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Ficha Técnica

Prefeito de Fortaleza
José Sarto Nogueira Moreira

Secretária Municipal da Educação


Antonia Dalila Saldanha de Freitas

Secretário Adjunto
Jefferson Queiroz Maia

Secretária Executiva
Fernanda Gabriela Castelar Pinheiro Maia

Coordenadora da Assessoria Executiva Especial


Terezinha Holanda Costa de Freitas

Coordenadora Executiva da Assessoria de Governança


Marisa Botão de Aquino

Coordenador do Ensino Fundamental


Osvaldo Melo Negreiros Filho

Coordenadora da Educação Infantil


Simone Domingos Calandrine

Coordenador da Coordenadoria de Articulação da


Comunidade e Gestão Escolar
Joelson de Souza Moura

Projeto Gráfico, Diagramação e Capa


Gerson Porto

Revisão
Katiúscia Moreira de Oliveira

Comissão Organizadora
Ana Carine dos Santos de Sousa Paiva
Andreia Nunes Cavalcanti
Francisca Mônica Silva da Costa
Lidiana Gomes de Oliveira
Marisa Muxió dos Santos
Renata Carneiro Ramos
Sumário

Apresentação • 04

1. Um olhar para todos • 05

2. Como tem sido a caminhada da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza na educação


inclusiva? • 06

3. Quais são os principais conceitos relacionados à educação inclusiva? • 08

4. Como acontece a inclusão escolar na Rede Municipal de Ensino? • 10

4.1. Na sala de aula comum • 10

4.2 Nas Salas de Recursos Multifuncionais • 10

4.2.1 Como é a organização do Atendimento Educacional Especializado- AEE? • 10

4.2.2 Na educação infantil, como acontece o Atendimento Educacional


Especializado? • 11

4.2.3 No ensino fundamental, como acontece o Atendimento Educacional


Especializado? • 11

4.2.4 Na Educação de Jovens e Adultos, como acontece o Atendimento Educacional


Especializado? • 11

4.2.5 Qual o fluxo de atendimento aos estudantes com deficiência? • 12

4.2.6 Quem é o público do Atendimento Educacional Especializado (AEE)? • 14

5. Quais as atribuições dos profissionais da rede municipal no processo de inclusão


escolar? • 16

6. Qual a importância da parceria entre família e escola no processo de inclusão escolar? • 24

7. O que são práticas pedagógicas inclusivas? • 25

8. Como o trabalho colaborativo favorece a inclusão escolar? • 26

Contatos das Instituições especializadas • 27

Referências Bibliográficas • 28
Apresentação
Nos últimos anos, a Secretaria Municipal da Educação - SME se destaca
pelos avanços relacionados à efetivação do direito de todos à educação, a qual se
fundamenta no paradigma da inclusão, conforme estabelecido nos atuais marcos
normativos e legais que orientam a criação de políticas públicas e práticas
pedagógicas voltadas à inclusão escolar.
Para assegurar o desenvolvimento de práticas educacionais que garantam a
igualdade de acesso, a permanência na escola e a aprendizagem dos estudantes
com deficiência, com transtorno do espectro autista (TEA) e com altas habilidades/
superdotação, a SME estabelece orientações para a organização do trabalho
pedagógico desenvolvido pelas unidades escolares da rede municipal de ensino
de Fortaleza, conforme determina a Constituição da República Federativa do
Brasil (BRASIL, 1988), as diretrizes da Política Nacional de Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) e a Lei Nº 13.146/2015 -
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência (Estatuto da Pessoa com
deficiência). Assim sendo, além da garantia da matrícula nas salas comuns do
ensino regular desses estudantes, asseguramos o Atendimento Educacional
Especializado - AEE, visando oferecer respostas às necessidades educacionais
específicas desses estudantes.
Neste documento serão apresentadas as diversas ações que têm sido
desenvolvidas por esta Secretaria, em parceria com os Distritos de Educação
e as unidades escolares, objetivando garantir que o direito de participação e
aprendizagem de todos se torne uma realidade no cotidiano das instituições
escolares da nossa rede de ensino.

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4 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos
1. Um olhar para todos
O texto poético EDUCAR O OLHAR, do educador Rubem Alves, nos convida a pensar em
como temos olhado para o outro, para nós e para o mundo:

O educador diz: “Veja!” - e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que
nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente e, ficando mais rico
interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria – que é a razão pela qual
vivemos.”
Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da
educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência
à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.
A primeira tarefa da educação é ensinar a ver... É através dos olhos que as crianças tomam
contato com a beleza e o fascínio do mundo. Os olhos têm de ser educados para que nossa
alegria aumente.
A educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das
sensibilidades...

Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido. Os
conhecimentos nos dão meios para viver. Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos
encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do
pensamento...a capacidade de se assombrar diante do banal.
Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo
dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os
eruditos não vêem.

Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos –


mas esqueci. Mas nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma
árvore... ou para o curioso das simetrias das folhas.

Parece que, naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os
alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam. As palavras só
têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os
olhos. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...

O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Quando a gente abre os olhos,
abrem-se as janelas do corpo, e o mundo aparece refletido dentro da gente. São as crianças
que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No
entanto, elas sabem o essencial da vida. Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir
e não se torna como criança jamais será sábio.

Rubem Alves, Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia, psicanalista

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O texto de Rubem Alves suscita a mudança Simplificando, a inclusão começa com
de olhar para si e para o outro, nos ajudando a a nossa atitude, com aquilo que decidimos
despertar a sensibilidade, a conceber atitudes escolher como foco dos nossos pensamentos
necessárias para a construção de uma escola e ações: a deficiência de uma criança ou a
inclusiva e a compreender a educação como globalidade, integralidade e complexidade que
um direito de todos. traz cada sujeito (RIX, 2010). 

