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C

2020
ConectNeuropsico

Ronaldo Lima

[AVALIAÇÃO DE BARREIRAS 1 À 6]
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1Comportamento Negativo
crianças autistas ou com outros atrasos do desenvolvimento, os comportamentos negativos não diminuem e
podem tornar-se piores conforme a criança cresce. A causa desses comportamentos pode variar imensamente

Exemplo: choramingar, presença de birras, agressão.

Grande parte dos comportamentos negativos deve-se a forma pela qual tais comportamentos são
reforçados pelos adultos, mesmo que de forma acidental (e.g., atenção não intencional para
comportamentos negativos, promessa de entrega de itens tangíveis se o comportamento
inadequado cessar ou ainda remoção não intencional ou inevitável de demandas). Por exemplo,
uma criança quer um chocolate de uma loja, começa a choramingar e a jogar-se no chão para
consegui-lo.
Critérios de Pontuação
Utilize os critérios fornecidos no formulário Avaliação de Barreiras e as informações subsequentes
para determinar o grau de comportamento negativo apresentado pela criança.

Dê à criança pontuação 0 (sem problemas) se ela tipicamente não demonstrar problemas


comportamentais que impedem seu aprendizado ou que causam dificuldades para aqueles que
trabalham com ela.
Dê 1 ponto (problemas ocasionais) se ela apresentar alguns problemas comportamentais breves
(e.g., chorar ou choramingar) e voltar rapidamente ao seu estado normal, mesmo não
conseguindo o item desejado.
Dê 2 pontos à criança (problemas moderados)
se ela emitir uma variedade de comportamentos negativos leves (e.g., chorar, recusa verbal,
atirar-se ao chão). Alguns dos comportamentos podem ser mais persistentes e duradouros e
começarem a se tornar mais severos.
Dê à criança 3 pontos (problemas persistentes) se ela apresentar comportamento negativo mais sério e
frequênte (e.g., jogar-se no chão, atirar ou destruir coisas). Tais comportamentos podem ser de difícil manejo
por parte dos adultos e resultar no controle da criança sobre as atividades diárias.
Dê 4 pontos (problemas severos) se o comportamento negativo ocorrer diversas vezes durante o dia e
apresentar algum perigo para a criança ou para os outros (e.g., agressão, destruição de coisas,
comportamento auto agressivo).
2. Controle Instrucional fraco (criança esquiva ou foge das demandas solicitadas)

O controle instrucional ocorre basicamente quando um professor (pais, cuidadores ou o terapeuta ) pede à
criança que faça algo e ela atende ao pedido. Normalmente, qualquer professor e indivíduo que trabalha com
a criança precisa obter controle instrucional, especialmente sobre crianças mais difíceis. Algumas crianças
aprendem que a emissão de uma série de comportamentos inadequados produz o não cumprimento dos
pedidos.

Tais comportamentos variam muito e vão de comportamentos leves, como simplesmente olhar para o lado e
não responder, até comportamentos graves, agressivos ou auto lesivos.

a função desses comportamento é: escapar das atividades indesejadas, ou evitar atividades indesejadas
estão prestes a acontecer

Esse comportamentos podem ocorrer na forma de auto-agressão, comportamentos agressivos, ou qualquer


outro comportamento que a função seja não colaborar com demandas, Fuga ou Esquiva.

Esquiva e fuga de comportamentos indesejáveis são comuns em crianças de desenvolvimento


