter metas de curto, médio e longo prazo e avaliar a evolução e
desenvolvimento da criança. De acordo com o perfil de cada aluno é importante avaliar o que cada
estudante precisa aprender.
Manter um cronograma: ao traçar metas, é preciso definir como elas serão cumpridas e qual será o
prazo para isso.
Avaliação: para saber a evolução é necessário avaliar as metas alcançadas com frequência. Esses
objetivos serão usados para determinar se o seu filho mudou, estagnou ou atingiu um objetivo específico.
Dessa forma, o progresso do ensino pode ser avaliado a cada ano ou até mesmo semestralmente. Sempre
que for preciso, os profissionais devem alterar o programa de ensino e a escola precisa dar suporte e ter
uma estrutura adequada. Os materiais e recursos pedagógicos precisam estar de acordo com as
necessidades específicas de cada criança.
Para ajudar os profissionais na área de saúde e educação, a Psicóloga Clínica, Escolar e Neuropsicóloga
Marina Almeida, oferece supervisão clínica para profissionais psicólogos, neuropsicólogos e
psicopedagogos, para avaliação de rastreio de transtorno do espectro autista em crianças, adolescentes e
adultos.
Escola Inclusiva
O PEI pode contribuir para o progresso educacional de uma criança e adolescente com o Transtorno do
Espectro do Autismo. Com o PEI, é possível criar um plano que ajude a pessoa com TEA a se
desenvolver de várias maneiras – tanto as questões acadêmicas, as sociais quanto as comportamentais.
Um PEI que é apropriado para uma criança com autismo pode não dar certo para outra.
Dessa forma, a criança aprenderá novas habilidades que serão úteis para o dia a dia e para sua formação
acadêmica, como adição ou subtração. Também desenvolverá habilidades como interagir com os colegas
durante as atividades em grupo. E poderá adquirir novos mecanismos de defesa, como saber pedir ajuda e
ter comportamentos considerados socialmente aceitáveis (deixar de gritar ou ser menos agressivo, por
exemplo). E a criança também aprende a trabalhar suas habilidades motoras como a escrita.
Com o tempo, e dependendo do grau de autismo, algumas crianças podem assumir maior
responsabilidade e participar mais ativamente no seu plano de ensino e contribuir para atingir seu
potencial educacional. Os pais devem participar ativamente da educação de seus filhos com TEA e dizer
quais são as suas principais preocupações sobre sua educação, os pontos fortes, necessidades e interesses
da criança e deixar claro o que não funcionou até agora. É importante que a criança receba uma educação
apropriada e se beneficie dela para a vida toda.
A ausência de laudo médico possibilita a matrícula do aluno no AEE, visto que não é documento
obrigatório para tal procedimento, mas é complementar, quando a avaliação no contexto escolar precisar
comprovar uma especificidade, recorrerá ao especialista.
O importante é atender os direitos dos alunos com uma educação de qualidade e não ser suprimido pelo
fato de não ter laudo médico.
Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/2008),
essa área educacional constitui-se “em modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
[…] promovam a acessibilidade, eliminando, assim, as barreiras que possam dificultar ou obstar o acesso,
a participação e a aprendizagem,” este é o parecer da Nota Técnica Nº 04/2014/MEC/SECADI/DPEE.
a)Comunicação
b)Linguagem
c)Social
e)Recreação
f)Comportamentos interferentes
g)Comportamento adaptativo
i)A equipe escolar que planeja o PEI deve incluir os pais na criação das metas para o aluno.
j)Os dados devem ser coletados para determinar a aquisição e para análise na tomada de decisões
programáticas.
Há sete componentes básicos que devem ser considerados em um Plano de Ensino Individualizado
mensurável, eles respondem às perguntas: quem, o que, como, onde, quando, com e qual.
2.O que – habilidade específica ou comportamento será alcançado? (Usar comunicação alternativa,
tecnológica);
3.Como – Em que nível ou de que maneira a habilidade será alcançada? (Para pedir comida e bebida, ir ao
banheiro);
4.Onde – Onde a habilidade será alcançada? Considere a configuração em qual a habilidade deve ser
dominada. A habilidade está sendo ensinada em um ambiente individual e independente ou habilidade ser
dominada em todas as configurações?
6.Com – Com que nível de sucesso? (pelo menos x vezes durante o dia);
7.Qual – medida será usada para medir o progresso (planilhas ou lista de verificação, com observação do
professor (a)
e) Conhecimentos tácitos que o aluno manifesta na sala de aula, assim como as dificuldades/necessidades
individuais, em relação aos novos conteúdos de aprendizagem
O PEI é um documento que oferece um planejamento dinâmico que com execução bem-sucedida
colaborará imensamente para a inclusão escolar e para o desenvolvimento do aluno.