2. Como tem sido a caminhada


PARA REFLETIR
da Rede Municipal de Ensino
• Como você se vê: diferente, igual, com
limitações, com potencialidades?
de Fortaleza na educação
• Como você vê o outro? (colegas de inclusiva?
trabalho, estudantes e família)
• Para você, o que é ser diferente? A Política da Educação Inclusiva no
• Você procura o que falta no outro ou se Município de Fortaleza vem avançando
posiciona partindo do princípio de que significativamente. No ano de 2021, a Rede
todos têm potencialidades? Municipal de Ensino ocupou o 3º lugar entre
as capitais brasileiras no tocante à matrícula da
educação inclusiva. Atualmente, temos 10.187
A reflexão acerca das diferenças constitui- estudantes com deficiência matriculados,
se como aspecto basilar para a construção da e esse crescente número evidencia o
escola inclusiva. Nesse sentido, Jonathan Rix investimento que a SME, em parceria com as
(2010, p. 105) destaca que nós, professores e unidades escolares, vem desenvolvendo para
gestores, que trabalhamos em uma perspectiva fortalecer práticas inclusivas que consideram
inclusiva, não precisamos entender tudo sobre as especificidades de todos os estudantes.
essa ou aquela deficiência/transtorno, mas Conforme pode ser observado na linha
podemos “identificar os caminhos possíveis do tempo, nos últimos anos houve uma
para uma melhor prática, as possíveis barreiras expansão significativa no número de Salas de
à participação e os meios possíveis para superá- Recursos Multifuncionais (SRM) e na seleção e
las [...]”.  contratação de profissionais para atuarem no
Assim, um bom ponto de partida para que apoio à inclusão de estudantes público-alvo da
nós professores pensemos sobre a inclusão educação especial.
de estudantes com deficiências é considerar
nossa visão, opinião e ideias sobre deficiência,
assim como escutar e problematizar a visão das
famílias, que muitas vezes, por desconhecimento,
desconsideram a potencialidade dos filhos.
Para além do que está em vigor na legislação
e do que trazem os artigos e pesquisas sobre
inclusão de pessoas com deficiência, quais são
as nossas crenças sobre esse tema, sobre esse
princípio e direito? 
Nossos valores e atitudes impactarão
diretamente como vemos e acolhemos
essas crianças, partindo de sua deficiência
ou confiando em suas possibilidades de
aprender, viver e conviver?

6 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos


PERCURSOS E EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
NA REDE MUNICIPAL

NÚMERO DE SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS (SRM)

NÚMERO DE PROFISSIONAIS DE APOIO (PAE)

ASSISTENTE DE INCLUSÃO ESCOLAR

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3. Quais são os principais Salas de Recursos Multifuncionais
(SRM) são espaços físicos localizados nas
conceitos relacionados à
escolas da Rede Pública Municipal de Ensino
educação inclusiva? destinados ao Atendimento Educacional
Especializado - AEE. São ambientes
Os conceitos foram fundamentados no dotados de mobiliário, materiais didáticos
que descreve a Política Nacional de Educação e pedagógicos, recursos de acessibilidade e
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva equipamentos específicos. As salas devem
(MEC/SECADI). ser organizadas segundo as especificações
“Considera-se pessoa com deficiência estabelecidas pelo Ministério da Educação.
aquela que tem impedimento de longo prazo de Os equipamentos, materiais didáticos e
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, pedagógicos pertencentes às SRMs também
o qual, em interação com uma ou mais barreiras, podem ser utilizados pelos estudantes,
pode obstruir sua participação plena e efetiva público da Educação Especial, nas salas
na sociedade em igualdade de condições com de aula comuns, nos demais ambientes
as demais pessoas.” (BRASIL, 2015). escolares ou em domicílio, sendo vedado o
desvio para outros propósitos.

A educação inclusiva constitui um


paradigma educacional fundamentado
O Atendimento Educacional
na concepção de direitos humanos, que
Especializado (AEE) tem como
conjuga igualdade e diferença como valores
função identificar, elaborar e organizar
indissociáveis e que avança em relação à
recursos pedagógicos e de acessibilidade
ideia de equidade formal ao contextualizar
que eliminem as barreiras para a plena
as circunstâncias históricas da produção da
participação dos estudantes, considerando
exclusão dentro e fora da escola.
suas necessidades específicas. As
atividades desenvolvidas no atendimento
A educação especial, na perspectiva educacional especializado diferenciam-se
da educação inclusiva, é uma daquelas realizadas na sala de aula comum,
modalidade de ensino que perpassa todos não sendo substitutivas à escolarização.
os níveis, etapas e modalidades, realiza o Esse atendimento complementa e/ou
atendimento educacional especializado, suplementa a formação dos estudantes,
disponibiliza os recursos e serviços e com vistas à autonomia e independência
orienta quanto a sua utilização no processo na escola e fora dela.
de ensino e aprendizagem nas turmas do
ensino regular.

Tecnologia Assistiva é o termo usado


para identificar todo o conjunto de recursos
e serviços que contribuem para proporcionar
ou ampliar habilidades funcionais de pessoas
com deficiência e, consequentemente,
promover vida independente e inclusão.
Podem variar de uma simples adaptação
de um lápis a um complexo sistema
computadorizado.

8 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos


Cartilha para profissionais da educação 9
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É oportuno destacar que a prática inclusiva
4. Como acontece a inclusão
na sala comum tem no planejamento um valioso
escolar na Rede Municipal de
trunfo entre as estratégias que favorecem
Ensino? o desenvolvimento dessa prática. As ações
docentes objetivam atender a diversidade das
4.1 Na sala de aula comum especificidades de todos os estudantes a partir
Os professores ocupam uma posição do planejamento das atividades, que deve ser
fundamental em relação às práticas elaborado considerando diversas formas de
pedagógicas inclusivas na sala de aula comum, apresentar os conteúdos expressos no currículo.
pois são eles os sujeitos sociais que exercem É fundamental compreender que, no
a função de mediação entre os conhecimentos desenvolvimento das práticas inclusivas em
e todos os estudantes matriculados em suas sala de aula comum, os objetivos a serem
turmas. Assim sendo, são esses profissionais, alcançados por cada estudante podem até ser
em parceria com os demais profissionais diferentes, considerando os diferentes níveis
da educação da instituição, que direcionam de aprendizagem de uma turma. Entretanto,
o processo pedagógico e criam condições os conteúdos devem ser os mesmos, e deve-se
necessárias à apropriação do conhecimento e priorizar as necessidades e as características
efetiva inclusão escolar. dos estudantes, para que eles possam, juntos,
Os estudantes devem encontrar na sala se beneficiar de um mesmo ambiente de ensino
de aula um espaço de valorização e respeito e de aprendizagem.
às diferenças e às inteligências múltiplas. Para
isso, o planejamento das aulas deverá ter como 4.2 Nas Salas de Recursos
característica a diversificação de recursos Multifuncionais
e estratégias metodológicas adequadas às
necessidades de aprendizagem de todos 4.2.1 Como é a organização do Atendimento
os estudantes, indistintamente. Contudo, Educacional Especializado - AEE?
destacamos que as práticas para atender às O professor do AEE organizará as ações
especificidades dos estudantes com deficiência pedagógicas junto aos estudantes, de forma
devem considerar, quando necessário, o uso de individual e/ou em pequenos grupos, no
recursos pedagógicos, materiais e/ou apoio contraturno, de segunda a quinta-feira. O
especializado para atender às demandas Trabalho desenvolvido levará em consideração
desses sujeitos. Nesses casos, a articulação as especificidades de cada estudante com
com o profissional do AEE é essencial, pois este deficiência, transtorno do espectro autista e
deverá orientar sobre a utilização dos recursos altas habilidades/superdotação, tendo como
pedagógicos e de acessibilidade. finalidade a superação das barreiras linguísticas,
Nesse sentido, esclarecemos que o cognitivas, conceituais, físicas, visuais, dentre
processo de ensino para um estudante com outras, observando quais recursos, linguagens
deficiência em nossas unidades escolares deve e atividades serão mais adequadas para cada
atender às suas necessidades específicas, sem especificidade.
se desviar dos princípios básicos da educação Os estudantes com transtorno do espectro
proposta para os demais alunos. Mesmo que autista poderão ser atendidos nos diferentes
tenha especificidades relevantes em seu espaços escolares, inclusive na sala de aula
desenvolvimento, cada estudante é único e do ensino comum, de modo a contribuir para
demanda do professor um olhar atento para sua inclusão. Nesse sentido, o atendimento
as suas potencialidades e necessidades e uma deverá auxiliar no desenvolvimento efetivo de
atuação mais próxima e frequente em relação a suas habilidades, visando sua participação nas
cada objetivo escolar. atividades e na rotina diária.