típico, mas podem tornar-se graves em crianças autistas ou com atrasos de desenvolvimento por
uma série de razões: habilidades de linguagem fracas, obsessões fortes para itens reforçadores
particulares, entre outros.
Critérios de Pontuação
Dê à criança 0 na Avaliação de Barreiras se ela normalmente cooperar com as instruções e exigências do
adulto.
Dê à criança 1 ponto se algumas exigências provocam comportamentos de desobediência leve, porém, ela
geralmente coopera com as instruções e se recupera rapidamente da situação, mesmo não obtendo o que
quer.
Dê à criança 2 pontos se ela apresentar desobediência algumas vezes por dia (presença de birras ou outros
comportamentos desafiadores), sendo normalmente difícil fazer com que ela cesse os inadequados se o
adulto não ceder.
Dê à criança 3 pontos se existir uma progressão rumo a problemas mais persistentes e severos de controle
instrucional, medidos pela frequência maior de desobediência, aumento do número de situações que
provocam desobediência e da gravidade do comportamento apresentado (para esquivar ou fugir das
demandas/instruções).
Dê à criança 4 pontos se a desobediência for um problema sério todos os dias e ela rapidamente apresentar
comportamentos severos e intensos, como agredir ou destruir coisas se a demanda não cessar. Se a
pontuação da criança na avaliação for 1, monitore o comportamento e lide com ele de acordo com cada
situação. Entretanto, se ela pontuar de 2 a 4, uma análise mais detalhada do comportamento é necessária.
3. Repertório de Mando ausente, fraco ou comprometido

- Um número substancial de crianças autistas ou com outros atrasos comportamentais tem


dificuldade em adquirir um repertório eficaz de mando.

- Algumas inclusive têm extensivas habilidades de tato ou de ouvinte, bem como, pontuação elevada em
outras áreas da Avaliação de Marcos do VB- MAPP.

- Um repertório de mando ausente, fraco ou comprometido é uma importante barreira porque saber emitir
mandos é útil para a criança de diversas formas: permite que ela informe ao adulto quais são os motivadores
que a afetam imediatamente (fome, sede, necessidade de contato físico).

- Por exemplo, quando a criança está com sede e quer água, a emissão do mando pode produzir o reforço
específico quando ele é muito almejado. Além disso, emitir mandos permite que a criança remova aquilo que
não deseja (e.g., medo, dor, calor, cansaço).

- Por exemplo, se a criança está com medo de um cachorro que se aproxima, e emite um mando por ajuda, o
adulto pode imediatamente remover o estímulo aversivo pegando a criança no colo.
Critérios de Pontuação

Há muitas razões possíveis do porquê uma criança não é capaz de adquirir mandos ou, aprendê-
los de forma deficitária (e.g., Drash & Tutor, 2004). Se a criança tem pontuação elevada na
Avaliação de Barreiras, o próximo passo é analisar seu repertório existente de mandos e as
potenciais barreiras que devem ser removidas.

Dê à criança 0 se ela apresentar repertório de mando apropriado e proporcional às outras


habilidades da Avaliação de Marcos (i.e., o repertório de mando está equilibrado com outras
habilidades).
Dê à criança 1 ponto se ela emitir mandos, mas apresentar uma pontuação para tato e responder
de ouvinte mais alta do que a de mando na Avaliação de Marcos. Essa é uma “bandeira
vermelha” que indica que os mandos da criança estão atrasados em relação às outras habilidades
linguísticas.
Dê à criança 2 pontos se os mandos forem poucos e limitados a um pequeno conjunto de
reforçadores tangíveis ou comestíveis, apesar da presença de habilidades consistentes de tato,
responder de ouvinte e ecóicas.

Dê à criança 3 pontos se os mandos dependerem da presença de dicas ecóicas, se forem decorados, se


ocorrerem por adivinhação, se as respostas não corresponderem às OMs, se comportamentos negativos
funcionarem como mandos, se eles forem excessivos ou inapropriados ou, se a criança raramente emitir
mandos espontaneamente.
Dê à criança 4 pontos se ela não emitir mandos funcionais ou se demonstrar os problemas listados no item 3
e, tampouco, apresentar outras habilidades verbais. É provável também que a criança apresente
comportamento negativo com função de mando, sendo nesse caso prioridade ensiná-la repertório de mando.
Se a pontuação na Avaliação de Barreiras for 1, o progresso da criança deve ser monitorado de perto e o foco
permanecer no treinamento de mando. Se a pontuação for de 2 a 4, uma análise mais profunda das barreiras
específicas que afetam o desenvolvimento de mando da criança é necessária.

4. Repertório de tato ausente, fraco ou comprometido

O repertório de tato é menos suscetível do que o de mando e o de intraverbal de tornar-se comprometido. Em


parte isso ocorre devido à natureza do controle de variáveis do tato.

