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ELABORAÇÃO
DE PEI
a partir do VB MAPP
Espero muito que esse não seja apenas um minicurso, espero que todos os
conteúdos que preparo e entrego para vocês não cheguem simplesmente como
“mais um conteúdo em aba”. Fiz especialização, fiz muitos cursos pagos, assisti
lives, vi palestras presenciais e enfim… Alguns não valeram, outros ofereceram
bons conteúdos e alguns me deram o “click” e é isso que desejo que meus
conteúdos sejam para vocês, o click.
Imagine só ver uma simples palestra e dizer “Aaaah, então é isso? Agora eu
entendi”, “Nossa, fez muito sentido” e daí em diante não ver mais aquele tema
com os mesmos olhos, dali em diante sentir que uma nova porta abriu por que o
conteúdo assistido deu um “click” e te fez compreender muito e agir diferente
dali em diante. Eu guardo na memória todas essas oportunidades e ao pensar no
que vou oferecer, me preocupo em tentar fazer o mesmo, me preocupo em ser
ponte para um novo olhar, seja nas lives gratuitas ou nos cursos fechados.
Espero que aproveite o curso, tire todas as suas dúvidas e possa se aprofundar
em toda a literatura complementar oferecida, estou certa de que seguindo todos
esses passos você conseguirá compreender e elaborar um plano de ensino
individualizado em ABA.
Um beijo,
Tia Larissa
Ao final do curso
você será capaz
Citar exemplos de
habilidades importantes a Citar exemplos de habilidades
7 serem consideradas em
uma criança com déficits
8 importantes a serem consideradas em
uma criança com déficits significativos
significativos no nível 1 do no nível 2 do VB-MAPP
VB-MAPP
Quando os pais de Marcus o chamam pelo nome, a criança não costuma atender, em geral
realiza contato visual apenas quando há um direcionamento físico (alguém toca em seu rosto)
ou quando algumas músicas são cantadas, especialmente a música do seu lobato. Enquanto
canta, o pai de Marcus costuma fazer movimentos, mas a criança nunca imita.
Nesse momento, a mãe da criança sinaliza e dá instruções para que Marcus realize os
movimentos (Ex. Gira, Coloca a mão na cabeça, pula), no entanto, a criança também não os
realiza. Na escola, a professora disse que a criança costuma descer no escorregador, subir as
escadas do parquinho, mas em geral não segue os colegas quando estes brincam de correr.
Marcus costuma pegar os brinquedos e brincar lado a lado, porém não consegue compartilhar
uma brincadeira. Durante a aula, a professora costuma trabalhar temas como “igual e diferente”.
Nesse momento, apresenta itens idênticos para a criança combinar, mas Marcus tem bastante
dificuldade e já levanta da cadeira.
Em casa, os pais afirmam que também costumam colocar itens na mesa, como o carro e o
boneco e em seguida pedir um, mas Marcus não compreende a instrução. Os pais de Marcus
afirmam que a criança adora brincar com os minions, com massinha, carros, bola, brinquedos
de montar e um tecladinho musical. Independente do brinquedo, Marcus sempre arruma uma
forma de colocar suas letrinhas, os pais afirmam que a criança tem um interesse maior quando
se refere a esse tema. Segundo Karen, a criança é capaz de ficar até uma hora com seus
brinquedos, desde que estes fiquem totalmente disponíveis para ela. A mãe relatou que, caso
alguém retire um item, compartilhando a brincadeira, Marcus se irrita e costuma gritar e puxar
os cabelos.
Além disso, a criança apresenta os mesmos comportamentos quando os pais solicitam que ele
espere e não lhe entregam algo de imediato. Preocupados com a criança, os pais não costumam
intervir no momento em que Marcus está brincando e tentam entregar os itens de interesse à
medida que identificam o que a criança deseja. Por fim, os pais relatam que esperam que a
criança consiga comunicar-se melhor e acompanhar alguns conteúdos acadêmicos na escola,
visto que os amigos já reconhecem todas as letras do alfabeto, copiam o próprio nome e
realizam atividades artísticas, como pinturas.