10 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos


O AEE orienta-se pelo estudo de caso visual, são ofertados o Sistema Braille, soroban,
que compreende cinco etapas, a saber: orientação e mobilidade, atividade funcional da
apresentação do caso, esclarecimento do visão e atividade de vida autônoma.
problema, identificação da natureza do Já no caso dos estudantes com deficiência
problema, resolução do problema e elaboração física são disponibilizados os recursos da
do Plano de AEE. comunicação alternativa e aumentativa,
4.2.2 Na educação infantil, como tecnologia assistiva e recursos de acessibilidade
acontece o Atendimento Educacional (Fortaleza, 2011). Para os estudantes com
Especializado? deficiência intelectual, é ofertado o AEE com o
O AEE na educação infantil é um suporte objetivo de desenvolver os processos mentais
importante para favorecer o processo de superiores e as atividades de vida autônoma.
inclusão nessa etapa, para que as crianças com O AEE também oferece programas de
deficiência possam usufruir de acessibilidade enriquecimento curricular para os estudantes
aos espaços, atividades, recursos pedagógicos com altas habilidades/superdotação.
e experiências de desenvolvimento e de
aprendizagem. 4.2.4 Na Educação de Jovens e Adultos,
Esse atendimento é realizado no contexto como acontece o Atendimento Educacional
das creches parceiras, nos Centros de Educação Especializado?
Infantil (CEI) e nas escolas, onde o professor O AEE na EJA deve acontecer de forma
do AEE atuará em parceria com o professor articulada com os demais professores da EJA e
da sala comum e o coordenador pedagógico. o coordenador pedagógico, quando necessário,
Caberá ao professor do AEE orientar sobre as em interface com as demais políticas setoriais.
Prevê a organização dos serviços e recursos
atividades, os materiais e os recursos que serão
adequados às necessidades específicas dos pedagógicos de acessibilidade, a identificação
bebês e das crianças, organizando experiências das especificidades educacionais de cada
pedagógicas e de estímulo precoce que estudante e a efetivação da acessibilidade no
possibilitem o pleno desenvolvimento desses currículo, promovendo assim um ensino que
sujeitos. possibilite a participação plena de todos os
estudantes. Nesse sentido, o professor do AEE
4.2.3 No ensino fundamental, como acontece poderá organizar momentos com a finalidade
o Atendimento Educacional Especializado? de avaliar aspectos que considera importantes
Ao longo de todo o processo de para elaboração do Plano de AEE (Nota Técnica
escolarização, o trabalho desenvolvido pelo no 36/2016/DPEE/SECADI/SECADI).
professor do AEE deve estar articulado entre
os professores da sala comum e o coordenador
pedagógico, por meio da organização de
situações de aprendizagem previstas no Plano
de AEE do estudante.
De acordo com a necessidade educacional
de cada estudante, haverá uma diversidade
de recursos pedagógicos e modalidades de
atendimento. O atendimento dos estudantes
com surdez é realizado objetivando o ensino
de Libras, como primeira língua, e o ensino da
Língua Portuguesa na modalidade escrita. No
atendimento para os estudantes com deficiência

Cartilha para profissionais da educação 11


4.2.5 Qual o fluxo de atendimento aos estudantes com
deficiência?

1º passo: A escola faz a matrícula do estudante, observando-o em diferentes


espaços escolares;

2º passo: Quando identificada a necessidade de atendimento educacional


especializado, a professora da sala de aula comum elabora um encaminhamento
contendo as informações referentes às observações sobre o estudante e
direciona para avaliação do(a) professor(a) da SRM;

3º passo: A professora da SRM observa as especificidades do estudante em


sua rotina e realiza uma avaliação pedagógica individual com o estudante,
objetivando identificar se o estudante é público do AEE para o caso dos que
ainda não têm diagnóstico;

4º passo: Constatado que o estudante tem necessidade de atendimento


na SRM, a unidade escolar deverá agendar um momento de diálogo com a
família para tratar das necessidades educacionais do mesmo;

5º passo: O(a) professor(a) da SRM realiza a avaliação diagnóstica e o estudo


de caso, visando subsidiar a elaboração do Plano de AEE do estudante;

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12 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos
6º passo: Início dos atendimentos:
Educação Infantil: Atendimento à criança na sala comum pelo professor
de AEE.
Ensino Fundamental: Atendimento ao estudante na SRM, no contraturno,
conforme o cronograma estabelecido no Plano de AEE do estudante;

7º passo: Informar aos(às) demais professores(as) e às famílias sobre as


possibilidades, necessidades e recursos pedagógicos e de acessibilidade
utilizados pelos estudantes;

8º passo: Elaborar relatório semestral e individual dos estudantes nas SRM;

9º passo: Apresentar o relatório semestral e individual dos estudantes ao


coordenador pedagógico, aos professores da sala de aula comum e às famílias;

10º passo: Periodicamente, avaliar a funcionalidade e a aplicabilidade do


Plano de AEE, elaborado no início dos atendimentos, com o objetivo de realizar
as adequações necessárias.

