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Formação de Professores de Apoio à Inclusão

FLEXIBILIZAÇÃO / ADAPTAÇÃO CURRICULAR


Pauta e combinados...

 Equidade
 Aspectos legais da Inclusão;
 Diretrizes operacionais – Profissional de Apoio à Inclusão;
 Aprendizagem: Zona de desenvolvimento proximal;
 Adaptação / Flexibilização Curricular
 PDI – Plano de desenvolvimento Individual e
 Plano Pedagógico Especializado
 Planejamento Quinzenal
 Orientações para avaliação interna/e ou externa junto aos
estudantes com Necessidades Educacionais Especiais.
 Perfil do Professor de Apoio e Orientações
Equidade
RESOLUÇÃO CEE N. 07 , DE 15 DE
DEZEMBRO DE 2006.
Art. 4o
São considerados alunos com necessidades educacionais especiais,
decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter temporário
ou permanente, aqueles que apresentarem:

I – limitações no processo de desenvolvimento e/ou dificuldades


acentuadas de aprendizagem nas atividades curriculares,
compreendidas como:
a) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou
deficiências;
b) aquelas decorrentes de síndromes neurológicas, psiquiátricas e
de quadros psicológicos graves;
Resolução CNE/CEB 2/2001

§ 1º São considerados professores capacitados


para atuar em classes comuns com alunos que
apresentam necessidades educacionais
especiais aqueles que comprovem que, em sua
formação, de nível médio ou superior, foram
incluídos conteúdos sobre educação especial
adequados ao desenvolvimento de
competências e valores para:
I – perceber as necessidades educacionais
especiais dos alunos e valorizar a educação
inclusiva;
II - flexibilizar a ação pedagógica nas
diferentes áreas de conhecimento de
modo adequado às necessidades
especiais de aprendizagem;
III - avaliar continuamente a eficácia do
processo educativo para o atendimento
de necessidades educacionais especiais;
IV - atuar em equipe, inclusive com
professores especializados em educação
especial.
Profissional de Apoio a Inclusão
Diretrizes Operacionais – 2016-2017
– Do Perfil:
 Ter habilitação em Pedagogia ou Licenciatura em
áreas não críticas.
Ser servidor efetivo da Secretaria Municipal de
Educação.
Ser especialista na área da Educação Especial e
possuir certificados de cursos de aperfeiçoamento
com carga horária mínima de 120 horas na área da
Educação Especial.
Da modulação:
O profissional de Apoio à Inclusão será
modulado mediante a existência de até
06 estudantes com deficiência ou
transtorno global do desenvolvimento
numa mesma sala de aula ou em salas
distintas, na mesma unidade escolar e
mesmo turno, de forma itinerante,
contribuindo assim para a construção da
autonomia do público da educação
especial.
Das Atribuições:

 Atuar de forma integrada com o Professor Regente, Professor de


AEE e Coordenador Pedagógico inteirando-se do planejamento,
subsidiando o Professor Regente nas adequações necessárias e
específicas de cada estudante, devendo participar ativamente de
todas as atividades desenvolvidas na sala de aula em que atua.
 Atuar em sala de aula, atendendo os estudantes que possuem
déficit intelectual associado ou não a outro tipo de deficiência ou
transtorno global do desenvolvimento. Além disso, auxiliar
pedagogicamente o Professor Regente junto aos estudantes com
limitações motoras, paralisia cerebral, deficiência visual,
deficiência auditiva, TDAH, bem como, dificuldades de
aprendizagem que porventura estejam matriculados na sala de
aula.
Das Atribuições:
 Organizar em conjunto com o Professor Regente,
Coordenador Pedagógico e o Professor de AEE as
atividades de sala de aula de modo que o currículo
seja acessível a todos os estudantes, inclusive aqueles
com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, bem
como, os demais estudantes com necessidades
educacionais especiais. A ação pedagógica na
perspectiva da educação inclusiva deve levar em
conta, acima de tudo, as habilidades e as
potencialidades do público da educação especial.
Das Atribuições:

 Estabelecer junto ao Professor Regente,


Coordenador Pedagógico e Professor de AEE a
avaliação para os estudantes com necessidades
educacionais especiais, tendo como referência a
resolução do CEE nº 194/2005, Resolução do CEE nº
005/2011 e o instrumento de avaliação para a
diversidade numa perspectiva inclusiva elaborado
pela Gerência de Ensino Especial.
APRENDIZAGEM
Para Vygotsky não é preciso esperar
determinadas estruturas mentais se
formarem para que a aprendizagem de um
conceito seja possível.
É o ensino que desencadeia a formação de
estruturas mentais necessárias à
aprendizagem.
É preciso, no entanto, não ultrapassar a
capacidade cognitiva do aprendiz quando se
busca criar novas estruturas mentais. Ou
seja, respeitar a ZDP.
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL (ZDP)
A ZDP reflete o caráter bidirecional das relações entre
desenvolvimento e aprendizagem.
Pode ser definida como a diferença entre o nível do que a
pessoa é capaz de fazer com a ajuda de outros (parceiro
mais capaz, pai, mãe, professor, etc) e o nível das tarefas que
pode fazer por si só.
- nível de desenvolvimento real
- nível de desenvolvimento potencial
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
Zona de desenvolvimento proximal (ZDP)
A ZDP tem um caráter dinâmico e complexo. Seus
limites variam de indivíduo para indivíduo em
relação a diferentes âmbitos de desenvolvimento,
tarefas e conteúdos.
IMPLICAÇÕES PARA O
ENSINO
Vygotsky caracteriza a aprendizagem
como um processo que lida com dois
tipos de conceitos:
- conceitos espontâneos adquiridos no
contexto cotidiano a partir de
referentes concretos.
- conceitos científicos adquiridos, por
meio do ensino, pela atribuição de
significados em uma estrutura
conceitual.
IMPLICAÇÕES PARA
O ENSINO
O professor reage às
tentativas do aprendiz,
incentivando, corrigindo,
fazendo novas perguntas e
exigências, em função de sua
percepção do que ele pode ou
não fazer.
O aluno evolui porque
sempre está recebendo novas
informações e desafios, que
exigem que ela vá um pouco
além do que já sabe.
A ZDP deve ser respeitada.
Desenvolvimento da estratégia
Adaptação Curricular

Existem cinco perguntas chaves que a equipe pedagógica e professores


devem fazer na hora de realizar uma adaptação curricular:
FLEXIBILIZAÇÃO
/ADAPTAÇÃO CURRICULAR
Flexibilidade curricular, “que surge como
nova proposta ao longo dos anos 1990,
passa a ser relacionada ao significado
prático e instrumental dos conteúdos
básicos, favorecendo uma interpretação
de hierarquização do acesso aos
conhecimentos a partir das diferenças
individuais”
Flexibilização Curricular

 Não se trata de outro Currículo e sim de ajustes necessários nos objetivos,


conteúdos, ,metodologia de ensino temporalidade nas práticas de
avaliação oferecendo a todos verdadeira igualdade e oportunidades.
 A flexibilização deve ser feita pelo professor regente que tem o domínio do
conteúdo
 O professor de Apoio deve subsidiar o professor regente nas flexibilizações
especificas de cada estudantes.
 Não retirar o aluno da sala a não ser momentos que seu aluno esteja
atrapalhando a concentração dos alunos. Autista, TGD,SD.Lugar do aluno
é na Sala de Aula.
Orientações
 Não chegar atrasado em sala
 Respeitar o horário de intervalo 15 minutos ( Não esqueça que seu aluno
está sozinho em sala)
 Não assumir sala de aula ou fazer serviços não perminentes a as suas
atribuições.
 Os alunos do Ensino Especial não devem serem liberados mais cedo.
 Quando seu aluno faltar , permaneça na sala de aula, você terá que
explicar e repassar as atividades ao mesmo.
 O aluno de NE não é um aluno de só deve receber 6,0 ou 10,
 Ser Impessoal deve manter ética imparcial . O aluno o aluno NE pertence
a Unidade Escolar e você não deve comentar sobre assuntos ou falar dos
professores ou ambiente escolar.
 Não tomar partido e nem ou intervir na aula do professor regente.
 Cuidado com Vocabulário com alunos
 Tire suas duvidas com Professor Regente.
 Cuidado com uso do celular.
 Procure Incluir seu aluno em todas atividades da sala de aula. Se ele
conseguir falar uma frases , já ouve inclusão.
 Aceite Críticas Construtivas.
 Cumprir com os prazos estabelecidos por seus Superiores e Unidades
Escolares na Entrega de Planos e avaliação.
 Apresentar o Relatório de acompanhamento Pedagógico ou Registro
Quinzenal das situações observadas. Avanços e dificuldades
apresentadas pelo aluno(Mantenha um registro de suas atividades)
FLEXIBILIZAÇÃO / ADAPTAÇÃO
CURRICULAR
LEI Nº 9394/96 - LDBEN

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos


educandos com necessidades especiais:

I – Currículos, métodos, técnicas, recursos


educativos e organização específicos, para atender às
suas necessidades.
Resolução CNE/CEB 2/2001

Art. 8º. As escolas da rede regular de ensino devem


prever e prover na organização de suas classes
comuns:
III – flexibilizações e adaptações curriculares, que
considerem o significado prático e instrumental dos
conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos
didáticos diferenciados e processos de avaliação
adequados ao desenvolvimento dos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em
consonância com o projeto pedagógico da escola,
respeitada a frequência obrigatória.
Flexibilização / Adaptação Curricular

O termo “adaptações curriculares”, modificações


que são necessárias realizar em diversos elementos
do currículo básico para adequar as diferentes
situações, grupos e pessoas para as quais se aplica.
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, há uma
clara orientação político-pedagógica para a
implementação de adaptações curriculares de
grande porte e de pequeno porte como respostas
educativas do sistema que favoreceriam a inclusão
todos os alunos e, entre eles, os que apresentam
necessidades educacionais especiais.
Conceito:
• São respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema
educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre eles,
os que apresentam necessidades educacionais especiais.