Crianças com atraso de linguagem têm dificuldade com tatos mais complexos como aqueles que envolvem
adjetivos, preposições, advérbios, pronomes.

Mesmos ensinando os TATOS “encima” “embaixo” e agora usa um objeto encima ou embaixo da mesa, ao
mostramos apenas um carro à criança e perguntar “o que é isso”, e acriança responde “encima da mesa”.
Erro no roteiro do TATO São “tatos decorados” e se esse tipo de TATO

Permanecerem, futuramente poderá ser difícil modificá-los e eles podem tornar-se a fonte de outros
problemas verbais posteriores, como resposta intraverbal decorada.

maneiras pelas quais o tato pode se tornar comprometido e uma análise individual é necessária para
determinar o problema exato de cada criança.

Critérios de Pontuação

Dê à criança pontuação 0 na Avaliação de Barreiras se ela tiver um repertório de tato apropriado e que seja
proporcional às outras habilidades da Avaliação de Marcos (i.e., o tato está se desenvolvendo de forma
equilibrada com outras habilidades).
Dê à criança 1 ponto se ela conseguir emitir tatos para alguns itens e mostrar boas habilidades ecóicas
(indicando que ela apresenta a habilidade pré-requisito mais importante para o treino de tato), mas seu
vocabulário de ouvinte for maior que o de tato. Esse é um problema comum para muitas das crianças com
atrasos de linguagem, contudo, quando a criança apresenta repertório ecóico consistente, isso pode ser
amenizado com o treinamento de tato durante o programa de intervenção.

Dê à criança 2 pontos se erros de tato ocorrerem freqüentemente, se a criança tentar adivinhar a resposta
correta, ou se a ocorrência dos tatos é, de algum modo, dependente de dicas (e.g., dicas labiais).
Além disso, exercícios de manutenção freqüentes são necessários para a manutenção do repertório.

Dê à criança 3 pontos se o repertório de tato está desequilibrado em relação as suas outras


habilidades.

Dê também 3 pontos se os tatos estiverem claramente comprometidos pois a criança fracassa em generalizá-
los, há falta de espontaneidade, uso funcional limitado da habilidade, presença de tatos decorados, presença
de comportamentos de esquiva durante o treinamento ou, falha em aprender tatos com mais de uma palavra.

Dê à criança 4 pontos se o repertório de tato é inexistente ou limitado a alguns poucos tatos, mesmo que ela
tenha um repertório consistente de responder de ouvinte e ecóico. A criança também pode apresentar muitos
dos problemas listados na pontuação 3 e ter uma longa história de incapacidade de adquirir repertório de
tato.
Se a pontuação da criança na Avaliação de Barreiras for 1, seu progresso deve ser monitorado e o foco deve
ser colocado no treinamento de tatos. Se a pontuação for de 2 a 4, uma análise mais detalhada das barreiras
especificas que afetam o repertório de tato da criança é necessária.

5. Imitação Motora ausente, fraca ou comprometida

Imitar o comportamento motor de outros desempenha um papel importante em muitos aspectos do


desenvolvimento humano, especialmente, no desenvolvimento do brincar, das habilidades sociais e da vida
diária.

Algumas crianças autistas ou com atrasos do desenvolvimento adquirem facilmente esse repertório com
treinamento formal, outras, porém podem mostrar dificuldade em estabelecê-lo.

Porém a imitação da criança se torne comprometida por várias razões.


Criança com dependência de dica no ensino de habilidades não funcionais. Aprender a imitar também pode
tornar-se um problema quando a criança fica dependente de dicas imitativas sutis, e é comum que os adultos
não percebam a presença dessas dicas.

Outro problema envolve a imitação de comportamento negativo ou inapropriado de outras crianças.

Critérios de Pontuação
Dê à criança pontuação 0 se sua habilidade de imitação motora desenvolver-se constantemente, é apropriada
à idade e proporcional às outras habilidades testadas na Avaliação de Marcos.

Dê à criança 1 ponto se ela imitar, mas a sua pontuação nesse quesito for inferior aos outros marcos testados.
Algumas crianças são capazes de adquirir facilmente algumas respostas motoras imitativas grosseiras ou
imitações com objetos, mas têm dificuldade em progredir (e.g., imitação motora fina, imitação de dois
passos ou funcional). Uma possibilidade consiste no fato de que a imitação exige controle muscular e
coordenação e algumas crianças possuem fraco controle muscular, tornando a imitação motora mais difícil
(especialmente imitação motora fina).