Cartilha para profissionais da educação 13


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Deficiência física
Você sabia? Apresenta alteração completa ou parcial
de um ou mais segmentos do corpo humano,
A SME estabelece parcerias com algumas
acarretando o comprometimento da função
instituições especializadas para oferecer
física. Apresenta-se sob a forma de paraplegia,
o Atendimento Educacional Especializado,
visando ampliar as possibilidades de acesso paraparesia, monoplegia, monoparesia,
a esse serviço. Conheça algumas dessas tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia,
instituições: hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação
ou ausência de membro, paralisia cerebral,
• Associação de Cegos do Estado do Ceará
nanismo, membros com deformidade congênita
(ACEC);
ou adquirida, exceto as deformidades estéticas
• Associação de Pais e Amigos dos e as que não produzem dificuldades para o
Excepcionais (APAE); desempenho das funções motoras.
• Associação Pestalozzi do Ceará;
• Recanto Psicopedagógico da Aldeota - Deficiência múltipla
Avape; Apresenta associação de duas ou mais
deficiências primárias (intelectual/visual/
• Centro de Integração Psicossocial do Ceará
auditiva e/ou física).
- Bem Me Quer;
• Instituto Fillippo Smaldone; Deficiência visual
• Instituto Moreira de Souza. Apresenta perda total (cegueira) ou parcial
de visão (baixa visão), congênita ou adquirida,
variando com o nível ou acuidade visual.
4.2.6 Quem é o público do Atendimento
Educacional Especializado (AEE)? Surdo-cegueira
Apresenta a deficiência auditiva e
Deficiência auditiva/surdez visual concomitante, em diferentes graus,
1. Deficiência Auditiva – perda bilateral, necessitando desenvolver formas diferenciadas
parcial ou total, aferida por exame de de comunicação para aprender e interagir com
audiometria. a sociedade.
2. Surdez – perda auditiva (acima de 71
decibéis) aferida por exame de audiometria. O Transtorno do Espectro Autista
aluno com surdez tem como primeira língua a Apresenta comportamentos repetitivos,
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). déficits e interesses fixados e um distúrbio
do desenvolvimento neurológico no domínio
Deficiência intelectual social/comunicativo.
Apresenta fragilidades no
desenvolvimento intelectual, acarretando Altas Habilidades/Superdotação
dificuldades de aprendizagem e nas habilidades Demonstra potencial elevado em
práticas, sociais e conceituais. Os alunos com qualquer uma das seguintes áreas, isoladas
Síndrome de Down serão informados como ou combinadas: intelectual, acadêmica,
alunos com deficiência intelectual. Para tanto, liderança, psicomotricidade e artes, além de
é necessário realizar sua especificação quanto apresentar grande criatividade, envolvimento
à Síndrome. na aprendizagem e realização de tarefas em
áreas de seu interesse.

14 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos


COM A PALAVRA:
Professora de SRM

Eu, como professora do AEE, me sinto honrada em atuar na


educação especial do município de Fortaleza na perspectiva
inclusiva, entendendo que essa prática me dá o privilégio de
contemplar o processo educativo num sentido mais amplo,
percebendo que toda aprendizagem é válida no contexto escolar
e que é possível ser protagonista de vivências inesquecíveis.
Cada avanço conta muito, e esse espaço inclusivo que está sendo
elaborado coletivamente é onde todos podemos nos construir e
reconstruir nossos saberes, somando nossas potencialidades e
superando os nossos limites!
Entendo que é imprescindível sermos uma equipe, um time para
o qual o processo de aprendizagem do aluno, a despeito de suas
especificidades, é de interesse da comunidade escolar como um
todo, e isso só é possível com a união de esforços, pois juntos
somos mais fortes.
Adriana Ribeiro de Vasconcelo
(Professora da SRM da EM Lenira Jurema de Magalhães)

Cartilha para profissionais da educação 15


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5. Quais as atribuições dos profissionais da Rede Municipal no
processo de inclusão escolar?

Secretaria Municipal da Educação


No que se refere a educação inclusiva, compete à Secretaria Municipal de Educação implementar
as diretrizes que regem a Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva e do respeito às
diversidades, viabilizando os procedimentos necessários à aquisição e reprodução dos materiais
didáticos e pedagógicos. Além disso, cabe à SME acompanhar a implementação das políticas, dos
programas e projetos da Educação Especial, assegurando a expansão do atendimento aos alunos
com deficiência nas unidades escolares e monitorando o acesso e a permanência desses sujeitos
(Decreto nº 15.317/2022).

Distritos de Educação
No âmbito da educação inclusiva, compete aos distritos de educação gerenciar o desenvolvimento
das políticas de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, considerando as etapas
da Educação Infantil e Ensino Fundamental e a modalidade da Educação de Jovens e Adultos, assim
como participar do processo de elaboração das diretrizes para a organização e o funcionamento da
Educação Especial.

Gestor escolar
O gestor tem como característica primordial, em seu exercício, a viabilização das ações administrativas
e pedagógicas, que devem acontecer de forma harmônica entre todos os profissionais da escola.
É a partir do seu direcionamento, acompanhamento e de suas intervenções que são efetivadas as
diretrizes de funcionamento da unidade escolar. Sua atuação requer habilidades para planejar ações e
liderar a equipe, que, de forma democrática, auxiliará no desenvolvimento das atividades pedagógicas
para efetivação de uma escola inclusiva. Fundamentado na Lei Complementar 169/2014, é atribuído
ao gestor escolar:
a) Administrar e coordenar recursos e ações curriculares educacionais de forma ampla, e em especial
as que tratam da inclusão no ambiente escolar;
b) Participar de reuniões e formações propostas pela SME;
c) Promover a elaboração de um Projeto Político-Pedagógico que promova o acesso à educação para
todos os estudantes;
d) Propiciar condições para a realização da matrícula, garantindo a todos o direito à educação;
e) Acolher, sem distinção, estudante e família no ambiente escolar;
f) Garantir um ambiente seguro e propício ao desenvolvimento do ensino e da aprendizagem,
mediante diretrizes da SME;
g) Realizar reuniões com pais, professores e comunidade escolar em geral;
h) Acompanhar a frequência e participação do estudante para assegurar seu desenvolvimento pleno
e permanência na escola;
i) Promover avaliação e ajustes das ações para alcançar êxito nas ações pedagógicas destinadas a
todos os estudantes;

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16 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos
j) Estabelecer relação de parceria com a família para favorecer a participação, aprendizagem do
estudante e sua permanência na escola;
k) Notificar a família quando verificada ausência frequente do estudante, no sentido de
corresponsabilizá-la pela aprendizagem e desenvolvimento deste, conjuntamente com a escola;
l) Comunicar à SME e instâncias legais que asseguram o direito do estudante, quando detectados
casos de direitos infringidos ou negados a este, após esgotadas as intervenções via escola com
a família.