Em uma conversa com a professora, esta afirmou que a criança consegue imitar diversos
movimentos, mas tem bastante dificuldade em imitar movimentos motores finos. No que se
refere a outras atividades, a professora relata a habilidade da criança em combinar itens
idênticos ou semelhantes, desde que estes sejam apresentados em um conjunto de apenas 3
estímulos. O mesmo ocorre para que Carol pegue imagens de itens específicos, ou seja, quando a
professora solicita um item, Carol consegue selecionar mais de 50, desde que estes sejam
apresentados em conjuntos de apenas 3 estímulos. No que se refere à interação com colegas, a
professora relatou que a criança corre com os amigos, imitando o que eles fazem, principalmente
na utilização de brinquedos novos. Adicionalmente, foi relatado que a criança busca interagir com
os colegas, puxando a mão deles para o pátio ou outro local no qual a criança costuma brincar.
Embora a interação com os amigos seja algo que Carol gosta, a professora afirmou que, em uma
situação de brincadeira, a criança apresenta dificuldades em realizar pedidos para os colegas,
bem como seguir instruções dadas por estes.
De acordo com os pais, a criança consegue completar canções musicais, outras lacunas e
responde o próprio nome quando lhe perguntam “Qual o seu nome”. No entanto, essa é a única
pergunta respondida pela criança. Quando são feitas outras perguntas para as quais ela não sabe
a resposta, a criança apenas repete a pergunta realizada.
Os pais relataram que Carol é uma criança muito carinhosa e que, em casa, permanece uma
manhã inteira brincando, especialmente de masterchef. A criança adora fazer comidinhas de
massinha e servir a suas bonecas, fingindo que elas comem tudo. Adicionalmente, os pais
relatam que a criança brinca com quebra-cabeças, bolhas de sabão e carrinhos. Embora os pais
não se preocupem com o brincar independente, estes afirmam que, quando Carol não encontra
uma peça do seu interesse, a criança costuma jogar brinquedos na parede e morder a palma da
mão. Os pais disseram que sabem que não podem reforçar, portanto, em geral, costumam
esperar a criança se acalmar para dar o brinquedo em seguida e, apenas algumas vezes, eles
procuram a peça e entregam para a criança quando esta ainda está jogando o brinquedo. No
geral, a mãe da criança a considera obediente e relata que Carol compreende diversos
comandos como realizar movimentos específicos, pegar itens conforme solicitado, desde que
sejam dadas instruções apenas sobre o objeto e que estes estejam visíveis.
Em situações nas quais o pai pede por exemplo algo embaixo da mesa ou atrás de algo, a criança
não identifica. O mesmo serve para selecionar itens a partir de outras características, como
“Pega pra mim o que nós usamos para comer”, “Pega a roupa de frio”. A professora também fez
um relato semelhante, visto que trabalhou com as crianças os diferentes tipos de comida. Nos
exercícios,a criança deveria selecionar apenas itens no qual ela comia ou bebia, mas Carol
pegava qualquer item.
No contexto escolar, a professora afirma que a criança consegue escrever o próprio nome,
desde que esta tenha um modelo, e copiar todas as outras letras de forma legível, mas em geral,
copia 3 letras e já empurra a mesa, pedindo seu dinossauro favorito. Quando a professora dita a
letra a ser escrita, Daniel consegue fazer, desde que sejam as letras do seu próprio nome. Daniel
reconhece números de 0 a 10, mas quando alguém lhe apresenta um conjunto de canetas e
solicita que ele separe 3, a criança não consegue contar e entregar a quantidade exata. A
professora realiza atividades envolvendo comparações, como “Maior, menor” e a criança
responde apenas com ajuda. Durante a aula, Daniel permanece em grupo, realiza atividades e
responde a algumas perguntas, desde que esta seja feita diretamente para ele. Em situações na
qual a AT se afasta, Daniel para de fazer a tarefa e imediatamente emite uma solicitação por
ajuda. Em casa, o pai costuma fazer a tarefa com a criança e o mesmo ocorre.