• Tipos:
• De grande porte (significativas): ações que são da competência e
atribuição das instâncias político-administrativas superiores
(adequação do espaço físico).

• De pequeno porte (não-significativas): são aquelas realizadas pelo


professor na prática pedagógica (organização do espaço da sala,
flexibilização do tempo para as atividades, uso de materiais
diversificados).
Flexibilização curricular, “que surge como nova
proposta ao longo dos anos 1990, passa a ser
relacionada ao significado prático e
instrumental dos conteúdos básicos,
favorecendo uma interpretação de
hierarquização do acesso aos conhecimentos a
partir das diferenças individuais”
Flexibilizar...
• Adequar os objetivos, conteúdos e critérios de
avaliação, o que implica modificar os objetivos,
considerando as condições do aluno em relação
aos colegas da turma;
• Mudar a temporalidade dos objetivos, conteúdos e
critérios de avaliação;
• Mudar a temporalidade das disciplinas do curso,
série ou ciclo ou seja, cursar menos disciplina no
ano letivo estendendo o período de duração do
curso, série ou ciclo que frequenta;
• A supressão dos conteúdos e objetivos da
programação não devem causar prejuízos para a
escolarização e promoção acadêmica.
• À alteração nos métodos definidos para o ensino
dos conteúdos curriculares;
• À seleção de um método mais acessível para o
aluno;
• À introdução de atividades complementares que
requeiram habilidades diferentes ou a fixação e
consolidação de conhecimentos já ministrados;
• À introdução de atividades prévias que
preparam o aluno para novas aprendizagens;
• À introdução de atividades alternativas;
• À alternação do nível de abstração, oferecendo
recursos de apoio;
• À alternação do nível de complexidade –
simplificação da atividade.
• Utilizar recursos diversificados:
https://www.youtube.com/watch?v=iQtC3xQGzXc
Sugestão de medidas de intervenção para o
trabalho pedagógico com o aluno com NEE
Dicas para trabalhar em sala de aula:
• Evitar comparações com os demais alunos;
• Cobrar do aluno a execução das tarefas que lhe
forem atribuídas;
• Evitar a repetição constante de produções
errôneas ou incompletas e sim dar-lhe
condições para a autocorreção;
• Encorajá-lo a aprender de forma independente;
Sugestão de medidas de intervenção para o trabalho
pedagógico com o aluno com NEE

• Oferecer atenção individualizada ao aluno;


• Dar ao aluno, ordens claras e sequenciais, com
explicações objetivas e linguagem de fácil entendimento;
• Propor tarefas breves e de curta duração;
• Adotar uma sequência gradativa dos conteúdos;
• Introduzir atividades alternativas às previstas, bem como
outras complementares ao planejamento inicial;
Sugestão de medidas de intervenção para o trabalho
pedagógico com o aluno com NEE

• Retomar os conteúdos trabalhados anteriormente, através


de atividades complementares ou revisão dos conteúdos
ministrados;
• Propor nas atividades pedagógicas pistas visuais,
vivências e recursos de memória que oportunizem a
realização da tarefa e a fixação da aprendizagem;
• Adotar a metodologia de ajuda entre colegas (escolher um
ou mais colega para ajudar o aluno com dificuldade);
• Incentivar o trabalho de colaboração de alunos, isto é,
atividades que envolvam toda a turma, como trabalhos em
grupos, que possibilite a ajuda mútua entre os colegas;
Sugestão de medidas de intervenção para o trabalho
pedagógico do aluno com NEE

• Flexibilizar o tempo de realização das tarefas;


• Trabalhar em sala de aula com
materiais diversificados;
• Reorganizar o espaço físico, alterando posição das
carteiras para facilitar a interação de todos os alunos
entre si;
• Estar em contato com o professor da sala de recursos
multifuncional, com vistas a elaboração de um plano de
intervenção voltado ao atendimento das necessidades do
aluno.
PDI – Plano de Desenvolvimento
Individual
Avaliação de alunos com NEE
BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de, et al. Ciencias no


ensino fundamental: o conhecimento físico. São Paulo:
Scipione, 1998. Introdução Exemplar na consulta.
GASPAR, Alberto. Experiências de ciências: para o
ensino fundamental. São Paulo: Atica, 2003. Introdução
Exemplar na consulta.
MOREIRA, Marco Antônio. Teorias de aprendizagem
São Paulo: EPU, 1999. capítulo 7.
SALVADOR, César Coll et all. Psicologia do ensino.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2000, capítulo 14.

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