Coordenador pedagógico
O coordenador é o profissional responsável pelo planejamento das ações pedagógicas na escola e
pela articulação do planejamento do professor com a realidade do estudante. Esse profissional deve
favorecer a construção do conhecimento do professor e do discente. Sua atuação está intimamente
relacionada ao corpo docente, em que exerce papel fundamental para a viabilização da implementação
do planejamento, práticas de ensino, metodologias adotadas e formulação de avaliações constantes
para aperfeiçoamento da prática pedagógica e alcance de êxito na aprendizagem.
No contexto da educação inclusiva, o coordenador é o profissional que atua na formulação do
planejamento e contribui para o suporte didático-pedagógico do professor. Fundamentados na Lei
Complementar 169/2014, é atribuído ao coordenador pedagógico:
a) Favorecer a elaboração do Projeto Político Pedagógico que venha a possibilitar a inclusão dos
estudantes na instituição escolar, atendendo-os em suas necessidades específicas quanto à
abordagem pedagógica adequada para sua aprendizagem;
b) Participar de reuniões e formações propostas pela SME;
c) Propor o planejamento pedagógico e oferecer subsídio didático para, de forma conjunta com o
professor, desenvolver metodologia e propor atividades que sejam voltadas ao ensino aprendizagem,
levando em conta as necessidades individuais do aluno;
d) Acompanhar a implementação do Projeto Político Pedagógico da escola, avaliando e propondo a
avaliação sistemática da ação para aprimorá-la e adequá-la a realidade do aluno;
e) Auxiliar didático e pedagogicamente os professores na escolha e aplicação de materiais didáticos
para assegurar o alcance dos objetivos educacionais traçados no planejamento, principalmente
quanto a Educação Inclusiva;
f) Acompanhar atividades, diários e/ou relatórios relativos ao registro sobre o aprendizado e
desenvolvimento dos alunos, com atenção aos alunos da Educação Especial;
g) Sugerir intervenções pedagógicas para alcance da aprendizagem de todos os alunos e intensificar
atenção aos alunos da Educação Especial;
h) Acompanhar frequência, participação e permanência dos alunos na escola;
i) Coordenar reuniões de pais e, de forma individualizada, notificar esses sobre as necessidades
específicas dos alunos;
j) Estabelecer parceria com a família para auxiliá-la a compreender o desenvolvimento do aluno e
esclarecer o papel daquela nesse desenvolvimento;
k) Observar o aluno e levar em conta suas necessidades para propor estratégias pedagógicas e
metodológicas ao professor em sua atuação na sala de aula;
l) Encaminhar à SME e instâncias legais que asseguram o direito da criança e adolescente, em
concordância com o gestor, casos detectados de direitos infringidos ou negados ao aluno, após
esgotadas todas as intervenções da escola com a família para garantir os direitos do aluno.

Cartilha para profissionais da educação 17


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Orientador educacional
O orientador educacional tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento integral do estudante,
promovendo sua participação ativa na escola, fortalecendo as relações interpessoais entre estudantes,
famílias e professores e contribuindo de forma efetiva no processo ensino e aprendizagem.
São atribuições do orientador educacional na Escola Inclusiva:
a) Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico com vista à formulação da Educação
Inclusiva;
b) Participar de reuniões e formações propostos pela SME que favoreçam a sua atuação profissional
como agente de Inclusão Escolar na escola;
c) Observar, de forma integral, o aluno com acesso direto ao relato da família e do professor, realizando
observações sobre seu comportamento dentro e fora da sala de aula;
d) Dar subsídio ao professor quanto ao assessoramento a alunos na análise do seu comportamento,
relações, desenvolvimento e aprendizagem;
e) Acompanhamento da frequência do aluno, sua participação e permanência na escola;
f) Acolher aluno e família e orientá-los por meio de reuniões individuais ou em grupo e/ou fazendo
uso de outros recursos e dinâmicas;
g) Realizar escuta ativa dos estudantes, família e professores para a promoção do conselho de classe
e demais ações pedagógicas;
h) Dar subsídios e orientações aos professores e família quanto às observações e acompanhamento
ao aluno;
i) Mediar conflitos de ordem cultural e relacional junto a alunos e comunidade escolar;
j) Participar das reuniões de pais dando vistas às observações e constatações sobre o comportamento
e desenvolvimento dos alunos;
k) Desenvolver projetos de acolhimento e esclarecimento sobre a Educação Inclusiva;
l) Na ausência do professor do AEE e em consonância com o gestor e coordenador pedagógico,
realizar encaminhamento do aluno à SME e/ou a instâncias de cunho legal ao detectar caso de
direitos infringidos ou negados ao aluno, após esgotadas todas as intervenções da escola com a
família para garantir ao aluno seus direitos.

Professor do Atendimento Educacional Especializado


Conforme prevê a Resolução nº 10/2013 do Conselho Municipal de Educação de Fortaleza, o(a)
professor(a) de AEE deverá desenvolver seu trabalho considerando as seguintes ações:
a) Realizar a entrevista com a família, a avaliação diagnóstica e o estudo de caso do estudante;
b) Elaborar, executar e avaliar o Plano de AEE do estudante, contemplando:
• A identificação de suas habilidades e necessidades educacionais específicas;
• A definição e a organização das estratégias, serviços e recursos pedagógicos e de acessibilidade;
• O tipo de atendimento, conforme as necessidades educacionais específicas dos estudantes;
• O cronograma do atendimento, individual ou em pequenos grupos, e a carga horária;
c) Programar, acompanhar e avaliar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade no AEE, na sala de aula comum e nos demais ambientes da escola;
d) Produzir recursos e materiais pedagógicos e de acessibilidade, considerando as necessidades
educacionais específicas dos estudantes e os desafios que estes vivenciam no ensino comum, a
partir dos objetivos e das atividades propostas no currículo;

18
18
A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos
e) Estabelecer a articulação com os professores(as) da sala de aula comum e com os demais
profissionais da escola, visando à disponibilização dos serviços e recursos e o desenvolvimento de
atividades para a participação e a aprendizagem dos estudantes nas atividades escolares, bem
como as parcerias com as áreas intersetoriais;
f) Orientar os demais professores(as) e as famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade
utilizados pelos estudantes de forma a ampliar suas habilidades, promovendo sua autonomia e
participação;
g) Desenvolver atividades próprias do AEE, de acordo com as necessidades educacionais específicas
dos estudantes: ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para estudantes com surdez; ensino
da Língua Portuguesa escrita para estudantes com surdez; ensino da Comunicação Aumentativa
e Alternativa (CAA); ensino do sistema Braille, do uso do soroban e das técnicas para a orientação
e mobilidade para estudantes cegos; ensino da informática acessível e do uso dos recursos de
Tecnologia Assistiva (TA); ensino de atividades de vida autônoma e social; orientação de atividades
de enriquecimento curricular para as altas habilidades ou superdotação; e promoção de atividades
para o desenvolvimento das funções mentais superiores;
h) Planejar as atividades próprias do AEE às sextas-feiras, participar de reuniões e formações solicitadas
pela SME/Distritos.