Daniel está na mesma turma desde o infantil II e tem diversos amigos. A criança nomeia todos e
adora brincar de beyblade com na hora do intervalo com os amigos. Nesse momento, a criança
consegue esperar a vez, compreender quando ganha e quando perde. Os problemas ocorrem
quando o sinal toca para voltar a sala, a criança costuma correr por todo o pátio antes de entrar.
Preocupada com a aprendizagem, a AT corre atrás da criança, a qual ri enquanto corre, até que
a AT consegue alcançá-la e ambas voltam à sala. Na interação com os colegas, Daniel consegue
fazer e responder a perguntas, desde que o assunto seja Beyblaid, quando os colegas perguntam
sobre outro tema, a criança apenas se afasta e se engaja em uma outra atividade.
Em casa, os pais também percebem essa resistência a outros assuntos e atividades. De acordo
com o pai, quando são apresentadas atividades, por exemplo, envolvendo pintura, montagem de
peças e brinquedos musicais, a criança grita que não quer. O pai retira para que a criança não se
desorganize, mas segue esperando uma ampliação nos itens de interesse. Outra demanda
apresentada pelo pai é que, em situações nas quais ele está conversando com amigos, a criança
o chama insistentemente até que ele a atende, em geral ele atende para prosseguir com o que
ele estava fazendo.
Segundo a mãe, quando ela deixa a criança sem atenção por 15 minutos, Daniel espalha todos os
brinquedos no chão e começa a jogá-los pela janela. Em geral, a mãe afirma que não pode fazer
aquilo e ajuda a criança a organizar. Em outras condições, a criança organiza os brinquedos em
gavetas, a partir das cores de cada um. Atualmente, a mãe gostaria que Daniel conseguisse
organizar os itens de acordo com cada tipo, colocando animais em uma gaveta, peças de montar
em outra, carros em outra e etc, mas Daniel ainda não consegue. Ademais, a criança consegue
pedir muitos itens, inclusive utilizando mais de três palavras: "Daniel quer suquinho de laranja”
“Daniel quer a mochila pra escola”. A criança consegue dizer não, mas dificilmente o faz sem
emitir disruptivos.
Quando a terapeuta chega para a sessão, Daniel logo começa a nomear tudo o que vai vendo
“Uma bola” “Um pandeiro” “A garrafa tia ana” “A escova Tia ana”. De acordo com a terapeuta, a
criança ainda não consegue dizer que algo é seu ou de outra pessoa, em geral nomeia apenas o
item e o dono. Na terapia, Daniel consegue responder a perguntas sobre cor e forma dos itens,
mas não consegue descrever a função destes. O mesmo ocorre para selecionar itens, a
terapeuta solicita que a criança pegue um item em meio a 10 estímulos e Daniel sempre acerta,
desde que a solicitação seja feita utilizando o nome, a cor ou a forma do item.
Os pais da criança esperam que ele consiga utilizar as habilidades aprendidas em contextos mais
funcionais, visto que em terapia a criança responde a muitas tentativas, mas em outros contextos
não ocorre o mesmo.
Programa de ensino; 7) Plano de Ensino; 8) Programa de ensino; 9) Plano de Ensino; 10) Plano de Ensino
1) Plano de Ensino; 2) Plano de ensino; 3) Programa de Ensino; 4) Plano de Ensino; 5) Programa de ensino; 6)
Gabarito
( ) Plano de Ensino ( ) Programa de Ensino
10) “Olhar quando chamado pelo próprio nome em, pelo menos, 80%
das oportunidades…”
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