Dê à criança 2 pontos se ela demonstrar dificuldade em generalizar habilidades de imitação em


diferentes situações, se ela for dependente de dicas imitativas ou se ela copiar comportamentos
inapropriados de outros (e.g., cutucar o nariz ou jogar coisas).
Dê à criança 3 pontos se sua imitação for dependente de dicas físicas ou verbais e sem elas o comportamento
imitativo não ocorrer. Isto é, se apesar de ter habilidades em outras áreas, a criança precisar de uma dica
física que a ajude a executar o movimento solicitado ou, verbalmente precisar da dica “faça isso”. Além
disso, ela pode demonstrar uma OM fraca para imitação. Se a criança aparenta ter pouco interesse no
comportamento dos outros, terá menos vontade ainda de imitá-lo.

Dê à criança 4 pontos se ela não possuir qualquer habilidade imitativa e se as tentativas anteriores de ensiná-
la fracassaram repetidamente. De ainda 4 pontos se ela for capaz de imitar, mas nunca o fizer espontânea-
mente ou de modo funcional, se ela raramente imitar outras crianças e se demonstrar alguns dos problemas
elencados nos itens anteriores (e.g., dependência de dica). Se a pontuação da criança for 1, seu progresso
deve ser monitorado e a imitação encorajada. Se a pontuação da criança for de 2 a 4, deve ser feita uma
análise mais detalhada das barreiras que afetam o comportamento de imitação motora.

6. Repertório ecóico ausente, fraco ou comprometido

Em alguns casos, o comportamento ecóico pode tornar-se intenso demais (ecolalia) e também transformar-se
em uma barreira ao desenvolvimento da linguagem.

Ou mesmo “palilalia” (i.e., repetição excessiva de palavras fora de contexto ouvidas anteriormente) são
outros problemas comuns relacionados ao comportamento ecóico.

Tais comportamentos podem, na verdade, ser uma forma de auto-estimulação (automaticamente reforçadora)
que envolve comportamento verbal. Há uma série de causas potenciais para esses problemas, como
habilidades intraverbais comprometidas.
Critério de Pontuação

Dê à criança pontuação 0 se suas habilidades ecóicas estiverem aumentando consistentemente, se forem


apropriadas à idade e se estiverem em proporção com outras habilidades da Avaliação de Marcos.

Dê à criança 1 ponto se ela repetir palavras, mas sua pontuação no nível ecóico encontrar-se abaixo das
outras habilidades.

Dê à criança 2 pontos se ela for dependente das dicas ecóicas e se a transferência de controle para outros
operantes verbais for difícil devido a dependência das dicas ecóicas.

Dê ainda 2 pontos se a aquisição ecóica estiver atrás das habilidades de imitação, responder de
ouvinte, MTS, ou se há indicadores que apontam a dificuldade de aquisição de um repertório
ecóico generalizado.

Dê à criança 3 pontos se o repertório ecóico tornar-se muito intenso com o aparecimento de


ecolalia ou ecolalia tardia. Dê ainda 3 pontos se o repertório for relativamente fraco e a aquisição
de novas habilidades ecóicas for lenta, exigir treinamento e manutenção extensivos e não ocorrer
comportamento ecóico espontâneo.

Dê à criança 4 pontos se ela for incapaz de adquirir qualquer comportamento ecóico apesar de
ter aprendido habilidades imitativas, de MTS e de ouvinte, e as tentativas de ensinar
comportamento ecóico provocam comportamento negativo (i.e., comportamentos de fuga e
esquiva).
Uma criança com esse perfil pode utilizar linguagem de sinais, PECS ou algum outro tipo de
comunicação alternativa. Se a pontuação da criança for 1, seu progresso deve ser monitorado e o
comportamento ecóico encorajado. Se a pontuação for de 2 a 4, deve ser feita uma análise mais
detalhada das barreiras que afetam o desenvolvimento ecóico da criança.

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