Professores de sala comum


Com base na Lei Municipal Nº 9.249/2007 - PCCS, são atribuições do professor de sala comum:
a) Participar da elaboração e execução da proposta político-pedagógica da escola;
b) Participar da avaliação do trabalho escolar à luz da proposta político-pedagógica da escola;
c) Elaborar e cumprir seu plano de trabalho segundo a proposta político-pedagógica da escola;
d) Integrar-se ao processo de ensino e de aprendizagem de todos os seus alunos em particular e ao
da escola em sua totalidade;
e) Planejar coletivamente e executar atividades voltadas para estudantes que apresentam diferentes
ritmos de aprendizagem;
f) Participar do planejamento e da avaliação realizados coletivamente;
g) Integrar-se às atividades de organização e gestão democrática da escola;
h) Envolver-se nas atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade externa;
i) Ministrar aulas efetuando os devidos registros de suas atividades;
j) Participar de processos formativos voltados para seu aperfeiçoamento profissional;
k) Envolver-se, na esfera de sua competência, na definição de políticas educacionais, planos e projetos,
entre outros, apresentados pelos órgãos da administração central do sistema municipal de ensino;
l) Atuar de forma articulada com os professores do AEE, entre outros profissionais no contexto da
escola e demais profissionais que acompanham os estudantes com deficiência.

Cartilha para profissionais da educação 19


19
Assistentes da Educação Infantil/Auxiliares de Serviços Educacionais
a) Acompanhar os serviços dos professores no desenvolvimento das atividades com bebês e crianças,
auxiliando-os nas atividades didáticas;
b) Acompanhar os bebês e crianças em todas as dependências da instituição educativa, por todo o
tempo de sua permanência na unidade escolar, zelando por sua segurança;
c) Participar da formação continuada e no contexto da unidade escolar, assim como reuniões de
trabalho realizadas pela SME e/ou Distritos de Educação;
d) Responsabilizar-se pelas atividades relativas ao cuidar e educar e bem-estar das crianças da
Educação Infantil, respeitando as especificidades de cada etapa do desenvolvimento infantil, seus
valores e individualidades;
e) Realizar, em parceira com o professor, ações de cuidar e educar dos bebês e crianças referentes a:
• Higiene pessoal: banho, troca de roupas e fraldas, escovação e demais cuidados, zelando pelos
pertences de cada criança;
• Sono: organização do ambiente, acomodação e acompanhamento das crianças no horário do
sono;
• Alimentação: responsabilizar-se pela alimentação direta das crianças nos horários estabelecidos,
estimulando a autonomia e hábitos alimentares saudáveis (nos casos de crianças com alergia e/ou
intolerância alimentar, zelar pelo cumprimento do cardápio, conforme necessidades das crianças);
• Segurança: observar regras de segurança no atendimento às crianças e na utilização de materiais,
equipamentos, instrumentos durante o desenvolvimento das rotinas diárias, acompanhando
e cuidando para o conforto, boa acomodação, segurança nos ambientes internos e externos da
unidade escolar, bem como prever situações de riscos;
• Realizar limpeza, higienização, manutenção diária das condições ambientais de sua
responsabilidade, inclusive dos brinquedos pedagógicos e colchonetes utilizados no horário do
sono;
• Desenvolver atividades voltadas para o desenvolvimento integral da criança, considerando as
diversas linguagens e tendo como eixos norteadores a brincadeira e as interações;
• Acompanhar as crianças em atividades sociais e culturais programadas pela unidade escolar;
• Participar ativamente do processo de integração instituição/família/comunidade, acolhendo a
criança, pais e/ou responsável com cordialidade.
f) Executar outras atividades semelhantes e pertinentes à sua função;

COM A PALAVRA:
Professora regente
Primeiramente observamos a criança e buscamos dialogar com a família para saber as preferências da
criança, o que gosta de fazer quando está em casa com a família e com os irmãos.
No tempo de chegada, sempre acolhemos e buscamos saber se a criança está bem, se passou bem a
noite. E no tempo de saída, informamos sobre as conquistas e os avanços da criança.
Nas vivências cotidianas, partimos do pressuposto de que cada criança é única e que vive por meio da
convivência, da participação, da exploração a da experiência, não sendo sua deficiência uma limitação,
mas um jeito próprio da criança se relacionar com o mundo. Ambientes de aprendizagem e contextos
lúdicos potencializam a participação de todas as crianças e oportunizam maior conhecimento sobre o
desenvolvimento, a aprendizagem e os interesses das crianças com deficiência.
Profa. Janice Débora de Alencar B. Araújo (CEI Ana Amélia Bezerra de Menezes e Sousa - Infantil 3)

20
20 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos
Profissional de Apoio Escolar
De acordo com a Nota Técnica SEESP/GAB nº 19/2010, são atribuições dos profissionais de apoio
escolar:
a) Prestar auxílio aos estudantes que não realizam as atividades de locomoção, higiene e alimentação
com autonomia. Esse apoio ocorre conforme as especificidades apresentadas pelo estudante,
relacionadas à sua condição de funcionalidade e não à condição de deficiência.
• Não é atribuição do profissional de apoio desenvolver atividades educacionais diferenciadas, ao
aluno público alvo da educação especial, e nem responsabilizar-se pelo ensino deste aluno.

Assistente de Inclusão Escolar


a) Atuar no fortalecimento das ações inclusivas, contribuindo para assegurar as condições para o
pleno acesso e participação dos estudantes com deficiência nas diversas atividades desenvolvidas
no contexto escolar, promovendo o atendimento das necessidades específicas dos estudantes.
b) Colaborar no atendimento às necessidades específicas dos estudantes com deficiência em
atividades envolvendo higiene, alimentação, locomoção e comunicação;
c) Apoiar a escola em ações que assegurem a plena participação dos estudantes com deficiência nas
atividades desenvolvidas nos  ambientes comuns de aprendizagem (pátio, quadra, biblioteca, salas
de multimeios etc);
d) Identificar os estudantes em situação de infrequência e/ou possível abandono matriculados no
Atendimento Educacional Especializado (AEE);
e) Fortalecer o desenvolvimento de ações inclusivas nas escolas da Rede Municipal, atuando de
forma articulada com os professores do AEE, da sala de aula comum, gestores escolares, entre
outros profissionais do contexto escolar;
f) Cumprir carga horária de acordo com as diretrizes e especificidades da função;
g) Cumprir com responsabilidade, pontualidade e assiduidade suas obrigações junto às escolas;
h) Participar das formações em serviço realizadas pela SME/Distritos de Educação;
i) Desenvolver as atividades da função, conforme as diretrizes e orientações pedagógicas sugeridas
pela SME/Distritos de Educação.

Serviço de Psicologia Escolar


No que se refere à educação inclusiva, são atribuições do serviço de Psicologia Escolar:
a) Participar do trabalho, juntamente com as equipes de planejamento, currículo e políticas
educacionais, concentrando a sua ação nos aspectos referentes ao desenvolvimento humano;
b) Contribuir com a ruptura da cultura de patologização e medicalização das práticas educacionais,
estimulando a valorização das diferenças como aspecto que favorece a inclusão;
c) Supervisionar os estagiários de Psicologia que contribuem com as ações desenvolvidas pelos
professores de AEE nas Salas de Recursos Multifuncionais;
d) Colaborar com a promoção dos processos de aprendizagem, buscando, juntamente com as equipes
pedagógicas, favorecer a inclusão de todos os estudantes;
e) Orientar nos casos de dificuldades nos processos de escolarização e adaptação dos estudantes
matriculados na rede municipal de ensino;
f) Orientar as equipes educacionais na promoção de ações que auxiliem na integração da família,
dos estudantes, da escola e nas ações necessárias à superação de estigmas que comprometam o
desempenho escolar destes.

Cartilha para profissionais da educação 21


21
Estagiários de Pedagogia
a) Observar e auxiliar o professor do AEE nas situações pedagógicas;
b) Atuar ativamente nas situações de ensino e aprendizagem com a supervisão do professor do AEE;
c) Observar os estudantes no contexto da sala de aula;
d) Auxiliar aos estudantes nos processos educativos;
e) Auxiliar na interação de alunos com deficiência em sala de aula;
f) Auxiliar no projetos desenvolvidos pelo professor do AEE;
g) Estimular a participação dos estudantes nas atividades pedagógicas desenvolvidas no ambiente
escolar;
h) Auxiliar o professor do Atendimento Educacional Especializado na execução do Plano do AEE;
i) Contribuir na produção de recursos de tecnologia assistiva e pedagógicos considerando as
especificidades de cada estudante atendido pelo AEE;
j) Observar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;
k) Promover momentos de sensibilização com professores da sala comum e com os demais
profissionais da escola;
l) Participar das reuniões de pais, dos encontros pedagógicos, da Semana da Educação Inclusiva,
formações, entre outros, promovidos pela escola e/ou SME;
m) Motivar a cultura inclusiva no âmbito escolar.

Estagiários de Psicologia Escolar


a) Dialogar com o profissional da SRM e se apropriar do trabalho realizado no AEE;
b) Observar o comportamento e desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes assistidos pelo
AEE em contexto da sala de aula comum;
c) Auxiliar aos estudantes nos processos de desenvolvimento das habilidades sociais e cognitivas, de
acordo com suas potencialidades;
d) Auxiliar na interação de alunos com deficiência em sala de aula e nos demais espaços escolares,
mediante plano de intervenção previamente elaborado com professor do AEE e Psicólogo Escolar
supervisor;
e) Auxiliar na elaboração e execução dos projetos desenvolvidos pelo professor do AEE, contribuindo
com saberes da Psicologia Escolar;
f) Auxiliar na elaboração de planos de intervenção para manejo dos comportamentos dos alunos
assistidos pelo AEE;
g) Contribuir com ações psicoeducativas visando a promoção da educação inclusiva no ambiente
escolar, envolvendo toda a comunidade escolar na busca de alternativas para eliminação de
barreiras atitudinais;
h) Contribuir e auxiliar o Professor do AEE, na busca por instrumentos, a fim de apoiar o progresso
acadêmico adequado do estudante respeitando as diferenças individuais;
i) Contribuir na produção de recursos de tecnologia assistiva, considerando as especificidades de
cada estudante assistido pelo AEE;
j) Observar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos de acessibilidade;
k) Participar de reuniões com pais, encontros pedagógicos, Semana da Educação Inclusiva, formações,
entre outros, promovidos pela escola e/ou SME com vistas à promoção da Educação Inclusiva no
Ambiente Escolar.

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22 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos
Cartilha para profissionais da educação 23
23
Com relação à educação inclusiva, esta
6. Qual a importância da
parceria se torna ainda mais necessária para que
parceria entre família e escola
o atendimento oferecido aos estudantes seja de
no processo de inclusão qualidade e atenda as necessidades específicas
escolar? de acesso, permanência, participação e
aprendizagem.
A parceria entre escola e família vem Nesta parceria, cabe aos pais ou
sendo reafirmada nos documentos legais que responsáveis:
regem a educação, destacando a importância da a) Realizar a matrícula, garantindo seu direito à
coparticipação dos referidos agentes sociais no Educação, repassando neste momento as todas
desenvolvimento integral e na aprendizagem informações sobre o aluno: necessidade especial
de todos os estudantes, corroborando com a de atendimento (laudo médico) - histórico de
escola para reafirmar seu papel democrático e vida - limitações e cuidados necessários;
participativo. b) Garantir que o estudante frequente a
Para o fortalecimento dessa relação unidade escolar todos os dias e o Atendimento
de corresponsabilidade “faz-se necessário o Educacional Especializado;
exercício da alteridade e o reconhecimento c) Participar dos encontros/reuniões
recíproco da importância de cada um” promovidas pela unidade escolar, sempre que
(FORTALEZA, 2020, p. 82), pois família e for convidado;
escola buscam os mesmos propósitos: formar d) Acompanhar a vida escolar do estudante e
estudantes como cidadãos críticos, sensíveis, seu processo de aprendizagem;
participativos e com diferentes ritmos no seu e) Conhecer e respeitar as diretrizes e
processo de apropriação do conhecimento. orientações da educação inclusiva estabelecidas
Portanto, é preciso traçar percursos entre pela SME, assim como o trabalho pedagógico
a unidade escolar e a família para o acolhimento desenvolvido pela escola e seus profissionais.
e garantia do atendimento de qualidade aos Quando entendemos que o compromisso
estudantes, inspirando ações pedagógicas é acolher todos os estudantes, famílias e
condizentes com a especificidade de cada profissionais, uma comunidade inclusiva se
sujeito, como por exemplo: constrói no cotidiano vivo da escola. Dialogar
• Respeito mútuo às diferentes necessidades da sistematicamente com essas famílias sobre
família e da escola; as aprendizagens, conquistas e aspectos
• Planejamento e tomada de decisões conjuntas; ainda não realizados pelos estudantes deve
• Incentivo e valorização da família na escola. ser um ponto de partida e de chegada para a
construção de uma comunidade inclusiva, em
que os processos dos sujeitos sejam valorizados
e visibilizados.
Nesse contexto, a relação de confiança
entre família e escola é essencial para
compreender o desenvolvimento do estudante
e suas necessidades de estimulação, bem
como, o diálogo. Ainda em relação às famílias,
faz-se necessário que a gestão e os docentes da
escola tenham um acolhimento compreensivo,
empático e respeitoso. 

24 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos


COM A PALAVRA:
A família PARA SABER MAIS!

Apostar na escola pública foi um rompimento A autora Maria Teresa Eglër Mantoan
de paradigmas. Foi dar uma nova chance afirma que o trabalho com a diversidade na
à inclusão do meu filho Artur, de 11 anos. sala de aula “[...] não prevê a utilização de
Não foi um ano fácil, mas foi de uma leveza práticas de ensino escolar específicas para
ímpar! Um AEE bem estruturado, com uma esta ou aquela deficiência e/ou dificuldade
professora interessada e atuante, uma de aprender.” A autora considera que o
diretoria presente e uma auxiliar cheia de boa trabalho pedagógico em sala de aula,
vontade fizeram nossa experiência em 2022 guiado pela valorização da diversidade,
superar expectativas. Quando existe apoio, deve contemplar as especificidades do
preparação, estrutura e interesse em fazer desenvolvimento de cada um, isso inclui
acontecer, coisas incríveis podem mudar a trabalhar sobre suas dificuldades no
história de inclusão de uma criança. sentido de superá-las bem como explorar
as possibilidades ou potencialidades de
Virginia Castro, mãe do Artur Oliveira Almeida cada um (2003, p. 36).
(3º ano - EM Tomás Pompeu Sobrinho - DE4)

7. O que são práticas pedagógicas Essa postura não se trata de uma aceitação
inclusivas? passiva em relação ao desempenho escolar,
mas de ação pedagógica realista e coerente
Numa escola de perspectiva inclusiva de uma escola que se propõe a formar novas
o trabalho precisa se centrar em práticas gerações em sua completude, isto é, uma escola
pedagógicas que possibilitem acesso aos para todos em detrimento a ideia de formar os
conhecimentos disponíveis a todos os considerados mais capacitados e privilegiados.
estudantes matriculados. Nesse sentido, Essa autora apresenta algumas
a escola precisa distanciar-se de práticas proposições que podem favorecer a
homogêneas e romper com os velhos construção de uma prática pedagógica mais
paradigmas de uma educação padronizada, na inclusiva, com destaque para a recriação
qual os estudantes são classificados segundo dos espaços educativos de trabalho escolar.
padrões de normalidade. Tradicionalmente, esses espaços são marcados
Nestes termos, pensar em escola inclusiva pela individualização de tarefas, mesmo que
implica em repensar as práticas com relação a atividade seja comum para todos da turma.
ao “currículo, avaliação, pedagogia e formas Sugere o desenvolvimento de experiências
de agrupamento dos alunos nas atividades de coletivas, em pequenos grupos, por meio dos
sala de aula. Ela é baseada em um sistema de quais os alunos poderão exercitar a capacidade
valores que faz com que todos se sintam bem- de decisão, a divisão e o compartilhamento
vindos e celebra a diversidade.”(MITTLER, 2003, das responsabilidades, o desenvolvimento
p. 34). Assim, nossas instituições educacionais da cooperação, o sentido e a riqueza da
precisam buscar possibilidades e desenvolver produção compartilhada, o reconhecimento da
práticas pedagógicas que favoreçam o diversidade dos talentos humanos e valorização
acolhimento da diversidade existente no do trabalho de cada um para alcançar as metas
contexto social e promover o acesso ao comuns ao grupo.
conhecimento por todos os estudantes.

Cartilha para profissionais da educação 25


Acerca do desenvolvimento de práticas 8. Como o trabalho colaborativo
pedagógicas de atenção à diversidade, 
favorece a inclusão escolar?
encontramos alguns princípios didáticos1 para
a gestão da sala de aula inclusiva, quais sejam:
Na construção da escola inclusiva, a
colaboração e a colegialidade entre todos
•planejamento das atividades; investimentos
os profissionais da instituição ocupam um
na diversificação/variedade das estratégias/
lugar central e são pontos vitais para o
metodologias de ensino;
desenvolvimento de práticas que garantam
• desenvolvimento de atividades que
o direito à educação de todos os estudantes,
explorem a criatividade e o potencial
indistintamente. A efetivação de um trabalho
criador para a organização e estimulação da
colaborativo implica em reciprocidade
inteligência, da cognição e da possibilidade
entre os profissionais da educação e um
de generalizações;
comprometimento compartilhado na prática
• atenção aos estilos e ritmos dos alunos;
que pode favorecer o desenvolvimento e
valorização e mobilização dos centros de
aprendizagem de cada estudante.
interesse e das iniciativas dos alunos;
Destacamos que o professor do
• organização social da aprendizagem;
Atendimento Educacional Especializado é, no
interação entre alunos e destes com o
conjunto da comunidade escolar, um articulador
professor; e avaliação.
da inclusão. Porém, essa é uma tarefa que deve
Em suma, os referenciais conceituais aqui ser compreendida e desenvolvida por todos
apresentados apontam para a necessidade que fazem parte da comunidade escolar e não
de construção de uma nova perspectiva de exclusivamente por este profissional. Desse
prática pedagógicas inclusivas, por meio da modo, não é possível recair sobre o professor,
valorização desse aspecto como um recurso tão pouco nas práticas por ele desenvolvidas,
no processo de ensino-aprendizagem, pela seja da Educação Especial ou do ensino comum,
atenção às peculiaridades de aprendizagem a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso de
de cada estudante e pelo desenvolvimento um processo de tal complexidade e amplitude
de estratégias e procedimentos didático- como a inclusão escolar.
pedagógicos que favoreçam a aprendizagem Nesse sentido, o trabalho colaborativo
de todos os estudantes, indistintamente. convida cada profissional a desenvolver suas
práticas a partir de um olhar sensível, empático
e responsável com o processo de inclusão
1 Lustosa e Melo (2018).
escolar, reconhecendo a si e ao outro como
sujeito capaz de aprender e contribuir para
a consolidação de uma escola inclusiva e
democrática. 

COM A PALAVRA:
Diretora escolar

Durante o meu exercício profissional como gestora, a presença da Educação inclusiva sempre
foi uma constante em nossa rotina escolar. Agregando o conhecimento a respeito das diversas
e múltiplas possibilidades que todos os indivíduos possuem no tocante a sua aprendizagem,
tornamos prioridade trabalharmos a integralidade do ser nas mais diversas áreas.
Jovanna Pinheiro Medeiros Marinho
(Diretora da E.M. Frei Lauro Schwartz)

26 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos


Contatos das Instituições Especializadas

Associação de Cegos do Estado do Ceará (ACEC)


 (85) 3281-6182

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)


 (85) 4012-1406

Associação Pestalozzi do Ceará


 (85) 3231-8575
 (85) 98948-8604

Centro de Integração Psicossocial do Ceará (Bem - Me- Quer)


 (85) 3262-6463
 (85) 98858-2419

Recanto Psicopedagógico da Aldeota - Avape


 (85) 3033-9254
 (85) 3033-9295

Instituto Fillippo Smaldone


 (85) 3221-3993

Instituto Moreira de Souza


 (85) 98638-3311
 (85) 98802-5427

Cartilha para profissionais da educação 27


27
secadi-documento-subsidiario-
Referências Bibliográficas
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28 A Educação Inclusiva na Rede Municipal de ensino de Fortaleza: um olhar para todos

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